Finalizada em: 15/04/2018

Parte 1 - She.

Os flashes eram tão fortes que seus olhos ardiam como se alguém tivesse jogado uma granada e eles estivessem em chamas. Porém, não podia fazer nada, tinha que passar por tudo aquilo e ainda sorrir como se estivesse totalmente de acordo em passar dez longos minutos naquele tapete vermelho. Era ultrajante a maneira como sua gerente de imagem sempre fazia com que ele passasse por aquilo tudo. odiava ser um objeto da mídia, por mais que gostasse de fazer o que fazia, ele nunca se acostumaria em ter que ficar sorrindo diante de diversos paparazzi com aqueles flashes que pareciam o cegar.
Com isso, quando Olivia o chamou, no final do tapete vermelho, ele sorriu satisfeito. Podia imaginar as manchetes do dia seguinte falando sobre como sua postura sempre séria o fazia parecer arrogante e insatisfeito com a fama; mas, ele não se abalava, sabia que adorava fazer o que fazia e aquela casca dura em que vivia, era uma fachada para que ninguém ousasse se aproximar e tirar o seu melhor. Ele gostava de ser , o ator e cantor mais bem pago do mundo que não dava a mínima para a fama, e sim para o seu trabalho em si; tanto que, dos diversos álbuns de estúdio que havia lançado, nenhum deles teve uma turnê para divulgação, somente apresentações em programas de tv. O evento em que estava naquele momento era somente para um novo filme em que era protagonista, era um dos poucos eventos que ele gostava de participar.
Ao sair do tapete vermelho coçou os olhos e piscou algumas vezes para sua visão voltar ao normal. Viu Olivia sorrindo e ela lhe mandou que ficasse ali para esperar os outros atores do filme que terminavam de cruzar o tapete vermelho, iriam tirar uma foto do elenco todo junto. Ele não disse nada, apena a viu se afastar para o meio de algumas pessoas que estavam trabalhando ali todos vestidos de preto. Aproveitou para usar o celular que estava em seu bolso como um espelho, vendo se seu rosto ainda estava apresentável, gostava de boa aparência.

- Você está muito sério, . – ouviu uma voz conhecida vindo atrás de si e virou sorrindo para a mesma.
- Eu sempre sou sério, .

sorriu calorosamente para o rapaz e ele imaginou, pela milésima vez desde que foram apresentados um ao outro, como seria ela sorrindo depois dele lhe entregar o prazer de um orgasmo por um sexo casual. Seu desejo mais obscuro era esse: transar com a mulher de seu amigo Bill, o qual havia atuado com ele no filme que estavam lançando. Passaram um ano, o tempo total da produção do filme desde o primeiro dia de reunião da equipe até o último dia de encontro, vendo aparecer no set de filmagens vez ou outra, ou então nos jantarem que tinham entre os atores e nas participações de tv para promover o longa. Ela estava em praticamente todos os lugares que o marido ia, até mesmo dentro da mente de .

- Você poderia me vender esses seus pensamentos... – ela disse curiosa.

ficou sem jeito ao ser pego olhando para ela com vontades que ela talvez nem imaginava, ou, se fosse possível e o destino tivesse sido bonzinho com ele, ela também sentisse o mesmo.

- Eu estava pensando em dizer como você está linda, não só hoje, mas sempre. – só pôde perceber o que saíra de sua boca quando a viu em extremo rubor.

Assim que terminou de falar, Bill apareceu, como se fosse algum ser superior o mandando ir ali para lembrar a que se envolver com aquela mulher era proibido. Por mais que só tivesse conhecido Bill naquele último ano por aquele trabalho, criou certa amizade com o cara. Vez ou outra marcava presença no almoço ou jantar na residência Burke.
Tentando livrar seu pensamento sombrio impróprio do que desejava fazer com aquele vestido, que para ajudar era de frente única e alças finas, deixando as costas e o colo dela totalmente expostos, ele caminhou de volta para o tapete vermelho, Olivia o chamara para tirar umas fotos com Stella, a protagonista do filme que fazia par romântico com ele. Depois foram as fotos do elenco inteiro, ele e Bill; ele, Bill e Stella; o diretor e o produtor com todo o elenco de apoio; os coadjuvantes principais com os três protagonistas e, por fim, uma foto dos dois novos amigos – mas nem tão novos assim – com a esposa de um deles. Na mídia muitas notícias sobre e Bill criarem um vínculo de amizade corriam, eram fotos deles frequentando a casa um do outro. Ele ficou sem jeito em colocarem a mulher no meio dos dois e colocou sua mão espalmada levemente na curva de suas costas nua que ficava a altura de sua cintura. sorriu para ele e quando foi passar o braço para trás, virou o rosto fazendo uma coisa, um tanto quanto, inusitada para . Eles estavam muito próximos, consequentemente os rostos também ficaram e ela lançou-lhe um olhar com luxúria, descendo de seus olhos para os lábios.
Foi rápido, para qualquer um fora daquele círculo a cena passou despercebida, mas se sentiu torturado. Pôde ver o olhar luxuoso dela e o mesmo descendo para seus lábios; ela o queria e ele passou a enxergar isso. Depois da sessão de fotos eles entraram no teatro que seria exibido o filme, se sentou ao lado de e vez ou outra o rapaz se sentia provocado por ela. Não tinha nenhum escrúpulo em suas ações, apenas sutileza para que não fosse pega. Olhava-o e mordia o lábio inferior, tombava a cabeça para o ombro dele e apertava sua perna próximo à virilha. Quando o fim do filme chegou e as luzes foram acesas, correu para o banheiro assim que fora possível, depois do discurso do diretor e de alguns produtores. Lavou o rosto com água fria e ao que estava saindo pela porta deu de frente com , também saindo do banheiro, só que o feminino.
Os olhares se cruzaram por um tempo e ele se sentiu ansioso para dar um passo a frente e beijar ela, mas Bill apareceu mais uma vez, para lhe lembrar do proibido.

- , eu e não vamos para o after, minha mãe me ligou dizendo que não está bem... – o rapaz disse, trazendo e de volta. – Você aguenta segurar as pontas sozinho? – ele se aproximou da mulher e pegou em sua mão, entrelaçando os dedos.
- Sem problemas, pode ir... – respondeu parecendo levar um choque para acordar quando viu suas mãos entrelaçadas.
- Valeu, cara, valeu mesmo! – Bill sorriu e foi cumprimentar o amigo.
fixou um ponto no chão e manteve seu olhar ali, apenas sorriu para e acenou com a mão quando foi levada para a saída. ficou parado no corredor e voltou para dentro do banheiro, se olhando no espelho ele se questionava o que teria acontecido caso Bill não aparecesse.



Parte 2 – Me.

Your man on the road, he doin' promo
You said: Keep our business on the low-low
I'm just tryna get you out the friend zone
'Cause you look even better than the photos
I can't find your house, send me the info
Drivin' through the gated residential
Found out I was comin', sent your friends home
Keep on tryna hide it but your friends know

A chuva se estenderia pelo resto do final de semana, acabando com os planos de de sair de Calabasas para Malibu, aproveitar os dois dias que teria de folga antes de voltar para a ativa.
Vendo o noticiário relatar os problemas que a chuva vinha causando no condado, ele resolveu desligar a tv e dormir. Estava cansado, nas quatro semanas após o lançamento do filme ele só fez entrevistas, cobrindo a parte de Bill que precisou se afastar devido ao falecimento de sua mãe. Ele ficou tão sobrecarregado cuidando sozinho da parte de divulgação do filme, que quando tudo acabou resolveu sair de Londres – sua cidade natal – para ficar uns dias em sua casa num condomínio em Calabasas, na Califórnia. Passaria o último final de semana de novembro ali e voltaria para Londres para começar a trabalhar em um novo álbum.
Assim como nos dias que sucederam àquele dia chuvoso, verificou se a temperatura do ar condicionado estava de seu agrado e se aconchegou na cama, para então dormir profundamente em menos de dez minutos. Em seus sonhos a presença de ainda era forte, todas as noites sonhara com ela em seus braços, na cama, desde o evento de lançamento do filme.
Eram pouco mais de quatro da manhã quando o telefone celular dele começou a tocar incansavelmente, se irritou por não ter o desligado, mas mesmo assim não atendeu, o jogou longe dali. Quando estava quase pegando no sono novamente o telefone da casa começa a tocar; uma vez, duas vezes, três vezes e na quarta ele se levantou irritado. Caminhou até a mesinha de seu quarto próxima à porta e pegou o aparelho sem fio que tinha ali, que era uma extensão da linha telefônica da enorme mansão. Limpou a garganta e, com a voz grossa e rouca, disse:

- Alô.

A voz que veio do outro lado era de uma pessoa que ele menos esperava que um dia ligasse a ele, estava desesperada quando o respondeu:

- , desculpa te acordar essas horas... – ela fungou o nariz. – Mas... – ficou uns segundos sem falar. – É que o Bill está na África a trabalho e só volta daqui uma semana e... – segurou o ar. – E... eu tô sem energia em casa. Eu tenho medo de escuro! – disse por fim, podia sentir o pânico em sua voz.

Ele precisou de dois segundos para olhar no relógio da cabeceira de sua cama e ver que era quatro horas da manhã e assimilar o pedido de . Coçou um olho, espantando o sono e respondeu:

- Estou a caminho.

Ele desligou o telefone e o colocou de volta no lugar. Enquanto vestia uma calça de moletom grosso da adidas começou a imaginar coisas que poderia fazer com já que Bill estava longe. Aliás, ele não tinha ideia de que ela estava na casa deles no mesmo condomínio em Calabasas. Nem passou pela cabeça de a lembrança de que era vizinho do casal, na cidade. De certo modo fora até bom, assim ele livrou por poucos dias o pensamento árduo relativo a ela.
Colocou um tênis – da mesma marca que seu moletom, que incluía a camiseta preta que ele estava vestido para dormir –, no banheiro lavou o rosto e escovou os dentes, passou a mão nos cabelos e caminhou até o andar de baixo de sua casa. Foi até os fundos, onde ficavam algumas ferramentas que os empregados usavam em manutenções, para procurar uma lanterna. Quando a encontrou caminhou até a porta dali que saía pelos fundos dando até uma saída lateral; caminhando pelas ruas do condomínio ele sentia o ar úmido que havia ficado depois da chuva, naquele dia iria chover mais e ele ponderou sobre ir embora de Calabasas mais cedo.
A casa de Bill era ao final do enorme condomínio, próximo a uma pequena colina onde tinha uma tirolesa e alguns brinquedos do tipo para quem morava lá. Ao entrar na rua, viu o carro preto esportivo de Bill que sempre usava para sair quando ele não estava junto, mal estacionado, completamente torto. Deu alguns passos até chegar à varanda da casa e notou que estava tudo apagado naquele quarteirão do condomínio. Quando se aproximou da porta percebeu que a mesma estava entreaberta, não fechada como deveria ser. Abriu com cautela e entrou, iluminou com a lanterna o interior do hall de entrada na luxuosa mansão; estava tudo quieto e parecia vazio o andar térreo.
Enquanto caminhava pelo interior da casa, chamava por , mas ela não respondia. Chegou a imaginar que ela poderia estar no andar de cima desmaiada ou algo do tipo; estava na cozinha quando decidiu usar a escada de serviços para subir ao segundo andar, onde tinham os quartos e ela provavelmente estaria.
No corredor tinha roupas jogadas no chão, trilhando um caminho do final da escada até a metade dele. A porta à sua direita estava meio aberta e emitia uma luz fraca, como se estivesse sendo iluminado por vela. Caminhou até a entrada do quarto e espiou pela fresta da porta a tempo de ver fechando a toalha, enquanto estava de frente para o espelho, iluminada apenas por uma vela e agora sua lanterna. ficou um pouco parado olhando a cena, ela estava com o corpo coberto pela toalha agora e o cabelo seco caía pelos seus ombros. Sua pele que sempre parecia estar macia o chamava, era como se ele tivesse que tocar nela para sobreviver, mas ao mesmo tempo aquilo era proibido e podia o prejudicar.

- ?

A voz suave de entrou por seu ouvido como se fosse uma melodia calma que ele ouvisse para dormir tranquilo a noite, ela se virou para olhar para ele e quando seus olhos se cruzaram ele soube que a intenção dela não era que a ajudasse com a pane elétrica repentina da casa. Ele sentiu uma corrente de choques em toda a extensão de seu corpo, reagindo apenas ao olhar dela sob o dele. Era como se ele sempre soubesse que aquilo era a reação padrão, pois não se sentia surpreso, apenas entorpecido.
Vendo que o homem em sua frente não tinha mais cor em seu rosto e permanecia parado sem reagir, entendeu que sua proposta para aquela madrugada, começo de dia, seria bem entendida e correspondida. Pelo olhar dele ela percebeu que o tinha ganhado. Assim como já sabia que ele mantinha um desejo por si, na verdade ele nunca conseguira esconder, apenas o testava para ter certeza.

- Você veio! – ela sussurrou, fingindo inocência, mas logo deixou que o falso desespero tomasse conta de sua face. – Eu estava no banho algumas amigas estavam aqui e nós ficamos conversando até tarde... – ficou ofegante pela falta de vírgulas. – Você sabe que eu tenho medo de escuro, ...
- Shh... – tomado pelo impulso ele se aproximou e a segurou pelos ombros, largando a lanterna no chão. – Não se preocupe eu tô aqui... – olhou em seus olhos por alguns segundos, mas desistiu no mesmo momento, aquilo lhe causava faíscas no estômago. – Acho melhor você se vestir, vamos pra minha casa. Ao que parece a energia aqui não voltará tão cedo. – a soltou e se abaixou para pegar a lanterna no chão, ao se erguer novamente ele a viu sorrindo e com a mão em cima do nó da toalha.
- Você é lerdo assim mesmo ou tá se esforçando? – ela perguntou mordendo o lábio inferior no final.
- O quê? – não entendeu.
- Vou simplificar pra você, . – rolou os olhos e se aproximou mais do corpo dele. Abriu o nó da toalha e a deixou deslizar até o chão, exibindo a ele sua nudez. – Se você conseguir manter seus olhos nos meus, vou acreditar que você é gay. – ela sorriu divertida.

De duas, uma: ou estava enlouquecida, ou carente, ou bêbada. Ele tentou manter o olhar nos olhos dela, mas desistiu no último segundo, a puxando para um beijo apressado e meio sem jeito. Levou uma mão em sua cintura, a apertando forte e com certa necessidade de tê-la em seus braços. , por sua vez, apenas correspondeu com uma mão no rosto de . Contudo, como se fosse um sopro da voz de Bill em seu ouvido, o lembrando do porquê aquilo seria proibido, ou melhor, inapropriado, ele se afastou de . Um tanto ofegante ele levou uma mão à cabeça e olhou com os olhos arregalados ao chão, se abaixou e pegou a toalha, tudo isso sem encarar os olhos curiosos e sugestivos da mulher.

- Toma. – jogou a toalha em sua direção, dando dois passos para trás. – Se cubra.

se sentou na cama e apenas colocou a toalha por cima do corpo, rindo ela viu a olhar estranho. Sabia que a queria, era impossível negar que tinha uma química entre os dois, principalmente o desejo visível da parte dele. De joelhos ela se aconchegou na cama, ficando na ponta, próximo ao fim do móvel. Ficou ereta e colocou uma mecha do cabelo atrás da orelha, para então dizer
- , eu e Bill somos casados apenas por contrato... – ela ri anasalado e volta com o corpo para a metade da cama. – Ele é gay e nunca o deixaram assumir; a agência que cuida da imagem dele acha que isso seria um fim de carreira. Como Bill é considerado um galã das telas, ele poderia perder papéis por isso. – revirou os olhos. – Eu precisava de um bom padrão de vida, alguém para me manter depois que minha família faliu... foi uma junção do útil ao agradável.

I only fuck you when it's half past five
The only time I'd ever call you mine
I only love it when you touch me, not feel me
When I'm fucked up, that's the real me

O sorriso nos lábios da mulher era luxuoso, puro pecado. se pegou pensando nos momentos em que invejou Bill por estar com ela, mas que mesmo assim a respeitava por ser esposa dele e ele ser seu amigo. Sem nem perceber, ele já estava a beijando novamente, porém com uma intensidade maior. Pressionando o corpo dela contra o seu, como se aquilo pudessem os fundir em um único físico. Em segundos ele estava com o corpo em cima do dela, apoiando-se no colchão macio; o beijo, que ainda era intenso, se aprofundava mais, percorreu seus lábios pelo maxilar dela até chegar na altura de seu busto.
O perfume que exalava do sabonete, a qual ela provavelmente usara no banho, era inebriante o fazia querer mais de sua pele na dele. Deixaria marcas em para que ela pudesse se recordar do que estava por vir, mesmo que aquilo o custasse alguma coisa na vida; a carne estava falando mais alto.
Ouvindo-a soltar um gemido sôfrego enquanto ainda abusava de seu busto, ele sorriu, mas tão rápido quanto, decidiu trocar as posições. Se sentou com os joelhos dobrados de frente para e o mesmo se manteve na mesma posição que ela, o ajudou a tirar a camiseta que vestia. Em seguida ela se curvou em direção a ele, o fazendo dobrar o corpo para trás, apoiando-se no colchão com as mãos para trás, começou a beijar o seu tronco desde a altura do pescoço até chegar ao cós do moletom que ele usava. Olhou para cima, levantando a cabeça minimamente, e sorriu antes de puxar o cós para baixo – tendo a ajuda dele para abaixar a calça até a altura de seus joelhos.
não pensou muito no que ela precisaria fazer para o deixar ereto, começou a masturbá-lo com a mão, cuspindo na ponta do membro para o lubrificar, fazendo os movimentos de vai e vem com as mãos. Quando percebeu que estava ficando rígido o introduziu na boca, inicialmente apenas no começo, indo e voltando, até que então decidira aumentar a velocidade das mãos e pressionar mais os lábios quando o levava até a boca. Indo e voltando cada vez mais rápido, até sua garganta. se deliciando com toda a ação e imagem à sua frente, é claro.
Quando o membro de ficou mais rígido, o suficiente para ela, se levantou e o beijou. Durante o beijo ela sentiu dois dedos dele a penetrando e sorriu, mordendo os lábios do mesmo. não se prolongou muito com os dedos nela, queria sentir como era estar dentro dela de outra forma. A empurrou levemente para trás e a fez virar de costas para si, a deixando na posição tão adorada – por ele – de quatro. Antes de penetrar em , ele se masturbou por poucos segundos, se deliciando com a visão que tinha da mulher maravilhosa em sua frente. era, sem sombra de dúvida, uma deusa, não só em beleza, mas em tudo.
Posicionou seu membro na entrada dela e brincou um pouco, apenas com a ponta, enquanto ela gemia pedindo por mais.

- Porra. Não tenho a vida inteira, ... – reclamou em meio a gemidos.

Em silêncio e com um sorriso que ela não podia ver, ele a penetrou, com tanta força que precisou se concentrar no prazer. não se movimentou, ficou parado enquanto ela rebolava para ele e fazia o trabalho de ir para frente e voltar; até que, cansado, ele decidiu tomar as rédeas da situação. As investidas que dava em eram cada vez mais rápidas, de acordo com o prazer que ela gritava sentir. Vez ou outra ela o pedia que puxasse seu cabelo, mesmo a contragosto ele fazia (achava isso um pouco sadomasoquista demais, abusivo), também clamava por tapas e ele fazia, ainda a contragosto.
Inverteram a posição, desta vez ela estava deitada com as pernas dobradas em voltada da cintura, com o quadril levemente levantado, e ele ainda ajoelhado na cama, penetrando-a com velocidades alternadas. Não demorou muito para que ele sentisse seu corpo começar a emitir os espasmos do orgasmo. Retirou o membro de dentro dela e gozou em sua barriga.
Os dois estavam ofegantes, deitaram um ao lado do outro, sem dar uma palavra se virou para o lado oposto. Ela esperava que a abraçasse e ficasse ali dormindo com ela, mas não foi o que ele fez. Ele se levantou, em uma súbita lembrança de que mesmo que Bill fosse gay, ainda seria desrespeitoso com ele. Não sabia o grau de verdade daquilo; não confiava mais na que conhecia – talvez não a conhecesse de verdade. Não se deu ao trabalho de se vestir por completo, jogou a camisa no ombro e foi embora, o dia já havia amanhecido e ele nem percebera que tinha passado tanto tempo na casa do seu amigo.



Parte 3 – Them.

poderia dizer que havia adorado a “noite” que passara com , mas não diria com tanta certeza. Não fora como ele planejou em sua mente, de uma maneira menos forçada por desejo carnal, mas sim por vontade de todos os tipos. O querer de um estar com outro além de puro sexo. Ele teve um orgasmo, entretanto não significava que fora sua melhor forma de deixar claro à mulher de como a queria. Não queria só seu sexo, queria além disso. Talvez ele lhe ofereceria a boa vida que ela procurava se isso a fizesse ficar com ele.
Ao sair do banho de banheira, a qual durara pelo menos umas duas horas – a julgar pela sua pele enrugada em alguns locais –, com roupas e apenas usando a toalha para secar o cabelo, caminhou em direção ao seu celular que não parava de tocar em cima da cama. O nome de Olivia brilhava na tela; havia algumas 30 ligações perdidas dela, outras 26 de sua mãe e várias notificações de redes sociais. Abriu a conversa que tinha com Olivia por mensagem e começou a leitura desde o início. Se enganou ao achar que ela só queria um trabalho para última hora.

“Dá pra atender minha ligação?” 10:01am.
“Adoraria que você me atendesse, ou falasse pelo menos com sua mãe, já que não dá a mínima para o meu trabalho de cuidar da sua imagem.” 10:40am
! Eu juro que se tudo isso for verdade, não vai ter como te livrar de nada.” 11:10am
“Juro que eu tentei.” 11:17am
“Me demito.” 11:30am
“http://www.gossiphollywood.us/--e--esposa-de-bill-slowan-flagrados-juntos.” 11:31am

clicou no link e acessou o site, haviam fotos dele saindo de sua casa e indo para a de Bill, ele saindo horas depois da casa de Bill. E a melhor de todas: fotos dele com , tiradas do lado de fora da janela; era de longe, mas a qualidade das imagens não mentia seus rostos. Como não havia percebido que a janela não estava coberta? É claro que os paparazzi nas pequenas colinas ao fundo do condomínio não perderiam por um furo desses.

- Droga! – assim que terminou de amaldiçoar para o seu telefone, ouviu a campainha.

Desceu as escadas com um pouco de receio. Podia ser qualquer um querendo te atacar, podia ser sua mãe nervosa, podia ser chorando com a exposição e ele sabia que não iria conseguir a consolar. Podia ser tanta gente previsível que ele não esperava abrir a porta e dar de cara com Bill, vestido de preto, com sua mala postada ao lado do corpo e com os olhos cobertos pelo seus óculos de sol aviador favorito. Também não esperou pelo soco que levou em seguida, não tendo tempo algum para pronunciar qualquer palavra.

- Eu juro que quando consegui ligar meu celular no caminho do aeroporto pra cá, queria te matar. – Bill disse entrando. – Você não faz ideia do quanto eu quero que você morra ... Mas infelizmente eu sou um filho da puta que gosta de ouvir as versões da história. – cruzou o braço, parado de frente para , que se apoiava na parede do hall de entrada.
- Você... – ele franziu o cenho confuso com todo aquele show. – Você é gay. – Bill levantou uma sobrancelha tirando os óculos de sol. – Foi o que ela disse.
- Ah... – ele gargalhou amargo. – Nunca pensei que usariam isso como desculpa agora. – deu um passo para trás e começou a caminhar de volta para a rua. – Você é patético, .
- Não! Espera. – foi atrás dele. – Você veio aqui me escutar, então me escuta. – Bill parou no ladrilho do jardim e se virou para ele novamente. – Ela me ligou de madrugada falando que a luz tinha acabado e estava com medo... Eu não sabia que ela estava aqui, na verdade isso nem me importava, Bill. – se pegou na mentira. – Eu fui até sua casa e quando cheguei lá ela estava no quarto de toalha e... Bill... ela me contou umas coisas, que ela ficou pobre e conheceu você. Que a sua agência não te deixa assumir a homossexualidade e por isso vocês estão casados, porque ela precisava de dinheiro e você de alguém para manter aparências.

Ao fim, estava ofegante. Se perdeu em palavras, talvez ele se convenceria de que realmente não havia valido a pena ter arriscado tudo por , talvez com êxito. Bill caminhou lentamente até ele e ao se aproximar lhe deferiu um soco no estômago, o fazendo ficar curvado para frente.

- Ela esqueceu de te dizer depois que tudo isso era mentira? – disse em seu ouvido. – Eu não sou e nunca fui gay, . também nunca foi pobre, o pai dela é dono de terras e imobiliárias na Austrália, ela nunca soube o que é passar fome. – ele deu alguns tapinhas no ombro do “amigo” e finalizou: – Sinto muito por você, cara.

Hills have eyes, the hills have eyes Who are you to judge Who are you to judge? Hide your lies, girl, hide your lies Only you to trust, only you





Fim!



Nota da autora: Oiiii!!!! Se você chegou aqui significa que leu até o fim (ou não). Obrigada por ler uma baboseira minha, dentre tantas. Queria agradecer todos que me ajudaram a fechar essa história, porque tive um bloqueio muuuito forte no final e quase que não consigo entregar. Ninguém me mandou pegar 715273 ficstapes também, ne? Mas vamos lá, segue a escrita.
Espero que tenham gostado e é isso. Eu não queria me prolongar muito com essa história, a música retrata muito uma garota que mente para poder ficar com um cara – é isso o que eu vejo pelo menos. Os dois não prestam na música, mas eu tentei não criar um boy lixo. Sério, espero mesmo que gostem. Me dêem o feedback de vocês por favorzinho. Na minha página de autora vocês poderão encontrar meus outros trabalhos no site, se quiserem ler é claro.
Um abraço, fui.





Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.


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