Enviado em: 14/01/2019

Capítulo Único

Podia afirmar que festas nunca foram meu ponto forte, mas festas beneficentes eram meu pesadelo. Pessoas falsas, com sorrisos falsos, fingindo que se importam com os necessitados, era tudo o que eu não queria em uma sexta-feira à noite, mas, como dizem, querer não é poder.
Sorri na direção de Ellis, minha chefe, assim que vi seus olhos fixados em mim. Tentei me entrosar na conversa, mas futilidades e fofocas não faziam parte dos assuntos que eu possuía interesse. Sorri mais uma vez, avisando que iria pegar um pouco de ar fresco. Afastei-me das mulheres e peguei uma taça de champanhe, seguindo para o jardim. Cruzei a enorme porta que me separava do exterior e respirei fundo enquanto fechava os olhos, sorrindo ao sentir a brisa tocar meus braços nus e me arrepiar.
– Acho que nunca vi alguém tão feliz por estar em um jardim. – o tom de voz debochado me fez abrir os olhos e olhar na direção da onde veio o som, vendo um homem sentado na mureta alguns passos à minha frente. Seu cabelo estava em um topete desgrenhado, sua blusa social branca, junto com o blazer preto e a calça social, entravam em contraste com o All Star, que um dia já fora branco. – Eu sei que sou atraente, mas se você não parar de me encarar assim, eu irei suspeitar de que você quer me matar.
– Claro, meu hobby é ir para bailes beneficentes matar homens. – usei todo o meu cinismo ao falar enquanto revirava os olhos.
– É mais jogo você me sequestrar e pedir dinheiro. Posso afirmar que você vai ganhar uma boa grana. – o homem tirou os pés da mureta e apontou com a cabeça para o local, em um pedido mudo para que sentasse ali. – Ou talvez minha família comemorasse por não precisar mais me aturar. – deu de ombros, e eu sorri, sentando ao seu lado. – O que a bela dama faz aqui fora?
– Acredito que o mesmo que você. – pisquei em sua direção e bebi uma boa quantidade do líquido presente na taça em minha mão.
– Você não sabe como eu odeio essas festas. – revirou os olhos, e eu ri, atraindo sua atenção.
– Acho que sei, pois eu só venho pelo fato de ser obrigada. – suspirei e rolei os olhos de modo teatral.
– Família? – questionou, e eu neguei com a cabeça.
– Chefe. – fiz uma careta, e ele riu. – É estranho conversar com alguém que eu não sei o nome.
. – estendeu a mão em minha direção.
. – apertei sua mão e sorri.
– Você sempre sorri tão fácil assim? – questionou após o aperto de mãos.
– Não, só quando o álcool já está passeando pelo meu corpo. – sorri novamente.
– Deveria sorrir mais vezes, então. Seu sorriso é lindo. – piscou, e eu corei, fazendo-o rir. – Se eu soubesse que encontraria com você em uma dessas festas, eu viria em mais.
– Eu venho em todas. – falei após terminar de beber o champanhe, levantando a taça vazia em sua direção.
– Eu catei uma garrafa da cozinha, só não queria beber sozinho. – abriu um sorriso travesso e tirou de trás dele uma garrafa, enchendo minha taça novamente.
– Como você conseguiu pegar? – questionei após virar de uma vez o líquido em minha boca, levantando a taça na direção de novamente.
– Acho uma boa ideia você ir um pouco mais devagar. – falou enquanto enchia minha taça até a metade.
– Eu já perdi a conta de quantas dessa eu bebi para conseguir manter um sorriso nos lábios. – balancei a taça levemente. – Parei de contar na décima.
– Eu só bebi uma taça. Minha mãe fica me regulando muito nessas festas, mesmo de longe. – revirou os olhos e levou a garrafa até a boca, deixando-me vidrada enquanto o observava beber.
– Ela parece ser bem rígida com você. – parei de olhar para sua boca antes que ele percebesse e fixei o olhar na bebida em minha taça.
– Ela cismou que eu devo assumir a empresa dela, mas não é a minha área. – resmungou, indignado, e deu outro gole na bebida.
– Deve ser péssimo toda essa pressão que ela coloca em você. – pousei minha mão livre na mão de que estava sob a mureta e encarei seu rosto, que possuía os olhos presos aos meus, e sorri verdadeiramente.
– É péssimo mesmo. – sorriu de lado, ainda mantendo nosso contato visual. – Pior que isso, só o fato de eu estar comentando sobre isso com uma mulher linda, quando eu poderia estar fazendo outra coisa.
Mesmo com todo o álcool que percorria meu sangue, eu sabia o rumo daquela conversa, mas não consegui impedir que minha boca pronunciasse aquela frase:
– E o que você faria? – perguntei, já sabendo a resposta, enquanto encarava os lábios de e colocava a taça na mureta.
Sua mão segurou minha nuca enquanto a outra pousava em minhas costas, aproximando nossos corpos. Embrenhei minha mão em seu cabelo e me apoiei em seu ombro com a outra, assim que nossos lábios se tocaram. Colei ainda mais meu corpo ao de e aprofundei o beijo, tentando ignorar os sintomas de bêbado que meu corpo produzia ao entrar em contato com o de .
– Acho que essas festas podem acabar sendo algo bom. – murmurou com após rompermos o beijo, com as bocas afastadas por milímetros e as testas ainda coladas.
– Podem mesmo. – rocei meus lábios no do homem enquanto falava. – Principalmente se você continuar com a sua boca colada na minha.
Antes que reagisse à minha frase, aproveitei minha mão que ainda continuava em sua nuca e colei nossos lábios novamente, gostando das sensações que seus lábios juntos aos meus me causavam. Explorei cada canto de sua boca e não consegui reprimir um gemido quando sugou meu lábio inferior.
– Acho que podemos continuar isso em outro lugar. – falou com os lábios colados ao meu pescoço, distribuindo beijos.
Não era como se eu beijasse a pessoa uma noite e já fosse para a cama com ela. Isso não era algo usual em minha vida, até porque eu quase nunca beijava alguém. Entretanto, sexo casual era o único que eu estava acostumada, e já fazia mais de um mês que um semiconhecido tinha passado por minha cama. Então, eu não precisei pensar muito antes concordar.
– Eu tenho um apartamento aqui perto, podemos ir para lá. – falou, encarando-me, e eu apenas concordei com a cabeça. – Fala para o seu chefe que você está passando mal e precisa ir embora. Eu vou pegar o carro e te encontro na entrada. – apenas concordei novamente com a cabeça, e selou nossos lábios rapidamente.
Peguei minha taça que tinha sido deixada de lado minutos atrás e bebi de uma vez o resto do champanhe, colocando a taça vazia no mesmo local que estava e levantando da mureta. Passei a mão pelo vestido e forcei mais um sorriso enquanto caminhava de volta para o interior da mansão.
Eu não sabia quanto tempo tinha ficado lá fora, porém, ao entrar no salão, não foi difícil encontrar Ellis, principalmente pelo fato de que ela continuava no mesmo local conversando com as mesmas mulheres. Conforme entrei em seu campo de visão, a mulher fixou os olhos nos meus e inclinou a cabeça na direção do espaço vazio ao seu lado, onde eu estava antes de ir para o lado de fora da casa.
– Você passou bastante tempo lá fora, estava começando a me preocupar. – seu tom de voz baixo, porém firme, soou assim que eu parei ao seu lado.
– Não estou me sentindo muito bem, não me alimentei direito essa semana. – usei o mesmo tom de voz baixo, ainda mantendo contato visual. Durante meu estágio com Ellis, a regra número um de convivência é: sempre mantenha o olhar fixo ao dela enquanto conversam.
– Talvez seja a quantidade de taças que você já tomou que esteja começando a dar sinais. – seu tom de voz não possuía qualquer resquício de ironia ou algo do tipo, mas aquela simples frase, no tom de voz seco de Ellis, já me fez arregalar os olhos. – Pode ir, daqui a pouco eu também vou. – sorriu de modo indecifrável e voltou sua atenção para o grupo de mulheres.
Pisquei atônita algumas vezes até conseguir sair dali e me dirigir até o hall, cumprimentando a recepcionista e pegando minha bolsa. Agradeci o porteiro com um sorriso assim que cruzei a porta e desci as escadas. Não contive um sorriso ao descer o último degrau e encarar escorado em um carro luxuoso.
Eu não fazia a mínima ideia de qual era a profissão do homem, e nem tinha interesse em saber, mas eu tinha total certeza de que ele era chefe de alguma coisa. Mesmo não entendendo de carros, eu sabia que aquele modelo era parecido com o de Ellis. E o único motivo para ele ter um carro igual o da minha chefe era ser um também.
Saí de meus devaneios assim que abriu a porta para que eu entrasse. Sorri em sua direção e entrei no carro, sentando-me no banco e colocando a bolsa em meu colo. Logo também já estava dentro do carro.
– Sua chefe acreditou? – questionou assim que começou a dirigir.
– Eu falei que estava mal e insinuou que era porque eu bebi muito champanhe. – revirei os olhos e ouvi a risada do homem ao meu lado. – Onde já se viu, alguém ficar mal por beber champanhe? – murmurei, indignada, arrancando outra risada do homem. – Ela deve achar que eu sou velha igual a ela, para ficar ruim com algumas taças de champanhe.
– Ela não deve ser tão velha assim. – comentou com ar de riso, e eu o encarei com a sobrancelha arqueada.
– Querido, todas as cirurgias plásticas que ela fez não escondem aquela cara do século passado. – sua risada ecoou pelo carro outra vez enquanto ele me encarava rapidamente.
– Ela é muito ruim? – questionou com o olhar preso ao trânsito.
– Ela é uma megera na maior parte do tempo, mas não é ruim trabalhar com ela, entende?
– Não! – exclamou, risonho, e aproveitou o sinal vermelho para me encarar.
– Ela sabe muito bem o que faz, é uma ótima profissional e, se um dia eu tiver um terço do conhecimento que ela possui, eu já estarei super feliz. – expliquei, e apenas concordou com a cabeça. – Mas ela é a pessoa mais frígida do universo. – resmunguei, e o homem riu. – Não ri, eu estou falando sério.
– Eu ri, pois tenho uma pessoa assim na família. – explicou e eu apenas soltei um “hm”. – Qualquer coisa que acontece, ela não demonstra interesse. Às vezes eu até acho que ela não possui emoções.
– Te entendo perfeitamente. – falei, rindo, lembrando de todas as situações que Ellis agiu de forma indiferente. Se eu tivesse começado a estagiar com Ellis quando eu fosse mais nova, eu não teria dúvidas de que ela era um robô.
– Chegamos, . – a voz de me despertou, e eu encarei a janela, percebendo que já estávamos parados no estacionamento.
Peguei a bolsa sob o meu colo e ao olhei para o lado, vendo a porta aberta e a mão de estendida em minha direção. Segurei em sua mão e saí do carro, sorrindo em sua direção. Eu não estava acostumada com todo o cavalheirismo que estava sendo tratada, mas poderia facilmente me acostumar.
Fechei a porta do carro e acionou o alarme, me guiando em seguida até o elevador e apertando botão do décimo nono andar, assim que o quadrado de metal fechou as portas. colou meu corpo na parede fria do elevador e levantou meu rosto com a mão que segurava meu queixo, enquanto segurava minha cintura com a outra.
– Acho que não precisamos esperar até chegar ao meu andar. – seu tom de voz rouco junto com sua respiração batendo em meus lábios me fez arrepiar, ato que não passou despercebido aos olhos do homem, que sorriu de modo malicioso. – Acho que seu corpo concorda comigo.
Segurei a nuca de com a mão livre e acabei com a pouca distância entre nós, colando nossos lábios em um beijo nada apropriado para um elevador. O beijo intenso e o corpo de colado o meu estavam fazendo meu corpo arder enquanto implorava que seus lábios beijassem cada parte de mim. Separei nossos lábios um pouco depois, respirando fundo e tentando normalizar a respiração, enquanto minha boca gritava para ter os lábios de contra os meus novamente, mas era impossível manter a respiração normal quando revezava entre beijar e mordiscar meu pescoço. Senti meu corpo arder dos pés à cabeça assim que os lábios de tocaram meu colo seminu devido ao decote coração do vestido, e agradeci aos céus quando ouvi o apito do elevador avisando que tínhamos chegado, pois se eu ficasse mais um segundo ali dentro, não conseguiria conter meu desejo. parou de brincar com meu pescoço e se afastou, fazendo-me soltar um gemido em protesto e sentindo falta do calor que seu corpo junto ao meu me proporcionava.
– Nós precisamos sair, linda, se não eu te fodo bem aqui. – palavras chulas nunca me instigaram, mas ao ter um homem gostoso daquele de terno pronunciando aquilo para mim, foi o necessário para que eu fechasse os olhos e mordesse os lábios enquanto eu sentia cada pelo do meu corpo se arrepiar. – Gosta desse linguajar? Bom saber.
Abri meus olhos novamente e percebi que segurava a porta do elevador, impedindo que ela se fechasse. Andei rapidamente e saí do elevador, vendo soltar a porta. Praticamente de frente para onde estávamos, estava a única porta daquele andar.
– Eu não venho muito aqui, então não repara o estado. – o homem falou e logo destrancou a porta, revelando o local perfeitamente arrumado.
Adentrei o apartamento e fez o mesmo, fechando a porta e me prensando na madeira. Selou nossos lábios rapidamente e beijou-me intensamente enquanto sua mão apertava minha cintura.
– Você quer alguma coisa? – questionou após partir o beijo, com os lábios a poucos milímetros de distância dos meus.
– Você. – sorri maliciosa, vendo retribuir meu sorriso.
– Vamos subir, antes que a gente acabe fazendo na sala mesmo. – afastou seu corpo do meu e segurou minha mão, começando a andar na direção das escadas.
– Não vejo nenhum problema nisso. – parei no meio da sala e fiz pressão em sua mão, fazendo-o parar também e me encarar. – Por exemplo, eu adoraria transar contra aquela parede de vidro.
O lado exibicionista nunca foi meu forte, mas eu não podia negar que realmente me excitava pensar em transar naquela parede de vidro do chão até o teto. Os olhos do homem brilharam ao ouvir minha frase e a excitação presente em meu corpo só aumentou.
– Nós podemos ver a cidade toda, mas ninguém pode nos ver. – sorriu malicioso antes de me levar até a parede. – O lado de fora é opaco.
– Vai ser aqui. – afirmei, e apenas sorriu.
– Sempre foi o meu sonho transar aqui. – piscou maroto e começou a se afastar. – Vou ao banheiro, fique à vontade.
Concordei com a cabeça e peguei o celular na minha bolsa, enviando a localização para minha melhor amiga. Se eu aparecesse morta, pelo menos ela poderia informar a polícia o último local que eu havia frequentado. Guardei o celular na bolsa novamente e a coloquei na mesa ali perto. Abaixei-me para poder tirar os saltos que usava e, ao levantar o olhar, vi apoiado na bancada que separava a sala da cozinha. O blazer já não estava mais em seu corpo e sua blusa branca já possuía alguns botões abertos, mostrando-me seu abdômen definido.
– Esperava te encontrar nua quando eu voltasse. – falou enquanto se aproximava.
– Eu prefiro que você me deixe nua. – sorri maliciosa e parou na minha frente, com o corpo separado do meu por centímetros.
– É para já então, senhorita. – sua expressão séria contradizia o brilho malicioso que ele me encarava enquanto abria vagarosamente o zíper do meu vestido.
Assim que tirou as mãos do tecido, o vestido caiu aos meus pés, deixando-me apenas de calcinha na frente do homem. analisou meu corpo dos pés a cabeça enquanto um sorriso malicioso tomava conta de seus lábios.
– Eu tinha te achado gostosa, mas agora, seminua, eu percebo que você é ainda mais gostosa do que eu tinha cogitado. – acabou com a pouca distância entre nós dois e colou nossos corpos.
– Não acho que é justo você estar praticamente todo vestido enquanto eu só estou de calcinha. – murmurei, manhosa, e comecei a abrir os botões de sua camisa calmamente.
– Você está brincando com fogo, linda. – praticamente rosnou à medida que eu abria vagarosamente os botões de sua camisa.
Sorri satisfeita ao abrir o último botão e admirei o abdômen malhado do homem, mordendo meu lábio inferior enquanto o observava. Alisei o abdômen de sob a blusa e parei em seus ombros, puxando a camisa para baixo e revelando seu braço praticamente fechado de tatuagens. Benditos homens tatuados que me causavam um tesão inexplicável. Segurei no cós de sua calça e o puxei ainda mais para perto, roçando meus mamilos rijos no seu peitoral.
– Você está me provocando muito, linda. – sussurrou em meu ouvido, fazendo os pelos da minha nuca e do meus braços eriçarem.
– Mas eu ainda nem comecei. – murmurei, inocente, passando a unha sobre o seu pau. Abri o zíper da calça de e a abaixei, sorrindo ao ver o volume do membro do homem. Passei a unha por toda sua extensão sob a cueca e xingou baixo, fazendo-me rir.
– Rindo do sofrimento alheio, minha linda? – negou com a cabeça, enquanto alisava minha intimidade por cima do pano. – Muito errado isso. – soprou no meu ouvido à medida que me penetrava com dois dedos, fazendo-me soltar um gemido baixo. – Acho que agora você não vai rir, certo?! – mordeu meu lóbulo enquanto me penetrava rapidamente com os dedos em um vai e vem.
– Errado. – falei após recuperar-me, enfiando minha mão na cueca de e começando a masturbá-lo rapidamente. – Quem ri por último ri melhor.
– Realmente. – soprou em meus lábios e colou nossos lábios, penetrando mais um dedo em minha intimidade e fazendo-me gemer contra seus lábios. Parei o movimento que fazia em seu pênis e tirou seus dedos de dentro de mim, fazendo-me soltar um resmungo. – Direitos iguais, linda. – piscou antes de levar seus dedos até a boca e praguejar, após sentir meu gosto. – Porra, , seu gosto é maravilhoso. – juntou nossos lábios novamente, compartilhando comigo meu sabor.
cortou o beijo e inverteu nossas posições, ficando de costas para a parede e deixando-me de frente para a vista magnífica. se abaixou e tirou minha última peça de roupa restante. Encarou-me nos olhos e sorriu malicioso, antes de levantar uma de minhas pernas e apoiar em seu ombro, deixando seu rosto praticamente colado à minha intimidade. Pousou uma mão em minha bunda e usou o dedão da outra mão para fazer movimentos circulares no meu clitóris. Joguei a cabeça para trás e fechei os olhos fortemente, sentindo meu corpo pinicar pedindo por mais.
– Abre os olhos, linda. – o sussurro de fez meus pelos eriçarem assim que o ar saiu de sua boca em direção à minha intimidade. – Eu quero que você observe a cidade enquanto eu te proporciono o melhor oral da sua vida. – abri os olhos e foquei nas luzes lá de fora.
lambeu minha intimidade, fazendo-me agarrar em seus cabelos enquanto tentava manter os olhos abertos. O homem revezava entre me lamber e chupar, distribuindo leves mordidas, que me faziam fechar os olhos por breves minutos. Resmunguei assim que senti o dedo de abandonar meu ponto inchado, e o homem apenas riu.
– Você resmunga muito, minha linda. – murmurou antes de me penetrar com seus dois dedos novamente, sua boca sugando meu clitóris.
Joguei a cabeça para trás e fechei os olhos, gemendo enquanto sentia minha perna fraquejar. O nó em meu ventre se tornava cada vez maior, junto com a sensibilidade da minha intimidade. Meu corpo começou a se contrair involuntariamente a cada movimento que os lábios de faziam em meu clitóris, e eu ignorei a excitação que sentia ao saber que gozaria pela primeira vez em um sexo oral. tirou seus dedos de dentro de mim, mas, antes que eu pudesse resmungar, ele me penetrou novamente, dessa vez com os três dedos, arrancando um gemido alto de mim. aumentou o ritmo de vai e vem que seus dedos faziam, fazendo-me gemer cada vez que eles iam um pouco mais longe. Finquei minha unha na minha coxa, que estava sob o ombro de , e puxei fortemente o cabelo do homem, jogando minha cabeça para trás e fechando os olhos. Gemi de modo prolongado enquanto gozava nos dedos de , que logo os retirou e lambeu minha intimidade.
– Isso foi, é, nossa. – murmurei com a respiração falhada, tentando achar uma palavra que descrevesse o quão bom aquilo foi. tirou minha perna, que estava apoiada em seu ombro, e a colocou no chão. Ficou em pé e me encarou com um sorriso nos lábios.
– Fico feliz em saber que a deixei sem palavras. – selou nossos lábios rapidamente. – Que tal você me agradecer retribuindo?
Abri um sorriso malicioso, demonstrando minha resposta com ele e fiquei de costas para a parede de vidro, deixando de frente para ela. Ocupei a posição do homem minutos atrás e me ajoelhei no chão, abaixando sua cueca e liberando seu membro. Fechei a mão ao redor de seu pau e o masturbei calmamente, da base até a glande.
– Porra, , eu não te provoquei assim. – resmungou, fazendo-me sorrir. Aproximei minha boca de seu membro, lambendo a cabeça de seu pau. – Você vai se arrepender de estar fazendo isso, linda. – ameaçou assim que afastei minha boca de seu membro.
– Vou? – masturbei toda a extensão de seu membro enquanto o encarava nos olhos ao questionar de modo devagar.
abriu a boca para me responder, mas, antes que qualquer palavra saísse da boca do homem, eu abocanhei seu pau, encarando-o e vendo fechar fortemente os olhos e praguejar baixo. Embrenhava os dedos em meu cabelo, ditando o ritmo do trabalho que minha boca fazia em seu membro. Sincronizei o movimento da minha boca com o de minha mão, masturbando onde não conseguia chupá-lo.
– Acho melhor pararmos aqui, senão eu não vou aguentar muito tempo. – afastou minha cabeça de seu pau, porém continuei a masturbá-lo com minha mão. – Linda, eu falo sério. – ajudou-me a levantar e colou meu corpo na parede fria de vidro, fazendo meus pelos eriçarem. – Eu quero gozar só quando meu pau estiver dentro de você.
Um calafrio percorreu meu corpo dos pés a cabeça ao ouvir a voz rouca de falar aquilo em meu ouvido e eu rocei minhas pernas uma contra a outra, sentindo minha intimidade molhada novamente. afastou nossos corpos e pegou um preservativo que estava ali perto.
– Isso estava aí o tempo todo? – questionei enquanto o observava abrir a embalagem.
– Trouxe quando fui ao banheiro, assim que chegamos. – respondeu, colocando a camisinha em seu membro.
Devidamente protegido, se aproximou novamente, colando nossos corpos e segurando firme em minha cintura, enquanto sua outra mão descia até minha intimidade. Passou a mão pelos meus grandes lábios e mordeu meu lábio inferior, encarando-me fixamente nos olhos, separando nossas bocas e deixando-as milímetros de distância.
– Porra, linda, você está tão molhada. – penetrou-me com os dois dedos enquanto falava, fazendo-me soltar um gemido. – Tão pronta para mim.
tirou seus dedos de dentro de mim e penetrou-me de uma vez com o seu pau, fazendo-me soltar um gemido mais alto que o anterior e fincar as unhas de minhas duas mãos em seus braços. Apoiou suas duas mãos na minha bunda e me levantou, fazendo-me enlaçar as pernas em sua cintura. Colei ainda mais minhas costas no vidro e grudei o corpo de ao meu, segurando em seu pescoço com meus braços. segurou fortemente em minhas nádegas e começou a me penetrar forte e rápido, fazendo o barulho entre nossos corpos ecoarem por todo o apartamento.
Nossos corpos se moviam em perfeita sincronia, e eu gemia mais alto a cada estocada mais forte que investia. Seus braços já estavam marcados por arranhões e seu pescoço possuía alguns chupões, e eu não duvidava de que meu pescoço também possuía algumas marcas.
deferiu um tapa ardido em minha nádega e eu mordi seu ombro, tentando controlar o gemido que meus lábios emitiram.
– Goza para mim, linda. Eu quero sentir seu interior se contrair todo enquanto eu ainda estiver dentro de você. – soprou em meus ouvidos suavemente, deferindo um tapa mais forte em minha outra nádega. – Grite o mais alto que conseguir enquanto meu pau está te levando ao paraíso.
aumentou ainda mais a velocidade e o nó em meu ventre se fez presente novamente. O som de nossos corpos se encontrando ficou mais alto ainda e minhas pernas começaram a perder a firmeza. Finquei as unhas no ombro de enquanto colava nossas testas e gemia alto, sentindo o homem aumentar mais um pouco a velocidade das estocadas. se movimentou mais um tempo dentro de mim e logo urrou, selando seus lábios nos meus e cessando o movimento de seu membro.
Ficamos alguns segundos em silêncio até conseguirmos normalizar nossa respiração. Gemi baixo assim que retirou seu membro de dentro de mim, já sentindo falta de nossas intimidades juntas. Coloquei minhas pernas no chão com a ajuda de e me abaixei para pegar a calcinha no chão.
– Sabe, acho que devemos tomar banho. – falou, voltando do banheiro após se livrar do preservativo.
– Eu estou toda grudenta. – falei enquanto encarava o homem à minha frente, completamente nu.
– Acho justo tomarmos banho junto, você sabe, a água do mundo está acabando. – estendeu a mão em minha direção, fazendo-me ir até ele. – Não devemos desperdiçar.
Segurei a mão de e o segui até o banheiro, pronta para mais uma rodada de sexo. Eu não sabia se era o álcool em meu corpo ou o tempo que minha vida sexual estava parada, mas o sexo com era diferente de qualquer um que eu já tive ao longe dos meus vinte e seis anos.

...


Rolei para o lado e joguei o braço, abrindo os olhos, alarmada ao escutar um resmungo. Olhei para o lado e respirei fundo ao fincar o olhar na expressão serena de . Rolei o corpo para o lado mais distante do sofá-cama e levantei calmamente, tomando o maior cuidado possível para não acordar o homem.
Eu nunca sabia como agir no dia seguinte após acordar ao lado dos homens, então fiz o que eu estava acostumada fazer sempre que dormia fora. Botei a roupa da noite passada, calcei meus saltos, peguei minha bolsa após estar devidamente pronta e prendi meu cabelo em um nó.
Saí do apartamento rapidamente, agradecendo aos céus por não ter trancado a porta, e apertei o botão do térreo. Peguei meu celular na bolsa e digitei uma mensagem rapidamente para minha melhor amiga, avisando-a que estava bem e já estava indo para casa. Lembrei-me da noite anterior e de como o elevador fez o caminho rápido quando o corpo de estava junto ao meu e bufei. Era só mais uma noite de sexo casual, eu não estava entendendo o motivo de a noite continuar tão viva em meus pensamentos. Respirei aliviada e saí do prédio, pedindo aos céus para não acordar tão cedo e para que um táxi vazio passasse logo por ali.

...


Alisei minha saia lápis branca com uma mão e segurei firme a pasta de Ellis na outra após sair do táxi, tentando controlar o nervosismo após ter recebido um e-mail da minha chefe dizendo que hoje tinha uma surpresa. Meu subconsciente gritava que finalmente era minha chance de ser reconhecida e ser promovida, mas a parte lógica do meu cérebro sabia que Ellis não estava interessada em me subir de cargo até que eu terminasse o curso que estava fazendo.
Sorri para a recepcionista assim que cruzei a porta do edifício e entrei no elevador, apertando o botão para do décimo andar, local onde ficava a sala de Ellis e a sala que ela tinha me designado.
– Bom dia, Flora. – sorri para secretária de Ellis no momento em que saí do elevador.
– Bom dia, – a loira me cumprimentou com um sorriso. – Ellis pediu para que você vá diretamente para a sua sala, que ela te encontrará lá.
– Mas eu iria deixar a pasta com os protótipos na sala dela. – levantei a pasta, e Flora sorriu novamente.
– Ela disse que pegará na sua sala após a conversa. – apenas concordei com a cabeça e segui até minha sala. Abri a porta e, antes de entrar, virei minha atenção para Flora novamente.
– Pode buscar meu café, por favor? – sorri novamente em sua direção e a mais nova apenas sorriu, concordando com um aceno de cabeça.
Flora estava no auge de seus vinte anos e cursava faculdade de secretariado, ramo diferente de qualquer um que estava interessado em trabalhar ali, motivo pelo qual Ellis a recrutou para ser sua assistente. Segundo a mais velha, ela não queria uma assistente que puxasse seu saco apenas por todo seu nome na indústria da moda. Apenas queria uma assistente que lhe ajudasse com todo o seu trabalho.
Entrei na minha sala e abri as persianas da janela de vidro, fazendo-me lembrar de duas noites atrás, quando eu transava em uma janela bem parecida com aquela. Balancei a cabeça levemente, querendo espantar os pensamentos que rondavam minha mente desde o dia da festa. Sentei na minha cadeira e coloquei a pasta de Ellis na mesa.
– Com licença, . – a voz de Flora chamou minha atenção, vendo-a parada na porta com um copo grande de café. – Fui informada que Ellis já está no prédio, daqui a pouco ela está aqui. – concordei com a cabeça e estendi a mão na direção de Flora, pegando o copo que ela me entregava.
Retirei a tampa e joguei no lixo que ficava ao lado da minha mesa. Dei alguns goles na bebida, sentindo-me renovada, e coloquei o copo na mesa assim que ouvi leves batidas na porta. Murmurei um ‘pode entrar’ e levantei da cadeira, pronta para qualquer coisa que Ellis falasse, mas não pronta para quem entrou ao seu lado.
Tentei não demonstrar o choque que senti ao ver ao lado de Ellis e foquei meu olhar na minha chefe, disposta a ignorar a presença do homem ao lado. Sorri para Ellis, vendo a mesma apenas menear a cabeça levemente.
– Bom dia, . – sua voz ecoou pela sala.
– Bom dia, senhora Barnard. – sorri sem mostrar os dentes, vendo pelo canto dos olhos a expressão debochada no rosto de ao me ouvir falar o sobrenome de minha chefe.
– Você deve estar se perguntando o motivo pelo qual te convoquei essa pequena reunião e o motivo de estar com o meu filho em sua sala. – senti meu coração parar de bater e não duvidava que minha cor tinha sumido do rosto, pois a expressão debochada e risonha de estava ainda mais evidente. – Eu queria que você tentasse colocar algum rumo na cabeça desse garoto. – pisquei os olhos algumas vezes, tentando assimilar o que Ellis tinha acabado de dizer. – Você sempre foi bem decidida e estudiosa, queria saber se você pode ajudar o a abrir os olhos.
– Hm, ‘tá, pode ser. – falei embolado, escutando o riso baixo de .
– Ótimo, pode deixar que você vai ser recompensada por isso. – Ellis movimentou seus lábios rapidamente, abrindo um protótipo de sorriso.
Percebi que estava prendendo o ar assim que o soltei de uma vez e vi Ellis sair da sala, fechando a porta. Olhei com os olhos arregalados para , vendo-o escorado na minha mesa enquanto bebia meu café. Respirei fundo, tentando não surtar ao saber que o homem que não saía de meus pensamentos era, na verdade, o filho da minha chefe.
– Me diz que isso é uma piada de muito mau gosto? – supliquei, encarando-o enquanto tirava meu café de suas mãos.
– Sinto muito, mas não é. – riu do meu desespero, e eu dei uma grande golada do café.
– Eu não acredito que eu dormi com o filho da minha chefe. – resmunguei e coloquei o café na mesa, notando que Ellis tinha esquecido da pasta. – Preciso entregar isso para minha chefe, sua mãe, ‘tá, tanto faz. Não mexa em nada.
Peguei a pasta e saí da sala, tentando impedir a expressão de pânico que se apossava de cada parte do meu corpo. Maldita hora que eu tinha cursado moda e não cinema, agora eu pelo menos conseguiria esconder o turbilhão de sentimentos que gritavam em minha cabeça. Maldita hora que eu beijei aquela boca maravilhosa sem ter perguntado o sobrenome. Bati na porta de Ellis e entrei logo após ouvir sua confirmação.
– Já desistiu do ? – questionou, e eu neguei rapidamente com a cabeça. – Oh, querida, tudo bem, eu sei como uma conversa com ele pode ser difícil.
– Só vim entregar a pasta com os futuros projetos. – abri um sorriso mínimo e caminhei até sua mesa, lhe entregando a pasta. – Pode deixar que eu vou conversar com o seu filho.
– Vai significar muito para mim se você conseguir abrir os olhos dele. – outro resquício de sorriso apareceu e eu concordei com a cabeça, saindo de sua sala e voltando para a minha, mesmo que eu não estivesse mentalmente preparada para isso.
– Saiba que eu fiquei muito triste por você ter abandonado na cama. – falou assim que eu adentrei a sala.
– Nós vamos agir como se aquela noite nunca tivesse acontecendo, está me entendendo? – apontei o dedo em riste em sua direção. – Você é filho da minha chefe. Céus, eu falei mal dela para você. Ai, meu Deus.
– Linda, calma, não precisa surtar. – sem tom de voz calmo me fez estremecer. Como ele conseguia estar calmo diante aquela situação?!
– Não me chame assim. – falei pausadamente, tentando controlar minha raiva e vendo com um sorriso de lado nos lábios.
– Você parecia gostar muito desse apelido quando eu o sussurrava em seu ouvido enquanto estocava em você. – comentou, malicioso, fazendo-me respirar fundo enquanto pressionava minhas unhas em minha mão.
– Você parece um adolescente que não consegue levar nada a sério. – urrei, e apenas deu ombros.
– Talvez seja pelo fato de que eu ainda sou um. – comentou, despreocupado, e eu arregalei os olhos.
“Não, aquilo só podia ser brincadeira”, pensei enquanto analisava . Sem a roupa formal e o cabelo penteado, ele não parecia mais um homem que era chefe de uma multinacional. Eu não podia acreditar naquilo tudo, não queria acreditar.
– Oi? – minha voz saiu esganiçada.
– Sabe, talvez eu tenha dezenove anos. – coçou a nuca enquanto me encarava.
Aquilo não era brincadeira, constatei, tentando não surtar ao saber que o cara que me proporcionou o melhor sexo da minha vida era filho da minha chefe e sete anos mais novo que eu.
– Você não vai surtar, né, ? – questionou, e eu controlei a vontade de lhe jogar pela janela do prédio.
– Não use meu apelido, não temos intimidade para isso. – minha voz saiu séria, e arqueou uma de suas sobrancelhas.
– Seus critérios são estranhos, . – frisou meu apelido, e eu respirei fundo. – Nós fomos íntimos o suficiente para que eu te fodesse por quase todo o meu apartamento, mas não somos íntimos a ponto de usarmos apelidos?
– Só cala a boca, , por favor. – supliquei e sentei na cadeira, debruçando meus cotovelos na mesa e apoiando minha cabeça em minhas mãos. Onde eu me meti, céus.
– Ei, está tudo bem. – aproximou-se de mim, ajoelhando ao lado da cadeira e puxando meu rosto em sua direção. – Nós dois não sabíamos nada sobre isto.
– É, mas, agora que sabemos, não podemos continuar.
– Por quê? – questionou, e eu arqueei uma sobrancelha enquanto o encarava, não acreditando que ele estava mesmo fazendo aquela pergunta.
– Porque meu trabalho está em jogo aqui. – voltei o olhar para frente, encarando a parede e tentando ignorar o magnetismo que parecia puxar meus olhos para os de . – Nossa conversa está acabada.
– Mas...
– Eu preciso trabalhar, . – o interrompi.
– Certo, até mais. – murmurou ao levantar do chão, e eu apenas acenei com a mão. – Espero que você lembre da noite de sábado sempre que olhar para a parede atrás de você. – sussurrou em meu ouvido, fazendo-me arrepiar. – Aliás, essa maquiagem está cobrindo muito mal as marcas que estão no seu pescoço.
Arregalei os olhos, alarmada. Se conseguia notar as pequenas marcas roxas espalhadas pelo meu pescoço, era óbvio que os olhos críticos de Ellis já tinham visto. Engoli em seco e peguei rapidamente meu celular, tentando encontrar as marcas que tinha se referido, porém não encontrando nenhuma. Maldito adolescente provocador.
Eu esperava que Ellis não viesse me perguntar depois o que eu tinha conversado com seu filho, senão eu estaria completamente fodida. Se bem que eu já estava fodida, e muito bem, por acaso. Respirei fundo, sabendo que, mesmo com o que tinha acabado de descobrir sobre , eu não conseguiria esquecer tão facilmente nossa noite.

...


Eu mal tinha me recuperado da festa beneficente anterior e toda a dor de cabeça que ela tinha me causado, e Flora me avisou que Ellis já tinha marcado outra. Resmunguei baixo, odiando ainda mais o mês de pré-lançamento da nova coleção. Sempre que Ellis marcava a data que liberaria suas joias para a classe alta, a empresa organizava uma festa todo final de semana com o intuito de divulgar ainda mais a marca. A festa beneficente foi a primeira, agora era a festa do chá.
Encarei a decoração toda branca e vermelha, gostando do resultado, mas não gostando de onde ocorria, que, no caso, era na casa de Ellis. Todos os funcionários da empresa estavam seguindo a ordem de vestimenta de Ellis, branca e vermelha, pois era o que ela queria.
– Que tal uma dança? – a voz de me tirou de meus devaneios e me fez dar um pulinho de susto, fazendo-o rir.
– Nós estamos na festa da sua mãe, está louco? – questionei entredentes enquanto olhava para todos os lados.
– Eu só estou propondo uma dança com a mulher que me fez abrir os olhos. – segurou em minha mão e colou nossos corpos, apoiando a outra mão em minha cintura e deixando sua boca próxima de meu ouvido. – Não é como se eu estivesse pedindo para te beijar, por mais que eu queira.
– Como assim? – questionei, ignorando sua segunda frase e tentando agir como se aquilo não tivesse mexido comigo.
– Minha mãe acha que abri os olhos para a vida, pois comecei a faculdade. – mordeu o lóbulo da minha orelha, e eu tentei não demonstrar qualquer efeito que ele me causava, mas meu corpo falhou ao arrepiar com o contato dos lábios dele em meu lóbulo. – Mas eu apenas abri os olhos para a certeza de que eu quero ter você todos os dias da minha vida. – afastei-me bruscamente de e o encarei de olhos arregalados.
– Você não sabe o que está falando, está louco. – exclamei, nervosa, rompendo qualquer contato entre nossos corpos.
– Não, linda, você é quem está louca, tentando fingir que nada aconteceu entre a gente, tentando fingir que seu corpo responde por si só quando está perto de mim.
– Fala baixo, está louco?! – resmunguei, nervosa, me afastando do jardim onde acontecia a festa e levava comigo.
– Você não pode ignorar o que nós temos por medo da minha mãe. – falou assim que chegamos na entrada da casa.
– Nós não temos nada. – falei pausadamente, como se explicasse a uma criança.
– Não temos pelo fato de que você não quer. – rebateu, e eu revirei os olhos.
– Eu nem sei o porquê de estarmos tendo essa conversa.
– Pelo simples fato de que você quer continuar com o corpo perto do meu. – se aproximou, colando nossos corpos e prensando minhas costas na parede da casa. – Pelo fato de que a noite de uma semana atrás ainda está na sua mente e você está louca para repetir. – encostou sua testa na minha e deixou sua boca a milímetros da minha, fazendo-me entreabrir os lábios. – E, agora, você está louca para que eu te beije novamente.
Segurei os ombros de e colei nossos lábios em um beijo desesperado, tentando demonstrar no beijo toda vontade que eu passei uma semana com os lábios de longes dos meus.
– O seu problema é que você fala demais. – sussurrei contra os lábios do homem assim que rompi o beijo.
– Pensei que você não quisesse se envolver. – comentou com ar risonho.
– Que tal você calar a boca e me beijar novamente? – suguei seu lábio inferior após falar, sorrindo quando selou nossos lábios rapidamente. – Acho que sua mãe surtaria se ela descobrisse. – comentei, brincando com a gola de sua camisa social.
– Acho que seria bom, sabe, vê-la demonstrando alguma emoção. – deu de ombros, abraçando-me pela cintura e pousando sua cabeça em meu ombro. – Talvez ela nem repare se a gente subir rapidinho para o meu quarto.
– Você está louco? – murmurei, nervosa, e riu.
– Sim, estou louca para te ver sem essa roupa, enquanto rebola em meu colo, totalmente entregue. – mordiscou meu ombro, e eu rocei minhas coxas uma na outra, já sentindo o calor tomar conta do meu corpo.
Maldito garoto e suas palavras quentes que fazem meu corpo entrar em ebulição e minha cabeça perder a razão. Afastei meu corpo do de e enlacei nossas mãos, arrastando-o para o interior da casa sem que ninguém visse.
Eu não sabia o que aquele garoto fazia comigo e nem o motivo de eu me sentir assim, mas toda vez que suas mãos tocavam meu corpo ou sua boca falava palavras obscenas, me sentia como uma virgem.


Fim



Nota da autora: Então, essa é praticamente a minha primeira short restrita, então me desculpem qualquer coisa. Mas vamos falar sobre esse filme icônico e essa música icônica, admito que tive até um certo medo de escrever algo que saísse ao nível do filme e da música, mas admito que eu gostei do resultado final, espero que vocês também tenham gostado.





Outras fanfics:
Are You The One?
Adiós Colombia
10. Home
13. Runaway Love

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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