O grupo começou a pegar suas coisas quando o trem parou na estação, já despedindo-se uns dos outros, sabendo que suas famílias estariam separadas na Plataforma.
— Você já falou pro seu pai sobre a gente? — Cedrico perguntou ao entregar a coruja parda da garota, que sorriu amarelo, olhando para o lado;
— É claro que sim, mas talvez seja melhor você manter certa distância, para evitar que ele surte, sabe como é…
O loiro arqueou a sobrancelha, parecendo um tanto chocado ao parar na frente da porta da cabine, para que ela não desembarcasse;
— Você não contou?!
o encarou por alguns segundos, sentindo a bochecha corar fortemente.
— É claro que não — Harry se intrometeu, aguardando o casal sair para poder desembarcar, já segurando sua coruja em uma das mãos — se ela tivesse feito isso eu teria recebido uma carta dele pedindo para ficar de olho em vocês — Riu, apontando para a porta — Me deixa descer que eu não quero presenciar briga alheia.
Cedrico tornou a olhar para a namorada assim que o moreno se afastou, esperando por alguma explicação;
— Eu contei para minha mãe — se defendeu, sem graça — e para o meu irmão…
— Harry nos viu aos beijos após a reunião da AD, você não precisou dizer nada. — Relembrou, cruzando os braços — Por que não falou para seu pai?
Potter suspirou, passando a mão pelos cabelos.
— Ele vai surtar completamente, Ced. E, bem, durante a Copa eu falei que jamais sairia com você e éramos apenas amigos… Imagina o que ele vai falar quando eu disser que estávamos nos beijando no Salão Comunal há quase três meses?
Diggory encolheu os ombros;
— Não precisa dar muitos detalhes…
A garota riu baixo, concordando com um aceno;
— Vou falar com ele, Ced, só não queria fazer por carta.
O loiro concordou, passando a língua pelos lábios, parecendo um tanto chateado com a situação.
— Então imagino que não seria uma boa ideia desembarcarmos juntos — comentou, apontando com a cabeça para que ela descesse primeiro.
concordou, mas antes de sair da cabine aproximou-se alguns centímetros, ficando na ponta dos pés e beijando-lhe os lábios por alguns instantes.
— Prometo que vou falar com ele, ok?
— Não são os Diggory ali? — Lily comentou distraída, chamando a atenção do marido e dos filhos; Harry sorriu largamente, segurando a risada, ao tempo que a gêmea arregalou os olhos para a mãe. A mulher piscou para a filha, antes de sorrir na direção dos Diggory ao vê-los se aproximarem.
sentiu como se tivesse caído da vassoura, tamanho seu desespero ao ver os pais de Cedrico sorrirem para ela ao reconhecerem-na, parando por um instante e conversando com sua família, sorrindo para ela e Harry.
Cedrico parecia tão sem jeito quanto ela ao cumprimentar os Potter, e, por um instante, agradeceu mentalmente por James ainda não saber que ele estava aos beijos com a garota.
Harry segurava a risada o tempo todo, olhando da irmã para o loiro, ambos parecendo extremamente nervosos e mal se olhando para não atrair a atenção do mais velho que, Harry imaginou, ser o único que não sabia sobre o relacionamento. Só desejava que pudesse estar perto quando seu pai descobrisse.
— É uma pena que tenha saído do Ministério — Amos Diggory dizia para James, com um tom de voz mais sério —, mas se pensar bem, pelo menos não precisa passar pela humilhação de ser funcionário de um local que foi invadido por adolescentes, não? — Sorriu pequeno, ao olhar para os gêmeos.
— Devem ter perdido completamente a credibilidade — James concordou, ajeitando os óculos.
— Que já não era muita! — Amos acrescentou, cruzando os braços — É questão de tempo para Fudge renunciar…
— Já sabem quem deve assumir?
— Os boatos estão apontando para Scrimgeour, mas só saberemos nas próximas semanas!
— Rufo Scrimgeour? — James pareceu surpreso.
— Acha que não é uma boa ideia? — Lily perguntou curiosa, o marido deu de ombros;
— De fato muito melhor do que Fudge, mas não sei se Rufo conseguiria lidar com toda essa politicagem… Kingsley subiu como Chefe dos Aurores agora? — Tornou para Amos, vendo-o concordar com um aceno.
— Talvez agora que Fudge está saindo você e Black possam voltar…? — Diggory sugeriu, mas James meneou a cabeça, parecendo um tanto incerto.
— Não sei se seria a melhor hora para isso… Nem se Scrimgeour me aceitaria depois que meus filhos invadiram o Ministério e destruíram várias coisas — suspirou, olhando de canto para os gêmeos, que olhavam para o lado, fingindo não escutar o que o pai dizia.
— É realmente uma sorte que vocês estejam bem — a mãe de Cedrico comentou, olhando para os dois, sorrindo amável.
— Mas nem tanto — Lily acrescentou, olhando séria para os filhos — Não é porque seu pai resolveu as coisas com o Ministério que vocês dois estão livres de um castigo. Passaram de todos os limites!
— A culpa foi toda do Harry — acrescentou rapidamente, apontando para o irmão — eu nem estava junto, ele quem me chamou para ajudar.
— Obrigado, . — O irmão fez um joinha, sorrindo irônico.
— É verdade, dessa vez eu fui totalmente inocente!
— E foi arrastada para o Ministério? — James arqueou a sobrancelha, cruzando os braços.
— Não, mas eu também não o deixaria ir sozinho, não é? Já imaginou se tivesse acontecido algo? Eu carregaria essa culpa pra sempre! — Justificou-se, dando de ombros.
— Sabendo que algo poderia acontecer você preferiu acompanhá-lo, ao invés de convencê-lo a não ir? Que bom, fico mais aliviada de saber que vocês até cogitam o perigo, só não se importam! — Lily retrucou sarcástica, os dois deram de ombros, incapazes de argumentar a respeito.
— Aparentemente explodir Hogwarts não é mais suficiente, hm? — James sorriu forçado, virando-se para os Diggory em seguida — Como podem ver, criamos muito bem os dois.
O casal riu baixo, negando com um aceno;
— Pelo menos estão bem, é isso que importa, não? — A Sra. Diggory sorriu, piscando para os dois.
— Por falar nisso, — Amos virou-se para , sorrindo de orelha a orelha — ficamos muito felizes quando Ced nos contou! — Piscou em sua direção.
o olhou sem reação por um momento, notando Harry colocar a mão na boca e virar de costas, para não rir na frente de todos.
— Contou o que? — James perguntou desconfiado, olhando para a expressão sem graça da filha.
— Que ganhamos a Taça de Quadribol — Cedrico interveio, dizendo a primeira coisa que veio à sua cabeça, ao tempo que passava o braço pelos ombros do pai, sorrindo quase desesperado para o mais velho —, eu disse que foi muito bem no jogo, não é, pai?
— O que… Ah, é, sim, claro! Fiquei muito feliz que vocês finalmente conseguiram a Taça! As duas mulheres, assim como Harry, seguravam a risada, mas James não pareceu notar a situação, sorrindo largamente ao passar o braço pelos ombros da caçula;
— É a minha garota — beijou-lhe a cabeça, orgulhoso — Um dia ganhando a Taça de Quadribol, no outro invadindo o Ministério!
A garota respirou fundo, antes de sair do quarto, esbarrando com o irmão que saia do banheiro, os cabelos molhados e a toalha sobre o ombro;
— Vai falar com ele?
— Infelizmente, não vejo outra alternativa…
Harry sorriu, colocando a mão sobre o ombro da irmã, num sinal de conforto:
— Lembra que ele ficou feliz por eu ter saído com a Cho, você pode usar isso como um argumento à seu favor — piscou, rindo baixo antes de entrar em seu quarto.
meneou a cabeça antes de descer as escadas, vendo seu pai sentado na poltrona da sala, lendo a edição do Profeta Diário, alguns cortes ainda visíveis em seus braços e pescoço, da última missão que fez em nome da Ordem dias atrás.
— Pai…? — Chamou baixo, aproximando-se devagar — Podemos conversar?
— Claro, claro — concordou, ainda passando os olhos pela notícia que lia — algum problema? — Levantou a cabeça, notando o olhar sem graça dela — Se está esperando um aumento de mesada pode esquecer, eu nem estou trabalhando! — Respondeu rápido, tornando a olhar para o jornal, virando a página. rolou os olhos;
— Não, eu tô bem com minha mesada… — Resmungou, sentando no braço do sofá, mordendo o lábio inferior, sem saber como começar o assunto.
— Então o que foi? Não vou falar pra sua mãe tirar vocês do castigo — avisou, olhando-a por poucos segundos — Você ainda não pode ir nos Darling, nem seu irmão nos Weasley.
A morena respirou fundo, estalando os dedos, começando a falar em voz baixa;
— Hm… O que acha do Cedrico?
— Cedrico? Quem é Cedr… — Interrompeu-se, olhando-a no mesmo instante, fechando o jornal e deixando-o de lado — Cedrico Diggory? O que tem ele?
sentiu uma súbita vontade de rir, sempre que ficava nervosa com algo se sentia daquela forma, mas tornou a morder o lábio, respirando fundo antes de soltar;
— Ele me chamou para sair…
— Eu sabia! — Disse, levantando-se e andando em círculos pela sala — Eu te falei, eu vi nos olhos dele, ! Eu falei que você não tinha que andar muito com ele. Eu sabia que aquela cara de bom moço era só pra me enganar! Será que não existe mais respeito no mundo? Teve a coragem de me cumprimentar todo educado, quando estava tentando me apunhalar pelas costas dessa forma?! Como ele teve coragem? Mas é claro que você não vai, né? Aposto que ele chorou quando você disse não — Completou, dando risadinhas — Ele tem cara de quem choraria…
A garota começou a rir, colocando a mão no rosto vermelho, sem saber o que fazer.
— O que foi?
— Eu aceitei.
James piscou, demorando um pouco para entender o que ela havia dito;
— Você o quê? — A voz saiu mais fina, tamanho seu choque, pigarreando antes de continuar — Como assim você aceitou, ? É claro que você não vai!
— Pai… — Tornou a olhá-lo, o rosto completamente vermelho — Eu sai com ele em Hogsmeade.
Potter deu um passo para trás, sentando-se na poltrona, ainda desacreditado ao olhar para sua filha;
— Como assim, ? Você me disse esses dias que odiava o garoto!
— Eu nunca disse que odiava — Negou de imediato, tornando a mexer nas mãos, nervosa.
— Não importa! Você me disse que não queria nada com ele, como é que agora você vai num encontro em Hogsmeade?
encolheu os ombros, sem saber exatamente o que dizer, não querendo revelar que já havia saído com ele anteriormente;
— Eu não sei, pai… Ele me chamou e eu aceitei… Eu achava mesmo que não gostava dele, mas agora eu gosto…
— Pois trate de desgostar de novo! — Avisou, passando a mão pelos cabelos, a respiração falha. James achava que era muito novo para já precisar se preocupar com sua filha saindo em encontros com garotos, tinha a esperança que ela ainda estivesse mais preocupada com Quadribol e quebrar as regras.
A garota permaneceu em silêncio, sem saber o que dizer. Arrependia-se de não ter esperado Lily voltar das compras, a mulher com certeza amenizaria a situação.
Potter então virou-se assustado, arregalando os olhos ao encará-la;
— Ele te beijou?
— Pai!
— Jane Potter, beijou ou não?
encolheu-se ao ouvir o nome completo, sabendo que o pai só o usava quando estava extremamente irritado. O encarou por alguns instantes, confirmando com um breve aceno.
James colocou a mão no peito, como se tivesse sentindo um golpe com aquela informação. A morena rolou os olhos, achando-o um tanto exagerado, mas sem coragem de dizer nada.
— Eu vou matar o Diggory!
— Pai… — Chamou arrastado, respirando fundo antes de encará-lo — Por favor.
O homem virou-se, pronto para dar uma resposta atravessada, mas parou ao encarar a filha, bufando irritado;
— Você só pode estar brincando se acha que eu vou ficar feliz com isso.
— Não precisa ficar feliz, — deu de ombros, passando a língua pelos lábios — só não precisa querer azará-lo sempre que o vir. Gosto dele, pai, de verdade.
James pareceu se contorcer na poltrona;
— Gosta do quê, ? O que você viu naquele garoto? — Suspirou frustrado, rolando os olhos em seguida — Tá, talvez ele seja bonito, imagino… — Disse a contragosto, fazendo-a sorrir pequeno — Mas, por favor, , ele é muito mais velho do que você! Acabou de se formar, não foi? Não é possível que você esteja interessada nele! Não foi você quem me disse que jamais sairia com o Sr. Certinho?
— Mas isso foi antes, — respondeu — ele é legal, de verdade, pai. E joga Quadribol muito bem, só que torce para o Puddlemere — contou fazendo careta, embora soubesse que aquilo talvez rendesse pontos com o mais velho, que até pareceu suavizar um pouco a expressão.
— Mesmo assim, …
— Pai, até o Harry conversa com ele numa boa, e você sabe que ele tá bravo até hoje por ter perdido pra Lufa-Lufa…
— Como assim? Seu irmão já sabia? — Perguntou chocado, a garota concordou com um aceno — Pra que é que eu pago aquele garoto pra ficar de olho em você, se ele não me fala que você anda por aí se amassando com o Diggory?
— Você o que? — Tornou no mesmo instante, cruzando os braços, o homem sorriu sem graça;
— Só disse para ele ficar de olho, porque eu não confiava muito nesse Diggory… E eu estava certo, não foi? — Respondeu, rolou os olhos.
— Muito bem, seu filho é um ladrãozinho — Avisou, sorrindo irônica — Porque ele também estava pegando meu dinheiro para não te dizer que eu estava saindo com o Cedrico antes de eu mesma contar!
— Ele fez o que? — Levantou-se chocado — Mas eu quero meu dinheiro de volta agora mesmo! — Exasperou-se, andando em direção as escadas, dizendo sério por sobre o ombro — Sexta-feira, às 19h. Diga para ele não se atrasar para o jantar, ou só vai me dar mais um motivo para azará-lo.
sorriu largamente para o pai, concordando com um aceno antes de levantar-se, abraçando-o apertado;
— Obrigada, papai.
— Tá, tá — suspirou, dando-lhe palmadinhas na cabeça — agora deixa eu ir acertar as coisas com seu irmão!
abriu a porta sorrindo largamente ao ver Cedrico do outro lado, segurando um caixa de chocolates e um buquê de flores;
— Espero que pelo menos um desses seja pra mim — apontou para a caixa de chocolates, antes de dar espaço para que ele entrasse na casa.
— Minha mãe falou que eu deveria tentar agradar seus pais — contou baixinho, beijando-a na bochecha. arqueou a sobrancelha ao notar —, não vou arriscar te beijar sabendo que seu pai pode aparecer a qualquer segundo. Não quero começar com o pé errado.
— É por isso que eu não queria contar — Sussurrou, ao notar o estado de nervosismo do rapaz — não precisaríamos passar por isso.
O loiro abriu a boca para respondê-la, mas foi interrompido;
— Diggory — Virou-se rapidamente, vendo James Potter andando em sua direção, com a cara fechada. — Pelo menos é pontual.
— Pai!
— Cedrico! — Lily apareceu sorridente, aproximando-se o suficiente para um abraço — Seja bem-vindo, querido!
— Obrigado — disse nervoso, entregando-lhe as flores e o chocolate em seguida.
— Ah, não precisava, muito obrigada! Está vendo, James, já é mais do que você fez quando conheceu meus pais — A ruiva tornou para o marido, que rolou os olhos.
— Seja bem-vindo, Diggory — James disse a contragosto, estendendo a mão ao ver filha e esposa o encarando.
Cedrico respondeu o cumprimento sorrindo nervoso para o mais velho.
— Finalmente! Já podemos comer? — Harry apareceu descendo as escadas — E aí, Ced?
Os dois se cumprimentaram com uma batida de mãos elaborada, a qual fez James se perguntar o quanto de dinheiro o filho havia feito durante os meses que estava saindo com o rapaz.
— Agora são amigos, é? — Perguntou, sem conseguir se segurar, cruzando os braços.
— Ced ajudou ele a conseguir um encontro com a Cho, pai — explicou rindo.
— Você vendeu sua irmã por um encontro, Harry Potter? — O homem olhou assustado para o filho — E com uma garota que você nem está saindo mais?
— O que? — Cedrico e viraram-se para o outro, dizendo ao mesmo tempo;
— E todo aquele papo de estar apaixonado?
— E todas as horas que eu gastei te dando dicas para seu encontro?
— Ah, eu sei lá — Harry sorriu sem graça — Achei que estava… Mas as dicas foram muito úteis, Diggory. Vou usar na próxima garota!
— Que dicas são essas? — James tornou, olhando desconfiado para o loiro.
— Vamos entrando Cedrico — Lily interrompeu, sabendo que o assunto talvez fosse demais para o marido aguentar — , coloque as flores em um vaso, por favor! — Pediu, entregando o buquê para a mais nova, logo puxando o visitante pelos cômodos — E como estão seus pais?
James esperou os três se afastarem para puxar o filho pelo braço, sussurrando rápido;
— Você vai me contar direitinho que dicas foram essas, ele pode estar usando com sua irmã!
Harry rolou os olhos, rindo irônico;
— Mais fácil a usar nele, pai. É sério, tenho certeza que foi ela quem o beijou primeiro.
O mais novo aproveitou o choque do pai para afastar-se em direção a sala, logo ouvindo Lupin cumprimentar Diggory;
— Não precisa me chamar de professor, Cedrico — Remo disse aos risos — mas é muito bom te ver de novo. Já recebeu seus NIEM’s?
— Ainda não — começou, parecendo um pouco mais confiante —, mas devem chegar nas próximas semanas.
— Cedrico, é? — Sirius apareceu, vindo da cozinha com uma taça de Uísque de Fogo — Acho que não conversamos durante à Copa.
— Muito prazer, senhor!
— Pode me chamar de Sirius, não sou tão velho para me chamarem de senhor. — Abanou a mão, dando-lhe um tapinha nas costas.
— E eu por acaso chamei vocês aqui para serem simpáticos com ele? — James questionou irritado, cruzando os braços — Já tenho a Lily pra isso!
— O pai é você, não tenho nada a ver com o assunto — Remo ergueu as mãos, antes de voltar a sentar-se no sofá, divertido com a situação. — Além do mais, eu sempre gostei dele. — Concluiu, sorrindo para o loiro, que acenou com a cabeça em um agradecimento silencioso.
— É pra isso que te coloquei de padrinho da , Aluado? — Resmungou, negando com um aceno, antes de virar-se para Sirius, que sentou-se na poltrona de canto, tomando um gole de sua bebida — E você, Almofadinhas?
— Eu o que? Não sou o padrinho dela. — Deu de ombros — E não me lembro de me pedirem pra ameaçar as namoradinhas do Harry — Relembrou, passando a língua pelos lábios — Só vou me envolver se me pedir pra azará-lo ou algo do tipo. — Avisou, piscando para a morena que aproximava-se junto da mãe.
— Eu só queria fazer um adendo — Harry começou sentado ao lado de Remo, vendo a irmã e Cedrico sentarem no outro canto do sofá —, eu nunca trouxe namoradinhas pra casa.
— É porque você descartou a única garota que quis sair com você! — retrucou, sorrindo irônica para o irmão.
— Isso não vem ao caso — deu de ombros — e ela não foi a única, não lembra da Parvati?
— Ah, por Merlin — negou — a garota te largou no meio do Baile!
— E você por acaso ficou a festa toda com o Daves, é? Se bem me lembro ele saiu para uns beijos com a Fleur!
— Como é? — Lily colocou as mãos na cintura, olhando para os filhos — Vocês dois terminaram sozinhos? E toda aquela história que tinham se divertido horrores com seus pares?
Sirius gargalhou ao ver os gêmeos avermelham, olhando para os lados;
— E com quem você foi, Cedrico? — Remo virou-se para o loiro, segurando a risada.
— Ahn… — Diggory começou sem graça, olhando para as mãos por um instante.
rolou os olhos;
— Ele foi com a Cho.
— Cho? A garota quem o Harry saiu? Que reviravolta! — Sirius tornou a rir, adorando ver os três adolescentes sem graça.
— Depois vamos conversar sobre isso — Lily apontou para os filhos, indignada que tivessem mentido para ela por algo tão bobo.
— Com quem vocês terminaram o baile? — James questionou curioso, ignorando a informação que o namorado da filha havia saído com a mesma garota que Harry.
Os gêmeos se encararam, dando de ombros;
— Juntos. — Disseram ao mesmo tempo, ainda mais sem graça do que antes.
— Harry ficou sozinho antes d’As Esquisitonas aparecerem.
— E foi largada no meio do show!
— Eu não fui largada!
— Não era você quem o Daves estava beijando, era?
— Ainda bem que não — Cedrico comentou de seu canto, mais alto do que gostaria, atraindo a atenção de todos, sorrindo sem graça.
— Muito bem — Lily começou rindo —, vamos jantar?
Por mais que James quisesse um motivo, além do fato dele estar beijando sua filha, para dizer que não gostava do garoto e não aprovava o relacionamento, não conseguia encontrá-lo. E sabia que precisaria de um argumento melhor do que “eu não quero e pronto”. Infelizmente para ele, não era a única que gostava do rapaz;
Harry e Cedrico conversavam e riam o tempo todo sobre diversos assuntos, o que realmente o surpreendeu, pois tinha certeza de que o filho não era muito fã do loiro.
Lily, como já esperado, havia adorado o garoto, achando-o extremamente educado e querido, nem mesmo precisava de flores e chocolates para que a ruiva gostasse dele.
Também não ficou de todo surpreso ao ver que Remo gostava de Cedrico; um bom garoto, dedicado aos estudos e que era muito educado em sala de aula. James só faltou rolar os olhos ao ouvir aquilo.
Sirius também parecia ter gostado de Diggory, principalmente ao notar que o loiro ficou realmente impressionado ao saber que Almofadinhas e Pontas eram Animagos e ainda tinha a ambição de, com sorte, virar um Auror.
James admitiu para si mesmo que haviam três pontos no rapaz que o faziam, mesmo que minimamente, considerar deixá-lo frequentar sua casa:
Cedrico Diggory era torcedor do Puddlemore United, faria o teste para virar um Auror após o verão e, considerou aquilo muito mais importante do que os outros dois quesitos, já sabia que Remo era um Lobisomem, mas mesmo assim parecia gostar muito do homem, sendo extremamente gentil e amigável, até mesmo lamentando que Hogwarts tenha perdido um professor tão bom.
Ainda teria um quarto ponto, mas James não tinha decidido se era positivo ou negativo; Cedrico parecia realmente gostar de e sua filha, de fato, estava muito feliz perto dele, o problema era saber que o loiro a beijaria sempre que tivesse uma oportunidade e, é claro, em algum momento tentaria fazer mais do que beijá-la. Potter pedia a Godric Gryffindor que evitasse aquilo o máximo possível, talvez realmente enfartasse quando acontecesse.
Decidiu-se então por tomar uma atitude necessária, sabendo que seria uma batalha perdida tentar evitar aqueles dois de ficarem juntos.
— Muito bem, Diggory, me acompanhe. — James pediu, levantando-se na poltrona e deixando o copo de Uísque sobre a mesa de centro.
— É agora, se despeça do seu namorado — Sirius brincou, rindo de canto, acompanhado de Harry e Remo.
Cedrico, que até então estava mais tranquilo e confiante, sentiu-se imediatamente nervoso e não ajudou em nada escutar a risada dos outros. , entretanto, tentou intervir e, se não corresse o risco de receber um Cruciatus ali mesmo, Diggory teria a beijado em agradecimento;
— Pai, não precisa disso não!
— É claro que precisa, agora vamos logo com isso, Diggory. — Tornou, esperando-o levantar-se e acompanhá-lo — Pensando bem, , venha você também.
Cedrico olhou assustado para a namorada, que sorriu amarelo;
— Não precisa não, pai, Ced fala com você por nós dois!
— Vou lembrar disso quando você for jantar com meus pais — o rapaz falou, sorrindo irônico para a garota, que se levantava devagar.
— Como assim jantar com seus pais?
— Nada mais justo! — Lily concordou — Cedrico teve que enfrentar seu pai, padrinho, tio e irmão.
— Vamos logo antes que eu me arrependa — Potter tornou a dizer, parado na frente de seu escritório, esperando pelo casal.
— Não acredito que vamos perder a melhor parte! — Harry resmungou, negando com a cabeça.
— Vai rindo, o próximo é você! — Remo sorriu para o garoto, que arregalou os olhos, sorrindo de lado;
— Eu não tenho namoradas para apresentar e meu pai não vai fazer todo esse drama!
— E quem disse que o Aluado estava falando do seu pai? — Sirius replicou.
O moreno virou-se confuso para Lily, que apenas concordou com a cabeça, antes de pegar um dos chocolates que havia ganho;
— As próximas dicas que você tem que pegar com o Cedrico, — começou, dando uma mordida no doce — é como conquistar a família da namorada!
Cedrico e sentaram-se nas cadeiras em frente à mesa de James, o qual andava de um lado para outro, pensativo em como iniciar aquela conversa.
— Pai? — chamou após alguns minutos de silêncio, mexendo o pé, ansiosa.
O homem respirou fundo, passando a mão pelos cabelos antes de andar até a cadeira, sentando-se e encarando-os.
— Teremos regras, Diggory, e se eu imaginar que você está quebrando qualquer uma delas, você não vai gostar do que vai te acontecer.
Cedrico concordou com um aceno, mal piscando.
— E isso serve para você também, — James apontou ao encarar a filha — todos nós sabemos que é você quem tem mais tendência a ignorar o que eu estou dizendo.
levantou as sobrancelhas, fingindo surpresa, antes de rir concordando.
— Primeiro, — começou a pontuar, pensativo — não vai te visitar, se quiserem se ver é você quem tem que vir aqui. Segundo, se forem sair juntos Harry estará sempre presente.
— Pai…
— Pai, nada! Seu irmão vai ficar junto e se eu descobrir que vocês estão pagando para ele encobrir qualquer coisa, você vai ficar de castigos pra sempre. Terceiro, você não tem autorização de subir para o andar de cima — arqueou a sobrancelha, olhando-o desconfiado — a última coisa que eu preciso é você conhecendo o quarto da .
Diggory ficou vermelho no mesmo segundo, concordando com um aceno.
— Quarto… — Começou, coçando a barba rala — Vocês não vão ficar aos beijos pelos cantos da casa, não. Não quero nada acima de vinte segundos, e vou contar num relógio se necessário!
rolou os olhos, bufando.
— Quinto…
— Não acha que está exagerando um pouco?
— Shiu, ainda estou falando! — A cortou, antes de continuar — Quinto… Bem, eu ainda não pensei em nada, mas tenho certeza que logo menos vou lembrar de outras coisas. Por hora é isso.
— Podemos ir? — perguntou, começando a se levantar.
— Você sim, Cedrico pode ficar mais um pouco.
— Ok! Tchau — Sorriu, beijando-lhe a bochecha antes de sair quase correndo do local. Diggory olhou para trás desesperado, incrédulo que a garota o tivesse deixado sozinho.
— Agora preste bem atenção, — James recomeçou, fazendo com que o loiro o encarasse, ansioso — é óbvio que eu só estou autorizando isso porque eu conheço minha filha e sei que era capaz dela aprender aparatar para sair escondida, mas não significa que eu esteja feliz com nada disso!
Cedrico respirou fundo, concordando com um aceno antes de começar a falar;
— Eu entendo, senhor. Só gostaria que soubesse que eu realmente gosto dela, mas não faria nada que o senhor não permitisse.
James o olhou por alguns instantes, fazendo um barulho com a boca;
— Eu não sei se é essa cara de bom moço que você tem, ou seu histórico de aluno exemplar que nunca quebrou regras, mas vou confiar em você dessa vez, Diggory. Só espero não me arrepender.
— Vou fazer o possível para que não! — Sorriu para o homem, levantando-se quando o viu fazer o mesmo. James deu a volta na mesa, dando um tapinha no ombro do rapaz.
— Ótimo, agora vamos logo porque eu odeio ser quem chama atenção, mas tinha certeza que Lily não faria nada dessa vez. — Rolou os olhos antes de passar pela porta, escutando-o rir baixinho.
— Ah, foi só isso? — Sirius reclamou, escorado do lado de fora, junto de Harry e — Ele está até rindo. Você está perdendo o jeito, Pontas!
— Eu? Foi você quem falou de irmos todos para o Três Vassouras!
— E falaria de novo — Concordou, rindo — Tudo por uma boa taça de Hidromel envelhecido!
Os dois voltaram para a sala, acompanhados de Harry que ainda resmungava por nem mesmo ter escutado ameaças sendo feitas, enquanto e Cedrico ficaram para trás, rindo divertidos da situação.
— Até que não foi tão ruim quanto eu imaginava — Diggory começou, passando o braço pela cintura da mais nova.
— Eu acho que ele gostou de você!
— Talvez, mas uma coisa é certa, com certeza será muito mais fácil pra você quando for jantar lá em casa.
— O que?
— Não se preocupe — piscou — meus pais já gostam de você.
— É claro que gostam! — Concordou — Mas porque eles só passaram cinco minutos ao meu lado, acho melhor mantermos assim por um tempo.
Cedrico riu antes de inclinar-se para juntar seus lábios aos da namorada;
— Eu falei vinte segundos! — James gritou ao fundo, fazendo com que os dois se separassem, constrangidos.
— Não passou nem dez, pai.
— E o meu objetivo é exatamente esse!
— Você já falou pro seu pai sobre a gente? — Cedrico perguntou ao entregar a coruja parda da garota, que sorriu amarelo, olhando para o lado;
— É claro que sim, mas talvez seja melhor você manter certa distância, para evitar que ele surte, sabe como é…
O loiro arqueou a sobrancelha, parecendo um tanto chocado ao parar na frente da porta da cabine, para que ela não desembarcasse;
— Você não contou?!
o encarou por alguns segundos, sentindo a bochecha corar fortemente.
— É claro que não — Harry se intrometeu, aguardando o casal sair para poder desembarcar, já segurando sua coruja em uma das mãos — se ela tivesse feito isso eu teria recebido uma carta dele pedindo para ficar de olho em vocês — Riu, apontando para a porta — Me deixa descer que eu não quero presenciar briga alheia.
Cedrico tornou a olhar para a namorada assim que o moreno se afastou, esperando por alguma explicação;
— Eu contei para minha mãe — se defendeu, sem graça — e para o meu irmão…
— Harry nos viu aos beijos após a reunião da AD, você não precisou dizer nada. — Relembrou, cruzando os braços — Por que não falou para seu pai?
Potter suspirou, passando a mão pelos cabelos.
— Ele vai surtar completamente, Ced. E, bem, durante a Copa eu falei que jamais sairia com você e éramos apenas amigos… Imagina o que ele vai falar quando eu disser que estávamos nos beijando no Salão Comunal há quase três meses?
Diggory encolheu os ombros;
— Não precisa dar muitos detalhes…
A garota riu baixo, concordando com um aceno;
— Vou falar com ele, Ced, só não queria fazer por carta.
O loiro concordou, passando a língua pelos lábios, parecendo um tanto chateado com a situação.
— Então imagino que não seria uma boa ideia desembarcarmos juntos — comentou, apontando com a cabeça para que ela descesse primeiro.
concordou, mas antes de sair da cabine aproximou-se alguns centímetros, ficando na ponta dos pés e beijando-lhe os lábios por alguns instantes.
— Prometo que vou falar com ele, ok?
— Não são os Diggory ali? — Lily comentou distraída, chamando a atenção do marido e dos filhos; Harry sorriu largamente, segurando a risada, ao tempo que a gêmea arregalou os olhos para a mãe. A mulher piscou para a filha, antes de sorrir na direção dos Diggory ao vê-los se aproximarem.
sentiu como se tivesse caído da vassoura, tamanho seu desespero ao ver os pais de Cedrico sorrirem para ela ao reconhecerem-na, parando por um instante e conversando com sua família, sorrindo para ela e Harry.
Cedrico parecia tão sem jeito quanto ela ao cumprimentar os Potter, e, por um instante, agradeceu mentalmente por James ainda não saber que ele estava aos beijos com a garota.
Harry segurava a risada o tempo todo, olhando da irmã para o loiro, ambos parecendo extremamente nervosos e mal se olhando para não atrair a atenção do mais velho que, Harry imaginou, ser o único que não sabia sobre o relacionamento. Só desejava que pudesse estar perto quando seu pai descobrisse.
— É uma pena que tenha saído do Ministério — Amos Diggory dizia para James, com um tom de voz mais sério —, mas se pensar bem, pelo menos não precisa passar pela humilhação de ser funcionário de um local que foi invadido por adolescentes, não? — Sorriu pequeno, ao olhar para os gêmeos.
— Devem ter perdido completamente a credibilidade — James concordou, ajeitando os óculos.
— Que já não era muita! — Amos acrescentou, cruzando os braços — É questão de tempo para Fudge renunciar…
— Já sabem quem deve assumir?
— Os boatos estão apontando para Scrimgeour, mas só saberemos nas próximas semanas!
— Rufo Scrimgeour? — James pareceu surpreso.
— Acha que não é uma boa ideia? — Lily perguntou curiosa, o marido deu de ombros;
— De fato muito melhor do que Fudge, mas não sei se Rufo conseguiria lidar com toda essa politicagem… Kingsley subiu como Chefe dos Aurores agora? — Tornou para Amos, vendo-o concordar com um aceno.
— Talvez agora que Fudge está saindo você e Black possam voltar…? — Diggory sugeriu, mas James meneou a cabeça, parecendo um tanto incerto.
— Não sei se seria a melhor hora para isso… Nem se Scrimgeour me aceitaria depois que meus filhos invadiram o Ministério e destruíram várias coisas — suspirou, olhando de canto para os gêmeos, que olhavam para o lado, fingindo não escutar o que o pai dizia.
— É realmente uma sorte que vocês estejam bem — a mãe de Cedrico comentou, olhando para os dois, sorrindo amável.
— Mas nem tanto — Lily acrescentou, olhando séria para os filhos — Não é porque seu pai resolveu as coisas com o Ministério que vocês dois estão livres de um castigo. Passaram de todos os limites!
— A culpa foi toda do Harry — acrescentou rapidamente, apontando para o irmão — eu nem estava junto, ele quem me chamou para ajudar.
— Obrigado, . — O irmão fez um joinha, sorrindo irônico.
— É verdade, dessa vez eu fui totalmente inocente!
— E foi arrastada para o Ministério? — James arqueou a sobrancelha, cruzando os braços.
— Não, mas eu também não o deixaria ir sozinho, não é? Já imaginou se tivesse acontecido algo? Eu carregaria essa culpa pra sempre! — Justificou-se, dando de ombros.
— Sabendo que algo poderia acontecer você preferiu acompanhá-lo, ao invés de convencê-lo a não ir? Que bom, fico mais aliviada de saber que vocês até cogitam o perigo, só não se importam! — Lily retrucou sarcástica, os dois deram de ombros, incapazes de argumentar a respeito.
— Aparentemente explodir Hogwarts não é mais suficiente, hm? — James sorriu forçado, virando-se para os Diggory em seguida — Como podem ver, criamos muito bem os dois.
O casal riu baixo, negando com um aceno;
— Pelo menos estão bem, é isso que importa, não? — A Sra. Diggory sorriu, piscando para os dois.
— Por falar nisso, — Amos virou-se para , sorrindo de orelha a orelha — ficamos muito felizes quando Ced nos contou! — Piscou em sua direção.
o olhou sem reação por um momento, notando Harry colocar a mão na boca e virar de costas, para não rir na frente de todos.
— Contou o que? — James perguntou desconfiado, olhando para a expressão sem graça da filha.
— Que ganhamos a Taça de Quadribol — Cedrico interveio, dizendo a primeira coisa que veio à sua cabeça, ao tempo que passava o braço pelos ombros do pai, sorrindo quase desesperado para o mais velho —, eu disse que foi muito bem no jogo, não é, pai?
— O que… Ah, é, sim, claro! Fiquei muito feliz que vocês finalmente conseguiram a Taça! As duas mulheres, assim como Harry, seguravam a risada, mas James não pareceu notar a situação, sorrindo largamente ao passar o braço pelos ombros da caçula;
— É a minha garota — beijou-lhe a cabeça, orgulhoso — Um dia ganhando a Taça de Quadribol, no outro invadindo o Ministério!
A garota respirou fundo, antes de sair do quarto, esbarrando com o irmão que saia do banheiro, os cabelos molhados e a toalha sobre o ombro;
— Vai falar com ele?
— Infelizmente, não vejo outra alternativa…
Harry sorriu, colocando a mão sobre o ombro da irmã, num sinal de conforto:
— Lembra que ele ficou feliz por eu ter saído com a Cho, você pode usar isso como um argumento à seu favor — piscou, rindo baixo antes de entrar em seu quarto.
meneou a cabeça antes de descer as escadas, vendo seu pai sentado na poltrona da sala, lendo a edição do Profeta Diário, alguns cortes ainda visíveis em seus braços e pescoço, da última missão que fez em nome da Ordem dias atrás.
— Pai…? — Chamou baixo, aproximando-se devagar — Podemos conversar?
— Claro, claro — concordou, ainda passando os olhos pela notícia que lia — algum problema? — Levantou a cabeça, notando o olhar sem graça dela — Se está esperando um aumento de mesada pode esquecer, eu nem estou trabalhando! — Respondeu rápido, tornando a olhar para o jornal, virando a página. rolou os olhos;
— Não, eu tô bem com minha mesada… — Resmungou, sentando no braço do sofá, mordendo o lábio inferior, sem saber como começar o assunto.
— Então o que foi? Não vou falar pra sua mãe tirar vocês do castigo — avisou, olhando-a por poucos segundos — Você ainda não pode ir nos Darling, nem seu irmão nos Weasley.
A morena respirou fundo, estalando os dedos, começando a falar em voz baixa;
— Hm… O que acha do Cedrico?
— Cedrico? Quem é Cedr… — Interrompeu-se, olhando-a no mesmo instante, fechando o jornal e deixando-o de lado — Cedrico Diggory? O que tem ele?
sentiu uma súbita vontade de rir, sempre que ficava nervosa com algo se sentia daquela forma, mas tornou a morder o lábio, respirando fundo antes de soltar;
— Ele me chamou para sair…
— Eu sabia! — Disse, levantando-se e andando em círculos pela sala — Eu te falei, eu vi nos olhos dele, ! Eu falei que você não tinha que andar muito com ele. Eu sabia que aquela cara de bom moço era só pra me enganar! Será que não existe mais respeito no mundo? Teve a coragem de me cumprimentar todo educado, quando estava tentando me apunhalar pelas costas dessa forma?! Como ele teve coragem? Mas é claro que você não vai, né? Aposto que ele chorou quando você disse não — Completou, dando risadinhas — Ele tem cara de quem choraria…
A garota começou a rir, colocando a mão no rosto vermelho, sem saber o que fazer.
— O que foi?
— Eu aceitei.
James piscou, demorando um pouco para entender o que ela havia dito;
— Você o quê? — A voz saiu mais fina, tamanho seu choque, pigarreando antes de continuar — Como assim você aceitou, ? É claro que você não vai!
— Pai… — Tornou a olhá-lo, o rosto completamente vermelho — Eu sai com ele em Hogsmeade.
Potter deu um passo para trás, sentando-se na poltrona, ainda desacreditado ao olhar para sua filha;
— Como assim, ? Você me disse esses dias que odiava o garoto!
— Eu nunca disse que odiava — Negou de imediato, tornando a mexer nas mãos, nervosa.
— Não importa! Você me disse que não queria nada com ele, como é que agora você vai num encontro em Hogsmeade?
encolheu os ombros, sem saber exatamente o que dizer, não querendo revelar que já havia saído com ele anteriormente;
— Eu não sei, pai… Ele me chamou e eu aceitei… Eu achava mesmo que não gostava dele, mas agora eu gosto…
— Pois trate de desgostar de novo! — Avisou, passando a mão pelos cabelos, a respiração falha. James achava que era muito novo para já precisar se preocupar com sua filha saindo em encontros com garotos, tinha a esperança que ela ainda estivesse mais preocupada com Quadribol e quebrar as regras.
A garota permaneceu em silêncio, sem saber o que dizer. Arrependia-se de não ter esperado Lily voltar das compras, a mulher com certeza amenizaria a situação.
Potter então virou-se assustado, arregalando os olhos ao encará-la;
— Ele te beijou?
— Pai!
— Jane Potter, beijou ou não?
encolheu-se ao ouvir o nome completo, sabendo que o pai só o usava quando estava extremamente irritado. O encarou por alguns instantes, confirmando com um breve aceno.
James colocou a mão no peito, como se tivesse sentindo um golpe com aquela informação. A morena rolou os olhos, achando-o um tanto exagerado, mas sem coragem de dizer nada.
— Eu vou matar o Diggory!
— Pai… — Chamou arrastado, respirando fundo antes de encará-lo — Por favor.
O homem virou-se, pronto para dar uma resposta atravessada, mas parou ao encarar a filha, bufando irritado;
— Você só pode estar brincando se acha que eu vou ficar feliz com isso.
— Não precisa ficar feliz, — deu de ombros, passando a língua pelos lábios — só não precisa querer azará-lo sempre que o vir. Gosto dele, pai, de verdade.
James pareceu se contorcer na poltrona;
— Gosta do quê, ? O que você viu naquele garoto? — Suspirou frustrado, rolando os olhos em seguida — Tá, talvez ele seja bonito, imagino… — Disse a contragosto, fazendo-a sorrir pequeno — Mas, por favor, , ele é muito mais velho do que você! Acabou de se formar, não foi? Não é possível que você esteja interessada nele! Não foi você quem me disse que jamais sairia com o Sr. Certinho?
— Mas isso foi antes, — respondeu — ele é legal, de verdade, pai. E joga Quadribol muito bem, só que torce para o Puddlemere — contou fazendo careta, embora soubesse que aquilo talvez rendesse pontos com o mais velho, que até pareceu suavizar um pouco a expressão.
— Mesmo assim, …
— Pai, até o Harry conversa com ele numa boa, e você sabe que ele tá bravo até hoje por ter perdido pra Lufa-Lufa…
— Como assim? Seu irmão já sabia? — Perguntou chocado, a garota concordou com um aceno — Pra que é que eu pago aquele garoto pra ficar de olho em você, se ele não me fala que você anda por aí se amassando com o Diggory?
— Você o que? — Tornou no mesmo instante, cruzando os braços, o homem sorriu sem graça;
— Só disse para ele ficar de olho, porque eu não confiava muito nesse Diggory… E eu estava certo, não foi? — Respondeu, rolou os olhos.
— Muito bem, seu filho é um ladrãozinho — Avisou, sorrindo irônica — Porque ele também estava pegando meu dinheiro para não te dizer que eu estava saindo com o Cedrico antes de eu mesma contar!
— Ele fez o que? — Levantou-se chocado — Mas eu quero meu dinheiro de volta agora mesmo! — Exasperou-se, andando em direção as escadas, dizendo sério por sobre o ombro — Sexta-feira, às 19h. Diga para ele não se atrasar para o jantar, ou só vai me dar mais um motivo para azará-lo.
sorriu largamente para o pai, concordando com um aceno antes de levantar-se, abraçando-o apertado;
— Obrigada, papai.
— Tá, tá — suspirou, dando-lhe palmadinhas na cabeça — agora deixa eu ir acertar as coisas com seu irmão!
abriu a porta sorrindo largamente ao ver Cedrico do outro lado, segurando um caixa de chocolates e um buquê de flores;
— Espero que pelo menos um desses seja pra mim — apontou para a caixa de chocolates, antes de dar espaço para que ele entrasse na casa.
— Minha mãe falou que eu deveria tentar agradar seus pais — contou baixinho, beijando-a na bochecha. arqueou a sobrancelha ao notar —, não vou arriscar te beijar sabendo que seu pai pode aparecer a qualquer segundo. Não quero começar com o pé errado.
— É por isso que eu não queria contar — Sussurrou, ao notar o estado de nervosismo do rapaz — não precisaríamos passar por isso.
O loiro abriu a boca para respondê-la, mas foi interrompido;
— Diggory — Virou-se rapidamente, vendo James Potter andando em sua direção, com a cara fechada. — Pelo menos é pontual.
— Pai!
— Cedrico! — Lily apareceu sorridente, aproximando-se o suficiente para um abraço — Seja bem-vindo, querido!
— Obrigado — disse nervoso, entregando-lhe as flores e o chocolate em seguida.
— Ah, não precisava, muito obrigada! Está vendo, James, já é mais do que você fez quando conheceu meus pais — A ruiva tornou para o marido, que rolou os olhos.
— Seja bem-vindo, Diggory — James disse a contragosto, estendendo a mão ao ver filha e esposa o encarando.
Cedrico respondeu o cumprimento sorrindo nervoso para o mais velho.
— Finalmente! Já podemos comer? — Harry apareceu descendo as escadas — E aí, Ced?
Os dois se cumprimentaram com uma batida de mãos elaborada, a qual fez James se perguntar o quanto de dinheiro o filho havia feito durante os meses que estava saindo com o rapaz.
— Agora são amigos, é? — Perguntou, sem conseguir se segurar, cruzando os braços.
— Ced ajudou ele a conseguir um encontro com a Cho, pai — explicou rindo.
— Você vendeu sua irmã por um encontro, Harry Potter? — O homem olhou assustado para o filho — E com uma garota que você nem está saindo mais?
— O que? — Cedrico e viraram-se para o outro, dizendo ao mesmo tempo;
— E todo aquele papo de estar apaixonado?
— E todas as horas que eu gastei te dando dicas para seu encontro?
— Ah, eu sei lá — Harry sorriu sem graça — Achei que estava… Mas as dicas foram muito úteis, Diggory. Vou usar na próxima garota!
— Que dicas são essas? — James tornou, olhando desconfiado para o loiro.
— Vamos entrando Cedrico — Lily interrompeu, sabendo que o assunto talvez fosse demais para o marido aguentar — , coloque as flores em um vaso, por favor! — Pediu, entregando o buquê para a mais nova, logo puxando o visitante pelos cômodos — E como estão seus pais?
James esperou os três se afastarem para puxar o filho pelo braço, sussurrando rápido;
— Você vai me contar direitinho que dicas foram essas, ele pode estar usando com sua irmã!
Harry rolou os olhos, rindo irônico;
— Mais fácil a usar nele, pai. É sério, tenho certeza que foi ela quem o beijou primeiro.
O mais novo aproveitou o choque do pai para afastar-se em direção a sala, logo ouvindo Lupin cumprimentar Diggory;
— Não precisa me chamar de professor, Cedrico — Remo disse aos risos — mas é muito bom te ver de novo. Já recebeu seus NIEM’s?
— Ainda não — começou, parecendo um pouco mais confiante —, mas devem chegar nas próximas semanas.
— Cedrico, é? — Sirius apareceu, vindo da cozinha com uma taça de Uísque de Fogo — Acho que não conversamos durante à Copa.
— Muito prazer, senhor!
— Pode me chamar de Sirius, não sou tão velho para me chamarem de senhor. — Abanou a mão, dando-lhe um tapinha nas costas.
— E eu por acaso chamei vocês aqui para serem simpáticos com ele? — James questionou irritado, cruzando os braços — Já tenho a Lily pra isso!
— O pai é você, não tenho nada a ver com o assunto — Remo ergueu as mãos, antes de voltar a sentar-se no sofá, divertido com a situação. — Além do mais, eu sempre gostei dele. — Concluiu, sorrindo para o loiro, que acenou com a cabeça em um agradecimento silencioso.
— É pra isso que te coloquei de padrinho da , Aluado? — Resmungou, negando com um aceno, antes de virar-se para Sirius, que sentou-se na poltrona de canto, tomando um gole de sua bebida — E você, Almofadinhas?
— Eu o que? Não sou o padrinho dela. — Deu de ombros — E não me lembro de me pedirem pra ameaçar as namoradinhas do Harry — Relembrou, passando a língua pelos lábios — Só vou me envolver se me pedir pra azará-lo ou algo do tipo. — Avisou, piscando para a morena que aproximava-se junto da mãe.
— Eu só queria fazer um adendo — Harry começou sentado ao lado de Remo, vendo a irmã e Cedrico sentarem no outro canto do sofá —, eu nunca trouxe namoradinhas pra casa.
— É porque você descartou a única garota que quis sair com você! — retrucou, sorrindo irônica para o irmão.
— Isso não vem ao caso — deu de ombros — e ela não foi a única, não lembra da Parvati?
— Ah, por Merlin — negou — a garota te largou no meio do Baile!
— E você por acaso ficou a festa toda com o Daves, é? Se bem me lembro ele saiu para uns beijos com a Fleur!
— Como é? — Lily colocou as mãos na cintura, olhando para os filhos — Vocês dois terminaram sozinhos? E toda aquela história que tinham se divertido horrores com seus pares?
Sirius gargalhou ao ver os gêmeos avermelham, olhando para os lados;
— E com quem você foi, Cedrico? — Remo virou-se para o loiro, segurando a risada.
— Ahn… — Diggory começou sem graça, olhando para as mãos por um instante.
rolou os olhos;
— Ele foi com a Cho.
— Cho? A garota quem o Harry saiu? Que reviravolta! — Sirius tornou a rir, adorando ver os três adolescentes sem graça.
— Depois vamos conversar sobre isso — Lily apontou para os filhos, indignada que tivessem mentido para ela por algo tão bobo.
— Com quem vocês terminaram o baile? — James questionou curioso, ignorando a informação que o namorado da filha havia saído com a mesma garota que Harry.
Os gêmeos se encararam, dando de ombros;
— Juntos. — Disseram ao mesmo tempo, ainda mais sem graça do que antes.
— Harry ficou sozinho antes d’As Esquisitonas aparecerem.
— E foi largada no meio do show!
— Eu não fui largada!
— Não era você quem o Daves estava beijando, era?
— Ainda bem que não — Cedrico comentou de seu canto, mais alto do que gostaria, atraindo a atenção de todos, sorrindo sem graça.
— Muito bem — Lily começou rindo —, vamos jantar?
Por mais que James quisesse um motivo, além do fato dele estar beijando sua filha, para dizer que não gostava do garoto e não aprovava o relacionamento, não conseguia encontrá-lo. E sabia que precisaria de um argumento melhor do que “eu não quero e pronto”. Infelizmente para ele, não era a única que gostava do rapaz;
Harry e Cedrico conversavam e riam o tempo todo sobre diversos assuntos, o que realmente o surpreendeu, pois tinha certeza de que o filho não era muito fã do loiro.
Lily, como já esperado, havia adorado o garoto, achando-o extremamente educado e querido, nem mesmo precisava de flores e chocolates para que a ruiva gostasse dele.
Também não ficou de todo surpreso ao ver que Remo gostava de Cedrico; um bom garoto, dedicado aos estudos e que era muito educado em sala de aula. James só faltou rolar os olhos ao ouvir aquilo.
Sirius também parecia ter gostado de Diggory, principalmente ao notar que o loiro ficou realmente impressionado ao saber que Almofadinhas e Pontas eram Animagos e ainda tinha a ambição de, com sorte, virar um Auror.
James admitiu para si mesmo que haviam três pontos no rapaz que o faziam, mesmo que minimamente, considerar deixá-lo frequentar sua casa:
Cedrico Diggory era torcedor do Puddlemore United, faria o teste para virar um Auror após o verão e, considerou aquilo muito mais importante do que os outros dois quesitos, já sabia que Remo era um Lobisomem, mas mesmo assim parecia gostar muito do homem, sendo extremamente gentil e amigável, até mesmo lamentando que Hogwarts tenha perdido um professor tão bom.
Ainda teria um quarto ponto, mas James não tinha decidido se era positivo ou negativo; Cedrico parecia realmente gostar de e sua filha, de fato, estava muito feliz perto dele, o problema era saber que o loiro a beijaria sempre que tivesse uma oportunidade e, é claro, em algum momento tentaria fazer mais do que beijá-la. Potter pedia a Godric Gryffindor que evitasse aquilo o máximo possível, talvez realmente enfartasse quando acontecesse.
Decidiu-se então por tomar uma atitude necessária, sabendo que seria uma batalha perdida tentar evitar aqueles dois de ficarem juntos.
— Muito bem, Diggory, me acompanhe. — James pediu, levantando-se na poltrona e deixando o copo de Uísque sobre a mesa de centro.
— É agora, se despeça do seu namorado — Sirius brincou, rindo de canto, acompanhado de Harry e Remo.
Cedrico, que até então estava mais tranquilo e confiante, sentiu-se imediatamente nervoso e não ajudou em nada escutar a risada dos outros. , entretanto, tentou intervir e, se não corresse o risco de receber um Cruciatus ali mesmo, Diggory teria a beijado em agradecimento;
— Pai, não precisa disso não!
— É claro que precisa, agora vamos logo com isso, Diggory. — Tornou, esperando-o levantar-se e acompanhá-lo — Pensando bem, , venha você também.
Cedrico olhou assustado para a namorada, que sorriu amarelo;
— Não precisa não, pai, Ced fala com você por nós dois!
— Vou lembrar disso quando você for jantar com meus pais — o rapaz falou, sorrindo irônico para a garota, que se levantava devagar.
— Como assim jantar com seus pais?
— Nada mais justo! — Lily concordou — Cedrico teve que enfrentar seu pai, padrinho, tio e irmão.
— Vamos logo antes que eu me arrependa — Potter tornou a dizer, parado na frente de seu escritório, esperando pelo casal.
— Não acredito que vamos perder a melhor parte! — Harry resmungou, negando com a cabeça.
— Vai rindo, o próximo é você! — Remo sorriu para o garoto, que arregalou os olhos, sorrindo de lado;
— Eu não tenho namoradas para apresentar e meu pai não vai fazer todo esse drama!
— E quem disse que o Aluado estava falando do seu pai? — Sirius replicou.
O moreno virou-se confuso para Lily, que apenas concordou com a cabeça, antes de pegar um dos chocolates que havia ganho;
— As próximas dicas que você tem que pegar com o Cedrico, — começou, dando uma mordida no doce — é como conquistar a família da namorada!
Cedrico e sentaram-se nas cadeiras em frente à mesa de James, o qual andava de um lado para outro, pensativo em como iniciar aquela conversa.
— Pai? — chamou após alguns minutos de silêncio, mexendo o pé, ansiosa.
O homem respirou fundo, passando a mão pelos cabelos antes de andar até a cadeira, sentando-se e encarando-os.
— Teremos regras, Diggory, e se eu imaginar que você está quebrando qualquer uma delas, você não vai gostar do que vai te acontecer.
Cedrico concordou com um aceno, mal piscando.
— E isso serve para você também, — James apontou ao encarar a filha — todos nós sabemos que é você quem tem mais tendência a ignorar o que eu estou dizendo.
levantou as sobrancelhas, fingindo surpresa, antes de rir concordando.
— Primeiro, — começou a pontuar, pensativo — não vai te visitar, se quiserem se ver é você quem tem que vir aqui. Segundo, se forem sair juntos Harry estará sempre presente.
— Pai…
— Pai, nada! Seu irmão vai ficar junto e se eu descobrir que vocês estão pagando para ele encobrir qualquer coisa, você vai ficar de castigos pra sempre. Terceiro, você não tem autorização de subir para o andar de cima — arqueou a sobrancelha, olhando-o desconfiado — a última coisa que eu preciso é você conhecendo o quarto da .
Diggory ficou vermelho no mesmo segundo, concordando com um aceno.
— Quarto… — Começou, coçando a barba rala — Vocês não vão ficar aos beijos pelos cantos da casa, não. Não quero nada acima de vinte segundos, e vou contar num relógio se necessário!
rolou os olhos, bufando.
— Quinto…
— Não acha que está exagerando um pouco?
— Shiu, ainda estou falando! — A cortou, antes de continuar — Quinto… Bem, eu ainda não pensei em nada, mas tenho certeza que logo menos vou lembrar de outras coisas. Por hora é isso.
— Podemos ir? — perguntou, começando a se levantar.
— Você sim, Cedrico pode ficar mais um pouco.
— Ok! Tchau — Sorriu, beijando-lhe a bochecha antes de sair quase correndo do local. Diggory olhou para trás desesperado, incrédulo que a garota o tivesse deixado sozinho.
— Agora preste bem atenção, — James recomeçou, fazendo com que o loiro o encarasse, ansioso — é óbvio que eu só estou autorizando isso porque eu conheço minha filha e sei que era capaz dela aprender aparatar para sair escondida, mas não significa que eu esteja feliz com nada disso!
Cedrico respirou fundo, concordando com um aceno antes de começar a falar;
— Eu entendo, senhor. Só gostaria que soubesse que eu realmente gosto dela, mas não faria nada que o senhor não permitisse.
James o olhou por alguns instantes, fazendo um barulho com a boca;
— Eu não sei se é essa cara de bom moço que você tem, ou seu histórico de aluno exemplar que nunca quebrou regras, mas vou confiar em você dessa vez, Diggory. Só espero não me arrepender.
— Vou fazer o possível para que não! — Sorriu para o homem, levantando-se quando o viu fazer o mesmo. James deu a volta na mesa, dando um tapinha no ombro do rapaz.
— Ótimo, agora vamos logo porque eu odeio ser quem chama atenção, mas tinha certeza que Lily não faria nada dessa vez. — Rolou os olhos antes de passar pela porta, escutando-o rir baixinho.
— Ah, foi só isso? — Sirius reclamou, escorado do lado de fora, junto de Harry e — Ele está até rindo. Você está perdendo o jeito, Pontas!
— Eu? Foi você quem falou de irmos todos para o Três Vassouras!
— E falaria de novo — Concordou, rindo — Tudo por uma boa taça de Hidromel envelhecido!
Os dois voltaram para a sala, acompanhados de Harry que ainda resmungava por nem mesmo ter escutado ameaças sendo feitas, enquanto e Cedrico ficaram para trás, rindo divertidos da situação.
— Até que não foi tão ruim quanto eu imaginava — Diggory começou, passando o braço pela cintura da mais nova.
— Eu acho que ele gostou de você!
— Talvez, mas uma coisa é certa, com certeza será muito mais fácil pra você quando for jantar lá em casa.
— O que?
— Não se preocupe — piscou — meus pais já gostam de você.
— É claro que gostam! — Concordou — Mas porque eles só passaram cinco minutos ao meu lado, acho melhor mantermos assim por um tempo.
Cedrico riu antes de inclinar-se para juntar seus lábios aos da namorada;
— Eu falei vinte segundos! — James gritou ao fundo, fazendo com que os dois se separassem, constrangidos.
— Não passou nem dez, pai.
— E o meu objetivo é exatamente esse!
FIM DA PARTE QUATRO.
Nota da autora: Cheguei de novo!
Ficou confusa? A parte sobre o quarto ano ainda está em falta, mas o spoiler é esse: O casal se separou e só voltaram a sair ao final do Quinto Ano da Potter.
Agora que James já está parcialmente de acordo, talvez as coisas melhorem nas próximas fics... Quem sabe...?
Beijão e obrigada por chegar até aqui!
Versão dos Marotos para a noite em que Voldemort foi derrotado by Moony, Padfoot & Prongs
31 de Outubro de 1981, Parte 1
31 de Outubro de 1981, Parte 2
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Between the order and the death eaters
Ficou confusa? A parte sobre o quarto ano ainda está em falta, mas o spoiler é esse: O casal se separou e só voltaram a sair ao final do Quinto Ano da Potter.
Agora que James já está parcialmente de acordo, talvez as coisas melhorem nas próximas fics... Quem sabe...?
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