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Finalizada em:: 1º/10/2021

Capítulo Único


— Acho que está na hora de tomar uma decisão.
Mantive meus braços cruzados na altura do meu peito, desejando que ela não conseguisse perceber o quão idiotamente nervoso eu estava. Eu costumava me orgulhar do homem seguro e confiante que eu era, mas notei que quando se tratava daquela mulher, minha confiança ia por água abaixo e eu me sentia tudo, menos seguro de si.
O charme que exalava pelos corredores, como se nada no mundo pudesse afetá-la de maneira alguma, era algo que me atraía de um jeito que eu não conseguia explicar. Ao mesmo tempo em que eu a achava uma mulher linda e inteligente pra caralho, eu também a achava um pouco arrogante demais. Certamente, ela também não me suportava de maneira alguma, mas havia a boa e velha provocação entre nós. Até dois dias atrás, em que eu a beijei, tomado pelo impulso e bastante álcool no sangue. A princípio, retribuiu, o que foi estranho, mas também foi… Incrível. Correndo o risco de parecer um idiota meloso, nosso beijo encaixou perfeitamente, quase como se nossas bocas fossem feitas exclusivamente para isso. estava um pouco bêbada, claro, mas não a obriguei a nada, o que só me mostrava que, por baixo de todas as provocações e olhares irritados que ela me lançava, ela também me desejava.
— Vá embora, .
A porta estava meio aberta atrás de mim. Os olhos dela fixaram-se exclusivamente na minha postura e a sua resposta não ajudou em nada a minha autoconfiança recém-abalada. esfregou o rosto, parecendo cansada demais do dia cheio que tivemos: eu era ator e cantor e fui escalado para fazer parte do cast da segunda temporada da série que ela produzia. Eu soube, um tempo depois, que ela não ficou nada feliz com a minha escalação, mas como não tinha poder suficiente para impedir um ator no auge do estrelato, resolveu ignorar a minha existência pelos corredores dos sets.
… — eu disse, desistindo da minha postura. Descruzei os meus braços e soltei um suspiro derrotado. — Podemos conversar só um pouco?
Observei a bagunça que aquela sala estava, mas não me importava. Se tratando daquela mulher em questão, a organização não fazia parte do seu vocabulário.
não me respondeu imediatamente. Ela desviou os olhos e bebeu o resto de café que ainda tinha em seu copo da Starbucks, que ficava logo do outro lado da rua. Ela vestiu um casaco por cima do vestido vinho que usava e ajeitou o cabelo em um coque muito malfeito, se equilibrando naqueles saltos finos que usava. Observei todos os seus movimentos em silêncio, quase hipnotizado por sua beleza.
— Sobre o quê? — virou-se, finalmente me dando uma resposta.
Umedeci os meus lábios e soltei a respiração pela boca entreaberta. Por um breve momento, esqueci totalmente o que estava fazendo ali.
— O beijo. — soltei.
apertou os lábios e respirou fundo. Ela não tinha esquecido, afinal. Só tinha fingido que nada tinha acontecido porque era mais fácil reconhecer que o beijo, de fato, aconteceu. E sendo completamente sincero, eu estava cansado de ser esnobado pelos corredores, pelos cenários, nas noites de show de karaokê. Estava cansado de nutrir aquele desejo absurdo que eu sentia por ela, de ser ignorado, de ficar no escuro, sem saber se ela sentia o mesmo. Ou tudo o que nutria por mim era só algo parecido com desprezo, o que, para ser sincero novamente, era melhor do que ela não sentir nada.
— Olha, . — ela começou a falar e, discretamente, passei a palma da minha mão na calça, limpando o suor. — O que aconteceu foi…
— Um erro? — completei, soltando uma risada nervosa.
Eu não tinha ideia do que estava acontecendo comigo, mas ao vê-la ali, recostada na mesa de sua sala, exalando uma confiança inabalável enquanto gesticulava com a mão, prestes a me rejeitar, comecei a pensar que foi a pior ideia do mundo confrontá-la sobre nós.
Um nós que não existia, fruto da minha própria ilusão e noites sem dormir, criando letras de músicas novas que nunca mostrei para o mundo.
mordeu o próprio lábio, suspirando baixo, os ombros caídos.
— Não. — sua resposta me surpreendeu. — Erro não é a palavra certa, mas foi alguma coisa.
— Bom? Incrível? Maravilhoso? — sugeri todas as opções, mexendo os ombros, nem um pouco humilde naquele momento. revirou os olhos.
— Eu gosto quando você me lembra porque eu te desprezo. — alfinetou.
Eu quase ri, mas me contive, levantando as mãos em rendição. era exatamente aquele tipo de mulher: não cedia nunca às minhas provocações e sabia como me colocar no lugar.
— Desculpe. — murmurei, soando sincero. Seus olhos semicerrados me olharam com desconfiança. — Mas estou falando sério. Precisamos conversar. Acho que também precisamos tomar uma decisão.
Pela primeira vez em muito tempo, a expressão dela suavizou. parecia incerta do que dizer a seguir e aquilo me trouxe um pouco de esperança de que talvez eu não estivesse entendendo as coisas tão erradas assim. Eu era péssimo nessa coisa de sinais femininos, mas tinha certeza que sabia quando uma mulher me desejava. O problema com Blackwell, era que raramente dava para saber alguma coisa dela, o que tornava a minha vida um inferno naquele trabalho. Decifrar os seus pensamentos era uma tortura diária para mim.
… — não consegui decifrar o seu tom de voz, mas fiquei quieto, observando-a controlar a respiração e umedecer os lábios antes de continuar, parecendo decidida dessa vez. — Não foi a primeira vez que você me beijou.
Estudei a sua feição, procurando por resquício de humor, mas não havia nada. Nada que me indicasse que aquela frase dela era nada mais do que uma brincadeira, mas permaneceu com a mesma expressão.
— Antes do bar? — questionei, confuso.
Eu me lembraria se a tivesse beijado antes disso, certo? Busquei nos melhores cantos da minha memória, mas a lembrança não veio. Não havia nada. assentiu, confirmando a minha pergunta.
— Você é tão irritantemente seguro de si que nunca parou para perguntar o motivo de tanto desprezo da minha parte. — ela continuou, balançando a cabeça como se eu fosse um homem impossível. — Você me beijou no evento de lançamento do seu filme, um ano atrás. Nós passamos a noite juntos e, no dia seguinte, você sequer lembrou de alguma coisa.
esfregou as têmporas e soltou um riso sem humor, enquanto eu continuava ali, me sentindo patético. Ela não iria mentir sobre aquilo, o que só me tornava mais patético ainda.
— Essa não é a pior parte. — acrescentou e eu gemi de desgosto. — Você me expulsou da sua casa. Me expulsou, seu idiota!
Ela se aproximou de mim, o dedo em riste e ameaçador na minha direção, os olhos cintilando irritação. Fiz uma careta desgostosa.
, eu me sinto péssimo em saber disso. — tentei me defender. — Sinto muito mesmo, mas eu realmente não lembro de nada disso.
E eu queria lembrar. De cada detalhe. Desde o beijo até os toques íntimos, as carícias trocadas, os gemidos dela em meus ouvidos. Queria ter gravado cada detalhe daquela expressão irritada e linda.
abaixou o dedo e bufou, se afastando.
— Não é suficiente. — comentou, mordendo a parte interna da bochecha. Eu precisava me lembrar que a porta atrás de mim ainda estava aberta e não queria que ninguém ouvisse a conversa, embora soubesse que não havia mais muita gente ali, tão tarde que estava. — Depois disso, te ignorei de todos os jeitos que eu pude. Prometi nunca mais me envolver com você, mas não contava em trabalhar com você de novo e nem que as coisas se repetissem no bar.
Passei os meus dedos pelos fios do meu cabelo, empurrando-os para trás, irritado comigo mesmo. Eu não sabia que tinha sido tão babaca àquele ponto e entendia todos os motivos dela me odiar. Eu me odiaria.
Soltei um suspiro exasperado, meio sem saber o que fazer.
— Não ajuda saber que eu não sou a mesma pessoa de um ano atrás? — questionei, mexendo os ombros. — Eu pensei que você me odiasse por motivos profissionais.
Eu não era mesmo. Há um ano, eu chegava atrasado nos sets de filmagens, aparecia bêbado, esquecia todas as cenas. ficava extremamente possessa comigo, e com razão. Felizmente, para qualquer pessoa que dividia o mesmo ambiente comigo, eu tinha mudado. E queria que ela reconhecesse aquilo.
— Seria mais fácil se fosse assim. — respondeu, dando de ombros. — Eu não transformo profissional em pessoal, mas isso foi pessoal.
Assenti devagar, sem ter a intenção de discordar um pouco que fosse dela. Eu não estava com razão nenhuma ali e era o tipo de cara que reconhecia os próprios erros.
— Eu sei. — gesticulei com a mão. — E já pedi desculpas por isso. , eu estou ficando louco. Tem ideia do quanto é torturante te assistir pelos corredores, desejando uma coisa que eu não posso ter?
Observei o momento em que ela engoliu a seco com a minha confissão, mostrando que não estava esperando por aquilo. As palavras simplesmente saíam da minha boca sem que eu formulasse uma frase antes, mas estava completamente mexido com o fato de que já beijei aquela boca. Melhor, eu toquei aquele corpo. E simplesmente não me lembrava.
Era uma tortura.
Um inferno.
Quando ela estava prestes a responder algo, Daniel deu duas batidinhas na porta atrás de mim, chamando a nossa atenção. Me afastei para o lado, dando espaço para o diretor e tentei não inflar de irritação por ter sido interrompido. Não tinha nada contra o Daniel, mas ele não tinha momento mais apropriado para aparecer?
— Desculpa por atrapalhar. — ele disse, meio sem graça, ao ser recebido com silêncio. — , é… Você deixou isso no cenário três.
Ele estendeu um caderno pequeno e quando estreitei os olhos para enxergar melhor, reconheci o objeto.
apressou-se em pegar o caderno e deu um sorriso sem graça para o homem, desviando os olhos dos meus.
— Obrigada, Danny. — ela agradeceu e ele assentiu.
A única coisa que eu gostava em Daniel mais do que as produções dos seus filmes, era o fato de que ele não era tão inconveniente. Nunca estendia sua presença em um lugar mais do que o necessário e eu voltei a encarar quando ele sumiu do nosso campo de visão, nos deixando sozinhos novamente.
— Isso não é…? — apontei para o caderno.
Ela assentiu.
— Sim. — afirmou em voz alta e me estendeu o caderno, mordendo o lábio inferior. — , eu sei. Eu encontrei isso em um dos corredores e não sabia que era seu, por isso eu li os primeiros versos.
Meu coração acelerou. Arregalei os olhos levemente, tentando conter o nervosismo que queria me consumir naquele momento. Imaginar que ela tinha lido alguma coisa do que eu escrevi sobre ela… Eu não esperava. Segurei o caderno e engoli a seco, pigarreando baixinho.
— E o que você achou? — indaguei.
Havia coisas muito íntimas escritas naquele caderno pequeno. Versos sobre os sonhos que eu tinha com ela, meu desejo pelo seu coração e seu corpo, tudo sobre a minha imaginação fértil. Havia coisa demais e era difícil adivinhar quais ela leu primeiro.
— Eu… — tentou responder, prendendo a respiração de repente. — Eu acho que eu vou cometer o mesmo erro novamente.
Encarei-a com atenção. Sua feição estava muito diferente de quando apareci aqui, exigindo que ela tomasse uma decisão sobre nós. A confiança ainda fazia parte da expressão dela, mas agora havia algo mais.
— Como assim? — questionei, confuso.
abriu um sorriso lindo. Assisti em silêncio quando ela se aproximou de mim em passos rápidos e precisos, suas mãos cruzando ao redor do meu pescoço.
Esse erro.
Eu mal tive tempo de absorver as suas palavras, porque fui agraciado com os seus lábios nos meus novamente. Estávamos sóbrios daquela vez, o que me permitia explorar melhor as sensações que ela me causava, desde o arrepio pelo corpo inteiro até o coração batendo mais rápido que o normal.
Retribuí o beijo, seguindo o ritmo que ela estava ditando, soltando o caderno em algum lugar daquela sala e segurei-a pela cintura, puxando o seu corpo para mais perto do meu. usou as suas unhas para arranhar a pele do meu pescoço e puxou o meu lábio inferior com os dentes, arrancando um gemido baixo de mim.
— Tranque a porta. — ela sussurrou contra a minha boca, separando o beijo.
Ainda meio atordoado pelo que tinha acabado de acontecer — e, sinceramente, meio sem acreditar ainda que ela estava mesmo cedendo outra vez —, obedeci ao seu comando e tranquei a porta atrás de mim. Quando me virei novamente, agora estava sem o casaco, deixando somente o vestido colado ao corpo, e se livrou dos saltos.
. — chamei, atraindo a atenção dos seus olhos. — Você tem certeza?
Ela piscou os olhos para mim e assentiu logo em seguida. Eu não via incerteza nenhuma em sua expressão, então me aproximei dela novamente, tocando a sua bochecha com o polegar, encarando o seu rosto inteiro, como se fosse uma pintura. Eu podia não ser pintor, mas era compositor e eu escreveria versos lindos sobre o que aquela boca era capaz de fazer.
— Não quero que você se arrependa. — sussurrei.
Ela sorriu.
— O único risco que você corre é eu te odiar ainda mais.
Soltei uma risada e não perdi mais tempo em beijar aquela boca linda e atrevida de novo. Com mais urgência dessa vez, se agarrou a mim como se eu fosse a única coisa do mundo que ela quisesse agora. Desci uma mão até a sua coxa esquerda, parando na base do vestido, subindo o pano pela sua pele. Ela arfou baixinho entre o beijo.
Com um único movimento, subi na mesa que ela estava recostada há pouco, sem quebrar o beijo. Ela brincou com a minha língua e cruzou suas pernas ao redor da minha cintura, me prendendo contra si, como eu queria há muito tempo. Buscando por ar, afastei o rosto dela, observando os seus lábios vermelhos, e sorri, satisfeito e feliz, esfregando a minha ereção contra o quadril dela. soltou o ar pela boca.
— Você imagina isso há muito tempo, não é? — me provocou, os olhos fixos em mim.
Mexi os ombros devagar, não negando e nem confirmando a sua acusação. Eu não queria conversar agora, queria que ela entendesse minha necessidade de tê-la de outra forma, agora que eu tinha a oportunidade. estava me dando outra chance, uma que eu praticamente implorei e, agora que sabia do meu erro do passado, me sentia tentado a recompensá-la por minha babaquice. Umedeci meus lábios e ajeitei-a melhor contra a mesa, afrouxando o seu aperto na minha cintura. ficou quieta o tempo todo, me assistindo passear as mãos por sua pele, subindo as suas coxas, uma em cada perna. Aproveitei para subir mais ainda o seu vestido, deixando-o na metade da barriga dela, expondo ainda mais um pouco da sua nudez. Ela respirou baixinho quando passei o polegar por cima da sua calcinha.
Abri um sorriso e me abaixei, ficando meio de joelhos na frente dela, virando o rosto para beijar a sua coxa esquerda, perigosamente perto da sua intimidade. Brinquei com o elástico da sua calcinha e enfiou os dedos nos fios do meu cabelo, sentando-se melhor. Sem que eu pedisse, ela abriu ainda mais as pernas e eu afastei o pano da sua calcinha para o lado, tocando-a sem aviso prévio, ouvindo-a resfolegar. estava molhada e quente.
Ela soltou um gemido baixinho quando afastei o meu dedo e lambi o indicador, sentindo o gosto que ela tinha. Queria guardar o sabor na minha memória e garantir que eu nunca mais esquecesse.
Ela era aquele tipo de mulher. O tipo que ninguém esquecia.
Embora eu tenha esquecido uma vez, estava garantindo que não houvesse uma segunda. Se eu pudesse, agarraria a mim para sempre, mas, naquele momento, eu me contentava com algumas partes do seu corpo. Ela segurou com mais força os fios do meu cabelo e eu sorri, voltando a aproximar o meu rosto da sua intimidade. Como eu teria trabalho para tirar a sua calcinha naquela posição, afastei o tecido para o lado com o indicador e o polegar, garantindo que o pano não me atrapalhasse. Aproximei a minha boca e lambi a sua boceta molhada, de baixo a cima, ouvindo ela suspirar fortemente. Satisfeito com a sensação que eu estava causando nela, continuei, dessa vez sugando o seu clitóris, o que a fez gemer um pouco alto.
Shii, . — provoquei. — Ainda tem gente aqui.
Ela revirou os olhos e sussurrou um "babaca" para mim e eu soprei contra a sua intimidade, meus lábios transformando-se em um sorriso travessa. Voltei a chupar o seu clitóris, afastando os grandes lábios com a mão livre e ela rebolou contra a minha boca. Usei o meu dedo do meio para penetrá-la, pegando-a de surpresa, seu corpo arqueando-se na mesa. Olhei brevemente para , assistindo-a lamber os próprios lábios e com a outra mão livre, massagear o seu seio.
A visão me enlouqueceu, mas continuei penetrando-a devagar, iniciando um movimento lento de vai e vem, adicionando outro dedo à brincadeira. Baixei a parte externa da sua coxa e toda sua pele exposta para mim, aproveitando cada detalhe, cada sensação que ela estava me provocando. Minha calça estava ficando apertada demais para o meu pau, mas continuei do mesmo jeito, incomodado com ele latejando de tesão. mordia seu lábio inferior, controlando seus gemidos para que eles não saíssem tão alto. Com o polegar, comecei a esfregar o clitóris dela devagar, aumentando a velocidade dos meus dedos dentro dela. Sem parar os movimentos, me levantei, ficando quase da mesma altura que ela e, com as mãos ocupadas, apenas aproximei o meu rosto e tomei os seus lábios para mim, beijando-a com uma delicadeza que eu jamais tive. subiu sua mão até a minha nuca, segurando o meu rosto, aprofundando ainda mais o beijo, ao mesmo tempo em que ela impulsionava o quadril contra os meus dedos, girei-os dentro dela, indo mais rápido e com mais força. gemeu contra a minha boca e seu som se misturou ao meu gemido, a minha ereção visível, com meu pau praticamente implorando para saltar fora. Ela afastou o rosto, quebrando o beijo, e empurrou o meu corpo. Tirei meus dedos dentro dela e encarei-a, um misto de confusão tomando conta do meu rosto, e apenas sorriu, saltando da mesa. Assisti ela se livrar do próprio vestido e dos saltos que calçava, ficando completamente nua na minha frente, seus seios expostos e fartos, completamente duros, apontados para mim.
— Tire a roupa. — ela mandou, apontando para mim.
Sem querer contrariá-la, obedeci. Me livrei das peças de roupas, livrando o meu pau da calça jeans apertada, soltando um ar de alívio pela boca entreaberta quando ele saltou para fora da boxer preta que eu usava. me deu um meio sorriso, passando os olhos pelo meu corpo inteiro e chutei as peças de roupa no chão para longe de mim. Ela quebrou a distância que havia entre nós, espalmando as suas mãos contra o meu peito, me empurrando até que eu caísse sentado no sofá, me encostando nele. Ela se encaixou no meu colo, sem tocar no meu membro ereto, uma perna de cada lado. Segurei sua coxa esquerda com uma mão, enquanto usei a outra para traçar um desenho abstrato em volta do seu seio. Ela segurou o meu rosto com o indicador e o polegar, me obrigando a encarar seus olhos.
— Você transou com alguém recentemente? — questionou, o semblante sereno.
Umedeci os meus lábios e estreitei os olhos.
— Não. — respondi, sendo sincero.
Um sorriso malicioso e satisfeito surgiu em seus lábios.
— Bom, porque… — ela começou a dizer, levantando-se um pouco. — Eu não tenho camisinha aqui e você veio totalmente despreparado, mas eu vou sentar em você mesmo assim.
Me pegando completamente de surpresa, apertou a cabeça do meu pau, arrancando um gemido alto de mim. Ela pousou o indicador contra a minha boca.
Shii, . — rebateu, me provocando. — Ainda tem gente aqui.
Contive a vontade de retrucar alguma coisa, mas, mesmo assim, eu não teria conseguido. Ela ainda estava me provocando, rodeando o seu dedo pelo meu pau, massageando bem devagar. piscou os olhos para mim.
— Você se importa? — sussurrou.
Ah, céus. A excitação ia me consumir inteiro e tudo o que eu precisava era me sentir dentro dela. Queria saber como era e guardar na memória, uma coisa que eu não fiz da primeira vez que aconteceu. Eu não me lembrava da posição que assumi para fodê-la melhor, não me lembrava do som dos seus gemidos, não me lembrava de vê-la cavalgando em cima de mim.
Por favor. — respondi. — Faça as honras.
Não me importei de parecer um homem desesperado. Porque se tratando da , desespero era só mais um no topo da lista de coisas que ela me causava.
Puxei a respiração, sentindo meu coração bater ainda mais rápido, o suor começando a molhar os fios do meu cabelo. segurou o meu pau com firmeza e levantou o próprio corpo, o suficiente para finalmente encaixar meu membro dentro de si. Ela soltou um gemido engasgado ao me sentir duro demais e começou a rebolar devagar.
Remexi meu quadril contra o dela, um arrepio tomando conta do meu corpo, e tentei ditar os movimentos, mas ela reclamou, negando com a cabeça, contraindo a sua boceta contra o meu pau, o que me fez revirar os olhos de prazer e desistir de me colocar como dominante ali. Ela tinha o poder e eu não me importava nenhum pouco em ficar à mercê de seus desejos, desde que ela fosse só minha por alguns instantes.
começou a subir e descer devagar. Mantive as minhas mãos ao redor da sua cintura, já que ela tinha permitido que eu a ajudasse a manter o ritmo lento que ela estava me proporcionando.
— Eu não sabia que você gostava de ser mandona até na cama. — comentei, com um pouco de dificuldade, devido à respiração entrecortada.
Ela me encarou com as íris brilhando, pousando suas mãos nos meus ombros, fincando as suas unhas na minha pele, transformando a minha expressão em uma careta, mas não reclamei.
— Você saberia disso se lembrasse da outra noite. — retrucou.
Soltei uma risada, sabendo que contra aquele fato, definitivamente não havia argumento e aceitei a minha derrota.
Era ótimo descobrir aquelas pequenas coisas sobre ela, enquanto cavalgava contra o meu pau, ofegante. Subi as minhas mãos pela lateral do seu corpo, aproximando o meu rosto para beijar o seu pescoço exposto e, agora, suado. Fui descendo a trilha de beijo pela sua clavícula, demorando um pouco no ombro, meu corpo inteiro tenso e contraído de excitação toda vez que ela resolvia me torturar saindo e sentando de volta no meu pau. A respiração de estava ofegante demais, misturando-se à minha. Ergui o meu quadril contra a cintura dela, estocando com um pouco mais de força e ela não reclamou. fincou com mais vontade as unhas na minha pele, um gemido baixo escapando dos meus lábios, e parei a minha boca em seu seio esquerdo, passando a língua ao redor do seu bico, mordendo-o em seguida. arfou.
Em um movimento rápido e sutil, segurei-a pelas nádegas e me levantei do sofá, com ela ainda em meu colo. Estocando uma última vez, tirei meu pau de dentro dela e desci-a para o chão. manteve as suas mãos nos meus ombros, enquanto eu deslizava meus dedos para a sua nuca, puxando a raiz de seu cabelo, trazendo o seu rosto para mim. Tomei os lábios dela novamente, em um beijo agressivo e urgente, empurrando-a até a mesa anterior, encostando suas costas no topo. Quebrei o beijo e virei de costa para mim, curvando um pouco o corpo dela, fazendo-a ficar inclinada na minha direção, a bunda empinada.
— Parece que estamos em uma disputa por controle aqui. — ela brincou, virando o rosto para mim.
Dei de ombros, ansioso para me sentir dentro dela novamente. Sem estender ainda mais o momento, abracei a sua cintura com um braço e me encaixei dentro dela novamente, dessa vez, por trás.
Estoquei devagar e depois com força, acelerando o movimento de vai e vem logo em seguida. gemeu, mordendo o lábio inferior e eu a assisti pelo espelho que havia disponível com a mesa. Ela deitou a cabeça contra o meu ombro e, enquanto eu a fodia daquela forma, usei a minha outra mão, agora livre, para estimular o seu clitóris. quase gritou, anestesiada de prazer, nosso suor se misturando. Esfreguei meu polegar contra a sua sensibilidade, sentindo as pernas dela tremerem e segurei o seu corpo com mais firmeza.
… — ela sussurrou, meio rouca.
O fato de ela ter chamado o meu nome daquela forma fez os pelos do meu corpo arrepiarem. Meu pau latejou dentro da sua boceta e soltei o ar, sentindo os pingos de suor na testa. Eu queria que ela chegasse ao ápice primeiro, mas não sabia se conseguiria me conter. Aumentei a velocidade das estocadas e esfreguei o seu clitóris com vontade, nossos gemidos misturados, a respiração entrecortada.
. — chamei, respirando fundo. Nossos olhos encontraram-se através do espelho. Ela continuava linda. — Sonho com esse momento há várias noites. — contei. — E quer saber de uma coisa?
Beijei o topo do ombro dela e sua bochecha logo em seguida, diminuindo o movimento, sentindo meu corpo avisar que eu estava prestes a desabar.
assentiu, meio desnorteada, empinando ainda mais a bunda contra o meu pau, recebendo um resmungo de prazer da minha parte. Ela sorriu, mostrando os dentes.
— Isso aqui. — estoquei com força de novo, seu corpo arqueando-se. — É ainda melhor do que sonhar.
E era mesmo.
A sensação de segurar o seu corpo no braço, suas costas contra o meu peito nu, estimulando o seu clitóris sensível e ino, tudo era indescritível. Encarei aquela imagem pelo espelho, a expressão de prazer dela, o sorriso meio bobo, as pernas bambas. Eu transformaria aquele momento em uma canção e eternizaria não só na minha memória, como também para o mundo inteiro, a qualquer um que ouvisse o meu trabalho.
— Sabe o que eu odiava mais, ? — ela começou a dizer e eu tirei a minha mão do seu clitóris quando senti suas pernas tremerem. Balancei a cabeça, incentivando-a a continuar. — É que eu sempre soube que me entregaria a você novamente. Sem muita resistência.
— Você resistiu pra caralho, . — retruquei.
Ela riu gostosamente, mas meu corpo ficou rígido logo em seguida. Tentei sair de dentro dela o mais rápido possível antes que eu finalmente gozasse, mas me prendeu contra si, negando com a cabeça.
… — gemi, totalmente desgostoso com o fato de prender o orgasmo.
— Tudo bem. — foi tudo o que ela disse.
Não consegui me segurar por muito mais tempo. Me agarrei ao corpo dela e com a outra mão, pousei sobre a mesa, meu corpo inclinado contra o dela, e explodi. Me retesei de alívio e meio segundo depois, se entregou o próprio orgasmo, as pernas fracas, mas mantive ela firme em meu braço.
Devagar, ainda nos recuperando da explosão de prazer que nos consumiu juntos, puxei-a de volta para o sofá, sentando. pulou para o lado, sua mão segurando a minha, meio abraçada comigo, a cabeça encostada no meu ombro.
O silêncio se instalou. Não era um silêncio desconfortável, o que não me incomodou. Eu continuava tentando recuperar o fôlego pelo que tinha acabado de acontecer — e fazia o mesmo. Acariciei a palma da sua mão como polegar e soltei o ar pela boca, meus pensamentos preenchendo-se com mil coisas.
— E agora? — mesmo temendo uma resposta, resolvi perguntar.
Não queria que fosse só mais uma noite para a lista interminável de mulheres que eu tinha. Eu não sabia o que sentia por ela ainda, não tinha conhecimento da profundidade do sentimento, mas sabia que sentia alguma coisa. O suficiente para querer transformar uma noite em várias e queria muito que ela quisesse o mesmo.
Meu coração acelerou mais ainda pela expectativa da resposta. não respondeu imediatamente e, como eu não conseguia ver a sua expressão, não tinha ideia do que ela estava pensando. Se era bom ou ruim.
Finalmente, ela respirou fundo, remexendo um pouco o seu próprio corpo e apertou seus dedos contra os meus, um sinal de conforto que eu não estava esperando.
— Agora, eu espero que você também não esqueça essa noite. — ela respondeu e pude sentir que sorria. — Ou as coisas vão ficar meio difíceis por aqui.
Fiquei aliviado. Minha expressão suavizou e não me importei se ela podia ouvir as batidas do meu coração. Era tudo por ela.
— Isso significa o que eu acho que significa? — questionei.
Ela afastou a cabeça do meu ombro e levantou o rosto, me encarando.
— Não é um pedido de namoro, se você quer saber. — respondeu. — Mas eu acho que podemos repetir essa noite.
Uma resposta melhor do que eu tinha pedido e tudo o que eu esperava. Assenti, sorrindo, e toquei o seu queixo, trazendo os seus lábios para mim mais uma vez.
No beijo, uma promessa selada de que eu jamais esqueceria daquela noite. E nem das próximas.
E não importava o que acontecesse, eu não esqueceria nem dela.




FIM.



Nota da autora: Sem nota.

Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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