Última atualização: 31/12/2020

Capítulo Único

e Harry se viram muitas outras vezes desde que tinham se reencontrado. Era oficialmente o encontro de nº "ninguém mais faz ideia” e as coisas estavam indo muito bem entre eles. Não, não era exatamente que eles estivessem namorando, eles ainda estavam se conhecendo, aquela fase gostosa de um romance inicial em que se tem a euforia das borboletas no estômago. Eles gostavam de passar um tempo juntos quando Harry tinha uma folga entre um show da turnê e outro.

Os pais de , ou , como ainda gostava de ser chamada, tinham vindo de Manchester até Londres passar a semana, era o aniversário da mãe de e tinham combinado de jantar fora. Com Harry também na cidade, a garota não pensou duas vezes em convidá-lo para ser seu date da noite, contabilizando mais um encontro para aquela lista que eles nem estavam, de fato, listando.

Era uma quarta-feira à noite e trabalhou o quanto pôde no The Spaniards Inn, não podia ficar o turno completo, porque sabia que sua mãe, assim como a maioria dos britânicos, era de extrema pontualidade e ela jamais a desapontaria no dia de seu aniversário. Por isso, se despediu de todos quando ainda não passava das cinco da tarde e caminhou os poucos metros que separavam o pub da casa de Harry, que, avisado por uma breve mensagem, já a esperava sorridente no portão.

- Ei! Como foi hoje? - Ele perguntou após se abraçarem.

- Movimentado. - Respondeu enquanto andavam até a porta de entrada.

Após tantos encontros, Harry já havia se acostumado ao jeito mais reservado e contido de , que era sempre de poucas palavras. Exceto quando estavam na cama, que era quando ela se revelava uma pessoa totalmente diferente, com olhos que falavam mais que todas as palavras já usadas poderiam dizer.

- Sério? Em plena quarta-feira? - Harry sempre mantinha a conversa fluindo, ele era ótimo nisso. E naturalmente atencioso também.

- Uns executivos almofadinhas reservaram uns quinze lugares hoje para o almoço. Estavam comemorando uma meta alcançada, algo assim. Pediram o vinho mais caro. Sabe o que é pior de tudo? Meu pai insiste que eu que tenho que atender esses tipos de clientes.

Harry riu desse comentário, sequer se tocava que ela meio que fazia parte dessa classe de executivos almofadinhas. Bem, ela poderia fazer parte financeiramente, mas seu coração era simples.

- Está cansada?

- Um pouco, mas um banho vai resolver.

- Que horas temos que encontrar seus pais?

- Às sete. - Ela sorriu. - Obrigada por ir comigo.

- Obrigado por me convidar. - Harry sorriu também.

Harry, na verdade, ficou bastante surpreso com o convite. Exatamente por já estar acostumado com o jeito da garota, ele não imaginou que fossem dar esse passo tão cedo, ainda mais se tratando de , sempre evasiva nas respostas, sempre evitando detalhes pessoais. Ele sabia que para ela apresentá-lo aos seus pais significava realmente uma grande coisa.

Por vezes Harry temeu que a garota pudesse sumir novamente sem deixar rastros. E ele tinha se prometido que não a procuraria dessa vez. Não que ele acreditasse que fosse cumprir essa promessa. era alguém de quem valia a pena o esforço. Agora já sabendo superficialmente sobre o passado da garota, conseguia entender um pouco o porquê de tantas camadas de proteção erguidas por ela, sabia que não era algo pessoal contra ele. Era só... ele sabia que se causasse uma boa impressão no jantar de hoje à noite, estaria perfurando uma dessas camadas e cada camada o levava à outra, seria menos uma até tê-la desarmada e tudo bem por enquanto, porque quando os dois estavam sozinhos, quando as quatro paredes do quarto dele serviam de palco para aquela energia que emanava deles sempre que juntavam seus corpos, quando aquilo acontecia ela era só... ela. Inacreditavelmente vulnerável. E para ele isso era perfeito.

Mas o que mais fisgava Harry não era o tempo em que passavam juntos trancados no quarto, mas sim o tempo que passavam juntos fora do cômodo. Eles conversavam muito, Harry tinha visto em mais que um rosto bonito. Podiam passar horas conversando sobre os mais diversos tópicos. Eles tinham descoberto tantas coisas em comum que Harry temeu que não pudesse mais ouvi-la falando sobre assuntos que ele sempre se achou especialista de uma perspectiva totalmente nova. Ele temeu não ver mais aquele brilho em seu olhar que o puxou com estranho magnetismo desde o primeiro minuto que se encontraram. Talvez em algum ponto ela o transformasse em pedra, tal como medusa. Harry sentia que ela poderia exercer o poder que quisesse com aquele olhar, que o penetrava e o varria sem o menor esforço, como se ele não tivesse nenhuma armadura. Ele ainda não tinha decidido quão cruel ela poderia ser com seu coração. Talvez ele sequer conseguisse mensurar os possíveis danos.

Ele já conheceu mais familiares do que pode contar. Conheceu inúmeras mães em camarins, e até bastante pais também. Sempre se deu bem com todos eles, inclusive com os pais de ex’s. Ele sempre era o querido em qualquer grupo familiar. Mas estava nervoso, porque sabia que só tinha aquela chance para não estragar tudo. E com , uma chance pode ser a única.

- Obrigada por deixar eu me arrumar aqui também, Harry. Eu teria que sair bem mais cedo se fosse para casa.

- Não se preocupe, babe. Mi casa es su casa. - Harry piscou divertido.

- Você fala espanhol? - não tinha entendido nada.

- Não. Nem um pouco. - Riram da resposta de Harry. - O que eu quero dizer é: eu gosto de ter você por perto.

- Eu gosto de estar por perto.

Sorriram um para o outro por um momento.

- E de qualquer jeito, é muito mais vantajoso para mim que você se arrume aqui do que eu ter que atravessar a cidade para te buscar. Não que eu me importaria, é claro.

Harry nunca havia ido à casa de . Sabia que isso, buscá-la, não aconteceria. Mas ele era ardiloso.

- Ah, eu não te incomodaria. Poderíamos ter nos encontrado lá. - Ela respondeu com seu típico tom de voz doce.

Era incrível para Harry como a garota poderia ter a fala calma e tão decidida ao mesmo tempo, do tipo que te persuade sem você perceber, com jeitinho, com astucia. Uma feiticeira.

Ela desconfiava de tudo e de todos, mas ele quem estava de quatro por ela. Então ele quem deveria tomar cuidado, principalmente sem saber se em algum ponto ela sentia o mesmo interesse. Ele esperava que sim.

- Vou para o banho.

- Posso ir com você? - Foi a resposta imediata e impensada de Harry.

Óbvio. - Ela sorriu, maliciosa. - A noite vai ser longa e você não sabe a cilada que te espera.

Harry riu, estava ansioso para essa cilada. Não, ele estava aflito por isso. Por ele, teria pulado de cabeça no taque fervente, restrito e íntimo que era a vida de . Ele teria pulado de roupa e tudo.



- Mas então, aonde é que vamos mesmo?

- Nesse lugar chamado... - buscou o celular na bolsa para checar a informação. - Alain Duca-ducas alguma coisa at The Do-dorchester.

- Alain Ducasse. É o nome do chef. Francês. Eu conheço o lugar.

- Eu não sei nem pronunciar essa merda.

- Baby, you’re perfect.

A garota arqueou as sobrancelhas e tombou a cabeça para o lado, sem entender o motivo pelo qual Harry cantou.

- É... Você-você não conhece mesmo as minhas músicas. - Harry falou por fim.

- Desculpa? Me diz o nome que eu prometo ouvir.

- Vamos, , eu vou colocar no carro agora.

Rindo, ambos foram para o carro e saíram pela garagem, passando em frente ao pub em direção ao restaurante.

Assim que estavam há alguns minutos na rua, Harry conectou o celular ao som do carro e colocou a música da sua antiga banda para tocar.

- Ah, eu achei que era sua, sua, mesmo. Não da banda. - Foi o comentário de . - Eu pensei que as horas de tortura ouvindo minhas irmãs ouvindo seus CDs em repetição pelo menos cinco vezes todos os dias não estavam servindo de nada. - Harry gargalhou.

- Ouvir minhas músicas é uma tortura para você?

- As mesmas músicas sem parar, sim.

- Me desculpe, sabe? Se eu não tenho mais músicas ainda.

- Izabel me contou que você escreveu mais de 60 músicas para o primeiro álbum.

- Quando ela te contou isso?

- Outro dia, por quê?

- Só gostei de saber que vocês falam de mim. - Harry sorriu e revirou os olhos.

- É, ela também disse que você era egocêntrico. Só não fazia ideia do quanto. - Harry gargalhou dessa vez.

- Eu não fiz nada, pega leve.

- De qualquer forma, a culpa é meio que sua por só ter a quantidade de músicas que tem.

- Só porque eu escrevi 60 músicas não quer dizer que eram todas boas.

- É, você não é tão egocêntrico assim. - Dessa vez foi a garota quem sorriu.

gostava de passar um tempo com Harry. Ela poderia até se acostumar com isso, com a presença constante mesmo que de longe, com o bom humor matinal que combinava com o dela, os dois sempre bem animados logo pela manhã. Poderia se acostumar com os risos a todo momento que Harry a proporcionava, com o cuidado, com o carinho, com aquela energia boa que emanava dele sempre que ele chegava no ambiente. Em qualquer ambiente.

O problema é que tão rápido quanto ele chegava, ele também ia embora e logo depois estava de volta. Era uma inconstância que talvez ela não soubesse lidar. Harry era constante, sua disponibilidade, não.

Aliás, Harry era sempre disponível para o que ela precisasse. Mas é também um problema quando você não necessariamente “precisa”. E aí quanto menos ela precisava de alguma ajuda, mais ela o queria por perto, só por querer. Porque ter Harry ali a fazia precisar menos. Do que quer que fosse. Então não é como se ela pudesse recorrer a ele o incomodando sempre que só sentia sua falta. Ele era ocupado. Sua vida, uma loucura.

Harry tinha esse brilho no olhar de quem mudaria o mundo com as próprias mãos se pudesse. Ele não tinha medo de se envolver, de “colocar a mão na massa”, de participar, de ser diferente e de fazer diferente. E o admirava por isso. Muito.

Poucas coisas a surpreendiam nessa vida. Menos ainda pessoas. E Harry tinha a surpreendido da maneira mais positiva, promissora e efetiva que ela poderia imaginar. Harry era esse sopro de ar quente no dia mais gelado de inverno em Londres. Que aquecia as mãos, a alma e o coração. Harry era um grande ser humano com um sorrisinho torto genuíno, pés atrapalhados e uma péssima postura que ela tinha certeza que acabaria com sua coluna um dia. E ainda assim, magnético. Ela não entendia como esse Harry, meio tímido às vezes, exalava confiança ao se portar. Até mesmo incerto ele parecia saber das coisas. Um doce paradoxo para a garota que gostava de observar os hábitos das pessoas que convivia. Outro ponto que a deixava surpreendida sobre ele.

costumava achar que a excitação toda que sentia na presença de Harry era culpa do vinho, ou de qualquer outra bebida que estivessem tomando, mas quanto mais tempo passava com ele, mais notava que era simplesmente porque ele tinha essa coisa que a deixava irresistivelmente atraída à presença dele, sendo mais e mais difícil desviar o olhar dele, sendo impossível não prestar atenção nele. Um hipnotismo.

- Você escreveu isso? - perguntou descrente ao ouvir o brigde da música, que inclusive era cantada por Harry. - Você?

Como se não pudesse acreditar que aquele cara ali ao seu lado pudesse escrever algo sobre não ser o sr. certo. Harry era aquela pessoa que você podia contar para qualquer coisa. A qualquer hora. Cantar sobre ser o cara “certo”, mas somente para o “momento” não parecia encaixar nem um pouco em seu perfil.

- Louis e eu, sim.

- “And if you like cameras flashing every time we go out". - A garota repetiu o que acabara de ouvir. - Eu deveria ter fugido enquanto era tempo. - Provocou em riso.

- Bem, eu não estava falando exatamente dessa parte.

O rádio já tocava outras músicas enquanto eles ainda se mantinham presos naquela conversa.

- Ah sim, você estava falando do que, mesmo? Encontros secretos de madrugada depois de algum show, entrar pela porta dos fundos nos restaurantes e ficar presos dentro do quarto o dia inteiro? - Citou algumas das coisas que eles costumavam fazer.

- Mais ou menos isso.

- Ótimo! Eu não gosto mesmo de flores e de caras que me levam para casa. - respondeu com um sorriso de lado.

- E nem de promessas, pelo jeito.

- Prefiro ações. - Harry sorriu com a resposta. Cada vez se sentia mais atraído por essa sensação de “espírito livre” que a garota transmitia.

Não era só medo de se entregar. Era também estar confortável demais não pertencendo a ninguém, senão ela mesma. E ela odiava que dissessem coisas só porque aparentemente ela gostaria de ouvir. Preferia relações sem cartas nas mangas. Ainda mais algo vindo de Harry Styles, ela não gostaria mesmo de ouvir nada vindo dele, pois sabia que seria uma mentira. Não porque ele era um mentiroso, mas simplesmente porque o mundo ao qual ele pertencia não o permitia cumprir promessas, menos ainda as de longo prazo. Era o que pensava.

- Chegamos. - Harry anunciou ao virar à direita e sair da rua, parando no pátio em frente à entrada do restaurante, onde um manobrista os recepcionou.

Harry desceu do carro primeiro e abriu a porta do banco de trás, retirando um buquê de lírios brancos que havia comprado para a mãe de . Logo em seguida ela desceu e o manobrista sumiu pelo estacionamento.

O restaurante ficava dentro do hotel The Dorchester, localizado bem ao lado do Hyde Park, no centro de Londres. Era um dos mais caros da cidade.

- Sua mãe tem bom gosto. - Harry elogiou a escolha do lugar, mesmo que ele já houvesse frequentado.

Por ser quarta-feira à noite, o lugar não estava tão movimentando. Harry não estava preocupado com os flashs naquele momento. E sequer se importava. Ela é um espírito livre, afinal. Rebelde no mais profundo de sua alma.

- Você está linda, a propósito. - Harry a elogiou enquanto apoiava a mão que não segurava o buquê no meio das costas dela, um gesto cavalheiresco para conduzi-la até a entrada.

poderia não saber pronunciar o nome do restaurante, mas a mãe a havia advertido sobre o código de vestimenta do lugar. Ela estava usando um vestido Yves Saint Laurent midi preto cetim de recorte diagonal, decote redondo e de alcinhas. Um blazer cobria-lhe os ombros. Uma clutch preta da mesma marca. Nos pés um clássico scarpin preto com a sola vermelha, marca registrada de Christian Louboutin. O cabelo, recém cortado, caia no pescoço, escondendo os brincos de cristal.

Parecia uma pessoa completamente diferente da que Harry havia conhecido há quase um ano no ponto de ônibus em frente ao The Spaniards Inn. De lá para cá, ele nunca mais havia visto-a com a saia e camisa do uniforme do pub.

Já Harry vestia um terno Gucci azul escuro, quase preto com uma camisa branca com os três primeiros botões abertos, revelando sua corrente com pingente de cruz e quase revelando sua tatuagem de borboleta. As botas pretas da mesma marca.

Harry tinha as unhas pintadas de amarelo e laranja dessa vez. Ele sempre tinha unhas pintadas. A presilha que não saia da cabeça tinha dado lugar a um penteado bagunçado que achou um charme.

Ele sabia que o código de vestimenta pediria mais botões abotoados, mas ele também sabia que ninguém ali falaria nada com ele sobre isso.

- Boa noite, senhor e senhorita. - O maître os saudou.

- Boa noite! - respondeu. - Reserva em nome de Antonio Spaniards. - O garçom sorriu ao ouvir o nome.

- Oh, sim. Posso assumir que a senhorita também é Spaniards? - Perguntou simpático.

- Sim, sou filha dele. - respondeu.

- Seus pais chegaram agora a pouco. - Respondeu após verificar algo no iPad. - Por favor, me acompanhem.

Assim, o maître atravessou o salão sendo seguido por Harry e . Parou ao fim do ambiente, diante de uma cortina oval brilhante que caía do teto até o chão, bem no centro. As pontas estavam levemente abertas, revelando os pais e as irmãs de já sentados na única mesa dentro do espaço.

Antes que o maître abrisse mais a cortina para que eles entrassem, anunciou em francês perfeito.

- La table Lumíere.

- Vocês reservaram a mesa privada? - Harry achou engraçado, pois só famosos ou pessoas midiaticamente influenciáveis preferiam esses lugares.

- Minha mãe é... excêntrica. - Revirou os olhos ao responder. - Você vai ver.

Terminou de falar bem no momento em que o maître puxou a cortina, gesto que fez com que sua família percebesse sua presença de imediato.

- ! Vocês chegaram! - Sua mãe foi a primeira a se levantar e lhe dar um abraço.

Harry ainda achava estranho ouvi-la sendo chamada pelo nome, tinha se acostumado com “”.

- Oi, mãe. Feliz aniversário. - Coçou a garganta. - Esse é o Harry. Harry essa é minha mãe, Celine.

Harry não sabia bem se a cumprimentava com um abraço ou com um aperto de mãos, ficou aliviado quando a mulher docemente abriu os braços.

- É um prazer, sra. Spaniards. Feliz aniversário. - Falou ao se soltarem. - Espero que goste de lírios brancos. - E estendeu o buquê para ela.

- Obrigada, querido! Mas pode me chamar somente de Celine. - A mulher sorriu.

Em seguida, Harry foi apresentado ao pai, descobrindo que ele era mais descontraído ainda do que a mãe de . Sentiu-se um tanto quanto admirado pela calorosa recepção. Pensava que talvez tivesse que causar uma boa impressão, afinal, ele estava saindo com a filha do homem. Mas o Spaniard mais velho não parecia se importar com isso.

Então as meninas se levantaram para abraçá-lo.

- Oi, Harry. - Izabel estava tão empolgada que mal podia conter os sorrisos direcionados a ele.

- Oi, Iza! Como você está?

- Eu tô super bem. E você?

- Estou ok. - Ele sorriu, simpático e atencioso como sempre. - E você, Elena?

- Eu ‘tô feliz que você veio. - A sinceridade da pré-adolescente fez com que todos rissem.

Na mesa quadrada feita para seis pessoas, todos estavam confortavelmente dispostos nas cadeiras. Os mais velhos sentaram-se cada um em uma ponta, deixando assim Harry e de frente para o outro, enquanto Elena se sentou ao lado de e Izabel ao lado de Harry, ambas de frente uma para a outra. Harry gostou disso, pois daquela forma poderia ver a todos, e para ele uma conversa olho-no-olho era primordial.

Agora que a cortina de fibra brilhante estava fechada, a mesa ficava completamente fora da vista de qualquer outra pessoa dentro do restaurante, mas ainda assim conseguiam ouvir as conversas dos outros clientes e a música ambiente que tocava num volume agradável. Era, de fato, uma escolha excelente.

- Espero que não se importem com a mesa que escolhi. - A mãe de falou. - Como eu sabia que você vinha, Harry, pensei que um pouco de privacidade seria bem-vinda.

- Não precisava se incomodar comigo, Celine.

- Imagina, querido. Não é incômodo algum. Estamos todos muito felizes com a sua presença aqui hoje.

Harry sorriu com a resposta, um pouco tímido, sem saber exatamente o que dizer. Estava mais nervoso do que queria admitir. A mãe de com certeza parecia uma pessoa bem elegante e preocupada com status sociais, então ele acreditava que parte dessa elegância era uma encenação para parecer ainda mais fina. Ele conhecia muitas pessoas assim. Não que isso fizesse ela de algum modo ruim, ou até mesmo menos amável. Mas foi a primeira impressão que ele teve.

Já o pai de parecia o extremo oposto. Estava em um terno perfeitamente alinhado, porém pela sua postura Harry pôde observar como ele não era tão influenciado por dinheiro ou status.

com certeza tinha puxado o pai.

- Como foi a vinda até aqui, meu filho? - Antonio perguntou, já tratando Harry como se o conhecesse há anos.

- Foi tranquila. Eu já conheço o lugar.

- Ah! Isso é ótimo, porque nunca tinha vindo aqui, não é, querida? - Celine foi quem respondeu.

- Uh-hum. - Ela concordou.

Nesse meio tempo em que conversavam, o garçom já havia trazido o menu e todos escolhiam enquanto conversavam.

- Você entende de vinhos, Harry? - Foi a pergunta feita pelo patriarca.

Imediatamente gelou ao encarar Harry. Ela sabia que essa era a única coisa que o pai levaria em conta para fazer um julgamento sobre ele.

- Um pouco. - Harry respondeu pescando o gesto da garota, ficando confuso então.

- Hum. O que você nos sugere?

O menu de vinhos tinha mais de 60 páginas.

- Com uma cartela tão extensa eu sugiro que peçamos a sugestão do garçom.

Resposta correta, Harry. soltou a respiração.

- Hum. - O pai de murmurou novamente e levantou o braço, chamando o garçom que aguardava num canto.

- Qual vinho você nos sugere? - Antonio então direcionou a pergunta ao garçom.

- Vinho tinto, você sabe que eu não gosto de vinho branco. - advertiu.

- Vinho tinto. - Ele repetiu. - Eu não gosto desse negócio de vinho mais caro, não. Eu quero um vinho bom. Mas sem muita frescura. - Soltou assim, na lata.

Harry apenas observava toda a cena, e mais tinha certeza de como a personalidade de era, pelo menos, 80% herdada do pai. Ela também soltava umas coisas assim na lata; como quando debochou do fato de ele dizer que “meio” que não comia carne, mesmo que eles mal se conhecessem ainda.

Ambos era autênticos, falavam o que tinha que ser falado sem muita enrolação, sem muito se preocupar com códigos e regras sociais. , de alguma forma, fazia isso com mais desenvoltura e elegância. Harry acreditava que esses eram os 20% da mãe.

O garçom então fez a sugestão e o Sr. Spaniards aceitou. Em seguida fizeram o restante dos pedidos.

- Agora eu sei de onde entende tanto de vinhos. - Harry comentou.

Bajulador. Era isso que Harry era naquele momento. Sutil, genuíno, mas ainda assim um completo bajulador.

Harry não deixou de notar que estava mais calada do que o normal. Como se a garota que ele conhecesse tivesse se transformado em outra pessoa.

estava em território completamente conhecido. Sabia exatamente como deveria se portar diante dos pais, principalmente da mãe. Ela era, sim, essa pessoa rebelde, destemida e livre, mas a família sempre foi muito rica, desde que ela nasceu. E a mãe tinha a criado quase como em um treinamento de como se portar, sempre calma, doce, gentil. Era similar ao treinamento que Harry tinha para se portar diante da mídia. Mundos tão diferentes e ainda assim que se cruzavam em tantos aspectos.

Harry não queria dizer que era como se ela tivesse outra personalidade ali naquele momento, mas era quase isso, a fala ensaiada ao responder à mãe, os gestos comedidos. Era óbvio que ele não esperava que ela fosse completamente extrovertida, até porque ela não era. No entanto, Harry jamais poderia dizer que aquela mulher na sua frente era a mesma que gritava as piores baixarias quando faziam sexo. Era como se a presença da mãe a podasse. Ele quase não a reconhecia.

A verdade é que não sabia muito bem como agir naquele momento. A presença de Harry trazia para dentro de si um paradoxo. Com uma mãe sempre tão crítica, tinha esse medo absurdo de falar ou fazer algo errado, de estragar tudo. Exceto quando estava com Harry, que era quando sentia como se pudesse ser impulsiva, problemática, correr riscos e experimentar as coisas.

Harry não sabia do conflito que se passava no interior da garota, só sabia que ela estava diferente, mais calculista, contida, de um jeito que só havia visto de modo amenizado nas primeiras vezes em que se viram. Ela também sempre aparecia assim quando ficavam alguns dias sem ver, mas depois de algumas horas trancados no quarto aos poucos ela se soltava. Quase como se pudesse voltar a ser ela mesma.

Toda essa situação deixava Harry ainda mais nervoso. Ele sentia a mão levemente tremeluzente ao segurar os talheres. Harry, sempre articulado, sempre com senso de humor afiado, no fundo era tímido a esse ponto. não deixou passar despercebido o nervosismo do cantor, lançando lhe olhares de aprovação e alguns sorrisos durante as conversas.

Ela sabia que ali deveria ser a sua zona de conforto e que deveria conduzir as coisas de modo a deixar Harry também confortável. Ela respirou fundo, não era fácil tomar a decisão de desafiar a mãe, mesmo que não diretamente. Ela sabia que tinha que se comportar, porque esse era o seu único lado que os pais conheciam, o lado que escolhe bem o que fazer e falar, que não se altera, calma e com um tom de voz baixo. Quase um robô.

Ainda bem que tinha o pai, que era um pouco mais descontraído, um incentivo indireto que a fez decidir balancear as coisas. O que você faz quando seus pais não estão olhando?

- Harry, minha filha contou que você também é de Manchester. - O Spaniard falou, deixando em aberto qual das filhas tinham dito isso.

- Não, pai. Ele é de Chesire! - Izabel corrigiu imediatamente.

Harry riu.

- Na verdade, eu nasci em Redditch. Minha família se mudou para Holmes Chapel quando eu ainda era criança.

- É mesmo? - Celine confirmou. - Eu tenho uma irmã que mora em Redditch. Fomos visitá-la tem uns 2 anos.

A ideia de quebrar qualquer regra a deixou excitada. Coisas que ela só sentia na presença de Harry, nunca pensou em se comportar na frente da mãe de uma maneira que a decepcionaria. Encarou Harry do outro lado da mesa. Ele tinha os olhos atentos nela, como sempre. inclinou levemente para frente e, num gesto quase imperceptível e totalmente direcionado a ele, passou lentamente a língua nos lábios inferiores e, em seguida, lhe lançou uma piscadela, vulgar e indecente.

A garota já tinha quase 24 anos, como buscar sua própria personalidade e uma vida que seja sua própria sem tomar riscos? As melhores lembranças sempre eram aquelas que continham incertezas. Se havia algo naquele momento que ela não tinha certeza alguma, era do que estava fazendo. O jogo ela sabia muito bem jogar, era o preferido dela. Mas ela nunca tinha jogado naquele território. A mudança de ambiente demandava cautela. Cautela era, sem dúvidas, uma habilidade que ela tinha.

Harry sorriu quase inconscientemente, lascivo ao entender exatamente o que ela estava dizendo. Em seguida negou com a cabeça, gesto quase tão imperceptível quanto o dela. Ela sempre fazia isso quando estava o chupando. Uma pausa sutil, uma passada de língua nos lábios e uma piscadinha, era o sinal de que ela ia colocar tudo na boca. Era algo premeditado, que mesmo que ele sempre estivesse esperando, nunca estava preparado. Ela sabia que fazer aquilo ali o faria lembrar disso na hora. E como não poderia se lembrar das incontáveis vezes em que ela já fizera isso? Harry pigarreou.

- E vocês ficam na cidade até quando? - Harry perguntou.

- Voltamos no fim de semana. Eu não gosto de deixar minha mãe por muito tempo sozinha. - Celine quem respondeu.

- Ah... A . - Harry quase travou ao dizer o nome certo. - Me falou que a avó mora com vocês em Manchester.

Essa foi a deixa para Celina começar a falar sobre quando o pai havia falecido e a mãe se mudado para morar com eles, não exatamente com eles, mas numa casa próxima. Harry sabia muito bem abrir um assunto; ele fez a pergunta de modo totalmente calculado. Ele precisava que o encarasse só por um momento, um lampejo e então ele daria o troco.

Não demorou que acontecesse, ele sabia que o seu olhar só não estava fixado nele, porque ela sabia disfarçar as coisas muito mais do que ele. Mas quando ela o olhou, atenta, quase como se esperasse que ele fosse fazer algo, ele não perdeu tempo. Porque se ela esperava isso dele, ele seria assim tão previsível com todo o prazer. arqueou uma sobrancelha e então Harry levou a mão esquerda ao próprio pescoço, friccionou a mão de um lado para o outro na horizontal em um gesto tão lento que ninguém, ninguém além de poderia captar o significado oculto. A forma como os lábios dela se entortaram em um sorriso lateral entregaram que ela havia recebido o recado.

Harry sabia que o golpe dele havia sido muito mais baixo. Não havia nada que gostava mais no sexo com Harry do que quando ele envolvia a mão esquerda em seu pescoço, enquanto a direita introduzia dois de seus dedos nela. Ou como na primeira vez, em que Harry nem sabia do que ela gostava, mas seu primeiro instinto foi pegar seu pescoço enquanto ela cavalgava.

Em meio a outras conversas despreocupadas foi como continuaram o jantar, tão normalmente ao ponto de que Harry, agora muito mais relaxado, se esqueceu completamente da conversa através de linguagem corporal que havia tido com , achando que tinham acabado as provocações por ali. Mas não deixaria a sua provocação passar batida, apesar de ela ter começado, o golpe foi muito mais baixo e ela não deixaria barato. Foi por isso que Harry demorou a perceber que estava usando um dos pés para cutucar bem o meio de sua canela.

Antonio falava naquele momento, Harry que estava entretido na conversa trivial, acabou se dispersando ao olhar para a garota e vê-la praticamente afundada na cadeira, esforçando-se ao máximo para que seu pé inquieto encostasse em Harry de maneira efetiva.

“O que foi?” Foi o que o olhar dele perguntou. Nem imaginando o motivo pelo qual ela estava o tocando.

Recebendo em resposta apenas um sorriso que procedeu de um gesto em que ela pedia que ele checasse o celular.

Discretamente e morrendo de medo de ser pego no flagra usando o celular no meio do jantar, Harry enfiou o aparelho no meio das pernas que estavam quase completamente embaixo da mesa e abriu o contato de , que era o primeiro na lista das mensagens.

“Pega aqui” Era o que dizia a mensagem

“Pegar o quê?” Ele respondeu.

“Põe a mão no meu pé.”

Harry imediatamente levou a mão até os tornozelos, encontrando um dos pés de . Apalpou ao redor tentando identificar algo diferente além do pé descalço da garota e o pano de sua própria calça. Tentava se manter o máximo possível ereto na cadeira, se demorasse demais acabaria chamando atenção. E então sentiu, entre os dedos do pé dela havia um pano com textura diferente da sua calça, ele segurou firme e ela afrouxou os dedos, permitindo que ele levasse o objeto consigo também para o meio de suas pernas.

Sem coragem de emergir aquilo que tinha em mãos, olhou-o por debaixo da mesa, arregalando os olhos em seguida ao identificar o que era. E então encarou , que o observava, apenas esperando sua reação. Constrangido e desajeitado, enfiou o pano no bolso da calça.

“O que é isso?” Era o que seus olhos diziam dessa vez.

A única sobrancelha de levantada já respondia tudo.

“O que você acha?”

Harry foi quem fez o sinal de checar o celular dessa vez.

“Eu acho que você é uma safada.” Ele digitou e voltou a olhar para , que conteve um sorriso e então ele soube que ela havia lido a mensagem.

A calcinha de renda preta de no bolso da calça de Harry parecia queimar a pele da sua perna. Ou talvez fosse só a mente de Harry tomando consciência de que o pano estava ali.

Harry não se perguntava como a garota tinha ficado descalço sem chamar atenção de nenhum dos outros cinco presentes na mesa, tampouco sobre em que momento ela havia, de fato, tirado a calcinha no meio do jantar com toda a família dela reunida na mesa. Ele não imaginava por quanto tempo ela vinha tentando alcançar sua perna.

Ele não podia pensar que a calcinha dela estava em seu bolso, o calor em sua pele estava sendo transferida para um lugar não muito apropriado para a situação e momento.

- Eu vou ao banheiro. - Harry anunciou subitamente, foi então que ele percebeu em como a garganta estava seca. Tomou um gole de água e em seguida se levantou, levando a mão para dentro do bolso, queria ter certeza que não deixaria a calcinha à mostra ou ao risco de que caísse.

- Eu vou também. - falou quase imediatamente ao ouvir Harry. - Eu não sei onde é o toilette, assim você pode me mostrar.

Harry apenas assentiu, ainda perplexo demais para esboçar uma reação. Ele jamais, nunca, nem mesmo em seus sonhos mais loucos imaginou que a mulher que ele levou para o jantar, que havia adquirido uma outra personalidade quando chegaram, se transformaria naquela que ele tinha ao lado agora.

Saíram da cortina que os envolvia naquele ambiente tão particular e caminharam calmamente em direção ao banheiro. Harry não foi o primeiro a falar dessa vez.

- Harry, eu quero ir embora.

- Por quê? O que aconteceu? - Uma sensação de preocupação e alerta acometeu seu corpo.

- É porque eu te quero agora.

As palavras diretas de fizeram com que o calor que se concentrada no bolso onde estava a calcinha se espalhasse por todo o seu corpo.

Ao mesmo tempo, Harry também sentiu os músculos relaxarem, não é que ela quisesse ir embora de verdade. E não é como se pudessem.

- O que você espera que eu faça com essa informação? Eu vou me sentir torturado pelo resto do jantar agora.

- Achei que tinha conseguido causar sua tortura quando te entreguei minha calcinha por debaixo da mesa.

- , isso foi... Isso foi golpe baixo. Em um nível muito mais baixo do que eu jamais poderia fazer. Você acha que eu quero ir ao banheiro? Eu só tinha que sair de lá antes que ficasse duro na frente dos seus pais.

parou de andar, Harry fez o mesmo em um solavanco e virou-se de frente para ela, apenas para encontrar em seu delicado rosto o sorriso mais obsceno que ele havia visto na noite.

- Aqui é o banheiro masculino. - Harry falou ao perceber onde estavam. - Ali, o feminino. - Bem às costas de , ela havia passado direto pela porta.

Harry e tinham feito sexo quando tomaram banho, apenas há algumas horas antes daquele momento, mas simplesmente não se cansava de Harry.

E como poderia? Como poderia se cansar de Harry? O Harry que fazia absolutamente tudo para agradá-la. O Harry que tinha passado a última uma hora compenetrando em uma conversa chata com os seus pais e mesmo assim suas feições não demonstraram desinteresse em nem mesmo um minuto. O Harry que fazia suas pernas tremerem ao lançar o mais despretensioso olhar em sua direção. E também ao lançar os não tão despretensiosos assim. O Harry que fazia suas pernas tremerem tocando-a do jeito que só ele sabia fazer. Como se cansar desse Harry? Desse Harry que estava ali na sua frente, com o cabelo bagunçado, com os finos e ralos pelos do peito aparecendo por cima dos botões exageradamente abertos da camisa que lhe caia tão bem, com os olhos verde-cristalinos encarando-a com um meio sorriso torto que projetava só covinha esquerda. E com sua calcinha no bolso da calça de mais de 1,500 dólares.

Como poderia?

Em um movimento impensado, agarrou a mão do cantor e puxou-o porta adentro, a passos largos se dirigiu à última cabine do banheiro. Harry a seguia por simplesmente estar embasbacado, sem reação. Ele sabia que existia uma , dona do The Spaniards Inn, que era esforçada, doce, gentil, educada e sorridente e sabia que existia uma , uma garota que ele só via ser trazida à luz quando estavam à sós, de preferência seguros dentro do quarto de Harry com a porta trancada. Mas aquilo, o banheiro, a forma que ela o puxou e o agarrou depois de trancar a porta, aquela pessoa ali parecia demais para a que ele estava acostumado. Quase o lembrava da mesma pessoa que o puxou para dançar Joni Mitchell no meio da sua sala de estar.

A cada nova faceta que Harry descobria acerca da garota o deixava mais fascinado, mais caído. Era quase como se ela fosse uma obra de arte e ele só quisesse venerá-la.

Ele ficou intrigado com a podada pela mãe, quase como se ele tivesse visto uma parte dela ir embora. Mas aquilo... Como ele chamaria essa personalidade extra que só vinha à tona quando misturavam tensão sexual e muito, muito vinho? Se bem que não poderia dizer que era uma personalidade à parte, mas sim como se fosse um upgrade de . Ele queria sempre mais dela. Não menos.

E como descrever em palavras o quanto gostava de todas essas versões? Deus, ele estava tão ferrado!

Harry prendeu a respiração e perdeu o fluxo dos seus pensamentos quando, no meio do beijo, apertou seu membro por cima da calça. Quase soltou um gemido quando ela afrouxou.

- Você ainda vai acabar comigo. - Harry desfez o beijo apenas para sussurrar isso.

- Eu quero é que você acabe comigo. - A resposta veio afiada.

- Meu Deus...

Harry cravou as duas mãos espalmadas na bunda de , puxando-a facilmente para o seu colo, foi quando escutaram o barulho de alguém entrando no banheiro e Harry quase a derrubou no chão.

Com mimicas e gestos espalhafatosos eles se comunicaram nos primeiros cinco segundos, ficando calados depois disso enquanto ouviam a pessoa do lado de fora abrir a pia e depois seus passos saindo do banheiro.

- Ouch! - sussurrou enquanto esfregava a lateral da sua bunda que tinha batido na trinca da porta quando Harry a soltou pelo susto.

- Shiu! - Harry repreendeu-a.

- O cara já foi embora, idiota. - A garota rebateu com um riso nasalado e em seguida abriu a porta da cabine, colocando apenas a cabeça para fora para conferir. - Vamos voltar. - Novamente puxou a mão dele e saíram praticamente correndo do banheiro.

Já no corredor, se ajudaram a ajeitar os cabelos e alinhar as roupas antes de voltarem rindo para a mesa, como se absolutamente nada tivesse acontecido nos pouco mais de cinco minutos em que tinham saído.

Nenhum dos dois tinha mais fome, por sorte, o garçom veio em seguida para retirar os pratos, dessa forma, ninguém além de Harry e notaram seus respectivos pratos praticamente intocados.

- , você precisa provar a Clementine - Tahitian vanilla ‘Mont Blanc’, é a minha preferida. - Celine comentou enquanto todos olhavam o menu para escolher o último prato do jantar, a sobremesa.

- Na verdade, mãe... Eu estava pensando se você se importaria se eu pulasse a sobremesa. Estou cansada, hoje foi um dia cheio do pub e não vejo a hora de desabar na cama.

- Claro, claro, querida. Sem problema algum. Fico feliz que tenha vindo. - A mais velha concordou sem parecer chateada.

- Harry, você pode me levar?

- Mas é claro. - A resposta veio sem hesitação.

Se despediram brevemente, mas com abraços calorosos e em menos de cinco minutos já estavam do lado de fora esperando o manobrista.

Assim que entraram no carro, Harry perguntou prestativo por onde deveria ir para pegar o caminho da casa dela.

- O quê? Mas a gente não ia para a sua casa?

- Ahn, mas você disse com a sua mãe que queria ir para a casa porque estava cansada. - Harry falou devagar, quase balbuciando.

- Harry, aquilo foi obviamente uma desculpa pra gente poder ir embora. Pode dirigir para a sua casa.

- Ok. - Deu de ombros.

- A não ser que você não queira que eu vá para a sua casa, é claro. Se você quiser ir embora sozinho, por mim tudo bem. - A resposta veio tardia, depois que eles já tinham pegado a estrada principal.

- Eu estou com a sua calcinha no meu bolso!!! - Harry respondeu exasperado, o que fez com que ela soltasse um risinho nasalado.

Harry virou em uma esquina, deixando-a confusa, porque para chegarem à casa de Harry deveriam apenas seguir a estrada principal. Ela não conhecia a rua, mas não o questionou.

- Ok. - Ela imitou Harry, dando de ombros também.

Em um movimento brusco, Harry jogou o carro para o canto da rua, parando-o no meio fio e girando de uma vez a chave para desligá-lo, então puxou-a inesperadamente pelo pescoço, beijando-a de um modo quase agressivo. A mão de Harry, com um toque gentil, desceu pelo corpo de , apertando-lhe as coxas, cintura e um dos seios. Soltou-a tão bruscamente quanto como parou o carro.

Ali, onde estavam, numa área residencial e àquela hora da noite, não havia ninguém na rua.

- Sabe o que eu quero? - negou com a cabeça. - Eu quero um boquete. Porque foi isso que você sugeriu naquela hora não foi?! Quando começou toda essa provocação.

não respondeu de imediato, apenas abriu um sorriso e destravou seu próprio cinto, em seguida fez o mesmo com o de Harry e se inclinou em sua direção. Desabotoou a calça e Harry instintivamente deslizou pelo banco, para que seu corpo mantivesse uma posição quase deitada, mesmo que o banco estivesse quase em 45 graus.

abriu o zíper da calça de Harry e, num movimento hábil, envolveu o pênis ainda não completamente ereto de Harry com uma das mãos. Então olhou de baixo para cima, como costumava fazer, ou melhor, de lado para cima, e disse num tom terrivelmente sarcástico:

- Sim, senhor.

Em outro movimento, dessa vez rápido, abaixou a cabeça e, devagar, lambeu toda a sua extensão, gesto que fez com que Harry travasse a mandíbula e jogasse a cabeça para cima, já que o encosto de cabeça do banco não permitia que ele jogasse a cabeça para trás.

Ah, se as pessoas soubessem as coisas que Harry Styles faz no escuro de uma rua deserta. A ideia não preocupava ; a ideia de algo proibido e que era ainda mais proibido ainda para Harry, na verdade, a agradava.

lambeu Harry até que ele estivesse tão duro em sua mão ao ponto de ela sentir pulsar. E então deu aquela breve pausa para o encarar, Harry, que mantinha os olhos fechados, virou o rosto para ela, olhos atentos. Foi quando ela lhe deu o olhar, o lento molhar de lábios e a piscadela. Harry arfou antes mesmo que sua boca voltasse a tocá-lo, eufórico apenas com a perspectiva, com a ideia do que ela faria.

Um gemido sôfrego demais lhe atingiu a garganta quando ela fez aquilo que ele ficou pensando a noite toda, seu pênis lambuzado de seu próprio pré gozo e saliva, inteiro dentro da boca dela. Imediatamente ela começou a fazer rápidos movimentos de vai e vem. Harry instintivamente segurou o cabelo de em um rabo de cavalo. Quase inconsciente usava a força do pulso para empurrar e puxar a cabeça dela.

- Você gosta de controlar tudo quando está em público, não é? - Disse ofegante. - Gosta que as coisas sigam no rumo das suas regras, mas quando está sozinha comigo é disso que você gosta, você gosta de ser mandada. Porque você manda em tudo, o tempo todo na sua vida, mas aqui, quem manda sou eu.

diminuiu a velocidade dos movimentos e por fim retirou o pênis de Harry da boca, encarando-o para, então, lhe dar um sorriso perverso. Ela nunca tinha se visto assim, mas talvez fosse exatamente como ou quem ela era.

- Eu gosto de deixar você achar que manda em algo. Eu te dou esse controle, Harry. Lembre-se disso; porque eu posso pegá-lo de volta quando, quando eu quiser.

E com isso enfiou o pênis de Harry todo na boca mais uma vez, só para no segundo seguinte retirá-lo e então voltar a se endireitar no banco e colocar o cinto.

Harry, como sempre embasbacado, demorou alguns segundos para entender que ela não o faria gozar. Que ela o deixaria tão duro ao ponto de só conseguir fechar a calça porque era um modelo mais largo. Rindo ainda incrédulo e fazendo um gesto negativo com a cabeça, deu partida e foram embora.

ficou se sentindo queimar ali sentada no banco do carro de Harry depois do que havia feito com ele. Quando já estavam de volta a principal, sem pudor nenhum, puxou a mão esquerda dele do volante e colocou por cima de seu vestido, diretamente entre suas pernas.

- Me toque! - O pedido veio com um tom de exigência que Harry cumpriu resoluto.

Não que ele fosse conseguir fazer qualquer coisa apropriadamente daquele ângulo e enquanto dirigia, sabia disso e ele também. Mesmo assim, de bom grado, Harry puxou um pouco o vestido de , apenas como um gesto para que ela mesma o fizesse, deixando-o na altura da barriga. Harry imediatamente se lembrou da calcinha que ainda estava em seu bolso ao encontrar a intimidade totalmente despida. Sem muitas delongas, passou um dos dedos cobrindo o máximo possível da extensão, parando no clitóris e o pressionando, só para depois circular o dedo ali.

- Você está muito molhada. - Ele retirou os olhos da estrada por apenas um segundo, apenas para ver qual seria a sua reação ao ouvi-lo dizer isso.

- É só para você. - Ela respondeu, sabendo que era exatamente aquilo que qualquer homem gostaria de ouvir. E Harry não seria diferente.

Com outro sorriso lascivo, porque muitos sorrisos indecentes estavam acontecendo naquela noite, Harry levou o dedo lambuzado diretamente para a própria boca, lambendo-o de olhos fechados.

- Eu adoro o seu gosto. E sabe o que eu vou fazer quando chegarmos em casa? - “Hum?”, murmurou. - Eu vou te chupar até você gritar e quando você estiver quase gozando...

- Você vai parar para se vingar do que eu fiz agora pouco?

- Não. Eu vou enfiar dois dedos dentro de você e você vai gozar tremendo na minha boca.

- Isso é uma promessa?

- Uh-hum. Porque depois você vai fazer o mesmo comigo e vai engolir a minha porra toda e implorar por mais gritando meu nome.

- Hum. Não sei, não. Você está falando demais hoje.

- Você me deixou puto, . Você me provocou o jantar todo, tirou a sua calcinha e me entregou por debaixo da mesa, me deixou duro e depois parou daquele jeito.

- Agora você quer se vingar?! - puxava as respostas de Harry, o mais provocativa possível.

- Eu quero ver você me pedindo piedade, . - Harry falou o nome dela, coisa que ele nunca fazia, isso fez com que todos os pelos do corpo dela se arrepiassem.

- Isso tudo porque eu disse que eu só te deixo achando que manda sendo que você nunca manda de verdade?

Harry virou o carro em frente ao portão abruptamente. Eles haviam chegado. Estavam tão entretidos criando essa tensão sexual que Harry sequer se lembrou de pegar o controle para abrir o portão quando ainda estavam apenas a alguns metros de distância da casa.

Agitado, Harry revirou o espaço entre o banco do motorista e do passageiro buscando o controle. Quando finalmente encontrou-o e o portão se abriu, ele arrancou com o carro cantando pneus e mal se deu ao trabalho de levar o carro até a garagem ou de mudar a marcha ao desligá-lo.

Pulou do banco e rapidamente atravessou pela frente do carro para abrir a porta de .

- Você está pedindo, você sabe, não sabe?

Ela apenas gargalhou ao aceitar a mão que Harry estendia para que ela descesse do carro também.

Ele bateu a porta do lado dela num estrondo e então acionou o alarme do carro, as mãos deles ainda entrelaçadas, gesto que facilitou que ele a puxasse sem muito cuidado porta a dentro.

- Harry, calma lá. Suas pernas são compridas, se você andar rápido assim eu vou tropeçar.

Harry parou e a encarou por um momento.

- Ok.

E então, em mais um movimento rápido, envolveu as pernas dela com seus braços e jogou-a por cima de seus ombros, bem assim mesmo, como se carregasse um saco de batatas.

começou a rir e a se debater. Passando ao lado das escadas e indo para o primeiro quarto que tinha no primeiro andar.

- Esse aqui ainda não usamos. - Harry falou ao colocá-la delicadamente em cima da cama.

sabia exatamente do que Harry falava, porque eles já tinham transado em vários cômodos da casa, nas duas salas, na lavanderia bem em cima da secadora, dentro de metade dos carros dele, em pelo menos três banheiros e em todas as suítes.

A garota se levantou da cama, para ficar o máximo possível próxima de Harry. Ele então deslizou o fecho lateral do vestido de , os dedos roçando de leve em sua pele que, aos poucos ficava completamente nua. Harry então terminou de desabotoar a camisa enquanto se curvava para tirar os sapatos.

- Não! Fica com eles. - Harry pediu em um tom calmo. Bem diferente da forma que estava afobado minutos antes.

assentiu e imediatamente colocou as mãos no cós da calça de Harry, abrindo-a e puxando para baixo. Harry segurou a mão dela, para impedir que ela tirasse a peça, deixando-a sem entender. Ele então levou a mão ao bolso, retirando de lá a calcinha e colocando-a delicadamente em cima da mesa de cabeceira. Depois disso, a garota entendeu que poderia terminar de retirar a peça, deixando Harry somente de cueca, o qual colou seus corpos e lhe deu um beijo enquanto suas mãos passeavam pelas costas dela, até chegar na bunda, a qual ele apertou as duas polpas, fazendo com que suspirasse contra seus lábios.

Harry traçou o caminho de volta pelas costas de apenas com uma mão, parando em seus cabelos, os quais segurou com força enquanto a inclinava para que ela deitasse na cama. Ajoelhado por cima dela, Harry traçou beijos em seu pescoço e ombros até chegar aos seios. Depois, voltou a beijá-la na boca enquanto envolvia os dois seios com a mão, apertando-os com certa pressão antes de beliscar os mamilos que endureceram em seus dedos. mordeu os lábios de Harry em reação e apertou sua nuca, puxando levemente os cabelos dali.

Harry sem delongas, levou uma das mãos até o clitóris de , que gemeu imediatamente ao seu toque. Ele levantou a cabeça para observar suas reações e então começou a movimentar os dedos naquela parte que já estava tão sensível. gemeu de novo, e de novo, fazendo com que Harry sorrisse diante dela, antes de tirar a mão completamente e substituir pela boca.

Assim que a boca de Harry tocou a intimidade de , a mulher arqueou as costas e jogou a cabeça para trás, mordendo os próprios lábios para abafar sua reação verbal. Harry sentia a glande molhando sua cueca enquanto a chupava e a via não conseguir mais conter os gemidos.

Harry precisou travar as pernas e quadril de com os braços, ela se debatia e os nós de suas mãos já estavam vermelhos de tanta força em que aplicava ao segurar o lençol da cama.

- Harry... - Ela gemeu, sôfrega. E a reposta que recebeu foi um aperto das mãos de Harry em seu quadril.

Harry diminuiu os movimentos com a língua o suficiente para que parasse de se debater um pouco. Ela mordia os lábios e tinha a cabeça curvada para trás com os olhos fechados. Quase gritou quando Harry introduziu dois dedos nela sem avisos, voltando a chupá-la com a mesma intensidade anterior. A mulher não tinha nenhuma chance diante desse estímulo, mexendo o quadril sentindo o orgasmo se aproximar. Bateu um dos braços na sua lateral ao sentir o corpo se contrair ao mesmo tempo em que um grunhido saia de sua boca.

Satisfeito com a reação provocada, Harry beijou com carinho a parte interna das coxas de , se levantou calmamente e se deitou ao seu lado, que suspirava de olhos ainda fechados e sem força para observar Harry ou seu sorriso canalha.

- Tudo bem? - Harry quis checar. Como sempre fazia.

- Uh-hum. - confirmou num tom de voz arrastado, como sempre fazia também.

Logo em seguida, se ajoelhou na cama e levou as mãos até a cueca que Harry ainda usava, livrando-o da peça, mas antes que ela pudesse colocar suas mãos nele e retribuir o favor, o cantor levantou o dedo em um sinal mudo de “não”.

- O que foi? - ficou confusa por um momento. - Não foi você quem disse no carro que eu ia fazer o mesmo com você? - Provocou.

- Mudei de ideia. - Harry respondeu calmamente, com o sorriso que não lhe saia dos lábios.

Assim que terminou de falar, se curvou até a mesa de cabeceira, retirando de lá uma camisinha que não demorou em desenrolar no próprio pênis.

- Vem aqui! - Harry pediu, fazendo um gesto para que a garota se levantasse da cama, o qual ela atendeu imediatamente.

Uma vez que tinham seus corpos colados um ao outro, Harry empurrou em direção a parede enquanto a beijava, pressionou então seu quadril no dela, fazendo com que ambos gemessem com a fricção de seus corpos nus.

Num movimento ágil e não muito comedido, Harry virou de costas, causando um barulho de baque quando seu tórax atingiu a parede.

- Ouch. - Ela gemeu com o susto.

- Desculpa. Eu te machuquei? - Harry perguntou tentando se mostrar preocupado, embora não tenha afrouxado a mão que a empurrava contra a parede.

Antes de pudesse responder algo, Harry levantou a perna esquerda da garota, colocando-a em cima da mesinha ao lado da cama. O sapato preto que ela não havia tirado do pé a pedido de Harry, reluzia em contraste com o branco do móvel. Harry manteve uma das mãos apoiadas no baixo ventre de . Como se fosse uma dança que sabia todos os passos, ela automaticamente levou a sua mão esquerda até a aba de sua bunda do mesmo lado, abrindo-a, apoiando-se apenas com a direita na parede.

Em expectativa, empinou a bunda e Harry afastou o próprio quadril por um momento, grunhiu em desaprovação e Harry soltou uma risada nasalada, voltando a se esfregar nela sem pudor. Depois envolveu a mão livre na garganta de , puxando sua cabeça para trás.

- É agora que você implora por mim?! - Sussurrou em seu ouvido.

- Ah é? - respondeu num tom de escárnio seguido de uma risada.

Harry apertou com um pouco mais de força seu pescoço, a garota não queria admitir, mas assentiu quase sem perceber, exalando o ar, eufórica. Harry sentia o corpo inflamar antes de soltar seu pescoço e levar a mão de encontro a sua bunda, em um tapa ardido. Arfando, virou a cabeça, sorrindo debochada para Harry.

Aquilo foi demais para ele, que segurou um dos seus seios e a penetrou de uma vez, ficando sem se mexer por alguns segundos. A mão de Harry que se encontrava em sua barriga, a segurou com mais força enquanto ele começava a se movimentar. Os gemidos de só aumentavam o tesão de Harry. Ele deu outro tapa, mais estralado do que o outro.

Sem que Harry parasse de penetrá-la, desceu a perna que estava em cima da mesa, procurando uma posição mais confortável, abriu mais as pernas e apoiou as duas mãos na parede. Harry a puxou pelos cabelos.

- Você está tão apertada. - Harry mordeu os lábios ao falar, a voz quase inaudível de tão arfante.

levou uma das mãos ao próprio clitóris, aproveitando as sensações de seu corpo que vibrava, quanto mais gemia, mais rápido e forte Harry estocava. E então parou de uma vez.

- Por que parou? Não aguentou ou algo assim? - ironizou.

- Há-há. - Harry bufou. - Essa é você implorando por mais?

- Nunca. - Piscou para ele.

Harry a pegou pela mão e voltou para a cama, pedindo que ela se deitasse. Ela tirou os sapatos, já estava com os pés doendo.

Harry se ajoelhou por cima dela, levantando uma de suas pernas antes de penetrá-la com tudo novamente. Ele gostava de posições em que eles estavam de frente, assim ele podia ler tudo o que ela dizia apenas com o olhar.

Dessa vez gritou, um pouco mais alto do que imaginava e suas unhas cravaram na curva do pescoço de Harry, que começou a se movimentar dentro dela. Ela contraiu seu interior, fazendo com que Harry gemesse pela pressão em seu pênis.

Com movimentos precisos, entrava e saia de dentro de , esta por sua vez gemia seu nome cada vez em um decibel mais alto. Depois de algum tempo, Harry levou o polegar até o clitóris de , estimulando o local completamente molhado, o que fez com que ela contraísse seu interior novamente, que era exatamente o que Harry queria que ela fizesse, apenas para estocar mais fundo e ouvir outro de seus gemidos.

Harry levantou a perna esquerda, para apoiar-se com o pé no colchão, enquanto a outra perna continuava apoiando-o pelo joelho. Elevou o quadril de , de modo que ficou suspenso na cama e ela precisava travar sua perna na altura do quadril de Harry. Dessa forma, ele conseguiria levar a mão esquerda diretamente no pescoço de .

- Tá gostoso, é? - Perguntou, depositando mais pressão em seu pescoço.

A resposta veio como um balançar frenético de cabeça.

- Fala. Eu quero ouvir.

- Está! Está gostoso. - respondeu em desespero, a voz esganiçada.

Quanto mais fundo Harry estocava, mais sincronizado gemia e mais ele apertava seu pescoço. Ela sentia o cabelo completamente grudado em seu rosto, devido ao suor, colocou a língua para fora, tentando alcançar o polegar de Harry, que imediatamente entendeu suas intenções e deslizou o próprio dedo pelo queixo dela até que entrasse em sua boca, ela chupou seu dedo, enquanto Harry ainda tentava fazer alguma pressão em seu pescoço com os outros dedos que lhe restavam.

tentou levar uma das mãos até seu próprio clitóris, estava se sentindo em um ponto de quase agonia, precisava gozar, já não aguentavam mais.

- Na-nah! - Harry negou, puxando a mão de antes que ela pudesse atingir seu objetivo. - O que você quer?

- Harryyyy! - Reclamou.

- Harry, nada.

sabia que o que ele queria que ela fizesse. E ela estava muito desesperada para negar.

- Por favor.

- Por favor o quê?

Harry diminuiu a velocidade, saindo completamente de dentro de e entrou bem devagar.

- Não para, por favor.

- Você quer que eu te coma mais rápido, não quer? - A garota afirmou com a cabeça. - Então diz! - Harry levou a mão que não estava no pescoço até uma das pernas de , apertando com força suficiente para deixar a marca dos cinco dedos na pele por alguns segundos.

- Harry, me come mais forte. - mudou as palavras que Harry esperava ouvir, sabendo que aquilo causaria uma reação diferente. Abriu um sorriso descarado quando ele mordeu os lábios e se inclinou para lhe dar um beijo.

- Gostosa! - Deu outro tapa em sua coxa.

Harry voltou a se levantar e então passou a atender as suplicas de , se concentrando em pressionar o clítoris com a mão direita. Harry estocava forte, fundo e rápido. alternava entre gritava seu nome e um monte de outras palavras não entendíveis para Harry enquanto implorava por mais.

Depois de um grunhindo, Harry sentiu o corpo de ficando mole e então soube que ela havia chegado lá, diminuiu gradativamente os movimentos só para que voltasse a estocar com tudo no momento seguinte, sentindo o corpo todo tremer com os espasmos de seu próprio orgasmo.

Harry não parou de imediato, manteve estocadas lentas enquanto voltava a ajoelhar a outra perna no colchão e deslizou a mão que prendia o pescoço de até seu rosto, no qual fez um carinho leve com o mesmo polegar que ela havia acabado de chupar. Se inclinou, dando-lhe um selinho nos lábios e, por fim, se levantou.

- Uau. - Foi quem disse. - Isso foi intenso. Acho que preciso te provocar mais vezes.

Harry riu e caminhou até o banheiro para descartar a camisinha, como sempre fazia quando terminavam. Voltando em seguida e se deitando ao lado dela, também como sempre fazia.

Ele passou um dos braços por baixo do pescoço dela, fazendo um carinho de leve em seus cabelos. Involuntariamente se aproximou mais de Harry, como um gato ronronando.

- Eu concordo com a parte de provocar, mas você vai ter que se esforçar um pouquinho mais para não deixar na cara o quanto adora ter uma desculpa para implorar por mim. - A garota sorriu. Talvez ele não estivesse tão errado assim.

Então o beijou, até estarem prontos para fazer tudo outra vez.




FIM



Nota da autora:Oi, meus amores! Para quem me acompanha nos grupinhos, já sabe há algum tempo que TSG ia ter uma parte 2, porém, a gente não sabia para quando, né. hahah Até que no natal, depois de enviar atts de MDD para o especial all stars, resolvi que terminaria TSG e enviaria junto como uma surpresa para todo mundo que leu e estava esperando.
Quero agradecer em especial para a Carol do Vinho, porque sem ela, essa estória não teria sido finalizada a tempo.

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The Spaniards' Girl - Restritas, Cantores, Harry Styles, Shortfic
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