Fanfic finalizada.

Capítulo Único

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Eu não poderia negar que estava odiando a ideia da convenção, mas também era impossível fingir que eu não precisava. Estava há um mês de assumir talvez um dos casos mais difíceis da minha carreira e sem sombra de dúvidas as palestras que eu teria hoje me ajudariam a ter uma visão mais ampla daqui para frente, afinal, isso fazia parte da minha profissão, estar sempre aprendendo e em constante evolução.
Passei os olhos por aquela multidão de pessoas — ou melhor, policiais de diferentes divisões — e deixei que minha mente captasse cada detalhe daquele lugar. Por mais que eu tentasse controlar, não importava onde eu estivesse, era difícil não agir como uma agente do FBI que está sempre atenta às coisas à sua volta e principalmente às pessoas.
Meu trabalho era analisar e era exatamente isso que eu estava fazendo.
Tinham alguns boxes espalhados pelo enorme salão onde eu me encontrava, a maioria deles era direcionada para palestras e outros para aprender luta corporal, postura, entre muitas outras coisas que eram necessárias para se estar no alto escalão da polícia.
Parei meus olhos por alguns instantes na área de luta corporal e mordi o lábio inferior, tentada a ir até lá adiantar meu horário. Contudo, dei de ombros e caminhei lentamente, tentando desviar minha atenção daquele lugar. Eu teria algum tempo para aproveitar aquela área, já que meu chefe havia me escalado para fazer uma demonstração com algum outro agente que eu nem sequer conhecia, algo que eu havia batido muito o pé, mas que no fim não tive como escapar.
Chequei minha arma pela milésima vez na última hora e revirei os olhos de frustração comigo mesma. Eu não era assim, amava meu trabalho e sempre me sentia bem em estar fazendo algo que o envolvesse, mas toda a ansiedade e estresse que eu vinha sentindo nos últimos meses devido ao caso para o qual seria encarregada estavam me mudando de alguma forma.
E o meu maior medo era de que essa mudança fosse negativa.
Ao olhar meu relógio, percebi que ainda tinha uma hora até a apresentação, então achei uma boa ideia ir a uma palestra que falaria sobre estratégia. O local não estava muito cheio — o que achei ótimo — e isso me deu bastante liberdade para fazer perguntas ao apresentador e conseguir pensar com mais clareza, sem que o barulho de muitas vozes atrapalhasse minha concentração no que estava sendo dito.
Enquanto a palestrante falava cada vez mais, eu tive um momento de distração onde uma pessoa — mais especificamente um cara — chamou minha atenção em meio às outras que estavam ali para poder absorver o conteúdo. Discretamente passei meus olhos pelo homem enquanto ele interagia com a mulher, tirando algumas dúvidas sobre o assunto apresentado por ela e a primeira coisa que me chamou atenção foi sua vestimenta. A maioria dos profissionais ali estava usando roupas mais sociais, o que era estúpido considerando que passaríamos o dia todo na conferência, e ele vestia algo mais despojado.
Enquanto eu corria meus olhos pelo homem com não tanta discrição como eu deveria, me ocorreu um pensamento e o imaginei em algum bar, com uma cerveja na mão e sua simpatia contagiando o lugar. Depois de quase analisar toda a roupa do homem, eu reparei em seu rosto e, porra, deveria ter gastado meu tempo ali porque era de uma beleza que poderia fazer qualquer mulher ficar com os olhos fixados nele por um bom tempo. E a última coisa que analisei — infelizmente — foi o sorriso de canto em seus lábios quando o olhar dele caiu sobre mim, me fazendo quase morrer de vergonha.
Eu até poderia dizer que em partes aquele sorriso tinha um teor sacana.
O encarei tentando fingir que não o estava comendo com os olhos e o vi acenar para mim, dando um tchauzinho ao movimentar os dedos e apenas assenti porque não tinha ideia do que poderia ter feito ou de onde deveria enfiar minha cara. Antes que aquela situação ficasse ainda mais constrangedora, eu retomei minha postura profissional, desviando meu olhar daquele homem e me virei para voltar a prestar atenção na palestrante.


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A hora passou voando e eu já estava há poucos minutos de começar a minha apresentação quando cheguei aos “bastidores” para poder me preparar e até colocar uma calça de um tecido mais confortável, já que eu estava de jeans. Se tinha uma coisa que não combinava com aulas de desarme contra arma de fogo, eram as com tecido muito rígido, então decidi que era uma ideia melhor ir até o banheiro e trocar.
Gastei exatos cinco minutos e quando saí de lá dei de cara com o homem que eu havia comido com os olhos poucos minutos antes. Ele me encarou e deu aquele mesmo sorriso sacana, mas dessa vez fez questão de passar os olhos por todo meu corpo e então voltar a me olhar bem nos olhos. Foi aí que me dei conta de que nós dois estávamos ali pela mesma razão e que talvez o destino havia decidido que naquele dia iria me sacanear.
— Se eu soubesse que seria você a minha parceira nessa demonstração, não teria hesitado tanto em aceitá-la. — Deu uns dois passos, se aproximando um pouco mais. — .
— respondi e estendi minha mão para ele, tentando disfarçar a vergonha, apesar de saber que a essa altura minhas bochechas provavelmente já se encontravam vermelhas. — E você é bem direto, .
— É um prazer te conhecer, . — Segurou minha mão, apertando-a enquanto seus olhos se fixaram nos meus, como se ali fizessem uma análise rápida. — Pode me chamar de . E para que perder tempo fazendo rodeios, não é? Quando te vi ali durante a palestra, imaginei que seria ótimo te conhecer um pouco melhor e algo me diz que você pensou a mesma coisa.
Continuei o encarando ao mesmo tempo que tomava nota de cada coisa que ele dizia, sem acreditar no quanto ele não media palavras para falar o que pensava.
— Bom, ... — comecei, pensando bem se deveria falar aquilo e deixei escapar uma leve mordida em meu lábio inferior. — Acho que você está muito preocupado com o que eu estou pensando, ao invés de se ocupar imaginando o que eu poderia fazer.
Notei o olhar dele descer brevemente em direção aos meus lábios ao mesmo tempo em que umedecia os seus próprios antes de me responder.
— Imaginar? Eu prefiro que você me mostre. — Então abriu um sorriso esperto para mim.
Dei um passo em sua direção, fazendo com que ficássemos bem próximos e abri a boca para falar, quando escutei passos se aproximarem, fazendo com que eu desistisse.
— Vocês estão prontos? — Eva, uma moça da equipe, perguntou de longe e a encarei sem sair do lugar. fez o mesmo. — Já estamos com tudo preparado.
— Prontos? — perguntei e vi a mulher fazer cara de interrogação ao mesmo tempo que soltou um risinho. — Para a demonstração, claro. Estamos, certo?
— Com certeza estamos. — Então abaixou um pouco seu tom de voz para que apenas eu o ouvisse. — Vou esperar ansioso pela conclusão dessa nossa conversa, agente .
Eu mal podia esperar para a conclusão daquela conversa também.
Tentei segurar o sorriso, mas ele escapou levemente enquanto eu assentia para ele e o vi seguir em direção à saída junto a Eva. Assim que o vi desaparecer do meu campo de visão, soltei o ar para poder respirar de forma normal, já que na presença dele era quase impossível fazer isso, porque ao mesmo tempo em que ele fez com que eu confiasse nele e me soltasse, também me senti levemente intimidada pela sua presença.
Fiquei ali só por mais alguns segundos e depois segui em direção ao palco onde já tinha várias pessoas em seus lugares esperando pela nossa demonstração. Para mim, era algo muito normal fazer aquilo, ensinar pessoas que estavam entrando nessa vida como fazer o desarme de forma segura, mas por algum motivo uma parte de mim estava muito agitada com a possibilidade de ter uma luta corporal com .
Talvez eu estivesse me sentindo assim porque eu não sabia o que esperar dele, já que o homem me surpreendia em cada palavra e ação. Uma parte de mim queria muito acreditar que ele estava tão nervoso quanto eu, mas ao olhar para ele do outro lado do palco, já interagindo com algumas pessoas da plateia, eu tive certeza de que se encontrava naturalmente relaxado e preparado para o que estávamos prestes a fazer.
— Boa tarde, pessoal. Para quem ainda não me conhece, eu sou o agente e essa aqui ao meu lado é a agente — disse em um tom descontraído, como se já conhecesse cada um que o assistia. — Me pediram para fazer uma demonstração de desarme de armas de fogo e, bom... Na verdade, eu tô aqui mais como cobaia da agente . — Lançou um olhar na minha direção e eu pude jurar que ali ele queria dizer que seria minha cobaia não apenas naquela demonstração. Algumas pessoas riram do que ele disse, então pigarreou um pouco para retomar sua fala. — Neste tipo de situação, é importante lembrar que, com apenas um curto movimento do dedo, o primeiro tiro é disparado. Então a reação contra uma arma de fogo precisa ser muito bem calculada e executada de forma rápida e segura. Isso vai envolver dois aspectos principais: de um lado, o desvio do corpo, desvio da arma e o seu controle; de outro, os ataques e o desarme do agressor.
era brincalhão, mas quando se tratava de trabalho dava para perceber que ele mudava completamente a postura e se esforçava para que tudo ali fosse feito da forma mais competente possível e confesso que isso era uma das coisas que eu mais admirava em um profissional em uma área como a nossa.
— Falando em desvio da arma e o seu controle, vale lembrar que você não deve focar apenas em desarmar o agressor — expliquei enquanto dividia meu olhar entre a plateia e ele, que me olhava atentamente. — É de extrema importância que você não seja atingido e, claro, que ninguém à sua volta também seja. Por isso, tenha em mente que um movimento complementa o outro. Se por alguma razão você cometer algum deslize em algum desses passos, todo o resto vai por água baixo. Então, é de extrema importância que vocês entendam, o desarme de arma de fogo não é sobre controle, é precisão e oportunidade.
Fiz uma pausa, pensando se teria mais alguma coisa para dizer e encarei .
— Estamos esquecendo algo, agente ? — perguntei deixando que uma risada fraca escapasse.
— Eu não poderia explicar melhor, agente . — Ele retribuiu com mais um sorriso, então se voltou novamente para a plateia. — Antes de passarmos para uma demonstração de fato, é sempre importante ressaltar que a aplicação real de uma técnica de desarme deve ser evitada ao máximo. Nunca se pode prever com cem por cento de certeza qual será a reação de nosso oponente. Sendo assim, só deve ser utilizada em últimos casos, quando a real intenção do agressor é de matar. Só que aí isso é papo para a palestra de negociação, não vou roubar a fala do outro pessoal — brincou ao final de sua explicação.
Eu não tinha mais nada para dizer, então fiz sinal para que os reais donos daquela palestra tomassem a frente e me aproximei de o suficiente para falar com ele de modo que ninguém pudesse escutar.
— Será que podemos conversar ali naquele cantinho sobre como vai ser nossa demonstração, agente ? — perguntei encarando-o.
— É claro, agente . Onde você quiser — ele respondeu prontamente e era incrível como cada frase que dizia parecia sempre carregar um duplo sentido.
Assenti rindo e caminhei até o lugar que tinha sugerido enquanto ele me seguia.
— Então, o que você tem em mente? — perguntei e assim que terminei de fazer isso percebi que havia escolhido mal as palavras. — Para a nossa demonstração... Vamos planejar algo ou você quer improvisar?
— Acho que no improviso as coisas podem ser mais interessantes, o que me diz? — A princípio ele resolveu não comentar minha primeira fala, mas pude jurar ver um sorrisinho sacana ser contido. — Além de tornar mais realista a nossa demonstração, é claro.
O encarei e enquanto pensava no que ele havia dito, usei o elástico que estava no meu pulso para prender meu cabelo em um rabo de cavalo e o vi me encarar mais precisamente.
— Concordo — afirmei e terminei de amarrar o cabelo. — Quanto mais realista melhor. — Pisquei para ele e sorri levemente.
— Ótimo — disse após parecer momentaneamente distraído enquanto seus olhos se demoravam em mim. — Vai ser você a me desarmar, ?
Pendi a cabeça para o lado tentando pensar sobre o assunto, mas como não tinha muito tempo rapidamente respondi:
— Confesso que adoraria de te ter no comando, mas a proposta de te desarmar é bem tentadora... — admiti. — Então sim, você será desarmado por mim, .
— Gosto de como isso soa. — Abriu mais um daqueles sorrisos. — Ah, e não se preocupe. Não vai faltar oportunidade para você me ver no comando.
Sorri para ele, porque não sabia mais o que dizer diante daquela resposta e preferi voltar o foco para a nossa demonstração.
— Bom, acho que estamos prontos para iniciar — sugeri. — A não ser que você tenha mais alguma coisa para discutir comigo.
— Por hora, isso é tudo, agente .
Assenti rindo e não pude deixar de sentir algo com a forma como ele sempre usava minha posição acompanhada do meu sobrenome para finalizar alguma sentença. Parecia que tínhamos usado o tempo perfeito, pois logo fomos sinalizados de que estava tudo pronto para que começássemos nossa demonstração e eu me senti levemente ansiosa com a possibilidade de ter um contato corporal com .
Enquanto caminhávamos de volta para o centro do palco, eu conseguia sentir os olhos dele sobre mim e poderia jurar que conseguia perceber meu nervosismo e parecia até estar se divertindo um pouco com esse efeito que causava.
— Bom, peço desculpas pela demora — falei ao encarar a plateia. — Nós estávamos acertando alguns detalhes e decidimos que será algo improvisado, porque acreditamos que assim ficará mais realista.
— Exatamente. Em uma situação real, não há movimentos combinados, não há a chance de ponderar qual é a estratégia mais adequada, embora, como eu disse anteriormente, o melhor seja sempre utilizar as técnicas de desarme como última opção — explicou brevemente. — Nessa demonstração, será a policial e eu vou agir como o criminoso em questão. E para a nossa segurança e a de todos vocês, obviamente não usaremos uma arma carregada.
O encarei e tive certeza de que ele entendeu o que eu queria dizer com o olhar, já que não tinha mais nada para ser dito da minha parte. Caminhei pelo palco em busca de qualquer outra coisa que não fosse prestar atenção em , já que nós queríamos que fosse o mais espontâneo possível para que todos ali pudessem absorver da melhor forma e levar isso para o dia a dia deles.
— Tenham sempre em mente que, da mesma forma que o ataque de um criminoso pode ser imprevisível, a reação dele às aplicações das técnicas de defesa funcionam da mesma maneira. Além de que, em uma grande parte dos casos, o agressor não atua só. Próximo dele, podem estar um ou mais comparsas — complementou com mais algumas informações enquanto eu sentia que seu olhar acompanhava meus movimentos.
O escutei diminuir o passo, se esforçando para caminhar sorrateiramente até mim e me virei rapidamente em sua direção, vendo-o apontar a arma para mim a uma distância não muito grande e o encarei bem nos olhos.
— Como vocês podem ver, o agente usou uma técnica bem comum de acontecer — falei enquanto tentava me concentrar nas minhas palavras e não no fato de que aquele homem me intimidava. — Obviamente minha reação seria muito mais rápida, mas eu preciso fazer algumas coisas um pouco mais devagar para que eu consiga ressaltar certas informações importantes sobre os passos que damos aqui.
Fiz uma pausa, ponderando se daria o próximo passo, mas decidi acrescentar mais uma informação importante.
— E vale lembrar que você deve sempre encarar o seu oponente, isso demonstra que está seguro das suas ações — expliquei.
Em um gesto rápido, me aproximei de e segurei seu pulso, já fazendo força para dobrar seu braço e bati meu cotovelo com força entre o mesmo local e o antebraço, já pegando a arma de sua mão, pois ele perdeu a força dos dedos sobre ela. Tudo tinha saído exatamente como eu havia planejado na minha mente ao atacá-lo, exceto pelo fato de que ele usou as pernas para me derrubar, fazendo com que nós dois caíssemos no chão e eu fosse derrubada bem em seu colo, com uma perna de cada lado. Ainda assim eu consegui ter domínio da arma e a mirei bem em direção ao seu rosto.
— Desarmado, agente — falei encarando-o.
— Um excelente trabalho, agente respondeu prontamente.
Sorri com a resposta e me levantei — contra minha vontade — quase deixando escapar um resmungo de descontentamento ao sair do colo dele e estendi minha mão para ajudá-lo a levantar, afinal, eu o tinha feito cair daquela forma no chão. O encarei e dei a entender com o olhar que ele poderia tomar a frente das explicações da nossa demonstração, pois eu me sentia confortável com ele explicando as coisas e achava super sexy quando usava termos técnicos para isso.
— É muito importante deixar claro também que a arma de fogo nunca deve ser jogada no chão quando é feito o desarme. Deve sempre ser passada para a mão de quem o faz. Imagine o risco de acontecer um disparo acidental caso a primeira situação aconteça? Aqui o foco é sempre preservar não apenas por sua própria vida, como também por pessoas que podem estar ali próximas e, é claro, a do agressor entra no pacote, seja ele quem for. — Fez uma breve pausa, encarando algumas pessoas da plateia, mas logo retomou a sua fala. — Como a agente brilhantemente ressaltou lá no início, precisão e oportunidade são as palavras-chave quando se trata de desarme contra armas de fogo. Caso queiram tirar alguma dúvida, estamos à disposição.
Assenti positivamente e me preparei para sair do palco, mas primeiro tive uma última troca de olhar com antes que seguíssemos caminhos completamente diferentes e eu não pude controlar o sentimento de que gostaria de poder esbarrar com ele mais uma vez.




Confesso que eu não poderia estar mais empolgado com uma conferência. Primeiro, porque era na Califórnia e eu mal tinha colocado o pé pra fora da Inglaterra, imagina só viajar para outro continente. Todo mundo fazia um grande auê para conhecer os Estados Unidos e isso definitivamente era algo que eu adoraria jogar na cara de Trevor e Kalina. O outro motivo da minha empolgação era sim o tanto de coisas que eu poderia acrescentar à minha experiência na Scotland Yard. Desde que resolvi dedicar a minha vida a ser um detetive, não costumava dispensar as chances de aprender tudo o que podia. Talvez eu fosse um pouco obcecado com meu trabalho, só talvez.
Aquele dia em especial havia sido bastante produtivo e definitivamente interessante. Assisti algumas palestras as quais eu realmente estava doido para ver, como uma sobre negociação de reféns e uma outra sobre as divisões do FBI que tratavam sobre casos específicos. Passei por alguns painéis com umas pesquisas realmente interessantes e eu tinha certeza de que meus colegas de equipe ficariam loucos com alguns temas que encontrei.
O único problema era que eles podiam realmente oferecer alguma bebida para deixar as pessoas mais relaxadas. Não posso negar que a uma certa altura eu me senti entediado, principalmente porque Lestrade havia vindo comigo nessa viagem, mas eu não via nem sinal dele desde manhã cedo, quando saiu dizendo que ia assistir uma palestra sobre reconstrução facial.
Qualquer resquício de tédio que eu sentia desapareceu quando meus olhos repousaram sobre . A mulher além de ser absurdamente deslumbrante e sexy, tinha um olhar penetrante e capaz de desestabilizar qualquer um ao mesmo tempo em que suas bochechas rosadas lhe davam um ar um tanto gracioso. Eu me vi completamente preso àquela mulher, a cada uma de suas respostas à altura de minhas palavras e ter que fazer uma demonstração, que acabou em bastante contato físico com ela, não ajudou nem um pouco.
Passei o restante do dia com algumas imagens marcantes daquela mulher em meus pensamentos, como se ela tivesse chegado ali e decidido que era um excelente lugar para permanecer. Ela só não tinha ideia de que eu não descansaria enquanto não a visse novamente. Não bastaria para mim apenas algumas trocas de olhares e flertes.
, aí está você! Andei te procurando por toda parte. — Olhei para a cara de Jonathan Lestrade com minha maior careta de indignação.
— Sou uma piada para você, Lestrade? Foi você que desapareceu por aí, cara — retruquei, o ouvindo dar uma risada alta pelas minhas palavras.
— De qualquer forma, ouvi que você deu uma demonstração e tanto na palestra sobre desarme. — Me abriu um sorriso que eu soube de imediato o que significava.
— Depois vocês dizem que eu sou o fofoqueiro. — Neguei com a cabeça, rindo do olhar todo curioso de meu parceiro. — Só me diz se descobriu algum bar por aqui que te falo sobre a demonstração.
— Descobri. Tem um a poucas quadras do hotel e fiquei sabendo que a maioria do pessoal que está por aqui vai pra lá.
Ouvir aquilo me animou um pouco mais a ir até aquele lugar. Quais eram a chances de eu encontrar por lá? Se ela pensasse como eu que merecia curtir um pouco a vida, definitivamente eu a veria mais tarde.


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O bar na verdade era um desses pubs irlandeses e não estava tão socado de gente como eu imaginava que estaria. Como eu não gostava de perder tempo com nada, já fui direto para o balcão pedir algo para beber e resolvi que ia começar com uma cerveja mesmo. Lestrade tinha pedido uma dose de uísque, mas, como eu tinha previsto, não ficou muito tempo ali comigo. O cara tinha um ímã para mulher e provavelmente era pela cara de durão que ele sempre deixava estampada.
Fiquei curtindo um pouco da música que tocava mesmo sem ter ideia de qual artista cantava, ou talvez eu só não estivesse muito interessado em identificar mesmo. Analisei algumas pessoas ao meu redor, troquei algumas palavras com alguns conhecidos lá da conferência e estava na minha segunda cerveja, mas de repente nada disso era mais relevante.
Não sei se foi instinto ou algo desse tipo, mas eu direcionei meu olhar para a porta do pub no exato momento em que passava por ela e tenho quase certeza de que literalmente abri a minha boca quando a vi.
Foi impossível conter meu olhar por toda a extensão do corpo daquela mulher, principalmente por conta do vestido que ela usava, colado e curto a um ponto em que me dava a perfeita visão de suas pernas. Mais cedo, na demonstração, eu não tinha conseguido deixar de reparar nisso, principalmente quando ela trocou de calça depois, mas ali, naquele momento, eu estava era agradecendo por poder apreciar tudo aquilo novamente.
Subi meus olhos até o rosto de e lá estava novamente, o brilho determinado no olhar dela, como se fosse o tipo de pessoa inabalável e eu não conseguia deixar de admirar aquilo nela. Era o tipo de qualidade que eu presava e que ao mesmo tempo me deixava maluco. Imagine um mulherão daqueles me dominando?
Pensando bem, eu deixaria ela me desarmar novamente, quantas vezes quisesse.
Não sei se foi o tempo que fiquei ali babando por ela ou se alguma coisa também havia atraído o olhar da agente para mim, mas em algum momento seu rosto simplesmente se virou na direção do meu e nossos olhares se encontraram, do mesmo jeito que havia acontecido lá na palestra. E daquele mesmo jeito eu abri um sorriso sacana, deixando claro que havia apreciado a visão dela, então com um aceno de cabeça lhe fiz um convite mudo para que se aproximasse. Eu poderia eu mesmo me levantar e ir na direção dela, mas tinha a impressão de que não voltaríamos para o balcão e sim eu a levaria para um lugar bem diferente e menos movimentado.
— Então nos encontramos novamente, agente — soltei, assim que ela estava próxima o suficiente de mim.
— Eu estava contando com isso, agente . — Ela sorriu sacana, parecendo muito mais solta do que mais cedo.
— Corro o risco de soar repetitivo, mas é realmente um prazer te ver por aqui, . — Resolvi deixar as formalidades de lado, chamando-a pelo primeiro nome. — Posso te oferecer uma bebida?
— O prazer é tudo que buscamos, certo? — ela disse de forma sugestiva, o que me pegou levemente de surpresa, mas acabou me arrancando um sorriso malicioso em resposta, ainda mais quando a vi se aproximar. — Até duas, .
— Buscamos mesmo, mas nada como fazer isso com a pessoa certa — respondi, me virando mais para ela. — Do que você gosta?
— Não poderia concordar mais — afirmou e se aproximou ainda mais, encaixando-se entre uma das minhas pernas e se inclinou levemente. — Você já descobriu hoje uma das coisas que eu gosto, então vou deixar que me surpreenda.
Engoli em seco ao ouvir aquela resposta dela. Meus pensamentos por algum motivo foram automaticamente para o momento em que fizemos a demonstração e eu a derrubei fazendo com que ficasse sentada no meu colo. Estava ali algo que gostaria que ela fizesse novamente, principalmente com aquela proximidade toda.
Não consegui controlar meus impulsos e, sinceramente, eu nem queria. Com uma mulher daquelas não havia nem como. Levei uma de minhas mãos até a cintura de , acariciando-a de leve e inclinando um pouco a cabeça enquanto eu a observava e ponderava qual tipo de bebida ofereceria para ela.
— Eu descobri? Me conta o que foi — instiguei e então me dirigi ao barman, que havia se aproximado ao me ver acenar. — Um martini, por favor.
— Algo me diz que você sabe exatamente do que estou falando e que foi planejado... — disse rindo de leve. — Mas foi quando montei graciosamente em você mais cedo.
Confesso que por alguns instantes perdi a fala porque automaticamente eu a imaginei sim montando graciosamente em mim, mas de uma maneira completamente diferente de mais cedo. Abri minha boca para responder, porém ela me interrompeu antes que eu dissesse qualquer coisa.
— Ah, sobre a bebida, ótima pedida — completou.
— Eu queria te ouvir falando mesmo e sabe de uma coisa? Já que você gostou tanto, pode montar de novo. Imagino que com esse seu vestido as coisas vão ser ainda mais graciosas. — Acabei ignorando qualquer resquício de controle. A proximidade com ela não ajudava em nada e a forma como me respondia menos ainda.
Peguei o drinque que o barman entregou poucos segundos após a minha fala, então o entreguei a . A conexão entre nossos olhares era palpável e naquele ritmo talvez não ficaríamos tanto tempo assim naquele pub. Não se dependesse de mim.
... — ela falou meu sobrenome de forma sensual e pegou a bebida, dando um gole bem generoso. — Sabe, ainda não falamos sobre nós e já partimos para o flerte.
Arqueei a sobrancelha discretamente com a mudança de assunto sutil, então acabei soltando uma risada baixa.
— É verdade. Vamos lá, o que você quer saber sobre mim, ? — questionei, bebendo um gole da minha cerveja, mas ainda mantendo a mão sobre sua cintura.
— Você não está facilitando para mim com essas suas perguntas de duplo sentido — admitiu rindo e levou a bebida até os lábios de novo, mas não bebeu. — Tudo que dê tempo de você me contar antes que a gente saia daqui, porque você sabe, não vamos querer muito papo depois que isso acontecer. — Acrescentou e bebericou levemente o líquido, para depois pegar o palitinho com azeitona que tinha ali dentro e levar até os lábios de forma que o enfiou na boca e foi puxando-o lentamente para conseguir comer cada uma delas. Confesso que o gesto me deixou preso por alguns segundos nos quais eu simplesmente não consegui raciocinar uma resposta. Controlar o impulso de querer os lábios dela daquele jeito em mim me pareceu mais urgente.
— O que eu posso fazer? É mais forte do que eu. — Dei de ombros, rindo mais um pouco. — Deixe-me ver... Eu tenho trinta e dois anos, sou de Bristol, mas moro em Londres desde os dezoito. Tenho uma irmã mais nova, mas tem alguns anos que não nos falamos e eu sou agente da Scotland Yard. Eu e minha equipe trabalhamos na divisão de homicídios — contei de forma o mais breve possível.
— Eu sabia pelo sotaque sexy que não era daqui, afinal o jeito de falar americano é bem comum — ela fez uma observação e terminou de tomar seu martini. — Scotland Yard? Por essa eu não esperava. Você parece muito dedicado e bom em tudo que faz, .
Tive que engolir os pensamentos maliciosos ao ouvir aquele comentário dela, mas que eu mostraria logo como eu era dedicado, isso com certeza eu faria.
— Ah, mas o jeito americano tem o seu charme também — respondi, lhe lançando uma piscadela. — É verdade. A divisão de homicídios é minha paixão desde adolescente. Não me vejo fazendo outra coisa, não. — Beberiquei um pouco da minha cerveja. — Mas e você, ? Me conte um pouco sobre você também.
— Nada como fazer aquilo que nos satisfaz, certo? — abriu um sorriso leve. — Bom, o que eu posso dizer? Um ataque pessoal mudou completamente minha vida aos dezesseis anos. Eu me mudei de um subúrbio no Colorado para a capital e decidi que me tornaria uma agente do FBI — ela explicou e fez uma pausa, como se estivesse procurando as palavras certas. — Então comecei a estudar muito e me dedicar desde os dezoito e agora, aos trinta anos, eu sou responsável por uma equipe incrível, mas que vou precisar abrir mão por um tempo porque tenho que me concentrar em outro caso importante.
— Eu sinto muito pelo que quer que tenha acontecido com você, — comentei ao perceber que por mais que tivesse se aberto comigo a ponto de me contar aquilo, ainda assim era algo que a afetava de certa forma.
— Bom, não tenho irmãos e acho que é isso — disse e algo havia mudado em seu olhar. — E obrigada pelas palavras.
— Eu fui descobrir essa irmã lá pelos dezessete anos, na verdade — comentei, me sentindo brevemente culpado porque fazia algum tempo que não conversava com Júpiter. — Você tem uma história e tanto. Sempre quis ser agente do FBI? — questionei, a fim de
tirar o assunto do foco família.
— Família nunca é demais, né? — brincou e se movimentou um pouco. — Sim, e o que aconteceu comigo só aqueceu a minha sede por justiça. Eu digo sem sombra de dúvidas que nasci para isso. Não poderia ser nada além disso, sou plenamente feliz como agente do FBI. Mesmo que as vezes me custe boas horas de sono e diversão.
— De fato — concordei com ela, empurrando para o mesmo cantinho de sempre algumas lembranças que sempre me assombravam quando o assunto era aquele. — É exatamente dessa forma que eu me sinto também. Não me vejo de outra maneira, embora o meu eu adolescente nunca tivesse previsto que eu seria um agente — confessei com um sorriso saudoso. — No fim das contas, vale a pena, não é? Isso que importa.
— Vem. — disse pegando minha mão. — Sua carinha tá muito desanimada agora, dançar vai te animar. Não acha, ?
A encarei por alguns segundos, então assenti brevemente, entrelaçando meus dedos aos dela e deixando um sorriso de canto surgir.
— Eu seria maluco se não me animasse dançando com alguém como você, — comentei, deixando que ela me guiasse até um local bom onde pudéssemos dançar sem muita gente atrapalhando.
Comecei a me movimentar no ritmo da música e mesmo se eu quisesse, simplesmente não conseguia desviar os meus olhos daquela mulher. Não havia nada nela que não fosse admirável e dizer que eu estava encantado seria pouco.
Depois do que eu havia ouvido sobre o passado dela, mesmo que brevemente, a sensação era de que tínhamos uma conexão muito mais forte do que qualquer um esperaria, mas isso não me assustava, muito pelo contrário.
— Obrigado por isso, — disse um pouco mais alto para que ela me ouvisse.
— Espera para me agradecer quando a noite acabar, disse isso bem próximo ao meu ouvido, quase como em um sussurro, com uma de suas mãos apoiada em meu pescoço.
Inclinei um pouco o meu rosto, de forma que eu pudesse encará-la.
— Acho que quando a noite acabar os motivos serão outros. — Sorri de canto, sentindo mais uma vez um impulso o qual não tinha a menor vontade de controlar.
Aproximei um pouco mais meu rosto de , de forma que nossos narizes se roçassem minimamente e percebendo que ela não oferecia resistência alguma, venci a pouca distância que ainda nos mantinha afastados e a beijei.
De início, foi um leve encostar de lábios para que o gesto não a assustasse, mas assim que senti suas mãos me pressionarem um pouco contra si, eu segurei em sua cintura, trazendo-a ainda mais para perto de mim enquanto aprofundava o beijo, fazendo com que minha língua brincasse com a sua em um carinho gostoso que não demorou a ganhar um pouco mais de intensidade conforme assimilávamos o que acontecia ali. Foi quase inevitável que um suspiro escapasse de meus lábios. Depois de tanto tempo apenas flertando com ela, era como se cada parte minha fizesse uma dancinha da vitória por tê-la ali em meus braços naquele momento.
Dedilhei a lateral de sua cintura lentamente, fazendo um pouco de pressão e depois deixando que uma de minhas mãos subisse até seu rosto para fazer um carinho de leve ali e seguir até seus cabelos. Segurei-os um pouco para o lado ao passo que o beijo foi perdendo seu ritmo e então nos afastamos. Encostei minha testa na sua, então deixei que um riso baixo ecoasse de meus lábios.
— Preciso te dizer que eu quis fazer isso desde que te vi me encarando lá na palestra — confessei sem um pingo de vergonha.
— Se era de um beijo que precisava para voltar ao humor do início, era só ter me dito — ela brincou e envolveu os braços no meu pescoço, o que me fez abrir mais um sorriso. — E eu estava contando com isso desde que, como posso dizer... Te comi com os olhos?
— Se é assim, então eu acho que falta mais um pouco ainda para o meu humor voltar completamente. — disse com um olhar esperto. — Eu não ia falar nada sobre isso daí, mas eu percebi, sabe? — Ri um pouco.
— O que você sugere para ajudar o restante do seu humor, ? — perguntou de forma sugestiva e aproximou seu rosto ao meu. — E tem algo que fuja aos seus olhos e percepção?
— Sinceramente? Quando eu percebi que uma mulher linda como você estava me comendo com os olhos, me questionei como era possível que não tivesse te visto antes. — Dei de ombros, apreciando ainda mais aquela proximidade toda. Então fiz uma expressão quase pensativa, praticamente roçando meus lábios aos dela antes de voltar a lhe responder. — Pode começar me beijando de novo, talvez.
abriu um sorriso malicioso e aproximou os lábios dos meus a ponto que eles se tocaram, mas ao invés de me beijar ela passou a língua bem de leve e enquanto me olhava de forma sacana se virou ficando de costas para mim e colou seu corpo bem ao meu. Automaticamente, senti que minha respiração ficou um tanto falha, ao passo que minhas mãos tornaram a segurar em sua cintura com firmeza. Aproximei minha boca de seu ouvido, acompanhando o ritmo de sua dança quando ela voltou a se mover. Eu não fazia ideia do que tocava e não estava lá com muita concentração para descobrir, então apenas me movimentei junto com , deixando que minha respiração falha saísse, até que uma risada rouca tomasse seu lugar.
— Tá bom, isso é bem melhor que o beijo, preciso admitir — murmurei, sentindo que o cheiro dela era tão gostoso quanto a forma como seu corpo se movia junto ao meu. De repente, me vi doido para beijar seu pescoço e mais uma vez me vi incapaz de controlar meus impulsos.
No segundo seguinte, minha boca roçava sua pele demoradamente, meus dedos apertavam sua cintura com um pouco mais de força e deixei uma trilha de beijos até a lateral de seu rosto.
Uma parte muito distante da minha mente ainda registrava que estávamos em um local público e lotado por pessoas que veríamos pelo restante da conferência. Não que eu realmente ligasse para isso, é claro.
— Você quer beber mais alguma coisa? — sugeri, mesmo que todas as ações de meu corpo dissessem que oferecer mais uma bebida definitivamente não era o que eu desejava.
— Hm... — Escutei ela resmungar, deixando escapar quase que o resquício de um gemido. — Eu quero, mas algo me diz que não precisamos beber aqui.
— Estava esperando que você me dissesse isso. — Desci uma de minhas mãos até a dela para que mais uma vez entrelaçasse meus dedos nos seus. — Vem comigo então.
Puxei pela mão, levando-a comigo até a saída do pub. Não me importei com Lestrade, que provavelmente ainda estava circulando pelo lugar e talvez fosse me procurar feito doido algum tempo mais tarde. Também não me importei com alguns olhares conhecidos em nossa direção ou com o fato de que teríamos que ir a pé até o hotel onde eu estava hospedado. Não era lá muito longe, de qualquer forma.
Senti uma brisa suave bater contra meu rosto assim que saímos do pub e eu continuei a conduzindo em direção à rua, mantendo nossas mãos unidas durante o caminho.
— Você sabe que eu ando sempre armada, né? — parou abruptamente ao dizer aquilo. — Só quero ter certeza de que tem isso em mente, .
— Eu também ando, . A questão é que também tenho uma de outro tipo. — Soltei uma risada, mal acreditando que eu tinha mesmo dito aquilo em voz alta, mas aquele era eu. Filtrar as coisas nunca havia sido algo que eu gostasse de fazer.
levou as mãos até o rosto, rindo, mas ao mesmo tempo demonstrando que tinha ficado com vergonha.
— Você é impossível, — disse ainda rindo e fechou o pulso, me dando um soco de leve na região do peito com sua mão livre.
— Outch! — reclamei apenas para fingir que ela havia atingido mais forte do que planejava. — E precisa de armas quando você soca forte assim?
— Hm — resmungou ponderando o que eu havia dito e riu levemente. — Achei que quem socava forte era você, — ela disse e soltou minha mão para então começar a caminhar na minha frente porque claramente aquelas palavras tinham saído sem que ela pudesse segurar.
Fiquei a observando por alguns segundos simplesmente porque aquela mulher havia conseguido ficar ainda mais bonita do que já era daquele jeito completamente espontâneo.
— Isso eu vou te mostrar daqui a alguns minutos. — Dei risada mais uma vez e pensei brevemente que já estávamos demorando para chegar ao hotel, porque claramente aquele tipo de coisa além de me fazer rir também me afetava diretamente.
parou subitamente para então falar:
— Não posso nem dizer que não estou esperando por isso — disse e se aproximou, pegando na minha mão e entrelaçando seus dedos aos meus pela primeira vez na noite, por parte dela, é claro. Acabei sorrindo pela milésima vez com aquele gesto. Eu costumava ser sim o tipo de pessoa com o riso fácil, mas, se era possível, era como se com aquela mulher além de não conter meus impulsos eu também não conseguisse conter a vontade de sorrir.
— Olha, desse jeito eu não sei nem se a gente chega até o hotel. — Olhei para ela como se estivesse prestes a agarrá-la novamente a qualquer momento e, bem, não era mentira. Ao mesmo tempo em que eu sentia que poderia continuar caminhando daquele jeito com ela por muito mais tempo, eu também tinha aquela vontade de voltar a colar o corpo dela ao meu e fazer exatamente todas as coisas que havíamos insinuado um ao outro.
E aquilo era muito louco.
— Acho que se fôssemos dois adolescentes despreocupados, poderíamos fazer isso e eu acharia sua proposta bem tentadora — respondeu rindo. — Ou provavelmente eu tiraria sua roupa aqui mesmo, mas, considerando nossa posição, acho que devemos ao menos nos dar o trabalho de chegar até o hotel — ela concluiu e me puxou pela mão, fazendo sinal para que eu guiasse o caminho.
— Pensando bem, lá no hotel me soa mais interessante quando você coloca assim dessa forma. — Pisquei para ela, voltando a nos guiar e percebendo que não estávamos mais tão longe assim do lugar. Na verdade, bastava atravessar uma rua. — Ei! Só eu ia ficar sem roupa nesse cenário aí? — Ri, assim que nos aproximamos das portas, então eu abri para que ela passasse antes de mim.
— Eu nunca disse nada que te impeça de tirar a minha — respondeu de forma direta enquanto atravessava a porta.
— Estava só esperando você dizer que eu posso. — Adentrei o prédio logo depois e segui com ela pelo saguão até o elevador, que milagrosamente estava ali como se aguardasse por nós dois.
Novamente, dei passagem para que fosse primeiro e a acompanhei logo depois. Me encostei em uma das paredes do cubículo de metal e lancei um olhar por ela inteira, não conseguindo deixar de admirar mais uma vez o quanto aquela mulher era bonita e gostosa, vamos admitir. Seria muito louco se de repente eu decidisse beijá-la ali mesmo?
— Eu nunca confiei em ninguém assim, achei que isso tivesse ficado bem claro — disse enquanto apertava o botão para que a porta se fechasse e sinalizei com os dedos qual era o número do andar quando ela virou rapidamente para me olhar. — Mas se é da minha permissão que precisa, sinta-se à vontade para tirar quando quiser — ela concluiu no mesmo instante em que as portas se fecharam e se virou para mim. — Acho que estou um pouco cansada de papo, ao menos por enquanto.
E antes mesmo que eu pudesse tomar nota de tudo o que ela havia dito, umedeceu os lábios e se aproximou de mim, empurrando meu corpo com força contra a parede do elevador e em uma sincronia perfeita levou suas mãos até meu pescoço e ficou na ponta dos pés para que pudesse levar seus lábios aos meus, pegando-me completamente de surpresa em cada movimento que havia feito.
embrenhou os dedos nos meus cabelos e pressionou sua cintura contra a minha, me dando o prazer de escutar um gemido sôfrego sair por seus lábios enquanto ela não fazia questão alguma de manter o beijo entre nós em um ritmo lento. Nós tínhamos uma sincronia perfeita e senti cada célula do meu corpo se agitar quando ela mordeu meu lábio inferior com um pouco de força e o puxou em sua direção.
Deixei um grunhido baixo escapar por meus lábios com aquele gesto dela, não hesitando em posicionar minhas mãos nas laterais de sua cintura, lhe apertando ali, mas descendo um pouco mais em um movimento ousado até seus quadris. Abri um sorriso pequeno e sacana contra sua boca, trocando um olhar rápido com ela antes de retomar o beijo com a mesma intensidade. Já não estava mais com muita paciência para levar tudo de forma calma. Tudo o que eu conseguia pensar era no quanto eu queria aquela mulher.
A forma como ela pressionava a cintura contra a minha, permitindo um maior contato entre nossos quadris, definitivamente me faria enlouquecer e eu acabei levando uma de minhas mãos até a parte descoberta de uma de suas coxas, apalpando e a puxando para cima para que enlaçasse sua perna em volta da minha cintura.
Afastei meus lábios dos seus brevemente e resolvi explorar seu queixo, seguindo pela lateral de seu rosto e então soltando a respiração de maneira rouca ao perceber que a porta do elevador havia sido aberta, indicando que chegamos ao andar desejado. Soltei um suspiro, deixando que ela retomasse sua postura original para que saíssemos do elevador e seguíssemos rapidamente até a porta de meu quarto.
— É agora que eu digo algo do tipo “não repara na bagunça?” — brinquei enquanto passava o cartão magnético que nos daria acesso ao lugar.
Dessa vez, não dei passagem para que ela fosse antes de mim. Em vez disso, entrei e a puxei comigo, fechando a porta atrás de nós dois e a imprensando contra o local.
Aproximei meu rosto do de ao ponto de roçar nossas bocas, então tomei um rumo diferente, seguindo até seu pescoço e cheirando sua pele profundamente, apenas para que pudesse de alguma forma gravar o quanto o cheiro daquela mulher era delicioso.
— Não sei se já te disseram isso, mas você é cheirosa pra caralho, .
— Já — respondeu direta, o que me fez soltar uma risada baixa. Gostava daquela sinceridade dela. — Mas não da forma como você diz.
A mulher me encarou como se estivesse analisando alguma coisa e fiquei preso naquele olhar esperando que ela falasse o que tinha em mente.
— Pensei que tínhamos vindo aqui para uma bebida — disse com um tom de voz inocente que eu ainda não tinha ouvido sair da boca dela antes.
Eu, por outro lado, não consegui imaginar nada de inocente e talvez por isso a frase dela tenha me dado uma ideia interessante.
— E viemos. Eu só não especifiquei onde vamos beber. — Me afastei dela, sentindo meu corpo protestar contra o ato, então a puxei pela mão para que entrasse de fato no quarto. — O que eu posso te oferecer dessa vez, ? — questionei, me aproximando do frigobar e o abrindo para procurar a bebida que ela quisesse.
— Acho que dessa vez a situação pede algo mais forte, então quero vodca — disse e a vi caminhar em direção à cama e sentar-se nela, abrindo levemente as pernas, para então abaixar-se e tirar as sandálias que usava. Umedeci meus lábios, demorando um pouco meu olhar em suas coxas, então voltei minha atenção para a garrafa do que ela havia me pedido.
— Vodca será então. — Voltei a me aproximar dela com a bebida nas mãos. — Só tem um problema. Aqui não tem copos.
Claro que eu poderia simplesmente chamar o serviço de quarto e pedir, mas essa certamente não era a intenção.
— Algo me diz que não precisamos de copos — concluiu como se pudesse ler meus pensamentos, ou como se a mesma ideia lhe tivesse ocorrido, e cruzou as pernas lentamente conforme se inclinou um pouco para trás na cama, apoiando-se com as mãos e a vi umedecer os lábios e sustentar seu olhar no meu.
Lentamente tratei de logo vencer a pouca distância entre nós dois, então parei logo em frente a , sem desgrudar meus olhos daquela mulher um segundo sequer. Passei a língua por meus lábios, imitando o gesto dela de poucos segundos atrás ao observar que seu vestido havia subido um pouco devido ao movimento de cruzar suas pernas.
— Com toda certeza não precisamos — respondi como se tivesse encontrado o lugar perfeito onde poderia apreciar aquela vodca.
Abri a garrafa, então a levei até minha boca e bebi uns dois goles antes de estender em sua direção, mas não de fato a entregando para ela.
— Abre a boca, .
A mulher me encarou, arqueou a sobrancelha direita — provavelmente pelo meu tom autoritário de pedir — e então abriu a boca. A visão dela fazendo isso levou minha imaginação para outros lugares.
Inclinei então a garrafa, de forma que a bebida escorresse até sua boca e ela pudesse beber alguns goles. Eu tinha quase certeza de que meus olhos faiscavam em sua direção, principalmente quando vi uma gota teimosa escorregar pelo seu queixo. Sem parar para pensar muito, já que não havia a menor necessidade disso, me aproximei um pouco mais de , passando a língua onde a bebida havia escorrido para logo em seguida dar início a mais um beijo.
O gosto da vodca misturado à boca dela havia tornado tudo ainda melhor. Me vi sugando os lábios dela com vontade, enroscando minha língua na sua e me inclinando um pouco mais sobre ela. Mais um pouco e eu de fato estaria em cima de .
— Se esse é o gosto da sua boca com a vodca, eu mal posso esperar para provar o resto — murmurei contra seus lábios, deixando mais um selinho de leve sobre eles e voltando à minha postura anterior para beber mais um pouco da vodca.
sorriu e, em um movimento rápido, levantou-se, ficando de frente para mim. Passei meus olhos por ela atentamente e sem dizer nada ela pegou a garrafa da minha mão e levou até seus lábios, dando um gole muito mais longo do que o meu, então voltou seu olhar para mim, demonstrando que muitas coisas estavam se passando em sua cabeça naquele momento. E eu adoraria descobrir cada uma delas.
— Pode se sentar, — disse firme e abriu espaço para que eu andasse. — A não ser que queira que eu te desarme de novo.
Assenti rindo enquanto pensava no quanto estava ansioso para ver o que ela ia fazer e caminhei indo até a cama, onde me sentei e voltei a pousar meu olhar sobre ela. A mulher parou bem diante de mim a uma distância que se eu quisesse conseguiria levar as mãos até as pernas dela e as abriu, fazendo com que seu vestido subisse mais um pouco. Me vi prendendo a respiração por alguns segundos.
Se ela queria me fazer perder a cabeça, estava funcionando.
Ela levou a garrafa de vodca mais uma vez até seus lábios, mas dessa vez não bebeu, apenas passou a língua levemente sobre a borda, como se estivesse pensando em quais seriam seus passos dali para frente. E ao mesmo tempo em que eles foram precisos, também foram rápidos o suficiente para me pegar de surpresa apesar de eu sequer tirar meus olhos daquela mulher. jogou uma perna de cada lado do meu corpo e montou graciosamente em meu colo como havia feito mais cedo, mas dessa vez com direito a uma rebolada que me fez perder o ar.
— Acho que você está precisando se refrescar um pouco, agente — disse com a voz um pouco rouca e fraca enquanto me encarava bem nos olhos. — Então, abre a boca.
Não consegui evitar que uma risada rouca de expectativa ecoasse de meus lábios, então prontamente eu atendi ao seu pedido, esperando ansioso por qual seria seu próximo passo.
— Bom menino — ela disse de forma sacana e levou a garrafa até próximo da minha boca, virando-a sem fazer cerimônia. Então pude sentir o líquido escorrer pelo canto dos meus lábios, passando pelo meu pescoço e percorrendo o caminho até passar pela entrada da camisa que eu estava usando.
Pude ver os olhos dela acompanharem o líquido que desceu e a vi dar indícios de que iria sair do meu colo para colocar a garrafa de lado, o que quase me fez segurá-la, mas não foi preciso porque pareceu desistir da ideia e levou seus lábios até os meus delicadamente, os tomando para si só para me atiçar e depois voltou a dar um longo gole na garrafa, que eu notei já estar na metade.
Levei minhas mãos até suas coxas descobertas sem hesitar, apertando-as e subindo devagar, encontrando o tecido do vestido pelo caminho e levando-o junto até chegar à sua bunda. Àquela altura eu já não queria mais saber de bebida alguma, não com aquela mulher montada daquele jeito em cima de mim.
Ergui um pouco meu tronco e fiz questão de pressionar sua pele um pouco mais, fazendo com que dessa forma seu quadril se esfregasse contra o meu, então tomei a garrafa de suas mãos. Bebi mais alguns goles, então dei um jeito de deixar o objeto próximo a nós dois ao pé da cama, segurando com firmeza com minha outra mão para evitar que ela caísse, o que acabou fazendo com que nós dois sorríssemos.
Por alguns segundos, senti o olhar dela me prender de alguma forma. No entanto, eu já não estava aguentando mais toda aquela espera, então retomei o caminho até a barra de seu vestido, puxando-o para cima sem mais delongas. A permissão ela já havia me concedido momentos atrás.
Joguei a peça em qualquer canto sem nem me importar onde tinha caído — afinal, eu tinha coisas mais importantes para me preocupar — e voltei meu olhar para a mulher em cima de mim. Passei meus olhos minuciosamente sobre ela enquanto percebi que seus olhos me encaravam atentamente. Primeiro prestei atenção no sutiã de renda preto que sustentava seus seios fartos e depois desci meus olhos até chegar à calcinha minúscula que ela usava, também da mesma cor e material. Passei a língua por meus lábios de forma quase involuntária. Só aquela visão já era o suficiente para me deixar maluco.
— Puta que pariu, . Por que tão gostosa? — As palavras saíram de minha boca sem que eu tivesse controle algum sobre elas.
Alcancei seu queixo e o segurei com uma de minhas mãos, trazendo seu rosto para perto do meu e deixando um beijo casto em seus lábios, o que foi um contraste aos movimentos de minhas mãos, não hesitando em tocar seus seios por cima do sutiã.
Deixei que um sorrisinho de canto moldasse meus lábios quando ouvi um gemido baixinho ecoar da boca dela, então aprofundei o beijo de forma intensa, explorando cada canto de sua boca na mesma intensidade que apalpava seu colo. respondeu aos meus comandos e levou suas mãos até meus cabelos, embrenhando seus dedos ali e mordeu meu lábio com força, o que interrompeu o beijo entre nós. Movimentou seu quadril contra o meu com intensidade, o que me fez soltar um gemido abafado contra sua boca e apertar seu seio com um pouco mais de pressão.
Em um gesto inesperado, ela puxou minha cabeça para trás, fazendo com que eu a olhasse bem nos olhos e vi um sorriso sacana se formar em seus lábios, o que eu obviamente correspondi.
— O que eu vou fazer com você, hein, ? — ela perguntou com a voz embargada de tesão e sem tirar os olhos de mim, assim como eu não desviava os meus dela. Desceu as mãos dos meus cabelos, passando pelo meu pescoço com toda calma e precisão até chegar aos meus ombros e parar na abertura da minha camisa, fazendo com que eu umedecesse meus lábios em expectativa pelos seus próximos movimentos.
Sem delicadeza alguma, ela rasgou minha camisa, fazendo com que todos os botões presentes nela estourassem e uma exclamação risonha e surpresa ecoasse de meus lábios. Não que eu me importasse com aquilo, muito pelo contrário, eu estava adorando. Então ela tirou a peça, jogando-a em algum canto daquele quarto e com rapidez voltou sua concentração a mim, me empurrando com as duas mãos e fazendo com que eu me deitasse na cama. Agora a visão que eu tinha era a mesma de mais cedo quando estávamos fazendo a demonstração, de uma montada em cima de mim, mas a diferença é que não havia nenhuma necessidade de que eu me controlasse e sentindo meus olhos faiscarem em sua direção eu levei as mãos até as coxas dela, pressionando em um carinho gostoso enquanto uma parte minha registrava o quanto a pele daquela região era macia. Quase não consegui conter a vontade de fazer com que minha boca a tocasse bem ali.
se levantou rapidamente, caminhou até onde eu tinha deixado a garrafa de vodca e a pegou. Primeiro ela deu um longo gole na bebida enquanto eu passava meus olhos por aquele corpo maravilhoso e depois caminhou lentamente, como se estivesse fazendo aquilo de propósito — e eu tinha quase certeza de que estava — só para me deixar mais ansioso do que já me encontrava e passou suas pernas por mim, se inclinando e ficando praticamente de quatro.
— Vamos, abre a boca — pediu em um tom de voz autoritário que me fez erguer um pouco meu tronco, me apoiando em meus braços ao mesmo tempo em que outro sorriso sacana brincou em meus lábios.
— Ela é mandona — comentei apenas para provocá-la mais, porém estava pronto para fazer exatamente o que havia dito. A expectativa do que ela faria definitivamente estava me deixando maluco.
sorriu em resposta e se inclinou ainda mais, aproximando a garrafa de vodca do meu tronco, onde derramou um pouco do líquido ali e foi descendo até metade da minha barriga para então parar e jogar a garrafa já sem líquido de lado. Depois disso, aproximou seus lábios da minha pele, passou a língua levemente sobre ela e foi descendo a trilha da bebida até onde tinha jogado. Me mexi um pouco ao sentir meu corpo reagir prontamente com suas ações, ao passo que continuou descendo até próximo à abertura da minha calça. Soltei a respiração sem disfarçar o quanto aquilo me afetava e me inclinei mais um pouco para observar de perto tudo o que fazia.
Ela então levou as mãos até a barra da peça, onde passou a ponta de suas unhas levemente e ergueu a cabeça, me lançando um olhar sacana, depois voltou a se concentrar em abrir minha calça. Perdi completamente os eixos com aquela provocação lenta até demais para a minha sanidade.
Estreitei meus olhos em sua direção, levando minhas mãos até seus cabelos, enlaçando-os e dando um puxão para fazer com que não desviasse seu olhar do meu.
— Acho que nós dois já perdemos tempo demais com provocações, agente — disse com a voz um tanto rouca de excitação.
Então me levantei, fazendo questão de eu mesmo me livrar de minhas calças simplesmente porque o tecido delas estava me incomodando demais. Atirei a peça em um canto qualquer, sem fazer muita questão de saber qual era e com aquilo minha ereção estava ainda mais evidente. O tanto que eu queria os lábios deliciosos de em mim talvez estivesse bem explícito no meu olhar.
— Pode continuar agora. Tenho certeza de que vou gostar.
me olhou um pouco sem reação por alguns instantes, mas depois pareceu recobrar os sentidos, moveu-se para se sentar bem diante de mim e levou as mãos até minha cueca.
— Já que está com pressa, agente — disse e a puxou de uma só vez até que estivesse no chão, fazendo com que meu pau ereto pulasse para fora da peça.
Ela mordeu o lábio ao observar minha ereção e não me contive em passar a ponta dos dedos naqueles lábios, algo que ela aproveitou para dar uma leve passada de língua nele. Suas mãos tocaram meu pau e ela não se demorou em abocanhá-lo. Seus lábios tomaram a cabeça primeiro, onde ela deu uma atenção, passando a língua levemente na glande, o que me fez estremecer e levar minhas mãos até seus cabelos e apertá-los com mais força conforme ela aumentava o ritmo das lambidas e chupadas.
Mantive meus lábios pressionados um no outro enquanto mantinha meu olhar fixo em seus movimentos. Observá-la naquela posição enquanto me chupava fazia com que o tesão aumentasse ainda mais. Alguns espasmos me faziam estremecer e soltar o ar com dificuldade, quase deixando gemidos baixos ecoarem pelo quarto. Puxei seus cabelos com um pouco mais de força, me inclinando um pouco para que uma de minhas mãos seguisse por suas costas.
— Se ajoelha pra mim, — pedi, deixando um grunhido baixo escapar logo em seguida.
Ela piscou algumas vezes e então ajoelhou-se sem tirar os olhos dos meus.
— Boa menina — murmurei, com uma expressão esperta que não durou muito tempo porque a visão dela daquele jeito realmente mexeu comigo.
Sutilmente, fiz com que ela se inclinasse e empinasse um pouco a bunda para mim, aproveitando aquela posição para descer minha mão por suas costas até enroscar meus dedos no elástico daquela calcinha minúscula que ela vestia. reagiu ao meu toque soltado um gemido sôfrego e levou uma de suas mãos até as costas da minha coxa ao passo que voltou a se concentrar em meu pau e levou a outra que estava livre a ele. Ela deu um meio sorriso e enquanto o segurava passou a ponta da língua por toda a extensão para o engolir de uma só vez até o final.
Dessa vez não consegui evitar que um gemido escapasse de meus lábios. Senti que minhas pernas até haviam estremecido um pouco, tamanho o prazer que aquele movimento havia me causado. Segurei com um pouco mais de firmeza os cabelos dela, que ainda estavam envoltos em uma de minhas mãos, então movi meu quadril contra sua boca, fazendo com que meu pau saísse e voltasse a preenchê-la até o talo. Puxei um pouco mais o elástico de sua calcinha, sentindo-o escapar de meus dedos e então estalar contra sua pele, o que causou um outro gemidinho dela. Cada vez que eu ouvia aquela exclamação escapar de seus lábios me sentia mais fora de mim.
Em resposta ao que eu havia feito, aumentou a intensidade das chupadas ao mesmo tempo em que apertou minhas pernas e eu até conseguia ouvir o som causado por sua boca em atrito com meu pau. Ela manteve o ritmo por um tempo, então começou a diminuir e voltou lentamente a boca para a base dele, onde deu uma chupada intensa e o tirou de sua boca, trazendo uma de suas mãos até ele enquanto erguia seu olhar para mim. Sem tirar os olhos dos meus, ela manteve os dedos em volta do meu pau e levou os lábios até minhas bolas, dando leve lambidas para então começar a chupá-las com delicadeza, mas ao mesmo tempo uma dose de intensidade, o que fez com que eu estremecesse um pouco, sentindo até que minhas pernas ficavam bambas com o prazer que aquilo me proporcionava.
Puxei mais uma vez o elástico de sua lingerie, vendo que sua pele ficava até um pouco avermelhada com o estalo causado segundos depois, então não contive o impulso de fartar minha mão em sua bunda e fazer com que um tapa estalasse em seguida. continuava chupando minhas bolas com maestria e o contato de seus dedos em meu pau fazia com que eu o sentisse pulsar. Aquela brincadeira estava me levando ao extremo e eu sentia que não demoraria muito tempo para que atingisse meu ápice.
deu uma chupada mais intensa e parou o ato, levantando-se abruptamente, fazendo com que eu apenas olhasse seus movimentos.
— Senta, — disse firme. — Cansei de brincar.
Não sei do que eu senti mais tesão. Se foi do jeito que ela havia falado comigo, dos seus cabelos bagunçados pela forma como eu havia segurado ou se era dos lábios dela avermelhados e até um pouco inchados.
De repente, eu me vi quase desesperado para beijar aquela boca e foi exatamente o que eu fiz. Aproximei meu rosto do seu devagar, juntando meus lábios nos seus de forma mais lenta do que talvez ela estivesse esperando, então suguei seu lábio inferior, afastando nossas bocas e deixando um sorriso ladino brincar enquanto me sentava na cama.
— Vai montar em mim, ?
Ela riu fracamente e passou uma perna de cada lado, sentando-se no meu colo e aproximando seu rosto do meu, ao modo que levou as mãos até meus cabelos.
— Você é sempre obediente assim, ? — perguntou quase como em um sussurro e passou a língua de leve no meu lábio. Então começou a rebolar em meu colo.
Largando de lado qualquer resquício de autocontrole, espalmei minhas duas mãos em sua bunda, apertando-a com firmeza e tornando ainda mais prazerosa a fricção de seu quadril contra o meu.
— Por quê? Vai me punir se eu não for? — questionei mantendo meus olhos fixos nela.
— Confesso que a proposta é bem tentadora — ela disse ainda se movimentando lentamente e levou seus lábios até bem próximo do meu ouvido. — Mas hoje eu estou disposta a ser punida, agente — sussurrou e deu uma mordiscada de leve no lóbulo da minha orelha. Aquilo me afetou diretamente e mais uma vez eu me vi perdendo a paciência em continuar com as provocações.
Com as duas mãos, fiz com que estalasse um tapa de cada lado de sua bunda, então grudei meus lábios aos dela em um beijo intenso e um tanto desesperado, apertando contra mim com mais força, subindo uma mão por suas costas e procurando o fecho de seu sutiã para que finalmente nos livrássemos dele. Assim que o fiz, afastei nossas bocas para livrá-la daquela peça e aproximei meus lábios de seus seios, não hesitando em abocanhar um deles enquanto a encarava, atento a todas as suas reações. Era difícil me manter concentrado em qualquer coisa, principalmente enquanto eu a sentia se mover com cada vez mais afinco sobre meu pau, rebolando e me fazendo enlouquecer de vontade de sentir como seria aquilo sem aquela calcinha nos atrapalhando.
— Foda-se — resmunguei, não vendo sentido algum em continuar controlando algo que claramente nós dois desejávamos muito.
Com um impulso abrupto, inverti as nossas posições, fazendo com que caísse deitada na cama, mas não deixei muito tempo para que se recuperasse disso. Levei minhas duas mãos ao elástico de sua calcinha e fiz com que a peça deslizasse por suas pernas. Parei por alguns segundos apenas para admirar a visão dela completamente nua na minha cama, então subi meus dedos pela lateral de suas coxas, arranhando de leve com minhas unhas curtas e me afastando com um sorriso de canto porque precisava vestir o preservativo. O alcancei rapidamente e quando já estava devidamente protegido me aproximei mais uma vez dela.
Voltei a agarrar suas coxas, trazendo seu quadril mais para perto de mim, então segurei meu pau com uma das mãos, encostando a glande em sua boceta e esfregando ali apenas para provocá-la mais uma vez. Eu mesmo não conseguiria aguentar aquilo muito tempo, nós já havíamos nos provocado por tempo demais e eu me sentia quase latejar de excitação. Escutei um gemido sôfrego ecoar dos lábios de e aquela foi a minha deixa para que eu a penetrasse de vez.
Deixei que minha respiração escapasse ruidosamente, tamanho era o tesão que eu senti por finalmente estar dentro dela, que estava deliciosamente molhada e pronta para mim. Precisei de alguns segundos para me recuperar, então voltei a me mover, quase saindo de dentro dela por completo e voltando a preenchê-la com mais intensidade. Pressionei meus dedos com mais afinco em suas coxas, começando a me mover de forma mais ritmada. Ouvia ela gemer a cada estocada que eu dava e aquilo aumentava cada vez mais o prazer que eu sentia.
Me inclinei um pouco, ficando mais em cima dela para que aproximasse meu rosto do seu e beijasse seus lábios, quase não conseguindo manter um ritmo nas carícias da minha língua contra a sua devido aos movimentos que fazia dentro dela. Podia-se ouvir o som da cama se movendo junto aos gemidos que ecoavam de nossas bocas.
— Não esqueci da sua punição, agente — disse, afastando nossos lábios. Então abruptamente, tirei meu pau de dentro dela, parando com a penetração para fazer com que ela virasse, ficando de bruços na cama. — Pode ficar de quatro e empinar bem essa bunda gostosa para receber.
sorriu de forma sacana para mim e antes de se virar disse:
— Eu estava contando com isso, agente . — E deu uma piscadela, para então empinar aquela bunda deliciosa na minha direção.
Mordi meus lábios com um pouco de força com a visão dela daquela forma.
— Ótimo — respondi, apalpando sua bunda sem nenhuma cerimônia e lhe dando mais um tapa. O local, que já estava com um tom avermelhado, adquiriu um pouco mais da coloração ao mesmo tempo em que eu ouvia mais um dos gemidos dela, denunciando que ela estava adorando aquilo tanto quanto eu.
Sentia meu pau quase latejar, estava doido para meter nela novamente, mas em vez disso eu apertei sua pele com um pouco de força e me inclinei para tocá-la com minha língua. Passei-a devagar por toda a extensão de sua boceta, a chupando e afundando um pouco meu rosto ali. A forma como ela se contorceu em resposta apenas me atiçou a continuar com aquilo. Minhas mãos continuaram apalpando sua bunda, acariciando toda a sua extensão e a abrindo um pouco para que eu conseguisse chupá-la com mais afinco.
... — gemeu e a vi perder a força das pernas por um momento. Segurei-a com mais firmeza, sentindo meu corpo reagir de imediato ao ouvi-la dizer o meu nome daquele jeito.
— Me fala o que você quer, — a instiguei, tocando sua boceta com uma de minhas mãos e a acariciando da mesma forma que antes fazia com a minha língua. Quase não consegui me manter firme em esperar por uma resposta dela. Segurei meu pau com uma de minhas mãos, usando a outra para manter a bunda dela aberta para mim, então o pincelei em sua boceta, subindo um pouco mais e ameaçando penetrá-la novamente.
— Você sabe que não é aí que estou esperando — disse com o tesão embargado em sua voz e rebolou lentamente, roçando no meu pau.
— Puta que pariu — soltei o xingamento, quase revirando meus olhos apenas com a ideia do que ela havia acabado de dizer, a excitação aumentando ainda mais e me fazendo pressionar meus dedos com mais força em sua pele.
Voltei a esfregar meu pau em sua boceta, me aproveitando do quanto ela estava molhada para deixá-lo bem melado. Definitivamente, eu não era nem louco em recusar um pedido como aquele.
Subi mais um pouco, pincelando a entrada de seu cu e comecei a penetrá-lo devagar para que ela fosse se acostumando aos poucos. Aquilo era como uma tortura lenta para mim, porque a sensação do quanto era apertado me fazia desejar meter meu pau por inteiro de uma vez só. Meus dedos pressionavam sua pele com força, quase chegando a lhe arranhar e quando finalmente eu estava por inteiro dentro dela, permiti que um gemido mais alto ecoasse de meus lábios.
Porra, aquela sensação era totalmente surreal, principalmente quando ela movimentou seu quadril, rebolando contra o meu pau como se estivesse implorando para que eu voltasse a me mover. Atendi prontamente, sentindo que a cada estocada ela se abria ainda mais para mim, me proporcionando um prazer indescritível. Minha respiração estava entrecortada, minha mão subiu até seu cabelo, puxando-o para que ela se empinasse ainda mais para mim, então guiei a outra até sua boceta, procurando seu clitóris para acariciá-lo circularmente.
deixou escapar um gemido alto e atendeu ao meu pedido mudo, então começou a rebolar no meu pau lentamente conforme eu metia cada vez mais em seu cu. Minha respiração escapava cada vez mais entrecortada. Sentia o tesão aumentar a cada segundo e ouvir cada uma das reações dela fazia com que eu me movesse com mais intensidade, entrando e saindo dela, observando aquilo em alguns momentos enquanto em outros eu fixava meu olhar em seus cabelos entrelaçados na minha mão.
Me inclinei um pouco, puxando os fios com um pouco mais de força e soltando um riso baixo ao ouvi-la gemer mais em aprovação. Então meus lábios tocaram a pele de seus ombros, deixando alguns beijos por ali e uma leve mordida quando senti ela rebolar ainda mais gostoso. Palavras desconexas escaparam de meus lábios e a maioria delas eram palavrões porque eu não tinha mais controle algum naquele momento. Era tudo sobre ela, as sensações que seu corpo quente e delicioso me proporcionava e aquela conexão insana que eu mesmo não sabia explicar.
O calor tomava conta de nós dois. Nossos corpos suavam em meio aos movimentos intensos, mas eu não me importava em nada com isso. O cheiro dela era tão inebriante quanto os sons de seus gemidos e a cada vez que eu ouvia meu nome ser murmurado de maneira sôfrega sentia que estava quase a ponto de explodir em prazer.
Em um movimento rápido, saí de dentro dela, com a intenção de atolar meu pau novamente, porém foi mais rápida e virou-se na minha direção, fazendo sinal para que eu me sentasse na cama. Imediatamente, eu o fiz. Àquela altura não precisávamos mais nos comunicar com palavras, bastava um olhar para sabermos o que viria a seguir. E eu não poderia negar o quanto estava ansioso e fiquei ainda mais quando a vi caminhar até mim e jogar suas pernas à minha volta.
Nossos olhares se cruzaram e ela levou uma mão até meus cabelos e embrenhou seus dedos neles, como já havia veio antes. Respirei pesadamente enquanto tomava nota de cada passo que ela dava e espalmei minhas mãos em sua bunda sem delicadeza alguma. soltou um gemido sôfrego e levou seus lábios aos meus, ao passo que encaixou perfeitamente sua boceta em meu pau e desceu lentamente para que eu a preenchesse. Deixei um gemido escapar entre seus lábios antes de atacá-los, iniciando um beijo intenso entre nós, que ela interrompeu dando uma mordida no meu lábio inferior e puxando-o para si.
— Eu quero ver sua expressão enquanto monto em você — disse com os olhos pegando fogo. — Não quero perder nenhum detalhe das suas expressões, . Eu vou foder com você até te ouvir gemer meu nome.
Ao ouvir aquilo, eu já me sentia pronto para fazer exatamente o que ela havia pedido. Não havia como negar que estava completamente rendido àquela mulher e certamente aceitaria qualquer proposta que me fizesse, não importava o que fosse.
Apertei sua bunda com firmeza, fazendo com que ela se erguesse um pouco e depois voltasse com intensidade, a um ponto em que senti meu pau por inteiro em sua boceta. Toda vez que eu ia bem fundo dentro dela sentia como se quase fosse possível ver estrelas ao nosso redor. O movimento fez com que um gemido mais alto escapasse da minha boca e eu desejei pressionar meus olhos, mas em vez disso eu os mantive fixos aos dela, deixando bem claro o quanto tudo que estávamos fazendo me afetava.
— Se é para sentir você rebolando gostoso no meu pau desse jeito, eu sou capaz de gemer tudo o que você quiser — respondi, sentindo que minha voz até falhava ao final daquela frase, principalmente porque a senti fazer exatamente o que eu tinha acabado de dizer.
Toda vez que ela rebolava, eu conseguia sentir cada centímetro do meu pau tocar sua boceta e aquilo sinceramente era muito semelhante ao paraíso na terra.
— Puta que pariu, — gemi, aproximando minha boca de seu ouvido, guiando seus movimentos para que meu pau entrasse e saísse de dentro dela com mais força. Eu conseguia ouvir o som de nossos corpos se chocando em uma sinfonia perfeita com o barulho da cama e dos gemidos que ecoavam de nossas bocas.
— murmurei mais uma vez, como se depois daquilo já não conseguisse dizer mais nada além do seu nome.
abriu um sorriso largo ao me ouvir dizer o nome dela e levou seus lábios aos meus e os tomou com intensidade iniciando um beijo entre nós. Guiei seus movimentos sobre mim, de forma que aumentasse ainda mais o choque entre nossos corpos, tornando mais difícil manter aquele beijo ao mesmo tempo em que lutava para que nossas bocas não se afastassem. Sentia que estava muito próximo ao ápice, então apertei sua bunda com força e passei a movimentar meu quadril de encontro ao dela, ouvindo os gemidos de aumentarem gradativamente quando por fim nossos lábios já não conseguiam mais se manter unidos.
Percebi pela intensidade do olhar dela que também estava muito próxima e isso só me incentivou meter com mais intensidade, atolando meu pau em sua boceta, não conseguindo mais controlar os espasmos de prazer que eu sentia aumentarem a cada segundo.
Ouvi um gemido mais intenso e prolongado ecoar da boca dela ao mesmo tempo em que vi sua cabeça se inclinar para trás, uma imagem que seria praticamente impossível de apagar da memória, principalmente porque eu senti sua boceta apertar meu pau com força e isso fez com que meu próprio ápice chegasse.
Fechei meus olhos com força, soltando um grunhido que ecoou quase em uníssono com a voz dela e estremeci enquanto sentia que gozava feito um louco. Era difícil descrever todas as sensações que eu sentia naquele momento, mas definitivamente parecia que as coisas giravam ao nosso redor.
Abracei quando ela relaxou sobre meu colo e levei uma de minhas mãos para suas costas, dedilhando sua coluna devagar e depositando um beijo suave na curva de seu pescoço.
— Quando você falou em montada deliciosa era a isso que se referia então — brinquei com a voz um pouco falha.
soltou uma gargalhada.
— Uhum — resmungou, demonstrando o quanto nossa foda tinha sugado todas as suas energias e depositou um beijo leve em meu ombro como resposta ao meu gesto. — Meu vestido tornou as coisas ainda mais graciosas, agente ?
— Tornou sim, mas eu prefiro você sem ele — respondi com um sorriso de canto.
— Você não existe, — respondeu rindo e se mexeu para afastar-se um pouco, me dando um tapinha de leve no tronco.
— Eu consigo imaginar algumas maneiras de te mostrar que eu existo sim. Quem sabe mais tarde eu faça isso — dei risada.
— Mais tarde? Eu nem sabia que ia ficar — brincou e saiu do meu colo, começando a caminhar pelo quarto em busca de suas roupas.
— Acha mesmo que vou te deixar ir assim? Mal começamos ainda, agente . — E fazendo o oposto dela, apenas me livrei da camisinha, jogando-a no lixeiro do banheiro e voltando rapidamente para vestir minha cueca, me deitando na cama e dando dois tapinhas logo depois. — Vem cá.
— Se um dia resolvermos um caso, vou te chamar só de agente, porque essa brincadeira vai ser muito difícil de esquecer — ela riu fraco.
— Eu vou esperar ansioso por isso, não vou negar. Será que resolveremos mesmo algum caso juntos ainda? — questionei, realmente mal podendo esperar para que isso de fato acontecesse. Algo me dizia que era brilhante, talvez aquela intensidade que eu percebi em seu olhar desde o começo.
— Eu espero que sim. Porque se você for tão competente no trabalho como é na cama, eu vou adorar te ter como parceiro. — Deu uma piscadela e depois seu olhar mudou completamente, como se ela tivesse de repente se atentado de que eu a tinha chamado e um sorriso se formou em seus lábios. Naquele momento não tinha nada de sacana em sua expressão, apenas um brilho nos olhos que ela deixou transparecer até chegar próximo da cama e se deitar bem ao meu lado, colocando sua cabeça em meu peito. — Na verdade, eu já adoro.
— Ótimo. Porque estou me sentindo da mesma forma. — A encarei por alguns segundos enquanto a aninhava em meus braços, buscando uma posição agradável para que nossos corpos finalmente relaxassem e pudessem descansar.
Certamente, dali algumas horas começaríamos tudo outra vez.


Epílogo



Respirei fundo e finquei minhas unhas nos braços da poltrona, tentando controlar o nervosismo. Eu não era exatamente a maior fã de avião, e saber que ficaria enfiada dentro de um pelas próximas sete horas não me animava nem um pouco, então tentei redirecionar minha mente para algo que conseguiria. E pensando nisso eu digitei uma última mensagem e a enviei na esperança de que ela realmente chegasse antes que o avião decolasse, algo que estava perto de acontecer, então o sinal da internet estava péssimo.
Assim que a aeronave começou a ganhar força — algum tempo depois —, eu me segurei ainda mais na cadeira e fechei meus olhos, dessa vez me transportando para uma lembrança em específico. E foi como se eu estivesse vivendo tudo de novo. Eu conseguia sentir o cheiro, o toque na pele e até mesmo podia ouvir os gemidos ecoando à minha volta. Estremeci com aquilo e uma risada saiu dos meus lábios mais alta do que eu havia planejado, me fazendo abrir os olhos e ver se alguém tinha notado.
Para a minha sorte, todos ali encontravam-se totalmente aéreos ao que se passava à volta deles. E se não fossem pelas coisas que me preocupavam e assombravam devido ao pesadelo que eu vinha vivendo nos últimos meses, eu teria com certeza me perdido muito mais naquelas lembranças e na pessoa que havia me marcado como nenhuma outra após longos anos em busca de uma conexão.
Quando percebi que só tinham se passado trinta minutos de voo, me dei por vencida e decidi que pagaria para que pudesse acessar internet no avião, porque assim eu poderia trabalhar, me manter informada e criar alguma distração para que não enlouquecesse nas horas que passaria enfiada em uma lata que voava. O problema é que eu não fiz nenhuma das coisas que me convenceram a gastar dinheiro com algo tão inútil, pois perdi a concentração assim que um alerta de mensagem apareceu no topo da minha tela, me arrancando um olhar sugestivo.
Mordi o lábio inferior, me perguntando se deveria responder, mas decidi que não seria necessário. Então me forcei a fazer o que tinha me proposto e puxei meu notebook, já abrindo tudo que eu precisava para conferir as coisas do meu caso e me manter informada de como as coisas iam sem mim por lá. Eu esperava que bem, mas não conseguia me convencer de que seria assim.


🔥


Quando o avião pousou, eu senti como se meu coração fosse sair pela boca e quase pude imaginar uma pessoa que gargalharia dessa situação se estivesse ao meu lado, algo que me fez rir levemente e até me relaxou um pouco.
Nem desperdicei tempo. Assim que a aeromoça disse que a primeira classe poderia sair, eu peguei todas as minhas coisas e saí como se não houvesse amanhã de tão rápido que meus pés se moveram.
O clima lá fora estava nublado e muito mais frio do que eu estava acostumada no Colorado, algo que eu achei interessante, porque aquele estado era congelante na maior parte do ano. Enquanto me atentava a tudo, segui direto para a saída — já que não tinha despachado mala — e meus olhos encontraram o que procuravam sem nem fazer esforço para tal feito.
Um sorriso se formou em meus lábios devido ao que tinha me ocorrido e levei a mão até meu bolso, sacando o celular, e, sem me demorar, respondi a mensagem que tinha recebido quando ainda estava no avião.
— Nunca te disseram para não mandar esse tipo de mensagem a menos que vá fazer mesmo tudo o que escreveu ali, agente ? — Me surpreendi ao ouvir aquela voz muito mais próxima do que estava esperando.
Ergui meu olhar de imediato, então o encontrei a poucos metros de mim, com um sorriso tão sacana quanto o que lembrava.
— Bom, eu não estou mesmo usando sutiã — falei e me aproximei dele. — Então acho que já é um passo, agente .
Pude ver o exato momento em que exalou e seus olhos faiscaram em minha direção, recebendo a minha provocação exatamente do jeito que eu desejava.
— Puta merda! Um passo? Eu diria que é muito mais do que isso, porque agora eu vou querer conferir se isso é mesmo verdade.
Gargalhei da reação dele.
— Pois vai ter que esperar até chegarmos ao hotel.
Seus olhos se estreitaram ao ouvir aquilo, então ele sorriu mais uma vez, como se soubesse de algo que eu não fazia ideia do que era.
— É mesmo? Veremos então.


FIM



Nota da autora: Gente, nós estamos absolutamente sem condições com esses dois. Era para ser um mero crossover e olha o que eles aprontaram? Nós dois estamos tombadas!
E se vocês quiserem ver mais um pouco sobre esses personagens, vão ler Histeria e Spring Girls. Tenho certeza que vocês vão amar!
Também criamos uma playlist para vocês ouvirem durante a leitura, só clicar no ícone lá embaixo.
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