Finalizada em: Set/2023

Capítulo Único

Is it lonely where you are?
All the way across the room
With a knife inside your heart
I feel it, too…


A cafeteria universitária da faculdade de Melbourne parecia mais agitada do que o normal naquela manhã, com seus estudantes apressados e interessados andando de um lado para o outro com os livros pesados que o curso exigia.
Entre as mesas de madeira gastas e papéis espalhados, se encontrava focada junto de , parecendo um casal comum como qualquer outro.
Os dois estavam no final da graduação, com os nervos à flor da pele ansiando pela colação de grau.
Seus rostos estavam iluminados pela luz suave da manhã, mas algo estava diferente.
Enquanto digitava furiosamente em seu laptop, com uma expressão de concentração em seu rosto, folheava suas anotações com um olhar sério. Seus dedos tocavam as páginas com uma cautela que parecia estranhamente distante.
O espaço entre eles, apesar de pequeno, era preenchido com uma tensão quase palpável e perceptível para quem quer que os visse de fora.
— Você viu o e-mail que recebemos sobre o projeto final?
soltou depois de momentos em silêncio, sua voz soando quase mecânica.
ergueu o olhar, encontrando o da namorada sobre si.
— Sim, eu vi. Vou dar uma olhada mais tarde. Estou tentando terminar essa seção do relatório agora. — mencionou.
Mais um momento de silêncio se seguiu e mordeu o lábio inferior antes de tentar continuar alguma conversa.
— Certo, só queria ter certeza de que você também tinha lido. A voz de soou minimamente frágil.
Eles pareciam estar seguindo um roteiro com um diálogo cuidadosamente coreografado que evitava assuntos delicados. Seus olhares se desviaram, como se olhar nos olhos um do outro fosse uma tarefa difícil demais para ser seguida. O cuidado excessivo em evitar assuntos sutis era uma barreira invisível que mantinha a verdadeira natureza de seus sentimentos afastada.
E aquilo só partia ainda mais o coração um do outro.
Era inevitável não lembrar do passado repleto de risos, momentos especiais e a primeira conexão que haviam sentido juntos. Mas agora, essa mesma conexão parecia ter se transformado em um campo minado de mágoa e mal-entendidos. Brigas e discussões.
Essa montanha de ressentimento e confusão que haviam acumulado era imensa demais. As palavras que não foram ditas durante as brigas, os gestos mal interpretados e as expectativas não atendidas haviam se amontoado e agora estavam em uma encruzilhada que ao menos sabiam como solucionar.
Eles tentavam se acertar. Era o que mais tentavam fazer. Mas manter as aparências e continuar com suas atividades só fazia o abismo que existia entre eles crescer ainda mais.
respirou fundo. O ar entre eles estava carregado com uma energia incômoda e aquilo foi suficiente para que notasse o quão tensa ela estava com aquela situação.
Ele estava lutando para encontrar as palavras certas e tentar fazer aquilo dar certo de alguma forma.
Aquele olhar estampado no rosto da namorada continha o peso de suas conversas não ditas, as emoções emaranhadas e todas as palavras que estavam presas entre os dois.
resolveu voltar a focar em seus afazeres, como se aquilo fosse suficiente para aliviar a tensão que pairava entre eles, mas ele sabia que o espaço entre os dois estava preenchido com um silêncio que era tão cheio de significado quanto qualquer palavra que eles poderiam trocar.
E continuava a pensar a mesma coisa que .

Is it just the way we are?
Always burning through the roof,
i guess only the stars would know the truth, hm…

A sala de estudos estava em silêncio, exceto pelo som dos teclados sendo pressionados e a ocasional folheada de páginas.
se mantinha sentada do lado oposto da mesa de e continuava a manter sua atenção na tela do notebook aberto. não parecia diferente.
A atmosfera carregada de tensão ali era nítida.
O projeto de grupo que os dois compartilhavam exigia que trabalhassem juntos, apesar da aflição que continha entre os dois e ainda que mesmo com toda a situação quererem estar próximos um do outro, a ideia de serem colocados no mesmo grupo do projeto da universidade não pareceu agradar muito.
Não tinham escolha a não ser cooperar.
Cada tentativa de comunicação parecia travada e as palavras que eles não estavam dizendo pesavam naquele lugar.
No início, quando propôs uma ideia diferente para a abordagem do projeto universitário, não pôde deixar de torcer os lábios em desaprovação.
Ela desviou o olhar de sua tela por um momento, como se aquela simples sugestão fosse suficiente para desencadear uma avalanche de emoções reprimidas no rapaz.
, notando sua atitude, franziu a testa, sentindo uma faísca de irritação.
— O que foi? Não acha que pode dar certo?
respirou fundo e ergueu seu olhar até encontrar o do rapaz.
— Não sei. Parece um pouco simples, não acha?
Disse calma, tentando soar cautelosa.
A resposta de ecoou em sua mente e a voz do professor sobre a necessidade de trabalharem juntos soou como um lembrete irritante.
Aquilo era desnecessário.
— Simples? Talvez seja. Mas acho que é uma abordagem direta e eficaz.
As palavras do rapaz tinham um tom defensivo como se estivesse se esforçando para reter suas próprias emoções.
cerrou os punhos sob a mesa, sentindo a decepção borbulhando dentro dela. Era sempre daquele jeito, começava da mesma maneira.
— Claro. Porque sempre optamos pelo direto e eficaz, não é mesmo? — retrucou, a voz carregada de sarcasmo.
O desconforto estava crescendo, cada palavra se tornando um golpe afiado. Cada palavra dita era como uma chicotada no coração um do outro.
a olhou por alguns segundos, em uma mistura de choque e frustração.
— Não vamos começar com isso de novo, .
— Não podemos ter uma conversa honesta, não é? Sempre evitamos o problema. — soltou. Sua voz já começava a se elevar.
Aquele ponto, alguns alunos, incluindo seus amigos, já começavam a perceber o início da discussão.
— E o que você quer que eu diga? Que as coisas estão perfeitas? Porque elas não estão!
As palavras foram certeiras para que os olhos de começassem a marejar e a voz de carregava uma carga emocional que nem eles poderiam negar.
Os dois estavam no limite.
Houve um momento de silêncio tenso e não perceberam quando se aproximou, preocupado com os dois amigos.
olhou para , sua expressão misturada entre raiva e tristeza.
Antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, o amigo do casal se antecipou, amenizando a situação.
— Vocês poderiam ser mais discretos. — mencionou, tentando fazer graça. pressionou os lábios e desviou o olhar, segurando o choro que logo surgiria.
fechou os olhos com força, os abrindo apenas para encarar uma última vez antes de levantar de sua cadeira.
O rapaz sentiu uma onda de exaustão se abater sobre ele, fazendo a raiva se dissipar aos poucos dando lugar a tristeza.
— Vejo você em casa, .
E não esperou qualquer outra resposta para sair da sala em que estavam, deixando , e qualquer outra coisa para trás.

I tried for you,
i tried,
but all I hear is…

se encontrava sozinha na sala da universidade àquele horário. Provavelmente já se passavam das sete quando ela reuniu seu material e guardou o notebook na bolsa, pronta para ir para seu apartamento.
Ela passou a mão pelo cabelo, exausta das discussões intensas que haviam tido durante o trabalho no projeto de grupo e o rosto de ainda ecoava em sua mente, a mistura de emoções que ele havia expressado tão claramente magoado.
Com um suspiro pesado, se levantou e foi em direção ao campus da universidade. A tarde já havia escurecido e o local estava silencioso, com apenas alguns estudantes vagando aqui e ali. Ela se sentia emocionalmente exaurida e desejava estar em algum lugar onde pudesse se acalmar.
Enquanto caminhava em direção à saída, seus passos a levaram instintivamente para seu apartamento. Ela e compartilhavam um espaço há algum tempo, o que tornava ainda mais complicada a situação.
Não demorou muito para chegar até o local, já que moravam relativamente perto da faculdade e ao abrir a porta do mesmo, de forma silenciosa, encontrou sentado no sofá, os olhos fixos em um livro aberto, mas nitidamente perdido em pensamentos.
Seu coração balançou. Os olhares dos dois se encontraram e um momento de inquietação pairou no ar.
A tensão da discussão anterior ainda estava presente, mas havia algo diferente na maneira com que se olhavam. Havia uma fraqueza, uma compreensão mútua de que ambos estavam lutando com as mesmas emoções.
O que parecia ser ainda mais difícil.
— Oi.
soltou.
Ela forçou um sorriso, tentando amenizar o clima instaurado sobre eles.
— Oi.
Sem muitas palavras, deixou suas coisas na mesa e se permitiu ir até o sofá, deixando o corpo desabar ali. O espaço entre eles parecia carregado, mas em vez de afastá-los, eles se encontraram mais próximos do que nunca.
— Eu sinto muito. — a voz de era baixa.
Aquilo fez quase pular em surpresa. Não era do feitio de se portar daquela maneira, mas ele parecia tão cansado quanto ela.
— Eu também.
Assentiu, com o tom de voz mais suave.
Era a primeira vez depois de muitos dias em que eles estavam conversando sem uma camada de defesa ou sarcasmo. Era como se, depois de todas as brigas e palavras duras, finalmente estivessem começando a se enxergar novamente.
— Eu não quero continuar assim, . Nós costumávamos ser tão próximos e agora… Parece que estamos nos perdendo.
— Eu também não. Isso é… — um nó começava a se formar em sua garganta. — Isso é desgastante, . Eu amo você, mas parece não ser suficiente com essas brigas e discussões…
Um silêncio confortável se estabeleceu ali. Eles não precisavam de muitas palavras para entender qual era a intensidade de suas emoções e como elas estavam desgastando-os. Havia uma necessidade mútua de uma possível reconciliação, de encontrar um caminho para superar os ressentimentos e tentar começar de novo.
olhou para de relance e pôde notar um brilho mínimo no olhar do rapaz.
— Não quero que nossa relação seja definida por coisas tão pequenas como essas. Brigas constantes e todos esses ressentimentos acumulados.
Seu tom de voz ainda era baixo, como se qualquer coisa dita errada pudesse colocar tudo a perder.
suspirou. Os dedos da mão brincavam uns com os outros em nervosismo.
— Eu concordo com você. — sussurrou. — Não quero isso apague os momentos bons que tivemos.
Houve uma pausa. engoliu em seco antes de continuar.
— Podemos tentar outra vez? Digo, de verdade, . Precisamos conversar, nos ouvir ao invés de só reagir como têm acontecido. — virou o corpo para a namorada, olhando em seus olhos.
Um sorriso tímido começava a surgir nos lábios da mulher e o sentimento inicial de alívio começava a lhe invadir.
— Sim, , podemos. Com um pouco mais de paciência um com o outro. Eu sei que… Sei que muitas vezes me irrito facilmente e não é fácil para você.
arqueou a sobrancelha, não deixando de sorrir. Sentia o clima pesado indo embora, dando lugar à vontade de querer estar junto.
— Nós sempre fomos teimosos, você sabe.
Se olharam por breves segundos e deixaram uma risadinha escapar.
— Ainda acredito em nós, . Não quero desistir.
— Não vamos. — assentiu, tomando liberdade para esticar a ponta de seus dedos em direção a mão livre do rapaz. — Então, por onde começamos?
Continuaram a se olhar até que não fosse necessário dizer qualquer outra coisa.
queria esquecer todos os momentos ruins que passaram juntos e começar de novo com a pessoa que tanto amava.
pensava o mesmo. era tudo para ela.

Oh, my God, it never end,
now we're stressed and depressed,
and we're going 'round again,
in an emotional blender…

Já havia se passado alguns meses desde que o casal havia decidido tentar fazer o relacionamento ir adiante.
E, no começo, realmente tinha dado certo.
Mas, apesar dos esforços que estavam fazendo para melhorar a comunicação e lidar com os desafios da maneira mais saudável possível, o passado ainda lançava uma sombra enjoada e persistente a maior parte do tempo.
Havia uma cadência irregular no relacionamento. Em alguns dias, eram como um casal recém-apaixonado, compartilhando risadas e momentos de carinho e amorosos. Os dois conseguiam se comunicar de maneira eficaz e superar qualquer que fosse o obstáculo juntos. Mas, em outros, pequenas faíscas se transformavam em incêndios em cada discussão acalorada.
Os ressentimentos anteriores ressurgiam, insistentes e incômodos.
Toda essa oscilação fazia com que e se sentissem exaustos emocionalmente. Pareciam caminhar sobre uma corda bamba o tempo inteiro, tentando equilibrar-se entre o amor que compartilhavam e os obstáculos que ainda precisavam superar ao longo do tempo e que, infelizmente, não pareciam sumir.
Cada discussão parecia trazer à tona uma mistura de inseguranças e medos.
Mas, naquela noite em especial, algo parecia pesar no coração dos dois.
A colação de grau havia chegado tão rápido que ao menos se deram conta do dia em que precisaram escolher suas vestimentas, com tanta ansiedade e emoção.
estava ao lado do namorado e a tensão entre os dois parecia mais palpável do que nunca. Eles tentavam transparecer normalidade, sorrindo para os amigos e familiares, conversando com o grupo que haviam formado na universidade, mas ambos sabiam que as feridas recentes ainda estavam ali, machucando.
Machucando o tempo inteiro.
podia ver que, assim como ela, parecia mais distante do que de costume e aquilo a fazia lembrar de como as decisões seriam ainda mais complicadas a partir do momento em que aquela festa acabasse.
Complicadas porque o futuro agora seria incerto para os dois. E mais ainda porque ela contaria algo que, com toda certeza, despedaçaria ainda mais .
Em um momento entre a música alta e a conversa de seus amigos, o casal conseguiu se afastar minimamente em um canto mais isolado do salão de festas, caminhando para o lado externo onde poucas pessoas se encontravam.
estava pensativo e se sentia nervosa ao não saber como começar.
— Você viu que está planejando uma viagem nesse verão? Ele falou comigo sobre isso.
iniciou, calmo.
o olhou, com um sorriso mínimo no canto dos lábios.
— Sim. Ele me disse também.
O silêncio entre eles era carregado, uma antecipação do que estava por vir. Como se a qualquer momento algo os quebrasse de vez.
Ela respirou fundo, engolindo em seco e desviou o olhar do rosto do rapaz.
— Eu tive algumas notícias interessantes hoje. — começou, de forma cuidadosa e controlada. a olhou.
— É mesmo? Que tipo de notícias?
suspirou outra vez. Seu olhar era hesitante entre olhar para e desviar o mesmo para longe.
— Recebi uma oferta de emprego em outro lugar. É uma oportunidade única e… Resolvi aceitar.
Ela não sabia ao certo qual seria a reação de . Viu que o rapaz ficou imediatamente surpreso, sua expressão passando de confusão para compreensão. Um misto de sentimentos inexplicáveis.
— Isso é ótimo. Parabéns, . — disse, sincero.
Os olhos castanhos do rapaz brilhavam e a mulher não soube dizer se era de orgulho ou pura tristeza. Partia seu coração vê-lo daquele jeito.
O sorriso de continuava ali, genuíno. Mas ela conseguia sentir o peso em sua atitude. O namorado não parecia animado como ela achou que ficaria.
Pelo menos em consideração à ela.
— Eu sei que é uma grande mudança, mas… Não achei que fosse reagir assim.
coçou a nuca, pigarreando. Seu coração batia a mil dentro do peito, magoado e decepcionado.
— O que quer dizer? Estou feliz por você, mesmo. É apenas… surpreendente.
o olhou por mais alguns segundos, o nó apertando a boca de seu estômago.
— Eu queria te contar hoje, , porque… Começo na próxima semana.
O baque havia sido tão grande a ponto de fazer parar de caminhar junto da namorada. Ficou pensativo alguns instantes e uma risada sem humor saiu de seus lábios.
Claro. Como ele poderia esperar mais diante de tudo o que acontecia?
— Na próxima semana? — reafirmou. Ela assentiu. — Você não teve a menor consideração de me contar antes?
As palavras do rapaz atingiram como um soco no estômago. Ela nunca pretendia magoá-lo, mas o timing de sua notícia começava a provocar mais dor do que a vontade de comemorar um novo emprego.
Ver magoado acabava com seu coração.
— Eu… Eu não queria estragar a festa. Pensei que poderíamos ter uma noite agradável antes de discutirmos isso. — sua voz estava embargada. se sentia frustrada por tudo.
Pôde ouvir suspirar, passando uma das mãos pelos cabelos antes alinhados.
— Entendo. Mas essa era uma decisão importante. Deveríamos ter conversado sobre isso juntos antes de você decidir qualquer coisa.
A discussão estava se intensificando e conseguia sentir os olhos começarem a arder. O clima já não estava dos melhores e a única coisa que a mulher queria fazer era abraçar o namorado, como se aquilo fosse melhorar algo.
— Eu não quero discutir hoje, — tentou iniciar, com a voz mais calma. — Podíamos ter uma noite boa antes de eu me mudar e—
— E o que isso significa, ? — a expressão do rapaz agora era conturbada. Suas bochechas estavam vermelhas e os olhos longe. — Você vai embora e eu vou ficar aqui? É isso?
A pergunta pairava entre eles, pesada e dolorosa. As emoções estavam borbulhando, a tensão atingindo um ponto crítico.
Os dois sabiam o resultado daquilo.
Ela engoliu em seco. Não conseguia segurar mais as lágrimas.
— Eu não sei, . Não sei o que isso significa.
A confusão e a dor estavam estampadas nos olhos do rapaz.
Seu coração doía tanto que ao menos sabia explicar.
Como não havia cogitado a ideia de ficarem juntos? Ela nem mesmo havia hesitado em arrumar alguma solução.
— Pensei que estávamos trabalhando nisso, . Pensei que estávamos tentando consertar as coisas, a começar por compartilhar coisas simples como essa.
deixou escapar um soluço, suas mãos tremendo.
— Nós estávamos, mas… Talvez seja hora de encarar a realidade. Talvez não possamos simplesmente consertar algo que está quebrado há tempos.
colocou a mão sobre a boca, virando o rosto para o lado oposto ao que se encontrava.
Ele sabia exatamente o que aquilo significava.
Significava dar adeus a tudo.
As palavras eram uma admissão dolorosa demais.
resolveu olhar para a namorada e agora seus olhos estavam úmidos como os dela.
— Então é isso? Devemos terminar. — afirmou, sabendo bem que diria aquilo.
O rapaz olhou para baixo, pressionando os lábios.
— Não quero isso, … — tentou se aproximar, levando os dedos de encontro aos de . — Mas e se essa for a única maneira de seguirmos adiante?
O silêncio pairou entre os dois, ambos assimilando tudo o que acontecia. Ele sentia o toque morno da pele de com a sua e pensava em todas as coisas que havia acontecido com eles. Os momentos marcantes, bons e, principalmente, os ruins.
Como haviam chegado àquele ponto?
Engoliu em seco e ergueu seu olhar em direção à ela.
— Então esse é nosso adeus, .
Disse, baixo o suficiente para que a garota quase não o escutasse. tinha os olhos imersos em lágrimas teimosas e dolorosas enquanto sentia o nó em sua garganta apertar mais e mais.
Sem pensar muito, afastou seu toque do dela, a olhando uma última vez.
Era hora de enfrentar a realidade de uma vez por todas.
E aceitar que seus destinos estavam determinados a serem longe um do outro.

All the things you said in my head,
ricocheting off the bed,
nothing left, what a mess…


FIM


Nota da autora: Oi, pessoal! Aqui estou com mais uma fic para vocês! Espero que tenham gostado e não esqueçam de deixar um pequeno feedback com o que acharam!
E para quem se interessar em outras histórias minhas, o link da minha página de autora vai estar logo aqui embaixo. Um beijão a todas, e volte sempre <3

OLÁ! DEIXE O SEU MELHOR COMENTÁRIO BEM AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


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