Última atualização: 01/09/2020

Único

Cedrico sorriu para a loira, puxando-a para mais um beijo antes dela empurrá-lo devagar;
— Diggory a gente tem aula em algumas horas, vai embora logo! — Disse sorrindo, vendo-o rir, concordando lentamente — E vai pra lá que você não pode ouvir a senha. É contra as regras!
— E desde quando exatamente você se importa com alguma regra? — Questionou divertido, ainda segurando em sua cintura e mantendo-a próxima.
— Com essa eu me importo ok? Grifinória vem na frente, sim. Nem era pra você saber qual o quadro da passagem, Cedrico. Agora vai andando pro seu Salão Comunal logo, que você é monitor, não tinha nem que estar aqui essas horas!
O lufano riu, negando antes de beijar-lhe a bochecha, começando a se afastar;
— Até depois, .
O rapaz começou a descer as escadas, olhando por sobre o ombro o quadro da Mulher-Gorda abrir-se, para que a garota pudesse entrar pela passagem.
Tornou a virar-se sorridente, caminhando em direção ao próprio Salão Comunal, quando esbarrou com George Weasley.
Os dois se encararam por alguns segundos, sorrindo sem graça um para o outro;
— Hm, parece que a noite foi boa com a , não? — Perguntou divertido. Cedrico sorriu de lado, colocando as mãos nos bolsos, enquanto dava de ombros.
— Tive que aproveitar um pouco o tempo perdido… — Então o encarou desconfiado, passando a língua pelos lábios finos — E você? Com quem estava até agora?
O ruivo olhou para o lado, negando com a cabeça;
— Só passeando.
— Com a Winter? — Cedrico especulou, sorrindo ao vê-lo concordar constrangido — Jamais imaginei que a amizade de vocês poderia ser algo a mais…
— Olha só quem fala! — Respondeu, ainda sem encará-lo. Diggory riu;
— Acho que podemos concordar que essa foi a melhor festa que vocês já fizeram, uh?
Os dois se encararam mais uma vez, rindo.
— Te vejo na aula, Weasley.
— É, você também!

Harry estava em êxtase, jogado na poltrona do salão comunal, só conseguia pensar em como a noite tinha sido incrível.
Não só o jogo tinha sido extremamente divertido, mas também o momento depois; Ficar aos beijos com a Darling na entrada do Salão Comunal da Corvinal não fazia parte dos seus planos, mas ele com certeza não reclamaria. Só torcia para que a garota tivesse gostado tanto quanto ele. Aliás, não via a hora de tentar falar com ela amanhã, mas teria que inventar algum motivo. Talvez perguntar se ela tinha chegado bem ao Salão Comunal, o que era uma pergunta muito idiota, visto que a tinha deixado na entrada.
Balançou a cabeça negando, melhor era pedir ajuda a para isso. Como em um passe de mágica, ao pensar na loira, a mesma apareceu no fim do corredor da entrada do Salão da Grifinória.
Alguém tinha aproveitado muito mais do que ele, Harry pensou.
Observou a amiga andar pela sala tentando fazer o mínimo barulho, soltou uma risadinha e
olhou assustada para o canto ao notar que havia mais alguém acordado aquele horário, suspirando aliviada quando notou que era apenas Harry quem estava sentado na poltrona, com um sorriso enorme nos lábios. Arqueou a sobrancelha, aproximando-se do amigo, rindo sacana;
— Ora, ora, parece que alguém andou se divertindo hoje.
Harry rolou os olhos, não deixando de sorrir;
— Acho que não fui o único, não é? — Deu de ombros, provocando a amiga.
— Muito bem, Raio, está claro que eu andei beijando Cedrico Diggory, mas qual das garotas de hoje você estava beijando? — Perguntou curiosa, vendo-o corar no mesmo instante. Tonks olhou para o lado do dormitório feminino — Se fosse Gina ela ainda estaria aqui… — Tornou a encará-lo desconfiada, cruzando os braços — Foi a Darling, né?
Potter observou a própria mão por um instante, concordando devagar;
— Só fui levá-la até a Torre da Corvinal… — Deixou a voz morrer, vendo a amiga concordar rindo. — e aí aconteceu...
— Muito prestativo — virou-se para subir as escadas em direção ao seu quarto — Boa noite, Cicatriz!

🎃 🎃 🎃 🎃 🎃 🎃



Cedrico jogou-se em sua cama já vestindo seu pijama, mantendo o sorriso nos lábios enquanto encarava o teto, os braços cruzados atrás da cabeça;
— Pelo seu sorriso, imagino que sua demora tenha nome e sobrenome, não? — Ouviu Emmett cochichar ao seu lado, voltando do banheiro. — Até que enfim, Ced, já não aguenta mais essa sua cara de texugo triste.
Diggory riu, concordando ao virar-se para o amigo;
— Talvez eu deva agradecer ao Filch por ter acabado com a festa!
— Ah, não sei — resmungou, deitando-se e puxando as cobertas — eu poderia ter beijado pelo menos mais uma garota antes de terminar a noite. Falando nisso — tornou a encarar o amigo, certificando-se de que estaria tudo bem entre os dois — você já sabe que eu não beijei a Grifinória, certo? Na hora ela só me falou a resposta e a gente fingiu pra ninguém ver.
O lufano o encarou surpreso por alguns segundos, sorrindo de lado em seguida;
— Obrigado, era só o que me faltava ouvir você concordando que ela beija bem.
— E beija mesmo? — Quis saber, curioso.
Cedrico precisou colocar a mão sobre a boca para abafar a risada e não acordar os outros colegas.
— Vai dormir, Monty.
— Ah, qual é, Ced, eu ouvi todas as vezes que você resmungou que não acontecia nada, e agora que se deu bem não vai me contar? Que tipo de amizade é essa que eu só fico sabendo das coisas ruins?
O rapaz concordou com a cabeça, sem conseguir tirar o sorriso grande dos lábios, tornando a olhar para o amigo de canto;
— Foi de longe a melhor garota que eu já beijei.
Montgomery o encarou surpreso, negando em seguida;
— Não acredito que eu perdi essa chance por ser um bom amigo — Resmungou, logo sentindo o travesseiro que Cedrico o jogou na cara — Estou só brincando, Ced, sabe que eu sou o maior fã desse casal!

Diggory manteve o sorriso calmo nos lábios depois do amigo virar-se para dormir.
O lufano encarava o teto, esperando o sono chegar, mas achava que seria impossível conseguir descansar aquela noite, seus pensamentos estavam ainda mais agitados do que na noite que havia sido sorteado o Campeão de Hogwarts.
Havia passado tantos meses esperando por aquele momento que, agora que tinha realmente acontecido, não sabia exatamente como agir.
Não mentiu, nem exagerou quando disse que aquele havia sido o melhor beijo que já tinha dado, e sabia exatamente bem o motivo para ter sido tão bom:
Cedrico estava completamente apaixonado por , e tinha certeza que aquilo havia acontecido poucas semanas após começarem a conversar.
Admitiu para si mesmo que demorou tempo demais para confessar aquilo em voz alta, passou meses achando que era apenas uma atração física, afinal a Grifinória além de ser muito bonita, era divertida e jogava Quadribol muito bem.
Demorou semanas para conseguir criar coragem para convidá-la para sair, mas ao mesmo tempo teve o medo de ser rejeitado e ainda perder a amizade que tinham criado. Agora sabia que, de fato, deveria ter sido mais direto desde o começo.
Se tivesse a convidado para sair no ano anterior, teria aceito.
Suspirou fechando os olhos, pensando no quanto tinha sido burro por não o ter feito antes, talvez estivesse beijando-a há meses e, principalmente, não teria passado pelo desgosto de vê-la beijar outros rapazes.
Fosse como fosse, finalmente havia conseguido.
Cedrico havia conseguido beijar e tinha sido incrível, e ele mal podia esperar para repetir. Pensou por alguns instantes em como chegaria nela no dia seguinte, talvez ela ficasse sem graça perto dele, mas ele não se importava. Sabendo que ela também gostava dele, pelo menos o suficiente para querer beijá-lo, não perderia a chance de repetir. A convidaria para dar uma volta depois das aulas e, inocentemente, daria um jeito de ficarem sozinhos e ele próximo o suficiente para beijá-la mais uma vez.
Com um pouco de sorte, não demoraria tanto para realmente conquistá-la.

🎃 🎃 🎃 🎃 🎃 🎃


George falou a senha para o quadro da Mulher Gorda e entrou no salão, que estava totalmente escuro. Andou o mais devagar possível, tentando não fazer barulho e acordar alguém. Definitivamente não era hora de ter alguém acordado e não gostaria de esbarrar com algum Monitor por aí. Mas sua vontade naquele instante era de gritar que finalmente tinha conseguido beijar a garota pela qual nutria sentimentos há algum tempo. E principalmente contar para qualquer um que aparecesse que tinha sido a melhor noite de sua vida. O equivalente a ganhar cinco partidas seguidas de Quadribol contra a Sonserina. Pelo menos podia sorrir livremente, deixando parte de sua felicidade transparecer.
Estava quase chegando à escadaria quando percebeu alguém sentado em uma das poltronas, olhando pensativo para a parede, com um sorriso idêntico ao seu. George segurou a risada, se jogando na poltrona ao lado de Potter.
— Parece que alguém teve uma boa noite, hm? — O ruivo cutucou o garoto, que pulou assustado. Estava tão perdido em pensamentos depois das palavras de , que não percebeu que não estava mais sozinho.
— Quem chegou tarde foi você. Já deve estar quase na hora de descer para o café.
— Não fale como se eu tivesse te acordado — Weasley deu de ombros — Me conta, no que você estava pensando que despertou um sorriso tão grande? — Piscou — Ou melhor, em quem você estava pensando?
Harry considerou se deveria falar para George que tinha levado Darling até o Salão Comunal corvino, e principalmente o que aconteceu depois, mas resolveu que o gêmeo não precisava de tantos detalhes. Sua vida já era pública demais para sair contando tudo por aí. Se limitou a sorrir e responder que tinha sido uma festa muito boa.
— Olha, Potter, se você está se referindo a minha irmã, eu… — o garoto o encarou de maneira ameaçadora, se interrompendo ao ver o Campeão negar veementemente, talvez um pouco assustado — Bom, se não foi a Gina, a única outra pessoa que você beijou foi aquela Corvina… Potter! Você estava com ela, não estava? Quando todos saíram para se esconder?
Novamente Harry escolheu não responder, mas não precisou. Tinha ficado tão vermelho que o ruivo não teve nenhuma dúvida. George gargalhou, rapidamente tampando a boca com as mãos ao se lembrar de que não deveria acordar ninguém.
— Graças a Merlin não era a minha irmã que você estava beijando!
— Mas ela beija muito bem, viu? — Ele piscou para o Weasley — Se eu tivesse outra oportunidade…
— Cala a boca, Potter!
George jogou uma almofada no garoto, que desviou rindo. Passaram um bom tempo conversando sobre o jogo, só subindo para um banho rápido depois que os outros grifinórios começaram a acordar.
Ainda rindo da conversa com o ruivo, Potter caminhou em direção ao seu dormitório.
Achou incrível como todo o jogo e os beijos o fizeram esquecer das preocupações tão recorrentes em sua cabeça: o Torneio Tribruxo e quem colocou o seu nome no Cálice eram duas delas. Mas isso podia esperar para outro momento, aquela era a primeira vez em dias que o moreno sentia-se leve e feliz para conseguir relaxar.
Ao entrar no quarto viu a cama do amigo, ou quem sabe ex-amigo, porque se havia alguma chance dele e do Rony voltarem a ser amigos, seria extinta quando o ruivo soubesse que tinha beijado a irmã dele. Mas não acreditava que os gêmeos fossem falar qualquer coisa ao irmão. Entretanto, o beijo da Gina não era o que ocupava a mente do grifinório naquele momento, ao sentar na cama para separar suas roupas, a garota loira de olhos azuis era tudo o que Harry Potter tinha na cabeça.

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Hermione aproximou-se da grande mesa da Grifinória sorrindo para os dois amigos antes de sentar-se de frente para eles;
— Bom dia pra vocês também! — Disse ao pegar um pedaço de pão — Posso saber por que vocês não me esperaram? — Questionou ao encará-los, quase magoada — E não pense que eu não vi que você chegou tarde.
— Ué, você estava conversando com o único Weasley que a gente não gosta. — deu de ombros.
— Você pode gostar dele, . — Harry respondeu rindo, embora agradecesse internamente pela lealdade da outra.
— Eu não, se ele faz isso com você que é o melhor amigo dele, imagina o que não deve falar de mim por aí? — Negou, rolando os olhos, então virando-se para Hermione — E como você sabe meus horários se quando eu te chamei para conversar você estava dormindo?
— Acordei para tomar água e reparei que você não estava na sua cama, — deu de ombros, explicando-se enquanto pegava ovos mexidos — e já era tarde, fiquei curiosa. O que você aprontou dessa vez?
a encarou por alguns segundos, com as sobrancelhas erguidas.
— Pra começo de conversa, eu não aprontei nada, Granger. E não estava sozinha, Harry também sumiu.
— Mas voltei antes de você! — Respondeu no mesmo momento, sorrindo de lado ao lembrar-se.
— E você considera isso uma vitória, Potter? — Tonks o encarou sacana, vendo-o rolar os olhos e negar, olhando para a entrada do Salão Principal. Mexeu-se inquieto ao reparar num grupo de alunos da Corvinal passando, surpreendendo-se ao notar que procurava por alguém. Mas pensou ser perfeitamente normal, afinal, tinham se beijado na noite anterior, era totalmente justificável o interesse repentino na garota. Ou será que ele estava agindo como um crianção que ficava no pé da garota só por causa de um beijo?
O garoto ficou um pouco aflito com os questionamentos internos, não tinha com quem falar sobre o assunto, talvez com Sirius, mas não via como o padrinho poderia ajudar, estava há muito tempo sem namorar provavelmente.
Pedir ajuda a estava fora de questão, Potter sabia que a amiga usaria isso para o atormenta-lo para o resto da vida. Talvez Mione fosse a melhor escolha, a garota sempre foi muito sensata. Harry decidiu que falaria com ela mais tarde, longe de Black.
— Posso saber o que está acontecendo? — Hermione tornou curiosa, tomando um gole de seu suco. Achava estranhíssimo nenhum dos dois lhe contar o que estavam fazendo antes de fazerem, fosse lá o que tivessem aprontado.
Potter e Tonks se entreolharam, rindo sem graça um para o outro, até a loira virar-se, inclinando-se por sobre a mesa.
— Você conhece aquela garota da Corvinal, Darling?
— A amiga da Gina? — Perguntou, tentando colocar um rosto ao nome e olhando para a mesa da outra Casa.
— Essa mesma, Harry deu uns beijos nela ontem. — Granger olhou boquiaberta para o amigo, vendo-o olhar para baixo, totalmente constrangido — E antes disso, deu um beijão na Gina. Sim, a nossa Gina.
Hermione precisou respirar fundo para não gritar ao saber da fofoca, largando tudo no mesmo instante e curvando-se para os amigos;
— Como foi que isso aconteceu? — Questionou eufórica, a mente dela parecia que entraria em combustão com tantas informações surpreendentes.
— Fomos convidados pelos gêmeos e pela Winter para um jogo ontem e…
— E beijou todos os garotos de Hogwarts! — O outro acusou, ao ver que a loira só parecia inclinada a fofocar sobre ele, tentando sair do foco da atenção de Mione, roubou mais uma olhada para a mesa da Corvinal, ainda não encontrando Darling, voltou a atenção para a conversa com as amigas.
— Você o que?
— Não foi tudo isso, mas admito que beijei alguns, sim — piscou animada, falando com uma naturalidade que chocou a amiga — dentre eles Rogério Daves e Cedrico Diggory. —
Hermione parecia que tinha levado um balaço, tamanho sua cara de perplexidade.
— Como?
começou a contar, em voz baixa, para a amiga o que tinha acontecido, sendo interrompida inúmeras vezes por Potter, o qual dizia que ela estava exagerando em muitos acontecimentos. Ao final do relato, Hermione continuava com a mesma expressão de choque de antes.
— Por que vocês não me chamaram? — Granger perguntou em um tom baixo, parecendo levemente incomodada.
— Você teria ido? — questionou surpresa.
— Provavelmente não, mas…
— Ah, Mione, a gente sabe que além de não ir você iria acabar contando para a McGonagall e arruinaria a festa de todos.
— Está me chamando de estraga-prazeres? — Tornou magoada.
— Se eu bem me lembro foi você quem chamou a McGonagall para pegar minha Firebolt ano passado, não foi? Pois bem.
— Você não vai esquecer isso? — Hermione retrucou bufando — Pois saibam que eu não iria. Jamais participaria de uma “festinha” desse tipo. E vocês correram um risco enorme, podiam ter sido pegos pelo Filch.
— É exatamente por essa atitude que não te convidamos. — falou, arrancando risadas do amigo — Potter, você vai ficar igual ao Nick-Quase-Sem-Cabeça se não parar de olhar toda hora para a mesa da Corvinal. — comentou, debochando do amigo. Harry revirou os olhos para ela e logo depois acenou para alguém atrás da amiga.
— Hey, Diggory! virou a cabeça em quase 360° rapidamente, arrancando risadas de Granger e Potter.
— Muito engraçado, Raio. — A loira respondeu, jogando um pedaço de comida nos amigos. Abrindo um sorriso enorme em seguida, ao notar quem se aproximava da mesa. — Olá, Ruiva! Dormiu bem? — Perguntou, adorando o constrangimento dos dois. Principalmente de Potter.
— É, Gina, você dormiu bem? — Granger disse com um tom sarcástico, a mais nova encarou e Harry com olhos arregalados.
— Vocês contaram a ela? — Questionou, ainda desacreditada.
— Hey! — Mione falou.
— Relaxa, Gina, ela prometeu não falar nada…
— Não prometi não. — Hermione retrucou, recebendo olhares duros dos amigos. — Tá, tá… Não vou contar nada, mas saibam que não compactuo com esse tipo de comportamento.
— Você tá com ciúmes, Mione? — Potter riu, brincando com a amiga.
— É, Granger, você estava querendo dar uns beijinhos? — Gina se arriscou, continuando a brincadeira ao sentar com eles na mesa.
— Muito engraçado! Fiquem informados que não preciso de joguinhos para conseguir alguém para beijar. — Hermione respondeu de forma altiva.
— Ah, é? Tá beijando alguém na biblioteca? É por isso que você não sai de lá? — perguntou aos risos, ao notar que ela corou, abriu um sorriso maior — O que você está me escondendo, Granger? Anda! Pode ir falando.
Enquanto a amiga tentava arrancar alguma informação de Hermione, Potter arriscou mais uma olhada para a mesa da Corvinal, dessa vez encontrando rapidamente os cabelos loiros de . Quase como se sentisse o olhar do moreno, a corvina virou-se e o encarou. Mesmo de longe Harry conseguiu notar o rosto corado da garota, e sentiu suas próprias bochechas esquentarem. Darling sorriu para ele e deu um aceno discreto, que ele retornou no mesmo instante, e, para sua felicidade, não expeliu nenhum líquido pela boca, como aconteceu da ultima vez que cumprimentou uma garota de quem gostava. Não que ele gostasse de , não a conhecia tão bem assim, mas com certeza estava interessado. Voltou a atenção para a conversa das amigas, que continuavam no mesmo assunto: exigindo que Hermione contasse o que estava acontecendo, e pelo que conhecia de Tonks, sabia que a outra não teria a mínima chance nesse embate.

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George terminou de se arrumar no banheiro e saiu pronto para descer para a aula, provavelmente em uma hora dessas não teria mais café da manhã. Quando chegou na escada da sala de Adivinhação, Fred o esperava de braços cruzados e uma expressão desconfiada.
— Onde você passou a noite hoje? Não te vi chegar e muito menos sair do quarto de manhã.
George sorriu.
— Encontrei com o Potter no Salão Comunal — deu de ombros — Nós dois estávamos sem sono então ficamos conversando até de manhã. Quando você acordou eu deveria estar no banheiro.
— Ah sim — o irmão sorriu — Teve problemas com o Filch ontem? Chegou muito tarde? Te perdi assim que saímos. Quando não apareceu, pensei que ele tinha conseguido te pegar.
O ruivo resolveu guardar esse segredo só para ele.
— Nada com que eu não pudesse lidar, meu gêmeo — deu um tapinha no ombro de Fred apontando para a escada — Agora vamos subir para mais uma sessão de tortura com a Trelawney?
— Juro que não sei porque nós fazemos essa disciplina — Fred reclamou enquanto subia, vendo a professora murmurando coisas sem sentido atrás de uma bola de cristal.
— Ora, Fred. Todo mundo precisa ter no currículo uma matéria de dormir.

Os gêmeos se sentaram em almofadas no fundo da sala, o mais afastado possível dos outros, mas ao lado de Lino.
— Que noite, hein? — O amigo bocejou — Não consegui dormir nada.
— Talvez devêssemos mudar essas festas para sexta ou sábado. Não tenho mais condições de vir pra aula na manhã seguinte.
— E é por isso que eu insisto em ter na grade uma aula de dormir — George riu.
Trelawney começou a aula e George vasculhou a sala com o olhar, procurando por Winter. A garota não estava em lugar algum;
— Ei, Fred — o ruivo cutucou o irmão, que desenhava — A não apareceu na aula. Você a viu?
— O que tem com você hoje? — Ele franziu as sobrancelhas — nunca fez adivinhação.
— Ah, certo — o ruivo balançou a cabeça para clarear os pensamentos — É verdade.
— Aconteceu alguma coisa que você não me contou? — As desconfianças de Fred voltaram. Saiu apressado com Lino na noite anterior e quando percebeu que nem George e nem os acompanhavam, pensou que os dois poderiam estar juntos.
— Aconteceu que eu não dormi e meus pensamentos não estão em ordem — O outro ruivo riu baixo — Eu não sei porque as vezes eu insisto em me privar de sono. Vocês me dão licença que eu vou tirar um cochilo para me manter minimamente são.
Com um sorriso travesso, o garoto apoiou os braços em cima da mesa e deitou os fazendo de travesseiro. Mas George não dormiu, não se sentia capaz de dormir depois de tudo o que tinha acontecido. Só queria ver de novo, abraçá-la e dizer de uma vez por todas como se sentia.
Se lembrava perfeitamente do dia que sentiu ciúmes da menina pela primeira vez. Talvez não tenha sido a primeira vez que sentiu, mas definitivamente foi a primeira que percebeu. estava sentada sozinha perto do Lago Negro, uma enorme barra de chocolate em mãos. O garoto se aproximou lentamente para não assustá-la e sentou ao seu lado.
— O que foi, minha bruxinha? — passou o braço entre os ombros da garota a puxando para perto — Pode me falar o que quiser. Ou a gente pode só ficar em silêncio… Desde que divida o chocolate.
Winter sorriu.
— Garotos babacas em Hogwarts — ela entregou a barra para o amigo — Nada que já não tenha acontecido antes.
O coração do ruivo apertou. Puxou a sonserina mais forte em sua direção e beijou sua cabeça, odiava vê-la triste, ainda mais por algum garoto imbecil.
— Eu sinto muito por isso — falou devagar, limpando uma lágrima solitária no rosto da menina — Me fala quem foi que eu coloco uma tonelada de bombas de bostas em suas vestes.
Ela riu sem graça.
— E o que te faz pensar que eu já não fiz isso? E ainda desperdicei minhas bombas com aquele inútil — revirou os olhos — Grande dia!
— Nunca é um desperdício!
— Ei, G — deitou em seu colo e George observou como a garota brilhava quando a luz do sol a alcançava — Obrigada por estar do meu lado!
— Até o fim das nossas vidas — ele abaixou e beijou sua testa.
“Eu jamais te magoaria se estivéssemos juntos” pensou, tornando a acariciar o cabelo da menina. Se repreendeu segundos depois, não era o tipo de pensamento que deveria ter. Eram apenas amigos, melhores amigos, gostava dela como melhor amiga e não tinha nada além disso.
George sorriu pensando nos bons momentos que teve com a menina. Foi a primeira vez, de muitas, que pensou em como seria se estivessem juntos, em como ele a faria feliz. Não podia esperar mais nem um segundo para contar o que já estava em sua mente a muito tempo.
Levantou a cabeça, vendo que Trelawney continuava do mesmo jeito e o desenho de Fred estava quase terminado. Mais do que nunca, aquela aula duraria uma eternidade.

— Finalmente — Lino exclamou espreguiçando — Essa foi de matar.
— Realmente eu achei que não ia acabar nunca — Fred bocejou — O que nós temos agora?
— Hagrid — Jordan cutucou George para levantar — Vem, vamos descer para a cabana.
O ruivo abriu os olhos lentamente, tinha realmente pego no sono depois de um tempo. Se levantou em um pulo, pegando os materiais e correndo para a saída.
— Vão na frente — gritou para os outros dois, desaparecendo de vista — Vou passar rapidinho em outro lugar.
Fred e Lino se entreolharam.
— Onde você acha que ele vai? — Fred perguntou, franzindo as sobrancelhas.
— Ele não comeu nada hoje, provavelmente vai ver o que consegue roubar da cozinha — o grifinório deu de ombros — Vamos descer logo que eu quero ver se dá pra pegar alguma coisa legal lá no Hagrid.


George dobrou o corredor o mais rápido que pôde, em algum momento durante a aula tinha decidido que não poderia esperar nem um segundo a mais para encontrar Winter, mesmo sabendo que se encontrariam na aula de Trato das Criaturas Mágicas. Se fosse rápido o suficiente, encontraria com a garota saindo da sala de Aritmancia e poderiam conversar durante o trajeto para a cabana do Hagrid.
Esperava que quando a encontrasse as palavras saíssem facilmente, embora soubesse que jamais conseguiria colocar em palavras tudo que se passava em sua mente. Weasley parou antes de virar último corredor, respirou fundo e secou a palma das mãos na calça do uniforme. Não queria que percebesse tão rápido como estava nervoso. Passou as mãos pelo cabelo, tentando deixá-lo da melhor forma possível, soltou seu melhor sorriso, que já estava estampado desde a noite anterior, e respirou fundo novamente, terminando de virar o corredor.
Seu sorriso murchou rapidamente ao dar de cara com Rogério Daves e conversando, mais próximos do que o garoto gostaria, no meio do corredor. Winter estava de costas, mas Daves percebeu o exato momento em que o bruxo virou o corredor, aumentando seu sorriso.
O corvino se inclinou na direção da sonserina e sussurrou algo em seu ouvido, a fazendo gargalhar concordando. Rogério olhou desafiador para o Weasley, que fechou a mão em punho e começou a andar em sua direção, até que sentiu uma mão segurar seu ombro, o impedindo de se mexer.
— Eu não faria isso se fosse você — Emmett puxou o ruivo para trás — no mínimo surtaria com essa — reprimiu uma risada — crise de ciúmes.
George tentou se conter, sabendo que Montgomery estava certo, mas estava com raiva demais para pensar claramente.
— Mas ele tá me provocando — tentou falar sério, mas mesmo para ele, sua voz saiu como a de uma criança birrenta.
Emmett gargalhou.
— Claro que tá! É o que o Daves faz. E vai ser ainda mais divertido para ele se você for até lá e a Winter acabar brigando com você.
— Eu vou quebrar esse cara — George olhou para Emmett que o encarava com as sobrancelhas erguidas —, mas depois.
O lufano riu concordando.
— Sábia escolha — passou a mão no queixo, pensando — Mas falando nisso, pensei que vocês fossem amigos.
Weasley deu de ombros.
— E somos. Ou éramos, até ele começar com essa palhaçada ai.
— E a palhaçada vai aumentar — Emmett apontou para a outra ponta do corredor — Olha quem tá vindo ali.
Tonks vinha distraída, só parando ao sentir segurar seu braço. A loira sorriu e cumprimentou os dois com um beijo no rosto.
— Ah se o Diggory estivesse aqui — o grifinório suspirou frustrado — Ele me ajudava a quebrar esse cara — fez uma pausa, tentando algum tipo de leitura labial — Daria tudo pra saber do que eles estão falando.
— Então chega mais perto.
— Boa ideia!
O garoto analisou o corredor, encontrando um canto relativamente perto do trio, mas que tinha uma planta enorme de decoração que certamente o cobriria se olhasse para trás. Se posicionou estrategicamente, sendo seguido por Montgomery.
— Quando eu sugeri que chegasse mais perto, não esperava que fosse espiar eles escondido. Você não tá achando isso nem um pouco estranho?
— Situações desesperadas pedem medidas desesperadas — deu de ombros.
— Eu tenho a sensação que a frase não era exatamente assim...?
— Silêncio — pediu — Eu tô tentando ouvir aqui.

— Você tem aula por aqui agora? — Ouviu perguntar para a menina.
— Ah não, eu tenho História da Magia — riu — Mas digamos que eu tô com preguiça do Binns hoje.
— Nós estamos sempre — Daves concordou aos risos — Quando quiser matar umas aulas é só falar, né ?
— Ah, sim — ela riu — nós nunca recusamos um convite para matar aula.
A ideia dos dois matando aula juntos fez o Weasley voltar a considerar socar o corvino ali mesmo. E ouvir Montgomery rindo ao seu lado não o ajudou a se acalmar.
— Isso não é engraçado — murmurou.
O lufano deu de ombros.
— Depende pra quem. Eu to bem feliz de ter vindo por esse corredor hoje.
— Oi pessoal — ouviram outra voz vinda do grupo, George afastou algumas folhas da planta para enxergar quem se aproximava; Darling — Tudo bem com vocês?
— É falar de matar aula que ela aparece — gargalhou — Mas calma que quase todo mundo vai para suas aulas.
começou a conversar animada com o grupo ao seu redor. Aparentemente ela tinha aula por ali depois, ou talvez não, George não conseguiu ouvir direito essa parte. Estava ocupado imaginando coisas terríveis.
— Esse cara tá precisando de novos amigos — resmungou.
— Não é ele que tá escondido atrás de um pedaço de mato, cara.

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Diggory fechou o livro de Runas Antigas, enrolando o pergaminho rabiscado com algumas anotações sobre a matéria e outros desenhos aleatórios, de quando sua mente vagava para outra sala dois corredores abaixo, antes de levantar-se com o restante dos colegas, saindo da sala e começando a andar pelos corredores do castelo em direção a cabana de Hagrid, para sua aula de Trato de Criaturas Mágicas.
Sentia-se um tanto estranho com tudo o que estava sentindo e pensando; primeiro por não conseguir concentrar-se o suficiente nas aulas do dia, segundo por sentir-se como um garoto bobo que havia dado o primeiro beijo. Só faltava desenhar corações junto ao nome de , quão mais patético poderia ficar?
Questionava-se internamente se ela estava tendo os mesmos problemas de concentração naquela manhã. Se estava pensando nele e nos beijos que deram na noite anterior.
Diggory realmente esperava que sim, pois seria decepcionante ser o único criando tantas expectativas. E aquilo o fazia se sentir ainda pior;
E se não estivesse tão interessada nele quanto ele estava nela?
Tudo bem, ela havia confessado que também estava querendo um encontro com ele, mas não significava que correspondia aos seus sentimentos. E se a Grifinória apenas quisesse um ou dois encontros, e depois seguisse em frente, da mesma forma que o lufano havia feito dezenas de vezes?
Suspirou, frustrado com a situação inteira, e decidido a conversar com Tonks o mais breve possível, queria convidá-la para um encontro e assim ter alguma ideia do que poderia fazer para conquistá-la.
Virou o corredor seguinte, arqueando a sobrancelha ao ver Emmett e um dos gêmeos Weasley agachados, escondidos atrás de uma planta.
— O que vocês estão fazendo aí no canto? Weasley e Montgomery viraram-se no mesmo instante, vendo Diggory parado, segurando seu livro com um sorriso divertido nos lábios.
— Shiu! Fala baixo! — George pediu, tornando a olhar pro grupo mais à frente.
— Estávamos espiando Winter e Daves, e agora estamos também de olho na conversa com a Darling e Tonks. — O amigo explicou, dando certa ênfase no último nome, sabendo que chamaria a atenção do amigo.
Cedrico deixou de sorrir e encarou no mesmo segundo o quarteto ao canto, reconhecendo os cabelos de pouco depois. Segurou a vontade de azar o corvino dali mesmo quando o viu passar o braço pelos ombros da grifinória, a qual ria divertida de algo que o outro dizia.
— Eu falei que ele aqui poderia me ajudar a bater no Daves — o ruivo comentou ao observar a reação do colega.
O lufano aproximou-se deles, também se abaixando atrás da planta.
— Desde quando são tão amigos?
— Provavelmente desde que ele enfiou a língua na boca delas — Emmett começou, como quem não quer nada, adorando a situação toda. — Acho que isso cria uma certa intimidade, não é?
Cedrico o encarou enfezado por alguns instantes;
— Monty, se você não tem nada melhor pra fazer do que rir da gente, vai lá e chama o Daves pra fazer alguma coisa longe delas!
— Apoiado! — Weasley disse no mesmo segundo, dando tapinhas de incentivo no ombro de Emmett.

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Potter estava morto, não tinha pregado o olho um segundo sequer a noite inteira, e enfrentar aula de História da Magia parecia uma tortura, o moreno estava super tentado a matar a aula e correr para o dormitório, para tentar dormir um pouco.
E não ajudava em nada as pessoas olhando feio para ele, com aqueles bottons ridículos. Não ajudava também que Rony tivesse passado toda aula anterior o olhando feio, Harry até pensou que ele conseguiu de alguma forma ler a mente dele e sabia o que tinha feito na noite anterior.
Potter reprimiu um bocejo e notou, mais a frente do corredor os cabelos loiros de . Estava querendo falar com ela, queria muito, mas não sabia como chegar nela de forma casual. O moreno estava com medo de parecer um pouco entusiasmado demais.
Potter, então, ao ver a direção em que a corvina seguia, teve uma ideia.
Correu pelo corredor pegando um atalho pelo jardim em direção a ala leste, para esbarrar com a Darling no sentido contrário do corredor e tentar dar início a uma conversa sem parecer estar muito interessado, aliás, o moreno nem sabia o que realmente estava sentindo, só estava muito ansioso para voltar a conversar com a corvina.
Ao sair do jardim, parou ao notar uma coisa estranha: George, ou Fred, estava parado escondido atrás de uma planta. Como se já não fosse estranho o suficiente, Montgomery e Diggory estavam com ele. Piscou confuso e aproximou-se do grupo.
— O que está acontecendo? — Viraram-se para Potter, que os encarou confuso, até a risada alta de Rogério chamar sua atenção e Harry reparar nas três garotas ao redor dele - Ah, entendi.
— Chegou quem faltava — Montgomery riu divertido — Vocês agora podem ser o novo trio patético de Hogwarts!
— Cala boca, Monty!
O lufano continuou rindo dos três colegas, que se espremiam atrás da planta para enxergar o que acontecia. Potter sentiu como se tivesse levado um balaço na barriga quando notou Deves piscar para Darling, brincando com uma mexa do seu cabelo solto;
— Ah, você sabe, podemos sempre estudar juntos no Salão Comunal ou em outros cantos do Castelo.
ficou extremamente vermelha, sorrindo constrangida para o rapaz.
— Vocês também, — apontou para e - posso sempre relembrar as matérias do quarto ano e, bom, não me importo de te deixar copiar a lição, Winter.
gargalhou, dando-lhe uma tapa leve no braço;
— A qual preço, Daves?
— Nada que você não quisesse pagar — piscou divertido, vendo a sonserina rir em sua direção sem responder nada.
George pareceu a ponto de ter um ataque, fechando as mãos em punho. Daves, então, para irritação de Diggory, tornou a virar-se para ;
— E você, loirinha? O que me diz?
— Ah, bem, Ced estava me ajudando ano passado, e como não tenho Quadribol esse ano, posso copiar a lição da Granger, sem problemas! — Deu de ombros, ouvindo-o rir ao concordar.
— Falando nisso, por que não convidaram sua amiga ontem?
— Hermione? — A garota gargalhou — Ela é uma verdadeira estraga-prazeres!
— Hey! Falaram que nós duas somos parecidas. — comentou, um pouco incomodada.
— Felizmente você se mostrou uma ótima surpresa, Darling. — Winter falou, rindo para a mais nova.
— Ainda bem que não convidaram a Granger, então, — o corvino começou piscando — afinal a festa foi muito boa, não é?
Daves sorriu largamente ao ver as garotas rirem, um tanto constrangidas, concordando.
— Monty, por todas as vezes que eu deixei você copiar meus trabalhos, só o que eu te peço agora é pra tirar o Rogério de perto da . — Cedrico pediu — E das outras meninas também. — Acrescentou ao ver o olhar desesperado de Weasley e, para surpresa do lufano, Potter também, o que aliviou a mente de Diggory já que sempre tinha imaginado que o moreno nutria algum sentimento por . Infelizmente sua felicidade durou pouco ao ouvir mais risadas vindo do grupo animadinho no meio do corredor, empurrando o amigo em direção a eles.

Montgomery sorriu antes de levantar-se, colocando a alça da mochila em suas costas e caminhando em direção ao pequeno grupo mais a frente;
— O que vocês estão fazendo? — Perguntou em voz alta, vendo os quatro virarem-se para olhá-lo — Não me diga que estão planejando uma festa sem mim ou os outros rapazes?! — Parou de braços cruzados, olhando-os desconfiado.
— Embora seja uma boa ideia, — começou, rindo do comentário do outro — só estávamos conversando sobre nossas aulas, não se preocupe. Sabe que sempre será convidado, Montgomery!
Emmett sorriu largamente, estufando o peito;
— É por isso que você é a única sonserina que todo mundo gosta, Winter. — Logo virou-se para as duas mais novas, arqueando as sobrancelhas — E vocês duas? Não me digam que estão realmente dando atenção ao Daves? Por favor, não acreditem em nada vindo dele. Nunca é coisa boa!
Rogério gargalhou, passando a mão pelos cabelos e jogando-os para trás;
— Como podem ver, eu realmente incomodo muitos caras. — Piscou para e , antes de falar mais alto, querendo que o trio atrás da planta pudesse escutá-lo com perfeição — Deve ser realmente triste para alguns não terem confiança o suficiente para conquistarem algumas garotas, para precisarem se preocupar tanto comigo, não é?
Por mais que não estivesse os vendo, Emmett teve certeza que os colegas deveriam estar se mordendo, querendo azarar o corvino.
— Que seja, — o lufano rolou os olhos, negando com um aceno — não está na hora das senhoritas irem para as próximas aulas, não?
Darling pareceu levar um susto ao ouvir o comentário do colega, olhando em seu relógio e percebendo que realmente estava prestes a se atrasar para a aula de McGonagall. , entretanto, não pareceu nenhum pouco preocupada:
— Por Merlin, Lufa-Lufa, para que me lembrar? Preferia fingir que só me distrai e faltei a aula do Binns sem querer… — Suspirou, ouvindo-os rir.
— Você não está mesmo pensando em faltar, não é? — Darling questionou, parecendo assustada com a ideia de perder uma aula, mesmo que fosse História da Magia.
— Relaxa, , você não será punida por isso. — Winter disse aos risos — Em todo o caso, é melhor irmos andando antes que Filch queira nos prender nas Masmorras!
Rogério passou o braço pelos ombros de , parecendo triste;
— Tem certeza que você precisa ir, loirinha? Podemos matar aula juntos!
Cedrico agradeceu por estar apoiado na parede, ou teria caído no chão ao ver aquela cena. Era como se um dos seus piores pesadelos estivesse acontecendo, nem poderia imaginar o que faria se , de fato, concordasse.
— Quem sabe semana que vem, Daves — respondeu, antes de olhar para a corvina — É capaz dessa aqui me entregar, não sei se estou confiando o suficiente para falar sobre isso na sua frente, Darling.
— Ei!
— Bom, então até mais meninas! Tenho aula com o Hagrid agora — abraçou cada uma das novas amigas e deu uma piscada para Rogério, antes de se virar para o outro garoto na roda — Você vem, Montgomery?
— Oi? — Emmett olhou disfarçadamente para os meninos, que estavam encostados na parede observando atentamente a cena — Pra onde?
— Nós fazemos essa matéria juntos… Não vai descer agora?
O garoto considerou, sentindo uma vontade enorme de gargalhar.
— Bom, por que não? — sorriu para a menina — Vejo vocês três mais tarde.
Weasley mordia as costas da mão, observando Winter e Montgomery se distanciando. Suspirou frustrado se virando para os garotos ao seu lado.
— É sério que isso ta acontecendo comigo?
Diggory riu, colocando a mão sobre o ombro do ruivo, em solidariedade.
— É cara, antes você do que eu.

Os rapazes esperaram o grupo se dissipar pelo corredor, antes de levantarem-se, um parecendo mais revoltado do que o outro;
— Acho que é oficial, não? Precisamos eliminar Rogério Daves de nossas vidas e, principalmente, da vida delas! — George começou, transtornado.
Diggory e Potter o encararam com as sobrancelhas arqueadas;
— Calma aí, Weasley, precisamos ser sutis ou acabaremos expulsos — Cedrico começou, passando a língua pelos lábios — e está fora de cogitação deixar o caminho livre para Daves dessa forma.
— É impressionante, não? Vocês dois são os Campeões de Hogwarts e mesmo assim estão sendo trocados. Que chances eu vou ter? — O ruivo levantou as mãos, como se esperasse algum tipo de milagre vindo dos céus.
Cedrico rolou os olhos, virando-se de canto para Harry, que continuava em silêncio, encarando o ponto no qual o grupo estava minutos antes.
— Não vai falar nada? — Questionou curioso.
Potter deu de ombros, parecendo confuso.
— Sinceramente, nem sei o que estou pensando nesse momento.
— Oh, Harry Potter nem sabe se está interessado em uma garota, seria fofo se não fosse patético. — George rolou os olhos, rindo da careta do mais novo. — Estou brincando, Harry, calma. Pelo menos não é a Gina.
— Vai que ele não sabe se gosta da Darling justamente por também estar interessado na sua irmã? — O lufano sugeriu, divertido.
O ruivo parou de sorrir no mesmo momento, mostrando-lhe o dedo, ao tempo que Potter apenas negou com a cabeça, confuso demais com tudo aquilo.
— Também vou para aula, depois nos falamos. — Avisou, acenando com a mão, enquanto dava dois passos pelo corredor. Não sabia o que realmente estava sentindo, e sendo sincero, a única coisa que tinha certeza era que sua cabeça estava a ponto de explodir, com todo aquele misto de sensações novas.
— Espere, vou com você! — Diggory disse, começando a caminhar com o mais novo.
— Vai? — Os outros dois perguntaram juntos.
— Preciso conversar com antes que ela acabe tendo outro momento com Daves. — Explicou-se.
— Se está todo mundo indo para esse lado… — George deu de ombros, seguindo os colegas.
— Você vai conversar com a sobre ela ter “outro momento com o Daves”? — Potter questionou o lufano, não acreditando no que ele falou.
— Vou conversar com ela, e embora seja verdade, não precisa saber que estou com ciúmes. — Diggory comentou, vendo o mais novo concordar; — Menos mal, achei que você estava querendo uma morte precoce — Harry completou, ouvindo os outros dois rirem ao concordar, e então seguiram caminhando pelo corredor.

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Potter chegou em frente à sala de aula, reparando no número de alunos do lado de fora, Rony dentre eles. O ruivo o encarou desconfiado ao vê-lo andando com Cedrico e George, o qual desviou o olhar assim que o irmão mais novo fez menção de conversar com ele, deixando Rony ainda mais bravo.
Harry entrou na sala, deixando sua mochila em cima da mesa e virando-se para , a qual conversava com Hermione;
— Diggory está lá fora e quer falar com você.
Tonks o encarou com o cenho franzido, levantando-se devagar e seguindo para a frente da sala, reparou quando alguns colegas a encararam dando risadinhas, principalmente as garotas. Rolou os olhos, vendo Cedrico mais ao canto, junto de George;
— Ei!
— Oi! — O lufano sorriu, acenando com a cabeça, para afastarem-se um pouco dos outros.
— Algum problema? Não deveria estar em aula?
— Deixe que eu me preocupo com isso, não é como se Hagrid fosse me tirar pontos por atrasar alguns minutos. — Sorriu, passando a mão pelos cabelos antes de escorar-se na parede, cruzando os braços — Será que podemos conversar mais tarde? — Pediu, mantendo um sorriso nos lábios. Fechou as mãos em punho, esperando que ela não percebesse seu nervosismo.
— Veio até aqui para isso, Diggory? — Questionou divertida, vendo-o dar de ombros, rindo baixo.
— Na verdade, — pigarreou — só queria uma desculpa para falar com você, já que não te vi mais cedo e não consegui me concentrar direito nas aulas, pensando em você.
sentiu o rosto corar, sorrindo pequeno ao olhar para o lado.
— Podemos conversar mais tarde, Cedrico.
— Ótimo. — Curvou-se, beijando-lhe a bochecha. — Mal posso esperar!

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Harry observou a amiga sair da sala, sentando em sua cadeira e suspirando alto, com um olhar vago. Hermione observa o moreno de cenho franzido, após alguns minutos de silêncio, ficou preocupada.
— Hey, não fica assim. — Granger começou, mas ao notar que o amigo não demonstrou nenhuma reação, continuou — Daqui a pouco ele entende e volta a falar com você, ele só está chateado. — Completou, atraindo a atenção do outro.
— Do que você está falando? — Harry perguntou, a olhando confuso.
— Do Rony, ué.
— E por que você está falando do Rony? — Potter questionou, ainda sem entender.
— Porque você parecia triste. — Mione falou.
— Eu não estou triste. — Potter negou, olhando em direção a cadeira do ruivo. — E muito menos pelo Rony. Se ele não quer acreditar em mim, ele que se exploda. — Terminou, falando um pouco grosso.
— Ok, mas não precisa descontar em mim. — Hermione falou chateada, cruzando os braços.
— Desculpa, Mione. — O moreno disse, um pouco envergonhado. — É que estou com a cabeça cheia.
— É a cicatriz, Harry? Você tem que falar ao Sirius. — A grifinória falou, preocupada.
Potter negou, a última coisa que ele queria era preocupar o padrinho, que já estava se colocando em risco por conta dele.
— Não é a cicatriz, são outras coisas… — Disse, Granger continuou olhando para o moreno, como se esperasse algo. Harry suspirou, não sabia muito bem o que estava sentindo, mas se conseguisse colocar em palavras as sensações, com certeza Hermione teria uma resposta. — Então… Você sabe que ontem a e eu fomos para aquela brincadeira…
— Sim, eu sei. — Granger o interrompeu, falando em tom seco. Potter suspirou e continuou.
— Eu beijei a Gina e a — O moreno sussurrou, para que ninguém escutasse — E agora estou com uma sensação estranha, que…
— Você gosta da Gina agora? E a Cho? — Hermione interrompeu o moreno, que olhou para ela, frustrado. — Tá, desculpa. Pode continuar.
— Eu não gosto da Cho. Nem da Gina. Na verdade, eu não sei. — Potter bufou, coçando o queixo. — É que depois da festa eu acompanhei a até a entrada do Salão Comunal da Corvinal, para ela não ser pega pelo Filch. E nós nos beijamos novamente. — Harry concluiu, corando fortemente e deixando Hermione muito surpresa.
— Você não contou essa parte no café da manhã, Harry. — A morena comentou, sorrindo do constrangimento do amigo. — Mas o que está te incomodando?
— Eu tentei falar com ela hoje, antes da aula. — Potter deixou de fora que tentou manipular a situação para esbarrar “casualmente” com a garota, não iria passar essa vergonha. — Mas quando a encontrei ela estava conversando com o Daves. — Harry cuspiu o nome do corvino, com uma raiva proveniente de algo desconhecido por ele. — E ela o beijou ontem! Na verdade, ele beijou todas as meninas ontem.
— Todas as meninas beijaram Rogério Daves? — Hermione questionou, com inveja. — Sortudas.
— Eu achei que você não ligava para essas coisas. — Potter a acusou.
— Bem, eu tenho olhos. — Granger disse de forma simples, fazendo Harry revirar os olhos. — Mas você ainda não falou o que tava te incomodando…
— É que depois que eu a vi toda de carinhos com o Daves, senti uma coisa estranha. — O moreno falou confuso, enquanto Hermione reprimiu um sorriso, pois já tinha entendido o que estava acontecendo. — O George e o Cedrico estavam revoltados, mas eu só senti um incômodo muito forte e raiva. — Concluiu e a amiga, dessa vez, caiu na risada, chamando atenção dos colegas.
— Ah, Harry… Você está com ciúmes…
— Não estou, não. — Potter negou imediatamente.
Nesse momento voltou para a sala, sentando na cadeira atrás dos amigos.
— E ai? Sobre o que vocês estão falando? — A loira perguntou sorrindo.
— Nada.
— O Harry está com ciúmes.
Hermione e Potter falam ao mesmo tempo.
— Ciúmes de quem? — se inclinou sobre a mesa, muito interessada na resposta do moreno. Mas eles foram interrompidos pela entrada do professor.
— De ninguém. — Potter disse, e olhou feio para Hermione, que estava abrindo a boca. Não queria ser incomodado pela Black, pelo menos não agora na aula, depois falaria com ela. — O professor chegou, vamos prestar atenção.
— Em História da Magia? Desde quando? — Black questionou debochada.
— Desde agora. — Concluiu e olhou para frente, ignorando as cutucadas da amiga.
Harry sabia que podia confiar na Hermione para ficar calada durante a aula. Desligou sua mente por alguns minutos, como sempre fazia, mas dessa vez o assunto que ocupava seus pensamentos era Darling.
“Será que estava mesmo com ciúmes da Darling?”, o moreno se perguntou.
Ele a conheceu ontem, praticamente. Potter nem achava que seria possível gostar de alguém em tão pouco tempo. Harry se sentiu ainda mais aflito, precisava conversar com alguém que entendesse do assunto.
Urgente.

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— Pensei que você ia querer falar com a agora — George comentou — Ainda mais com a pressa que saiu atrás dela.
— A gente precisa conversar com calma. — Cedrico deu de ombros, estavam quase na cabana do Hagrid, um pouco atrasados para a aula — Fui lá mais para ela saber que eu tava pensando nela — ele sorriu — e que quero vê-la mais tarde. Agora você — o lufano apontou com a cabeça para , que estava junto com Emmett, Lino e Fred — pode falar agora que está pensando nela.
— Não sei não — suspirou — Eu até tava animado até perceber que sempre tem algum cara aleatório por perto.
Cedrico gargalhou.
— O cara faz contrabando da Zonko’s pra Hogwarts inteira e tá com medo da amiga de infância — o loiro negou com a cabeça, rindo irônico — as coisas que eu sou obrigado a ouvir. Weasley, você nunca reparou no jeito que ela te olha, né?
— Não sei porque tá tentando me dar uma lição de moral — George acusou — Tava mais surtado que eu até conseguir falar com a Tonks.
— Então vai falar com a Winter, cara — Ced sussurrou, tinham chegado na aula — E para de reclamar no meu ouvido.
— Você é muito mais legal de boca fechada.
— Igualmente.

O ruivo deu dois tapinhas nas costas do lufano e andou para o lado de Fred, que o encarava divertido.
— Agora você ta andando com o Diggory? — Fred riu — Quem é o próximo? Daves?
— Ah meu querido irmãozinho — passou o braço pelos ombros do gêmeo — Eu só tenho olhos para você, sabe disso.
Viu que saiu do lado de Emmett para ficar ao seu lado, mas resolveu esperar a garota chegar mais perto para olhá-la. Winter passou o braço pelo seu braço livre e colocou algo em seu bolso.
— Acha bonito chegar atrasado, Weasley? — Ela sussurrou — Passei na cozinha mais cedo e peguei umas tortinhas pra gente, a sua ta ai. Acabei não conseguindo te encontrar antes, mas estava com o Diggory, hm? — O cutucou — Amiguinhos novos e tudo.
— Nos esbarramos no caminho — George pensou no conselho do loiro e resolveu falar tudo de uma vez — , a gente pode conversar?
A garota franziu as sobrancelhas.
— E não é o que estamos fazendo?
George riu fraco, pensando na melhor maneira de seguir. Passou a língua entre os lábios e sorriu.
— A sós.
— Claro, eu acho. É sobre o que?
"Como assim é sobre o que?" o ruivo pensou. Abriu a boca para responder quando foi interrompido por Hagrid, que pediu para a garota se aproximar para mexer com os Explosivins. O Weasley ficou observando a bruxa olhar para trás antes de se juntar ao professor na frente da classe.

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Diggory passou a mão pelos cabelos, olhando-se no espelho do banheiro por um momento, arrumou a gola da camiseta do uniforme que estava virada, ajeitou a gravata amarela e então puxou sua mochila, caminhando para fora do local. Desceu as escadas rapidamente, sorrindo para algumas pessoas que passaram por ele, antes de cruzar o portal de entrada, e virar o corredor a direita, para esperar por .
Surpreendeu-se ao notar que a loira já o esperava, sentada no parapeito mais adiante, sorriu, mas só até notar que ela não estava sozinha, segundos depois viu Rogério Daves, que estava sentado ao seu lado, ficando em pé e pegando a própria mochila. Cedrico esperou mais ao canto, vendo a interação dos dois.
riu de algo que o corvino disse, antes dele puxar a gravata do uniforme dela, logo inclinando-se para beijar-lhe a bochecha, afastando-se instantes depois.
Diggory respirou fundo, aproximando-se;
— Ei.
A grifinória sorriu em sua direção;
— Ei, Ced. Como foram as aulas?
— Tudo bem, acabei de ter uma aula com o Moody… — Deu de ombros, sentando-se ao seu lado, ao tempo que deixava a mochila no canto. — E você?
— Ah, eu não apareci para a aula de Adivinhação, já tive que aguentar o Binns hoje, duas aulas com a Trelawney é exigir muito de mim mesma, por isso cheguei mais cedo. — Explicou, rolando os olhos ao falar das aulas que não suportava, mas mantinha em sua grade horária por falta de opção. — O que foi? — Questionou ao ver que Cedrico parecia mais sério que o costume.
Cedrico mexeu-se inquieto, olhando para as próprias pernas por um instante, antes de dizer em voz baixa, pensando nas palavras;
— Vi você conversando com Daves…
— E? — Incentivou, encarando-o com a sobrancelha arqueada.
Diggory franziu o cenho, sem saber como continuar a conversa;
— Sei que não é da minha conta, mas o que ele disse? — Perguntou, olhando-a de canto.
deu de ombros;
— Nada importante, só falamos um pouco sobre as aulas e os alunos das outras escolas.
— Hm.
— Algum problema?
Cedrico tornou a ficar em silêncio, respirando fundo, antes de ficar em pé, encarando-a de frente;
— Você gosta dele?
— Como é? — Perguntou surpresa. — Sabe com o número de pessoas que eu falo todo dia? Acha que eu gosto de todos por isso?
— Sabe o que eu quero dizer, não confio em Daves e, se você não quiser nada com ele, também não deveria. Você ouviu o que ele disse ontem, acha que ele vai realmente ver como uma brincadeira? Ele vai aproveitar qualquer oportunidade para te beijar de novo.
A loira ficou em silêncio, passando a língua pelos lábios;
— Significa que eu só posso falar com ele se eu quiser beijá-lo?
Cedrico negou com um aceno;
— Só digo para você tomar cuidado, isso é tudo. Conheço Rogério há anos, sei como ele é quando gosta de uma garota nova. E ele gostou de você. — Terminou mordido.
riu, negando com um aceno;
— Daves gosta de todas as garotas de Hogwarts.
, — o lufano suspirou, passando a mão pelos cabelos — estou falando sério. Você gostou dele?
Tonks tornou a encarar os olhos cinzentos do rapaz;
— Não o vejo como mais que um amigo, Cedrico.
Diggory concordou com um aceno, sorrindo pequeno ao olhar para baixo.
— Você ainda me vê assim? — Perguntou curioso, sentindo o coração bater em expectativa.
! — Ouviram a voz de Hermione gritar do outro lado do corredor — Estou te procurando há horas! Você ficou de me ajudar com o F.A.L.E.! Ah, oi, Cedrico.
— Hermione — Cumprimentou, sorrindo forçado pela interrupção.
— Nos falamos depois, Ced! — A garota avisou, pulando do parapeito e pegando suas coisas, antes de seguir a amiga.
Diggory suspirou frustrado ao ver a garota virar o corredor, irritado por não ter conseguido uma resposta à sua pergunta, e mais ainda por ter falado de Daves, ao invés de apenas aproveitar a oportunidade para convidá-la para sair ou algo do tipo. Deveria ter dito que gostava da garota, mas tudo o que tinha planejado anteriormente havia sumido de sua cabeça, mais uma vez.

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George tentou falar com a menina o resto do dia, mas sem sucesso algum. Quando Fred não estava ao seu lado, Lino estava. Não tinha conseguido ficar a sós com Winter por um segundo sequer.
— Salão Comunal? — Lino perguntou assim que terminaram de jantar.
— Ih, já estão querendo se livrar de mim? — riu fraco, colocando uma mecha solta atrás da orelha — Tudo bem, eu tenho muita tarefa para terminar.
George suspirou.
— A gente pode conversar antes? — Perguntou, na esperança de finalmente conseguir um momento a sós.
— Claro — ela sorriu — Vocês dois podem ir e ele alcança depois.
Fred e Lino se retiraram rindo, criando várias teorias sobre o que George iria falar para a sonserina.
— E então, o que foi?
George abriu a boca para falar, mas Draco Malfoy chegou ao lado de e bateu em suas costas.
— Você precisa ir para o Salão Comunal agora — o loiro falou, olhando para o Weasley com cara de nojo.
— O que você quer, Draco? — Winter perguntou.
— Você precisa mudar a senha, você sabe, hoje você precisa ser a primeira a entrar.
olhou para a mesa da Sonserina, cheia de alunos e gargalhou.
— Então todos vocês estão trancados para fora?
— Isso não é brincadeira, você precisa ir agora!
O ruivo revirou os olhos. — Tem que ser agora? — Perguntou frustrado — A gente precisa mesmo conversar.
— É, está ficando tarde — reclamou olhando para cima — E nós temos esse negócio que os alunos mais velhos precisam mudar a senha toda semana e simplesmente não aceitam ser outra pessoa. E agora que estamos no sexto ano a responsabilidade caiu pra mim, sabe como é, não estamos em grande número. Desculpa, Gê. Nos falamos amanhã?
O garoto segurou a mão da sonserina, pensando em como as mãos ficavam bem juntas.
— Eu tenho outra escolha? — Perguntou manhoso.
soltou sua mão e lançou um beijo no ar.
— Te vejo amanhã.
O menino suspirou, a observando sair do Grande Salão. “Então, amanhã eu falo tudo o que sinto por você” pensou.

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Harry aproveitou quando viu a amiga passando para puxar-lhe pelo braço, assustando-a em um primeiro momento;
— Desde quando tá se esgueirando pelos corredores, Potter? — questionou curiosa. Harry rolou os olhos, não estando com humor suficiente para as piadas da garota.
— Preciso da sua ajuda!
— O que eu tenho que fazer? — Perguntou sorridente, imaginando que poderiam dar o troco em Snape ou Draco após a última aula de Poções, na qual acabaram perdendo pontos para a Grifinória por culpa do sonserino.
— Apenas me escutar e dar sua opinião a respeito — suspirou, passando a mão pelos cabelos arrepiados. Tonks pareceu levemente preocupada —, você sabe o que aconteceu depois daquele jogo, né? Eu fui com a Darling até a Torre da Corvinal…
— Sim, sim, vocês deram uns beijos, e aí? — Pediu enquanto paravam em um corredor vazio, encostando-se contra o parede. — Não sabe como chamar ela pra sair?
— Não exatamente, — negou com um aceno, parecendo aflito.
até considerou rir da situação, mas no fundo achou fofo o desespero mal contido do melhor amigo — eu não sei na verdade o que estou sentindo.
— Não sabe se gosta dela?
— Exato.
Tonks franziu o cenho, cruzando os braços pensativa;
— Sabe que não precisa, necessariamente, gostar de uma pessoa para beijá-la, certo? Acha que eu gosto de todos os garotos que beijei ontem? — Questionou com a sobrancelha arqueada — Se você quiser e ela também, não tem problema você não estar apaixonado ou qualquer coisa do tipo, Raio…
— Não é isso — negou, sem nem mesmo saber o que queria dizer —, vou te contar porque confio em você. E porque não estou falando com Rony! — Acrescentou, vendo-a rolar os olhos.
— Como se ele pudesse ajudar em qualquer coisa, o mais próximo que chegou de beijar foi o próprio travesseiro. — Riu debochada — A Gina estava brava com ele outro dia e me contou — Explicou ao ver a cara confusa do moreno.
— Que seja — cortou, apressado — a questão é que eu não sei o que sinto, sei que sinto algo, mas não sei exatamente definir e isso tá me incomodando. Mione acha que é ciúmes, mas não faz sentido, não é? Eu a conheci ontem.
— Desenvolva, Potter, desenvolva. — Pediu, sentando-se com as pernas esticadas no canto do corredor e encarando a expressão confusa do amigo, que andava em círculos pensando em uma forma de explicar a situação inteira.
— Mais cedo, quando vocês estavam conversando com o Rogério — começou, dizendo pausadamente para que a amiga pudesse entender seu drama —, Cedrico e George estavam quase azarando o Daves enquanto espiávamos, e eu também me senti mal, mas não sei se era no mesmo nível, entende? Me incomodou muito ver a rindo para ele, e a ideia deles conversarem e sei lá mais o que na Torre da Corvinal, mas eu não sei se foi o mesmo. — Mordeu o lábio inferior, o cenho franzido. não comentou nada, esperando-o terminar — Entende? George já estava falando sobre nos livrarmos do Rogério, para manter ele distante de vocês pra sempre, mas eu só fiquei chateado porque ela tava sorrindo pra ele e eu queria que fosse pra mim. Acha que isso pode ser ciúmes? — Questionou por fim, ansioso. — E se for, como eu posso estar com ciúmes se acabei de conhecê-la? Não faz sentido, faz? Eu entendo Cedrico estar com ciúmes de você com o Daves, porque vocês se conhecem a mais tempo e tudo… Mas eu e a ?
— Vocês estavam nos espiando? — Perguntou calma, a sobrancelha arqueada. Harry bufou ao notar que ela havia focado apenas naquela parte.
— Não foi nada demais, vimos vocês conversando e ficamos olhando atrás de uma planta, mas não é como se fôssemos de verdade fazer alguma coisa. Até foi por isso que Cedrico foi falar com você, para garantir que você não falasse com o Daves de novo e… Que foi? — Perguntou confuso ao ver ficar em pé, travando a mandíbula.
— Está me dizendo que Diggory acha que pode controlar minhas amizades?
— Não! — Disse rápido, notando que talvez tivesse feito besteira — Ele só não gostou de te ver com o Daves e, sinceramente, não sei porquê você fala com ele, ontem Diggory só faltou matá-lo na festa. Pra que você faz isso? Achei que gostasse dele também, não?
Tonks respirou fundo, fechando as mãos em punho, segurando a vontade de socá-lo;
— Diga ao Diggory que a próxima vez que ele ficar bisbilhotando o que eu faço, vai acabar na enfermaria. — Começou mordaz — E se você é burro o suficiente para nem mesmo saber o que sente, não sou eu quem vou te ajudar com isso.
! — Chamou ao vê-la andar a passos largos pelo corredor, deixando-o sozinho.
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— Você fez o que, Harry Potter? — Diggory questionou em voz alta, chocado.
George, por outro lado, riu divertido;
— Você está brincando, não é?
— O que eu fiz de errado? — Harry quis saber, subitamente nervoso. — Droga! Eu não tive a intenção… Eu só fui falar com a sobre isso porque… — Harry começou, mas foi interrompido por George.
— Por que tem tronquilhos na cabeça? — O ruivo falou.
— Não. — Potter respondeu, revirando os olhos. — Eu fui falar com a sobre isso porque precisava tirar umas dúvidas. — O moreno concluiu, falando tudo rapidamente, fazendo Diggory e Weasley levarem alguns segundos para entenderem o que foi dito.
— Você foi falar para a que estamos com ciúmes porque você tinha dúvidas, Potter? — Cedrico bufou passando as mãos pelos cabelos, nervosamente. — Se você tem dúvidas fala com a gente, Harry. Não com a . — O lufano concluiu.
— Agora eu sei disso. — Potter brincou, ganhando olhares afiados dos colegas. — Mas ela é minha amiga há anos. Sempre falamos sobre tudo, não tinha como saber que esse assunto era tão delicado. — Harry explicou-se apressado — Aliás, eu nem sabia se realmente estava com ciúmes, por isso falei com ela. — O moreno acrescentou, tentando se justificar.
Diggory bufou, esfregando o rosto, fazendo um esforço enorme para não azarar o grifinório, suas chances com estavam indo ladeira abaixo e tudo era culpa do garoto a sua frente.
— Tá. Ok. — George começou. — Só me explica por que exatamente você colocou a gente no meio? — Falou, apontando de si para Cedrico. — Enfrente suas batalhas, Potter. E de preferência sozinho. — O ruivo acrescentou, encostando-se a parede e tentando pensar em uma forma de sair dessa situação.
— Me responde uma coisa, Harry: como você não sabe se tem ciúmes de alguém? — Diggory lançou a pergunta para o moreno, sem entender.
George começa a andar pela sala, balançando a cabeça, preocupado com a situação. Das duas uma: ou a Winter nunca mais olharia na cara dele ou o mataria.
E sendo sincero, o ruivo não sabia qual das opções seria pior.
— Eu queria deixar tudo claro para a entender melhor a situação toda, expliquei como vocês tinham se sentido e depois expliquei como eu estava me sentindo. — Potter disse, como se fosse a coisa mais lógica do mundo. — Para ela me dizer se podia ser a mesma coisa. — Falou. — E respondendo a você, Diggory: simplesmente não sabendo. Não é como se sentisse isso todo dia. — Harry concluiu.
— E ela falou se também sente ciúmes de mim? — Diggory começou, esperançoso, mas interrompeu sua própria pergunta ao processar o que o moreno tinha falado. — Potter, você nunca sentiu ciúmes? De nada? — O lufano o questionou, confuso.
— Diggory, se a Tonks sente ou não sente ciúmes, não importa. Ela nos odeia agora. — O moreno respondeu, passando as mãos pelos cabelos, bagunçando ainda mais os fios rebeldes. — E eu não sei se já senti ciúmes. Se soubesse, não estaríamos nessa situação, não é?
— Bom ponto, Potter. Se eu morrer por causa da situação que você causou, eu volto e te levo junto. — George falou, olhando para Harry.
— É claro que importa, Harry. — Diggory começou respondendo ao grifinório — Se você foi tirar suas dúvidas com e acabou com minhas chances com ela e, provavelmente, as suas com a Darling e as do Weasley com a Winter… Temos todo o direito de debater sobre.
— Senta aqui, meu grifinório querido. — George falou, com a voz transbordando sarcasmo, apontando para uma cadeira a sua frente. — Agora conta para gente tudinho que você disse para a .
— E o mais importante: — Diggory completou. — o que ela falou.
Potter sentou no local indicado pelo ruivo e começou a contar toda sua discussão com , a medida que contava, via a expressão de desânimo nos outros dois crescendo e começou a ficar extremamente preocupado.
— … E no fim de tudo, ela falou que se eu era burro para não entender o que estava sentindo, não seria ela quem iria me explicar. — Ao concluir a história, sentiu um bolo na garganta.
— Errada ela não está, não é, Potter? — Cedrico resmungou, passando a mão pelos cabelos — Por Merlin! nunca mais vai olhar na minha cara. — Diggory disse, desesperado. — Muito bem, Potter.
Harry encara o lufano, de forma contrariada.
— E passamos por tudo isso, para o Potter talvez nem gostar da corvina. Grande dia. — George comentou irônico, revirando os olhos.
— Realmente, Harry. Você ao menos sabe se gosta da Darling? — Diggory questionou, tentando clarear os pensamentos.
— Não sei. — O moreno falou, suspirando. — Eu gostei do beijo. E iria adorar beijar novamente. — Enfatizou. — Mas não sei se isso é gostar.
— Muito bem — Diggory começou, suspirando. — E as outras garotas que você beijou antes. Sentiu a mesma coisa ou foi diferente? — O lufano perguntou, fazendo o moreno corar fortemente e arrancar uma gargalhada nervosa de George.
— Eu só beijei a Gina, além dela. — Potter admitiu, a contragosto. — Então não sei. — Concluiu, ainda envergonhado.
— Você está falando que seu primeiro beijo foi na festa? — Diggory tornou chocado. Encarou George sem acreditar naquilo.
— Não é a primeira vez que proporciono o primeiro beijo para alguém. — O ruivo falou, dando de ombros. — Mas é a primeira vez que me agradecem me enfiando em uma enrascada dessas. — George complementou, fuzilando Potter com o olhar.
— Sim, foi o meu primeiro beijo. — Harry disse, querendo morrer. — Não tinha ninguém que me interessasse antes. — Falou, tentando manter uma posição orgulhosa. Pensou em acrescentar que com impedir duas tentativas de retorno de Voldemort, tinha ocupado o seu tempo, então eles não podiam brincar com ele a respeito disso, mas decidiu que justificar as coisas só faria com que o George caçoasse ainda mais dele.
— Uow. A Gina choraria ao ouvir isso. — Weasley riu.
— Você preferia que eu tivesse beijado a sua irmã? — Harry lançou para o ruivo, debochando. Ganhando um olhar afiado do Weasley.
— Você tem zero direito de fazer piadinhas hoje, Potter. — George falou, com os punhos fechados.
— Vamos manter o foco, por favor? — Diggory pediu, erguendo as mãos de forma conciliadora.
— Eu tô isso aqui — George mostrou os dedos — de azarar você. — Weasley disse, apontando para Potter.
— Já chega, Weasley. — Diggory ergueu a voz, fazendo com que o ruivo o encarasse com as sobrancelhas erguidas. — Muito bem, Potter, você tem que descobrir o que sente pela garota. Faz zero sentido causar todo esse estrago na nossa vida a troco de nada. — O lufano disse em tom normal, olhando para o moreno. — Pode ser que você tenha gostado de dar uns beijos e queira repetir, não significa que você esteja apaixonado ou qualquer outra coisa. — Concluiu o loiro.
— E como eu descubro isso? Na bola de cristal da Professora Trewlaney? — Potter perguntou, irônico. Com a cabeça cheia, sem saber reconhecer todo o turbilhão de sensações que estava sentindo.
— Potter, você acabou com qualquer chance que eu tinha de estar beijando a hoje, então não vem de ironia para o meu lado. — Diggory replicou, rude.
— Tá. Vamos acabar logo com isso. — George disse, já sem paciência.
— Qual o parâmetro para saber se estou me apaixonado ou “qualquer outra coisa”? — Potter questionou aos colegas.
— O que você sentiu quando a viu no dia seguinte do jogo? — O ruivo perguntou.
— Senti um formigamento. Uma vontade de falar com ela, perguntar como ela estava. E quando ela sorriu de volta para mim, me senti mais leve, mesmo estando cansado. — O moreno falou, suspirando. — E notei que sempre vejo um grupo da corvinal passando, procuro por ela. — Harry concluiu.
— Disso o Diggory entende. — George falou sorrindo. — É só ver alguém com as vestes da Grifinória que já vira o pescoço.
— Ah, cara, nem começa — Cedrico respondeu, rolando os olhos — Acha que é muito discreto suspirando pelos cantos pela Winter? Monty não para de te imitar quando você não está vendo.
— Cala a boca, Diggory. — Weasley gritou, parecendo um pouco envergonhado.
— Pois bem, e o que mais? A gente precisa de informações, Potter. — Cedrico riu do ruivo, antes de se virar, apontando para Harry.
— É, Potter, ajuda! Você anda prestando atenção às aulas? — O ruivo perguntou ao mais novo.
— Não é como se prestasse atenção sempre… — Harry falou, coçando a cabeça. — E eu sempre soube que um dos gêmeos ia acabar com a Winter. — Acrescentou.
— Viu, ele sempre soube que EU iria acabar com a Winter. — George disse, com uma falsa simpatia na voz. — Aí foi lá e quase destruiu isso, ou destruiu. Potter, você não está se ajudando. — Concluiu o ruivo.
— Se eu não estivesse tão nervoso, até estaria rindo da situação toda. — Cedrico concordou, passando a mão pelos cabelos.
— Acho que o real problema, é que não consigo entender como me sinto. — Potter falou, derrotado. Diggory suspirou fortemente, tentando pensar em uma solução.
— Já sei! — Sorriu, vitorioso. — E se a gente falasse como nos sentimos em relação a e a ? Acho que ajudaria o Potter a se situar. Vamos lá, Weasley, quando você descobriu que estava a fim da Winter? — O lufano perguntou. Ao notar o olhar de George, o incentivou, o ruivo revirou os olhos.
— Será que minha mãe vai me matar se eu bater em você, Harry? — George perguntou, retoricamente. — Acho que não.
— Claro que sim, ela me adora. — Harry lançou para o ruivo dando uma piscadinha, o outro o olhou de forma assassina.
— Vamos, Weasley, responde a minha pergunta. Ainda tenho minhas obrigações de Monitor e quero acabar logo com isso aqui. — O loiro avisou. George respirou fundo antes de começar.
— Ah, eu nunca vou me esquecer desse dia. — Disse, suspirando. — Eu estava na sala e ela entrou pela porta. Veio sorrindo até mim e falou alguma coisa que eu não prestei atenção pois só conseguia pensar no quanto ela estava bonita e no quanto eu queria estar ao lado dela pra sempre. — O ruivo concluiu, com um olhar profundo.
— Uau. — Potter falou, surpreso com a declaração de George, estava acostumado com o ruivo sempre fazendo brincadeiras. O ouvir falar daquela forma, colocando todos os seus sentimentos em evidência foi uma grande surpresa. — E você, Diggory?
O lufano deu de ombros, antes de começar a falar, levemente constrangido.
— Não é segredo que eu já beijei algumas garotas…
— Algumas? Ou Hogwarts inteira? — Potter interrompeu, sendo fuzilado pelo olhar do outro.
— Continuando… Com a , sei lá. Eu comecei a prestar mais atenção nela ano passado, porque... bem, a garota é bonita, engraçada e joga Quadribol que é uma beleza! — Falou, impressionado, vendo os dois concordarem. — Quando ficamos amigos foi basicamente uma questão de tempo, antes eu achava que só queria dar uns beijos nela, mas depois reparei que não queria mais sair com as outras garotas e ficava mais nervoso perto dela… E parei total de me concentrar nas aulas, o que foi um choque pra mim. — Concluiu, dando uma risadinha sem graça, passando a mão pelos cabelos.
Harry respirou fundo, tenso. Algumas das sensações que os outros rapazes descreveram batiam com o misto que ele estava sentindo.
— Era o que eu tava querendo ouvir do Potter, sinais clássicos… — George falou, fazendo referência a última frase dita pelo lufano.
— Mas Harry é um péssimo aluno, não? Isso nem faz diferença. — Diggory zombou do moreno.
— Péssimo é exagero. — Harry defendeu-se. — O problema é que em contraste com a Mione, qualquer aluno parece ruim.
— Eu também sou péssimo aluno. — Weasley disse, com orgulho na voz. — Quando você só não presta atenção na aula, ok. O problema é quando só pensa em uma garota o tempo inteiro. — O ruivo concluiu. Cedrico suspirou.
— Espera. Potter, tenho uma pergunta: quando você beijou a Gina, sentiu o mesmo? — O loiro virou-se para o mais novo. — Tipo, está pensando nela também?
George cruzou os braços, esperando atento pela resposta do moreno.
— Ér... não. — Harry começou, hesitante. — Ela é bonita. Gostei de beijá-la, mas não pensei nela mais do que o normal. — Terminou.
— Hmm então você sempre pensa nela, é? — Cedrico comentou, aproveitando a oportunidade para implicar com os dois.
— Bem, sempre que a vejo eu penso nela, não é? — Potter disse, olhando tenso para o George. — É automático.
— Então voltamos para o Potter piadista? Eu tô sentindo que isso tá sendo uma bela perda de tempo. — O ruivo falou, bufando.
— Ah, que nada, cara. — Cedrico abanou a mão — Você não ficou totalmente sem saber o que fazer quando reparou que tava gostando da Winter de verdade? — O ruivo assentiu. — Imagina ele que ainda foi o primeiro beijo?! — O loiro falou, tentando ser justo com o mais novo.
— Eu acho que não foi perda de tempo. Sinto que tenho a minha resposta. — Potter disse, com o rosto em uma expressão tensa. George e Cedrico olham para ele, em expectativa. — Estou com ciúmes. E ferrei tudo com as meninas. — O moreno declarou rapidamente.
— Bom, pelo menos já admitiu que tem interesse de verdade na menina — Cedrico suspirou — e, principalmente, que acabou com a minha vida. — Completou seco.
— Pelo menos ele ta ferrado também, já me sinto um pouco melhor. — George falou, entre gargalhadas.
— Não é? Já pensou se ele acabou com a gente pra nada? Seria obrigado a matá-lo e jogar no Lago Negro. — Cedrico comentou, colocando as mãos nos bolsos da calça.
— E ninguém acreditaria e eu seria responsabilizado. — O ruivo falou, bufando.
— Aí a luta já seria sua, Weasley. — Diggory riu, piscando para o Weasley.
— Hey! Eu ainda estou aqui. — Harry respondeu, incomodado. — E, além do mais, não é para tanto... vamos dar um jeito. — Falou, confiante.
Cedrico e George olharam para ele, o garoto ainda tinha muito o que descobrir sobre as mulheres.
— Vamos fazer assim, então; Nós enfrentamos as feras e vemos o que acontece. Talvez não seja tão ruim, não é? — George falou. — Elas podem só ficar bravas com o Harry. — Disse, esperançoso.
— Podemos falar que o Potter surtou sozinho — Diggory considerou a possibilidade.
— E eu sempre posso fingir que o Harry me confundiu com o Fred. — George falou, animado.
— Eu acho um pouco difícil. — O moreno comentou, sorrindo amarelo. — Fui bem detalhista.
— Potter, você quer mesmo continuar piorando sua situação? — Cedrico retrucou, seco. — Esqueça o Daves, quem eu vou matar é você!
— Ok, ok. E como vamos resolver a situação? — Harry falou rapidamente, mudando de assunto. Diggory suspirou, rolando os olhos;
— Primeiro, você precisa realmente pensar a respeito para ver se não está apressando as coisas, cara. — O loiro avisou, preocupado com os sentimentos de Darling. — Talvez você só queira dar mais uns beijos porque gostou.
— Vê o que a gente falou e pensa se encaixa. — George concordou. Harry assentiu, mesmo já sabendo da resposta. Não seria ruim pensar um pouco mais. Se ele pudesse conversar com o Sirius, seria de grande ajuda. — Se não, você procura a e fala que foi tudo um sonho bem esquisito.
— Com sorte ela acredita em você, e pra garantir: é melhor a gente parar de andar juntos, porque eu ainda posso alegar que estou puto por você também estar no Torneio e nunca nem te olhei na cara. — O loiro falou. — Já nós dois. — Cedrico começou, apontando para ele e George. — Precisamos conversar com elas antes de fazer qualquer coisa.
— Sim. Eu preciso garantir minha sobrevivência. — O ruivo disse, dramático.
— Se acontecer mais alguma coisa a gente vê o que faz, e, por Merlin, Potter, não abre mais sua boca perto da . — Diggory implorou.
— Ou de qualquer outra garota. — George completou.
Os três saíram da sala e cada um tomou seu destino, pensando em como lidar com as possíveis consequências da conversa do Harry com .

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Harry andou sozinho para fora da sala, caminhando por alguns metros, antes de virar no banheiro masculino do quarto andar. Cedrico e George já estavam por lá, o lufano em pé, escorado em uma das divisórias do banheiro e o ruivo sentado sobre a pia, esperando a chegada do mais novo;
— Novidades? — Perguntou assim que viu Harry entrando.
— Perdi mais uns pontos na aula do Snape, mas fora isso nenhuma. — Suspirou, aproximando-se e deixando sua mochila ao lado do Weasley — Só não fui azarado pela porque Moody interviu, ele teve a péssima ideia de fazermos um duelo hoje.
— Eu quase fico triste — George suspirou —, talvez meu humor melhorasse se ao menos você apanhasse um pouco.
— Muito bem, não temos tempo pra isso! — Cedrico cortou, ao ver que o mais novo estava pronto para revidar. — Já estamos sendo ignorados, nenhuma delas vai falar conosco. , nem mesmo me olha na cara, Winter está evitando George e… Qual sua situação com a Darling?
— Bem, ela disse estar muito ocupada todas as vezes que tentei conversar… Então imagino que só esteja me ignorando também.
— E o que é pior! — Weasley emendou, parecendo cada vez mais derrotado — Agora Daves tem o campo livre, pois não parou de fofocar com a hoje.
— Já começo a pensar que Rogério é onipresente, ou está aparatando dentro de Hogwarts, porque sempre que eu vejo ele está conversando com uma garota diferente — Diggory concordou, suspirando —, precisamos tomar uma atitude antes que não possamos mais reverter a situação. O que faremos?
— E se cada um fosse falar com uma garota diferente para explicar? Eu posso falar com a… — Você não fala com ninguém! — George interveio de imediato — Com quem quer que você fale um de nós — apontou dele para Cedrico — vai acabar com ainda mais problemas. Fica quieto aí e deixa os mais velhos pensarem!
Contudo, enquanto Harry resmungava em seu canto pelo tratamento, nenhum dos outros dois parecia ter alguma solução, até que
— E se a gente usasse o feitiço contra o feiticeiro? — Weasley sugeriu, um sorriso crescendo em seus lábios.
— O que? — Perguntaram ao mesmo tempo.
— Bem, não estávamos morrendo de ciúmes delas? E se fizermos o contrário?
— Deixá-las com ciúmes? — Harry questionou com o cenho franzido, em dúvida se seria uma boa ideia.
— Exatamente, meu querido. Assim elas também vão saber que nós temos outras opções, que poderíamos encontrar outras garotas, assim como elas encontraram o Rogério.
— Não sei, — Cedrico negou com um aceno — a última vez que eu tentei isso, terminou beijando vários garotos, inclusive seu irmão. E quase você também — apontou para Harry, que ergueu as mãos;
— Foi você quem beijou a , cara.
— E a também! — George lembrou-se, estreitando o olhar.
Cedrico sorriu sem graça, passando a mão pelos cabelos;
— Não vem ao caso. Sem contar que, com quem faríamos ciúmes?
— Bom, vocês são os Campeões de Hogwarts, deve ter várias candidatas — Weasley sugeriu, pensativo.
— Harry poderia falar com a Gina — Cedrico provocou, os braços cruzados — Todo mundo percebeu que ela e se estranharam depois que você beijou as duas, Potter.
— Só por cima do meu cadáver. Ou melhor, do seu! — George apontou para o mais novo.
— Eu nem disse nada — Protestou, passando a língua pelos lábios.
Cedrico então riu, negando com a cabeça;
— É uma péssima ideia de qualquer forma. Não podemos envolver outras garotas nisso, ainda mais se for alguma que já tenha interesse em qualquer um de nós, só vamos magoá-las.
— Mas nós não precisamos realmente envolver outras garotas — Weasley passou a mão pelo cabelo, bagunçando-o enquanto pensava — É só elas acharem que estamos envolvendo. Vamos lá! Além do Potter, não temos problemas em puxar assuntos aleatórios. E não precisa ser algo com frequência desde que seja na frente de qualquer uma das três.
— E você acha mesmo que vai ser uma boa ideia? — Harry franziu as sobrancelhas — Tipo, acha mesmo que isso pode dar certo?
— Vocês têm vinte e quatro horas para encontrarem uma ideia melhor. Se ninguém achar, paciência.
No dia seguinte ninguém tinha encontrado alternativa melhor, então, relutantes aceitaram a proposta do Weasley. Afinal, a situação não tinha como ficar pior e estavam desesperados demais para pensarem direito.
— Isso não vai acabar bem — Cedrico comentou enquanto tinha um péssimo pressentimento — vai me odiar mais ainda.
— Deixa de ser chorão, Diggory — o ruivo revirou os olhos, não podia ter encontrado amigas com pretendentes melhores? — Conversar com outras garotas não é nada demais, é só conversa. Você não vai sair beijando ninguém na frente da loirinha.
— Eu quero deixar claro que se algo der errado vocês não podem vir me culpar, porque foi ideia do George! — Harry disse em voz alta, encarando os dois colegas.
Diggory riu, concordando com um aceno, ao tempo que o ruivo rolou os olhos;
— Primeiro, se estamos nessa situação é por sua culpa. E segundo, meus planos sempre dão certo!
— Não sei se concordo muito com isso, — o lufano começou incerto — mas agora já está tarde para voltarmos atrás nessa escolha.
— Então, pronto! Que Godric nos ajude! — Weasley encerrou, antes de abrir à porta da sala, olhando para os lados e se afastar, já pensando no melhor momento de fazer seu plano começar a acontecer.
O trio se dedicou a tentar, disfarçadamente, conversar com garotas nada aleatórias sempre que viam uma das meninas por perto;
Apesar das reclamações de George, Harry procurou conversar mais com a Gina. Nada importante para que ela não encontrasse segundas intenções, mas perguntas sobre Rony que ainda não falava com ele e os outros Weasleys. Cedrico aproveitou o interesse repentino de Fleur Delacour na Lufa-Lufa para despejar curiosidades aleatórias na veela, enquanto George se limitou a discutir técnicas de Quadribol com Alicia Spinnet.
Contudo, o plano não pareceu ter qualquer resultado, só resultando em olhares ainda mais duros vindos das meninas.
Com exceção de , que até considerou conversar com Harry quando ele sorriu sem jeito em sua direção, oferecendo-a uma flor que ele havia pego no jardim, mas logo foi arrastada por , que saiu xingando o amigo por tentar lográ-la daquela forma.
Com dois dias do brilhante plano de George em ação, pareceu óbvio que elas já haviam entendido o que aconteceu, pois parou de braços cruzados e a sobrancelha arqueada ao ver George conversando com a colega de Casa, mas só até notar que ele a olhava de tempo em tempo, tentando descobrir se ela prestava atenção no que ele fazia.
Conversavam sobre suas próximas alternativas, quando dobraram o corredor e deram de cara com uma cena saída diretamente do pior pesadelo do trio; Não só suas garotas os ignoravam, mas também estavam aos risos ao lado de Rogério Daves.
— Não posso dizer que estou surpreso — o corvino dizia aos risos —, alguns caras podem achar intimidante se aproximarem de garotas tão bonitas quanto vocês três! — Piscou, galanteador. — Mas causar ciúmes? — Gargalhou, passando o braço pelos ombros de e .
Era difícil saber qual deles estava mais enfurecido, se o lufano ou os grifinórios, mais ainda ao verem as garotas rirem ao concordar, puxando um assunto aleatório com Rogério.
— Ah, não me digam que a ideia ridícula de vocês não deu certo? — Ouviram uma voz se aproximar às suas costas, virando-se para dar de cara com Emmett, o qual claramente segurava a risada — Quem poderia imaginar que o plano patético de criar ciúmes não funcionaria, né? Tomar uma atitude madura e falar com elas para explicar a situação? Nunca.
— Ah, cala a boca! — Falaram ao mesmo tempo, sem vontade alguma de ouvir as piadas do colega, a situação já estava ruim o suficiente sem aquilo.
— O que é que vamos fazer agora? — Potter foi o primeiro a perguntar, olhando aflito a interação de Daves com Darling, sentiu o estômago revirar ao ver o sorriso largo no rosto da loira.
— Monty tem razão, — Cedrico contorceu-se ao dizer, vendo o amigo sorrir vitorioso — está na hora de implorarmos perdão.
— Não foi isso que eu disse, não! — O outro negou de imediato, passando a língua pelos lábios e suspirando, negando com um aceno quando viu os amigos o encararem aflitos, buscando ajuda. — Vocês têm que tomar uma atitude, mas também não precisam se arrastar pelo chão, tenham um pouco de orgulho próprio!
— E o que você está sugerindo? — George perguntou de imediato.
— Não é óbvio? — Deu de ombros, colocando as mãos nos bolsos da calça — Chamem suas garotas para um passeio em Hogsmeade.
Diggory riu nervosamente, passando a mão pelos cabelos;
— Você acha que se fosse fácil assim eu já não teria feito?
— E você ao menos tentou? — Questionou com a sobrancelha arqueada — Porque me lembro muito bem de vocês ficarem espiando a conversa delas com o Rogério, como estão fazendo agora, e depois surtando sozinhos. Não me lembro de escutar vocês falando que convidaram alguém, não. E acompanhei de perto o drama todo.
— Mas não quer nem olhar na minha cara… — Weasley respondeu, mordendo o lábio inferior — É claro que não vai aceitar meu convite.
— Talvez não, mas pelo menos vocês conseguem recuperar um pouco do respeito que elas tinham por vocês anteriormente. Já que agora elas só comentam com o Rogério o quão patéticos vocês foram e isso sim é preocupante, ao invés de afastar, vocês estão oferecendo-as em uma bandeja para ele.
— Eu acho que podemos usar um pouco disso do que o Montgomery falou. — George começou. — Não chamar elas para Hogsmeade de cara, mas perguntar se elas não querem conversar com a gente lá. Para explicarmos nossas atitudes. — O ruivo falou, pensativo.
— Eu acho que a concordaria com isso. O problema é a e , elas são péssimas influência. — Todos os rapazes concordaram com Potter.
Tonks e Winter tinham personalidades muito parecidas, não faziam ideia de como tinham se tornado amigas.
— Ok, mas como vamos fazer? — Cedrico perguntou. — Quem vai falar com elas? — Os meninos se encararam e então o trio virou-se para Montgomery.
— Eu? — Monty perguntou, rindo. — De forma alguma, não vou bancar a coruja de vocês. Cresçam e lutem suas batalhas. — Falou, se afastando e, ao passar pelo grupo das garotas sorriu e falou com todas. Exagerando no abraço para provocar os rapazes.
— Ok, concordamos que a ideia dele não é de toda ruim. — Potter começou, olhando para os dois garotos. — Mas como vamos colocar em prática?
Horas depois, Harry engoliu em seco, enquanto caminhava em direção a , em uma decisão que ele não considerou justa, os outros dois concordaram que ele quem deveria falar com uma das garotas.
Como era de se esperar, concordou prontamente, enquanto e de braços cruzados não emitiram nenhuma palavra. Potter não sabia se deveria insistir ou deixar que os outros se virassem, mas resolveu fazer uma pelo time;
— Vocês deviam ao menos considerar — começou indeciso —, nós podemos pagar a cerveja.
Winter bufou e Tonks balançou a cabeça em negação, enquanto ambas recebiam um olhar de que pedia sutilmente para as amigas serem mais flexíveis.
— E na pior das hipóteses, vocês podem gritar na cara deles o quanto eles foram imbecis. Quer dizer, o quanto nós fomos imbecis.
— Olha, Potter — revirou os olhos — Pode falar para os seus amiguinhos que nós vamos estar lá. Se vamos falar com eles ou não, aí é outra história.
Harry assentiu e saiu, sorrindo confiante ao ouvir murmurar que se orgulhava do homem que ele estava se tornando.

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Diggory seguiu com o mais novo pelo corredor ao notar o quão preocupado ele parecia, já imaginando que Potter havia feito alguma outra besteira que complicaria ainda mais sua vida com a loira. Suspirou assim que pararam em um canto deserto, passando a mão pelos cabelos;
— O que aconteceu dessa vez? — Perguntou logo, já esperando pelo pior.
— Dragões.
— O que? — Tornou confuso, achando ter entendido errado.
— Dragões. São a primeira tarefa do Torneio, Cedrico. — Potter repetiu, encarando-o por alguns instantes. O lufano passou alguns segundos sem responder nada, processando aquelas palavras.
— O que… Como… Você tem certeza? — Pediu, sentindo o coração bater acelerado ao entender o que aquilo significava, quase desejando que fosse uma piada e Harry começasse a rir, mesmo que aquilo significasse ter sido feito de palhaço.
Potter apenas concordou com a cabeça, parecendo tão nervoso quando o mais velho, olhando por sobre o ombro, antes de falar rapidamente;
— Eu os vi ontem, são quatro. Um para cada.
— Fleur e Krum…?
— Eles já sabem. — Confirmou.
Por um momento Potter sentiu-se bem ao ver que não tinha sido o único a ficar desesperado com aquilo, era óbvio que Cedrico estava tão desacreditado e assustado quanto ele próprio.
— Como você sabe? — Tornou, curioso.
— Não posso dizer… — Negou, preocupando-se de que Hagrid talvez tivesse problemas por sua fofoca — Só achei que você deveria saber, assim estamos todos em pé de igualdade, não é?
Diggory concordou lentamente, tornando a passar a mão pelos cabelos;
— Tudo bem, obrigado.
— Sem problemas, achei que você faria o mesmo se fosse o contrário — começou a explicar, dando de ombros — além do mais, depois que estiver tudo bem, tenho certeza que me mataria se eu não tivesse te avisado.
Diggory sorriu minimamente, passando a língua pelos lábios;
— Ela sabe?
— Cedrico, ela nem está me olhando na cara, se eu falasse acharia que era algum plano para que ela e as outras ficassem com pena de nós.
— Bom, talvez elas devessem mesmo — O loiro ponderou — Dragões? — Tornou, encarando-o novamente.
— Eu sei… — Potter falou, preocupado.
— Será que se a souber qual a prova ela não volta a falar com a gente? — Cedrico perguntou, esperançoso.
— Você não ouviu o que eu acabei de dizer? — Potter respondeu olhando para a cara de Diggory, que suspirou, frustrado.
— E a Darling? Você acha que consegue a compaixão dela?
Harry ficou um pouco sem jeito, estava disfarçando para Cedrico e George, mas a Darling não tinha ficado com tanta raiva dele.
— Eu não posso contar a ela, não posso correr o risco de entregar o H… — o moreno se interrompeu — a pessoa que me ajudou. — Harry completou. Nesse momento, passou no corredor e virou o rosto, fingindo que não o viu — Talvez antes da tentativa de fazer ciúmes, sim. Agora, acredito que ela me empurraria para a boca do dragão. — Suspirou, frustrado.

🎃 🎃 🎃 🎃 🎃 🎃


A primeira coisa que George fez quando pisou na aldeia foi procurar por Winter. Sabia que tinha ido junto com Fred e Lino, mas só conseguia imaginar se nesse momento ela estaria mesmo com eles. Ele dava toda a razão do mundo para a garota ficar brava, realmente a ideia de fazer ciúme foi a coisa mais estúpida que poderiam ter pensado, mas o trio estava tão desesperado que na época fazia todo sentido desde que atraísse a atenção das garotas.
— Nem sinal dela, cara — Diggory bateu em seu ombro — Mas sabemos que ela não está com e .
— Sabemos? — Weasley olhou novamente ao redor, encontrando as duas entrando na Dedos de Mel junto com sua irmã — Agora Gina está andando com elas? Ah não — passou desesperado a mão pelos cabelos, bagunçando os fios.
— Mas a Gina sempre andou com elas — Harry apontou.
— Calado, Potter.
Cedrico sorriu, passando os braços pelos ombros dos amigos.
— Nada de brigas hoje, principalmente vocês dois — começou sorrindo — A primeira tarefa é em cinco dias e nós viemos para nos divertir e esquecer dos problemas.
— Isso que ainda pode ser nossa última visita a Hogsmeade — Potter murmurou.
— Como assim? Vocês já sabem o que vai ser a primeira tarefa?
— Não — responderam apressados.
— Seja o que for eu acho bom você se sair bem, Potter — George piscou para o garoto — Apostei todas as minhas fichas em você!
Potter sorriu assentindo, mas Cedrico fechou a cara instantaneamente.
— Não vou fingir que isso não me deixou magoado — Comentou.
O ruivo gargalhou, bagunçando o cabelo do loiro.
— Grifinória sempre em primeiro lugar, Texugo. Sempre em primeiro lugar!
Diggory bufou, fazendo George gargalhar ainda mais.
— Eu jamais deveria ter vindo sem o Monty!
— Podemos sair da neve? — Harry reclamou — Me parece muito mais agradável discutirmos porque viemos juntos tomando uma cerveja amanteigada no Três Vassouras do que congelar aqui fora.
— Você veio com a gente porque não tem mais amigos — George riu, falando rápido antes que o garoto pudesse interrompê-lo — Mas ótima ideia, criança. Vamos beber!

O Weasley estava feliz, já faziam algumas horas que estavam conversando no bar, tudo quentinho e agradável, como se nenhum dos outros problemas existissem. Talvez já estivesse ficando um pouco alterado, mas se sentia grato por estar ali com os mais novos amigos. Mesmo estudando com Cedrico desde sempre e conhecendo Harry desde que o mais novo entrou em Hogwarts, jamais tinha se imaginado em uma relação de cumplicidade com esses dois. Pensativo, tomou um gole de cerveja observando-os conversarem sobre técnicas para Apanhadores de Quadribol.
Olhou para fora vendo Fred, Lino e saírem aos risos da Zonko’s. Seu irmão estava com o braço na cintura da garota e Lino vinha atrás jogando bolas de neve nos dois. Winter gargalhava com toda a situação, vez ou outra se virando para dizer algo a Jordan. O coração do ruivo apertou, daria tudo para estar junto com os amigos. Ainda estava olhando quando a garota se virou para Fred, falou alguma coisa e saiu na direção oposta dos meninos, indo para a Casa dos Gritos.
— Você deveria ir atrás dela — Cedrico comentou, olhando para a mesma direção do ruivo. Potter balançou a cabeça em concordância. — não está próximo das outras, você não corre o risco de Tonks a fazer mudar de ideia, e com certeza tem menos chances de ser azarado! — Sorriu pequeno, suspirando ao lembrar-se de que só não o atacou quando tentou conversar com ela, porque McGonagall apareceu no corredor. Ainda não fazia ideia de como resolver as coisas com a loira, tinha uma personalidade muito forte.
— Depois de tudo o que fizemos, acho que segui-la é a última coisa que devo fazer — riu fraco.
— É uma chance para conversar com ela — Harry deu de ombros.
O Weasley reparou que ele estava tão vermelho quanto o cachecol que rodeava em seu pescoço. Talvez ele mesmo não estivesse em uma situação melhor.
George considerou a hipótese; queria mesmo falar com ela, resolver as coisas e ficar bem de novo. Mesmo que isso significasse que deveriam voltar a ser só amigos. Balançou a cabeça para apagar esse pensamento, não pensaria sobre isso até que fosse extremamente necessário.
— E se ela estiver indo encontrar com outra pessoa? — Perguntou observando o resto da espuma de sua caneca se dissipar — E se eu for até lá e encontrar ela com outro cara?
— Não vai saber se não for.
— Eu não sei de onde tiraram essa história de que os grifinórios são corajosos — Diggory revirou os olhos — Você está tremendo todo!
O garoto considerou, bebeu o que restava de cerveja amanteigada em um só gole e se levantou em um pulo, correndo para a saída.
— Você tem razão — gritou enquanto saía pela porta sentindo o ar gelado cortar seu rosto — Não sobre isso, mas tem razão.

Realmente encontrou a garota perto da Casa dos Gritos, encarando a construção que diziam ser mal assombrada, embora soubesse que ela nunca acreditou que fosse. Se aproximou lentamente para não assustá-la, sentindo um grande alívio ao vê-la sozinha.
— Pode se aproximar, George — ela disse simplesmente.
— Como…
— Não sei — mesmo de costas, sabia que estava sorrindo — Eu só sabia.
— Sente saudades do Lupin? — Chegou um pouco mais perto, tentando identificar qualquer reação no rosto da sonserina.
Winter virou para ele, olhando em seus olhos, e assentiu.
— E de Aaron — ela sorriu fraco — Mas quando que eu não sinto falta deles?
— Olha — o ruivo levou suas mãos para perto das mãos da menina, mas mudou de ideia colando-as ao lado do corpo — eu sei que nós estamos brigados, mas...
— Não estamos brigados, George — Suspirou — Eu não consigo imaginar uma realidade alternativa tão louca a ponto de existir Winter sem George Weasley. Eu só não estou conseguindo processar toda essa informação — falou se aproximando mais do ruivo. George sentiu que seu coração poderia parar de bater a qualquer instante — E quanto mais eu fico perto de você, mais confusa eu me sinto — sussurrou a última parte.
Todo seu autocontrole se esvaiu. Talvez fosse a cerveja, ou a proximidade da garota, ou ainda o hálito fresco que veio junto ao seu sussurro. Mas George segurou firme em sua cintura, a puxando para ainda mais perto, com uma urgência que só ele sabia sentir. Não tinha pensado que poderia não ser correspondido, mas sentiu um alívio enorme quando sentiu aprofundar o beijo, tendo a confirmação de que ela o queria tanto quanto ele a desejava. Só separou seus lábios quando lhe faltou oxigênio, mas envolveu a garota em um abraço apertado para ter certeza de que ela realmente estava ali. Seu nariz gelado no pescoço quente da bruxa fez com que ela se arrepiasse, o ruivo sorriu com sua reação.
Soltou um pouco o abraço para que pudesse olhar para ela, sorria. Ela brincou um pouco com o cabelo do garoto, bagunçando a parte que saía por baixo da touca, o fazendo fechar os olhos para aproveitar o carinho.
— Eu sou seu — sussurrou ainda de olhos fechados — Não existe outra garota no mundo que eu consiga amar do jeito que eu te amo.
abriu e fechou a boca, sem saber o que falar. O ruivo abriu os olhos, tomado por uma súbita onda de inspiração. Nunca foi tão fácil dizer o que sentia.
— Eu errei muito, minha bruxinha. Mas eu sou só seu, você não tem com o que se preocupar — passou a mão por sua mandíbula, contornando até chegar no queixo e puxou o rosto da sonserina para mais perto do seu — Você pode levar o tempo que for para entender seus sentimentos e quando acabar eu ainda vou estar aqui. Não existe a possibilidade de ter outra pessoa em minha vida.
George encerrou a conversa com um beijo em sua testa e voltou andando para o bar, muito mais leve do que quando saiu a minutos atrás. Finalmente teve a certeza de que seus sentimentos eram correspondidos.

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— Façam suas apostas — Fred gritava.
— Qual Campeão vai ganhar a primeira tarefa? — George completava.
— Potter ou Krum?
— Diggory ou Delacour?
Os gêmeos pararam de gritar um pouco ao ver Lino e se aproximando. Embora com as vestes da Sonserina, a garota usava um cachecol da Grifinória e uma touca lufana.
— Tropeçou no guarda roupa de quem essa manhã? — Fred perguntou rindo.
— Tenho que prestar apoio a Hogwarts, mas não fui capaz de decidir meu Campeão favorito — ela sorriu dando de ombros — E vocês sabem que Merlin não me perdoaria se eu deixasse meu uniforme Sonserina de lado!
George não sabia como reagir. Não falava com a menina desde seu encontro em Hogsmeade e já faziam cinco dias! Claro que disse que ela poderia levar o tempo que fosse que ele estaria ali, era a mais pura verdade, mas não estava lidando muito bem com a espera. Repetia para si mesmo que tinha que parar de ser ciumento ou nunca lhe daria uma chance, mas não conseguia deixar de pensar com quem a garota tinha conseguido os adereços; O cachecol não o preocupava, deveria ser de Lino ou de . Mas a touca não deveria ser de Diggory, ela mesma não pediria, então a única outra opção era Montgomery. E a ideia não agradava o ruivo nem um pouco; Emmett poderia não ser pior do que Daves, mas também não pensaria duas vezes antes de jogar seu charme para cima de Winter.
— Então você não vai apostar em ninguém? — Fred tentou fazer sua cara mais graciosa, mas só fez gargalhar. George sentiu que ela o olhava, então olhou de volta, se surpreendendo com a intensidade que pairava por seu olhar naquele momento.
— Eu vou — ela sorriu se aproximando do garoto — Eu vou apostar no Weasley.
— Isso quer dizer que… — Começou, sem saber como continuar.
— Quer.
Winter passou seus braços no pescoço de George e o beijou devagar, fazendo o garoto suspirar. A puxou com mais força para perto de si a fazendo tropeçar levemente em seus pés.
— Calma — ela riu — Temos todo o tempo do mundo.
— To tentando compensar o tempo perdido — sussurrou.
riu novamente, depositando um selinho rápido nos lábios do grifinório.
— Depois a gente resolve isso — piscou — Agora precisamos conseguir mais apostas!
Fred encarava atônito a cena, enquanto Lino dava risada.
— Então foi por isso… — O ruivo comentou.
Jordan gargalhou ainda mais alto.
— Você realmente está surpreso? Sério?
— Se tivesse acontecido antes não, mas aí o George começou a andar com aquela garota e… Ah! Sério que funcionou?
riu.
— Não, definitivamente não funcionou.
— E foi a pior coisa que eu poderia ter feito — George comentou, vendo três cabeças concordarem com um aceno — E vocês dois poderiam ter me avisado sobre isso.
— Poderíamos — Lino concordou — Mas parece que tudo funcionou muito bem sem interferência.
O ruivo olhou para a garota ao seu lado sorrindo em sua direção. Depois voltou seus olhos para seu irmão e seu melhor amigo que embora um pouco surpresos - fosse com a cena ou com a demora - pareciam realmente feliz por ele.
— É — segurou a mão de — Funcionou muito bem.

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Cedrico respirou fundo, sentindo o ardor conforme Madame Pomfrey espalhava uma pomada laranja pelas partes queimadas de seu corpo. Aceitou de bom grado a poção que ela o ofereceu, dizendo tirar a dor em alguns minutos, fechou os olhos e tomou em dois goles, sabendo que se parasse para pensar, vomitaria; a cor e o cheiro da poção eram horríveis, mas o gosto era ainda pior.
Tornou a deitar, fechando os olhos enquanto aguardava o remédio fazer efeito, podendo ouvir ao fundo alguns gritos vindos de fora, mesmo com as provas encerradas.
— Diggory?
Primeiro achou que havia adormecido, e estava sonhando com a voz da garota, o que não seria a primeira vez, mas então sentiu-lhe tocar sua mão, tornando a dizer seu nome em voz baixa. Abriu os olhos cinzentos, encarando os de , a qual o olhava visivelmente preocupada;
— Você está bem?
O lufano sentou-se na maca, concordando com um aceno, embora tivesse sentido o corpo todo doer ao mexer-se;
— Sim, Madame Pomfrey já cuidou de tudo, é questão de dias para eu estar bem.
Tonks concordou, ainda passando os olhos pelo corpo parcialmente desnudo e machucado do rapaz, suspirando antes de sorrir em sua direção;
— Você foi muito bem!
— Nem tanto, — negou, apontando para as queimaduras do seu lado esquerdo. — poderia ter sido melhor.
— Talvez, — concordou, dando de ombros — mas mesmo assim, foi muito bem! McGonagall deve estar chorando de orgulho até agora por você ter transfigurado aquela pedra.
Os dois riram, antes de caírem em um silêncio incômodo.
Era estranho para o loiro não conseguir conversar com a grifinória como bons amigos que eram, e ele sabia que em grande parte o problema era ele mesmo; não era obrigada a corresponder aos seus sentimentos, e menos ainda a aturá-lo enciumado por algo que eles nem mesmo tinham. E ao pensar naquilo sentiu-se ainda pior, baixando a cabeça.
— Eu sinto muito por toda essa confusão — começou a dizer em voz baixa, encarando o chão —, entendo você ter ficado brava comigo, eu não tinha direito nenhum de te cobrar nada.
— Não, não tinha. — concordou, suspirando e passando a mão pelos cabelos compridos, antes de aproximar-se e sentar ao seu lado. — É realmente bem frustrante ter alguém querendo me dizer o que fazer e com quem eu devo andar, nem mesmo meus tios fazem isso. Sabe por que? — Questionou retoricamente, embora não esperasse uma resposta dele para continuar — Porque eles confiam em mim, Cedrico. Eles sabem que eu não sou a melhor aluna de Hogwarts e que eu quebro regras o tempo todo, mas também sabem que eu nunca faria nada para realmente quebrar essa confiança que eles têm. Alguma vez eu já te dei motivos para não confiar em mim, Diggory?
O lufano negou com um aceno, ainda sem olhá-la.
— Eu já te disse, não é que eu não confie em você, , mas é realmente difícil para mim ver você com outras pessoas, principalmente se essa pessoa é o Daves. Eu sei que nós não temos nada de verdade, mas eu realmente gosto de você.
A loira passou a língua pelos lábios antes de falar baixinho;
— Eu gosto de você, Ced. Acho que isso está claro não só para você, mas para Hogwarts inteira. — viu um sorriso de canto aparecer nos lábios do rapaz, sorrindo junto a ele — Mas não é por isso que deixarei de conversar com alguém, independente de você gostar ou não disso. A pergunta é: você consegue confiar em mim o suficiente?
Diggory virou-se para encará-la, sorrindo;
— Não é como se eu tivesse outra opção se eu quiser sair com você, não é?
— A opção seria não sair comigo, não dessa forma. — Respondeu, arqueando a sobrancelha — Não é como se eu não sentisse ciúmes de você, Ced, mas eu sempre confiei nas suas escolhas, se realmente vamos tentar fazer isso — apontou dele para ela — funcionar, preciso que você confie em mim também, ou vamos brigar o tempo todo.
Cedrico concordou, sabendo que ela estava certa em tudo o que havia dito;
— Então… Quer dizer que eu posso finalmente te chamar para um encontro? — Sorriu confiante, vendo-a rir ao concordar.
— Talvez se você tivesse feito isso dias atrás, ao invés de se juntar com Potter e Weasley com um plano ridículo, não estaríamos passando por tudo isso agora.
— Ah, e você não teve a brilhante ideia de beijar todo mundo durante aquele jogo para me fazer ciúmes, né? — Respondeu no mesmo tom, estreitando o olhar. A loira deu de ombros;
— O meu pelo menos foi efetivo, o seu foi patético.
Cedrico gargalhou, concordando;
— Eu sabia que não seria uma boa ideia, mas talvez eu estivesse um tanto desesperado. — Explicou-se, tornando a encará-la. — Será que eu posso te beijar agora?
— Ah, você é sempre bem lento pra isso, não é? — A garota suspirou, antes de ela mesma passar os braços pelo pescoço do lufano, puxando-o para mais perto e colando seus lábios nos dele, não demorando mais de dois segundos para sentir as mãos do loiro em sua cintura, juntando seus corpos. Cedrico ignorou por completo qualquer vestígio de dor que sentia, porque tinha tudo o que mais queria bem ali naquele momento, e nada mais importava.

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Harry se sentia exultante, sabia que sentiu falta do amigo, mas custava admitir isso. Agora que Rony voltou a falar com ele, havia ficado mais fácil. Tinha conseguido passar pelo dragão, além de tudo.
Ouviu a voz de pouco depois, que o abraçou apertado, chamado-o de idiota e então voltou a ficar junto do Cedrico. O que fez o moreno respirar fundo, lembrando de outro dilema que ocupou sua mente todos os dias: Darling.
Recolheu seus pertences, Harry sentia que devia estar mais eufórico, mas sentia um aperto no peito e sabia que era por causa da . Potter se abaixou para sair da barraca, com Rony e Hermione ao seu lado.
— Você foi o melhor, sabe, ninguém foi páreo para você... — Rony falava, mas Harry parou de prestar atenção ao notar a garota que estava fora da barraca com um olhar apreensivo.
Ao notar Potter saindo, se lançou em direção ao garoto e o abraçou. O grifinório retribuiu o abraço, mas a loira se afastou, rapidamente.
— Você está bem? Fiquei muito preocupada. — A corvina soltou. — Não sei como algo assim é permitido. Por Merlin! Dragões. — Acrescentou, ainda alterada.
— Estou bem, só tive esse arranhão no braço. Os outros estão piores. — Harry falou orgulhoso, ganhando um sorriso da loira.
Darling olhou para o lado e notou Hermione e Rony os encarando, acenou para os dois, com o rosto vermelho, virando de novo em direção a Harry.
— Bem... Eu só queria saber como você estava... Vou indo. — A loira disse, já virando para partir.
, espera! — Potter começou, sem jeito. — Podemos conversar? — Completou.
Darling olhou em direção aos amigos do moreno; Hermione, ao notar a situação, falou rapidamente.
— Harry, nós temos que resolver algo antes de ir para o Salão Comunal, te encontramos lá? — Mione falou, já arrastando Rony, que olhava para e Harry sem entender.
O garoto olhou para a loira por alguns minutos, sem saber o que falar, respirando fundo em seguida;
— Me desculpa. — Harry soltou, encarando a loira.
— Pelo o q uê exatamente? — Darling questionou, olhando para Harry.
— Por ser um imbecil? — Harry disse, mais como uma pergunta. — É que eu nunca me senti assim por uma garota antes, não sabia como agir…
— Bem, para o futuro, guarde essa mensagem: fazer ciúmes nunca vai ser a solução. — A loira falou, olhando séria para o garoto. — Sabe, Harry, eu não estava real chateada com você, até aquilo acontecer. Não gosto de ser manipulada. E sei que ainda estamos nos conhecendo, mas a melhor forma de me conhecer, é falando comigo, não indo por ideia de amigos. — disse séria, colocando para fora como estava se sentindo.
— Agora eu sei disso, . Sinto muito. É que eu real não entendo muito sobre garotas. E os meninos pensaram que seria uma boa ideia. Mas te garanto que aprendi da pior forma que aquilo foi a pior decisão possível. — O moreno falou, sorrindo fraco para a corvina. — Então... amigos? — Perguntou, hesitante.
— Você realmente sente algo por mim? — questionou direta a um Harry de olhos arregalados.
— Ér... sim. — Potter respondeu, corando fortemente.
— Então talvez possamos tentar ser mais que amigos. — A loira sorriu, tirando uma coragem que só conseguiu depois de começar a andar com a e , e aproximou-se do garoto, plantando um beijo leve em seus lábios.
Harry sorriu para Darling, esquecendo o dragão que tinha acabado de enfrentar, as próximas tarefas e o questionamento sobre quem havia colocado o seu nome no Cálice de Fogo. De mãos dadas com , foi em direção ao castelo, na esperança de encontrar uma sala vazia ou algum lugar com mais privacidade, para recuperar o tempo perdido.
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Cedrico, assim como o restante dos alunos do quarto ao sétimo ano da Lufa-Lufa, estavam espalhados pelo Salão Comunal, esperando o anúncio da Prof. Sprout, a qual ainda parecia entretida regando uma das plantas mais ao canto, que, segundo a bruxa, não estava recebendo a quantidade de sol que precisava.
— Hm… Professora? — Emmett chamou finalmente, já um tanto impaciente com a demora. — Qual o aviso que a senhora queria passar?
— O que…? — Começou, distraída com sua atividade, então parecendo se dar conta da quantidade de alunos que esperava por ela, deixou o vaso de lado, esfregando as mãos para tirar os vestígios de terra. Aproximando-se do meio do salão e os encarando sorridentes; — Bem, como todos sabem, o Torneio Tribruxo continua sendo o grande acontecimento deste ano. — Anunciou, e logo virou-se para Diggory, sentado ao canto do sofá. O rapaz sorriu pequeno quando a professora e os colegas o encararam — E, além das Tarefas, temos também um outro evento tão importante quanto, o qual serve para interagirmos com nossos convidados e, assim, estreitarmos nossos laços de amizade com eles. Por isso, na Véspera de Natal, teremos o Baile de Inverno!
— Um baile? — Ernesto gritou, começando a rir nervosamente.
— Sim, Sr. MacMillian, um baile e um jantar. E, antes que me façam perguntas bobas, sim, o Baile de Inverno serve para dançar. Garotos, espero que todos vocês participem das aulas que eu marquei para a turma inteira! — Avisou, apontando para um quadro de avisos ao canto. — E, é claro, não esqueçam seus pares.
Cedrico, assim como a maioria dos colegas, esperou a Diretora sair do Salão Comunal para começarem a falar uns com os outros; enquanto as garotas pareciam extremamente ansiosas, os rapazes pareciam a ponto de se atirarem no Lago Negro.
— Pelo menos você já tem um par, — ouviu Monty comentar ao seu lado, coçando o queixo — agora eu tenho que escolher apenas uma garota para convidar!
— Como se fosse um grande trabalho para você encontrar alguém, não é? — Sorriu para o amigo, antes de levantarem-se quase ao mesmo tempo, saindo do Salão para o almoço.
— Tenho que pensar bem, Ced, já que você já está fora do mercado, tenho muitas opções boas, não posso desperdiçá-las. Além do mais, tenho que tomar cuidado, a garota que eu levar pode achar que vou pedí-la em namoro no Natal! — Explicou-se, ajeitando o uniforme, enquanto caminhavam pelo corredor.
Diggory riu, passando o braço pelos ombros do amigo;
— Eu acho que você deverá agradecer profundamente se alguma garota aceitar seu convite, você é um péssimo dançarino, Monty!
O outro sorriu, concordando, antes de piscar na direção do outro;
— Não preciso dançar, Ced, vou me garantir com uns beijos, sabe que elas não vão resistir ao meu charme lufano!
— Emmett, você acha mesmo que qualquer uma das garotas que forem nesse Baile vão ficar ok em ficarem sentadas enquanto todos os outros dançam? Por Merlin, você tem que ser o primeiro a chegar e o último a sair dessas aulas!

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Para George, todos os dias estavam ótimos desde que tinha se acertado com . Até as aulas de Transfiguração com a Sonserina eram agradáveis porque afinal, era com a Sonserina. Winter valia por toda a provocação de seus colegas de classe.
— Estão dispensados — a voz de Minerva ecoou pela sala, fazendo todos os alunos pularem de alegria — Os alunos da Sonserina podem se retirar, mas eu gostaria de conversar um pouco com os grifinórios.
— Ih, boa sorte para vocês — riu para os amigos que apresentavam semblantes confusos — Te vejo mais tarde, Gê — piscou.
Quando restaram apenas os alunos do sexto ano da Grifinória, a diretora da casa voltou a falar.
— O Baile de Inverno está próximo, é uma tradição do Torneio Tribruxo… — A professora dizia, mas a mera menção de baile fez George ficar com os nervos à flor da pele.
— Baile? — Sussurrou para os amigos — Como assim baile?
— Pode chamar de festa, se quiser — Lino riu baixo — Comida, música, garotas.... Qual parte você não entendeu, Weasley?
— Música… Garotas… A gente vai precisar dançar!
— E? — Fred não entendia o por quê do alvoroço — George, o que foi? Você nem vai precisar pensar em quem convidar.
— Ai meu Merlin, o convite. Tem que ser perfeito! Eu preciso de tempo para me preparar, mas não pode ser muito tarde porque senão vai ser muito em cima da hora, mas e se outra pessoa resolver… — murmurava desesperado para si mesmo.
Lino não conseguiu conter a gargalhada, fazendo com que Minerva o olhasse feio.
— Desculpe professora — falou alto, virando para Fred em seguida — Eu acho que o seu irmão enlouqueceu.
— Eu tenho certeza — o ruivo tampou a boca com a mão para abafar a risada.
George não parou de murmurar. Minerva terminou de dar todas as instruções, e algumas ameaças, e Fred e Lino precisaram arrastar George para fora da sala.
— Aconteceu alguma coisa com ele? — A professora perguntou preocupada franzindo as sobrancelhas. O garoto estava pálido e murmurava coisas incompreensíveis.
— Garotas — Fred riu — Acho que a notícia de um baile foi demais para ele.
McGonagall concordou com um aceno, esperando que saíssem da sala. Quando ficou sozinha, se encostou em sua mesa e revirou os olhos.
— Adolescentes… — murmurou, balançando a cabeça em desaprovação — Se impressionam tão fácil.
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Cedrico estava guardando seu livro de Defesa Contra as Artes das Trevas, quando sentiu um aperto em seu braço;
— Me encontre ao final das aulas na sala do Binns. — George pediu, olhando-o sério por um instante, antes de dar-lhe as costas e seguir junto a Fred e Lino.
Diggory continuou a encarar as costas do ruivo, com o cenho franzido.
— O que ele queria? — Emmett perguntou curioso, antes de sinalizar para o amigo que começassem a sair, visto que os alunos do segundo ano estavam entrando na sala.
— Não faço ideia, só pediu para falar com ele depois… — Deu de ombros, um tanto curioso com a reação exagerada do Weasley.
Pensou rapidamente se tinha qualquer coisa que pudesse ter dado errado e pudesse comprometer seu “relacionamento”, o qual mal havia começado. Seguiu Emmett pelo corredor, não prestando muita atenção no que o amigo dizia, ainda pensando sobre o que poderia ter feito de errado para George estar tão nervoso.
Encontrou com e os amigos voltando da aula de Herbologia, sorrindo em sua direção e sendo correspondido com uma piscadela e um sorriso de canto da garota. Aquilo o acalmou; se ela estava sorrindo para ele nada tinha desandado, pelo menos por enquanto. Puxou Potter quando o viu subir junto a Rony, vendo o mais novo o olhar assustado até o reconhecer.
Montgomery parou junto, apurando os ouvidos para a fofoca; o trio Diggory-Potter-Weasley havia virado seu passatempo preferido aquele ano, quase torcia para algum deles fazer algo errado para que voltassem a se reunir e chorar pelos cantos ao verem suas garotas com Rogério.
— O que foi? — Potter perguntou curioso.
— George falou com você?
— Sim, pediu para encontrá-lo após as aulas… Mas não disse o motivo.
— Então você também não sabe se aconteceu algo? — Questionou, passando a mão pelos cabelos e bufando.
— Não faço ideia, perguntei, mas ele só me disse que era urgente!
— O que foi que vocês aprontaram dessa vez, ein? — Monty perguntou com a sobrancelha arqueada.
— Nada. — Falaram ao mesmo tempo.
— Preciso ir, tenho aula com a McGonagall agora, — Harry avisou, antes de virar-se — nos falamos depois. — Acenou, logo voltando a acompanhar Rony, que o esperava um pouco distante, ainda olhando com cara de poucos amigos para os dois lufanos;
— Qual é o problema do Weasley-Seis? — Quis saber, Emmett, estreitando o olhar para o ruivo.
— Eu sei lá, deve estar assim por não ter sido convidado para a festa…

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Harry entrou na aula com a cabeça em outro lugar. O moreno ficou preocupado com a mensagem de George, o ruivo parecia realmente abalado. E tinha pedido a Diggory também. Potter repensou as atitudes dos últimos dias, não lembrou de ter feito nada de errado, nem de ter falado nada demais.
Tinha passado o tempo livre entre amassos com a e colocando o Rony a par dos acontecimentos das semanas que passaram sem se falar; Rony, claro, ficou bastante chateado por não ter sido convidado para a festa, Harry decidiu não comentar que a Gina foi convidada e menos ainda que ele e a ruiva tinham se beijado.
Potter balançou a cabeça, enquanto Profª McGonagall seguia com a aula, acreditou que dessa vez era inocente e que o problema, seja lá qual fosse, foi causado pelo ruivo.
Ou talvez não fosse algum problema. Potter tentou relaxar, mas foi em vão.
Tendo problema ou não, a curiosidade ocupou a mente do garoto durante quase toda a aula, com exceção das lembranças da noite anterior, em que ele e tinham aproveitado, graças a Capa de Invisibilidade, um bom tempo dentro de uma sala vazia. Riu sozinho ao lembrar.
A corvina vinha quebrando várias regras nos últimos dias, junto com Harry e incentivada por e . Potter não estava reclamando, muito pelo contrário.
Entre os devaneios e as tentativas falhas de transformar as Galinhas-de-Guiné em Porquinhos-da-Índia, Harry e Rony brincavam de luta de espada com as varinhas falsas que compraram dos gêmeos Weasley.
— Potter! Weasley! Querem prestar atenção? — Profª McGonagall falou irritada, chamando a atenção dos garotos. Havia dispensado os alunos das outras Casas. — Agora que Potter e Weasley tiveram a bondade de parar com as criancices. — Falou dura, deixando tanto Harry quanto Rony envergonhados. — Tenho um aviso para dar a todos; O Baile de Inverno está próximo, é uma tradição do Torneio Tribruxo e uma oportunidade para convivermos socialmente com os nossos hóspedes estrangeiros. Agora, o baile só será franqueado aos alunos do quarto ano em diante, embora vocês possam convidar um aluno mais novo se quiserem…
Harry notou Lilá e Parvati virarem a cabeça para encará-lo, dando risadinhas, a Profª McGonagall ignorou as duas. Harry achou injusto, já que tinha sido chamado atenção há pouco tempo pela professora. A Diretora concluiu sua fala e dispensou a turma, Potter começou a levantar, sentindo o peito apertado. e Mione davam risadinhas; O garoto encarou as amigas surpreso, jamais as tinha visto dando risadinhas.
No que o Baile de Inverno transformava as garotas?
Olhou para Rony e acalmou-se ao perceber no amigo o mesmo olhar aterrorizado.
Estava pronto para ir embora quando ouviu seu nome ser chamado.
— Potter, uma palavrinha, por favor. — Profª Mcgonagall falou, Harry, que pensou que estava em apuros pelas brincadeiras feita na aula, caminhou até a escrivaninha da professora desanimado. — Potter, os Campeões e seus pares…
— Que pares? — Harry perguntou, sem compreender.
A professora o encarou desconfiada, pensando que ele estava querendo fazer graça.
— Os pares para o Baile de Inverno, Potter. — Explicou com frieza. — Os pares de dança.
— Pares de dança? — Harry falou, arregalando os olhos. — Eu não danço. — Completou depressa.
A professora continuou a falar, mas Harry desligou sua mente à medida que as palavras foram processadas; Baile de inverno. Convidar alguém. Dançar.
O garoto engoliu em seco. Claro que ele queria ir com a Darling, mas não estava confiante a pressupor que era uma garantia. E, com certeza, e iam influenciar a garota a esperar por um pedido. E dançar, pelas Barbas de Merlin.
— … É o que estou lhe dizendo. Tradicionalmente os Campeões abrem o baile com seus pares. — A professora falou, ao notar o olhar ainda aturdido do garoto, bufou, sem paciência. — Ah, Potter, faça-me o favor! Basta convidar a Srtª Darling! Vocês dois não andam disfarçando pela escola a relação de vocês. — Harry arregalou os olhos para a professora. — É a tradição, você é um dos Campeões de Hogwarts e vai fazer o que se espera de você como representante de sua escola. — Minerva falou, dura. — Portanto, convide a garota, Potter. — Concluiu, o dispensando com um aceno.
Harry respirou fundo e caminhou para fora da sala.

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Harry saiu do Salão Principal após o jantar caminhando em direção a sala do Professor Binns, estava na metade do primeiro lance de escadas, quando ouviu uma voz às suas costas;
— Ei, Potter! — Virou-se, logo vendo um sorridente Cedrico subir de dois em dois degraus.
— Por que…? — Começou, interrompendo-se ao ver andando por ali, saindo do mesmo canto que o lufano tinha vindo — Ah, entendi.
Cedrico riu ao ver a loira entrando pelo Salão Principal, em direção a mesa da Grifinória;
— E então, alguma ideia do que possa ter acontecido?
— Nenhuma, conversei com a hoje, e ela não mencionou nada sobre estar brava comigo ou qualquer coisa… E fez as mesmas piadas sem graça de sempre, se tivéssemos feito algo elas já estariam sabendo, não é? Mas tem algo que está me deixando extremamente preocupado... — Potter deixou a voz morrer, comentando nervoso, lembrando das informações da professora sobre o baile.
— Imagino que sim, Winter não perderia a chance de fofocar. — O loiro concordou, não escutando o restante da frase, antes de olhar pelo corredor vazio e abrir a porta da sala de História da Magia. — Muito bem, Weasley, o que foi que aconteceu? — Perguntou assim que passou junto à Harry, vendo o ruivo andando de um lado para o outro dentro da sala.
— Precisamos de um novo plano! — George respondeu parecendo tão aflito quanto antes.
— Foi para isso que você nos chamou? — Harry questionou, suspirando frustrado. Tinha deixado de encontrar com Darling para ver qual a emergência do Weasley. E ele não estava com cabeça para outros problemas, só conseguia imaginar o vexame que iria passar dançando. O garoto preferia enfrentar outro dragão.
— O que aconteceu? — O lufano quis saber, cruzando os braços curioso.
— Vocês não viram o que a McGonagall falou? Temos um Baile acontecendo no Natal. Precisamos de um plano para convidá-las! — Explicou, determinado.
Cedrico e Harry se encararam por alguns segundos, começando a rir em seguida;
— Você só pode estar brincando — Potter negou. — A sua preocupação é com os convites? Vamos ter que dançar! — O mais novo quase berrou. — E os Campeões — falou, apontando para ele e Diggory — que vão abrir essa dança. — Passou as mãos pelos cabelos, muito nervoso.
— E, além do mais, teríamos um problema se já não estivéssemos saindo com elas, — o loiro falou — agora a surpresa seria apenas se nós convidássemos outras pessoas.
— Você não está entendendo a gravidade da situação, não é? — George irritou-se, bufando — Você sabe dançar, Diggory? Porque pelo surto do Potter, já sabemos que ele não.
— E você realmente acha que as meninas não vão querer serem convidadas? — Harry começou. — Algo me diz que elas ficarão profundamente irritadas se simplesmente falarmos que elas vão conosco. — O moreno concluiu.
O rapaz pensou por um momento, dando de ombros;
— Eu sei alguns passos… — Cedrico comentou sem graça, coçando a nuca.
Harry fez um barulho com a boca, considerando-se incapaz de responder aquela pergunta, nunca havia dançado, não sabia se, de fato, seria bom ou não com aquilo.
— Exatamente. Como eu disse, precisamos de um novo plano!






Fim!



Nota da autora: Nós somos apaixonadas na amizade desse trio.
Kisses 2 serviu para mostrarmos mais o lado deles, o que vocês acharam?
Essa demorou um pouco para sair, mas rimos muito no processo de escrita. Esperamos que tenham gostado, leia a próxima (e todas as nossas outras fics).
E não esqueçam de comentar.
Malfeito feito!



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