Capítulo 1
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"Amor sempre foi uma palavra forte para mim, algo que eu sabia que talvez nunca fosse encontrar. Meu histórico de relacionamentos fracassados deixava isso bem claro. Eu já tinha até me conformado com a ideia de nunca ser amada da mesma forma que eu amava, até que eu o conheci… E ele chegou como um furacão, revirou toda a minha vida e me fez questionar tudo o que um dia acreditei. Quando menos esperava, eu o amava — e, felizmente, ele também me amava.
Essa é a história que não só mudou a minha vida e minhas convicções, mas que, acima de tudo, me fez a mulher mais feliz do mundo… Enquanto durou."
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Os olhos vermelhos e inchados indicavam que ela havia chorado, talvez a noite toda. Vê-la daquele jeito quebrava o coração dele em mil pedaços, mas isso não o faria mudar de ideia. Ele sabia que poderia se arrepender de deixá-la, mas, naquele momento, sentia que era a coisa certa a fazer. Melhor ir embora enquanto ainda a amava, do que partir quando já não sentisse mais nada.
– Você tem certeza? – A voz dela saiu frágil, quase inaudível.
Ele tinha certeza? Claro que não, mas nada no mundo o faria voltar atrás naquele instante.
– Eu sinto muito.
Seus olhos se encheram de lágrimas ao vê-la desabar na sua frente, tomada por uma dor que ele havia causado. A relação que ela jurara que duraria para sempre estava sendo destruída diante dos seus olhos.
– … – Ele tentou se aproximar, mas ela levantou a mão num gesto silencioso, pedindo que ele ficasse onde estava. – Me desculpa.
– Você já pode ir. – Ela falou entre soluços, sentando-se na ponta da cama, afundando o rosto nas mãos.
Ele não conseguiu se mover, continuou ali, observando-a, o peito apertado de culpa. Eu sou o motivo do sofrimento dela, pensou, sentindo o peso da culpa esmagá-lo.
– Eu sinto muito, – a voz dele falhou. Lágrimas escorreram por seu rosto, e ele precisou se segurar para não correr até ela, abraçá-la e dizer que havia mudado de ideia. – Eu...
– Tudo bem, Harry. – ela disse, com a voz abafada pelas mãos que ainda cobriam o rosto. – Só vai embora, por favor.
– Eu espero que um dia você me perdoe.
Harry revirava a mala com pressa, jogando roupas para todos os lados em busca de um item específico. O quarto de hotel, antes impecável, agora parecia um caos, com camisas e calças espalhadas pelo chão. O desespero estava estampado em seu rosto, e suas mãos tremiam progressivamente enquanto verificava cada compartimento.
— O que você está procurando? — Sylvie Mason, sua assessora e melhor amiga, perguntou, encostada na porta, com uma sobrancelha arqueada. Ela estava acostumada com os momentos de tensão de Harry, mas algo parecia mais intenso do que o normal.
— Um livro. — Ele mal olhou para ela, a voz carregando um tom de urgência.
— Aquele livro? — Sylvie arqueou ambas as sobrancelhas, sabendo exatamente de que ele estava falando. Ela nunca entendeu a obsessão de Harry por aquele livro em particular. — Se é tão importante, posso ir até uma livraria e comprar outro pra você.
Harry parou por um momento e olhou para ela, claramente irritado. Seu peito subia e descia rápido, não só pela ansiedade de não encontrar o que procurava, mas pelas palavras de Sylvie.
— Você não entende. — Sua voz soava tensa, quase exasperada. — Não é sobre a história. Não é só um livro.
Sylvie estreitou os olhos, sentindo a frustração dele. Ela sempre teve curiosidade sobre o que aquele livro representava, mas sabia que tinha algo a ver com . Afinal, era ela quem o havia escrito. Mas nunca ousou perguntar diretamente, respeitando os limites de Harry.
— Então o que é? — ela arriscou, tentando ser mais cuidadosa dessa vez. — O que aquele livro significa pra você?
Harry suspirou, soltando o ar de forma pesada. Seus ombros relaxaram por um segundo, como se finalmente tivesse decidido falar. Ele sabia que Sylvie merecia uma explicação, afinal, sempre esteve ao seu lado, até nos momentos mais difíceis.
— Foi a última coisa que ela me deu. — Sua voz agora estava mais baixa, quase um sussurro. — autografou pra mim, antes de tudo... antes de acabarmos. É a última lembrança física que tenho dela, do que a gente foi.
Sylvie olhou com um misto de surpresa e compreensão. O livro, que ela pensou ser apenas um objeto qualquer, era, na verdade, um pedaço do passado de Harry, algo que ele segurava como uma angústia.
— Harry... — Sylvie começou, mas não sabia exatamente o que dizer.
— Eu sei, parece loucura. — Ele passou as mãos pelos cabelos, agora mais calmo. — Mas é a única coisa que ainda me conecta a ela, de verdade. Não posso perder isso. Sylvie deu um passo em sua direção, uma expressão suave.
— Não é loucura. — Sua voz era firme, mas gentil. — Se isso significa tanto pra você, então vamos encontrar esse livro.
Harry soltou um suspiro, aliviado por ter finalmente compartilhado o que guardava para si há tanto tempo. Sylvie sempre esteve ali, e agora, mais do que nunca, ele sentiu que poderia confiar nela.
— Obrigado. — Ele disse, com um sorriso cansado, mas genuíno.
estava sentada numa cadeira de couro, com as mãos entrelaçadas no colo, tentando esconder o nervosismo que crescia dentro dela. A sala de reuniões da gravadora era ampla, com janelas de vidro do chão ao teto que ofereciam uma vista da cidade. Ela olhava para fora, como se aquilo pudesse distraí-la do fato de que, em poucos minutos, conheceria a maior boyband do mundo.
O projeto que a trouxe até ali era algo além dos seus sonhos mais loucos: ela, uma jovem escritora brasileira de fanfics, contratada para escrever um livro oficial sobre a banda One Direction. Ainda parecia surreal.
A porta se abriu, e a agente da banda, acompanhada de um homem alto e vestido de terno, entrou na sala. Mas mal teve tempo de registrar os dois antes de ouvir vozes e risadas vindas do corredor. Seu coração disparou, e ela instintivamente ajeitou o cabelo. Eles estavam chegando.
Um a um, os membros da One Direction começaram a entrar. Primeiro, Louis, seguido por Liam e Niall, todos sorrindo e cumprimentando as pessoas na sala. Logo atrás deles, Zayn entrou, um pouco mais reservado, mas lançando um leve sorriso em sua direção.
E então, ele entrou.
Harry Styles. O nome parecia carregar um peso diferente para ela, não porque ele era o membro mais popular da banda, mas pela aura que ele trazia consigo. Seus olhos esverdeados varreram a sala até pararem nela, e, por um breve segundo, achou que o tempo tivesse desacelerado. Ele sorriu de lado, com um ar despreocupado, e se sentou ao lado de Louis, o último lugar vazio na mesa.
— Então você é a famosa escritora de fanfics? — Perguntou Louis, lançando um sorriso divertido. Ele não estava sendo maldoso, apenas curioso, mas a pergunta fez corar.
— É... Acho que sim. — Ela riu nervosa, tentando aliviar a tensão que sentia. — Nunca pensei que acabaria escrevendo um livro sobre vocês.
— Bem, aqui estamos — disse Liam, simpático. — Estamos empolgados com isso. assentiu, grata pela recepção amigável, mas não pôde evitar lançar um olhar furtivo para Harry, que a observava em silêncio. Ele não parecia tão à vontade quanto os outros, mas também não estava fechado. Havia algo em seu olhar... curiosidade, talvez?
— Então, vamos ao que interessa, certo? — a agente da banda começou, batendo de leve uma pasta sobre a mesa. — Este livro será diferente de qualquer outra biografia. Queremos algo que capture a essência da banda, mas também traga uma narrativa envolvente. Algo que as fãs adorariam ler. , você pode contar mais sobre suas ideias?
pigarreou e tentou afastar o nervosismo. Já havia preparado uma apresentação mentalmente, mas com cinco pares de olhos — e especialmente os de Harry — focados nela, parecia mais difícil do que esperava.
— Bom, a ideia é criar uma ficção que tenha um toque pessoal de cada um de vocês — começou, falando devagar, tentando controlar sua respiração. — Eu quero que o livro seja algo autêntico, que mostre como são de verdade, mas que também crie uma história com a qual as fãs possam se identificar. Não só uma história de fama, mas de amizade, desafios, crescimento... E talvez um pouco de romance.
— Romance? — Niall levantou as sobrancelhas, claramente interessado. — E quem vai se apaixonar?
A sala explodiu em risadas, menos Harry, que manteve o olhar fixo nela, esperando uma resposta.
— Nada clichê, eu prometo — respondeu com um sorriso. — A ideia é mostrar um lado mais vulnerável, mais humano. Eu já tenho algumas ideias, mas vou precisar passar mais tempo com vocês, entender melhor como são nos bastidores. O livro tem que ser verdadeiro, ou então não vai funcionar.
— Faz sentido — Liam assentiu, parecendo pensativo. — Queremos algo que realmente nos represente.
relaxou um pouco ao perceber que eles estavam a bordo da ideia. Sua confiança começou a crescer, e ela sorriu mais abertamente.
Mas Harry continuava em silêncio.
— E o que você acha, Harry? — A agente virou-se para ele, percebendo que ele ainda não tinha falado nada.
Todos na sala o olharam, e sentiu uma pressão crescente no peito. Ela também queria saber o que ele pensava. O silêncio dele até então a deixava inquieta.
Harry se mexeu na cadeira, cruzando os braços e finalmente falando:
— Acho que precisamos confiar na visão dela — disse, seus olhos verdes agora diretamente sobre os dela. — Ela tem um jeito diferente de ver as coisas. Talvez seja isso que precisamos. Algo... novo.
Havia uma profundidade na voz dele, algo que fez o estômago de dar um nó. Ela não sabia se ele estava sendo sincero ou apenas cortês, mas o olhar dele transmitia mais do que ele estava dizendo.
— Obrigada. — murmurou, sem saber exatamente como responder à intensidade daquele olhar.
O resto da reunião foi mais técnica, discutindo prazos e como acompanharia a banda na turnê para coletar material para o livro. Mas, durante todo o tempo, ela sentiu a presença de Harry, mesmo quando ele não dizia nada. Quando a reunião terminou, os outros rapazes se levantaram, conversando entre si e se preparando para sair.
— Você fez um bom trabalho hoje. — disse Zayn, acenando com a cabeça para ela ao sair. Niall e Liam sorriram e se despediram calorosamente, mas Harry foi o último a sair da sala. Quando passou por , parou por um segundo, inclinando a cabeça levemente.
— Nos vemos por aí, escritora. — ele disse, com um sorriso enigmático, antes de sair pela porta.
soltou o ar que nem percebeu que estava prendendo. Seu coração ainda batia acelerado, e ela sabia, naquele momento, que esse trabalho seria muito mais complicado — e intenso — do que esperava.
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"Eu me lembro do jeito que ele me olhou naquele dia, como se estivesse enxergando algo além das minhas palavras. Harry tinha essa estranha habilidade de fazer com que o silêncio entre nós dissesse mais do que qualquer conversa."
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"Amor sempre foi uma palavra forte para mim, algo que eu sabia que talvez nunca fosse encontrar. Meu histórico de relacionamentos fracassados deixava isso bem claro. Eu já tinha até me conformado com a ideia de nunca ser amada da mesma forma que eu amava, até que eu o conheci… E ele chegou como um furacão, revirou toda a minha vida e me fez questionar tudo o que um dia acreditei. Quando menos esperava, eu o amava — e, felizmente, ele também me amava.
Essa é a história que não só mudou a minha vida e minhas convicções, mas que, acima de tudo, me fez a mulher mais feliz do mundo… Enquanto durou."
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Abril de 2020.
Os olhos vermelhos e inchados indicavam que ela havia chorado, talvez a noite toda. Vê-la daquele jeito quebrava o coração dele em mil pedaços, mas isso não o faria mudar de ideia. Ele sabia que poderia se arrepender de deixá-la, mas, naquele momento, sentia que era a coisa certa a fazer. Melhor ir embora enquanto ainda a amava, do que partir quando já não sentisse mais nada.
– Você tem certeza? – A voz dela saiu frágil, quase inaudível.
Ele tinha certeza? Claro que não, mas nada no mundo o faria voltar atrás naquele instante.
– Eu sinto muito.
Seus olhos se encheram de lágrimas ao vê-la desabar na sua frente, tomada por uma dor que ele havia causado. A relação que ela jurara que duraria para sempre estava sendo destruída diante dos seus olhos.
– … – Ele tentou se aproximar, mas ela levantou a mão num gesto silencioso, pedindo que ele ficasse onde estava. – Me desculpa.
– Você já pode ir. – Ela falou entre soluços, sentando-se na ponta da cama, afundando o rosto nas mãos.
Ele não conseguiu se mover, continuou ali, observando-a, o peito apertado de culpa. Eu sou o motivo do sofrimento dela, pensou, sentindo o peso da culpa esmagá-lo.
– Eu sinto muito, – a voz dele falhou. Lágrimas escorreram por seu rosto, e ele precisou se segurar para não correr até ela, abraçá-la e dizer que havia mudado de ideia. – Eu...
– Tudo bem, Harry. – ela disse, com a voz abafada pelas mãos que ainda cobriam o rosto. – Só vai embora, por favor.
– Eu espero que um dia você me perdoe.
Setembro de 2022.
Harry revirava a mala com pressa, jogando roupas para todos os lados em busca de um item específico. O quarto de hotel, antes impecável, agora parecia um caos, com camisas e calças espalhadas pelo chão. O desespero estava estampado em seu rosto, e suas mãos tremiam progressivamente enquanto verificava cada compartimento.
— O que você está procurando? — Sylvie Mason, sua assessora e melhor amiga, perguntou, encostada na porta, com uma sobrancelha arqueada. Ela estava acostumada com os momentos de tensão de Harry, mas algo parecia mais intenso do que o normal.
— Um livro. — Ele mal olhou para ela, a voz carregando um tom de urgência.
— Aquele livro? — Sylvie arqueou ambas as sobrancelhas, sabendo exatamente de que ele estava falando. Ela nunca entendeu a obsessão de Harry por aquele livro em particular. — Se é tão importante, posso ir até uma livraria e comprar outro pra você.
Harry parou por um momento e olhou para ela, claramente irritado. Seu peito subia e descia rápido, não só pela ansiedade de não encontrar o que procurava, mas pelas palavras de Sylvie.
— Você não entende. — Sua voz soava tensa, quase exasperada. — Não é sobre a história. Não é só um livro.
Sylvie estreitou os olhos, sentindo a frustração dele. Ela sempre teve curiosidade sobre o que aquele livro representava, mas sabia que tinha algo a ver com . Afinal, era ela quem o havia escrito. Mas nunca ousou perguntar diretamente, respeitando os limites de Harry.
— Então o que é? — ela arriscou, tentando ser mais cuidadosa dessa vez. — O que aquele livro significa pra você?
Harry suspirou, soltando o ar de forma pesada. Seus ombros relaxaram por um segundo, como se finalmente tivesse decidido falar. Ele sabia que Sylvie merecia uma explicação, afinal, sempre esteve ao seu lado, até nos momentos mais difíceis.
— Foi a última coisa que ela me deu. — Sua voz agora estava mais baixa, quase um sussurro. — autografou pra mim, antes de tudo... antes de acabarmos. É a última lembrança física que tenho dela, do que a gente foi.
Sylvie olhou com um misto de surpresa e compreensão. O livro, que ela pensou ser apenas um objeto qualquer, era, na verdade, um pedaço do passado de Harry, algo que ele segurava como uma angústia.
— Harry... — Sylvie começou, mas não sabia exatamente o que dizer.
— Eu sei, parece loucura. — Ele passou as mãos pelos cabelos, agora mais calmo. — Mas é a única coisa que ainda me conecta a ela, de verdade. Não posso perder isso. Sylvie deu um passo em sua direção, uma expressão suave.
— Não é loucura. — Sua voz era firme, mas gentil. — Se isso significa tanto pra você, então vamos encontrar esse livro.
Harry soltou um suspiro, aliviado por ter finalmente compartilhado o que guardava para si há tanto tempo. Sylvie sempre esteve ali, e agora, mais do que nunca, ele sentiu que poderia confiar nela.
— Obrigado. — Ele disse, com um sorriso cansado, mas genuíno.
Janeiro de 2015.
estava sentada numa cadeira de couro, com as mãos entrelaçadas no colo, tentando esconder o nervosismo que crescia dentro dela. A sala de reuniões da gravadora era ampla, com janelas de vidro do chão ao teto que ofereciam uma vista da cidade. Ela olhava para fora, como se aquilo pudesse distraí-la do fato de que, em poucos minutos, conheceria a maior boyband do mundo.
O projeto que a trouxe até ali era algo além dos seus sonhos mais loucos: ela, uma jovem escritora brasileira de fanfics, contratada para escrever um livro oficial sobre a banda One Direction. Ainda parecia surreal.
A porta se abriu, e a agente da banda, acompanhada de um homem alto e vestido de terno, entrou na sala. Mas mal teve tempo de registrar os dois antes de ouvir vozes e risadas vindas do corredor. Seu coração disparou, e ela instintivamente ajeitou o cabelo. Eles estavam chegando.
Um a um, os membros da One Direction começaram a entrar. Primeiro, Louis, seguido por Liam e Niall, todos sorrindo e cumprimentando as pessoas na sala. Logo atrás deles, Zayn entrou, um pouco mais reservado, mas lançando um leve sorriso em sua direção.
E então, ele entrou.
Harry Styles. O nome parecia carregar um peso diferente para ela, não porque ele era o membro mais popular da banda, mas pela aura que ele trazia consigo. Seus olhos esverdeados varreram a sala até pararem nela, e, por um breve segundo, achou que o tempo tivesse desacelerado. Ele sorriu de lado, com um ar despreocupado, e se sentou ao lado de Louis, o último lugar vazio na mesa.
— Então você é a famosa escritora de fanfics? — Perguntou Louis, lançando um sorriso divertido. Ele não estava sendo maldoso, apenas curioso, mas a pergunta fez corar.
— É... Acho que sim. — Ela riu nervosa, tentando aliviar a tensão que sentia. — Nunca pensei que acabaria escrevendo um livro sobre vocês.
— Bem, aqui estamos — disse Liam, simpático. — Estamos empolgados com isso. assentiu, grata pela recepção amigável, mas não pôde evitar lançar um olhar furtivo para Harry, que a observava em silêncio. Ele não parecia tão à vontade quanto os outros, mas também não estava fechado. Havia algo em seu olhar... curiosidade, talvez?
— Então, vamos ao que interessa, certo? — a agente da banda começou, batendo de leve uma pasta sobre a mesa. — Este livro será diferente de qualquer outra biografia. Queremos algo que capture a essência da banda, mas também traga uma narrativa envolvente. Algo que as fãs adorariam ler. , você pode contar mais sobre suas ideias?
pigarreou e tentou afastar o nervosismo. Já havia preparado uma apresentação mentalmente, mas com cinco pares de olhos — e especialmente os de Harry — focados nela, parecia mais difícil do que esperava.
— Bom, a ideia é criar uma ficção que tenha um toque pessoal de cada um de vocês — começou, falando devagar, tentando controlar sua respiração. — Eu quero que o livro seja algo autêntico, que mostre como são de verdade, mas que também crie uma história com a qual as fãs possam se identificar. Não só uma história de fama, mas de amizade, desafios, crescimento... E talvez um pouco de romance.
— Romance? — Niall levantou as sobrancelhas, claramente interessado. — E quem vai se apaixonar?
A sala explodiu em risadas, menos Harry, que manteve o olhar fixo nela, esperando uma resposta.
— Nada clichê, eu prometo — respondeu com um sorriso. — A ideia é mostrar um lado mais vulnerável, mais humano. Eu já tenho algumas ideias, mas vou precisar passar mais tempo com vocês, entender melhor como são nos bastidores. O livro tem que ser verdadeiro, ou então não vai funcionar.
— Faz sentido — Liam assentiu, parecendo pensativo. — Queremos algo que realmente nos represente.
relaxou um pouco ao perceber que eles estavam a bordo da ideia. Sua confiança começou a crescer, e ela sorriu mais abertamente.
Mas Harry continuava em silêncio.
— E o que você acha, Harry? — A agente virou-se para ele, percebendo que ele ainda não tinha falado nada.
Todos na sala o olharam, e sentiu uma pressão crescente no peito. Ela também queria saber o que ele pensava. O silêncio dele até então a deixava inquieta.
Harry se mexeu na cadeira, cruzando os braços e finalmente falando:
— Acho que precisamos confiar na visão dela — disse, seus olhos verdes agora diretamente sobre os dela. — Ela tem um jeito diferente de ver as coisas. Talvez seja isso que precisamos. Algo... novo.
Havia uma profundidade na voz dele, algo que fez o estômago de dar um nó. Ela não sabia se ele estava sendo sincero ou apenas cortês, mas o olhar dele transmitia mais do que ele estava dizendo.
— Obrigada. — murmurou, sem saber exatamente como responder à intensidade daquele olhar.
O resto da reunião foi mais técnica, discutindo prazos e como acompanharia a banda na turnê para coletar material para o livro. Mas, durante todo o tempo, ela sentiu a presença de Harry, mesmo quando ele não dizia nada. Quando a reunião terminou, os outros rapazes se levantaram, conversando entre si e se preparando para sair.
— Você fez um bom trabalho hoje. — disse Zayn, acenando com a cabeça para ela ao sair. Niall e Liam sorriram e se despediram calorosamente, mas Harry foi o último a sair da sala. Quando passou por , parou por um segundo, inclinando a cabeça levemente.
— Nos vemos por aí, escritora. — ele disse, com um sorriso enigmático, antes de sair pela porta.
soltou o ar que nem percebeu que estava prendendo. Seu coração ainda batia acelerado, e ela sabia, naquele momento, que esse trabalho seria muito mais complicado — e intenso — do que esperava.
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"Eu me lembro do jeito que ele me olhou naquele dia, como se estivesse enxergando algo além das minhas palavras. Harry tinha essa estranha habilidade de fazer com que o silêncio entre nós dissesse mais do que qualquer conversa."
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Capítulo 2
Setembro de 2022.
Harry estava inquieto, tentando esconder a ansiedade enquanto se sentava em frente a Olívia no restaurante do hotel. A busca frenética pelo livro ainda ecoava em sua mente, mas ele precisava se concentrar. Olívia parecia indiferente ao seu estado mental, percorrendo o cardápio com a serenidade de quem tinha controle de tudo.
— Onde você estava? — Olívia perguntou, sem levantar os olhos do menu. — Você demorou.
— Conversando com Sylvie sobre os shows em Austin — respondeu Harry, a voz mais calma do que ele realmente se sentia. Era uma meia-verdade; ele havia conversado com Sylvie, mas a maior parte do tempo tinha sido gasto vasculhando o quarto à procura do livro.
— A viagem é amanhã de madrugada. Está tudo bem para você? — Olívia deu de ombros, acenando para o garçom como se a conversa fosse uma mera formalidade.
— Tudo certo — Harry concordou.
— A que horas é o voo? — perguntou Olívia, ainda focada no roteiro.
— Três da manhã — respondeu ele, sem muita convicção. Sua mente estava distante, ocupada com outro nome: . Aquele livro que ele não conseguiu encontrar era a última peça tangível de um passado que ainda o prendia.
— Três da manhã é cedo, mas acho que conseguimos descansar depois do show — Olívia comentou de forma casual, como se estivesse falando sobre algo trivial.
Harry concordou de novo, distraído. A luta interna entre seu presente estável com Olívia e o passado tumultuado com o sufocava. Ele se perguntava se algum dia seria capaz de realmente deixar tudo para trás. Olívia estava ali, à sua frente, mas o nome de continuava a ecoar em sua mente.
— Harry, você me ouviu? — Olívia perguntou, notando que ele estava distante, perdido em pensamentos.
— Desculpa, o que foi? — Ele piscou, tentando se forçar a voltar ao presente.
— Eu disse que às três da manhã é cedo. Está tudo bem? Você parece distante.
— Está tudo bem, só cansado com a agenda — respondeu ele, com um sorriso forçado, tentando suavizar a tensão.
Olívia o olhou por um momento, como se estivesse avaliando suas palavras, antes de soltar um suspiro. Sem dizer nada, abaixou o menu e tirou um objeto da bolsa. Era o livro.
— Acho que está procurando isto — disse Olívia, entregando o livro para ele.
Harry ficou surpreso, sua mente em branco por um instante. Ele pegou o livro com cuidado, como se fosse algo sagrado.
— Onde você encontrou? — perguntou ele, olhando-a com olhos atentos.
Olívia manteve a calma, como sempre, mas havia algo diferente em seu tom quando falou.
— Eu peguei. Sabia o quanto esse livro significava para você e queria entender o porquê. — Ela fez uma pausa, buscando as palavras certas. — Eu li algumas partes. Sei que foi quem te deu, e entendo que esse é o último vínculo que você tem com ela.
Harry respirou fundo, o livro pesando em suas mãos. Ele não estava bravo, mas o fato de Olívia tê-lo pego sem avisar o incomodava. Ele sabia que não era sobre ciúmes ou desconfiança, mas uma tentativa dela de compreender algo que talvez fosse impossível de explicar.
— Não é só um livro — começou Harry, tentando expressar o que sentia. — É a última lembrança que tenho dela... antes de tudo terminar.
Olívia o observou em silêncio, percebendo o quanto aquilo ainda o afetava. Ela havia entendido mais do que gostaria.
— Não queria que isso ficasse entre nós — disse Olívia, em um tom mais baixo. — Só queria saber o que te prende tanto ao passado.
Harry abaixou os olhos para o livro em suas mãos. Por mais que tentasse, ele ainda não conseguia se libertar completamente de . E Olívia sabia disso.
Fevereiro de 2015.
A luz suave da cidade entrava pelas cortinas semiabertas do quarto de hotel. estava sentada na beira da cama, observando suas roupas espalhadas pelo chão. O silêncio entre eles era quase sufocante, interrompido apenas pelo som suave da respiração de Harry, que ainda estava deitado, com os lençóis bagunçados ao redor da cintura. O corpo dele, suado e satisfeito, irradiava uma confiança que ela conhecia bem demais. riu internamente ao perceber que ele achava ter conquistado algo.
Harry virou o rosto na direção dela, um sorriso preguiçoso estampado no rosto. — O que foi? — perguntou, com a voz rouca, deslizando a mão pelo cabelo desarrumado. — Está tão quieta. Pensei que tivesse gostado.
Ela desviou o olhar por um segundo, controlando o sorriso que ameaçava surgir.
— Gostei — respondeu, seca. — Mas não é como se isso mudasse alguma coisa, Harry. — Ela começou a se vestir, cada peça de roupa colocada metodicamente, como se já soubesse que aquele seria apenas mais um capítulo que ela deixaria para trás.
Harry sentou-se na cama, o lençol escorregando um pouco mais, revelando o torso nu. Ele a observava com uma mistura de diversão e confusão.
— O que você quer dizer com isso? A gente tem algo aqui, . E você sabe disso.
Ela se virou para encará-lo, o olhar firme, como se quisesse deixar claro que ele não tinha o controle da situação.
— Você acha que, só porque conseguiu me levar para a cama, isso significa alguma coisa? Não se engane, Harry. — Suas palavras foram afiadas como uma lâmina. — Isso aqui, o que quer que tenha sido, termina agora.
A expressão de Harry mudou; a arrogância foi substituída por uma centelha de frustração. Ele se levantou rapidamente, cruzando o quarto em dois passos longos e parando à frente dela.
— Você está fugindo porque tem medo — disse, encarando-a nos olhos, a mão segurando o braço dela com firmeza, mas sem machucá-la.
ergueu uma sobrancelha, desafiadora. — Medo? Não me faça rir, Harry. Eu só sei exatamente quem você é e, mais importante, quem eu sou.
— Então por que agir assim? — perguntou ele, a voz mais baixa, quase vulnerável, como se quisesse entender a barreira que ela erguia entre eles. — Por que não podemos simplesmente admitir que existe algo a mais aqui?
Ela soltou uma risada curta e fria. — Porque você não me conhece — respondeu, encarando-o com o mesmo fogo que ele tinha nos olhos. — Você acha que eu sou como as outras garotas. Que vou me derreter só porque passamos uma noite juntos. Mas eu não sou assim, Styles. Nunca fui.
O silêncio entre os dois voltou, mas dessa vez estava carregado de emoções mal resolvidas. Harry soltou o braço dela, parecendo incerto, talvez pela primeira vez desde que se conheceram. Ele deu um passo para trás, como se o espaço entre eles fosse uma barreira invisível que não soubesse mais como cruzar.
lançou um último olhar para ele enquanto terminava de abotoar a camisa.
— É exatamente isso.
Sem dizer mais uma palavra, ela virou as costas e saiu, deixando Harry ali, sozinho no quarto, com a sensação incômoda de que algo havia mudado.
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"Eu senti o calor do seu olhar quando fechei a porta. Ele acreditava que tinha me conquistado, mas eu sabia que era apenas o começo. Ele ainda não fazia ideia de que eu não era alguém que ele poderia controlar, por mais que tentasse. Aquilo era um jogo que ele estava destinado a perder desde o momento em que pensou que poderia ganhar."
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Setembro de 2022.
O jantar havia seguido um rumo mais casual, com Olívia comentando detalhes da agenda da turnê enquanto Harry se limitava a responder com monossílabos. A mente dele estava a quilômetros de distância, vagando em um turbilhão de lembranças que se recusavam a ser silenciadas. O livro de parecia a última peça de um quebra-cabeça que ele não conseguia montar. Cada palavra escrita por ela o transportava para momentos que ele havia tentado, sem sucesso, deixar para trás.
Após o jantar, eles retornaram ao quarto. Olívia, completamente absorta no celular, mal notou quando Harry se sentou à mesa. Ele pegou algumas anotações da turnê e tentou se concentrar no trabalho, mas era inútil. O peso no peito só aumentava, uma sensação de que algo importante estava prestes a acontecer.
De repente, o telefone vibrou, arrancando-o de seus pensamentos. Era uma mensagem de Louis:
"Você está aí?"
Harry franziu a testa, intrigado. Não era comum Louis mandar mensagens sem motivo, ainda mais com aquele tom urgente.
"Sim, o que houve?"
Alguns segundos depois, o telefone tocou. Ele atendeu imediatamente.
— Harry... — a voz de Louis estava séria, carregada de uma tensão palpável. — Tem uma coisa que precisamos te contar.
Harry ajeitou-se na cadeira, um desconforto imediato tomando conta de si. Algo no tom de Louis indicava que a conversa não seria trivial.
— Estou ouvindo — respondeu ele, tentando soar calmo, mas com o coração batendo mais rápido.
— Precisa ser pessoalmente — continuou Louis, soltando um suspiro pesado. — Podemos conversar quando você chegar a Austin? É importante.
Harry sentiu o estômago revirar. A última vez que Louis havia falado algo assim, notícias difíceis seguiram.
— O que aconteceu? — perguntou ele, sua voz mais grave, a inquietação crescendo.
Houve uma pausa do outro lado da linha.
— Queria te fazer uma pergunta — Louis disse finalmente, o tom mudando para algo mais delicado. — A ainda é importante para você?
Harry ficou em silêncio por alguns segundos, chocado pela pergunta repentina. Ele não via há um ano. A última coisa que soubera dela era que seu relacionamento com Dylan O'Brien tinha terminado, e esse era o principal motivo para que não quisesse sequer olhar na cara de Harry.
— Que tipo de pergunta é essa, Louis? — ele perguntou, confuso. Por que estaria sendo trazida à tona agora?
— Só preciso de um sim ou não — insistiu Louis, a tensão em sua voz aumentando.
Harry respirou fundo, sentindo o peso da verdade que tentava evitar. Ele sabia a resposta, mesmo que não quisesse admitir.
— Você sabe que sim, — respondeu finalmente, a frustração evidente. — Mas por que isso importa agora? Não estamos juntos há quase dois anos.
— Te mandei um endereço por mensagem — Louis respondeu rapidamente. — Quando você chegar a Austin, venha até aqui.
— Louis, isso é uma boa ideia? — Harry hesitou, os fantasmas do passado voltando a assombrá-lo. — A me...
— É importante — Louis o cortou, com firmeza. — A gente vai te esperar.
— A gente quem? — Harry perguntou, agora ainda mais curioso.
— Quando você chegar, vai descobrir — respondeu Louis, encerrando a ligação sem dar espaço para mais perguntas.
Harry ficou segurando o telefone por alguns segundos, encarando a tela em silêncio. Algo estava se formando no horizonte, algo que ele sabia que não poderia evitar.
Olívia olhou para ele por cima do celular, finalmente percebendo a inquietação. — Tudo bem?
Harry guardou o telefone no bolso e tentou forçar um sorriso. — Sim. Só trabalho.
Mas por dentro, ele sabia que não era só isso. Algo sobre aquela conversa dizia que a noite seria longa, e que Austin traria mais do que ele esperava enfrentar.
Março de 2015.
O hotel fervilhava de movimento, com a equipe correndo de um lado para o outro, ajustando os últimos detalhes da turnê. No camarim, porém, o clima era mais leve. Os meninos estavam jogados pelos sofás, brincando como de costume, e tentava absorver o máximo daqueles últimos momentos com eles.
Depois da reunião com os empresários, a sensação de alívio ainda pairava sobre ela. A conversa sobre seu retorno ao Brasil havia sido menos tensa do que ela imaginava, mas isso não significava que estava livre de outras discussões difíceis.
— Então é sério que você vai embora? — Louis perguntou, com um tom que mesclava curiosidade e incredulidade. Ele brincava com uma almofada no sofá, tentando disfarçar a preocupação.
, encostada na parede, cruzou os braços e soltou um suspiro. — Sim, Louis. Preciso ir para casa. Já estou aqui há três meses, e, honestamente, já tenho material suficiente para o livro.
Liam, que estava próximo dela, franziu a testa. — Eu entendo você sentir falta de casa, mas... vai voltar depois da pausa, certo?
— Talvez sim, talvez não — respondeu com um sorriso pequeno. Queria aliviar o peso da situação, mas sabia que sua resposta era mais evasiva do que eles gostariam. — Depende de como as coisas vão fluir para mim lá.
Niall, sempre o mais espontâneo, levantou-se e a puxou para um abraço. — Vamos sentir sua falta, baixinha, — disse ele, apertando-a com carinho.
Ela riu, dando um leve soco no ombro dele. — Vocês ainda vão me ver por mais duas semanas. E nem sou tão pequena assim!
— Perto de mim, é — Niall respondeu, sorrindo de forma brincalhona.
Liam, mais reservado, também a abraçou brevemente. — Vai ser estranho sem você aqui, mas eu entendo. Só não esquece da gente, ok?
— Nunca — respondeu , sentindo uma pontada de culpa. Ela sabia que eles eram mais do que apenas colegas de viagem; eram amigos que haviam se tornado família.
Louis, sempre o provocador do grupo, não perdeu a oportunidade de brincar. — Agora o Styles vai ficar todo deprimido, — comentou ele, apontando para Harry, que estava sentado num canto, aparentemente distraído com o celular. — Quer apostar quanto que ele vai implorar para você não ir?
O comentário arrancou risadas dos outros, mas apenas forçou um sorriso. Sabia que a conversa com Harry seria a mais difícil. Ele vinha se afastando desde a saída de Zayn, e algo no comportamento dele a deixava inquieta.
— Preciso de um tempo sozinha, pessoal — disse ela, saindo do camarim com um aceno breve.
Ela caminhou pelos corredores do hotel, buscando um lugar mais tranquilo. Encontrou um canto isolado e sentou-se, tentando organizar os pensamentos. Mas antes que pudesse realmente se perder neles, ouviu passos atrás de si.
— ! — A voz de Harry soou firme, mas havia algo de vulnerável ali.
Ela se virou lentamente, encontrando-o a poucos passos de distância. Seus olhos, tão expressivos como sempre, estavam cheios de uma mistura de frustração e preocupação.
— Estou pensando, Harry. Preciso de um tempo sozinha — disse ela, tentando manter a calma.
— Pensar? — Ele cruzou os braços, sua postura defensiva. — Você está mesmo pensando em voltar para o Brasil? Por quê? Depois de tudo o que você construiu aqui, você vai simplesmente... abandonar?
— Eu não estou abandonando nada! — respondeu , a raiva começando a subir. — Só quero... — Ela parou, respirando fundo para conter as emoções. — Preciso de espaço. Não é sobre vocês, nem sobre a banda. É sobre mim.
Harry deu um passo à frente, sua intensidade quase sufocante. — E você não acha que devia falar com a gente antes? Nós somos uma equipe, . Você faz parte disso, e agora vai simplesmente desaparecer?
Ela riu sem humor, cruzando os braços. — Uma equipe? Harry, desde quando minha presença aqui é vista como algo mais do que marketing para os empresários? Eu sou só mais uma peça desse jogo para eles. E estou cansada.
As palavras dela o atingiram, mas ele não estava disposto a desistir. — E o que vai fazer no Brasil? Ficar longe de nós... de mim?
— Talvez seja exatamente o que eu precise. Ficar longe de você.
Aquelas palavras o desestabilizaram. Harry abriu a boca para protestar, mas nada saiu. o olhou uma última vez, e a dor no rosto dele quase a fez recuar.
Mas ela precisava ir. Não apenas para o Brasil, mas para longe daquele ciclo que já não fazia sentido.
Sem dizer mais nada, virou-se e foi embora. A sensação era agridoce, um misto de alívio e saudade antecipada. Ela sabia que estava machucando Harry, mas às vezes, escolhas difíceis eram necessárias.
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E enquanto me afastava de Harry, uma verdade ressoou em minha mente com uma clareza devastadora: Harry não era motivo suficiente para eu ficar. Ele era uma pessoa incrível, mas ainda não havia nada ali que me fizesse acreditar que o amor que tanto esperavam de mim pudesse ser real. Eu precisava de mais do que um afeto morno, precisava de algo verdadeiro e profundo. A decisão de voltar ao Brasil não era uma fuga, mas um passo em direção ao que realmente queria. Não podia me prender a uma incerteza que ainda não havia se transformado em certeza.
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Continua...
Nota da autora: Sem nota.
Outras Fanfics:
18. Fall (Ficstape #028 – The Vamps: Meet The Vamps)
12. Na Boa (Ficstape #107 – Henrique & Juliano: O Céu Explica Tudo)
01. All Around The World (Ficstape #113 – Justin Biever: Believe)
08. Common Denominator (Ficstape #116 – Justin Bieber: My Worlds)
05. Antônimos (Ficstape #136 – Jorge & Mateus: Como. Sempre Feito. Nunca)
15 minutes (Ficstape #291 – Demi Lovato: Dancing with the Devil)
15. Loved Your First (Ficstape #013 – One Direction: Take Me Home)
15. Anyone (Ficstape #271 – Justin Bieber: Justice)
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