Última atualização: 01/09/2020

Capítulo Único

estava no seu primeiro ano em Hogwarts e em sua primeira semana de aula. Era difícil fazer amigos sendo nascida trouxa, sem conhecimento nenhum do mundo bruxo. Parecia bem boba perto dos outros, senti que não falavam a mesma língua. Além disso, ela não tinha um senso de humor muito bom. Nada que fizesse qualquer um se sentir muito animado pra falar com ela. passou a última noite chorando baixinho. Queria ir embora. Pensou em falar com o professor Dumbledore. Sabia que era o que seus pais iam querer. Eles não tinham ficado nada felizes com essa história dela ser diferente. Mas ela achou que talvez finalmente tivesse achado seu lugar. Não tinha. Continuava sendo uma fracassada deslocada. No dia seguinte, ela tentou tirar os pensamentos ruins da cabeça. Ia ter a primeira aula de voo. Talvez ali fosse descobrir que era boa. “Vamos fazer uma promessa”, pensou consigo mesma, “se eu conseguir voar, eu fico. Se não, eu peço pra voltar”. Assim, engoliu em seco e seguiu para a parte de fora da escola, uma parte com uma grama verde, seguindo atrás do pessoal da sua turma. — Boa tarde. — A professora de cabelos curtos espetados e olhos amarelos falou. — Eu sou Madame Hooch. Quero cada um do lado da sua vassoura. — Ela olhou a turma parada. — Agora! Os alunos correram e pegaram uma das vassouras velhas da escola. Eles não podiam ter vassouras próprias até o segundo ano, de acordo com a carta de materiais (que havia decorado, diga-se de passagem). — Agora, estendam a mão direita sobre a vassoura e digam “em pé"! — Em pé! — Vários alunos gritaram, mas nada acontecia. — Em pé! — tentou de novo, mas o resultado continuava o mesmo. — Rá, consegui! — , uma garota que dividia o dormitório com ela, falou, com a vassoura bem presa a ela. — Eu também! — Disse um menino moreno da Lufa-Lufa. — Nada mal, Fred! — Um dos gêmeos ruivos falou para o outro segurando a vassoura. — Você também, Jorge! — O outro respondeu. Por que ela não conseguia?! Por fim, quando restava ela e mais um garoto da Corvinal, a vassoura dela subiu, gerando vários risinhos da turma. Logo depois, o garoto também conseguiu. — Muito bem. Agora, quando eu apitar, deem um impulso forte com os pés, voem alguns centímetros perto do chão e curvem o corpo depois para descer. Madame Hooch apitou e todos saíram do chão. Algumas pessoas subiram um metro ou mais. Outras, com mais receio, sobrevoavam o campo com os pés raspando no chão. não conseguiu sair do chão. — Sabe, você tem que dar um impulso maior. — falou, sobrevoando ela. — Mas não vai sair muito do chão? — disse em um tom meio apavorado, com medo de fazer errado. — Que nada! Olha só pra mim aqui em cima! Mas eu também vou ser uma grande jogadora de quadribol! E você? — disse, encarando-a. ainda não entendia muito bem o que era aquele quadribol, mas fingiu estar dentro do assunto. Não queria já virar a esquisitona de novo. — Eu não sei, só se eu for boa voando. É fácil, né? — Claro! É só dar um impulso maior! Mas vai com força! Um impulso maior? Com força? Tá bom, aqui vamos nós! flexionou os joelhos e botou toda a força que podia ali, logo depois se impulsionando pra cima. E aí ela finalmente subiu! Mas não alguns centímetros. Nem um metro. Nem dois. Na verdade, ela continuava subindo. — Caraca, nada mal! — gritou lá de baixo. — Srta. , desça agora mesmo! — Ela ouviu a ordem de Madame Hooch. Como ela descia? Sua cabeça estava embaralhada de nervoso. Madame Hooch brigava com ela, enquanto comemorava e várias pessoas olhavam. Ah, é, ela tinha que inclinar o corpo para descer. Era só inclinar o corpo. Engoliu em seco e se inclinou para frente. Meu Deus, estava tão alto. E agora, estava despencando para baixo! sentiu a mão suar frio e começar a escorregar da vassoura. Seu coração batia enlouquecidamente contra o peito. Sua visão começou a ficar desfocada, ela não conseguia respirar e começou a ouvir um ruído. Na hora que sua mão escorregou da vassoura, ela perdeu a consciência. — Será que ela tá bem? — Foi a primeira coisa que ela ouviu, os sentidos voltando aos poucos. abriu os olhos lentamente e se viu em uma sala toda branca, deitada em uma maca. — Madame Pomfrey, ela tá acordando! — A voz alta de invadiu seus ouvidos, dando dor de cabeça na menina. — Puxa, que que aconteceu? — disse, meio perdida. — O que aconteceu? Você despencou vários metros, isso que aconteceu! Vocês, alunos não escutam seus professores! Acham que eles mandam vocês voarem apenas centímetros do chão à toa? — Uma mulher que a analisava bufou. se sentia toda dolorida e envergonhada. Tinha caído na frente de todo mundo? Agora que ia ser a esquisitona. Então, ela também não conseguia voar. Ela era ruim em tudo mesmo. Talvez fosse melhor voltar pra casa. — E você? Caiu também? — perguntou muxoxa para . — Eu? Claro que não! Vou ser jogadora, esqueceu? — Mas então que que você tá fazendo aqui? — perguntou, curiosa. — Eu... acho que vim dizer que nem todos são talentos no voo. Acontece. E... bom... desculpa ter te falado pra subir tanto. — Ela falou, meio nervosa. Uau, estava ali só pra falar com ela?! — Tá tudo bem, eu acho. Mas nunca mais quero voar. — disse, ainda meio nervosa. — Uma pena, é incrível! — disse, sorrindo, e dava para ver que um dos seus dentes de atrás ainda estava nascendo. — Srta. , agora é melhor deixar a srta. descansar. — Madame Pomfrey falou. — Ah, por favor, deixa eu ficar mais. Ela quer que eu fique. Não quer? — A garota implorava com os olhos para deixá-la ali. Ela provavelmente só queria matar aula. Mas, só de pensar que pudesse querer ficar ali por ela, se sentia feliz. — Deixa ela ficar, senhora, por favor. — juntou as mãozinhas, implorando. — Só até o final dessa aula. Depois, trate de voltar pra sala, srta. . — A enfermeira cedeu. As meninas comemoraram e riram juntas. — A propósito, eu sou . Mas pode me chamar de . — Eu sei seu nome. A gente dorme juntas! Você sabe o meu, né? — Se eu disser que não, é muito feio? — Acho que não dá pra pedir muito. Meu nome é , ou , chama como quiser. As meninas sorriram uma pra outra e ficou ali por mais uma hora, enquanto elas riam e conversavam. era um completo oposto de . Olhando pras duas, era bem estranho pensar que iriam se aproximar. No futuro, algumas pessoas sugeririam que uma estava atrapalhando o rendimento da outra. Tinham focos muito diferentes. Mas o que poucos sabem é que aquelas garotas tão distintas tiravam o melhor uma da outra. , com seu jeito doido, tirava de sua bolha do medo. Já , acalmava e conhecia como ninguém. Eram os pontos de apoio uma da outra. Com todos os defeitos e brigas, elas se davam muita força. Pois, naquela noite voltando para o dormitório depois de ser liberada por Madame Pomfrey, sorria. Ela tinha prometido que iria voltar. Mas ela não queria. Porque não estava mais sozinha.




Fim!



Nota da autora: Olá, leitora! Como vai? Espero que tenha gostado! Essa oneshot me deixa toda soft de ver nossas pps interagindo quando eram pequenas. Elas são tudo pra mim! Espero que tenham se divertido tanto quanto eu escrevendo.
Obrigada por ler e não esquece de comentar!
Te vejo mais lá por Magically Troubled With You junto com nossas duas amiguinhas!



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