Capítulo Único
- Eu não acredito que ela finalmente vai se casar. – a senhora falou, fechando a porta à sua frente. – , isso não é possível, nós vamos estar aqui pra ver nossa menina se casando. – lágrimas brotavam nos olhos da mulher quando o marido se aproximou para abraça-la.
- Nós vamos, meu amor! Estaremos lá pra acompanhá-la e eu terei o prazer de levá-la ao altar. – o homem tentava esconder, mas também estava completamente emocionado e não cabia em seu coração o orgulho que carregava naquele momento. - Você é uma desesperada, mulher. – ele riu, passando as mãos pelos fios de cabelo dela, agora tantos brancos em meios aos escuros. – Você pergunta pra menina quando ela vai casar desde os 20 anos de idade, pressionando-a sem necessidade nenhuma, sabíamos que esse momento ia chegar e se chegasse, não importaria também. – falou o homem, sincero, defendendo sua “princesinha” como o mesmo sempre dissera.
- Ah, . Nós nos casamos aos 23 e somos tão felizes, eu só queria que ela também pudesse ter isso.
- Os tempos são outros, meu bem. – ele sorriu, caminhando com a mulher até o sofá.
- Não acredita que está sabendo muito sobre os tempos atuais, hum? – perguntou debochada e de sobrancelhas arqueadas.
- Ah, mulher! – ele se pronunciou num tom alegre, tomando-a em seus braços.
- Você vai morrer e ainda assim estar completamente apaixonado por mim, não? – ela sorriu com os lábios grudados, convencida.
- Sem dúvida nenhuma, e você sabe muito bem disso há 50 anos. – ele acariciou o rosto da mulher que teve os olhos iluminados por suas palavras. – Não gosto de viver de passado, mas vendo nossa filha feliz dessa forma e considerando que em alguns meses completamos 40 anos de casados, estou ficando nostálgico e me lembrando de tantas coisas.
- Como? – perguntou, curiosa.
- Quer em ordem cronológica? – ela assentiu, rindo. – Quando nos conhecemos.
- Aí meu Deus! Me desculpa. – o menino falou, abaixando-se para ajudar a garota a pegar sua mochila do chão. Mochila que abrira e espalhara todas suas coisas pelo chão. – Eu estava distraído, perdão.
- Ah, que ódio! – a menina fizera um grunhido, demonstrando estar completamente irritada. – Não podia ser numa hora pior. – ela cerrara os dentes e puxara seu estojo do chão, jogando-o dentro da bolsa e se levantando rapidamente, deixando o garoto no chão, encarando-a.
- Acho que prefiro me lembrar do dia em que te pedi desculpas. – a mulher gargalhava, envergonhada ao se lembrar do quão horrível havia sido aquele primeiro encontro. Não podia ter sido pior, e ela havia se arrependido dessa cena por muito tempo.
- Esse dia também entrou nas minhas memórias, afinal, ver você envergonhada era algo raro, senhorita “melhor atriz que essa escola poderia ter”.
- Eu era boa mesmo, paciência, meu bem.
- Ei! Oi. – a garota se aproximara do menino que estava parado entre um corredor e outro, conversando com um garoto do qual ela não lembrava o nome, mas sabia que estava em sua aula de filosofia.
- Eu? – o garoto que ela procurava perguntou, apontando para si. A menina assentiu, chamando-o com o dedo, para que ele se aproximasse. O menino pediu licença para o amigo, que o olhava de forma maliciosa e saíra dali. – Oi.
- Oi, eu queria te pedir desculpas pela semana passada. – ela fora direta, demonstrando completo arrependimento pelo episódio anterior.
- Está tudo bem, não é como se eu estivesse te amaldiçoando até agora. Sou , e você? – ele estendeu sua mão, que fora prontamente apertada pela da menina.
- Sou .
- Ah, você é ? A que todos falam?
- Não sei, falam? – ela sorriu, sabendo que sim.
- A protagonista de todas as peças? – ela assentiu, dando de ombros.
- Estava correndo para não perder um ensaio, mil desculpas, de coração. Não era um bom dia.
- Está tudo bem, conseguiu chegar? – ela balançou a cabeça, indicando que sim. – Então, melhor ainda. Me sinto menos culpado.
- Fico feliz que tenhamos nos tornado tão amigos depois daquele dia. Bom, não tão amigos, né, acredito que eu nunca na minha vida te vi como “só amigo”. – a senhora sorria, se encostando no marido que tinha um sorriso maior ainda em seu rosto.
- Não teria como, sou incrível demais pra isso, e era muito gostoso também.
- Ainda é. – a mulher dera nele um selinho rápido, voltando a se enroscar em seus braços. – E depois?
- Ah, o primeiro beijo, sem dúvidas. – seus olhos brilharam com a lembrança.
- , por favor. Você sabe que eu gosto de você. – a menina se chacoalhava em seus braços, agoniada. – Para, por favor.
- , me solta. Eu estou muito brava! Você não tinha o direito disso! Eu sabia que você não seria o protagonista e você também!
- Mas eu queria ficar mais tempo com você!
- Mas agora você vai passar mais tempo comigo, contracenando com a Kira. – ela parara em seu lugar e cruzara os braços, nervosa.
- Você sabe que eu posso estar com qualquer pessoa, que a única que eu veria seria você. Mesmo que você finja não me dar bola. – ele sorria, encarando os olhos da menina que estava em seus braços.
- Eu não faço isso. – ela sorrira, fazendo graça. – Você gosta de mim? – ele assentiu, sincero.
- Assume que gosta de mim, tanto quanto gosto de você. – ele sussurrou, aproximando-se da menina e deixando com que suas respirações descompassadas se misturassem.
- Ah, . – antes que pudesse pensar em responder qualquer coisa mais elaborada ou tentar mais uma vez escapar do assunto, o menino grudara seus lábios nos dela, desesperado pelo contato como estava há quase um ano.
A garota nem mesmo tentara lutar contra, ela sabia que nada poderia ser mais verdadeiro e sincero que aquele sentimento que eles carregavam ali consigo.
- Daqui a pouco eu fico extremamente emocionada pensando nessas coisas, minha pressão sobe e eu começo a chorar. – a mulher cruzou os braços, fingindo irritação.
- Ah, para, vai! – ele riu. – Você sabe que eu vou morrer primeiro, então se segura.
- Aí, , para de falar essas coisas! Que horror! – ela fez o sinal da cruz com a mão direita, religiosa como sempre fora.
- Eu não vivo sem você, você sabe que é o amor da minha vida.
- E eu também não vivo sem você.
- Posso contar a primeira coisa que lembrei quando nossa princesa saiu daqui? – a mulher assentiu, sorridente. – Ah, meu bem. Nosso casamento. Nada poderia ser mais lindo.
A igreja estava cheia, todos encaravam aquele homem inquieto no altar. Aquele homem apaixonado, o qual todos já haviam testemunhado loucuras de amor feitas para aquela que, em alguns minutos, entraria por aquele corredor.
já estava ficando desesperado e nem estava atrasada. Ele não aguentava mais esperar para ter a mulher como sua esposa e poder aproveitar o resto de sua vida ao seu lado.
A marcha nupcial soou no ambiente e todos se levantaram, deixando de prestar atenção no garoto e se virando para as grandes portas na esperança de que elas logo se abrissem e mostrassem a linda mulher com aquele maravilhoso vestido branco, completamente armado, como ela escolhera, e com detalhes rendados que traziam uma doçura incomparável.
Logo que a vira com o pai andando até ele, já tinha seus olhos cheios de lágrimas. não olhava para lado nenhum, mantinha seus olhos fixos no noivo que a encarava embasbacado, absurdamente orgulhoso de ter toda a sorte do mundo por vivenciar aquilo. Ele nunca deixaria de pensar o quão feliz era.
- Vê se cuida dela, moleque. – o pai de falara para o homem, apertando seu ombro gentilmente.
- Com certeza, senhor. – ele sorrira, agradecendo. – Você está tão linda. – dissera para a quase esposa, roubando-lhe um selinho.
- Não me faça começar a chorar. – a menina fungou, tentando esconder.
- Eu sou o homem mais feliz desse mundo! – gritou, segurando a mão da mulher e virando seu corpo de frente para a igreja. – Eu sei que os votos são mais pra frente, mas eu sou louco, e é por você, mulher! Eu te amo tanto, . Nada nunca vai ser igual ao sentimento que sinto por você, e me orgulho de pensar que nossa história tem tantos anos pela frente e esse amor apenas irá crescer e se espalhar por ai. Você é a mulher da minha vida e eu nunca vou viver sem você.
Lágrimas rolaram pelos olhos da mulher e ela sorria, discreta, enquanto todos ali presentes aplaudiam e assoviavam para o casal.
- Eu tinha certeza que o padre não nos casaria depois disso. – ela riu, com lágrimas nos olhos. – Não sei o que te deu naquela hora.
- Eu não podia mais reprimir aquela emoção. – ele deu de ombros. – Mas o que me deu, foi o que me deu a vida inteira desde que nos conhecemos: amor, . Apenas meu amor por você, desde o início.
- Nós vamos, meu amor! Estaremos lá pra acompanhá-la e eu terei o prazer de levá-la ao altar. – o homem tentava esconder, mas também estava completamente emocionado e não cabia em seu coração o orgulho que carregava naquele momento. - Você é uma desesperada, mulher. – ele riu, passando as mãos pelos fios de cabelo dela, agora tantos brancos em meios aos escuros. – Você pergunta pra menina quando ela vai casar desde os 20 anos de idade, pressionando-a sem necessidade nenhuma, sabíamos que esse momento ia chegar e se chegasse, não importaria também. – falou o homem, sincero, defendendo sua “princesinha” como o mesmo sempre dissera.
- Ah, . Nós nos casamos aos 23 e somos tão felizes, eu só queria que ela também pudesse ter isso.
- Os tempos são outros, meu bem. – ele sorriu, caminhando com a mulher até o sofá.
- Não acredita que está sabendo muito sobre os tempos atuais, hum? – perguntou debochada e de sobrancelhas arqueadas.
- Ah, mulher! – ele se pronunciou num tom alegre, tomando-a em seus braços.
- Você vai morrer e ainda assim estar completamente apaixonado por mim, não? – ela sorriu com os lábios grudados, convencida.
- Sem dúvida nenhuma, e você sabe muito bem disso há 50 anos. – ele acariciou o rosto da mulher que teve os olhos iluminados por suas palavras. – Não gosto de viver de passado, mas vendo nossa filha feliz dessa forma e considerando que em alguns meses completamos 40 anos de casados, estou ficando nostálgico e me lembrando de tantas coisas.
- Como? – perguntou, curiosa.
- Quer em ordem cronológica? – ela assentiu, rindo. – Quando nos conhecemos.
- Aí meu Deus! Me desculpa. – o menino falou, abaixando-se para ajudar a garota a pegar sua mochila do chão. Mochila que abrira e espalhara todas suas coisas pelo chão. – Eu estava distraído, perdão.
- Ah, que ódio! – a menina fizera um grunhido, demonstrando estar completamente irritada. – Não podia ser numa hora pior. – ela cerrara os dentes e puxara seu estojo do chão, jogando-o dentro da bolsa e se levantando rapidamente, deixando o garoto no chão, encarando-a.
- Acho que prefiro me lembrar do dia em que te pedi desculpas. – a mulher gargalhava, envergonhada ao se lembrar do quão horrível havia sido aquele primeiro encontro. Não podia ter sido pior, e ela havia se arrependido dessa cena por muito tempo.
- Esse dia também entrou nas minhas memórias, afinal, ver você envergonhada era algo raro, senhorita “melhor atriz que essa escola poderia ter”.
- Eu era boa mesmo, paciência, meu bem.
- Ei! Oi. – a garota se aproximara do menino que estava parado entre um corredor e outro, conversando com um garoto do qual ela não lembrava o nome, mas sabia que estava em sua aula de filosofia.
- Eu? – o garoto que ela procurava perguntou, apontando para si. A menina assentiu, chamando-o com o dedo, para que ele se aproximasse. O menino pediu licença para o amigo, que o olhava de forma maliciosa e saíra dali. – Oi.
- Oi, eu queria te pedir desculpas pela semana passada. – ela fora direta, demonstrando completo arrependimento pelo episódio anterior.
- Está tudo bem, não é como se eu estivesse te amaldiçoando até agora. Sou , e você? – ele estendeu sua mão, que fora prontamente apertada pela da menina.
- Sou .
- Ah, você é ? A que todos falam?
- Não sei, falam? – ela sorriu, sabendo que sim.
- A protagonista de todas as peças? – ela assentiu, dando de ombros.
- Estava correndo para não perder um ensaio, mil desculpas, de coração. Não era um bom dia.
- Está tudo bem, conseguiu chegar? – ela balançou a cabeça, indicando que sim. – Então, melhor ainda. Me sinto menos culpado.
- Fico feliz que tenhamos nos tornado tão amigos depois daquele dia. Bom, não tão amigos, né, acredito que eu nunca na minha vida te vi como “só amigo”. – a senhora sorria, se encostando no marido que tinha um sorriso maior ainda em seu rosto.
- Não teria como, sou incrível demais pra isso, e era muito gostoso também.
- Ainda é. – a mulher dera nele um selinho rápido, voltando a se enroscar em seus braços. – E depois?
- Ah, o primeiro beijo, sem dúvidas. – seus olhos brilharam com a lembrança.
- , por favor. Você sabe que eu gosto de você. – a menina se chacoalhava em seus braços, agoniada. – Para, por favor.
- , me solta. Eu estou muito brava! Você não tinha o direito disso! Eu sabia que você não seria o protagonista e você também!
- Mas eu queria ficar mais tempo com você!
- Mas agora você vai passar mais tempo comigo, contracenando com a Kira. – ela parara em seu lugar e cruzara os braços, nervosa.
- Você sabe que eu posso estar com qualquer pessoa, que a única que eu veria seria você. Mesmo que você finja não me dar bola. – ele sorria, encarando os olhos da menina que estava em seus braços.
- Eu não faço isso. – ela sorrira, fazendo graça. – Você gosta de mim? – ele assentiu, sincero.
- Assume que gosta de mim, tanto quanto gosto de você. – ele sussurrou, aproximando-se da menina e deixando com que suas respirações descompassadas se misturassem.
- Ah, . – antes que pudesse pensar em responder qualquer coisa mais elaborada ou tentar mais uma vez escapar do assunto, o menino grudara seus lábios nos dela, desesperado pelo contato como estava há quase um ano.
A garota nem mesmo tentara lutar contra, ela sabia que nada poderia ser mais verdadeiro e sincero que aquele sentimento que eles carregavam ali consigo.
- Daqui a pouco eu fico extremamente emocionada pensando nessas coisas, minha pressão sobe e eu começo a chorar. – a mulher cruzou os braços, fingindo irritação.
- Ah, para, vai! – ele riu. – Você sabe que eu vou morrer primeiro, então se segura.
- Aí, , para de falar essas coisas! Que horror! – ela fez o sinal da cruz com a mão direita, religiosa como sempre fora.
- Eu não vivo sem você, você sabe que é o amor da minha vida.
- E eu também não vivo sem você.
- Posso contar a primeira coisa que lembrei quando nossa princesa saiu daqui? – a mulher assentiu, sorridente. – Ah, meu bem. Nosso casamento. Nada poderia ser mais lindo.
A igreja estava cheia, todos encaravam aquele homem inquieto no altar. Aquele homem apaixonado, o qual todos já haviam testemunhado loucuras de amor feitas para aquela que, em alguns minutos, entraria por aquele corredor.
já estava ficando desesperado e nem estava atrasada. Ele não aguentava mais esperar para ter a mulher como sua esposa e poder aproveitar o resto de sua vida ao seu lado.
A marcha nupcial soou no ambiente e todos se levantaram, deixando de prestar atenção no garoto e se virando para as grandes portas na esperança de que elas logo se abrissem e mostrassem a linda mulher com aquele maravilhoso vestido branco, completamente armado, como ela escolhera, e com detalhes rendados que traziam uma doçura incomparável.
Logo que a vira com o pai andando até ele, já tinha seus olhos cheios de lágrimas. não olhava para lado nenhum, mantinha seus olhos fixos no noivo que a encarava embasbacado, absurdamente orgulhoso de ter toda a sorte do mundo por vivenciar aquilo. Ele nunca deixaria de pensar o quão feliz era.
- Vê se cuida dela, moleque. – o pai de falara para o homem, apertando seu ombro gentilmente.
- Com certeza, senhor. – ele sorrira, agradecendo. – Você está tão linda. – dissera para a quase esposa, roubando-lhe um selinho.
- Não me faça começar a chorar. – a menina fungou, tentando esconder.
- Eu sou o homem mais feliz desse mundo! – gritou, segurando a mão da mulher e virando seu corpo de frente para a igreja. – Eu sei que os votos são mais pra frente, mas eu sou louco, e é por você, mulher! Eu te amo tanto, . Nada nunca vai ser igual ao sentimento que sinto por você, e me orgulho de pensar que nossa história tem tantos anos pela frente e esse amor apenas irá crescer e se espalhar por ai. Você é a mulher da minha vida e eu nunca vou viver sem você.
Lágrimas rolaram pelos olhos da mulher e ela sorria, discreta, enquanto todos ali presentes aplaudiam e assoviavam para o casal.
- Eu tinha certeza que o padre não nos casaria depois disso. – ela riu, com lágrimas nos olhos. – Não sei o que te deu naquela hora.
- Eu não podia mais reprimir aquela emoção. – ele deu de ombros. – Mas o que me deu, foi o que me deu a vida inteira desde que nos conhecemos: amor, . Apenas meu amor por você, desde o início.
Fim.
Nota da autora: Olá! Espero que tenham gostado dessa curtinha! Tenho mais quatro fics nesse especial se quiserem ler! São: Winter, Spring, Summer e Fall! São quatro curtinhas ligadas!
Outras Fanfics:
Something Blue (Em andamento - Futebol)
Two Worlds Collide (Em Andamento - Harry Potter e Percy Jackson)
Shorts:
04. She Will Be Loved
14. Maneira Errada (continuação de She Will Be Loved)
I Do (continuação de She Will Be Loved e Maneira Errada)
01. Dancing Queen
07. You're My Favorite Song
Nota da beta: Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Outras Fanfics:
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I Do (continuação de She Will Be Loved e Maneira Errada)
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