Capítulo Único
Quarta-feira, 25 de abril de 2019 – QG dos Vingadores
A equipe Alpha, como Sam costumava chamar, estava reunida na sala principal da torre. A manhã havia sido uma loucura. Desde que Fury deixara o comando oficial do grupo e Steve assumira a posição de líder, todo peso de missões, treinamentos e designações lhe sobrecarregavam, mas ele tinha a dádiva de poder contar com agentes competentes e amigos próximos para auxiliar quando tudo estava desandando. Naquela manhã específica, o alerta de que uma das joias do infinito estaria vagando em algum lugar do universo fez todos os heróis ficarem em alerta.
Sam, Visão, Maria Hill e Wanda, ou equipe Beta, como Clint chamava, foram designados para averiguar de onde viera a tal informação e, se fosse verdade, como fariam para reaver a joia.
Acabaram por parar em um longínquo planetário situado no Kansas, esquecido pela humanidade e regularmente usado por um cientista aposentado. Ele emitira o alerta depois de traçar diversos mapas e localizar um estranho e hipnótico brilho vindo de uma das nuances da Via Láctea.
Bastou um contato com os Guardiões da Galáxia para que uma inspeção minuciosa fosse requisitada, e um relatório exigido. No momento, o que restava era aguardar mais informações para, então, agir.
Tony havia parado suas criações naquela tarde a pedido da filha e da namorada, que insistiam um momento sociável, já que o homem passava mais da metade do dia preso na oficina enquanto a filha se dedicava ao escritório e às áreas de treinamento do local. Raros eram os momentos de confraternização entre eles, e foi pensando nisso que convenceu o namorado a participar daquela tarde... Pitoresca, como ele chamaria mais tarde.
- Teve alguma notícia, Capitão? – Bruce, que desde seu retorno à Terra morava em um dos compartimentos do QG, questionou.
- Nada ainda. – Suspirou Steve visivelmente frustrado, não bastasse a situação com a possível ameaça que acharam estar extinta, uma briga com a namorada o deixara completamente fora do eixo. Ele ainda conseguia ver as expressões que fizera ao proferir as palavras que o deixaram completamente atônito. Certo que sair em uma missão com Sharon Carter sem relatório e sem outros agentes não fora a ideia mais brilhante que o soldado já tivera, mas não imaginou que pudesse render uma discussão que terminasse com voltando para casa do pai.
- Não nos reunimos para falar sobre trabalho. – A moça se pronunciou atraindo as atenções.
- E o que quer fazer, pirralha? – Clint perguntou, usando o apelido ridículo apenas para irritá-la. revirou os olhos.
- Não sei, podemos ver um filme, jogar alguma coisa, talvez falar sobre missões distantes. – Natasha estreitou os olhos ao ouvir a última frase. Ela estava apenas provocando o Gavião, mas aquilo poderia acabar revelando mais do que a russa estava disposta a dizer.
- Você anda muito espertinha. – Retrucou Clint, vendo a garota rir. – Vamos jogar alguma coisa.
- Justo. – Decretou a moça. – Vou chamar o Loki. – A fala da mulher paralisou cada ser presente na sala.
Desde a morte de Odin, Thor convencera os amigos a permitir que Loki permanecesse na Terra sob sua supervisão. É claro que a ideia foi repudiada de imediato, mas com a proximidade da ameaça de Thanos, Steve e Tony decidiram que seria melhor tê-lo por perto, sabendo que o deus da trapaça tinha mais conhecimento sobre o vilão da vez.
dividia-se entre cuidar do império Stark e treinar com os vingadores, servindo muitas vezes como agente de campo e líder de operação. Sua vida era dedicada àquele grupo, e não seria diferente com a chegada do asgardiano que, estranhamente, aproximou-se da filha de Tony. A estranha amizade, que preferia intitular como trégua – simpática, já durava três anos. Ela conhecera um lado mais sensível do extraterrestre graças às sessões que , como psicóloga e curiosa, conduzira. Sempre havia um agente ao seu lado, e muitas das vezes era a jovem Stark quem fazia a segurança da amiga, o que lhe rendera boas descobertas.
- Desde quando você é amiguinha do Loki? - Thor perguntou em um tom suspeitamente enciumado. o olhou de soslaio e riu, o deus do trovão era como uma criança, ela bem sabia.
- Desde que jogamos strip poker. - Ela deu de ombros, e Steve engasgou com o café que bebia, assim como Tony que começou a tossir depois de não conseguir digerir o whisky ou a fala da filha. se limitou a prender o riso enquanto Bruce, Natasha e até o Gavião olhavam a garota com os olhos arregalados.
A lembrança daquele dia a fez rir. Os dois haviam sido designados para uma missão simples, entregar documentos no consulado e averiguar se havia ameaças no local, como se havia suspeitado no início. não pensou, apenas aceitou a missão e a ideia de ficar o mais longe possível de Steve e toda a dor que ele lhe trazia no momento. Que a mulher era apaixonada pelo Capitão, nunca foi um segredo, e desde a readaptação ao mundo atual, onde ela se oferecera para ajudar no processo, o sentimento apenas cresceu. O problema é que, mesmo aparentando estar tão envolvido quanto ela, Steve ainda não superara o amor não vivido com Peggy Carter, e a descoberta da agente de que ele tivera um pseudo affair com a sobrinha neta da mulher a fez surtar.
Rogers pediu um tempo para organizar as ideias e os sentimentos, porque ainda que tentasse não fazê-lo, sabia que magoava a jovem Stark.
Loki aceitou a ideia do irmão em partir para aquela imbecilidade, como ele mesmo chamara, e assim provar sua lealdade aos Vingadores.
No fim, acabaram por descobrir que havia mais em comum do que imaginavam. Eles riam, conversaram, beberam drinks e até fizeram um acordo.
- O que acontece aqui deve ficar aqui, certo? – foi a primeira a se pronunciar enquanto sentava sobre o tapete felpudo do quarto e organizava o baralho na pequena mesa.
- Ora, ora... a pequena Stark gosta de segredos. – Alfinetou o asgardiano vendo a mulher bufar.
- Nada disso, trapaceiro. Só não quero mal entendidos. – sorriu esperta e acabou por receber um aceno de concordância.
- Certo, temos um acordo, pequena terráquea. – O deus da trapaça esticou a mão, selando o pseudo-contrato que, na verdade, não valia de muita coisa.
- Quando isso aconteceu? - O bilionário indagou depois de receber alguns tapas nas costas, dados pela namorada que se forçava a não rir abertamente.
- Budapeste, três anos atrás. - Ela deu de ombros e fingiu não estar sendo fuzilada.
- Como assim, Budapeste? Você estava de rolo com o Capitão! - Exaltou-se Thor.
- Errado, Steve disse que precisava de espaço, eu topei a missão porque precisava ficar longe. - tentou soar tranquila, mas sabia que estava encrencada. - Não aconteceu nada demais.
- Você maculou nosso lugar super especial. - Acusou Clint se recordando da missão que fora com a filha de Tony e a russa, recebendo apoio de Nat, que estava amando aquela situação.
- O que, afinal, aconteceu em Budapeste? - Steve se irritou, já prevendo que odiaria a resposta.
No momento em que Romanoff abriu a boca para responder as portas se abriram revelando a presença do deus, irmão de Thor. Loki, que assobiava uma música terrestre qualquer, sentiu todos os olhos sobre si.
- O quê?
- É verdade que você jogou strip poker com na viagem pra Budapeste? - Bruce inquiriu tentando não surtar. A afilhada era uma criança aos seus olhos, isso era inaceitável.
- Sim.
- Mas não aconteceu nada, nós jogamos, eu ganhei... Só para deixar claro. - se precipitou sabendo que a noite seria longa com Steve, dada a forma como ele a fitava, e não seria do jeito que ela gostava. - Eu fui dormir e ele foi pra uma boate, eu acho. - A afirmação soando mais como uma pergunta ao dar-se conta que não sabia por onde o rapaz andara.
O silêncio se instalou por alguns segundos no recinto, todos esperando que o deus da trapaça concordasse com a fala da agente.
- Se é o que você diz.... - O sorriso enviesado fez a garota arregalar os olhos.
- LOKI!
Não é preciso dizer que aquela discussão rendeu muito mais do que a garota Stark poderia imaginar, mas nada que algumas ameaças, muita conversa, uma sugestão de terapia de casal e a promessa de não ir em uma próxima missão para Budapeste. Mas isso fica para uma próxima história.
A equipe Alpha, como Sam costumava chamar, estava reunida na sala principal da torre. A manhã havia sido uma loucura. Desde que Fury deixara o comando oficial do grupo e Steve assumira a posição de líder, todo peso de missões, treinamentos e designações lhe sobrecarregavam, mas ele tinha a dádiva de poder contar com agentes competentes e amigos próximos para auxiliar quando tudo estava desandando. Naquela manhã específica, o alerta de que uma das joias do infinito estaria vagando em algum lugar do universo fez todos os heróis ficarem em alerta.
Sam, Visão, Maria Hill e Wanda, ou equipe Beta, como Clint chamava, foram designados para averiguar de onde viera a tal informação e, se fosse verdade, como fariam para reaver a joia.
Acabaram por parar em um longínquo planetário situado no Kansas, esquecido pela humanidade e regularmente usado por um cientista aposentado. Ele emitira o alerta depois de traçar diversos mapas e localizar um estranho e hipnótico brilho vindo de uma das nuances da Via Láctea.
Bastou um contato com os Guardiões da Galáxia para que uma inspeção minuciosa fosse requisitada, e um relatório exigido. No momento, o que restava era aguardar mais informações para, então, agir.
Tony havia parado suas criações naquela tarde a pedido da filha e da namorada, que insistiam um momento sociável, já que o homem passava mais da metade do dia preso na oficina enquanto a filha se dedicava ao escritório e às áreas de treinamento do local. Raros eram os momentos de confraternização entre eles, e foi pensando nisso que convenceu o namorado a participar daquela tarde... Pitoresca, como ele chamaria mais tarde.
- Teve alguma notícia, Capitão? – Bruce, que desde seu retorno à Terra morava em um dos compartimentos do QG, questionou.
- Nada ainda. – Suspirou Steve visivelmente frustrado, não bastasse a situação com a possível ameaça que acharam estar extinta, uma briga com a namorada o deixara completamente fora do eixo. Ele ainda conseguia ver as expressões que fizera ao proferir as palavras que o deixaram completamente atônito. Certo que sair em uma missão com Sharon Carter sem relatório e sem outros agentes não fora a ideia mais brilhante que o soldado já tivera, mas não imaginou que pudesse render uma discussão que terminasse com voltando para casa do pai.
- Não nos reunimos para falar sobre trabalho. – A moça se pronunciou atraindo as atenções.
- E o que quer fazer, pirralha? – Clint perguntou, usando o apelido ridículo apenas para irritá-la. revirou os olhos.
- Não sei, podemos ver um filme, jogar alguma coisa, talvez falar sobre missões distantes. – Natasha estreitou os olhos ao ouvir a última frase. Ela estava apenas provocando o Gavião, mas aquilo poderia acabar revelando mais do que a russa estava disposta a dizer.
- Você anda muito espertinha. – Retrucou Clint, vendo a garota rir. – Vamos jogar alguma coisa.
- Justo. – Decretou a moça. – Vou chamar o Loki. – A fala da mulher paralisou cada ser presente na sala.
Desde a morte de Odin, Thor convencera os amigos a permitir que Loki permanecesse na Terra sob sua supervisão. É claro que a ideia foi repudiada de imediato, mas com a proximidade da ameaça de Thanos, Steve e Tony decidiram que seria melhor tê-lo por perto, sabendo que o deus da trapaça tinha mais conhecimento sobre o vilão da vez.
dividia-se entre cuidar do império Stark e treinar com os vingadores, servindo muitas vezes como agente de campo e líder de operação. Sua vida era dedicada àquele grupo, e não seria diferente com a chegada do asgardiano que, estranhamente, aproximou-se da filha de Tony. A estranha amizade, que preferia intitular como trégua – simpática, já durava três anos. Ela conhecera um lado mais sensível do extraterrestre graças às sessões que , como psicóloga e curiosa, conduzira. Sempre havia um agente ao seu lado, e muitas das vezes era a jovem Stark quem fazia a segurança da amiga, o que lhe rendera boas descobertas.
- Desde quando você é amiguinha do Loki? - Thor perguntou em um tom suspeitamente enciumado. o olhou de soslaio e riu, o deus do trovão era como uma criança, ela bem sabia.
- Desde que jogamos strip poker. - Ela deu de ombros, e Steve engasgou com o café que bebia, assim como Tony que começou a tossir depois de não conseguir digerir o whisky ou a fala da filha. se limitou a prender o riso enquanto Bruce, Natasha e até o Gavião olhavam a garota com os olhos arregalados.
A lembrança daquele dia a fez rir. Os dois haviam sido designados para uma missão simples, entregar documentos no consulado e averiguar se havia ameaças no local, como se havia suspeitado no início. não pensou, apenas aceitou a missão e a ideia de ficar o mais longe possível de Steve e toda a dor que ele lhe trazia no momento. Que a mulher era apaixonada pelo Capitão, nunca foi um segredo, e desde a readaptação ao mundo atual, onde ela se oferecera para ajudar no processo, o sentimento apenas cresceu. O problema é que, mesmo aparentando estar tão envolvido quanto ela, Steve ainda não superara o amor não vivido com Peggy Carter, e a descoberta da agente de que ele tivera um pseudo affair com a sobrinha neta da mulher a fez surtar.
Rogers pediu um tempo para organizar as ideias e os sentimentos, porque ainda que tentasse não fazê-lo, sabia que magoava a jovem Stark.
Loki aceitou a ideia do irmão em partir para aquela imbecilidade, como ele mesmo chamara, e assim provar sua lealdade aos Vingadores.
No fim, acabaram por descobrir que havia mais em comum do que imaginavam. Eles riam, conversaram, beberam drinks e até fizeram um acordo.
- O que acontece aqui deve ficar aqui, certo? – foi a primeira a se pronunciar enquanto sentava sobre o tapete felpudo do quarto e organizava o baralho na pequena mesa.
- Ora, ora... a pequena Stark gosta de segredos. – Alfinetou o asgardiano vendo a mulher bufar.
- Nada disso, trapaceiro. Só não quero mal entendidos. – sorriu esperta e acabou por receber um aceno de concordância.
- Certo, temos um acordo, pequena terráquea. – O deus da trapaça esticou a mão, selando o pseudo-contrato que, na verdade, não valia de muita coisa.
- Quando isso aconteceu? - O bilionário indagou depois de receber alguns tapas nas costas, dados pela namorada que se forçava a não rir abertamente.
- Budapeste, três anos atrás. - Ela deu de ombros e fingiu não estar sendo fuzilada.
- Como assim, Budapeste? Você estava de rolo com o Capitão! - Exaltou-se Thor.
- Errado, Steve disse que precisava de espaço, eu topei a missão porque precisava ficar longe. - tentou soar tranquila, mas sabia que estava encrencada. - Não aconteceu nada demais.
- Você maculou nosso lugar super especial. - Acusou Clint se recordando da missão que fora com a filha de Tony e a russa, recebendo apoio de Nat, que estava amando aquela situação.
- O que, afinal, aconteceu em Budapeste? - Steve se irritou, já prevendo que odiaria a resposta.
No momento em que Romanoff abriu a boca para responder as portas se abriram revelando a presença do deus, irmão de Thor. Loki, que assobiava uma música terrestre qualquer, sentiu todos os olhos sobre si.
- O quê?
- É verdade que você jogou strip poker com na viagem pra Budapeste? - Bruce inquiriu tentando não surtar. A afilhada era uma criança aos seus olhos, isso era inaceitável.
- Sim.
- Mas não aconteceu nada, nós jogamos, eu ganhei... Só para deixar claro. - se precipitou sabendo que a noite seria longa com Steve, dada a forma como ele a fitava, e não seria do jeito que ela gostava. - Eu fui dormir e ele foi pra uma boate, eu acho. - A afirmação soando mais como uma pergunta ao dar-se conta que não sabia por onde o rapaz andara.
O silêncio se instalou por alguns segundos no recinto, todos esperando que o deus da trapaça concordasse com a fala da agente.
- Se é o que você diz.... - O sorriso enviesado fez a garota arregalar os olhos.
- LOKI!
Não é preciso dizer que aquela discussão rendeu muito mais do que a garota Stark poderia imaginar, mas nada que algumas ameaças, muita conversa, uma sugestão de terapia de casal e a promessa de não ir em uma próxima missão para Budapeste. Mas isso fica para uma próxima história.
Fim.
Nota da autora: Olá queridas e queridos leitores, venho aqui agradecer a oportunidade de poder participar desse Especial, espero que curtam essa pequena comédia
tanto quanto eu curti escrever. Lembrem que comentários incentivam a gente a escrever, galera.
É isso, um beijo da tia Donna.
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
É isso, um beijo da tia Donna.