Finalizada em: 31/07/2021
Baseado na Música: (You) Your Sex Is on Fire - Kings Of Leon

Capítulo Único

Quente como uma febre
Ossos tremendo
Eu poderia apenas provar
Provar
Sex On Fire Kings Of Leon


Fechei a porta com cuidado, vendo-o tão concentrado em seu mundo, seu momento, que mal notou minha chegada. Ter a senha de seu estúdio era uma das coisas que mais me agradava, pois além de ver e compreender a confiança que tinha em mim pelo lado simbólico, eu tinha o privilégio de poder fazer visitas repentinas. Como esta, por exemplo.
Três da manhã e eu não conseguia mais parar de pensar na última mensagem que ele havia me mandado algumas horas antes. Claro que tudo se iniciou comigo o provocando, já que íamos para o quinto dia sem se ver. De uma forma diferente de tudo o que já tinha vivido em meus 20 anos de vida, dentre tantas viagens pelo mundo e lençóis molhados de suor, ou os demais locais que eu conseguia me enfiar para ter prazer com quem me interessasse e aparecesse, era, sem sombra de dúvidas, meu maior motivo de comoção. Ele conseguia me tirar do eixo e, em quase dois anos de um tipo de acordo que tínhamos sobre se pegar sem a parte do apego, eu já me via completamente louca em tudo o que fazíamos e ainda poderíamos fazer juntos. Portanto, quando passavam mais de três dias que ele não caia em minha cama me proporcionando aquele prazer inenarrável, eu ia atrás.
Talvez eu seja uma louca, mas aceito isso com o coração – e outras coisas – bem aberto. Eu era louca por ouvir meu nome saindo de seus lábios na sonoridade mais eletrizante causada por sua voz rouca e soprano. Loucamente com meu corpo em chamas por cada toque que ele me concedia. Em outras palavras: ser explicitamente fodida por era meu maior presente de vida e isso, inexplicavelmente, me deixou viciada.
Deixei a minha bolsa em cima do pequeno sofá na parede lateral da porta e respirei fundo para tentar controlar aquele frio na barriga; estava sentado em sua cadeira, concentrado como sempre e movia sua cabeça com o ritmo de algo que ouvia no fone – em uma altura mais do que o recomendável. Ele estava totalmente absorto e aquilo era tão sexy, que eu poderia ficar ali por horas o admirando sem mover um músculo.
Mas eu estava com outros planos naquele momento, que incluíam desviar aquela atenção dele para mim, sendo esse o objetivo final. Talvez eu fosse extremamente egoísta por querer atrapalhá-lo em seu momento de trabalho, embora naquele momento ele estivesse ultrapassando seu tipo workaholic, pois, pelo que me lembrava já estava ali desde a manhã do dia anterior.
Então decidi que não tinha mais volta e mesmo que houvesse alguma rota alternativa, não me apetecia. Na minha cabeça a configuração para aquele momento já estava bem definida e somente ao concluir meu objetivo, sairia dali - com certeza depois de o fazer comer alguma coisa, um alimento propriamente dito.
– Então quer dizer que você não tira da sua mente como eu estou sempre em chamas? – tirei seu fone, por trás de sua cadeira, dizendo bem baixo em seu ouvido o objeto de nossa conversa por mensagem. Esta que havia terminado comigo enviando fotos de como estava naquele momento.
ficou parado, não moveu um músculo, mas eu conseguia ver como estava arrepiado. Então, depois de quase cinco segundos, ele moveu a mão, contorcendo os próprios dedos em cima da mesa e soltando a sua direita do mouse.
– Se pudesse entrar nela você veria com seus próprios olhos – respondeu, umedecendo os lábios, suficiente para eu sentir meu ventre clamar por aquela parte de seu corpo em minha pele, fazendo aquele caminho que ele conhecia muito bem até o meio de minhas pernas.
Eu poderia arfar naquele momento, mas me controlei. Não seria nada devagar, mas ainda estávamos apenas começando. Iniciando pelo tom em nossa conversa, banhado em um tesão sem igual.
– Eu não posso entrar, mas você pode me mostrar… como se sente – voltei meu corpo ao modo ereto, ainda parada atrás de sua cadeira e ele virou para minha direção.
– Quantos botões. – direcionou o olhar diretamente ao meu sobretudo vermelho.
Seu olhar estava inundado em luxúria, ele sabia perfeitamente que eu só usava aquela peça de inverno quando o encontrava. Em todas as outras vezes que lhe fiz visitas repentinas em seu estúdio, quando o esperei em minha cobertura com apenas sexo em mente, e, claro, quando aparecia em seu apartamento no meio da noite. Todos os nossos encontros mais intensos se formavam com aquela peça da Dior cobrindo meu corpo que, de forma sempre bem elaborada, era semicoberto por algum conjunto novo de lingerie. Porém, desta vez, eu não estava com meia calça e cinta liga, para deixar a estética mais completa. O que não passou despercebido por seu olhar.
Ele não movia nada além de seu globo ocular, me observando de cima a baixo.
– Sei que você gosta de abrir todos eles. – Me referi aos botões, mantendo meu olhar no seu, que agora haviam se fixado um no outro.
– Gosto do que encontro embaixo dele. Mas não gosto que ele cubra. fez menção de me puxar pela barra do tecido. Nossa diferença de altura, por ele estar sentado, o fazia ficar com o rosto levemente inclinado para cima. E não estávamos tão distantes, por mais que meu corpo sentisse o contrário, apenas um mínimo passo nos separava. Porém, quando sua mão foi erguida, eu apenas dei um passo para trás, puxando do bolso da peça de roupa os meus fones sem fio.
– Coloca.
Estendi um para ele e fiquei com o outro. Novamente ele umedeceu os lábios e meu corpo decidiu ignorar isso, apenas para se concentrar naquele momento. Normalmente eu não ditava todas as regras, mas naquela madrugada, aquela visita era minha.
Puxei o celular de dentro do outro bolso e, quando colocamos o fone, respectivamente, dei play na música, uma a qual eu sempre ouvia e não podia deixar de pensar nele, nas vezes que se desmanchava dentro de mim ou me fez ter o mesmo resultado. Sex On Fire do Kings Of Leon era uma trilha sonora perfeita para ele me fazer entender e assinar embaixo do meu corpo em chamas.
E posso dizer que ele reconheceu a música logo em seus primeiros acordes. Sua mandíbula travou e sua mão direita foi direto ao meio de suas pernas, apertando-se.
You… my sex is on fire. – Me mantive no lugar, sussurrando uma parte da música que viria a seguir, mas trocando a palavra “seu”, por “meu”. Afinal, eu realmente estaria sempre em chamas por ele.
Não precisei esperar mais, ou sequer pedir, nossa conversa era sempre explícita e objetiva apenas com a troca de olhares e de tensão. Ele moveu a cadeira mais para a frente e suas mãos começaram a desabotoar o sobretudo, agilmente, de baixo para cima. E eu joguei meu celular em algum canto, não prestando atenção onde e nem no barulho quando caiu. Me preocuparia com isso depois.
Quando todos os botões estavam abertos, ele se levantou, me ajudando a tirar a peça, de uma forma sensualmente delicada. O olhar? Como sempre travados nos meus. E por eu usar um salto alto de tamanho médio, estávamos quase na mesma altura, porém ainda assim ele precisava direcionar seu olhar um pouco para baixo e eu para cima. Me possibilitando aquela feição submissa que eu lhe entregava todas as vezes de forma livre e decidida.
Não me importava o controle, não o tinha com e muito menos queria ter naquela situação.
O sobretudo caiu no chão e sua mão direita foi até minha nuca, com Caleb Followill gritando em nossos ouvidos “your sex is on fire”. Seus lábios tomaram os meus com toda a necessidade e o ritmo de sempre, sendo precisos e como um veneno, tomando toda a extensão do meu corpo. Em minha nuca, a mão era firme, já alcançando meu cabelo e prendendo os fios entre seus dedos.
não era do tipo de elogiar o sutiã ou a calcinha que eu vestia para ele, sendo sempre uma não repetida, mas eu conseguia sentir em seu olhar como ele se agraciava com as peças, principalmente quando eu usava branco, sua cor favorita. E quando nosso beijo cessou, pela falta de ar e a vontade dele de percorrer os lábios pelo meu pescoço e colo, vi o brilho em sua íris radiar.
Se afastou um pouco e, mesmo que eu estivesse protestando contra isso internamente, sentir suas mãos percorrerem meu corpo causou o conforto necessário para aquele tesão carregado.
Seu toque era meu maior vício carnal.
Devagar ele foi descendo as mãos até o cós de minha calcinha, deslizando a mão para dentro dela. Fechei meus olhos, apertando seu ombro sem nenhuma premissa.
– Isso aqui queima. – Me disse, fazendo abrir os olhos para encará-lo. – Me sinto Ícaro indo em direção ao sol.
– Mas nós somos diferentes…
– Sim, porque eu alcanço meu voo todas as vezes que vou em direção ao sol. A você.
Novamente nossos lábios se chocaram, minhas mãos foram parar em seu cabelo, bagunçando os fios macios. Sua mão era precisa, firme, ágil e dona de uma superioridade sem igual, enquanto me tocava e me estimulava – mal sabendo que este último, felizmente, não era sempre tão necessário. E contra seus lábios eu já despontava com os primeiros gemidos, sentindo a corrente elétrica por meu corpo aumentar e me deixar com mais calor. Além de mais ansiosa para sentir cada passo do que estávamos fazendo.
Não demorou para que dois de seus dedos estivessem dentro de mim, sua outra mão livre apertando minha nuca e puxando, em seguida, os fios dali, fazendo meu rosto inclinar para cima e meu pescoço ficar mais exposto para seus chupões e beijos depositados ali. Meus olhos queriam mirar os dele, mas eu não seria capaz naquele momento, mesmo que estivesse com a cabeça ereta. Encarar o teto iluminado por aquela luz em meia fase pareceu ser o mais coerente dentre as incoerências daquele momento.
conhecia muito bem o meu corpo e minhas fraquezas, sabia como deixar cada toque em mim e cada ritmo. Ele sabia muito mais sobre meus desejos do que eu mesma e a cada vez que compartilhávamos o prazer, eu descobria com ele o que já conhecia sobre mim em uma noção inconsciente. E era isso que me fazia gostar e querer ser dele por momentos como aquele.
Senti sua mordida, com a força controlada, em minha bochecha, voltando meu rosto para a mesma direção de antes, para o encarar. Segurando firme em meu cabelo, um pouco mais acima da nuca, me disse:
– Você não vai gozar sem que eu peça, ouviu? – O volume natural e a sonoridade grossa de sua voz, em sintonia com seus dedos que saíram de mim, me fizeram soltar um gemido.
Aquela era a saudade instantânea que eu odiava.
– Eu fui claro? – reforçou o aperto de sua mão e eu apenas assenti, sabendo estar com uma feição dolorida. Era como eu me sentia de fato, doendo de saudade. E o ver levar um dos dois dedos lambuzados de mim, para dentro de sua boca, chupando-os com aquele olhar de um tremendo fodedor cafajeste, me fez conter outro gemido mordendo os lábios. – Você é deliciosa, Cafrey. Prova.
O outro dedo que não havia ido para sua boca entrou na minha e eu fechei os olhos, saboreando meu próprio gosto, ouvindo-o soltar um leve e quase inaudível gemido. O efeito que eu sabia causar nele, que me agradava, por saber que da mesma forma como eu me entrava, também fazia.
Ele tomou meus lábios em seguida, agora o gosto de café com menta que tinha em sua boca, se misturava ao de sexo. Ao meu sexo. A qual estávamos apenas começando e que eu saberia aproveitar cada fração de segundo.
Seu corpo foi me guiando para trás enquanto mantivemos o ritmo acelerado e preciso daquele beijo cheio e transbordando nossa indecência. Fui empurrada para trás, caindo sentada no sofá e sem demora alguma, se ajoelhou entre minhas pernas, deixando-as bem abertas para se colocar ali. Minha calcinha foi arrancada, quase rasgada, e, enquanto seu polegar massageava circularmente meu clitóris, sua boca foi para minha região mais baixa.
Era como se a voz de Caleb em meu ouvido, misturada ao ritmo acelerado e selvagem da música, fosse a canção de entrada do céu. Enquanto ele dizia, na letra, que o meu sexo estava em chamas, eu entendia que aquilo era o paraíso. E de fato, para mim era. Por sorte éramos diferentes de Ícaro em diversos aspectos.
Não contamos e nem tínhamos o costume disso, todas as vezes que me fazia um oral ele o fazia sem escrúpulos ou qualquer preocupação. Era um empenho dado por ele que eu não tinha como, por que e muito menos o que reclamar. Sua boca era boa além de beijos de tirar o fôlego e de deixar minha pele marcada respeitosamente em regiões que somente ele teria acesso, porque sabia que depois de todo aquele tempo era para sua cama, seu beijo, seu toque e sua foda única que eu voltaria.
Eu estava para da mesma forma que ele estava para mim e essa troca era somente nossa. Éramos um tipo de Bonnie e Clyde, dentro do nosso contexto. Dois pecadores carnais entregues sem culpa àquilo.
Já podia sentir meu corpo fraquejar e ele também, pois se afastou, beijando a parte interna da minha perna, indo até a virilha e subindo os beijos. Brincar com meus seios, tirando-os do sutiã de renda e sem bojo – que deixava meus mamilos à mostra –, foi o golpe baixo para aquilo. Eu não sabia me concentrar quando ele chupava meu bico e brincava com seus dedos no outro.
Meu ponto extremamente fraco e sensível. Golpe baixo consequente à forma como ele me conhecia muito bem.
… – gemi outra vez, mas desta mais arrastado, puxando seu cabelo.
– Não goze. Se você fizer isso, a gente vai parar por aqui – ditou, erguendo seu rosto para me olhar.
Tomei seus lábios, segurando dos dois lados de seu rosto, movida pelo ritmo em meu ouvido e corpo. Sem escrúpulos ou delicadeza alguma o empurrei para trás com o pé, sabendo que provavelmente o salto fino teria deixado alguma marca em seu abdômen. Ele caiu sentado e apoiado nos braços atrás de seu corpo, suas pernas dobradas e abertas, com aquele sorrisinho de lábios fechados que só um filho da puta daria, e que me perturbava todas as noites.
Sai do sofá e me coloquei no meio de seu corpo, sendo ansiosa ao abrir sua calça e puxá-la para baixo, junto de sua cueca. Nunca me senti tão grata pela educação coreana em ficar descalço dentro de ambientes internos, como residências – e se considerar que passava mais tempo na sua Genius Lab do que em sua casa, ali ele também levava a regra a sério.
Uma regra que eu quebrei por ainda estar com o salto fino em cada pé. Oops!
Minha boca salivou com a visão que eu tinha de seu membro rijo. Liberar ele foi como liberar em mim o hormônio equivalente de mais de dez mulheres no período fértil. Sabia que estava o encarando com a luxúria que minutos antes ele me lançava. Bom, naquele momento era a minha vez. Se antes eu não queria o controle, agora eu salivava para tê-lo.
Fui pega de surpresa quando ele puxou minha mão direita e lambeu a palma, deixando-a bem úmida, lubrificada como se ele ainda precisasse. Isso foi mais pelo simbolismo sexual do momento do que pelo que de fato era necessário; estava muito bem lubrificado para receber minha boca e mesmo que não estivesse, eu estava.
O masturbei por pouco, não contendo meu impulso de levar os lábios para a ponta do membro, a sua glande desenhada perfeitamente. Suguei, lambi, beijei e o ouvi gemer meu nome, sentindo meu coração acelerar e algo me dizer que mais uma vez estávamos no caminho certo. Assim como gostava de gemer seu nome, eu amava ouvir o meu sair por seus lábios daquela forma tão afrodisíaca.
Coloquei-o inteiro em minha boca, começando a ir e voltar devagar, para depois aumentar gradativamente a velocidade em que o sugava. Percebi que seu corpo ficou ereto, uma de suas mãos segurou as minhas duas atrás de meu corpo, enquanto a outra segurava meus fios soltos. Eu sabia que aquilo era o movimento em que ele queria me dizer para não parar – nunca me forçava, como normalmente qualquer outro faria, forçando a mão e ditando o meu movimento; gostava de como eu, e somente eu, o chupava.
– Caralho, … Eu vou gozar na sua boca.
Continuei, sentindo que ele estava falando sério. Soltei uma das minhas mãos, levando para seu membro e o masturbando, em auxílio para minha boca. Aquele fogo em meu corpo clamava para que ele gozasse naquele momento, eu queria sentir seu gosto daquela forma. Era outra saudade que eu tinha.
oh fuck
Ignorei todo e qualquer aviso dele, principalmente quando xingou em inglês – o que me deixava extremamente louca pelo sotaque. Estava pulsando e eu não parava com minha mão, lambendo os lábios molhados de seu lubrificante natural, quando finalmente espirrou em mim. Abri a boca e coloquei a língua para fora, recebendo seu gozo quente ali.
Engoli, passei a língua em volta de seu membro para limpá-lo e levei minha mão até os lábios, limpando qualquer resquício. Tudo isso o encarando. Ele estava terminantemente entregue a mim, como sempre.
– Sua pervertida… – riu, me puxando para beijá-lo e eu avancei sobre seu corpo.
Passei uma perna para cada lado de seu corpo, ficando em seu colo e sentindo nossas regiões íntimas roçarem. Eu estava um pouco mais alta, mas nada que nos impedisse aquele beijo, agora mais caloroso e menos necessitado – em um ritmo natural. Seus braços me apoiaram e, se levantando com minhas pernas trançadas em seu tronco, me levou até a bancada de seus equipamentos, fazendo com que algo caísse.
Ele se afastou somente para pegar um pacote de camisinha, abrindo-a rapidamente com a boca, sob meu olhar atento. Quando retornou para o meio das minhas pernas, já com a proteção, prendeu novamente meu cabelo em seus dedos, puxando-os para trás. Me penetrou sem nenhum aviso prévio ou pedido, a permissão já estava concedida a muito tempo. Tirei sua jaqueta verde e a camiseta branca para cravar minhas unhas em suas costas e em meio à arranhões, gemidos altos de palavrões, nomes e palavras desconexas, beijos sincronizados e puxões de cabelo, ele fazia o que poderia unicamente saciar meu desejo carnal: me fodia como só ele poderia o fazer.
Minhas pernas tremiam, mas eu tentava me controlar para não desmanchar ali tão rápido. Quando fui tirada da bancada e levada para o sofá, me concentrei para aquele segundo ato. me virou de costas para si, empurrando meu corpo para se curvar para frente, apoiada no braço do sofá. E ali eu fiquei totalmente empinada para ele.
Caleb gritava em nossos ouvidos, em mais uma repetição da música. E quando ele disse, outra vez, que meu sexo estava em chamas, senti o tranco de meu corpo para frente, seguido da ardência do tapa estalado que deu em mim.
Pude ver o fone que estava em seu ouvido cair no chão pela visão lateral, em seguida sentindo suas mãos segurarem cada uma em uma nádega. Aquele aperto deixaria uma marca e eu não me importaria, desde que fosse dele. Junto do som dos tapas e de nossos gemidos, se aquela sala não tivesse uma acústica perfeita e aquela gravadora estivesse cheia, seria possível que outros ouvissem o barulho dos nossos quadris se chocando conforme ele me estocava sem nenhum pudor.
Minhas mãos apertavam firmes o estofado do sofá, quando ele sentiu que eu chegaria lá, talvez sentindo o mesmo, pois fez como sempre fazia: curvou o corpo, cobrindo minhas costas com o seu tronco suado e quente. Sua mão direita fez um tipo de rabo de cavalo em meu cabelo, puxando-o com força, enquanto a outra apertava minha cintura.
E colado assim, se fundindo ao meu corpo, eu senti que minha hora havia chegado e por entre meus lábios, que eu mordia sem parar, seu nome saiu em forma de um gemido alto e muito bem audível. A mão que estava em meu cabelo rodeou o meu rosto, segurando-o por entre seu indicador e o polegar, de forma que apertasse minha bochecha.
A sua estocada diminuiu de velocidade e intensidade, pude sentir que havia gozado em seguida, pois mesmo que estivesse usando a camisinha, aquela sensação quente dentro de mim confirmava se houvesse dúvida.
Eu estava parcialmente saciada por hora. Sua respiração descompassada em meu ouvido, ainda me segurando e prendendo daquela forma, amaciava as minhas ansiedades. E mais uma vez eu estive entregue a ele. O som da voz de saiu rouca e baixa, causando aquele acelerar no meu coração e ventre mais uma vez, ao dizer:
– Eu não preciso de outra trilha sonora com você gemendo o meu nome e pedindo por mais, Cafrey.





Fim, por ora...



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