Único
P.O.V :
O sol já começava a se esconder atrás dos prédios, e a luz suave da tarde entrava pela janela, tingindo a sala de estar do apartamento com tons dourados. Eu estava sentada no sofá, com o roteiro do meu mais novo projeto em mãos, estava tentando me concentrar nas falas que teria que decorar nas próximas semanas. A agenda dos próximos dias estava cheia, mas de longe, o evento dessa noite seria o mais importante, já que não é sempre que um casal está concorrendo a um prêmio BAFTA.
e eu estamos concorrendo em categorias diferentes, porém ambas com seus pesos significativos para nossas carreiras.
Eu estou concorrendo como melhor atriz e ele como melhor filme, mas cada vez que me lembro do bendito filme, minha raiva cresce ainda mais.
Coloquei o roteiro de lado, sentindo o peso de todo os sentimentos, brigas e discussões que nosso trabalho estava gerando em nosso casamento.
Estava feliz, desde que recebemos as indicações, mas o filme que trouxe a essa posição de destaque – e que poderia lhe render o prêmio – foi o grande motivo que gerou a maior distância entre nós nos últimos sete meses.
se dedicava de corpo e alma ao projeto, eu sentia que ele se afastava mais e mais de mim, como se o sucesso dele tivesse um preço alto demais para o nosso relacionamento, mas, no fundo, eu entendia, já que eu também estava precisando deixar algumas coisas em segundo plano por conta do trabalho, mas o que realmente me incomoda é o papel… O papel dele era diferente. Ele interpretava um homem irresistível, o tipo de personagem que o público ama odiar – charmoso, sedutor, com uma carga de sensualidade que eu sabia que não era só atuação. As cenas que vi durante as filmagens me deixaram desconfortável, mas eu me vi obrigada a engoli o ciúme, dizendo a mim mesma que era só um filme, apenas ficção.
Mas não era tão simples assim.
As entrevistas, os comentários sobre como ele estava "incrível" e "perfeito para o papel" começaram a corroer minha confiança. Cada elogio ao seu desempenho era uma agulhada no meu orgulho, e eu não conseguia afastar a sensação de que ele estava se afastando de mim, envolvido demais naquela fantasia que criara na tela.
Eu odiava o filme. Odiava como ele trouxe à tona sentimentos que eu não queria ter. E, principalmente, odiava o fato de que, apesar de todo o nosso tempo juntos, um papel pudesse criar uma barreira tão grande entre nós.
Olhei no grande relógio da sala e vi que já estava ficando muito tarde e que precisaria correr para me arrumar, se eu quisesse chegar no horário. Corri para o quarto e ao entrar, encontrei o vestido vermelho pendurado na porta do closet, pronto para a noite. O vestido que eu havia escolhido a dedo, com um tecido macio que deslizava entre meus dedos, e que deveria ser um símbolo de poder agora parecia um uniforme, algo que eu deveria vestir para representar uma imagem que já não correspondia à minha realidade naquele momento.
Estava separando as joias que usaria quando escutei o barulho do chuveiro sendo fechado e logo depois o cheiro de tomando conta de todo quarto.
- Você ainda não começou a se arrumar?- Ele perguntou me olhando pelo espelho.
- Ainda não, mas não vou demorar.- Disse em poucas palavras, a fim de evitar brigas.
- Espero, pois temos menos de 40 minutos.
- Eu sei olhar as horas, .- Disse antes de me dirigir ao banheiro e fechar a porta com força logo em seguida.
Suspirei ao sentir as primeiras gotas de água caírem sobre meu corpo.
A noite passada tinha sido complicada, tínhamos tido uma discussão acalorada, sempre pelo mesmo motivo: Ciúmes.
Terminei o banho e partir para terminar a minha preparação. Fiz uma maquiagem elaborada, conforme o evento pedia. Soltei os cabelos que estavam presos em alguns bobes grandes, e por último, os finalizei em um penteado simples, porém, elegante.
Sai do banheiro quase pronta e encontrei sem camisa e terminado de pentear seus cabelos.
Enquanto vestia minhas roupas íntimas, pude sentir o olhar de meu marido. Ele me encarava pelo espelho, de uma forma diferente, com um desejo que eu não via há tempos, mas naquele momento eu não estava a fim de retribuir.
- Você trocou a camisa?- Perguntei quebrando o silêncio.
- Sim, a branca estava com uma pequena mancha.
- Hun, entendi.- Disse terminado de vestir o vestido.- Me ajuda aqui, por favor.- Caminhei até ele com o vestido aberto, para que ele pudesse fechar.
se aproximou mais de mim, seus dedos tocaram minha pele exposta, quente ao toque enquanto segurava delicadamente o zíper. Com um movimento suave, ele começou a fechá-lo, deslizando o metal pelo tecido justo que contornava as curvas de meu corpo.
- Você está linda!- Ele disse ao terminar de fechar meu vestido
- Obrigada!- Respondi com poucas palavras e me virei para ajustar a sua gravata.
Em questão de minutos eu estávamos devidamente arrumados para aquele evento importantíssimo em nossas carreiras.
{…}
Ao chegarmos ao evento, o salão estava imerso em luxo e sofisticação. Lustres de cristal pendiam do teto alto, lançando uma luz quente sobre mesas cobertas com toalhas de seda branca e arranjos florais exuberantes. O tapete vermelho estava cheio de flashes de câmeras e sussurros curiosos.
e eu caminhávamos sob os holofotes, rodeados por olhares e flashes. Ele se movia com a confiança de sempre, enquanto eu lutava para manter um sorriso convincente. O salão vibrava com a expectativa do evento, com convidados conversando animadamente e uma orquestra ao vivo tocando uma música elegante.
Enquanto seguimos para nossa mesa, o glamour ao nosso redor parecia em contraste com a crescente sensação de desconexão entre nós. O ambiente era deslumbrante, mas o desconforto entre nós estava se tornando cada vez mais evidente, ainda mais por estarmos dividindo a mesa com nossos respectivos colegas de trabalho.
A cerimônia seguiu com o brilho e o glamour que se esperavam. As categorias foram anunciadas uma a uma, com discursos emocionantes e aplausos calorosos. O momento mais esperado chegou quando tanto quanto eu fomos chamados ao palco para receber nossos prêmios.
Quando meu nome foi anunciado como a vencedora de Melhor Atriz, uma onda de alívio e orgulho me invadiu. também recebeu seu prêmio de Melhor Filme, e vimos nossos nomes gravados em grandes letras douradas na tela atrás do palco. As câmeras capturaram cada sorriso e cada aperto de mão, e eu me permiti aproveitar a vitória, mesmo que por um momento, tentando esquecer o desconforto que havia nos envolvido.
À medida que a cerimônia chegava ao fim, a tensão da noite parecia se esvair, substituído por uma leve sensação de alívio e um desejo crescente de escapar da formalidade. O convite para o after-party, na casa de Alex Cole, um colega de trabalho, ofereceu uma oportunidade para relaxar e, talvez, se afastar um pouco da tensão que pairava sobre nós.
Depois que os aplausos da cerimônia se acalmaram e os últimos convidados começaram a se dispersar, eu me virei para , que estava sendo cercado por um grupo de colegas de profissão. Eles o parabenizavam e elogiavam seu trabalho, enquanto eu me sentia cada vez mais invisível.
Respirei fundo e me aproximei, tocando gentilmente seu braço para chamar sua atenção.
- , podemos ir para a casa do Alex agora?- Perguntei, tentando manter a voz calma e controlada, embora eu sentisse um leve tremor de ansiedade.
Ele me olhou, um pouco surpreso, como se tivesse se esquecido da nossa programação para a noite.
- Ah, claro. Só preciso me despedir de alguns amigos aqui.- ele respondeu, esboçando um sorriso que parecia mais forçado do que usual.
- Não vamos demorar, certo?- Acrescentei, tentando não mostrar o quanto a situação estava me incomodando.- Eu realmente gostaria de sair daqui.
assentiu, aparentemente compreendendo meu tom.
- Claro, me dê só um minuto.
Enquanto ele continuava a trocar cumprimentos e apertos de mão, eu me afastei um pouco, observando o ambiente ao nosso redor. A sensação de desconexão parecia aumentar com cada segundo que passava. Eu só queria que a noite tomasse um rumo diferente, que essa formalidade toda desaparecesse e nos deixasse em paz por um momento.
Finalmente, terminou suas despedidas e se aproximou de mim.
- Pronto para irmos?- ele perguntou, sua voz um pouco mais suave agora.
- Sim!- respondi, segurando seu braço enquanto começávamos a nos dirigir para a saída.
Enquanto caminhávamos para o carro, a sensação de alívio era palpável. O after na casa de Alex era um pequeno refúgio, uma chance para relaxar e talvez, apenas talvez, encontrar um momento de conexão real em meio ao frenesi da noite.
{…}
P.O.V :
A casa de Alex estava lotada, com pessoas espalhadas por todos os cantos, rindo e conversando animadamente. A música alta e as luzes baixas criavam um ambiente descontraído, uma mudança bem-vinda após a formalidade do evento. Eu deveria estar relaxado, aproveitando a celebração da nossa vitória, mas algo me mantinha à margem, deslocado das pessoas ali presentes.
, por outro lado, parecia ter se soltado completamente. Ela estava com alguns amigos próximos, pessoas que ela conhecia há anos, e sua risada ecoava acima do burburinho da festa. A forma como ela jogava a cabeça para trás, sorrindo despreocupadamente, fazia com que eu me lembrasse da mulher pela qual me apaixonei. Confiante, carismática, o centro das atenções em qualquer lugar que fosse.
Eu a observava de longe, estava sentado em um canto sozinho enquanto ela conversava com um grupo de amigos. Ela estava linda. O vestido vermelho realçava ainda mais sua pele branca, os cabelos pretos soltos, com uma pequena parte presa para trás e com leve ondas, a maquiagem marcante nos olhos e suave na boca a deixavam ainda mais linda.
estava em seu ambiente, aqueles eram amigos dela, pessoas com quem ela tinha uma história, um contato que eu nunca havia realmente desenvolvido. Claro, eu conhecia algumas das pessoas na festa, mas minha relação com elas era superficial, distante. Enquanto ela parecia pertencer àquele lugar, eu me sentia como um estranho.
Quando chegamos, eu até tentei me envolver. Fui apresentado a algumas pessoas, troquei algumas palavras, mas logo percebi que as conversas fluíam melhor sem mim. Então, me afastei um pouco, pegando uma bebida e me encostando em uma parede, observando de longe. Ela parecia tão à vontade, tão em casa, que por um momento eu senti orgulho de como ela era capaz de dominar qualquer ambiente. Mas à medida que a noite avançava, a sensação de isolamento começou a crescer.
A festa seguia em um ritmo animado, com as risadas e a música preenchendo o espaço. De onde eu estava, podia ver minha esposa conversando com um grupo enquanto todos ali bebiam doses de tequila, o riso de soando claro acima do burburinho. Ela jogava a cabeça para trás, uma mão pousada casualmente no braço de um amigo enquanto ria de algo que ele disse. Era o tipo de gesto que parecia natural para ela, mas, ao mesmo tempo, me fez perceber o quão pouco eu fazia parte daquela dinâmica.
Estava na minha segunda dose de whisky, quando vi Henry se aproximar da roda de amigos de . Henry era o ator que tinha contracenado com ela em seu último filme, os dois fizeram um par romântico muito bem aclamado pela crítica que dizia como os dois tinham uma “Química fora do comum”.
Continuei observando tudo quieto e calado, mas uma sensação ruim tomou conta de mim, assim que eu o vi a pegando pelo braço enquanto seguíam sozinhos para a parte de fora da casa. Engoli de uma vez o restante do líquido em meu capo e fiz sinal para que o garçom me servisse de outra dose. No meio do caminho, ela olhou na minha direção, como se tivesse sentido meu olhar. Nossos olhos se encontraram, e por um segundo, eu vi uma hesitação no rosto dela. Mas logo ela sorriu, um sorriso que deveria me tranquilizar, mas que só parecia intensificar o desconforto.
Fiquei encarando o nada por mais alguns instantes, aquele sentimento que eu reconhecia como ciúmes estava me incomodando. Me aproximei de alguns conhecidos, tentei manter uma conversa, mas me via encarando a porta que dava ao jardim, onde minha esposa estava com seu colega de trabalho.
Terminei aquela terceira dose e decidi que era hora de acabar com aquilo, precisávamos ir embora.
Caminhei com passos rápido até o jardim e a encontrei rindo de algo que Henry dizia. Ela estava ali, com uma mão tocando o braço dele, com seu belo sorriso amostra enquanto ele a encarava, também sorrindo.
- Henry.- O cumprimentei.
- Olá . Meus parabéns pelo prêmio.
- Obrigado.- Agradeci em poucas palavras.
- Estava aqui dizendo a , o seu filme foi realmente um sucesso, tanto de bilheteria, quanto de crítica.
- Sim, foi sim!- Suspirei leve.- Bom, desculpas incomodar, mas eu preciso fala com você, .
- Sim, claro.- Ela me respondeu.- Henry, foi um prazer conversar com você.
- Digo o mesmo.- Ele disse se aproximando dela para a abraçá-la.
- Tchau. Até a próxima.
- Tchau. Tchau, .- Ele aperto minha mão assim que se soltou do abraço.
- Tchau, Henry. Boa noite.
Depois da despedida, me olhou como se esperasse o que eu tinha a dizer.
- Acho que está na hora de irmos. Estou cansado, a semana foi longa. Ela parecia surpresa, talvez não esperando que eu quisesse sair tão cedo, mas assentiu.
- Claro, só vou me despedir do pessoal.
A despedida foi rápida, mas no caminho de volta para casa, o silêncio entre nós era pesado, carregado de tensão. Eu dirigia com as mãos apertando o volante, tentando controlar a frustração que borbulhava por dentro.
{…}
Assim que entramos em casa, suspirou, jogando a bolsa no sofá.
- O que foi? Por que essa pressa em ir embora?
Eu me virei para ela, o controle que eu tinha mantido na festa finalmente escapando.
- Você saiu com Henry e me deixou lá sozinho, . Como você acha que isso me fez sentir?- Disse enquanto fechava a porta atrás de mim.
Ela franziu a testa, cruzando os braços.
- , a gente só foi pegar um pouco de ar. Você está exagerando.
- Exagerando?- Minha voz subiu um pouco mais do que eu pretendia. - Você passou a noite toda colada com seus amigos, rindo das piadas deles, como se eu nem estivesse lá!
suspirou, esfregando a testa como se estivesse tentando manter a calma.
- Henry e os outros são meus amigos há anos, você sabe disso. Henry trabalhou comigo nos últimos oito meses e isso fez com que nos aproximássemos mais, isso não quer dizer que há nada entre nós.
- Mas é como se eu não fizesse parte desse mundo,- eu disse, tentando controlar a raiva.- Você tem essa conexão com ele, com todos esses amigos, e eu estou sempre do lado de fora, como um estranho.
- , você faz parte da minha vida, mas não posso ser responsável por como você se sente o tempo todo. Eu te chamei para se juntar a nós, mas você preferiu ficar à parte.
- Talvez porque eu não quisesse ficar assistindo minha esposa tão à vontade com outro homem!- A frustração transbordou, e eu sabia que estava cruzando uma linha, mas já era tarde demais para voltar atrás.
Ela olhou no fundo dos meus olhos e eu pude perceber as chamas em seu olhar quanto ela se aproximava cada vez mais.
- E como você acha que eu me sinto quanto se trata do seu trabalho?- ela já estava tão perto agora que eu podia sentir o calor de seu corpo, e o que deveria ser uma briga estava se transformando em algo mais perigoso.
- O que você quer dizer com isso? Trazer esse assunto à tona de novo não vai mudar nada!
, que já estava tão perto deslizou os dedos pelo meu peito, o toque dela enviava uma corrente elétrica pela minha pele.
- Aquele maldito filme que você fez, ... Eu odiei. Odiei ver o meu marido, o meu homem naquele papel, com todas aquelas cenas... Nós já brigamos sobre isso antes, e você sabe o quão mal eu me sinto.
Eu inspirei profundamente, lutando contra o desejo de puxá-la para mais perto e acabar com aquela discussão, ali mesmo.
- , nós já discutimos isso. Eu pensei que havíamos superado.
- Superado?- Ela passou a mão pelo meu rosto, o toque dela suave, mas os olhos dela brilhavam de raiva e... algo mais.- Como você acha que eu superaria isso, ? Toda vez que penso naquelas cenas, toda vez que vejo como você está confortável com outras mulheres, isso me deixa perturbada.
- ...- Eu murmurei, inclinando-me involuntariamente para o toque dela.- Eu não sabia que você ainda se sentia assim.
Ela mordeu o lábio, os olhos dela cravados nos meus, e o silêncio entre nós era carregado de algo muito mais intenso do que apenas raiva, era desejo, desejo que estávamos nos privando há tempos.
- Eu queria que você sentisse ao menos um terço do que eu senti, queria que você pudesse ver como eu também posso ser desejada. Queria que você sentisse ciúmes.
- Você conseguiu.- Disse a agarrando pela cintura enquanto dava início a um beijo cheio de saudade e desejo.
Os lábios de se moveram contra os meus com uma urgência que fez meu coração disparar. O gosto dela, misturado com a frustração e a raiva que ainda pairavam no ar, me fez puxá-la ainda mais para perto, como se eu quisesse apagar cada centímetro da distância que havia se criado entre nós nas últimas semanas.
Ela respondeu com a mesma intensidade, as mãos dela deslizando pela minha nuca, puxando meu cabelo com um pouco mais de força do que o necessário.
Por um momento ela puxou um pouco mais meus cabelos, fazendo com que eu jogasse minha cabeça para trás, assim dando beijos e chupões em meu pescoço, enquanto tirava desesperadamente o meu blazer.
Eu a empurrei contra a parede da sala, as mãos firmes na cintura dela, sentindo o calor de seu corpo através do tecido fino do vestido. O som ofegante que escapou dos lábios dela quando nossas peles se encontraram me fez perder o controle.
- ,- ela sussurrou contra meus lábios depois que voltamos a nos beijar. Os dedos dela apertando meus ombros, tentando me puxar ainda mais perto, como se precisasse sentir cada centímetro do meu corpo contra o dela.
Entre beijos, eu me afasto, precisava ver a cara dela, ver o tesão estampado em seu rosto.
A vi mordendo o lábio e isso me arrancou um sorriso satisfeito, mas a nossa distancia não durou muito, pois me puxou pela gravata e voltou a me beijar, só que dessa vez arrancando minha camisa junto com a gravata.
Já despido de minha camisa, a virei de costas e voltei meus beijos contra seu pescoço, enquanto revesava entre mordidas e chupões.
Uma de minhas mãos segurava seus cabelos, a fim de deixar mais espaço para que eu pudesse sentir todo seu perfume, e a outra deslizava por suas costas, parando no zipper de seu vestido
A pele de estava arrepiada, mostrando que ela também estava sentindo a corrente elétrica que envolve nossos corpos.
- Você tem noção do quanto eu te desejei ao te ver nesse vestido?!- Perguntei em um sussurro com a voz rouca em seu ouvido. Ela não respondeu, então, mordi o glóbulo de sua orelha, então ela arfou.
Sem sobra de dúvidas, minha mulher estava deslumbrante naquele vestido, mas naquele momento, eu só queria vê-la nua, só para mim.
Com ainda de costas, passei minha mão direita pela parte da frente de seu pescoço o apertando um pouco, enquanto minha mão esquerda abria o seu zipper.
O tecido vermelho caia do seu corpo suavemente, como uma pluma, e em questão segundos, sua lingerie estava a mostra.
Só aqueles pequenos pedaços de renda vermelha me deixa em transe.
Admirei aquela bunda perfeita por mais alguns instantes e então lhe dei um tapa estralado, deixando a marca dos meus cinco dedos e a arrancando um gemido.
A virei de frente novamente e ela mais do que de pressa voltou a me beijar, com suas unhas arranhando minhas costas, enquanto eu a levantava pela cintura.
Segui para o quarto com em meu colo, com suas coxas enganchadas em meu quadril e sem parar de beijá-la por um só momento.
A deitei na cama com um pouco de brutalidade em meu ato, mas isso não a incomodou, só a fez soltar um sorriso malicioso enquanto me encarava e tirava alguns fios de cabelo que caíram sobre seu rosto. Eu estava ali, em pé, a admirando enquanto ela vinha engatinhando ao meu encontro.
se ajoelhou, ficando apenas em dois apoios enquanto suas mãos abriam meu cinto, botão e zipper. Ela estava com pressa para se livras das minhas roupas por inteiro.
- Agora não.- Disse a colocando deitada e percebendo a confusão em seu rosto. Eu a puxei pela cintura, assim trazendo suas pernas para fora da cama, a deixando a deitada apenas da bunda para cima.
Ainda em pé voltei a beijá-la, mas não com muto enfoque em seus lábios, pois em segundos já estava descendo os beijos pelo restante de seu corpo. Primeiro beijei toda extensão de seu busto, mas sem se quer ao menos tirar seu sutiã. Coloquei minhas mãos, uma em cada seio e os apartei, arrancando um gemido. Continuei com os beijos por todo o corpo, parando na barra de sua calcinha.
Senti os dedos de puxando meus cabelos contra seu corpo e isso me arrancou um leve sorriso sem que ela percebesse.
Ainda apertava seus seios, quando depositei um pequeno selinho por cima de sua calcinha.
Soltei seus seios e deslizei minhas mãos sobre toda a extensão de seu corpo, parando no cós de sua calcinha. levantou seu quadril para me ajudar a tirar aquela peça que separava a pele rosada da sua boceta de meus lábios.
Sem aquele pedaço de renda, pude ver o quanto minha esposa estava molhada por mim, então, mais do que de pressa, abri suas pernas, dando beijos na parte inferior de ambas as coxas, antes que pudesse cair de boca em sua boceta melada com seu mel.
gemia e arfava a cada movimento circular que minha língua fazia em seu clítoris, a cada movimento que deus dois dedos faziam dentro dala. Suas mãos puxavam meu celo com força, força essa que aumentava a cada instante, mostrando que ela estava chegando lá.
Parei de chupá-la e a encorei. Sua respiração estava ofegante, seus olhos suplicando por mais e esse desejo parecia aumentar quando me via chupando os dedos que a segundos atrás estavam dentro dela.
- - Ela me chamou em gemido urgente e mordeu o lábio inferior em seguida.
Aquele olhar foi o combustível que faltava para que eu inflamasse por inteiro.
Meu pau estava latejando dentro da calça, queria foder sua garganta e sua boceta, ali e agora, mas antes eu queria a provocá-la, deixá-la ainda mais molhada.
- Fica de quatro e coloca as mãos para trás.- Ordenei enquanto pega a gravata que havia usado mais cedo.
- O que você vai fazer?
- Você vai ver, mas agora só faz o que eu estou mandando.
Sem mais questionamentos, ela se virou, ficou com aquela bunda marcada e empinada para mim.
Aquela visão fazia meu pau se endurecer ainda mias, fazendo com que eu sentisse até mesmo uma leve dor.
Amarrei as mãos de para trás e em seguida beijo suas costas, descendo até seu bumbum, então abro os dois grandes morrinhos e enfio minha cara ali, beijando e lambendo sua bunda, quanto massageio seu clítoris.
Ela agora gemia alto, tinha leves espasmos e em questão de minutos a senti esguichar.
- Seu filho da puta!- Ela disse se jogando de lado, com o corpo fraco e eu apenas sorri.
Soltei seus braços e ela mais do que de pressa avançou contra meu corpo. Seu beijo era intenso, ela queria sentir o seu próprio gosto por inteiro e eu deixei.
arrancou minhas calças junto com a cueca, quando dei por mim, meu pau estava pulando para fora, completamente duro. A cabeça dele estava latejando, brilhando com uma gota de pré gozo.
fica de quatro na cama enquanto me encara, ela massageia todo meu pau com uma das mãos, enquanto a outra massageia e da leve apertos em minhas bolas. Solto um gemido e isso a arranca um sorriso malicioso.
Em seguida ela me coloca todo em sua boca, e eu a seguro pelo cabelo, ditando movimentos de vai e vem.
Os sons de engasgo que saim de sua garganta, junto os movimentos de sucção me deixavam maluco, prestes a me desfazer dentro de sua boca.
Ela parecia sentir que eu estava chegando lá, então parou e começou a bater com ele em sua cara, quanto sorria maliciosa. Eu sabia o que ela queria naquele momento.
- Você não vai gozar assim… Você vai me comer!
- Claro que vou. Esperei a noite toda por isso.
A joguei de novo na cama ficando por cima dela enquanto a beijava. Meu pau passava por toda sua boceta, dando leves pinceladas em seu clítoris.
parecia implorar com o olhar, mas eu continuaria, queria ver ela implorar com palavras, então continuei.
- … Eu… Eu preciso te sentir...- Ela disse com a voz vacilante
- Então pede.- Disse perto de sua boca, antes de morder seu lábio inferior.
- Porra - ela disse baixinho, mas o suficiente para que eu escutasse.- me come, pelo amor de Deus, me come.- ela suplicou com palavras e com o olhar.
Eu a virei com uma só mão. Minha esposa ficou de quatro e eu a penetrei de uma só vez.
Eu fodia sua boceta com pau, fazendo movimentos de vai e vem, com estocadas esporádicas enquanto um de meus dedos estava em sua bunda.
Estava prestes a gozar, quando senti minha mulher esguichar pela segunda vez na noite, isso foi o suficiente para que eu me desmanchasse e gozasse tudo dentro dela.
Meu corpo se desfez em espasmos enquanto ainda estava com meu pau dentro dela, sentia toda minha porra escorrer por ela antes que saísse de lá. Afastei seus cabelos e beijei suas costas enquanto tirava meu pau de dentro de sua boceta e me deitava ao seu lado na cama.
{…}
-isso..isso- Ela começou mas eu a interrompi com um beijo mais suave dessa vez, mas ainda carregado com a intensidade do que acabávamos de passar.
- Isso foi nós -disse com a voz rouca enquanto a segurava mais perto.- E nós não vamos nos perde de novo.
Ela assentiu, sem palavras, mas o modo como ela se aconchegou contra mim disse tudo. E naquele momento, percebi que, apesar de tudo, ainda tínhamos uma chance de fazer isso dar certo.
{…}
Estávamos ali por um bom tempo, estava deitada em meu peito fazendo desenhos imaginários sobre minha pele, enquanto eu a olhava, sem que ela percebesse.
Aos poucos o cansaço da noite começava a tomar conta de ambos, vi quando fechou os olhos e adormeceu.
Dei um beijo em sua cabeça e me permitir cair no sono ao lado de quem eu amo.
O sol já começava a se esconder atrás dos prédios, e a luz suave da tarde entrava pela janela, tingindo a sala de estar do apartamento com tons dourados. Eu estava sentada no sofá, com o roteiro do meu mais novo projeto em mãos, estava tentando me concentrar nas falas que teria que decorar nas próximas semanas. A agenda dos próximos dias estava cheia, mas de longe, o evento dessa noite seria o mais importante, já que não é sempre que um casal está concorrendo a um prêmio BAFTA.
e eu estamos concorrendo em categorias diferentes, porém ambas com seus pesos significativos para nossas carreiras.
Eu estou concorrendo como melhor atriz e ele como melhor filme, mas cada vez que me lembro do bendito filme, minha raiva cresce ainda mais.
Coloquei o roteiro de lado, sentindo o peso de todo os sentimentos, brigas e discussões que nosso trabalho estava gerando em nosso casamento.
Estava feliz, desde que recebemos as indicações, mas o filme que trouxe a essa posição de destaque – e que poderia lhe render o prêmio – foi o grande motivo que gerou a maior distância entre nós nos últimos sete meses.
se dedicava de corpo e alma ao projeto, eu sentia que ele se afastava mais e mais de mim, como se o sucesso dele tivesse um preço alto demais para o nosso relacionamento, mas, no fundo, eu entendia, já que eu também estava precisando deixar algumas coisas em segundo plano por conta do trabalho, mas o que realmente me incomoda é o papel… O papel dele era diferente. Ele interpretava um homem irresistível, o tipo de personagem que o público ama odiar – charmoso, sedutor, com uma carga de sensualidade que eu sabia que não era só atuação. As cenas que vi durante as filmagens me deixaram desconfortável, mas eu me vi obrigada a engoli o ciúme, dizendo a mim mesma que era só um filme, apenas ficção.
Mas não era tão simples assim.
As entrevistas, os comentários sobre como ele estava "incrível" e "perfeito para o papel" começaram a corroer minha confiança. Cada elogio ao seu desempenho era uma agulhada no meu orgulho, e eu não conseguia afastar a sensação de que ele estava se afastando de mim, envolvido demais naquela fantasia que criara na tela.
Eu odiava o filme. Odiava como ele trouxe à tona sentimentos que eu não queria ter. E, principalmente, odiava o fato de que, apesar de todo o nosso tempo juntos, um papel pudesse criar uma barreira tão grande entre nós.
Olhei no grande relógio da sala e vi que já estava ficando muito tarde e que precisaria correr para me arrumar, se eu quisesse chegar no horário. Corri para o quarto e ao entrar, encontrei o vestido vermelho pendurado na porta do closet, pronto para a noite. O vestido que eu havia escolhido a dedo, com um tecido macio que deslizava entre meus dedos, e que deveria ser um símbolo de poder agora parecia um uniforme, algo que eu deveria vestir para representar uma imagem que já não correspondia à minha realidade naquele momento.
Estava separando as joias que usaria quando escutei o barulho do chuveiro sendo fechado e logo depois o cheiro de tomando conta de todo quarto.
- Você ainda não começou a se arrumar?- Ele perguntou me olhando pelo espelho.
- Ainda não, mas não vou demorar.- Disse em poucas palavras, a fim de evitar brigas.
- Espero, pois temos menos de 40 minutos.
- Eu sei olhar as horas, .- Disse antes de me dirigir ao banheiro e fechar a porta com força logo em seguida.
Suspirei ao sentir as primeiras gotas de água caírem sobre meu corpo.
A noite passada tinha sido complicada, tínhamos tido uma discussão acalorada, sempre pelo mesmo motivo: Ciúmes.
Terminei o banho e partir para terminar a minha preparação. Fiz uma maquiagem elaborada, conforme o evento pedia. Soltei os cabelos que estavam presos em alguns bobes grandes, e por último, os finalizei em um penteado simples, porém, elegante.
Sai do banheiro quase pronta e encontrei sem camisa e terminado de pentear seus cabelos.
Enquanto vestia minhas roupas íntimas, pude sentir o olhar de meu marido. Ele me encarava pelo espelho, de uma forma diferente, com um desejo que eu não via há tempos, mas naquele momento eu não estava a fim de retribuir.
- Você trocou a camisa?- Perguntei quebrando o silêncio.
- Sim, a branca estava com uma pequena mancha.
- Hun, entendi.- Disse terminado de vestir o vestido.- Me ajuda aqui, por favor.- Caminhei até ele com o vestido aberto, para que ele pudesse fechar.
se aproximou mais de mim, seus dedos tocaram minha pele exposta, quente ao toque enquanto segurava delicadamente o zíper. Com um movimento suave, ele começou a fechá-lo, deslizando o metal pelo tecido justo que contornava as curvas de meu corpo.
- Você está linda!- Ele disse ao terminar de fechar meu vestido
- Obrigada!- Respondi com poucas palavras e me virei para ajustar a sua gravata.
Em questão de minutos eu estávamos devidamente arrumados para aquele evento importantíssimo em nossas carreiras.
{…}
Ao chegarmos ao evento, o salão estava imerso em luxo e sofisticação. Lustres de cristal pendiam do teto alto, lançando uma luz quente sobre mesas cobertas com toalhas de seda branca e arranjos florais exuberantes. O tapete vermelho estava cheio de flashes de câmeras e sussurros curiosos.
e eu caminhávamos sob os holofotes, rodeados por olhares e flashes. Ele se movia com a confiança de sempre, enquanto eu lutava para manter um sorriso convincente. O salão vibrava com a expectativa do evento, com convidados conversando animadamente e uma orquestra ao vivo tocando uma música elegante.
Enquanto seguimos para nossa mesa, o glamour ao nosso redor parecia em contraste com a crescente sensação de desconexão entre nós. O ambiente era deslumbrante, mas o desconforto entre nós estava se tornando cada vez mais evidente, ainda mais por estarmos dividindo a mesa com nossos respectivos colegas de trabalho.
A cerimônia seguiu com o brilho e o glamour que se esperavam. As categorias foram anunciadas uma a uma, com discursos emocionantes e aplausos calorosos. O momento mais esperado chegou quando tanto quanto eu fomos chamados ao palco para receber nossos prêmios.
Quando meu nome foi anunciado como a vencedora de Melhor Atriz, uma onda de alívio e orgulho me invadiu. também recebeu seu prêmio de Melhor Filme, e vimos nossos nomes gravados em grandes letras douradas na tela atrás do palco. As câmeras capturaram cada sorriso e cada aperto de mão, e eu me permiti aproveitar a vitória, mesmo que por um momento, tentando esquecer o desconforto que havia nos envolvido.
À medida que a cerimônia chegava ao fim, a tensão da noite parecia se esvair, substituído por uma leve sensação de alívio e um desejo crescente de escapar da formalidade. O convite para o after-party, na casa de Alex Cole, um colega de trabalho, ofereceu uma oportunidade para relaxar e, talvez, se afastar um pouco da tensão que pairava sobre nós.
Depois que os aplausos da cerimônia se acalmaram e os últimos convidados começaram a se dispersar, eu me virei para , que estava sendo cercado por um grupo de colegas de profissão. Eles o parabenizavam e elogiavam seu trabalho, enquanto eu me sentia cada vez mais invisível.
Respirei fundo e me aproximei, tocando gentilmente seu braço para chamar sua atenção.
- , podemos ir para a casa do Alex agora?- Perguntei, tentando manter a voz calma e controlada, embora eu sentisse um leve tremor de ansiedade.
Ele me olhou, um pouco surpreso, como se tivesse se esquecido da nossa programação para a noite.
- Ah, claro. Só preciso me despedir de alguns amigos aqui.- ele respondeu, esboçando um sorriso que parecia mais forçado do que usual.
- Não vamos demorar, certo?- Acrescentei, tentando não mostrar o quanto a situação estava me incomodando.- Eu realmente gostaria de sair daqui.
assentiu, aparentemente compreendendo meu tom.
- Claro, me dê só um minuto.
Enquanto ele continuava a trocar cumprimentos e apertos de mão, eu me afastei um pouco, observando o ambiente ao nosso redor. A sensação de desconexão parecia aumentar com cada segundo que passava. Eu só queria que a noite tomasse um rumo diferente, que essa formalidade toda desaparecesse e nos deixasse em paz por um momento.
Finalmente, terminou suas despedidas e se aproximou de mim.
- Pronto para irmos?- ele perguntou, sua voz um pouco mais suave agora.
- Sim!- respondi, segurando seu braço enquanto começávamos a nos dirigir para a saída.
Enquanto caminhávamos para o carro, a sensação de alívio era palpável. O after na casa de Alex era um pequeno refúgio, uma chance para relaxar e talvez, apenas talvez, encontrar um momento de conexão real em meio ao frenesi da noite.
{…}
P.O.V :
A casa de Alex estava lotada, com pessoas espalhadas por todos os cantos, rindo e conversando animadamente. A música alta e as luzes baixas criavam um ambiente descontraído, uma mudança bem-vinda após a formalidade do evento. Eu deveria estar relaxado, aproveitando a celebração da nossa vitória, mas algo me mantinha à margem, deslocado das pessoas ali presentes.
, por outro lado, parecia ter se soltado completamente. Ela estava com alguns amigos próximos, pessoas que ela conhecia há anos, e sua risada ecoava acima do burburinho da festa. A forma como ela jogava a cabeça para trás, sorrindo despreocupadamente, fazia com que eu me lembrasse da mulher pela qual me apaixonei. Confiante, carismática, o centro das atenções em qualquer lugar que fosse.
Eu a observava de longe, estava sentado em um canto sozinho enquanto ela conversava com um grupo de amigos. Ela estava linda. O vestido vermelho realçava ainda mais sua pele branca, os cabelos pretos soltos, com uma pequena parte presa para trás e com leve ondas, a maquiagem marcante nos olhos e suave na boca a deixavam ainda mais linda.
estava em seu ambiente, aqueles eram amigos dela, pessoas com quem ela tinha uma história, um contato que eu nunca havia realmente desenvolvido. Claro, eu conhecia algumas das pessoas na festa, mas minha relação com elas era superficial, distante. Enquanto ela parecia pertencer àquele lugar, eu me sentia como um estranho.
Quando chegamos, eu até tentei me envolver. Fui apresentado a algumas pessoas, troquei algumas palavras, mas logo percebi que as conversas fluíam melhor sem mim. Então, me afastei um pouco, pegando uma bebida e me encostando em uma parede, observando de longe. Ela parecia tão à vontade, tão em casa, que por um momento eu senti orgulho de como ela era capaz de dominar qualquer ambiente. Mas à medida que a noite avançava, a sensação de isolamento começou a crescer.
A festa seguia em um ritmo animado, com as risadas e a música preenchendo o espaço. De onde eu estava, podia ver minha esposa conversando com um grupo enquanto todos ali bebiam doses de tequila, o riso de soando claro acima do burburinho. Ela jogava a cabeça para trás, uma mão pousada casualmente no braço de um amigo enquanto ria de algo que ele disse. Era o tipo de gesto que parecia natural para ela, mas, ao mesmo tempo, me fez perceber o quão pouco eu fazia parte daquela dinâmica.
Estava na minha segunda dose de whisky, quando vi Henry se aproximar da roda de amigos de . Henry era o ator que tinha contracenado com ela em seu último filme, os dois fizeram um par romântico muito bem aclamado pela crítica que dizia como os dois tinham uma “Química fora do comum”.
Continuei observando tudo quieto e calado, mas uma sensação ruim tomou conta de mim, assim que eu o vi a pegando pelo braço enquanto seguíam sozinhos para a parte de fora da casa. Engoli de uma vez o restante do líquido em meu capo e fiz sinal para que o garçom me servisse de outra dose. No meio do caminho, ela olhou na minha direção, como se tivesse sentido meu olhar. Nossos olhos se encontraram, e por um segundo, eu vi uma hesitação no rosto dela. Mas logo ela sorriu, um sorriso que deveria me tranquilizar, mas que só parecia intensificar o desconforto.
Fiquei encarando o nada por mais alguns instantes, aquele sentimento que eu reconhecia como ciúmes estava me incomodando. Me aproximei de alguns conhecidos, tentei manter uma conversa, mas me via encarando a porta que dava ao jardim, onde minha esposa estava com seu colega de trabalho.
Terminei aquela terceira dose e decidi que era hora de acabar com aquilo, precisávamos ir embora.
Caminhei com passos rápido até o jardim e a encontrei rindo de algo que Henry dizia. Ela estava ali, com uma mão tocando o braço dele, com seu belo sorriso amostra enquanto ele a encarava, também sorrindo.
- Henry.- O cumprimentei.
- Olá . Meus parabéns pelo prêmio.
- Obrigado.- Agradeci em poucas palavras.
- Estava aqui dizendo a , o seu filme foi realmente um sucesso, tanto de bilheteria, quanto de crítica.
- Sim, foi sim!- Suspirei leve.- Bom, desculpas incomodar, mas eu preciso fala com você, .
- Sim, claro.- Ela me respondeu.- Henry, foi um prazer conversar com você.
- Digo o mesmo.- Ele disse se aproximando dela para a abraçá-la.
- Tchau. Até a próxima.
- Tchau. Tchau, .- Ele aperto minha mão assim que se soltou do abraço.
- Tchau, Henry. Boa noite.
Depois da despedida, me olhou como se esperasse o que eu tinha a dizer.
- Acho que está na hora de irmos. Estou cansado, a semana foi longa. Ela parecia surpresa, talvez não esperando que eu quisesse sair tão cedo, mas assentiu.
- Claro, só vou me despedir do pessoal.
A despedida foi rápida, mas no caminho de volta para casa, o silêncio entre nós era pesado, carregado de tensão. Eu dirigia com as mãos apertando o volante, tentando controlar a frustração que borbulhava por dentro.
{…}
Assim que entramos em casa, suspirou, jogando a bolsa no sofá.
- O que foi? Por que essa pressa em ir embora?
Eu me virei para ela, o controle que eu tinha mantido na festa finalmente escapando.
- Você saiu com Henry e me deixou lá sozinho, . Como você acha que isso me fez sentir?- Disse enquanto fechava a porta atrás de mim.
Ela franziu a testa, cruzando os braços.
- , a gente só foi pegar um pouco de ar. Você está exagerando.
- Exagerando?- Minha voz subiu um pouco mais do que eu pretendia. - Você passou a noite toda colada com seus amigos, rindo das piadas deles, como se eu nem estivesse lá!
suspirou, esfregando a testa como se estivesse tentando manter a calma.
- Henry e os outros são meus amigos há anos, você sabe disso. Henry trabalhou comigo nos últimos oito meses e isso fez com que nos aproximássemos mais, isso não quer dizer que há nada entre nós.
- Mas é como se eu não fizesse parte desse mundo,- eu disse, tentando controlar a raiva.- Você tem essa conexão com ele, com todos esses amigos, e eu estou sempre do lado de fora, como um estranho.
- , você faz parte da minha vida, mas não posso ser responsável por como você se sente o tempo todo. Eu te chamei para se juntar a nós, mas você preferiu ficar à parte.
- Talvez porque eu não quisesse ficar assistindo minha esposa tão à vontade com outro homem!- A frustração transbordou, e eu sabia que estava cruzando uma linha, mas já era tarde demais para voltar atrás.
Ela olhou no fundo dos meus olhos e eu pude perceber as chamas em seu olhar quanto ela se aproximava cada vez mais.
- E como você acha que eu me sinto quanto se trata do seu trabalho?- ela já estava tão perto agora que eu podia sentir o calor de seu corpo, e o que deveria ser uma briga estava se transformando em algo mais perigoso.
- O que você quer dizer com isso? Trazer esse assunto à tona de novo não vai mudar nada!
, que já estava tão perto deslizou os dedos pelo meu peito, o toque dela enviava uma corrente elétrica pela minha pele.
- Aquele maldito filme que você fez, ... Eu odiei. Odiei ver o meu marido, o meu homem naquele papel, com todas aquelas cenas... Nós já brigamos sobre isso antes, e você sabe o quão mal eu me sinto.
Eu inspirei profundamente, lutando contra o desejo de puxá-la para mais perto e acabar com aquela discussão, ali mesmo.
- , nós já discutimos isso. Eu pensei que havíamos superado.
- Superado?- Ela passou a mão pelo meu rosto, o toque dela suave, mas os olhos dela brilhavam de raiva e... algo mais.- Como você acha que eu superaria isso, ? Toda vez que penso naquelas cenas, toda vez que vejo como você está confortável com outras mulheres, isso me deixa perturbada.
- ...- Eu murmurei, inclinando-me involuntariamente para o toque dela.- Eu não sabia que você ainda se sentia assim.
Ela mordeu o lábio, os olhos dela cravados nos meus, e o silêncio entre nós era carregado de algo muito mais intenso do que apenas raiva, era desejo, desejo que estávamos nos privando há tempos.
- Eu queria que você sentisse ao menos um terço do que eu senti, queria que você pudesse ver como eu também posso ser desejada. Queria que você sentisse ciúmes.
- Você conseguiu.- Disse a agarrando pela cintura enquanto dava início a um beijo cheio de saudade e desejo.
Os lábios de se moveram contra os meus com uma urgência que fez meu coração disparar. O gosto dela, misturado com a frustração e a raiva que ainda pairavam no ar, me fez puxá-la ainda mais para perto, como se eu quisesse apagar cada centímetro da distância que havia se criado entre nós nas últimas semanas.
Ela respondeu com a mesma intensidade, as mãos dela deslizando pela minha nuca, puxando meu cabelo com um pouco mais de força do que o necessário.
Por um momento ela puxou um pouco mais meus cabelos, fazendo com que eu jogasse minha cabeça para trás, assim dando beijos e chupões em meu pescoço, enquanto tirava desesperadamente o meu blazer.
Eu a empurrei contra a parede da sala, as mãos firmes na cintura dela, sentindo o calor de seu corpo através do tecido fino do vestido. O som ofegante que escapou dos lábios dela quando nossas peles se encontraram me fez perder o controle.
- ,- ela sussurrou contra meus lábios depois que voltamos a nos beijar. Os dedos dela apertando meus ombros, tentando me puxar ainda mais perto, como se precisasse sentir cada centímetro do meu corpo contra o dela.
Entre beijos, eu me afasto, precisava ver a cara dela, ver o tesão estampado em seu rosto.
A vi mordendo o lábio e isso me arrancou um sorriso satisfeito, mas a nossa distancia não durou muito, pois me puxou pela gravata e voltou a me beijar, só que dessa vez arrancando minha camisa junto com a gravata.
Já despido de minha camisa, a virei de costas e voltei meus beijos contra seu pescoço, enquanto revesava entre mordidas e chupões.
Uma de minhas mãos segurava seus cabelos, a fim de deixar mais espaço para que eu pudesse sentir todo seu perfume, e a outra deslizava por suas costas, parando no zipper de seu vestido
A pele de estava arrepiada, mostrando que ela também estava sentindo a corrente elétrica que envolve nossos corpos.
- Você tem noção do quanto eu te desejei ao te ver nesse vestido?!- Perguntei em um sussurro com a voz rouca em seu ouvido. Ela não respondeu, então, mordi o glóbulo de sua orelha, então ela arfou.
Sem sobra de dúvidas, minha mulher estava deslumbrante naquele vestido, mas naquele momento, eu só queria vê-la nua, só para mim.
Com ainda de costas, passei minha mão direita pela parte da frente de seu pescoço o apertando um pouco, enquanto minha mão esquerda abria o seu zipper.
O tecido vermelho caia do seu corpo suavemente, como uma pluma, e em questão segundos, sua lingerie estava a mostra.
Só aqueles pequenos pedaços de renda vermelha me deixa em transe.
Admirei aquela bunda perfeita por mais alguns instantes e então lhe dei um tapa estralado, deixando a marca dos meus cinco dedos e a arrancando um gemido.
A virei de frente novamente e ela mais do que de pressa voltou a me beijar, com suas unhas arranhando minhas costas, enquanto eu a levantava pela cintura.
Segui para o quarto com em meu colo, com suas coxas enganchadas em meu quadril e sem parar de beijá-la por um só momento.
A deitei na cama com um pouco de brutalidade em meu ato, mas isso não a incomodou, só a fez soltar um sorriso malicioso enquanto me encarava e tirava alguns fios de cabelo que caíram sobre seu rosto. Eu estava ali, em pé, a admirando enquanto ela vinha engatinhando ao meu encontro.
se ajoelhou, ficando apenas em dois apoios enquanto suas mãos abriam meu cinto, botão e zipper. Ela estava com pressa para se livras das minhas roupas por inteiro.
- Agora não.- Disse a colocando deitada e percebendo a confusão em seu rosto. Eu a puxei pela cintura, assim trazendo suas pernas para fora da cama, a deixando a deitada apenas da bunda para cima.
Ainda em pé voltei a beijá-la, mas não com muto enfoque em seus lábios, pois em segundos já estava descendo os beijos pelo restante de seu corpo. Primeiro beijei toda extensão de seu busto, mas sem se quer ao menos tirar seu sutiã. Coloquei minhas mãos, uma em cada seio e os apartei, arrancando um gemido. Continuei com os beijos por todo o corpo, parando na barra de sua calcinha.
Senti os dedos de puxando meus cabelos contra seu corpo e isso me arrancou um leve sorriso sem que ela percebesse.
Ainda apertava seus seios, quando depositei um pequeno selinho por cima de sua calcinha.
Soltei seus seios e deslizei minhas mãos sobre toda a extensão de seu corpo, parando no cós de sua calcinha. levantou seu quadril para me ajudar a tirar aquela peça que separava a pele rosada da sua boceta de meus lábios.
Sem aquele pedaço de renda, pude ver o quanto minha esposa estava molhada por mim, então, mais do que de pressa, abri suas pernas, dando beijos na parte inferior de ambas as coxas, antes que pudesse cair de boca em sua boceta melada com seu mel.
gemia e arfava a cada movimento circular que minha língua fazia em seu clítoris, a cada movimento que deus dois dedos faziam dentro dala. Suas mãos puxavam meu celo com força, força essa que aumentava a cada instante, mostrando que ela estava chegando lá.
Parei de chupá-la e a encorei. Sua respiração estava ofegante, seus olhos suplicando por mais e esse desejo parecia aumentar quando me via chupando os dedos que a segundos atrás estavam dentro dela.
- - Ela me chamou em gemido urgente e mordeu o lábio inferior em seguida.
Aquele olhar foi o combustível que faltava para que eu inflamasse por inteiro.
Meu pau estava latejando dentro da calça, queria foder sua garganta e sua boceta, ali e agora, mas antes eu queria a provocá-la, deixá-la ainda mais molhada.
- Fica de quatro e coloca as mãos para trás.- Ordenei enquanto pega a gravata que havia usado mais cedo.
- O que você vai fazer?
- Você vai ver, mas agora só faz o que eu estou mandando.
Sem mais questionamentos, ela se virou, ficou com aquela bunda marcada e empinada para mim.
Aquela visão fazia meu pau se endurecer ainda mias, fazendo com que eu sentisse até mesmo uma leve dor.
Amarrei as mãos de para trás e em seguida beijo suas costas, descendo até seu bumbum, então abro os dois grandes morrinhos e enfio minha cara ali, beijando e lambendo sua bunda, quanto massageio seu clítoris.
Ela agora gemia alto, tinha leves espasmos e em questão de minutos a senti esguichar.
- Seu filho da puta!- Ela disse se jogando de lado, com o corpo fraco e eu apenas sorri.
Soltei seus braços e ela mais do que de pressa avançou contra meu corpo. Seu beijo era intenso, ela queria sentir o seu próprio gosto por inteiro e eu deixei.
arrancou minhas calças junto com a cueca, quando dei por mim, meu pau estava pulando para fora, completamente duro. A cabeça dele estava latejando, brilhando com uma gota de pré gozo.
fica de quatro na cama enquanto me encara, ela massageia todo meu pau com uma das mãos, enquanto a outra massageia e da leve apertos em minhas bolas. Solto um gemido e isso a arranca um sorriso malicioso.
Em seguida ela me coloca todo em sua boca, e eu a seguro pelo cabelo, ditando movimentos de vai e vem.
Os sons de engasgo que saim de sua garganta, junto os movimentos de sucção me deixavam maluco, prestes a me desfazer dentro de sua boca.
Ela parecia sentir que eu estava chegando lá, então parou e começou a bater com ele em sua cara, quanto sorria maliciosa. Eu sabia o que ela queria naquele momento.
- Você não vai gozar assim… Você vai me comer!
- Claro que vou. Esperei a noite toda por isso.
A joguei de novo na cama ficando por cima dela enquanto a beijava. Meu pau passava por toda sua boceta, dando leves pinceladas em seu clítoris.
parecia implorar com o olhar, mas eu continuaria, queria ver ela implorar com palavras, então continuei.
- … Eu… Eu preciso te sentir...- Ela disse com a voz vacilante
- Então pede.- Disse perto de sua boca, antes de morder seu lábio inferior.
- Porra - ela disse baixinho, mas o suficiente para que eu escutasse.- me come, pelo amor de Deus, me come.- ela suplicou com palavras e com o olhar.
Eu a virei com uma só mão. Minha esposa ficou de quatro e eu a penetrei de uma só vez.
Eu fodia sua boceta com pau, fazendo movimentos de vai e vem, com estocadas esporádicas enquanto um de meus dedos estava em sua bunda.
Estava prestes a gozar, quando senti minha mulher esguichar pela segunda vez na noite, isso foi o suficiente para que eu me desmanchasse e gozasse tudo dentro dela.
Meu corpo se desfez em espasmos enquanto ainda estava com meu pau dentro dela, sentia toda minha porra escorrer por ela antes que saísse de lá. Afastei seus cabelos e beijei suas costas enquanto tirava meu pau de dentro de sua boceta e me deitava ao seu lado na cama.
{…}
-isso..isso- Ela começou mas eu a interrompi com um beijo mais suave dessa vez, mas ainda carregado com a intensidade do que acabávamos de passar.
- Isso foi nós -disse com a voz rouca enquanto a segurava mais perto.- E nós não vamos nos perde de novo.
Ela assentiu, sem palavras, mas o modo como ela se aconchegou contra mim disse tudo. E naquele momento, percebi que, apesar de tudo, ainda tínhamos uma chance de fazer isso dar certo.
{…}
Estávamos ali por um bom tempo, estava deitada em meu peito fazendo desenhos imaginários sobre minha pele, enquanto eu a olhava, sem que ela percebesse.
Aos poucos o cansaço da noite começava a tomar conta de ambos, vi quando fechou os olhos e adormeceu.
Dei um beijo em sua cabeça e me permitir cair no sono ao lado de quem eu amo.
Fim!
Nota da autora: Fic Totalmente interativa.
Nota da scripter: Já disse que amo quando seus Regés, né?
Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.
Nota da scripter: Já disse que amo quando seus Regés, né?