Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Neoran jakpume daehae gamsangeul hae, neoran
(Eu aprecio a obra-prima que você é, porque apenas a)
jonjaega yesurinikka
(sua existência já é uma arte)
Ireoke maeil nan bamsaedorok sangsangeul hae
(Eu imagino isso todos as noites, todos os dias)


tinha seus olhos pousados na pequena movimentação que ficava ainda mais evidente naquele momento dentro do camarim, na medida que o staff caminhava de um lado para o outro a todo vapor com os preparativos para o início de mais uma performance em Seul. Aquilo, de fato, o deixava agitado da mesma forma que eles, mas por um motivo a mais além da apresentação que iriam fazer naquela noite. Os dedos da maquiadora acariciavam sua pele com a pequena almofada auxiliar que ela usava, enquanto os olhos do rapaz ainda vagavam ao redor, procurando pela pessoa que rondava por sua mente dia e noite nos últimos meses.
Ele não soube dizer ao certo quando tudo havia começado, quando sentiu seu peito esquentar pela proximidade da mulher e até mesmo quando seu sorriso espontâneo o fazia flutuar para outro mundo, sem mesmo notar que aquilo acontecia. tinha aquele efeito sobre o rapaz a maior parte do tempo. sempre soube que a mulher que fazia parte de sua equipe tinha um jeito que ele julgava por ser único e delicado, e aquilo havia sido uma das coisas que tinha o tirado do chão. E não foi surpresa para nenhum de seus amigos quando souberam que sua atração por ela estava crescendo cada vez mais, a ponto de deixar o mais perceptível possível, mesmo que não fosse sua intenção.

tinha seu corpo relaxado naquele enorme sofá de couro.
Não era a primeira vez, naquele dia, que se reuniam na Hybe para mais uma das milhares reuniões que teriam até o final daquela tarde. Depois da notícia de que mudariam de local, assim como também mudariam de nome e que boa parte de sua equipe seria alterada, o grupo não ficou surpreso quando o staff, no dia seguinte, estava de cara nova. Claro que aquilo não atrapalharia em muita coisa, já que os profissionais antigos ficariam para auxiliar os novos, nem mesmo faria muita diferença para algum deles.
Ele sabia que não seria um problema. Sabia disso até a porta da sala de reuniões ser aberta e uma pequena fila indiana de novos contratados passarem por ela.
sabia que tinha tempos desde que havia se interessado por alguém, já que sua rotina corrida e atarefada não lhe permitia tal regalia, mas algo dentro de si havia pensado o contrário naquele instante, quando bateu seus olhos nos cabelos longos e lisos jogados para o lado, deixando o pescoço da mulher totalmente exposto, o que por um momento, se ele não estivesse tão encantado, pensaria mil vezes antes de encará-la daquela forma, sequer ficando envergonhado. Ele podia até arriscar dizer que ouviu seu coração bater descompassado, inteiramente fora do ritmo quando o olhar curioso e gentil que ela tinha estampado no rosto seguiam em direção a todo lugar, o estudando meticulosamente.
não conseguia tirar os olhos dela.
Ele podia ouvir ao fundo a voz de seu manager apresentando cada um, lhes dizendo sobre suas funções, mas aquilo não tirava sua atenção nem se quisesse. A única coisa que passava por sua mente era que precisava gravar cada pequeno detalhe daquela minuciosa obra prima que avistava, mesmo que descrevê-la daquela forma pudesse parecer ridículo demais, mas, naquele ponto, ele não ligava, nem mesmo se importava. Era exatamente assim que a via naquele instante.
Deixou que seus olhos caíssem sobre ela mais uma vez, até que pôde ouvir sua voz ressoando em uma apresentação simples e rápida, acenando para cada um que ali estava, e quando se redirecionou a , ele sentiu seu coração derreter por completo com o sorriso que a mulher havia lhe dado, não antes de perceber o olhar de alguns de seus amigos sobre si.
E ele só poderia estar no céu, já que tamanha beleza não poderia ser real.


Aquela era uma das memórias que ele gostava de manter em mente, toda vez que se lembrava de como conheceu . Ela havia o encantado desde o primeiro dia, desde a primeira vez que se olharam e desde a primeira conversa trocada, mesmo sendo arriscado demais não só para ele, como para ela e seu emprego. Ele sabia que aquela proximidade poderia ser prejudicial, mesmo que não desejassem que fosse daquela forma, mas era uma das coisas que não gostava de pensar muito, nem mesmo gostava de quando esses pensamentos voltavam a pairar sobre sua mente vez ou outra. O que só o fazia se questionar se algum dia podia se imaginar sem a presença de em sua rotina caso acontecesse algo.
E ele sabia perfeitamente a resposta para aquela questão.
Balançou a cabeça, tentando espantar parte dos pensamentos. Ele só precisava de algo para acalmá-lo naqueles minutos apreensivos antes de performar.
Assim que parte de sua equipe se afastou, ele conseguiu ver a mulher do outro lado do cômodo, oferecendo suporte ao restante de seu grupo. Deixou os olhos sobre eles por alguns segundos, notando quão animada ela conversava com eles, demonstrando sua ansiedade e apoio aos demais da mesma forma que verificava os detalhes mínimos dos trajes que usavam. Aquela cena fazia ter certeza absoluta de que não queria outra pessoa em sua vida que não fosse ela, tão livre e extrovertida. Ele conseguia perceber que iluminava o lugar em que estava e algumas risadas animadas afirmavam aquele fato.
Notou quando a mulher se afastou dos amigos, andando agitada até o outro lado do camarim e parecia procurar algo com certa rapidez. Vasculhou a pequena caixinha na bancada, onde algumas maquiagens estavam sobrepostas e retornou, arrumando um último detalhe da maquiagem dos seis. Com isso, disse algo para eles, seguindo rumo à saída do camarim. O que despertou a curiosidade de , que não pensou muito antes de ir atrás dela.
Deixou um sorriso escapar. Ele não via a hora de poder estar perto dela como queria. De pelo menos sentir os braços da mulher enlaçarem seu pescoço, em um abraço repleto de saudades.
caminhou um pouco mais, percebendo que ela virava o corredor um pouco mais à frente, ainda concentrada em algo nas suas mãos. Ele, achando graça na distração da mulher, jogou o corpo para o lado, se escondendo em uma das salas abertas e vazias e não pensou duas vezes ao estender suas mãos, puxando-a para o mesmo cômodo que ele, rapidamente.
arregalou os olhos, pronta para reclamar de todas as formas possíveis, mas ao observar o olhar divertido e adorável de em sua direção, foi impossível impedir que um sorriso bobo não crescesse em seus lábios. O cabelo do rapaz naquele ponto já estava com os fios desarrumados e suas bochechas atingiam um tom mais rosado.
O momento não demorou muito. logo olhou para os lados, preocupada.
! Ficou maluco? — questionou, ainda sussurrando. Ele soltou uma risadinha fraca, ainda observando a mulher que ele queria mostrar ao mundo que era sua namorada. Aquilo fez com que ela levasse seus dedos rapidamente em direção aos cabelos do rapaz, que agora estavam levemente bagunçados, os ajeitando, e deixou que descessem até as bochechas do rapaz, depositando um carinho leve. — Você não pode sair fazendo isso. Não por aqui.
— O quê? Como posso resistir a você tão linda passeando por esses corredores?
sabia que suas palavras a atingiriam de uma forma que, com toda certeza, não a deixaria dar um sermão no rapaz. Não com aqueles olhos castanhos amáveis em sua direção.
— Você sabe bem que, se verem o que está acontecendo agora — apontou de si para ele, agitada. apenas observava como ela ficava ainda mais adorável nervosa daquele jeito —, eu posso ser demitida.
— E eu vou garantir que isso não aconteça.
O quê? Não, Aish… — Colocou uma das mãos na testa, fechando os olhos brevemente. Ele ainda achava graça. — Você não pode usar esse método só porque praticamente manda aqui. — Balançou a cabeça. inclinou a cabeça para o lado, aproximando o corpo da namorada na medida que ela se exaltava um pouco mais, ainda sussurrando. — E nem venha jogar esse charme para cima de mim agora. Eu ainda sou uma funcionária aqui dentro, esqueceu?
Com uma pequena careta, o rapaz concordou com ela, deixando que suas mãos seguissem até a cintura da mulher. Ela estreitou os olhos, aguardando uma resposta.
— Tudo bem, staff. Eu só estava com saudades. — Fez um biquinho. — Não vai me dar nem um beijo de boa sorte?
— Você é um bobo.
O ato do rapaz fez com que soltasse uma risadinha abobalhada, deixando seus braços ao redor do corpo do namorado, em um abraço apertado antes de selar seus lábios com o dele.
— Eu sei disso. Por você, completamente — completou. Ela sentiu suas bochechas queimarem tão rápido e, assim que percebeu, fez um carinho leve nelas.
O barulho do lado externo, no corredor, fez com que os dois voltassem à realidade, sabendo que se realmente percebessem o que acontecia ali, teriam um problema muito maior do que apenas esconder aquele relacionamento. olhou para os lados, preocupada e deixou que sua atenção fosse retomada pelas mãos de em seu rosto, a virando para si uma última vez, antes de deixar um beijo delicado em sua testa e demonstrar um sorriso calmo.
Ela não precisou de nenhuma outra resposta para saber que tudo ficaria bem se dependesse dele, e o vendo sair pela porta atrás de si, sentiu seu coração palpitar mais rápido, se esquecendo por um segundo que seus mundos eram inteiramente diferentes para que ficassem juntos de verdade.

💐

Haruman naege sigani itdamyeo
(Se eu tivesse só um dia)
Dalkomhan ni hyanggie chwihaeseo gonhi nan jamdeulgopa
(Eu queria dormir em paz, intoxicado com a sua doce essência)
Ppakppakhan seukejul saie gihoega itdamyeon
(Se eu tivesse chance em minha agenda)
Ttaseuhago gipeun nun (that's all I ever wanted) ane mom damgeugopa
(Eu queria sentir o seu calor e seus olhos profundos)


O dia parecia mais ameno pelas enormes janelas que transpareciam parte da cidade de Seul.
sentia seu coração um pouco mais leve por saber que não demoraria muito para que sua folga se aproximasse e assim para que pudesse passar boa parte dela junto de . A verdade era que aquilo era o que ele mais queria e precisava nos últimos dias. A pressão dos ensaios, performances e reuniões, sem incluir as entrevistas e photoshoots que ainda teriam que fazer, só o deixavam mais exausto do que já estava. Sabia que não poderia reclamar, nem mesmo deixar de fazer alguma daquelas coisas, já que dependia daquilo. Não era como se fosse apenas uma decisão sua, de qualquer forma.
Ele só queria poder adiantar todas aquelas coisas para estar com sua amada, sentindo seu perfume, nem que fossem apenas deitados, ouvindo a respiração um do outro.
Era tudo o que precisava.
sentia a ansiedade percorrer cada pequena parte de seu corpo, só de saber que demoraria até que pudesse encontrar mais uma vez depois de um dia cansativo. Podia sentir seus dedos baterem impacientes em cima da coxa por debaixo da mesa, o mordiscar dos lábios incessantes ao olhar o relógio de pulso e ver que nem mesmo estava perto para que aquele dia acabasse.
Deixou um pequeno suspiro escapar de seus lábios, querendo mais do que tudo poder olhar para o rosto gracioso da mulher que aos poucos dava um significado a mais à sua vida, e por mais que para ele aquilo pudesse ser suficiente, o pequeno aperto em seu peito não deixava esquecer o pequeno pensamento incômodo que ressurgia vez ou outra por querer e sentir que precisava fazer mais por ela, mesmo que suas condições e rotina não permitissem tal ato. queria poder estar mais presente, queria poder oferecer o relacionamento que sempre mereceu, mas sabia, sempre soube, que não poderia lhe dar algo naquele nível, não na posição que ele se encontrava atualmente. Mesmo sabendo que, de certa forma, poderia fazer dar certo, sabia mais ainda que poderia causar um problema maior para a mulher que amava. Não por ele, mas por sua equipe, por seus superiores. Sabia certamente que se descobrissem o que acontecia ali, fariam de tudo para que não colocasse mais os pés na empresa.
E , nem por um segundo, queria que isso acontecesse a ela.
Tudo o que ele mais queria era poder lhe fornecer um relacionamento saudável, que pudesse gritar aos quatro ventos que a amava e a desejava, que pudesse mostrar a todos que aquela mulher maravilhosa e extremamente adorável era sua namorada e, por deus… Como não poder fazer aquilo o chateava.
Não deixou de pensar em possibilidades de levar aquilo ao público alguma vez, a verdade era aquela e no fundo, bem no fundo, mesmo sabendo todos os riscos que poderia correr por fazer aquilo, ele queria, mesmo sabendo que de alguma forma seria falho, tentar. Ele queria tentar, por ela.
respirou fundo, passando uma das mãos pela testa quando pôde ouvir o encerrar daquela reunião depois de todo aquele tempo impaciente e absorto em suas concepções. Observou boa parte da equipe sair pela porta enquanto alguns de seus amigos ainda permaneciam ali, discutindo os últimos detalhes que haviam debatido.
Pôde sentir um toque leve em seu ombro e, assim que ergueu o olhar, avistou os olhos expressivos de em sua direção.
— Pretende fazer mais alguma coisa por aqui?
— Não, eu só… Na verdade, tenho uma última coisa antes de ir.
ainda o analisava vagarosamente, como se fizesse ideia do que passava pela cabeça do amigo naquele instante. Por um momento, desviou seu olhar rapidamente, voltando a encará-lo.
— Até quando vai continuar nessa situação? Você sabe perfeitamente os riscos que está correndo. E é pior para ela — dizia, quase em um sussurro, atento para que ninguém ouvisse sua conversa.
— Não precisa dizer isso. Não é como se não tivéssemos tomando toda a cautela de...
— A questão não é essa, . — Respirou fundo, se afastando um pouco do restante, o puxando consigo. — é uma profissional excelente, disso não tenho dúvidas. Mas você faz ideia do quão grave seria um escândalo de namoro dentro da empresa? Ainda mais sendo com um de nós?
respirou fundo, querendo debater e dizer que poderia estar errado quanto àquilo, mas ele não estava. Nem um pouco. E tudo aquilo era apenas o início de uma bola a ser estourada.
— Não vai acontecer nada por enquanto. Confie em mim, vou fazer o possível para que a não tenha sua privacidade exposta, até mesmo para que não descubram sobre nós dois. — O amigo continuou o encarando. — Eu realmente gosto dela, . Não faria nada que pudesse chateá-la.
— Eu espero realmente que não faça, porque além de machucá-la, irá causar problemas maiores do que apenas esse. — Passou uma das mãos nos cabelos, os ajeitando e desviou o olhar do amigo para a paisagem de Seul mais uma vez. — Você precisa tomar cuidado e qualquer contato maior que tenha que ter com ela, que seja fora da Hybe. Para o bem de vocês dois.
não interpretou aquilo como uma ameaça. Pelo contrário, observando o olhar ameno de sobre si, entendeu perfeitamente o conselho que o amigo queria lhe dar. Ele sabia que deveria dar ouvidos porque tudo o que havia dito era verdade e ele sabia que as coisas seriam daquela forma, se não piores.
Ele não poderia, nem mesmo deixaria, que um deslize como aquele afetasse sua relação com e o mais importante, que a ferisse daquela forma.
Com isso, levou suas mãos em direção ao bolso da calça social, deixando que o celular deslizasse por seus dedos e que uma mensagem curta fosse enviada à mulher, deixando um pequeno sorriso escapar.
não via a hora de poder tê-la para si.

“20 minutos. Sala de descanso 08. Te espero lá, babe.”

💐

Geureol su itdamyeon eolmana joheulkka
(Se eu pudesse fazer tudo isso, seria tão legal)
Amudena gaseo bap meokgo yeonghwa
(Se nós apenas pudéssemos ir a qualquer lugar)
Han pyeonman bol suman itdamyeon
(Para comer e assistir um filme confortavelmente)
Naran ae jeongmal mwon jisirado hal tende girl
(Eu faria qualquer coisa, garota)


O rapaz caminhou apressado pelos corredores da empresa, cumprimentando algumas pessoas, mas tentando passar o mais despercebido possível para o lugar em que estava indo. Ele sentia seu coração acelerar um pouco mais do que o normal só por imaginar que, mesmo que fosse um encontro rápido, logo veria em sua frente. Deixou que os pensamentos anteriores voltassem à sua mente ao se lembrar do que havia lhe dito, das palavras que o fizeram se questionar o porquê de tudo ser tão complicado àquele ponto. Não poderiam ser mais fáceis? Ele só queria poder ser o namorado que merecia a seu lado. Aquilo só o fez ter certeza que, por mais complexa que fosse a situação, faria o possível para que a mulher tivesse os melhores momentos possíveis, nem que fosse somente por um dia.
A ideia ainda pairava em sua mente e assim que adentrou a sala, fechando a porta atrás de si e a avistando de costas para ele, vislumbrando a paisagem de Seul ao lado externo pelas janelas, soube que era a dona de todo seu coração.
Quase despercebido, deixou que seu corpo se aproximasse do dela, a abraçando por trás. virou o rosto rapidamente, com o afagar de seus corpos.
Oh! — O olhou, sorrindo em seguida. — Você me assustou.
— Desculpe. Não aguentei ver a paisagem encantadora que avistei assim que entrei. — Depositou um beijo calmo em seu pescoço e em seguida em sua bochecha.
— Não fale assim… Sabe que fico sem graça.
— Essa é a intenção, meu amor. — Deixou uma risadinha fraca escapar, a virando de forma delicada para si. — E então, planos para hoje?
— Queria muito ter algum com você. Você não pode mesmo passar lá em casa, não é? — Desviou o olhar do dele, deixando que seus dedos caminhassem pela nuca e pescoço do rapaz, como se o observasse meticulosamente. observou o olhar que estampava o rosto da namorada, sentindo uma pequena pontada em seu coração por vê-la camuflar a tristeza de não poder tê-lo perto. Queria poder dizer a ela que ele iria, sim, à sua casa, que levaria um vinho e que ela poderia adiantar pedindo um lanche qualquer, já que aquilo não importava.
Ele queria muito poder dizer tudo aquilo, mas não seria possível.
Deixou que um suspiro fraco escapasse dos seus lábios, ainda com os olhos focados no rosto dela.
— Desculpe, — murmurou. Ela o olhou por uma pequena fração de segundos, deixando um sorriso adorável escapar de seus lábios. Sabia mais do que ninguém como tudo aquilo era delicado o suficiente para que se sentisse mal com suas palavras, mesmo sabendo que não poderia fazer muito.
— Não, não. Nada de desculpas. Não faz ideia de como estar aqui, agora, em seus braços, me deixa satisfeita.
— Queria poder te oferecer mais — disse, ainda baixo.
— Mais do que já me proporciona? Amor… — Aproximou o rosto do dele, deixando um delicado beijo em seus lábios. fechou os olhos. — Você me faz sentir coisas maravilhosas, que nunca pude sentir antes, com qualquer outra pessoa e mesmo sabendo de toda a dificuldade que enfrentamos, nunca pensou em desistir de nós dois. Você me mostra todas as vezes que estamos juntos o quanto quer eternizar esses momentos e, céus… Você não faz ideia de como eu amo o olhar apaixonado que toma conta de seus olhos.
Ele deixou um sorriso discreto crescer em seus lábios com as palavras da namorada, sentindo seu coração aquecer um pouco mais por notar a forma encantada com que ela falava. sempre fora uma pessoa carinhosa, sempre gentil e graciosa, mas naquele relacionamento, demonstrava muito mais do que ele poderia esperar. Demonstrava sempre mais, na maior e melhor intensidade, inteiramente recíproco.
— Não vai ter nenhuma palavra que descreva o quão grato eu sou por ter você. — Roçou seu nariz junto ao dela, ouvindo uma risadinha fraca da mulher, o que o fez sorrir ainda mais. — Só queria poder facilitar toda a situação. Poder segurar suas mãos em qualquer lugar, marcarmos um encontro no cinema e te levar para jantar. — Afastou seu corpo minimamente do dela, segurando suas mãos. — São coisas tão pequenas, mas significantes e que fariam toda a diferença, . E eu sei que não posso te oferecer nada disso, por isso peço desculpas. Não posso te oferecer um relacionamento como todos os outros… Você me desculpa?
sentiu seu rosto esquentar gradativamente com as palavras do homem à sua frente. Ela não iria conseguir explicar, nem mesmo tentaria, o quanto amava e o quanto tudo o que ele fazia, por menor que fosse como aquele pequeno encontro que estavam tendo, enchia seu coração cada vez mais. Poderia não ter um namoro como qualquer outro, mas sabia que nunca encontraria alguém tão disposto como ele, independente da situação que se encontravam.
E aquilo era suficiente para que ela não conseguisse se imaginar sem .
— Eu não te desculpo. Não há o que desculpar. Você me oferece tudo o que eu preciso e isso é a única coisa que importa para mim. — Deixou seus dedos acariciarem as bochechas do rapaz, deixando outro beijo, esse mais vagaroso, de encontro aos lábios macios do namorado. Ele, por sua vez, fechou os olhos, apenas se deixando levar por toda aquela sensação maravilhosa que ela lhe proporcionava.
— Você não existe — murmurou contra os lábios dela, suspirando. — Eu te prometo que farei o possível para te recompensar por tudo. Nem se for apenas por um dia. — A puxou para si, em um abraço reconfortante. deixou que seus braços enlaçassem o corpo do namorado, soltando um pequeno murmúrio com o aquecer de seu corpo contra o dele. Tinha certeza de que, dentro daqueles braços, não precisava de mais nada, nenhuma outra coisa.
sentia que tinha seu mundo completo ali.

💐

I’m sorry, nae meoriga neom iseongjeok inga bwa (...)
(Me desculpe, talvez eu esteja sendo muito irracional)
Jogeumeun, ani eojjeomyeon manhi nal wonmanghagetji
(Talvez você possa me ressentir um pouco ou muito)


Já havia se passado um bom tempo desde o último encontro que tiveram na Hybe. havia ficado um pouco mais ocupado do que de costume com as entrevistas que lotavam a agenda de seu grupo, as sessões de fotos e as reuniões que lhe ocupavam boa parte do tempo, e mesmo que sua mente trabalhasse para que pensasse em alguma forma de falar e estar com a namorada, sabia que no meio de toda aquela ocupação, seria complicado e quase impossível de arrumar tempo para ela dentro de tudo o que acontecia. O rapaz sabia mais ainda que as mensagens trocadas não seriam suficientes para que sua saudade fosse suprida e sabia muito mais, mesmo não sendo sua intenção, que estaria falhando com .
O problema era que ele mal estava parando para respirar. Nem mesmo estava colocando os pés na empresa com a frequência que queria, já que parte de seus compromissos estavam sendo fora dali e aquilo o desanimava, o deixava para baixo. Sabia que a única forma de se encontrar esporadicamente com era lá e em alguns momentos, mas agora, estando longe, em outro lugar…
Ele só sabia o quanto sentia falta daquele abraço apertado que só ela sabia lhe proporcionar.

observou os raios de sol suaves que adentravam a extensa cafeteria em que estava, esperando que os ponteiros do relógio de pulso evidenciassem a hora que deveria estar de volta à empresa para terminar seu turno daquele dia. Ela sabia dizer perfeitamente quando foi que havia ficado distante de e da última vez que haviam se encontrado pessoalmente para uma aproximação rápida. Sabia e entendia mais do que ninguém como a rotina do namorado era, com todas as tarefas conflitantes em sua agenda e que ao menos conseguia parar para respirar adequadamente e, de certa forma, se preocupava. Ela compreendia que aquela rotina poderia ser mais exaustiva do que imaginava, quem visse de fora não fazia ideia de como a correria tomava conta de seus dias e aquilo poderia ser um problema.
A verdade era que ela não queria deixar que aqueles pensamentos tomassem conta de sua mente, a fazendo imaginar variadas coisas e sabia ainda mais que aquilo só pioraria a situação e não amenizaria, nem um pouco, a forma com que estava se sentindo naquele momento. Não queria parar para pensar em como gostaria de poder passar seus dias normalmente com a seu lado, em como a última conversa que tiveram pessoalmente começava a ressoar mais alto dentro de si e que, por um lado, seria incrível poder fazer o que quer que fosse com ele. Sem se preocupar com tudo o que poderia lhe acontecer ao redor.
Ela já sentia uma saudade incabível crescer habitualmente dentro de si, assim como sentia o coração aquecer por se lembrar do último sorriso e abraço que ele havia lhe dado. gostava tanto daquele homem, gostava tanto de seu toque. Nunca imaginou que um dia, depois de tanto tempo desde seu último relacionamento, poderia se entregar e se sentir como adolescente daquela forma.
Ainda mais por alguém como ele. Alguém sendo o completo oposto dela.
Também nunca havia imaginado que teria um relacionamento com alguém tão famoso quanto ele. Nem mesmo cogitou a ideia de quando ele havia lhe lançado o primeiro olhar, o primeiro sorriso, quando havia lhe chamado atenção em uma curta conversa.
Ela não imaginava que se encontraria inteiramente apaixonada, mesmo com um gesto tão pequeno.

andava curiosa pelos corredores da Hybe, atenta para que não se perdesse, já que aquele lugar era maior do que poderia imaginar. Suas mãos seguravam o crachá que tinha pendurado no pescoço e, no mesmo instante, podia sentir seu coração batendo acelerado por entender, finalmente, que havia conseguido um emprego decente depois de todo aquele tempo. Só depois de pisar dentro daquele lugar que pôde se dar conta de como um emprego fazia falta, ainda mais depois de um tempo significativo desde a graduação.
Ela já estava em sua função há um tempo desde que tinha sido contratada e sua rotina havia se intensificado um pouco mais nos últimos dias, mesmo já sabendo como eram os dias corriqueiros do grupo que auxiliava. Havia andado pelos corredores da empresa variadas vezes e, mesmo assim, sempre apreciava da mesma forma como aquele espaço era o total oposto do que se podia ver ao lado externo. A Hybe era poderosa.
Pôde ouvir as vozes se aproximando, percebendo também a movimentação que se encontrava na preparação dos materiais que seriam necessários para o photoshoot que seria feito naquela tarde. Ela estaria responsável pela aparência visual daquela vez e sentia suas mãos suarem gradativamente ao pensar que não poderia errar em nada.
Não poderia cometer qualquer deslize.
Adentrou o cômodo, ajudando os demais a juntarem e separarem o que precisava para que assim seguissem em direção ao veículo que os esperavam para prosseguirem em direção ao estúdio que o já se encontrava. Esperava que não estivessem atrasados para tal.
Não demorou muito para que adentrassem o estacionamento da empresa que o grupo tiraria as fotos, sendo recepcionados por alguns funcionários que já o esperavam, e assim trilharam até a sala que boa parte da equipe se encontrava. A mulher observou que o falatório ali era intenso, assim como as câmeras espalhadas e os flashes que vez ou outra eram disparados, mesmo que nenhum deles estivesse em suas posições para que começassem o ensaio.
Sem pensar muito, trocou a maleta que segurava de mão, assim como fez com os blazers que segurava no cabideiro, repassando por sua mente a quem pertenciam. não estava tão acostumada com aquela correria, afinal, era a primeira vez trabalhando para um grupo famoso como aquele. Não imaginava que se encontraria correndo de um lado para o outro, entregando vestimentas, corrigindo costuras e observando falhas para serem consertadas, mas no fundo ela sabia que toda aquela euforia lhe agradava. Gostava do que fazia, ainda mais da forma que fazia.
Depois de ter entregue as roupas separadas, os ajudando a se vestirem corretamente e recebendo agradecimentos em resposta, deu uma última olhada nos rapazes que logo começariam suas poses para as fotos que seriam tiradas. Franziu os olhos ao perceber a gola alta de um deles e se aproximou, levando os dedos até o local, os ajeitando devidamente.
olhou em direção à mulher, sorrindo agradecido pelo seu ato.
— Obrigado. Não tinha percebido — mencionou.
balançou a cabeça como se não fosse nada e observou o quão brilhantes aqueles olhos eram, ainda mais de perto como estava. Se fosse em outra ocasião e se não fosse quem ele era, sabia certamente que se perderia profundamente naquele olhar.
— Não tem problema, está perfeito agora.
Ela lhe forneceu um pequeno sorriso, curvando o corpo rapidamente e se afastou para o canto em que não podia ser percebida com facilidade, apenas deixando que seu olhar caísse sobre eles mais uma vez. Observou quando as luzes se tornaram mais amenas, escuras e os flashes começaram a invadir com mais velocidade, na medida que os clicks se tornavam evidentes. Por um momento, os olhando daquele jeito, se sentiu orgulhosa por ter feito um bom trabalho.
Não notou quando o barulho cessou por alguns segundos, fazendo com que alguns burburinhos ecoassem pelo local e a única coisa que a tirou dos devaneios havia sido uma voz alta e, com toda certeza, indomável.
— O que é isso? — Olhou subitamente para os lados, deixando que seus olhos parassem em direção ao diretor do ensaio, que dizia exasperado, nervoso ao olhar algo na fotografia da câmera que segurava em mãos. — Quem foi que trouxe a porcaria de uma roupa com defeito? Olha o tamanho desse buraco!
— Senhor, por favor…
Um dos funcionários que estavam mais próximos tentava acalmá-lo, mesmo sabendo que naquela situação não seria tão compreensível. sentiu o corpo esquentar gradativamente, notando seu coração começar a bater acelerado por não saber o que havia acontecido. Ela torcia para que não fosse nenhuma das vestimentas que tinha levado e nem por isso torcia para que fosse algo mínimo que pudesse ser consertado em segundos.
Deixou o corpo ereto assim que avistou o olhar preocupado estampado no rosto dos demais que ali estavam e quando observou o diretor se aproximar do rapaz que ela havia ajudado a se ajeitar, sentiu uma pequena pontada na boca de seu estômago.
Era justo o blazer que ela havia levado consigo.
— Eu quero o responsável por essa calamidade aqui, agora! — vociferou, fazendo sentir o corpo arrepiar. Ela sentia suas bochechas arderem pela vergonha e deu os primeiros passos em direção a ele, o mais rápido que pôde. — Como deixam isso acontecer em uma sessão como essas? Vocês são loucos?
— Diretor Choi, eu…
— Foi você? — disse alto, se virando para mulher enquanto seus olhos ainda permaneciam arregalados pelo nervosismo. fechou os seus brevemente, se praguejando por todo aquele caos.
— Eu trouxe os blazers e eles estavam devidamente guardados. Pode ter acontecido algo…
— Você não faz o seu trabalho corretamente? Não verificou antes de trazê-los? — Ela podia perceber o quanto ele aumentava seu tom de voz na medida que lhe perguntava. Ela podia sentir os olhos de cada um que ali estava queimando sobre si e assim inclinou a cabeça para o lado, observando os principais desviando o olhar do dela, falando algo entre si. Provavelmente deveriam estar comentando sobre quão incompetente ela estava demonstrando ser. queria sair dali o mais rápido possível, mas não podia. Ela precisava daquele trabalho, precisava mais do que tudo e não podia deixar que algo como aquilo lhe abalasse daquela forma.
— Eu sinto muito, senhor. Farei o possível para fixar esse problema. Perdoe minha falta de atenção. — Curvou o corpo rápida e repetidamente, o olhando pela última vez antes de se virar e seguir em direção ao idol que havia verificado o blazer antes. Ela sentia sua garganta secar progressivamente, se sentindo estúpida e desatenta. Como poderia ter cometido um erro daqueles logo em um photoshoot tão importante?
— Aigo… Eu não sei o que faço com vocês...
Com os dedos trêmulos, ainda ouvindo o reclamar do superior e de forma que julgava ser rápida, tentava recuperar o estrago que estampava uma parte mínima do peitoral de . Não se deu ao luxo de olhá-lo, nem mesmo de se desculpar pelo que havia feito, já que a única coisa que passava por sua mente era acabar o mais rápido possível para se esconder no canto daquela sala.
Continuou seu trabalho até ouvir um sussurro em direção ao seu rosto.
— Não deixe que esses comentários te desanimem. — O rapaz deixou seu olhar cair sobre o rosto dela, podendo observar quão apreensiva ela estava. — Faz parte de qualquer trabalho cometer um errinho ou outro.
parou levemente com as palavras do rapaz em sua direção. Por um momento, sentiu seu corpo aquecer por perceber que logo ele, no meio de todas aquelas pessoas, foi o único a lhe dirigir palavras acolhedoras e motivadoras, o que a fez ficar até mesmo surpresa.
— Obrigada. Não costumo deixar isso acontecer — respondeu baixo, no mesmo tom de voz que ele, ainda que as vozes exteriores se tornassem mais manifestas.
— Eu sei que não.
A resposta de a fez lhe olhar surpresa, mais uma vez. Ele observou sua expressão e deixou um sorriso pequeno escapar em seus lábios. Ele tinha plena certeza de que ela não tinha noção do que aquela pequena frase significava, não fazia ideia que ele já a vinha observando há um tempo e que estar tão próximo da mulher, podendo sentir o cheiro de seu perfume impregnar suas narinas, era tudo o que ele poderia querer naquele momento.
Continuou a observando por mais algum tempo, podendo gravar cada pequeno detalhe de seu rosto até que ela ajeitasse o último detalhe para se afastar. lançou um último olhar em direção ao rapaz, recebendo outro curioso e observador de sua parte, a fazendo sentir seu coração palpitar um pouco mais rápido. Não entendeu o que havia sido aquilo, nem mesmo queria entender naquela hora, mas se sentiu satisfeita pelas palavras que lhe confortaram depois da pequena confusão.


O sorriso em seu rosto aumentou um pouquinho mais ao se lembrar do quão gentil ele havia sido só com aquele ato, naquela situação. Não esperava que logo ele fizesse algo daquele tipo, ainda mais próximo a outras pessoas, mas não pareceu se importar quando a confortou e a verdade era que precisava daquelas palavras ou sabe-se lá o que lhe passaria pela cabeça pelo resto do dia.
A mulher bebericou o último gole do café que tinha em mãos, jogando o copinho no lixo ao sair pela porta do lugar, pronta para retornar ao seu trabalho. Observou o céu azulado, demonstrando o quanto o clima naquele dia estava favorável e, ao fechar os olhos brevemente com o ar fresco que tomou conta de seu corpo, se sentiu levemente revitalizada, deixando que todos os pensamentos inoportunos pairassem para longe dali. Pelo menos naquele instante.
Ela tinha certeza que, por mais que o relacionamento dos dois não fosse perfeito, nem mesmo chegava perto de ser, ambos fariam o possível para que desse certo.
Caminhou um pouco mais, podendo avistar o prédio da Hybe chamando atenção ao final da avenida e, antes que pudesse continuar, sentindo o celular vibrar no bolso de sua calça jeans. Assim que o pegou, ligando o display, um sorriso nostálgico tomou conta de si.
Ela sentia tanta falta de .

“Eu não posso te ligar agora, sinto muito :( Queria te ver, estou com saudades”


Por um segundo, achou adorável a forma como ele havia expressado sua saudade. sempre havia sido daquela forma, romântico, expressivo, amoroso. Chegou a pensar que nunca havia conhecido alguém como ele e se sentia tão afortunada por tê-lo ao seu lado, mesmo que literalmente. Ela não podia pedir por algo melhor.
Rapidamente, seus dedos percorreram a tela, o respondendo.

“Não tem problema, eu acompanho sua agenda, esqueceu? haha Também sinto muito a sua falta, babe e só tem crescido…”

“Eu te prometi que ia dar um jeito nisso, não foi? Espere”


franziu o cenho pela falta das mensagens posteriores àquela. Esperou um pouco mais, o que demorou alguns minutos e aproveitou para caminhar enquanto isso. Não demorou muito para que o aparelho notificasse o recebimento, a fazendo olhá-lo mais uma vez.

“Desculpe a demora, estamos indo para a entrevista, mas isso não importa agora. Eu queria te falar pessoalmente, mas está sendo impossível nas últimas semanas, então… Consegui um dia de folga no domingo! Podemos ficar juntos!”


E em seguida, uma nova mensagem.

“Surpresa, meu amor!”


sentiu seus olhos arregalarem gradativamente com a notícia, da mesma forma que o sorriso que surgiu em seus lábios. Ela olhou para os lados, contendo a vontade de soltar um grito de felicidade por saber que iria vê-lo depois de tanto tempo e, sem pensar muito, o respondeu com várias mensagens, da mesma forma que apressou o passo para a Hybe.
Por mais que estivesse transbordando em felicidade, não podia se atrasar.

💐

Ara nae kkum ttaemune neol deo baraboji motaeseo
(Eu sei, eu te deixei de lado por causa do meu sonho)
Geureom naege haruman jwo, kkum sogirado haruman
(Então me dê apenas só mais um dia, mesmo que seja em sonho, só mais um dia)


O segundo dia daquele fim de semana havia se iniciado de forma calma, fazendo com que se espreguiçasse vagarosamente em sua cama de casal, naquele ponto desarrumada, e, ao abrir seus olhos, pôde deixar um sorriso tranquilo aparecer por se lembrar do que aconteceria dali há um tempo.
Desde o dia no qual havia recebido a mensagem de , se animando com a notícia de que poderia passar um dia com ele após todas aquelas semanas turbulentas somente sabendo um do outro por mensagem, sentia aquele famoso frio na barriga, como se fosse encontrá-lo pela primeira vez.
tinha aquele efeito sobre ela. A deixava como uma adolescente, rolando pela cama por saber que está sendo correspondida e, céus, como aquilo era incrivelmente maravilhoso.
Deixou um suspiro lento escapar de seus lábios ao sentir todo aquele sentimento sereno tomar conta de seu corpo a cada minuto que se passava e aquilo fez com que sentisse vontade de se tornar a mais linda para ele, por mais que o rapaz já dissesse que ela não precisaria de muito esforço para aquilo, o que só a deixava bobinha ainda. Com esse pensamento, deu impulso com seus braços para se levantar da cama e começar a se preparar, por mais que fosse demorar um pouco ainda para o encontro.
Deixou que suas mãos alcançassem o celular, notando uma notificação do namorado assim que acendeu o display. parecia animado como ela e aquilo só a deixava mais do que entusiasmada.

“Espero que tenha acordado bem, amor. Não vejo a hora de te ver. Fiz uma reserva confidencial no Sky Rose Garden, podemos nos encontrar lá no entardecer? Te espero mais linda do que já é!”


No instante em que terminou de ler a mensagem, sentiu seu coração bater acelerado e esquentar aos pouquinhos por perceber o quanto ele gostava de demonstrar todo o amor que sentia por ela. achava aquilo genuíno.
Desde o primeiro toque, conseguiu perceber a intensidade dos sentimentos de e soube certamente que não conseguiria mais se afastar. Por mais que tivessem todas as coisas contra os dois, que soubessem que não seria fácil manter aquela relação camuflada e, de certa forma, proibida, para , não importava. Não importava porque a mulher podia sentir, em cada pedacinho de seu corpo, que o que sentia por ele era maior do que tudo o que poderia acontecer, maior do que todas as consequências que poderiam lhes afetar.
E aquele foi o único pensamento que rondou por sua mente pelo restante daquela tarde, até que chegasse o momento em que pudesse começar a se arrumar.

enlaçou a faixa do vestido por sua cintura, o prendendo devidamente na lateral e puxou a fina alça para sua posição correta em seu ombro, podendo olhar seu reflexo no espelho que se encostava à parede de seu quarto. Notou os traços leves que marcavam seu rosto, assim como a maquiagem delicada que havia feito para encontrá-lo, marcando apenas suas pálpebras, o que a deixou ainda mais feliz com o resultado que via estampado à sua frente. Não podia negar que gostava de se vestir bem, que gostava de se sentir bonita, mas, por algum motivo, naquele momento, se sentiu insegura com o que vestia. Talvez porque havia comprado o vestido justamente para aquela ocasião ou será que o sentimento que pairava dentro de si estava relacionado a outra coisa?
Não sabia dizer ao certo, mas resolveu por não focar sua atenção naquele fato. Naquele dia, ela seria inteiramente de e nada mais importaria.
Deixou uma pequena mecha do cabelo recentemente ondulado por detrás da orelha, permitindo que o brinco minimalista que havia colocado ficasse um pouco mais evidente e assim se observou por mais um tempo antes de finalizar. trajava um vestido simples, em tom rosé, que deixava sua cintura marcada pela faixa, assim como o busto pelas finas alças. De alguma forma, a insegurança anterior dava lugar ao encantamento que sentia por se ver tão bela daquela forma e aquilo só a deixou um pouco mais confiante sobre tudo que iria e poderia acontecer até o final daquele dia.
Colocou suas sandálias, assim como o vestido, delicadas, se ajeitando uma última vez para pegar sua bolsa e sair da modesta residência que se encontrava. Pôde observar que o tempo já não reluzia como mais cedo e agora nuvens acinzentadas tomavam de boa parte do céu, mesmo que estivessem dispersas, isso fez com que, em questão de segundos, procurasse por um casaco leve para que pudesse levar.
Sem mais demoras, resolveu por sair.
Por mais que estivesse com pressa, queria ir andando. Ela gostava de sentir todo aquele frescor de encontro à sua pele e pensava: por que perder tempo parada esperando por algum veículo se podia aproveitar cada pequena arquitetura construída pela cidade enquanto caminhava? E assim, sempre fez.
Os olhos da mulher passeavam por todos os lugares que ela ia passando, notando que na medida que o sol ia se pondo, a paisagem ia se misturando com as luzes da cidade grande, coloridas ao redor. Aquela vista era uma graciosidade para si.
caminhava despreocupada pela avenida da Gwanghui-dong que, naquele horário, já se encontrava agitada pela movimentação dos veículos e até mesmo das pessoas que estavam ao redor. Todo o lugar se encontrava iluminado pelos letreiros das lojas e shoppings, até mesmo pela iluminação local que a mulher achava fascinante.
Buscou pelo celular dentro da bolsinha que segurava, se sentindo ansiosa por saber se já estaria a caminho, mas estranhou quando no visor não havia nenhuma notificação de mensagem recebida. Verificou sua conexão, notando que aparentemente estava normal, e entrou no aplicativo mais uma vez, percebendo que o rapaz não havia lhe enviado mais nada. Será que ele já estava no local lhe esperando?
inclinou a cabeça para o lado, com as dúvidas ressurgindo em sua mente, mas resolveu por não se preocupar e, sim, apressar seu passo em direção ao local combinado. Ela caminhou um pouco mais, adentrando as estreitas ruas nas laterais e assim que avistou o arranha céu, podendo ver, mesmo que ao longe, as flores e ramos das plantas evidentes na cobertura, deixou um pequeno sorriso transparecer, imaginando como seria a vista daquele local. O sol já se punha vagarosamente, fazendo com que o céu tomasse tons alaranjados e azulados, quase em uma pintura.
Pensou um pouco no que faria naquele instante. Não via em nenhum lugar na fachada, nem mesmo alguém parecido com ele. Sabia perfeitamente que o rapaz não apareceria tão exposto, mas achou que ele pelo menos lhe diria quando chegasse.
Checou novamente o aparelho em mãos, ainda sem notificações. Não queria demonstrar falta de paciência, nem mesmo queria apressá-lo, então pensou por não enviar alguma mensagem, nem mesmo efetuar uma ligação. esperaria por ele um pouco mais.

O céu já se mostrava parcialmente estrelado, ainda com as nuvens escuras passeando por ele. Ela já podia sentir o vento gélido acariciar seu corpo vez ou outra, indiciando que já estava ficando tarde para que ela estivesse ali. A verdade era que não sabia o que pensar, sua mente se encontrava cansada. As mensagens que havia enviado não tinham sido recebidas, nem mesmo as ligações atendidas. Elas nem completavam.
Seu coração já batia forte dentro do peito, sem saber ao certo o que havia acontecido e nem mesmo entendia se poderia mesmo ter acontecido algo. havia dito que ele teria o dia de folga, que poderiam estar juntos, mas por que ele não lhe dava um sinal de vida? Aquilo a preocupava.
Por mais que quisesse saber onde ele estava, por mais que sua vontade fosse a de ir atrás dele, mesmo não sabendo onde estaria, sabia que não podia fazer aquilo. Não podia porque ninguém sabia dos dois, ninguém sabia que eles ao menos tinham um relacionamento. Ela nem mesmo podia contar a alguém sobre aquilo.
Deixou um suspiro pesado escapar de seus lábios, já começando a se sentir exausta. Seu corpo doía, suas pernas latejavam, ela havia esperado por muito tempo e, por um segundo, podia jurar que ele ainda chegaria. conhecia , sabia bem que ele não faria algo daquele tipo, mas… Por que ela sentia que não podia colocar muita fé nas palavras que rondavam sua mente?
Novamente, ligou o display do celular. Nada. Pressionou o botão de discagem rápida, já que o número dele já estava gravado ali, mas a única coisa que conseguiu ouvir foi a caixa postal, evidenciando que o aparelho do rapaz estava desligado.
Ela deixou que seus olhos descessem em direção ao celular em suas mãos, encarando a tela acesa e o nome de estampado em sua visão. Podia sentir o coração apertando aos pouquinhos dentro do peito por começar a entender o que estava acontecendo ali. Poderia, sim, ter acontecido alguma coisa, mas da mesma forma… só conseguia pensar que ela estava ali, sozinha, e o primeiro pingo de chuva em seu rosto a fez temer pelo pior.
As gotas se intensificavam assim como a dor que começava a sentir dentro do peito, por não saber o que estava acontecendo, nem o porquê se não receber alguma notícia.
Ali, com a chuva caindo sobre si e já sentindo o corpo molhar de pouco a pouco, soube de apenas uma coisa.
não iria encontrá-la no Sky Rose Garden, não depois de todo aquele tempo.
E ele realmente não apareceu.

💐

Neol wihaeseoramyeo ajik nan geojitmalhago isseo
(Eu continuo mentindo, dizendo que tudo é por você)
Neon nae hangaunde seo isseo
(Você está no centro da minha vida)


não acordou sorridente naquele dia, como nos anteriores que se sentia resplandecente ao abrir os olhos e saber que possivelmente teria alguém lhe esperando ao chegar no trabalho. Ela queria entender, queria muito entender o que havia acontecido, mas aquela noite em claro, sem respostas e sem uma explicação, a fez pensar em variadas coisas que havia ignorado nos últimos meses em que havia oficializado o relacionamento com .
Será que todas as vezes que tivessem que fazer algo daquele tipo passaria pelo mesmo problema que foi? Será que seria certo que pudessem estar juntos em algum lugar? Ela já não sabia mais e aquela pequena cócega de incerteza em sua mente começava a ficar mais clara, mesmo a mulher dizendo para si mesma que não havia sido nada demais, que poderia ter realmente acontecido algo.
Ela já havia parado para pensar sobre o assunto há um tempo, quando a insegurança tomou conta de seu peito, sabendo que seria arriscado o suficiente namorar um idol tão famoso quanto ele. Sabia que não seria fácil, que passariam por problemas enormes e que o fato de esconder o que acontecia poderia, sim, doer.
Só não imaginava que seria tão rápido como estava acontecendo, nem mesmo imaginava que a incerteza se tornaria presente daquela forma.
Será que eles…
Não. Ela não queria pensar naquilo, não naquela hora. Por mais que não tivesse aparecido no encontro, deveria ter alguma explicação. Precisava ter alguma explicação. Era o que ela mais queria.
Portanto, ao colocar os pés para fora da cama, a única coisa que pensou em fazer foi se arrumar prontamente para começar seu turno e assim o fez, se deixando o mais apresentável possível para que aquelas olheiras enormes não ficassem nem um pouco aparentes.
não podia deixar se abalar assim.

Observou o céu um pouco mais azulado do que o dia anterior e ela tentou piamente se animar um pouco mais com aquela paisagem que conseguia avistar. A primeira coisa que fez ao colocar os pés na rua, foi comprar um café forte, o mais forte possível para se manter firme e acordada durante aquele dia, o que só a fazia sentir o coração apertar ainda mais, já que sabia qual a sua rotina do início da semana e, com toda certeza, veria pelos corredores da Hybe. A mulher não queria demonstrar quão abalada havia ficado por ter sido deixada em frente ao arranha céu, sem qualquer aviso prévio. Talvez ele realmente tivesse tido algum imprevisto para que não pudesse encontrá-la.
tentaria fixar sua mente naquele pensamento em específico.
Ela caminhou um pouco mais, podendo avistar a empresa em que trabalhava se aproximando aos poucos e puxou o restante do ar, como se aquilo fosse a revitalizar, pelo menos por alguns instantes. Deixou que suas mãos alcançassem o bolso do sobretudo, se sentindo tola por querer checar mais uma vez se havia mensagem do namorado, o que a fez estranhar ainda mais.
Droga. Por que ele não havia dito nada? Se não tivesse acontecido algo demais, teria a avisado. Certo?
Esperava que sim.
A mulher fechou os olhos brevemente, desfocando todas as dúvidas que tinha em mente assim que colocou seus pés no primeiro degrau da entrada da Hybe. Observou as luzes amareladas iluminarem cada canto do hall e avistou um pequeno conglomerado de pessoas que ali estavam, provavelmente alguns turistas que sempre gostavam de tirar fotos da entrada do local.
Não iria demorar muito para que logo adentrasse o local, liberando sua entrada pelo cartão magnético, mas antes que pudesse continuar, algo lhe chamou atenção.
Não algo, mas um comentário em específico e esse fez com que o coração da staff apertasse levemente.
— Você viu? Eu não estou acreditando. Eles foram vistos ontem ao anoitecer, saindo do La Yeon juntos. Você viu a foto?
— Você ‘tá brincando! O e a Jisoo?
— Sim! Dá uma olhadinha no site da Dispatch, eles mostraram tudo…

por um momento pensou ter ouvido errado. Por um momento ela não queria ter ouvido o nome de no meio daquela conversa e a cada vez que se prolongava, a mulher sentia a boca de seu estômago revirar em uma dor incômoda, enjoada. Ela sentiu seu corpo esquentar de uma forma ruim e aos poucos as palmas de suas mãos começaram a suar, deixando evidente o nervosismo.
Aquilo não podia ser verdade. Não tinha como ser, havia lhe dito… Não tinha como ser?
Sua garganta fechou, o nó começava a se formar de forma rápida assim como as lágrimas que principiavam no canto de seus olhos. Rapidamente, procurou pelo celular no bolso de sua vestimenta, buscando pelo site com os dedos nervosos e, ao olhar a primeira postagem, com a foto tão nítida e inconfundível de ao lado de Jisoo, como se não tivesse demais preocupações e estivesse o mais confortável possível, ela quis chorar. sentiu desde que os pingos da chuva começaram a molhar seu corpo em frente ao Sky Rose Garden que algo estava errado, que alguma coisa poderia estar acontecendo e ali, ouvindo estranhos falarem sobre o rapaz que ela julgava ser seu namorado com outra pessoa e vendo a foto que constatava aquele fato, só fez com que todos os pensamentos que ela empurrou todo o tempo para o fundo de sua mente viessem à tona de uma vez por todas.
Talvez realmente não fosse para eles ficarem juntos.

Ela já sabia como era todo o expediente que os funcionários tinham dentro da empresa, mas não imaginava que em um dia como aquele as coisas estariam mais agitadas que o normal e era tudo o que ela não queria.
sentiu seu corpo pesar depois do que havia visto, depois das notícias e dos comentários que faziam externa e internamente por ali. Tudo o que ela não precisava era saber sobre aquilo para começar a semana e a verdade era que ela não queria trocar uma palavra com qualquer pessoa que a encontrasse.
Principalmente essa pessoa sendo .
Ela não queria pensar, não queria repassar tudo o que estava acontecendo, porque sabia que não daria certo. Sabia que se focasse no assunto, poderia desabar a qualquer momento e o que mais crescia ficava em evidência dentro de si era se sentir enganada, iludida e confusa. O último sendo uma das coisas que ela não queria, em hipótese alguma, experimentar.
Por que aquilo doía tanto?
Sempre soube que algo assim poderia acontecer algum dia, mas nunca imaginou que pudesse ser tão pungente naquele ponto, de fazê-la sentir que não teria conserto, que não haveria solução.
A verdade estava bem nítida estampada em seu rosto.
fungou, tentando conter o choro que viria à tona e continuou caminhando em direção à segunda sala de reuniões, na qual costumavam juntar a maioria dos funcionários para repassar alguns procedimentos básicos do dia.
Não ergueu o olhar ao passar pela enorme janela de vidro que dava para o corredor, apenas a adentrou, torcendo mentalmente para que aquele dia terminasse de uma vez por todas.
podia sentir o corpo estremecer levemente ao não avistar a namorada em nenhum dos corredores pelo qual havia passado. Ele precisava estar na Hybe naquele dia para discutir sobre a proposta que havia recebido para um novo dorama, mesmo sabendo qual seria a sua resposta. Não teve muita escolha sendo a única a de encontrar o empresário da atriz com a qual provavelmente iria atuar e a mulher, para que discutissem alguns termos. Jisoo sabia que negaria, sempre soube desde o começo e o empresário sabia do mesmo, mas, como já haviam marcado a entrevista e deveriam fazê-la, resolveram por se encontrar para, assim, colocar os pingos nos i’s que precisavam ser colocados.

Já havia escurecido e sentia seu coração acelerar por saber que estava mais do que atrasado. Não conseguia tirar de sua mente o fato de que provavelmente estaria sozinha, ainda o esperando, e o fato de não poder contatá-la por não estar com seu telefone só piorava toda a situação. Ele só precisava sair dali o mais rápido possível.
O restaurante tocava uma música amena, se espalhando por todo o local e, assim, fazendo com que o silêncio entre ele e Jisoo se tornasse um pouco mais evidente.
Ela ergueu o olhar em direção ao dele, levando seus dedos até a borda do cardápio que estava depositado em cima da mesa.
Jisoo sorriu de canto.
— Você realmente não pensa em atuar?
— Não é como se isso estivesse em meus planos agora.
Balançou a cabeça, dando de ombros veemente ao vê-la concordar, deixando seu corpo recostar na cadeira acolchoada.
— Eu não pretendia insistir, na verdade. — Deixou uma risadinha fraca escapar. — Mas você sabe como a burocracia funciona.
— E eu agradeço por isso. Nossa conversa já estava marcada, de qualquer forma. — O rapaz levou uma das mãos no cabelo, olhando para o lado de fora do lugar através das janelas. Observou como a chuva começava a cair e se preocupou ainda mais, começando a ficar inquieto no lugar em que estava sentado.
Jisoo não deixou passar despercebido, estreitando seus olhos em direção ao rapaz ao notá-lo daquela forma.
— Precisa estar em outro lugar?
— O quê? — respondeu, desatento. Ela sorriu, balançando a cabeça.
— Não vou tomar seu tempo, . Desculpe ter feito você vir. — Deu uma piscadela. — Podemos encerrar por aqui?
— Se não for problema, sim, por favor.
Com isso, se levantou junto a ela, engatando em um assunto qualquer enquanto seguiam para o lado de fora, comentando um pouco mais sobre o dorama em si e como ele estava focando em apenas sua carreira musical naquele momento. O rapaz agradeceu pela mulher tê-lo compreendido e sorriu, acenando para ela em despedida, apenas querendo encontrar o mais rápido possível.


Ele precisava dizer a que sentia muito por tê-la deixado sozinha em frente ao lugar que se encontrariam, por não ter conseguido entrar em contato com ela e que a última coisa que queria era chateá-la. Precisava conversar com ela pessoalmente, precisava vê-la.
Pôde sentir sua atenção ser chamada, como um ímã, no momento em que avistou a mulher caminhar pelo corredor mais à frente, acompanhada de alguns funcionários. precisava arrumar uma forma de chamar sua atenção para que pudessem conversar melhor. Já havia enviado algumas mensagens, tinha tentado até mesmo ligar para ela, mas as ligações eram rejeitadas e as mensagens, não eram respondidas.
Se sentia tão impotente por não conseguir fazer muita coisa, por não poder puxá-la para si em um abraço apertado na frente de todos, por não poder dizer o quanto a amava de todas as formas possíveis.
Esperou um pouco mais, puxando o celular do bolso da calça jeans e percebendo que nenhuma de suas mensagens haviam sido respondidas ainda, da mesma forma que antes, e deixou um suspiro alto escapar. Por que ela não lhe respondia, nem para que ele pudesse se explicar?
Enviou uma última mensagem, torcendo para que ela aparecesse. Ele não podia passar mais tempo longe sem se desculpar.

“Por favor, , venha à sala de reuniões 04. Vou te esperar, preciso te explicar tudo…”

💐

Haruman neowa naega hamkkehal su itdamyeon
(Só um dia, se eu pudesse ficar com você)
Haruman (haruman)
(Só um dia, só um dia)


entrelaçou os dedos mais uma vez enquanto esperava ansiosamente pela mulher naquela sala. As cortinas não estavam tão abertas como antes, deixando a pouca luz do início daquela manhã invadir aos poucos pelas frestas que estavam espalhadas por toda a janela. Ele não se deu conta do tempo que havia passado desde que estava ali dentro, a aguardando, e nem das incontáveis mensagens que havia recebido dos amigos desde que havia desaparecido por alguns instantes para encontrá-la.
Podia sentir seu coração batendo forte e rápido dentro do peito por notar o quanto estava demorando para aparecer por ali desde que havia lhe chamado e aquilo só o deixava mais apreensivo. Não queria pensar no pior, mas a demora só lhe evidenciava uma única coisa.
Seus pés já não lhe obedeciam mais. Não conseguia parar quieto em um canto para esperá-la, já que sua mente estava em um turbilhão de pensamentos desordenados. Ele sentia toda a angústia tomar conta de si e o desespero de saber que talvez ela estivesse tão chateada ao ponto de não querer falar com ele.
Aquilo o corroía por dentro. não podia se imaginar sem .
Podia ouvir seus passos ecoando claramente pela sala de reunião, o fazendo ficar ainda mais nervoso e até continuaria, não fosse pelo minucioso barulho da porta sendo aberta e a presença da namorada ficando presente próxima a si. não pensou muito em ir em direção a ela, deixando que suas mãos seguissem em direção aos braços de , só então percebendo que o olhar da mulher não estava sobre si. Ela não queria olhá-lo.
Ele engoliu em seco, sentindo o coração descompassar.
, amor, eu preciso te falar o porquê não pude ir ao nosso encontro — iniciou, tentando captar a atenção da mulher. Ela ainda não o olhava. — Eu sei que prometi que faria daquele dia o nosso, mas apareceram imprevistos e…
… — tentou interrompê-lo. apenas continuou a se explicar. sentia seu coração apertar a cada palavra que ele dizia e ela só queria poder dizer o que estava sentindo de vez, o que realmente queria.
— Nossa equipe acabou informando sobre um evento que eu não…
, por favor — tentou dizer mais uma vez, ainda sem obter a atenção do rapaz. ergueu seu olhar em direção ao dele com sua expressão inteiramente séria. — .
O rapaz parou de imediato ao ouvir a voz tão direta de sua namorada. Nunca havia a visto daquela forma e não queria que ela continuasse, só queria se explicar para que tudo voltasse a ser como era. Para que pudessem se abraçar e matar parte daquela saudade que os sufocava.
Ela ficou em silêncio por alguns segundos, antes de começar.
— Não quero explicações. Você ao menos deve me falar sobre. É o seu trabalho, apenas isso.
— Sim, , mas quero te dizer o que realmente aconteceu. Tudo estava certo para te encontrar, eu até estava arrumado, mas Sejin disse que eu precisava comparecer a uma última entrevista e…
, por favor…
— Só mais um dia, . Um dia para que eu possa fazer valer a pena para nós dois.
Ao vê-lo quase implorar daquela forma, seu coração quis ceder e se jogar nos braços do rapaz, mas ela sabia que não poderia ser assim. Se sentia tão magoada e confusa que a única coisa que precisava naquele instante era estar longe por um tempo. Ela precisava pensar no que faria, se prosseguiria com o relacionamento ou se faria outra coisa. precisava respirar.
— Eu não acho que isso pode funcionar — disse, baixo o suficiente para que ele tivesse que se aproximar um pouco mais, torcendo para que tivesse entendido errado. — Nós dois. Não tem como funcionar, .
— O que… O que quer dizer, ? Eu sei que te prometi nosso dia, mas…
— Acho que nós dois prometemos coisas que não conseguimos cumprir.
sentia seu peito começar a subir e descer pelas palavras da mulher à sua frente. Ele não podia deixar que desistisse daquela forma, não podia deixar que entendesse tudo daquele jeito. Se ele ao menos pudesse lhe mostrar o quanto a amava…
, espera. Vamos tentar, por favor? Eu não posso… Nós podemos…
Naquele ponto, a mulher já sentia seus olhos arderem por vê-lo tão desesperado bem na sua frente. Era a última coisa que ela queria depois de tudo.
Ela balançou a cabeça, fazendo o possível para que continuasse firme na frente do homem.
— Você não vai mesmo me falar que estava com a Jisoo no dia do nosso encontro?
Ele parou no exato momento em que ouviu as palavras saindo dos lábios da namorada, franzindo o cenho em seguida. Então ela não sabia? Não haviam dito a ela sobre o que se tratava? sentiu seu corpo esquentar.
— Não é nada disso, . Não se passa de um mal entendido, eu não saí com a Jisoo. O empresário dela precisava…
— Isso não omite o fato de que você escondeu algo. — Suas palavras eram duras e retas, só deixando um pouco mais evidente quão magoada ela ainda estava. desviou o olhar do dele, sabendo que não aguentaria encará-lo daquela forma. — Você poderia ter me dito na primeira oportunidade que teve, mas não o fez. Poderia ter tentado me comunicar de alguma forma antes de ir encontrá-la, mas também não o fez. Fiquei plantada na frente do Sky por horas sem uma notícia sua, para chegar aqui hoje sabendo que você estava com outra mulher, jantando com ela. Você tinha ideia de como isso poderia me bombardear dessa forma?
Disse, exasperada, sentindo seu peito queimar pelos sentimentos que a sufocavam cada vez que despejava as palavras. Ele ainda a olhava.
— Você não tinha ideia — disse, por fim, ao ver a expressão do rapaz. Ali, o olhando tão cabisbaixo e sem qualquer resposta, soube da decisão que deveria tomar. — Porque no seu mundo são apenas negócios. Para pessoas como você, isso não faz a menor diferença, mas, ... Depois disso, eu pude entender.
— O que, ? — perguntou, quase em sussurro, com a voz marejada. sentiu seu coração se quebrar em mil pedaços por vê-lo enfraquecer em sua frente.
— Nós somos completamente diferentes, e isso nunca, nem mesmo em outra vida, poderia dar certo.
As palavras finais foram suficientes para que ele se aproximasse, tentando abraçá-la, esforçando-se para procurar palavras que fossem boas o bastante para que a convencesse do contrário, mas a garganta trancada o impedia de fazer tal ato. precisava mostrar a ela que não era daquela forma e que estava mais do que disposto a fazer dar certo.
— Não faz isso, , por favor…
— Eu preciso de um tempo, . É o mínimo que você pode me oferecer. Eu te peço.

— Eu preciso ir.
Dito isso, o olhou uma última vez, saindo prontamente da sala, deixando o rapaz que amava para trás, sem dizer qualquer outra coisa. sentia seu coração despedaçar dentro de seu peito enquanto , caminhando pelo corredor, já longe dali, já podia sentir as lágrimas descendo por seu rosto.
Se ele tivesse apenas mais um dia…

💐

Swipge ichyeojil geora saenggak an haetjiman
(Eu não acho que irei te esquecer tão fácil, mas)
Neoege nan geuraesseum joketdamyeon igijeogilkka
(Eu sou egoísta por esperar que você continue a mesma?)


Já havia passado uma semana que não tinha muitas notícias de .
Ele só conseguia saber algumas coisas por alto, coisas que outros funcionários falavam ou até mesmo que a ouvia falar quando estava por perto, o que também estava evitando muito.
Não sabia por quanto tempo iria aguentar ficar sem ela. se esforçava ao máximo para não a ligar e até mesmo tinha parado com as insistentes mensagens tentando fazer com que ela lhe escutasse verdadeiramente.
Sentia seu coração corroendo aos poucos.
Por que tinha que ser tão difícil uma situação daquelas? Ele só queria que as coisas fossem mais tranquilas a ponto de não se tornarem tão complicadas, ainda mais para .
A verdade era que não sabia como estava aguentando vê-la de longe sem poder tocá-la, sem poder ver o sorriso estampado que ele amava observar no rosto da mulher que tanto amava. parecia tão apagada ultimamente, tão para baixo e saber que o motivo havia sido ele lhe doía ainda mais.
Olhou mais uma vez para ela, tentando captar cada pequeno detalhe que poderia avistar pelos segundos que passaria por ela em um dos corredores antes de ir embora. Caminhou um pouco mais, sentindo o corpo pesar como ultimamente sentia e fechou os olhos. O que não demorou muito, já que sua atenção havia sido captada por uma pequena conversa que saía de dentro de uma das salas mais afastadas daquele andar, a qual estava com mais algumas pessoas.
Ele não queria passar por enxerido, mas o assunto lhe captou total alerta.
— O que vocês acham?
— Quando vocês pretendem fazer isso? A semana mal começou.
— Aquela era a voz de sua namorada. Ou, da mulher que era sua namorada.
— Ah, , qual é. Você tem estado para baixo nesses últimos dias e quem é que nega uma bebida? — e a voz de um homem ecoou pelo lugar. sentiu o corpo ficar um pouco mais ereto e atento pelo que falavam. Ele estava a convidando para sair?
— Vocês querem mesmo sair para beber hoje? — outra voz ecoou junto à deles.
— Por mim, posso até te pegar em casa — o mesmo homem de antes retornou a falar, fazendo com que se segurasse para não entrar naquela sala. Sabia que não tinha direito de fazer aquilo, mas queria poder mostrar que falava sério quanto a ela. Que sempre falou. Ele só torcia para que ela negasse aquele pedido.
— Não precisa disso… Tudo bem. Nos encontramos lá.
— Perfeito!


Ele sentiu o murchar imediato de todos os seus sentimentos e emoções. Podia sentir a tristeza tomando conta de si cada vez que se lembrava de que não era mais sua, que por mais que quisesse tentar, não poderia nem a chamar a qualquer hora para não ficar evidente. sentia e sabia, no fundo de seu coração, que não desistiria fácil de , ao menos havia pensado naquela possibilidade, mas precisava fazer algo para reconquistá-la, para tê-la para si da forma certa. Do jeito que deveria ter sido sempre.
E faria de tudo para aquilo acontecer.

💐

Neowa naega hamkkehal su itdamyeon
(Se nós pudéssemos apenas ficarmos sozinhos)
Neowa haruman itgireul barae, barae
(Eu espero que eu possa ficar com você apenas só um dia)
(Do it, do it, do it)
(Faça, faça, faça)


Já havia passado mais uma semana e o tempo havia se esfriado gradativamente, onde podia ouvir claramente na televisão, através da previsão, que poderia até acontecer de nevar.
O seu coração ainda se mantinha em um único lugar, em uma única pessoa. Desde a última vez que esteve com , sentindo as mãos do rapaz a segurarem em uma tentativa de não a deixar ir, nem mesmo por um segundo, pensou que pudesse esquecê-lo. Como se de fato tivesse tentado aquilo. Não sabia explicar, em nenhuma forma, como havia sido torturante vê-lo pela Hybe quase todos os dias, tão lindo e impecável como sempre fora, se esforçando ao máximo para não o olhar com a mesma frequência de antes. Podia perceber que ele não esboçava o mesmo sorriso que iluminava seu rosto, não continuava com as brincadeiras entre seus amigos e nem mesmo voltava a sorrir para alguns funcionários que passavam por ele em qualquer que fosse o lugar.
Aquilo a fazia se questionar até quando poderia ficar longe dele daquela forma. nunca havia sido um rapaz tristonho, nem mesmo deixava que percebessem se ele estivesse para baixo, mas era diferente. Ele deixava mais nítido, perceptível e se sentia péssima por ter sido tão dura com ele.
Ele não havia merecido nenhuma das palavras que ela havia dito para ele naquele dia. não devia ter dito nada daquilo.
O arrependimento tomava conta de si cada vez mais, mas como ela chegaria para ele para tentar uma conversa normal? O fim de semana já estava presente e o próximo expediente na empresa seria apenas na quarta, fazendo assim com que o pedido de desculpas se prolongasse ainda mais. O que poderia acontecer no meio daquele tempo?
Ela não fazia ideia.
abraçou o próprio corpo, sentindo o frio que adentrava por uma das janelas de sua sala acariciar seu corpo de forma impetuosa, a fazendo soltar um resmungo por aquilo. Talvez aquele fosse o pior momento para uma frente fria, pensou. Queria poder estar com seus braços ao redor do corpo de , sentindo suas costas sendo acariciadas pelos dedos mornos do rapaz, a fazendo se sentir segura como sempre fez. Ela queria que ele fosse seu lar novamente.
Quando se sentou na poltrona acolchoada de sua sala de estar, sentindo o corpo afundar vagarosamente, por um momento sentiu seus olhos marejarem pela falta que sentia. Por ter sido tão cabeça dura de deixar que tudo chegasse àquele ponto. Não queria imaginar o quanto poderia estar sofrendo, assim como ela também estava, e a única coisa que passava por sua mente era a forma com que iria resolver toda a situação. Não queria distender o que havia feito, nem mesmo queria que continuassem daquela forma.
Mesmo que os pensamentos anteriores voltassem a rondar por sua mente, mesmo que achasse que fossem tão diferentes ao ponto de não darem certo. não queria saber daquilo, o que lhe importava no momento era ter para si novamente, independente do que lhes fosse acontecer.
Ainda com o enorme casaco cobrindo seu corpo, o aquecendo levemente, a mulher encostou a cabeça no encosto da poltrona, podendo avistar parte do céu já acinzentado, cobrindo o sol que mal havia aparecido naquele dia. Todo aquele clima só lhe fazia ter certeza de que sua saudade se tornava um pouco mais manifesta, deixando o rosto do rapaz que amava nítido em sua mente.
Sentia falta do seu sorriso, de suas brincadeiras e seu toque delicado, como se soubesse exatamente como tocá-la. Somente sabia fazer aquilo e, por deus, como aquela nostalgia lhe corroía vagarosamente. Foi inevitável não fechar os olhos, podendo se lembrar de todas as vezes que ele conseguiu animá-la, que mesmo não podendo se encontrar com tanta frequência que queria, sempre dava um jeito de fazê-la a mais feliz, da forma que podia.
E aquilo só a fez se lembrar que, por mais que pensassem que talvez não tivessem sido feitos para ficarem juntos, fariam o possível para mostrar que o amor que sentiam era capaz de qualquer coisa, até mesmo de superar aquilo.
suspirou, deixando que seus olhos seguissem para o celular depositado na mesinha de centro próxima a si, pensando no que estaria fazendo naquele momento. Seria incômodo se ela lhe mandasse uma mensagem depois de todo aquele tempo? Será que ele a receberia bem? Ou será que deveria ligar?
Oh, as dúvidas eram cruéis.
Pensou um pouco mais e, dando-se por vencida, esticou o corpo em direção ao aparelho, com seus dedos quase o pegando e, antes que fizesse, pôde ouvi-lo vibrar, indicando que uma nova notificação havia sido recebida.
Aquilo fez o coração da mulher palpitar em curiosidade, mas logo balançou a cabeça, espantando os pensamentos esperançosos para longe. Talvez nem estivesse pensando nela assim…
O pegou, deixando que seu corpo se encostasse novamente ao encosto da poltrona antes de ligar o display mais uma vez, mas aquele ato não demorou muito, já que seus olhos fixaram no que tinha escrito na tela, fazendo seu coração bater de forma descompassada dentro do peito.

“Começou a nevar e eu não consigo parar de pensar que queria estar com você. Então, se eu fosse você, também olharia a neve caindo ao lado de fora...”


sentiu seu corpo esquentar de forma imediata, lendo e relendo a mensagem que havia lhe mandado, sem conseguir pensar em outra coisa que não fosse o fato de que ele também sentia a sua falta, da mesma forma que ela também estava sentindo. Ela queria tanto poder dizer do jeito certo que se arrependia de ter estado longe nas semanas que se passaram, que queria recompensar o fato de tê-lo afastado sem mesmo ouvir o que o rapaz queria dizer.
Ela queria tanta coisa…
Não pensou muito para se levantar, aproximando o corpo da janela da sala em que estava, erguendo o olhar em direção ao céu, deixando um sorriso fraco transparecer em seus lábios. Os flocos de neve caíam de forma vagarosa pelo céu, lhe fornecendo uma visão inteiramente adorável e nostálgica, o tipo de paisagem que ela não se esqueceria nunca.
Os olhos da mulher percorriam boa parte da vista que tinha, mas assim que os abaixou em direção ao jardim, agora tomado pela neve que estampava o chão, seu coração parou.
sentiu sua respiração trancar e os olhos marejarem no instante seguinte com o que via. Todos os sentimentos que antes a mulher segurou para que não viessem à tona, naquele momento, se externaram com tanta intensidade que a única coisa que ela conseguiu fazer foi continuar olhando, sem reação.
estava ali, parado em sua varanda, segurando um pequeno e delicado buquê de flores em uma das mãos enquanto a olhava e, pelo que ela pôde perceber, um sorriso singelo estampava seu rosto. Ele estava a esperando, mesmo que a neve estivesse caindo daquela forma. desceu o mais rápido que pôde, abrindo a porta lateral enquanto seus olhos voltavam a observá-lo. Ela não sabia expressar o que sentia, só tinha certeza de que não perderia a chance que teria.
Quando a mulher deu o primeiro passo em sua direção, parou mais uma vez, podendo ver que poderia desmoronar a qualquer momento e aquela cena só partia seu coração ainda mais. Os olhos do rapaz já estavam levemente avermelhados, demonstrando o quanto ele estava se segurando para não começar a chorar bem na frente da mulher que amava. sabia que poderia ser arriscado fazer o que estava fazendo, que aparecer ali, tão exposto e a ponto de que qualquer pessoa pudesse vê-lo, poderia colocar tudo a perder, assim como faria com que fosse reconhecida. Ele não lhe queria causar nenhum mal, nem mesmo queria que ela fosse vítima de qualquer hate ao descobrirem que estavam juntos, mas não poderia evitar querer estar com ela. Não conseguia ficar um segundo a mais com a ideia de que nunca mais a teria em sua vida, que não teria uma solução para o que aconteceu e que não teria chance de se explicar devidamente.
Ele precisava tentar, pelo menos uma vez.
E ao ver na sua frente, tão emocionada quanto ele, soube que havia tomado a decisão certa naquele dia.


Os dois disseram ao mesmo tempo, sabendo que precisavam fazer dar certo de alguma forma. A única coisa que se passava na cabeça do casal era que não sairiam dali sem ao menos tentar recuperar a relação.
deu alguns passos em direção à mulher, ainda segurando o buquê. Naquele ponto, o rapaz só conseguia sentir seu peito batendo descompassado e o turbilhão de emoções tomando conta de si.
— Só me escuta, é a única coisa que te peço — iniciou, engolindo em seco ao passar a mão livre pelo rosto, como se aquilo fosse limpar a lágrima insistente que teimava em cair. pressionou os lábios com a cena, já sentindo o rosto esquentar. — Eu nunca, nunca, tive a intenção de te magoar de alguma forma. Sei que deveria ter lhe dado explicações, que deveria ter contado na primeira oportunidade que tive e com toda certeza isso foi um erro que não deveria ter acontecido. Você consegue imaginar como eu senti meu coração despedaçando no dia que vi você saindo pela porta da sala de reuniões? Quando eu entendi que deveria ter feito mais e que deixei você escapar pelos meus dedos sem ao menos tentar da forma certa? — fungou, sentindo a voz falhar levemente. A mulher ainda o olhava, mas desta vez sem conseguir segurar as lágrimas que já teimavam em cair. — Eu não pude ir ao nosso encontro, não pude te avisar e você me esperou por todo aquele tempo sem questionar. Você me esperou e eu não pude fazer nada…

— E eu não quero deixar que tudo acabe assim, , eu não posso. Eu preciso tentar fazer dar certo, pelo menos uma vez, pelo menos por um dia… Não consigo imaginar como meus dias vão ser se você não estiver neles, nem mesmo se eu não tiver você ao meu lado…
… — tentou dizer mais uma vez, quase em um sussurro, para fazer com que ele parasse de se culpar daquela forma. Ele não precisava dizer mais nada porque ela já tinha o perdoado. Não precisava de mais desculpas, nada mais iria separá-los.
— Eu preciso de você, . Eu não te prometo nada, nada, mas eu vou fazer de tudo para ser o melhor para você. Eu vou fazer tudo o que estiver ao meu alcance. Sei que mesmo assim não será o suficiente, mas vou fazer o que puder para estar ao seu lado, para te acordar com um beijo todas as manhãs e vou até te fazer um café. Vou segurar sua mão enquanto vivemos o clichê que eu nunca imaginei um dia… Eu vou fazer de tudo, . — Deu mais um passo, deixando que seu corpo ficasse a centímetros do dela, sentindo apenas o aquecer pelo nervosismo e ansiedade que o invadia. já sentia seu rosto úmido e gelado pelo vento que passava entre os dois e o frio que ficava um pouco mais evidente por ali. Ele não aguentaria pensar mais na ideia de que não a teria em seus braços mais uma vez. — Você pode, por favor, ficar comigo? Nem que seja só por mais um dia...
não ouviu muita coisa depois daquela pergunta, nem mesmo se importou com todas as questões que provavelmente os atrapalhariam dali em diante. Ela jogou seus braços ao redor do pescoço de , deixando que seus olhos mirassem os dele de forma profunda e intensa, como se pudesse lhe mostrar tudo o que se passava dentro de si naquela hora.
E com a pequena aproximação de seus lábios, pronta para iniciar um beijo saudoso, da forma que eles mereciam, sussurrou.
— Eu nunca deixei de estar com você, .

A reconciliação havia sido melhor do que ambos esperavam, abraçados em frente à minúscula lareira da casa de , enquanto uma manta os cobria e enlaçava seus corpos, fazendo com que compartilhassem um único e singelo sentimento durante o tempo que a neve caía ao lado de fora. com seus braços ao redor da, agora, namorada mais uma vez e sentindo seu corpo aquecer um pouco mais por estar nos braços do amado.
Só conseguiram ter a certeza de que, depois de tudo aquilo, eles não precisariam de apenas um momento para estarem juntos mais. Agora, e pertenciam apenas um ao outro, mais do que apenas um dia.

💐

Neowa naega hamkkehal su itdamyeon
(Se nós pudéssemos apenas ficarmos sozinhos)
Can you, please, stay with me?
(Você pode, por favor, ficar comigo?)


FIM



Nota da autora: Sem nota.



Nota da beta: A agonia que eu passei achando que esse casal não ia ficar junto aaaaaa.
Nossa, sofri muito e tava roendo as unhas enquanto lia. Ainda bem que deu tudo certo e foi super fofo esse final.
Amei demais, Isy. Você sempre arrasa!
Parabéns. ♥

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