Capítulo 1
As luzes piscam ao meu redor enquanto eu ajusto a minha posição no banco do carro. Sinto o couro quente contra minhas costas e o volante parecia até ser uma extensão dos meus braços. Depois de quatro malditos meses no circuito de corridas, estou finalmente perto de ganhar a confiança dos caras que comandam o esquema.
Respiro fundo, tentando acalmar o meu coração e suas batidas desesperadas em meu peito. Cada bombear de sangue parece ecoar nos meus ouvidos. O ronco do motor vibra pelo carro, quase como um animal selvagem pronto para atacar. Minhas mãos estão suadas, e esfrego as palmas nas calças antes de colocá-las de volta no volante.
Olho para o lado e vejo meu oponente. Jason tem a confiança de quem sabe que vai ganhar, mas eu tenho algo maior. Tenho algo a provar. Ajusto o espelho retrovisor, apenas para me certificar de que está tudo no lugar e, pelo reflexo, busco qualquer sinal que seja de alguém importante no meio daquele monte de gente.
O circuito noturno é um dos mais perigosos, mas conheço cada curva, cada ponto cego. Estou preparada.
A adrenalina começa a tomar conta de mim, fazendo meu corpo tremer levemente. Sinto um frio na barriga, misturando o medo e a excitação que sempre vem antes da corrida. Minha mente está focada e todos os meus sentidos estão alertas.
É tudo ou nada.
O semáforo improvisado à frente começa a mudar. São cinco luzes vermelhas, uma após a outra. Meu pé pressiona levemente o acelerador, mantendo o motor no ponto exato. Posso sentir a vibração subindo pelas minhas pernas e a inquietação se apossando de minha mente.
Falta apenas uma luz para a corrida começar. Meu coração está acelerado, pulsando. Vejo alguém sussurrar algo no ouvido do responsável pela largada, ele franze a testa, visivelmente surpreso, e fica parado por alguns segundos, olhando para algum ponto na multidão.
Em segundos, ele se recompõe e, com a voz ecoando pelos alto-falantes, faz o anúncio.
— Temos uma visita ilustre no nosso circuito hoje. — O anúncio faz meu coração bater ainda mais rápido, prendo os dedos no volante até que minha pele fique demasiadamente branca. — O rei das pistas vai correr hoje, dêem as boas vindas para ele, .
Meus olhos brilham de raiva e empolgação.
.
Ele é o motivo de eu estar aqui.
Vejo se aproximar da janela do meu carro. Ele me encara por alguns segundos que parecem ser intermináveis, seus olhos perfuram os meus e, por algum motivo, me sinto exposta. Então, ele se abaixou, ficando próximo demais de mim. Perto demais do meu rosto. Sinto seu hálito quente sobre minha boca quando ele sussurra.
— Fiquei sabendo que estava me procurando. — Não respondo, na verdade nem sei se conseguiria responder. — Vamos ver o quão boa você é.
Sinto muitas emoções se misturarem dentro de mim. Tudo o que fiz nos últimos meses foi para chegar até esse momento. se afasta, mantendo nos lábios um sorriso desafiador. Ele entra no carro ao lado do meu, substituindo Jason.
Nos olhamos brevemente antes de ele sorrir.
A última luz acende.
Preciso impressionar ele.
Estou pronta.
A última luz acende e piso fundo no acelerador. O carro dispara para a frente e a força me joga contra o banco. O motor ruge e os pneus gritam contra o asfalto. Olho para o lado e o vejo mantendo o mesmo ritmo, no entanto, sua expressão é mais séria. Mais focada.
A pista é estreita, cheia de obstáculos e curvas fechadas, o que exige precisão e controle. Mantenho minhas mãos firmes, sentindo cada vibração do carro. Esse modelo é equipado com um motor V8, potência bruta e velocidade máxima que ultrapassa os 300km/h, mas não é só a potência que importa aqui; o controle sobre o carro é o que vai me fazer ganhar ou perder.
corre ao meu lado e percebo que ele é realmente tão bom nisso quanto falam. Ele dirige com uma confiança quase perturbadora, como se o carro fosse apenas um brinquedo em suas mãos. Cada movimento é calculado, cada manobra é executada com uma precisão assustadora.
Raiva borbulha dentro de mim. Ele é o motivo de eu estar aqui, arriscando minha vida todas as noites.
— Vamos ver do que você é capaz, . — murmuro, para mim mesma.
Quando a primeira curva se aproxima, reduzo a velocidade, sentindo os pneus derraparem levemente.
Controle total.
Ao sair da curva, acelero novamente, me deliciando com o barulho do moto rugindo como uma besta, me alcança e consigo ver pelo canto do olho que ele também está forçando a máquina que têm. Ele olha pra mim, ajustando o retrovisor com um sorriso provocante.
Desgraçado, filho da puta.
A multidão grita e o som da empolgação se mistura ao rugido dos motores. A próxima seção da pista é uma série de ziguezagues apertados. Ajusto meu corpo no banco, pronta para a dança precisa entre o acelerador e o freio. tenta me ultrapassar pela direita, mas rasgo com o carro na mesma direção, obrigando-o a recuar. Sinto o suor escorrer pela testa, mas minha mente está clara, clara como a vontade de colocar esse filho da puta atrás das grades para que ele nunca mais saia.
— Vai ter que fazer melhor que isso! — grito, umedecendo os lábios, sentindo a adrenalina correr pelas veias.
tenta novamente me ultrapassar, desta vez pela esquerda. Dou um leve toque no freio, o suficiente para manter o controle, e ele é forçado a recuar novamente. Olho para ele e vejo um lampejo de frustração em seus olhos. Ele não esperava que eu fosse tão boa.
Estamos chegando à última curva, e sei que é minha chance. Freio no último segundo, girando o volante com precisão. Os pneus derrapam, mas mantenho o controle, saindo da curva com velocidade. está colado em mim, esperando sua oportunidade.
Mas então, na reta final antes da linha de chegada, puxa o carro para frente, freando o pneu traseiro. Seu carro roça o meu, raspando a lateral. O impacto me desestabiliza e, por um momento crucial, o carro balança e perco o controle.
Tudo dura apenas alguns segundos, mas isso é o suficiente para que ele me ultrapasse.
Ele ganha a batalha, mas não faz ideia que a guerra acabou de começar.
— Ótima corrida, . Mas você ainda tem muito a aprender. — Ele diz, sua voz é baixa, rouca, mas estridente o suficiente em minha cabeça para que silencie todo o público delirante ao nosso redor.
— Comemore sua vitória, porque fui eu quem a deu. — digo, com minha voz firma. Ele sorri, enquanto seus olhos passeiam descaradamente pelo meu corpo. — Se eu tivesse movido o freio por meio grau a mais, você teria derrapando comigo. Não quis que seus admiradores te vissem perder a primeira corrida que você tem em meses.
— Andou me investigando? — Ele pergunta, mas nós dois sabemos que ele têm a resposta. Ele não estaria aqui se não a tivesse.
— Talvez. E você, fez sua ficha sobre mim? — Me aproximo, ficando próxima o suficiente para que ele pare de encarar minhas coxas e agora olhe meus olhos.
— Ainda tenho algumas dúvidas. — Ele sussurra, mas não se move. Consigo sentir seus olhos me devorando sem que ele mova um dedo pra isso.
— Considere a corrida um presente, mas não se acostume. Da próxima vez eu não vou facilitar pra você.
Ele ri, um sorriso irônico, diabólico e, de alguma forma, atraente para um santo caralho.
— Tenho um serviço para você. — Ele diz, pegando do bolso um cigarro e levando até a boca.
— Eu não trabalho para quem não confio.
— Para mim você vai querer trabalhar.
O silêncio se instala entre nós por um momento. Ele acende o cigarro, vejo a chama do isqueiro iluminando seu rosto por um instante. Ele dá uma longa tragada, e a fumaça se espalha ao nosso redor, criando uma névoa entre nós.
— E por que eu iria querer trabalhar para você, ? — pergunto, minha voz firme, mas curiosa.
— Porque eu posso te oferecer algo que ninguém mais pode. — Ele responde, soltando a fumaça lentamente. — E além disso, eu sei que você tem suas próprias razões para estar aqui.
— E quais seriam essas razões, na sua opinião? — desafio, cruzando os braços.
— Você está buscando algo, . Algo que só eu posso te dar. — Ele dá mais uma tragada no cigarro, mantendo os seus olhos fixos nos meus. — Eu sei que você não está aqui apenas pelas corridas. Você está atrás de algo maior.
— Talvez. Mas isso não significa que vou confiar em você. — rebato, sentindo a adrenalina ainda pulsar em minhas veias.
— Confiança se conquista. E eu tenho certeza de que você vai querer que eu confie em você. — Ele dá um passo mais perto, sua presença é dominadora e imponente. — Pense na oferta, . Você sabe onde me encontrar.
Com isso, ele se vira e começa a se afastar, deixando a fumaça de seu cigarro no ar. Fico parada, observando-o enquanto ele desaparece na multidão.
Com um último olhar ao circuito, me viro e caminho rapidamente para uma área isolada. Os gritos e a agitação da multidão diminuem gradualmente até desaparecerem. Sinto o peso do momento se dissipar, substituído por um foco renovado.
Encontro um ponto afastado, escondido pelas sombras. Olho ao redor, certificando-me de que ninguém está me observando. Quando tenho certeza de que estou sozinha, pego o telefone do bolso. Minhas mãos ainda tremem levemente, seja pela adrenalina da corrida ou pela intensidade do encontro com .
Disco um número conhecido. O telefone toca três vezes antes de ser atendido.
— Estou dentro. — digo, mantendo minha voz firme, quase fria. — Ele mordeu a isca.
Desligo o telefone, guardando-o no bolso. pode pensar que tem o controle de tudo, de todos, mas estou um passo à frente dele.
E vou garantir que ele nunca saiba o que o atingiu.
Respiro fundo, tentando acalmar o meu coração e suas batidas desesperadas em meu peito. Cada bombear de sangue parece ecoar nos meus ouvidos. O ronco do motor vibra pelo carro, quase como um animal selvagem pronto para atacar. Minhas mãos estão suadas, e esfrego as palmas nas calças antes de colocá-las de volta no volante.
Olho para o lado e vejo meu oponente. Jason tem a confiança de quem sabe que vai ganhar, mas eu tenho algo maior. Tenho algo a provar. Ajusto o espelho retrovisor, apenas para me certificar de que está tudo no lugar e, pelo reflexo, busco qualquer sinal que seja de alguém importante no meio daquele monte de gente.
O circuito noturno é um dos mais perigosos, mas conheço cada curva, cada ponto cego. Estou preparada.
A adrenalina começa a tomar conta de mim, fazendo meu corpo tremer levemente. Sinto um frio na barriga, misturando o medo e a excitação que sempre vem antes da corrida. Minha mente está focada e todos os meus sentidos estão alertas.
É tudo ou nada.
O semáforo improvisado à frente começa a mudar. São cinco luzes vermelhas, uma após a outra. Meu pé pressiona levemente o acelerador, mantendo o motor no ponto exato. Posso sentir a vibração subindo pelas minhas pernas e a inquietação se apossando de minha mente.
Falta apenas uma luz para a corrida começar. Meu coração está acelerado, pulsando. Vejo alguém sussurrar algo no ouvido do responsável pela largada, ele franze a testa, visivelmente surpreso, e fica parado por alguns segundos, olhando para algum ponto na multidão.
Em segundos, ele se recompõe e, com a voz ecoando pelos alto-falantes, faz o anúncio.
— Temos uma visita ilustre no nosso circuito hoje. — O anúncio faz meu coração bater ainda mais rápido, prendo os dedos no volante até que minha pele fique demasiadamente branca. — O rei das pistas vai correr hoje, dêem as boas vindas para ele, .
Meus olhos brilham de raiva e empolgação.
.
Ele é o motivo de eu estar aqui.
Vejo se aproximar da janela do meu carro. Ele me encara por alguns segundos que parecem ser intermináveis, seus olhos perfuram os meus e, por algum motivo, me sinto exposta. Então, ele se abaixou, ficando próximo demais de mim. Perto demais do meu rosto. Sinto seu hálito quente sobre minha boca quando ele sussurra.
— Fiquei sabendo que estava me procurando. — Não respondo, na verdade nem sei se conseguiria responder. — Vamos ver o quão boa você é.
Sinto muitas emoções se misturarem dentro de mim. Tudo o que fiz nos últimos meses foi para chegar até esse momento. se afasta, mantendo nos lábios um sorriso desafiador. Ele entra no carro ao lado do meu, substituindo Jason.
Nos olhamos brevemente antes de ele sorrir.
A última luz acende.
Preciso impressionar ele.
Estou pronta.
A última luz acende e piso fundo no acelerador. O carro dispara para a frente e a força me joga contra o banco. O motor ruge e os pneus gritam contra o asfalto. Olho para o lado e o vejo mantendo o mesmo ritmo, no entanto, sua expressão é mais séria. Mais focada.
A pista é estreita, cheia de obstáculos e curvas fechadas, o que exige precisão e controle. Mantenho minhas mãos firmes, sentindo cada vibração do carro. Esse modelo é equipado com um motor V8, potência bruta e velocidade máxima que ultrapassa os 300km/h, mas não é só a potência que importa aqui; o controle sobre o carro é o que vai me fazer ganhar ou perder.
corre ao meu lado e percebo que ele é realmente tão bom nisso quanto falam. Ele dirige com uma confiança quase perturbadora, como se o carro fosse apenas um brinquedo em suas mãos. Cada movimento é calculado, cada manobra é executada com uma precisão assustadora.
Raiva borbulha dentro de mim. Ele é o motivo de eu estar aqui, arriscando minha vida todas as noites.
— Vamos ver do que você é capaz, . — murmuro, para mim mesma.
Quando a primeira curva se aproxima, reduzo a velocidade, sentindo os pneus derraparem levemente.
Controle total.
Ao sair da curva, acelero novamente, me deliciando com o barulho do moto rugindo como uma besta, me alcança e consigo ver pelo canto do olho que ele também está forçando a máquina que têm. Ele olha pra mim, ajustando o retrovisor com um sorriso provocante.
Desgraçado, filho da puta.
A multidão grita e o som da empolgação se mistura ao rugido dos motores. A próxima seção da pista é uma série de ziguezagues apertados. Ajusto meu corpo no banco, pronta para a dança precisa entre o acelerador e o freio. tenta me ultrapassar pela direita, mas rasgo com o carro na mesma direção, obrigando-o a recuar. Sinto o suor escorrer pela testa, mas minha mente está clara, clara como a vontade de colocar esse filho da puta atrás das grades para que ele nunca mais saia.
— Vai ter que fazer melhor que isso! — grito, umedecendo os lábios, sentindo a adrenalina correr pelas veias.
tenta novamente me ultrapassar, desta vez pela esquerda. Dou um leve toque no freio, o suficiente para manter o controle, e ele é forçado a recuar novamente. Olho para ele e vejo um lampejo de frustração em seus olhos. Ele não esperava que eu fosse tão boa.
Estamos chegando à última curva, e sei que é minha chance. Freio no último segundo, girando o volante com precisão. Os pneus derrapam, mas mantenho o controle, saindo da curva com velocidade. está colado em mim, esperando sua oportunidade.
Mas então, na reta final antes da linha de chegada, puxa o carro para frente, freando o pneu traseiro. Seu carro roça o meu, raspando a lateral. O impacto me desestabiliza e, por um momento crucial, o carro balança e perco o controle.
Tudo dura apenas alguns segundos, mas isso é o suficiente para que ele me ultrapasse.
Ele ganha a batalha, mas não faz ideia que a guerra acabou de começar.
— Ótima corrida, . Mas você ainda tem muito a aprender. — Ele diz, sua voz é baixa, rouca, mas estridente o suficiente em minha cabeça para que silencie todo o público delirante ao nosso redor.
— Comemore sua vitória, porque fui eu quem a deu. — digo, com minha voz firma. Ele sorri, enquanto seus olhos passeiam descaradamente pelo meu corpo. — Se eu tivesse movido o freio por meio grau a mais, você teria derrapando comigo. Não quis que seus admiradores te vissem perder a primeira corrida que você tem em meses.
— Andou me investigando? — Ele pergunta, mas nós dois sabemos que ele têm a resposta. Ele não estaria aqui se não a tivesse.
— Talvez. E você, fez sua ficha sobre mim? — Me aproximo, ficando próxima o suficiente para que ele pare de encarar minhas coxas e agora olhe meus olhos.
— Ainda tenho algumas dúvidas. — Ele sussurra, mas não se move. Consigo sentir seus olhos me devorando sem que ele mova um dedo pra isso.
— Considere a corrida um presente, mas não se acostume. Da próxima vez eu não vou facilitar pra você.
Ele ri, um sorriso irônico, diabólico e, de alguma forma, atraente para um santo caralho.
— Tenho um serviço para você. — Ele diz, pegando do bolso um cigarro e levando até a boca.
— Eu não trabalho para quem não confio.
— Para mim você vai querer trabalhar.
O silêncio se instala entre nós por um momento. Ele acende o cigarro, vejo a chama do isqueiro iluminando seu rosto por um instante. Ele dá uma longa tragada, e a fumaça se espalha ao nosso redor, criando uma névoa entre nós.
— E por que eu iria querer trabalhar para você, ? — pergunto, minha voz firme, mas curiosa.
— Porque eu posso te oferecer algo que ninguém mais pode. — Ele responde, soltando a fumaça lentamente. — E além disso, eu sei que você tem suas próprias razões para estar aqui.
— E quais seriam essas razões, na sua opinião? — desafio, cruzando os braços.
— Você está buscando algo, . Algo que só eu posso te dar. — Ele dá mais uma tragada no cigarro, mantendo os seus olhos fixos nos meus. — Eu sei que você não está aqui apenas pelas corridas. Você está atrás de algo maior.
— Talvez. Mas isso não significa que vou confiar em você. — rebato, sentindo a adrenalina ainda pulsar em minhas veias.
— Confiança se conquista. E eu tenho certeza de que você vai querer que eu confie em você. — Ele dá um passo mais perto, sua presença é dominadora e imponente. — Pense na oferta, . Você sabe onde me encontrar.
Com isso, ele se vira e começa a se afastar, deixando a fumaça de seu cigarro no ar. Fico parada, observando-o enquanto ele desaparece na multidão.
Com um último olhar ao circuito, me viro e caminho rapidamente para uma área isolada. Os gritos e a agitação da multidão diminuem gradualmente até desaparecerem. Sinto o peso do momento se dissipar, substituído por um foco renovado.
Encontro um ponto afastado, escondido pelas sombras. Olho ao redor, certificando-me de que ninguém está me observando. Quando tenho certeza de que estou sozinha, pego o telefone do bolso. Minhas mãos ainda tremem levemente, seja pela adrenalina da corrida ou pela intensidade do encontro com .
Disco um número conhecido. O telefone toca três vezes antes de ser atendido.
— Estou dentro. — digo, mantendo minha voz firme, quase fria. — Ele mordeu a isca.
Desligo o telefone, guardando-o no bolso. pode pensar que tem o controle de tudo, de todos, mas estou um passo à frente dele.
E vou garantir que ele nunca saiba o que o atingiu.
Capítulo 2
— Qual é a porra do seu problema, ? — Ouço a voz de ecoando pelo apartamento, reviro os olhos brevemente quando vejo ele se aproximando. — Você não pode fazer as coisas pelas minhas costas, caralho.
— Deu certo, não deu? É o que importa. — murmuro de forma simples, enquanto me sirvo com um pote de cereal, despejando um pouco de leite sobre a tigela branca com granulados coloridos.
— Somos uma equipe! Um comunica o outro, é assim que fazemos! Eu sabia que meter você nessa merda era uma péssima ideia. — Suspiro, ignorando o quanto aquelas palavras me atordoam. Eu e ele nunca nos daremos bem, isso era um fato, mas ele sabia que eu era qualificada. Soube disso por anos.
— Olha, — começo, tentando manter a calma enquanto misturo o cereal no leite —, eu consegui o que precisávamos. mordeu a isca. Agora temos uma chance real de chegar mais perto dele.
— Esse não é o ponto, caralho! — ele rebate. A frustração é evidente em seu tom. — O ponto é que você não me disse nada. Eu fiquei completamente no escuro, e isso é perigoso pra nós dois. Arrisque a porcaria da sua vida se quer, mas essa missão depende de outras pessoas também.
— Você estava ocupado, e eu tomei uma decisão rápida. — respondo, dando de ombros. — A vida é assim. Não dá pra planejar cada detalhe.
passa as mãos pelo cabelo, claramente tentando se acalmar e ignoro a vontade que sinto de rir. Ele ficava estranhamente atraente quando estava puto Ele respira fundo e finalmente fala com um tom mais controlado.
— Certo, vamos deixar isso pra lá. O que exatamente você conseguiu?
— quer que eu trabalhe pra ele. — não consigo sequer esconder o meu tom carregado de satisfação. — Ele me ofereceu um serviço. Isso significa que ele está interessado, que ele confia em mim, pelo menos um pouco.
— E o que você vai fazer? — ele pergunta, ainda com a expressão severa de quem continuava me odiando, mas um pouco mais interessado agora.
— Eu vou aceitar, claro. — respondo, dando uma colherada no cereal. — É a nossa chance de descobrir mais sobre ele e sobre as operações dele.
suspira, mas vejo um lampejo de aprovação em seus olhos.
— Ok, . Vamos fazer isso. Mas da próxima vez, sem ações solo. Aja de novo como se você estivesse sozinha nessa droga de missão e eu vou garantir que você esteja.
— Como você é chato. — digo, acenando com a cabeça. — Eu prometo, da próxima vez, você será o primeiro a saber.
Ele assente, ainda parecendo um pouco cético, mas aliviado.
Eu sei que trabalhar com nunca será fácil. Nossa relação é complicada, cheia de ressentimentos, lembranças dolorosas, emoções intensas e faíscas para todos os lados. Ele era parceiro do meu ex-noivo, que morreu enquanto estava infiltrado nesse mesmo esquema. E agora aqui estamos nós, presos nessa missão. Odiei por muito tempo, mas não consigo ignorar o desejo que sinto por ele. Às vezes, acabamos nos envolvendo, mesmo sabendo que isso só complica ainda mais as coisas.
Ele se aproxima de mim, encostando-se ao balcão e ficando ao meu lado.
— Vamos fazer isso direito, . — ele murmura, com a sua voz rouca.
— Sim, nós vamos. — respondo, sentindo o clima ao nosso redor ficar tenso.
Ele dá um passo para mais perto, e por um momento, penso que vai me beijar. Mas ele se afasta, deixando um vazio no ar.
Nosso relacionamento é a porra de uma montanha-russa. A maior delas.
se vira, sua expressão é séria, mas há algo nos olhos dele. Reconheço de longe a mistura de frustração, raiva e tesão porque é exatamente o que sinto quando estou com ele. Tento me concentrar na missão, mas é difícil quando ele está tão próximo, quando cada interação entre nós é carregada de tensão não resolvida e um desejo incontrolável de amanhecer mais um dia na cama dele.
— Precisamos de um plano. — ele diz, voltando ao assunto, mas seu tom ainda é turvo. — não é qualquer um. Ele vai testar você.
Concordo com um aceno de cabeça, agradecendo por ele trazer de volta a objetividade à conversa. Apesar de todas as complicações pessoais, é um excelente parceiro quando se trata de trabalho. Ele conhece os meandros desse mundo tanto quanto eu, se não mais.
— Eu sei. — respondo, tentando manter a voz firme. — Já consegui entrar no círculo dele, agora é questão de ganhar a confiança total.
— E isso significa arriscar.
Assinto, sabendo que, apesar de todas as nossas diferenças e complicações, precisamos um do outro para que essa missão funcione. E mesmo que nosso relacionamento seja uma bagunça, é essa bagunça que nos mantém alertas, que nos lembra do que está em jogo e que nos impede de nos matarmos um ao outro, embora não nos impeça de foder.
— Já definiu os seus limites? — pergunta, e finjo que não sei exatamente ao que ele se refere, embora seja claro para ambos. Existe um certo ciúme mútuo entre nós.
— Não vou dormir com ele. — Respondo firmemente, cortando qualquer insinuação antes que ela se intensifique. — matou Kaden. Só abriria minhas pernas para ele se eu fosse forçada a isso.
assente, revelando uma mistura de alívio e preocupação.
— Tudo bem. — Ele murmura, escolhendo suas palavras com cuidado. — Mas precisamos manter algumas coisas claras entre nós. Essa missão é pessoal para você, mais do que para mim. Eu não quero ver você se colocar em perigo, .
Suspiro, sabendo que ele está certo. Esta missão é uma linha tênue entre vingança e dever profissional e eu sinceramente não sei o quanto consigo separar.
Quando olhei hoje, eu senti vontade de entrar na organização, mas também senti vontade de matar ele. Se fazer ele se ajoelhar e enfiar uma bala na cabeça dele, assim como ele fez com Kaden.
— Não vou cruzar essa linha. — Prometo, olhando diretamente nos olhos dele. — Você sabe que posso cuidar de mim mesma.
relaxa um pouco, mas a preocupação ainda está estampada em sua expressão.
— Eu sei que pode. Mas não podemos nos dar ao luxo de cometer erros. Não desta vez.
Concordo com um aceno de cabeça, sabendo que não há margem para erros, não com . Não com tudo que tínhamos em jogo, não com minha mente fervendo, implorando por vingança.
Ele se aproxima ainda mais, agora nossos corpos estão quase se tocando. A proximidade me afeta mais do que gostaria de admitir. é musculoso, alto e confiante em seu apelo físico. Esse tipo de homem é o mais perigoso.
— Você está ocupando espaço demais. — Resmungo, sentindo o ar me escapar aos poucos. Ele me olha com um sorriso sarcástico, olhando ao seu redor.
— Pra mim tem espaço de sobra nessa cozinha. Ou será que estou ocupando a sua mente, ?
— Nem nos seus sonhos, querido. — Respondo, cruzando os braços e erguendo uma das sobrancelhas, expressando o máximo de ironia que consigo. Eu odiava a sua confiança.
Ele se aproxima ainda mais.
Deveria ser proibido homens fortes, com 1,90m de altura serem agentes com parceiras mulheres, isso é um fator muito grande de desconcentração. Talvez eu deva anotar isso para a minha próxima avaliação.
A proximidade me afeta mais do que gostaria de admitir. sempre teve esse efeito, sempre sabendo como acender o fogo dentro de mim, seja de raiva fervente ou de desejo incontrolável.
— Vai me dizer que não pensa em mim, ? — Ele provoca. Um sorriso de canto se forma em seus lábios. Suas mãos passeiam pelo banco em que estou sentada, puxando-me na direção dele. Seus olhos descem de forma triangular pelos meus olhos e param em minha boca.
Seu rosto está a um centímetro do meu.
— Eu penso em muitas coisas, . Você não é nenhuma delas. — Respondo com um tom de desdém, tentando manter minha expressão indiferente, mesmo quando sinto meu corpo arder.
Ele ergue uma sobrancelha, mantendo um desafio silencioso em seu olhar.
— Não precisa mentir pra si mesma. — Ele murmura, fazendo com que seus lábios quase toquem os meus. — Está na cara que eu mexo com você. É inevitável.
— Seu ego é maior que sua capacidade de ler pessoas, . — Murmuro, mas não fujo dele. Ao invés disso resolvi jogar o mesmo jogo. Desço minhas mãos para as coxas dele, me apoiando ali apenas para me inclinar mais. Aproximo minha boca do seu ouvido, ignorando o cheiro inebriante do seu perfume. Ou tentando. — A única coisa inevitável aqui é a sua presunção.
— Está se convencendo disso ou está tentando me convencer?
Reviro os olhos, odiando o quanto ele está certo.
— Você é convencido demais para o meu gosto. — Comento, massageando as coxas dele de forma que minhas unhas arranhem sua pele por baixo da calça de moletom.
Ele ri, um som baixo e rouco que ecoa na cozinha.
Que ecoa em mim.
— Não misture as coisas, . — Digo, com a voz rouca, mas também carregada de um subtexto que ele com certeza entenderá. Ele se aproxima ainda mais, seus lábios roçam nos meus, mas ele não me beija.
— Não diga que você não sente isso também. — Ele murmura, sua respiração quente toca meu rosto. Seus lábios conseguem causar formigamento nos meus. Sua mão agora percorre o caminho interno de minhas coxas e evito gemer quando ele aperta com força as mãos em minha pele. Fico quieta por um momento, lutando contra a urgência de ceder ao que ambos sabemos estar entre nós. — Não se preocupe, . Eu sei exatamente onde está o limite. — Ele responde, mas não tira seu olhar do meu.
Fico em silêncio por um momento, sentindo a eletricidade no ar entre nós.
é complicado. Ele muda de humor rapidamente, alternando seus comportamentos sem nunca manter apenas um. Às vezes, é explosivo, pronto para reagir com a menor provocação. Outras vezes, assume uma postura distante e controladora, como se estivesse sempre um passo à frente, manipulando as circunstâncias ao seu favor.
Mas sempre há algo magnético nele, algo que atrai e envolve, que faz com que todos ao redor girem em sua órbita, inclusive eu.
— Eu espero que sim. — Murmuro por fim, desviando o olhar para evitar a intensidade do seu.
Ele se afasta lentamente, voltando à sua tigela de cereal como se nada tivesse acontecido.
Observo-o por um instante, sua postura relaxada contrasta odiosamente com a intensidade que ele pode despertar em mim em questão de segundos. É frustrante como ele consegue me desconcertar tão facilmente, como se soubesse todos os botões para apertar. Mas ao mesmo tempo, não tinha como esperar menos. É isso que o torna tão eficaz no que faz.
Já ouvi histórias sobre como ele desmantelou redes de crime organizado, infiltrou-se em operações internacionais de alto risco e saiu ileso de situações impossíveis. É irônico como alguém tão habilidoso em lidar com operações de alto nível pode ser tão complicado em suas interações pessoais, no entanto, ele é um dos melhores agentes com quem já trabalhei, e também um dos mais complexos.
Sua habilidade de alternar entre o charme irresistível e a frieza calculista é desconcertante. Às vezes, ele age como se o mundo estivesse sob seu controle absoluto, e muitas vezes está. não se contenta em simplesmente seguir protocolos; ele os reescreve conforme necessário, talvez fosse isso que ele detestava em mim.
Eu era igual a ele.
— Alyssa estava no esquema de corridas desde o início? — Ele pergunta de repente.
Demoro um momento para processar sua pergunta, desviando meu olhar antes de responder.
— Ainda não consegui confirmar. Preciso de mais tempo para sondá-la. Ela pode ser uma incógnita, mas é útil. Não se pode negar isso.
assente, estudando-me com um olhar penetrante que me faz lembrar por que ele é um dos melhores agentes com quem já trabalhei.
— Não baixe a guarda com ela. Alyssa pode parecer confiável, mas não se engane. Ela é boa no que faz, e não é à toa que está onde está.
— Você parece conhecer ela bem. — Comento, tentando parecer casual, mas não consigo esconder a ponta de ciúmes que sai em minha voz. Havia um boato de que eles tinham algum tipo de relação. Na verdade, havia muitos boatos sobre o como ele a fodia sempre que tinham alguma corrida juntos. Eu não gostava nenhum deles. — Confia nela?
Ele solta um riso leve, mas não há humor em seus olhos quando ele responde.
— Confio tanto quanto posso confiar em qualquer um nesse meio. Alyssa tem seus próprios interesses, não sei onde está a lealdade dela.
Sinto um misto de alívio e frustração por não precisar discutir mais sobre Alyssa ou o desconforto que sua proximidade com provoca em mim, mas gosto da forma que ele ignora o meu incômodo, sem me obrigar a falar sobre isso.
É um acordo tácito entre nós: quando um de nós percebe qualquer vestígio de sentimento além dos limites do sexo ou da profissionalidade, simplesmente ignoramos. É assim que funcionamos.
— Deu certo, não deu? É o que importa. — murmuro de forma simples, enquanto me sirvo com um pote de cereal, despejando um pouco de leite sobre a tigela branca com granulados coloridos.
— Somos uma equipe! Um comunica o outro, é assim que fazemos! Eu sabia que meter você nessa merda era uma péssima ideia. — Suspiro, ignorando o quanto aquelas palavras me atordoam. Eu e ele nunca nos daremos bem, isso era um fato, mas ele sabia que eu era qualificada. Soube disso por anos.
— Olha, — começo, tentando manter a calma enquanto misturo o cereal no leite —, eu consegui o que precisávamos. mordeu a isca. Agora temos uma chance real de chegar mais perto dele.
— Esse não é o ponto, caralho! — ele rebate. A frustração é evidente em seu tom. — O ponto é que você não me disse nada. Eu fiquei completamente no escuro, e isso é perigoso pra nós dois. Arrisque a porcaria da sua vida se quer, mas essa missão depende de outras pessoas também.
— Você estava ocupado, e eu tomei uma decisão rápida. — respondo, dando de ombros. — A vida é assim. Não dá pra planejar cada detalhe.
passa as mãos pelo cabelo, claramente tentando se acalmar e ignoro a vontade que sinto de rir. Ele ficava estranhamente atraente quando estava puto Ele respira fundo e finalmente fala com um tom mais controlado.
— Certo, vamos deixar isso pra lá. O que exatamente você conseguiu?
— quer que eu trabalhe pra ele. — não consigo sequer esconder o meu tom carregado de satisfação. — Ele me ofereceu um serviço. Isso significa que ele está interessado, que ele confia em mim, pelo menos um pouco.
— E o que você vai fazer? — ele pergunta, ainda com a expressão severa de quem continuava me odiando, mas um pouco mais interessado agora.
— Eu vou aceitar, claro. — respondo, dando uma colherada no cereal. — É a nossa chance de descobrir mais sobre ele e sobre as operações dele.
suspira, mas vejo um lampejo de aprovação em seus olhos.
— Ok, . Vamos fazer isso. Mas da próxima vez, sem ações solo. Aja de novo como se você estivesse sozinha nessa droga de missão e eu vou garantir que você esteja.
— Como você é chato. — digo, acenando com a cabeça. — Eu prometo, da próxima vez, você será o primeiro a saber.
Ele assente, ainda parecendo um pouco cético, mas aliviado.
Eu sei que trabalhar com nunca será fácil. Nossa relação é complicada, cheia de ressentimentos, lembranças dolorosas, emoções intensas e faíscas para todos os lados. Ele era parceiro do meu ex-noivo, que morreu enquanto estava infiltrado nesse mesmo esquema. E agora aqui estamos nós, presos nessa missão. Odiei por muito tempo, mas não consigo ignorar o desejo que sinto por ele. Às vezes, acabamos nos envolvendo, mesmo sabendo que isso só complica ainda mais as coisas.
Ele se aproxima de mim, encostando-se ao balcão e ficando ao meu lado.
— Vamos fazer isso direito, . — ele murmura, com a sua voz rouca.
— Sim, nós vamos. — respondo, sentindo o clima ao nosso redor ficar tenso.
Ele dá um passo para mais perto, e por um momento, penso que vai me beijar. Mas ele se afasta, deixando um vazio no ar.
Nosso relacionamento é a porra de uma montanha-russa. A maior delas.
se vira, sua expressão é séria, mas há algo nos olhos dele. Reconheço de longe a mistura de frustração, raiva e tesão porque é exatamente o que sinto quando estou com ele. Tento me concentrar na missão, mas é difícil quando ele está tão próximo, quando cada interação entre nós é carregada de tensão não resolvida e um desejo incontrolável de amanhecer mais um dia na cama dele.
— Precisamos de um plano. — ele diz, voltando ao assunto, mas seu tom ainda é turvo. — não é qualquer um. Ele vai testar você.
Concordo com um aceno de cabeça, agradecendo por ele trazer de volta a objetividade à conversa. Apesar de todas as complicações pessoais, é um excelente parceiro quando se trata de trabalho. Ele conhece os meandros desse mundo tanto quanto eu, se não mais.
— Eu sei. — respondo, tentando manter a voz firme. — Já consegui entrar no círculo dele, agora é questão de ganhar a confiança total.
— E isso significa arriscar.
Assinto, sabendo que, apesar de todas as nossas diferenças e complicações, precisamos um do outro para que essa missão funcione. E mesmo que nosso relacionamento seja uma bagunça, é essa bagunça que nos mantém alertas, que nos lembra do que está em jogo e que nos impede de nos matarmos um ao outro, embora não nos impeça de foder.
— Já definiu os seus limites? — pergunta, e finjo que não sei exatamente ao que ele se refere, embora seja claro para ambos. Existe um certo ciúme mútuo entre nós.
— Não vou dormir com ele. — Respondo firmemente, cortando qualquer insinuação antes que ela se intensifique. — matou Kaden. Só abriria minhas pernas para ele se eu fosse forçada a isso.
assente, revelando uma mistura de alívio e preocupação.
— Tudo bem. — Ele murmura, escolhendo suas palavras com cuidado. — Mas precisamos manter algumas coisas claras entre nós. Essa missão é pessoal para você, mais do que para mim. Eu não quero ver você se colocar em perigo, .
Suspiro, sabendo que ele está certo. Esta missão é uma linha tênue entre vingança e dever profissional e eu sinceramente não sei o quanto consigo separar.
Quando olhei hoje, eu senti vontade de entrar na organização, mas também senti vontade de matar ele. Se fazer ele se ajoelhar e enfiar uma bala na cabeça dele, assim como ele fez com Kaden.
— Não vou cruzar essa linha. — Prometo, olhando diretamente nos olhos dele. — Você sabe que posso cuidar de mim mesma.
relaxa um pouco, mas a preocupação ainda está estampada em sua expressão.
— Eu sei que pode. Mas não podemos nos dar ao luxo de cometer erros. Não desta vez.
Concordo com um aceno de cabeça, sabendo que não há margem para erros, não com . Não com tudo que tínhamos em jogo, não com minha mente fervendo, implorando por vingança.
Ele se aproxima ainda mais, agora nossos corpos estão quase se tocando. A proximidade me afeta mais do que gostaria de admitir. é musculoso, alto e confiante em seu apelo físico. Esse tipo de homem é o mais perigoso.
— Você está ocupando espaço demais. — Resmungo, sentindo o ar me escapar aos poucos. Ele me olha com um sorriso sarcástico, olhando ao seu redor.
— Pra mim tem espaço de sobra nessa cozinha. Ou será que estou ocupando a sua mente, ?
— Nem nos seus sonhos, querido. — Respondo, cruzando os braços e erguendo uma das sobrancelhas, expressando o máximo de ironia que consigo. Eu odiava a sua confiança.
Ele se aproxima ainda mais.
Deveria ser proibido homens fortes, com 1,90m de altura serem agentes com parceiras mulheres, isso é um fator muito grande de desconcentração. Talvez eu deva anotar isso para a minha próxima avaliação.
A proximidade me afeta mais do que gostaria de admitir. sempre teve esse efeito, sempre sabendo como acender o fogo dentro de mim, seja de raiva fervente ou de desejo incontrolável.
— Vai me dizer que não pensa em mim, ? — Ele provoca. Um sorriso de canto se forma em seus lábios. Suas mãos passeiam pelo banco em que estou sentada, puxando-me na direção dele. Seus olhos descem de forma triangular pelos meus olhos e param em minha boca.
Seu rosto está a um centímetro do meu.
— Eu penso em muitas coisas, . Você não é nenhuma delas. — Respondo com um tom de desdém, tentando manter minha expressão indiferente, mesmo quando sinto meu corpo arder.
Ele ergue uma sobrancelha, mantendo um desafio silencioso em seu olhar.
— Não precisa mentir pra si mesma. — Ele murmura, fazendo com que seus lábios quase toquem os meus. — Está na cara que eu mexo com você. É inevitável.
— Seu ego é maior que sua capacidade de ler pessoas, . — Murmuro, mas não fujo dele. Ao invés disso resolvi jogar o mesmo jogo. Desço minhas mãos para as coxas dele, me apoiando ali apenas para me inclinar mais. Aproximo minha boca do seu ouvido, ignorando o cheiro inebriante do seu perfume. Ou tentando. — A única coisa inevitável aqui é a sua presunção.
— Está se convencendo disso ou está tentando me convencer?
Reviro os olhos, odiando o quanto ele está certo.
— Você é convencido demais para o meu gosto. — Comento, massageando as coxas dele de forma que minhas unhas arranhem sua pele por baixo da calça de moletom.
Ele ri, um som baixo e rouco que ecoa na cozinha.
Que ecoa em mim.
— Não misture as coisas, . — Digo, com a voz rouca, mas também carregada de um subtexto que ele com certeza entenderá. Ele se aproxima ainda mais, seus lábios roçam nos meus, mas ele não me beija.
— Não diga que você não sente isso também. — Ele murmura, sua respiração quente toca meu rosto. Seus lábios conseguem causar formigamento nos meus. Sua mão agora percorre o caminho interno de minhas coxas e evito gemer quando ele aperta com força as mãos em minha pele. Fico quieta por um momento, lutando contra a urgência de ceder ao que ambos sabemos estar entre nós. — Não se preocupe, . Eu sei exatamente onde está o limite. — Ele responde, mas não tira seu olhar do meu.
Fico em silêncio por um momento, sentindo a eletricidade no ar entre nós.
é complicado. Ele muda de humor rapidamente, alternando seus comportamentos sem nunca manter apenas um. Às vezes, é explosivo, pronto para reagir com a menor provocação. Outras vezes, assume uma postura distante e controladora, como se estivesse sempre um passo à frente, manipulando as circunstâncias ao seu favor.
Mas sempre há algo magnético nele, algo que atrai e envolve, que faz com que todos ao redor girem em sua órbita, inclusive eu.
— Eu espero que sim. — Murmuro por fim, desviando o olhar para evitar a intensidade do seu.
Ele se afasta lentamente, voltando à sua tigela de cereal como se nada tivesse acontecido.
Observo-o por um instante, sua postura relaxada contrasta odiosamente com a intensidade que ele pode despertar em mim em questão de segundos. É frustrante como ele consegue me desconcertar tão facilmente, como se soubesse todos os botões para apertar. Mas ao mesmo tempo, não tinha como esperar menos. É isso que o torna tão eficaz no que faz.
Já ouvi histórias sobre como ele desmantelou redes de crime organizado, infiltrou-se em operações internacionais de alto risco e saiu ileso de situações impossíveis. É irônico como alguém tão habilidoso em lidar com operações de alto nível pode ser tão complicado em suas interações pessoais, no entanto, ele é um dos melhores agentes com quem já trabalhei, e também um dos mais complexos.
Sua habilidade de alternar entre o charme irresistível e a frieza calculista é desconcertante. Às vezes, ele age como se o mundo estivesse sob seu controle absoluto, e muitas vezes está. não se contenta em simplesmente seguir protocolos; ele os reescreve conforme necessário, talvez fosse isso que ele detestava em mim.
Eu era igual a ele.
— Alyssa estava no esquema de corridas desde o início? — Ele pergunta de repente.
Demoro um momento para processar sua pergunta, desviando meu olhar antes de responder.
— Ainda não consegui confirmar. Preciso de mais tempo para sondá-la. Ela pode ser uma incógnita, mas é útil. Não se pode negar isso.
assente, estudando-me com um olhar penetrante que me faz lembrar por que ele é um dos melhores agentes com quem já trabalhei.
— Não baixe a guarda com ela. Alyssa pode parecer confiável, mas não se engane. Ela é boa no que faz, e não é à toa que está onde está.
— Você parece conhecer ela bem. — Comento, tentando parecer casual, mas não consigo esconder a ponta de ciúmes que sai em minha voz. Havia um boato de que eles tinham algum tipo de relação. Na verdade, havia muitos boatos sobre o como ele a fodia sempre que tinham alguma corrida juntos. Eu não gostava nenhum deles. — Confia nela?
Ele solta um riso leve, mas não há humor em seus olhos quando ele responde.
— Confio tanto quanto posso confiar em qualquer um nesse meio. Alyssa tem seus próprios interesses, não sei onde está a lealdade dela.
Sinto um misto de alívio e frustração por não precisar discutir mais sobre Alyssa ou o desconforto que sua proximidade com provoca em mim, mas gosto da forma que ele ignora o meu incômodo, sem me obrigar a falar sobre isso.
É um acordo tácito entre nós: quando um de nós percebe qualquer vestígio de sentimento além dos limites do sexo ou da profissionalidade, simplesmente ignoramos. É assim que funcionamos.
Capítulo 3
— está te esperando. — Murmuro, observando a mulher à minha frente. Ela concorda com a cabeça e faço um sinal para que Liam me espere lá fora.
— Vamos logo.
— Bom dia pra você também. Dormiu comigo?
— Felizmente não.
— Não finja que não queria.
Ela revira os olhos, me fazendo rir do quão bonita a desgraçada ficava quando estava irritada. Eu estava a um ano afundado no meio da organização, já tinha conquistado a confiança de muita gente, mas ainda não tinha provas. era esperto, ele escondia suas ilegalidades em lugares que eu não conseguiria chegar.
Por isso .
Ela sabia bem como fazer um homem baixar a guarda.
A conduzi até o elevador, discando o número do último andar do prédio. Ela estava tensa, mas sempre determinada, tinha os olhos de quem estava pronta para enfrentar o mundo. Era uma das habilidades que eu mais gostava nela e uma das que mais mexiam comigo. Ela respirava como um desafio, agia e me enlouquecia como um.
— Ele está no último andar. — Minha voz saiu baixa, controlada para não revelar a urgência que sentia. — Mantenha a guarda alta. é habilidoso em ler pessoas. — Murmurei enquanto o elevador subia lentamente para o último andar do prédio abandonado.
revirou os olhos, claramente irritada.
— Eu sei o que estou fazendo. Não preciso que você me diga como lidar com ele.
— Puta que pariu. Você poderia pelo menos fingir que não quer me estrangular todas as vezes que falo. Estamos fingindo que somos pessoas que se gostam, lembra? — provoquei, com um sorriso de canto de boca.
Ela bufou, mas parecia considerar minhas palavras.
— Você sabe que eu não preciso de babysitter, . Não sou uma novata.
O elevador parou com um solavanco suave, indicando que havíamos alcançado nosso destino. As portas se abriram lentamente para revelar o corredor escuro e silencioso do último andar. saiu primeiro, os passos firmes e determinados ecoaram no espaço vazio.
— Eu sei que não é uma novata, mas é imprevisível. Não podemos dar chances a ele. — Falei enquanto a seguia pelo corredor, mantendo um olhar atento ao redor.
parou diante da porta parcialmente aberta que levava à sala onde nos aguardava. Ela virou-se para mim, mantendo a expressão séria no rosto e não pude evitar de olhar para ela.
— Não vou baixar a guarda. Confie em mim.
— Confio. Mas não confio em .
Assinto, com um aceno suave na cabeça e ela retribui o gesto. Abro a porta diante de mim, dando espaço para que ela entre e ignoro o quanto o corpo dela puxa meus olhos como se fosse a porra de um demônio me arrastando para pecar.
— . — Minha voz firme anunciou nossa chegada enquanto o observava atentamente.
Ele virou lentamente, seu olhar avaliou com interesse calculado. sempre foi um mestre em ler pessoas e situações, mas eu também era. E não tinha gostado do quanto suas avaliações foram além da personalidade dela.
— . — falou suavemente, ouvi a ponta de curiosidade em sua voz. — falou bastante sobre você.
Observei a troca de olhares entre eles, cada um tentando decifrar o outro.
Eu e passamos um tempo considerável elaborando um plano para minimizar nossas falhas na missão. A ideia de fingir que nos odiávamos surgiu rapidamente, facilitada pela personalidade insuportável dela, mas logo percebemos que notaria como estávamos próximos para duas pessoas que se detestavam. Pensamos em fingir um laço familiar, mas sabíamos que mantinha sua família longe de seus negócios. Entre várias outras ideias, decidimos que o melhor era sermos o mais autênticos possível. Não usaríamos nomes falsos, embora as identidades fossem inteiramente fictícias. E eu, imprudentemente, fiz comentários sobre como ela me enlouquecia, insinuando um interesse amoroso mútuo. Não era completamente mentira e, de certa forma, poderia justificar as faíscas constantes entre nós dois.
— Mal posso imaginar o que ele contou. — Ela murmurou, me olhando daquele jeito tão único que um assassino olharia para sua presa.
— Provavelmente mais do que deveria. — Retorqui, mantendo meu tom leve, embora a tensão entre nós estivesse palpável.
— Você sempre fala mais do que deveria. Eu vim discutir negócios. — interrompeu, me fazendo ter que engolir a vontade de respondê-la.
sorriu levemente, mas seu sorriso não alcançava seus olhos frios.
— Coragem é admirável, . Mas sem habilidade, não chegará longe neste mundo.
não recuou, mantendo-se firme diante da pressão implícita em suas palavras.
— Tenho as habilidades necessárias. Só preciso da oportunidade certa.
finalmente assentiu, sua expressão séria.
— A oportunidade pode ser providenciada, mas as oportunidades exigem sacrifícios. Está disposta a pagar o preço?
— Isso vai depender do quanto eu vou ganhar com isso.
— Ganhos proporcionais aos riscos assumidos.
não era conhecido por oferecer segundas chances, e não era do tipo que aceitava menos do que merecia. Esse era um dos motivos que eu evitei colocá-la nessa missão, ela podia ser uma bomba relógio ou a solução para todos os meus problemas, no entanto, eu só saberia da resposta quando tudo explodisse.
olhou para mim, dando um leve aceno indicando que desejava falar a sós com . Assenti brevemente, sem expressão, e fiz um gesto para , demonstrando que ela deveria seguir até o canto da sala.
— Vou esperar lá fora. — Murmurei, dirigindo-me para a porta com passos firmes, deixando-os a sós.
— Não se preocupe, cuido da namorada dos meus caras.
— Não somos um casal. — Ela murmura, rápida demais. arqueou uma sobrancelha, mantendo um leve sorriso nos lábios.
— Interessante. — Ele murmurou com o tom de interesse que detestei ouvir. Umedeci meus lábios, com um sorriso irônico no rosto e olhei .
— Temos uma dinâmica peculiar. — Digo, desviando o olhar para . — Mas somos eficazes.
não a machucaria, penso, tentando me convencer. Conheço a forma dele de trabalhar, a frieza calculada. Não era do estilo dele fazer algo impulsivo, e eu sabia disso. Não deveria estar em surto com isso. Não deveria. Mas, merda, estava.
Eu não gostava de . Nunca gostei. Mas gostava ainda menos dele quando estava com . A ideia de ver os dois juntos, mesmo que apenas em uma conversa, me dava um calafrio que eu não conseguia controlar. A porta se fechou e com ela, um pedaço da minha paz foi junto.
Tento não me incomodar em deixá-la sozinha com ele, sabendo que era necessário esse contato para que ele confiasse nela. Era parte do trabalho, eu sabia, mas ver aquela porta fechada estava pesando nos meus ombros de uma forma estranha.
Eu confiava em e em suas habilidades, ela era capaz, forte, determinada, muito bem treinada e uma das melhores com quem já trabalhei. Então por que esse incômodo não diminuía?
Entro no elevador e aperto o botão para descer, respirando fundo enquanto tento desviar minha mente da imagem de com . Era profissionalidade, apenas isso. Então por que a imagem daquela porta fechada estava esmagando todos os malditos neurônios na porra da minha cabeça?
— Vamos logo.
— Bom dia pra você também. Dormiu comigo?
— Felizmente não.
— Não finja que não queria.
Ela revira os olhos, me fazendo rir do quão bonita a desgraçada ficava quando estava irritada. Eu estava a um ano afundado no meio da organização, já tinha conquistado a confiança de muita gente, mas ainda não tinha provas. era esperto, ele escondia suas ilegalidades em lugares que eu não conseguiria chegar.
Por isso .
Ela sabia bem como fazer um homem baixar a guarda.
A conduzi até o elevador, discando o número do último andar do prédio. Ela estava tensa, mas sempre determinada, tinha os olhos de quem estava pronta para enfrentar o mundo. Era uma das habilidades que eu mais gostava nela e uma das que mais mexiam comigo. Ela respirava como um desafio, agia e me enlouquecia como um.
— Ele está no último andar. — Minha voz saiu baixa, controlada para não revelar a urgência que sentia. — Mantenha a guarda alta. é habilidoso em ler pessoas. — Murmurei enquanto o elevador subia lentamente para o último andar do prédio abandonado.
revirou os olhos, claramente irritada.
— Eu sei o que estou fazendo. Não preciso que você me diga como lidar com ele.
— Puta que pariu. Você poderia pelo menos fingir que não quer me estrangular todas as vezes que falo. Estamos fingindo que somos pessoas que se gostam, lembra? — provoquei, com um sorriso de canto de boca.
Ela bufou, mas parecia considerar minhas palavras.
— Você sabe que eu não preciso de babysitter, . Não sou uma novata.
O elevador parou com um solavanco suave, indicando que havíamos alcançado nosso destino. As portas se abriram lentamente para revelar o corredor escuro e silencioso do último andar. saiu primeiro, os passos firmes e determinados ecoaram no espaço vazio.
— Eu sei que não é uma novata, mas é imprevisível. Não podemos dar chances a ele. — Falei enquanto a seguia pelo corredor, mantendo um olhar atento ao redor.
parou diante da porta parcialmente aberta que levava à sala onde nos aguardava. Ela virou-se para mim, mantendo a expressão séria no rosto e não pude evitar de olhar para ela.
— Não vou baixar a guarda. Confie em mim.
— Confio. Mas não confio em .
Assinto, com um aceno suave na cabeça e ela retribui o gesto. Abro a porta diante de mim, dando espaço para que ela entre e ignoro o quanto o corpo dela puxa meus olhos como se fosse a porra de um demônio me arrastando para pecar.
— . — Minha voz firme anunciou nossa chegada enquanto o observava atentamente.
Ele virou lentamente, seu olhar avaliou com interesse calculado. sempre foi um mestre em ler pessoas e situações, mas eu também era. E não tinha gostado do quanto suas avaliações foram além da personalidade dela.
— . — falou suavemente, ouvi a ponta de curiosidade em sua voz. — falou bastante sobre você.
Observei a troca de olhares entre eles, cada um tentando decifrar o outro.
Eu e passamos um tempo considerável elaborando um plano para minimizar nossas falhas na missão. A ideia de fingir que nos odiávamos surgiu rapidamente, facilitada pela personalidade insuportável dela, mas logo percebemos que notaria como estávamos próximos para duas pessoas que se detestavam. Pensamos em fingir um laço familiar, mas sabíamos que mantinha sua família longe de seus negócios. Entre várias outras ideias, decidimos que o melhor era sermos o mais autênticos possível. Não usaríamos nomes falsos, embora as identidades fossem inteiramente fictícias. E eu, imprudentemente, fiz comentários sobre como ela me enlouquecia, insinuando um interesse amoroso mútuo. Não era completamente mentira e, de certa forma, poderia justificar as faíscas constantes entre nós dois.
— Mal posso imaginar o que ele contou. — Ela murmurou, me olhando daquele jeito tão único que um assassino olharia para sua presa.
— Provavelmente mais do que deveria. — Retorqui, mantendo meu tom leve, embora a tensão entre nós estivesse palpável.
— Você sempre fala mais do que deveria. Eu vim discutir negócios. — interrompeu, me fazendo ter que engolir a vontade de respondê-la.
sorriu levemente, mas seu sorriso não alcançava seus olhos frios.
— Coragem é admirável, . Mas sem habilidade, não chegará longe neste mundo.
não recuou, mantendo-se firme diante da pressão implícita em suas palavras.
— Tenho as habilidades necessárias. Só preciso da oportunidade certa.
finalmente assentiu, sua expressão séria.
— A oportunidade pode ser providenciada, mas as oportunidades exigem sacrifícios. Está disposta a pagar o preço?
— Isso vai depender do quanto eu vou ganhar com isso.
— Ganhos proporcionais aos riscos assumidos.
não era conhecido por oferecer segundas chances, e não era do tipo que aceitava menos do que merecia. Esse era um dos motivos que eu evitei colocá-la nessa missão, ela podia ser uma bomba relógio ou a solução para todos os meus problemas, no entanto, eu só saberia da resposta quando tudo explodisse.
olhou para mim, dando um leve aceno indicando que desejava falar a sós com . Assenti brevemente, sem expressão, e fiz um gesto para , demonstrando que ela deveria seguir até o canto da sala.
— Vou esperar lá fora. — Murmurei, dirigindo-me para a porta com passos firmes, deixando-os a sós.
— Não se preocupe, cuido da namorada dos meus caras.
— Não somos um casal. — Ela murmura, rápida demais. arqueou uma sobrancelha, mantendo um leve sorriso nos lábios.
— Interessante. — Ele murmurou com o tom de interesse que detestei ouvir. Umedeci meus lábios, com um sorriso irônico no rosto e olhei .
— Temos uma dinâmica peculiar. — Digo, desviando o olhar para . — Mas somos eficazes.
não a machucaria, penso, tentando me convencer. Conheço a forma dele de trabalhar, a frieza calculada. Não era do estilo dele fazer algo impulsivo, e eu sabia disso. Não deveria estar em surto com isso. Não deveria. Mas, merda, estava.
Eu não gostava de . Nunca gostei. Mas gostava ainda menos dele quando estava com . A ideia de ver os dois juntos, mesmo que apenas em uma conversa, me dava um calafrio que eu não conseguia controlar. A porta se fechou e com ela, um pedaço da minha paz foi junto.
Tento não me incomodar em deixá-la sozinha com ele, sabendo que era necessário esse contato para que ele confiasse nela. Era parte do trabalho, eu sabia, mas ver aquela porta fechada estava pesando nos meus ombros de uma forma estranha.
Eu confiava em e em suas habilidades, ela era capaz, forte, determinada, muito bem treinada e uma das melhores com quem já trabalhei. Então por que esse incômodo não diminuía?
Entro no elevador e aperto o botão para descer, respirando fundo enquanto tento desviar minha mente da imagem de com . Era profissionalidade, apenas isso. Então por que a imagem daquela porta fechada estava esmagando todos os malditos neurônios na porra da minha cabeça?
Capítulo 4
— Como foi? — Ele perguntou assim que cruzou pela porta do apartamento que dividimos, às vezes. Ignorei sua presença por alguns instantes, sabendo que sua curiosidade era enorme.
— Bem. — Murmuro simplesmente, apenas porque tinha certeza que ele não me deixaria dar uma informação tão pequena. era tão grande quanto sua curiosidade.
— E? — Ele fala, cruzando os braços enquanto para sobre minha frente. Umedeço os lábios imediatamente. Droga de corpo que reage ao menor dos indícios dele.
— E foi tudo bem. Ele me deu a missão.
— Detalhes, .
— Ele quer que eu me infiltre em um dos grupos de corrida que ele está observando. Tudo indica que ele desconfia que alguém está desviando dinheiro, mas não faz a menor ideia que está sendo investigado.
arqueia uma sobrancelha.
— Corridas de rua? Isso parece o estilo dele.
— Exato. Ele acha que posso me aproximar de algumas figuras-chave pelos meus talentos e, é claro, pela minha beleza. — Explico, tentando ignorar a forma como ele me observava, como se estivesse tentando ler cada nuance do meu rosto. Ele arqueia uma das sobrancelhas quando me olha, dando uma risada sarcástica ao me ouvir em meu auto elogio.
— E como você vai fazer isso? — Ele pergunta, inclinando-se um pouco mais, a proximidade faz meu coração acelerar.
— Ainda estou elaborando o plano. confia em mim o suficiente para me dar essa missão. Precisamos aproveitar isso.
— Você sabe que isso é perigoso. — Ele continua, ele tenta disfarçar, mas é inevitável e impossível não ouvir o subtom de preocupação em sua voz. — não é um amador, e os caras dele são ainda piores.
— Eu sei. — Respondo, umedecendo os lábios novamente. — Mas vou conseguir. Já passei por situações piores.
me observa por um momento, novamente me aliviando e respiro fundo, o olhando atentamente para que saiba que não estou mentindo. acha que tudo o que quero é vingança e que assim que tiver uma chance, boa o suficiente, vou meter uma bala na cabeça de e, com isso, fazer um tubarão ser substituído por outro, arriscando todo o trabalho de anos dele. Por mais que eu tenha essa vontade e ache que merece isso, eu não quero só isso. Eu não quero matar ele, eu quero ter o prazer de ver ele atrás das grades, encurralado como um bichinho selvagem domesticado. Morte é muito pouco para alguém como .
— Só tome cuidado. — Ele diz finalmente, sua voz mais baixa. — Não quero ter que tirar você de outra enrascada.
— Eu vou ficar bem. — Respondo, tentando soar confiante. Ele solta um suspiro pesado, descruzando os braços. — Sua preocupação vai me fazer acreditar que gosta de mim.
Ele ri, de forma irônica e levemente debochada.
— Eu quero o sucesso dessa missão, você bem é apenas a consequência.
Reviro os olhos, mas um sorriso logo aparece no canto dos meus lábios.
— Claro, . Continue tentando convencer a si mesmo disso.
Ele dá um passo para trás, ainda com aquele sorriso arrogante no rosto, em seguida me olha de cima aos pés e observa minha reação quando umedece os lábios, mordendo vagarosamente.
— É um trabalho ingrato precisar focar na missão que estamos sendo pagos para concluir, mas alguém tem que fazer. — Ele responde, dando de ombros. — Apenas lembre-se, não faça nada imprudente.
— Você me conhece, . — Digo com um meio sorriso. — Sou a definição de prudência.
Ele ri de novo, mas dessa vez há um toque de genuinidade.
— Isso é o que me preocupa. — O encaro com o semblante sério, fazendo uma pequena careta para reagir a forma que ele fala. Ele dá de ombros, ficando em silêncio por alguns segundo, mas logo o interrompe. — O que achou dele?
— Como assim?
— . O que achou dele?
Fico em silêncio por um momento, tentando decifrar se ele realmente queria saber minha opinião ou se estava apenas tentando provocar. Não consigo identificar a resposta para isso, então decido jogar seu jogo.
— Ele é exatamente como você disse. Intenso, controlado, frio, inteligente. — Respondo, medindo cada palavra.
— E...?
— E o quê?
— E ele te assustou? — pergunta, seus olhos fixos nos meus, desafiadores.
Dou uma risada curta, sarcástica. Esse era um dos momentos em que eu precisava fingir que não via o ciúmes impregnado em sua voz.
— Você sabe que não me assusto fácil, .
— Sei. Mas ele é diferente, . Ele não joga limpo.
— E quem aqui joga? — Retruco, levantando uma sobrancelha.
parece pensar um pouco, dando de ombros, em seguida ele se aproxima de mim e envolve as mãos no meu quadril. Sua barba mal feita roça sobre o meu ombro e permito que um gemido baixo escape de minha boca.
— Justo. — Suas mãos deslizam pela minha coxa, subindo minha camisola até um pouco além do quadril. Os dedos dele são ágeis quando encontram minha calcinha, esfregando o tecido fino ainda mais na minha pele. Maldita habilidade que ele tinha com as mãos. — Sabe o que também é justo? O quanto você fica linda quando está calminha e tranquila.
— É só você não me estressar. — Ele suspira, mordendo o lábio inferior e se colocou na minha frente. Não percebo em que momento ele me empurra, até que meu corpo esteja entre o aparador e ele. — Não tínhamos combinado de não transar mais? — A minha pergunta parece irritá-lo, fazendo sua boca ir até o meu pescoço, deixando uma mordida ali.
— É pela missão. Que tipo de homem vai pensar que eu sou se eu não deixar a minha mulher com marcas pelo corpo? — Ignoro a maneira que as palavras “minha” e “mulher” saem, tão miseravelmente bem de sua boca.
— O tipo de homem normal, controlado. — Sussurro, com muita dificuldade, tentando prender os gemidos em minha garganta assim que suas mãos apertam com mais força meu quadril. Não percebo quando ele derruba tudo que está no aparador, sequer lembro como ele me sentou ali tão habilidosamente.
— Sou muitas coisas, controlado não é uma delas. — A voz dele é baixa, quase um rosnado, carregada de uma dureza que faz meu coração acelerar e meu corpo amolecer. Ele está tão perto que posso sentir o calor que emana de seu corpo, mas ele não me toca. Não ainda. Seus olhos são sombrios, predadores e fixam-se nos meus lábios com uma fome tão esmagadora que me sufoca, como se ele estivesse prestes a devorá-los.
Mas ele não me beija. Não ainda.
Era o nosso jogo. Essa maldita dança de poder que aceitamos jogar, mas nunca discutimos. No momento em que eu começava a pensar que ele cederia, ele recuava, segurando o controle dos nossos corpos firmemente nas mãos. As regras são claras, ainda que nunca ditas em volta alta: não nos beijamos durante o sexo. Fora dele, evitamos até nos encostar. Eram regras tácitas, uma tentativa de barreira para que o desejo não transbordasse em algo mais perigoso, algo que não poderíamos controlar. Como se um único beijo pudesse derrubar tudo que nos mantinha à parte do nosso maior temor: o envolvimento.
Eu odiava essa regra.
E amava.
Porque secretamente eu ansiava pela boca dele. Mais do que deveria querer, muito mais do que jamais admitiria. Queria o gosto dele, a sensação de seus lábios contra os meus, a mistura de selvageria e delicadeza que ele sempre conseguia imprimir em cada toque. Era uma necessidade que me corroía por dentro. Era uma tortura. Eu sabia disso. Ele sabia também. sabia o quanto eu queria, e ele usava isso contra mim, mas eu sabia que ceder significava mais do que apenas um beijo. Mais do que uma regra. Significa perder para ele, admitir que estava me afundando mais nesse abismo que ele cavava tão habilmente.
Minha respiração se torna pesada, meus lábios tremem ligeiramente quando sua mão desce, abrindo minhas pernas. Ele não sobe, apenas acaricia a parte interna das minhas coxas, mas seu olhar ainda está aqui. Sua boca ainda está tão perto que o hálito quente com frescor de menta ainda me deixa inebriada. Cada parte do meu corpo está em alerta, esperando por algo que talvez nunca venha. Ele se inclina ainda mais perto e sorri, um sorriso perigoso. Seus olhos descem até os meus lábios, examinando-os como se fosse uma questão de tempo até que ele se rendesse, ou talvez, até que eu o fizesse. Prendo a respiração esperando, desejando e temendo o que viria a seguir.
E então, ele recua ligeiramente, seus lábios ainda estão próximos dos meus, mas ele ainda não os toca. Ele está me provocando, jogando esse jogo infernal que nós mesmos criamos, e eu sinto cada fibra da porra do meu corpo se esticar, implorando pelo que ele nega.
— Você adora isso, não é? — Ele sussurra com a voz rouca, fazendo com que sua respiração quente deslize por minha pele.
Eu quero responder, mas as palavras parecem morrer em minha garganta. Ele sabe a resposta, pode vê-la no meu olhar, na forma que meu corpo reage ao dele, tão perfeitamente sintonizado. Porque, no fundo, ele está certo. Eu gosto muito dessa tortura. Gosto da forma como ele me faz sentir, como se estivesse à beira do precipício, sempre prestes a cair, mas nunca caindo.
Finalmente, ele dá um passo atrás, quebrando o feitiço que ele mesmo conjurou. Minha respiração sai em um suspiro trêmulo, e eu me odeio por sentir tanto a perda dessa proximidade. Ele sorri de novo, aquele sorriso que me diz que ele sabe exatamente o que estou pensando, o que estou sentindo. E isso me irrita tanto quanto me excita.
— Amanhã você vai desejar que eu realmente fosse controlado.
— Boa sorte com isso. — Sussurro, lutando para manter o tom de desafio, para não entregar o quanto cada palavra dele me desmonta. Não posso deixá-lo ver o quanto estou perto de ceder, o quanto estou à beira de implorar para que ele me coma. Mas, maldição, que quero. Quero de um jeito que me corrói por dentro.
Sem aviso, suas mãos firmes agarram meu quadril, me levantando com uma facilidade que me faz sentir leve, vulnerável, dele. Ele me coloca sentada no aparador e o impacto derruba vários dos objetos que estavam ali, mas nenhum de nós parece se importar. Seu corpo pressiona o meu, com calor e força se mesclando em uma coisa só. As mãos dele apertam minha pele com uma necessidade contida, e meu coração acelera mais do que qualquer carro que eu possa dirigir, batendo contra o peito, como se quisesse pular para as mãos dele. Para o controle que ele exerce sobre meu corpo.
Ele não precisa me beijar para me possuir. E é isso que torna tudo ainda mais enlouquecedor.
— Bem. — Murmuro simplesmente, apenas porque tinha certeza que ele não me deixaria dar uma informação tão pequena. era tão grande quanto sua curiosidade.
— E? — Ele fala, cruzando os braços enquanto para sobre minha frente. Umedeço os lábios imediatamente. Droga de corpo que reage ao menor dos indícios dele.
— E foi tudo bem. Ele me deu a missão.
— Detalhes, .
— Ele quer que eu me infiltre em um dos grupos de corrida que ele está observando. Tudo indica que ele desconfia que alguém está desviando dinheiro, mas não faz a menor ideia que está sendo investigado.
arqueia uma sobrancelha.
— Corridas de rua? Isso parece o estilo dele.
— Exato. Ele acha que posso me aproximar de algumas figuras-chave pelos meus talentos e, é claro, pela minha beleza. — Explico, tentando ignorar a forma como ele me observava, como se estivesse tentando ler cada nuance do meu rosto. Ele arqueia uma das sobrancelhas quando me olha, dando uma risada sarcástica ao me ouvir em meu auto elogio.
— E como você vai fazer isso? — Ele pergunta, inclinando-se um pouco mais, a proximidade faz meu coração acelerar.
— Ainda estou elaborando o plano. confia em mim o suficiente para me dar essa missão. Precisamos aproveitar isso.
— Você sabe que isso é perigoso. — Ele continua, ele tenta disfarçar, mas é inevitável e impossível não ouvir o subtom de preocupação em sua voz. — não é um amador, e os caras dele são ainda piores.
— Eu sei. — Respondo, umedecendo os lábios novamente. — Mas vou conseguir. Já passei por situações piores.
me observa por um momento, novamente me aliviando e respiro fundo, o olhando atentamente para que saiba que não estou mentindo. acha que tudo o que quero é vingança e que assim que tiver uma chance, boa o suficiente, vou meter uma bala na cabeça de e, com isso, fazer um tubarão ser substituído por outro, arriscando todo o trabalho de anos dele. Por mais que eu tenha essa vontade e ache que merece isso, eu não quero só isso. Eu não quero matar ele, eu quero ter o prazer de ver ele atrás das grades, encurralado como um bichinho selvagem domesticado. Morte é muito pouco para alguém como .
— Só tome cuidado. — Ele diz finalmente, sua voz mais baixa. — Não quero ter que tirar você de outra enrascada.
— Eu vou ficar bem. — Respondo, tentando soar confiante. Ele solta um suspiro pesado, descruzando os braços. — Sua preocupação vai me fazer acreditar que gosta de mim.
Ele ri, de forma irônica e levemente debochada.
— Eu quero o sucesso dessa missão, você bem é apenas a consequência.
Reviro os olhos, mas um sorriso logo aparece no canto dos meus lábios.
— Claro, . Continue tentando convencer a si mesmo disso.
Ele dá um passo para trás, ainda com aquele sorriso arrogante no rosto, em seguida me olha de cima aos pés e observa minha reação quando umedece os lábios, mordendo vagarosamente.
— É um trabalho ingrato precisar focar na missão que estamos sendo pagos para concluir, mas alguém tem que fazer. — Ele responde, dando de ombros. — Apenas lembre-se, não faça nada imprudente.
— Você me conhece, . — Digo com um meio sorriso. — Sou a definição de prudência.
Ele ri de novo, mas dessa vez há um toque de genuinidade.
— Isso é o que me preocupa. — O encaro com o semblante sério, fazendo uma pequena careta para reagir a forma que ele fala. Ele dá de ombros, ficando em silêncio por alguns segundo, mas logo o interrompe. — O que achou dele?
— Como assim?
— . O que achou dele?
Fico em silêncio por um momento, tentando decifrar se ele realmente queria saber minha opinião ou se estava apenas tentando provocar. Não consigo identificar a resposta para isso, então decido jogar seu jogo.
— Ele é exatamente como você disse. Intenso, controlado, frio, inteligente. — Respondo, medindo cada palavra.
— E...?
— E o quê?
— E ele te assustou? — pergunta, seus olhos fixos nos meus, desafiadores.
Dou uma risada curta, sarcástica. Esse era um dos momentos em que eu precisava fingir que não via o ciúmes impregnado em sua voz.
— Você sabe que não me assusto fácil, .
— Sei. Mas ele é diferente, . Ele não joga limpo.
— E quem aqui joga? — Retruco, levantando uma sobrancelha.
parece pensar um pouco, dando de ombros, em seguida ele se aproxima de mim e envolve as mãos no meu quadril. Sua barba mal feita roça sobre o meu ombro e permito que um gemido baixo escape de minha boca.
— Justo. — Suas mãos deslizam pela minha coxa, subindo minha camisola até um pouco além do quadril. Os dedos dele são ágeis quando encontram minha calcinha, esfregando o tecido fino ainda mais na minha pele. Maldita habilidade que ele tinha com as mãos. — Sabe o que também é justo? O quanto você fica linda quando está calminha e tranquila.
— É só você não me estressar. — Ele suspira, mordendo o lábio inferior e se colocou na minha frente. Não percebo em que momento ele me empurra, até que meu corpo esteja entre o aparador e ele. — Não tínhamos combinado de não transar mais? — A minha pergunta parece irritá-lo, fazendo sua boca ir até o meu pescoço, deixando uma mordida ali.
— É pela missão. Que tipo de homem vai pensar que eu sou se eu não deixar a minha mulher com marcas pelo corpo? — Ignoro a maneira que as palavras “minha” e “mulher” saem, tão miseravelmente bem de sua boca.
— O tipo de homem normal, controlado. — Sussurro, com muita dificuldade, tentando prender os gemidos em minha garganta assim que suas mãos apertam com mais força meu quadril. Não percebo quando ele derruba tudo que está no aparador, sequer lembro como ele me sentou ali tão habilidosamente.
— Sou muitas coisas, controlado não é uma delas. — A voz dele é baixa, quase um rosnado, carregada de uma dureza que faz meu coração acelerar e meu corpo amolecer. Ele está tão perto que posso sentir o calor que emana de seu corpo, mas ele não me toca. Não ainda. Seus olhos são sombrios, predadores e fixam-se nos meus lábios com uma fome tão esmagadora que me sufoca, como se ele estivesse prestes a devorá-los.
Mas ele não me beija. Não ainda.
Era o nosso jogo. Essa maldita dança de poder que aceitamos jogar, mas nunca discutimos. No momento em que eu começava a pensar que ele cederia, ele recuava, segurando o controle dos nossos corpos firmemente nas mãos. As regras são claras, ainda que nunca ditas em volta alta: não nos beijamos durante o sexo. Fora dele, evitamos até nos encostar. Eram regras tácitas, uma tentativa de barreira para que o desejo não transbordasse em algo mais perigoso, algo que não poderíamos controlar. Como se um único beijo pudesse derrubar tudo que nos mantinha à parte do nosso maior temor: o envolvimento.
Eu odiava essa regra.
E amava.
Porque secretamente eu ansiava pela boca dele. Mais do que deveria querer, muito mais do que jamais admitiria. Queria o gosto dele, a sensação de seus lábios contra os meus, a mistura de selvageria e delicadeza que ele sempre conseguia imprimir em cada toque. Era uma necessidade que me corroía por dentro. Era uma tortura. Eu sabia disso. Ele sabia também. sabia o quanto eu queria, e ele usava isso contra mim, mas eu sabia que ceder significava mais do que apenas um beijo. Mais do que uma regra. Significa perder para ele, admitir que estava me afundando mais nesse abismo que ele cavava tão habilmente.
Minha respiração se torna pesada, meus lábios tremem ligeiramente quando sua mão desce, abrindo minhas pernas. Ele não sobe, apenas acaricia a parte interna das minhas coxas, mas seu olhar ainda está aqui. Sua boca ainda está tão perto que o hálito quente com frescor de menta ainda me deixa inebriada. Cada parte do meu corpo está em alerta, esperando por algo que talvez nunca venha. Ele se inclina ainda mais perto e sorri, um sorriso perigoso. Seus olhos descem até os meus lábios, examinando-os como se fosse uma questão de tempo até que ele se rendesse, ou talvez, até que eu o fizesse. Prendo a respiração esperando, desejando e temendo o que viria a seguir.
E então, ele recua ligeiramente, seus lábios ainda estão próximos dos meus, mas ele ainda não os toca. Ele está me provocando, jogando esse jogo infernal que nós mesmos criamos, e eu sinto cada fibra da porra do meu corpo se esticar, implorando pelo que ele nega.
— Você adora isso, não é? — Ele sussurra com a voz rouca, fazendo com que sua respiração quente deslize por minha pele.
Eu quero responder, mas as palavras parecem morrer em minha garganta. Ele sabe a resposta, pode vê-la no meu olhar, na forma que meu corpo reage ao dele, tão perfeitamente sintonizado. Porque, no fundo, ele está certo. Eu gosto muito dessa tortura. Gosto da forma como ele me faz sentir, como se estivesse à beira do precipício, sempre prestes a cair, mas nunca caindo.
Finalmente, ele dá um passo atrás, quebrando o feitiço que ele mesmo conjurou. Minha respiração sai em um suspiro trêmulo, e eu me odeio por sentir tanto a perda dessa proximidade. Ele sorri de novo, aquele sorriso que me diz que ele sabe exatamente o que estou pensando, o que estou sentindo. E isso me irrita tanto quanto me excita.
— Amanhã você vai desejar que eu realmente fosse controlado.
— Boa sorte com isso. — Sussurro, lutando para manter o tom de desafio, para não entregar o quanto cada palavra dele me desmonta. Não posso deixá-lo ver o quanto estou perto de ceder, o quanto estou à beira de implorar para que ele me coma. Mas, maldição, que quero. Quero de um jeito que me corrói por dentro.
Sem aviso, suas mãos firmes agarram meu quadril, me levantando com uma facilidade que me faz sentir leve, vulnerável, dele. Ele me coloca sentada no aparador e o impacto derruba vários dos objetos que estavam ali, mas nenhum de nós parece se importar. Seu corpo pressiona o meu, com calor e força se mesclando em uma coisa só. As mãos dele apertam minha pele com uma necessidade contida, e meu coração acelera mais do que qualquer carro que eu possa dirigir, batendo contra o peito, como se quisesse pular para as mãos dele. Para o controle que ele exerce sobre meu corpo.
Ele não precisa me beijar para me possuir. E é isso que torna tudo ainda mais enlouquecedor.
Capítulo 5
Ela está tentando disfarçar o quanto está prestes a desmoronar, mas eu vejo através dos seus disfarces. A respiração acelerada, os olhos que mal conseguem manter o contato com os meus sem queimar de desejo, a calcinha úmida, seus lábios entreabertos, talvez esperando, talvez desejando que eu ceda e a beije. Mas eu não vou. Não ainda. Não agora.
Minhas mãos apertam com mais força o seu quadril, fazendo meus dedos ficarem brancos e o tecido fino e curto subir até o seu quadril. Sinto a forma como ela tenta se controlar, mesmo enquanto eu a desmorono de dentro para fora. A sensação de poder que isso me dá é intoxicante. Saber que ela se sente tão perdida, tão tomada por mim, me excita mais do que qualquer coisa. Desço os lábios pelo seu pescoço, sentindo-a tremer sob meu toque.
Ela não fala, não precisa falar. O corpo dela me dá todas as respostas que eu preciso. Posso sentir o pulsar rápido de seu coração contra o meu. Ela está à beira do abismo e só estou esperando o momento certo para empurrá-la.
Meu sorriso cresce enquanto me afasto o suficiente para olhar nos olhos dela, meus dedos traçam um caminho lento e deliberado ao longo de sua coxa. tenta manter o controle, mas cada toque meu a faz perder um pouco mais da resistência. Ela é minha, cada fibra do seu ser sabe disso, mesmo que ela nunca admita em voz alta.
— Você vai implorar, . — Sussurro, observando enquanto seus olhos se arregalam levemente, me desafiando com a maneira que ela sorri.
Eu a seguro com força, mas não tanto quanto eu poderia. Não tanto quanto eu quero. Há uma parte de mim que quer ver até onde ela aguenta antes de se partir completamente. Seu corpo estremece sob meu toque e sinto a resistência que ainda resta nela, a fina linha de autocontrole que ela tenta, em vão, manter intacta. É inútil. Eu a conheço bem demais, sei exatamente onde e como pressionar para que essa linha se rompa.
Meus dedos deslizam para dentro do vestido curto que ela usa para dormir, explorando a pele macia de sua coxa, subindo lentamente, provocando. Esfrego dois de meus dedos no tecido fino da calcinha rendada que a maldita usa, afastando-me logo em seguida, quero mantê-la à beira do desejo e da frustração. Quero que ela sinta o quanto estou no controle. O quanto ela é minha para moldar e quebrar.
solta um gemido, quase inaudível, e seus olhos se fecham por um breve instante. Meus lábios voltam a se aproximar de seu pescoço, mas dessa vez não me contenho. Deixo que meus dentes arranhem levemente a pele sensível, deixando um rastro de calor e uma vermelhidão passageira. Ela se arqueia contra mim e sinto seu controle escorregar mais um pouco.
— Implore por mim, . — Sussurro contra sua orelha, deixando minha voz mais baixa, mais rouca, mais autoritária. — Diga que me quer. Fale o quanto precisa de mim neste momento.
Ela abre os olhos e vejo o conflito neles. É uma guerra interna entre o orgulho e o desejo. Ela odeia que eu tenha esse poder sobre ela, mas ao mesmo tempo, não pode resistir. E isso a consome tanto quanto me alimenta.
— Eu… — A voz dela sai trêmula e ela morde o lábio, tentando se segurar. Eu espero, saboreando cada segundo dessa hesitação.
Me aproximo mais, agora enfiando a mão direita com mais força no meio de suas pernas, sentindo o calor pulsante que se esconde sob o fino tecido. Minha mão se move com uma pressão calculada, explorando a boceta dela com uma lentidão que a torturava, desesperando-a por mais, mas eu não tinha pressa.
Ela fecha os olhos de novo, os dedos apertando na borda do aparador, como se isso pudesse mantê-la ancorada, mas é inútil. Levo meus dedos mais fundo, deslizando lentamente.
— Olhe para mim, . — murmuro, mantendo minha voz baixa e cheia de comando.
Ela hesita, mantendo os olhos fechados. Meus dedos se movem mais fundo, mais firmes, arrancando um gemido involuntário de seus lábios. Ela abre mais as pernas, deixando que eu estimule o seu clitóris, deixando que meus dedos explorem vagarosamente os lábios de sua boceta antes de enfiar dois deles dentro dela.
— Olhe para mim — repito, desta vez com mais força, com mais autoridade, com mais fome. — Finalmente, seus olhos se abrem, e o que vejo neles me faz sorrir. Ela está à beira de se perder completamente, e o fato de que ela ainda tenta lutar só torna a vitória mais doce. — Boa garota. — murmuro, enquanto continuo a provocá-la, enfiando e retirando meus dedos de dentro dela, vagarosamente, tortuosamente, explorando cada reação do seu corpo. — Agora, você vai me dizer o que quer. E vai implorar por isso.
Ela morde o lábio com tanta força que quase o sangra, tentando segurar as palavras que sei que estão prestes a sair. Mas a tensão em seu corpo, o jeito como seus quadris se movem instintivamente contra minha mão, a forma que ela rebola devagar e desesperadamente contra a minha mão, me diz tudo o que preciso saber.
— ... por favor... — A voz dela finalmente cede, um sussurro rouco e desesperado, exatamente como eu queria. Meu sorriso se alarga. Eu a fiz implorar, exatamente como sabia que faria. E agora, posso dar a ela o que tanto deseja, sabendo que cada pedaço dessa vitória é meu.
— Vamos ver até onde você aguenta. — Eu me afasto, tirando minhas mãos e levando meus dedos até a boca, ela murmura meu nome, mas é um som vazio. Uma tentativa de me chamar de volta para onde ela mais precisa.
Sem pressa, deixo meus lábios seguirem o caminho que minhas mãos já exploraram, minha boca desce por sua pele e ele se inclina para trás, com os dedos ainda apertando a borda do aparador como se fosse a única coisa que a mantivesse inteira.
Meus lábios encontram a base do seu pescoço e eu os arrasto lentamente pela linha de sua clavícula, sentindo o arrepio que percorre seu corpo em resposta. Sua pele é quente, quase febril, e cada gemido suave que escapa de seus lábios e uma rendição silenciosa do quanto eu mexo com ele.
E a forma que meu pau duro aperta minha calça é a forma que meu corpo também é inteiramente dominado pela filha da puta.
Mas isso não é suficiente, eu quero mais. Preciso de mais.
Continuo descendo minha boca, deixando beijos e mordidas pelo seu corpo, pelos seus seios ainda por cima do tecido fino. Sinto o tremor em suas pernas quando minhas mãos deslizam por suas coxas, abrindo-as ainda mais enquanto me ajoelho diante dela.
— Por favor, o que? — Sussurro, contra a pele macia de seu ventre, enquanto meus dedos deslizam pelo tecido de sua calcinha, finalmente puxando-a para baixo em um único e decidido movimento.
Ela morde o lábio, tentando sufocar um gemido quando minha boca finalmente encontra sua boceta, mas não consegue esconder o desejo que explode em sua voz quando joga o corpo para trás se oferecendo mais para mim. O gosto dela é doce, intoxicante e cada movimento da minha língua parece levá-la ainda mais fundo em um mar de prazer. Seus quadris se movem contra mim, desesperados e sem controle, mas a mantenho firme, segurando-a no lugar enquanto exploro cada centímetro dela com a boca, levando-a a insanidade. Eu deixo que minha língua circule em círculos, chupando e sugando lentamente todo o seu mel para minha boca, deixando meus dentes afastados o suficiente para que a umidade se espalhe apenas em meus lábios.
Eu queria me lambuzar nela. Ter seu gosto em minha boca até que ele nunca mais saísse dali.
Suas mãos encontram meu cabelo, puxando com uma força que beira o desespero, e isso só me faz intensificar mais meus movimentos, colocando minha língua finalmente dentro dela, ocupando o espaço que meus dedos ocuparam. Engolindo-a com desespero, sentindo-a se inundar em minha boca, explorando cada gemido que escapa de seus lábios. Vendo o quanto sua respiração irregular se torna mais e mais frequente.
— Por favor… — Ela finalmente implora, sua voz quebrada, os olhos fechados enquanto se rende completamente ao que estou fazendo. — Não… pare…
Mas eu não tenho intenção de parar. Não até que ela esteja completamente destruída, quebrada em minhas mãos. Eu sinto o momento em que ela cede completamente, o tremor que percorre seu corpo enquanto o clímax a consome. E ainda assim, eu não recuo. Continuo, levando-a além, prolongando o prazer até que ela esteja perdida em um mundo onde nada mais importa além do que estou fazendo com ela. Além do quanto estou chupando ela.
Quando finalmente paro, ela está ofegante, exausta, com o corpo trêmulo e extremamente vulnerável. Subo de volta pelo seu corpo, parando na altura de seus lábios, controlando a vontade insaciável de beijar a boca dela, para que ela sinto o gosto de paraíso que sua boceta tem, mas não estou nem perto de terminar.
Acaricio sua coxa, vendo-a tremer sob meu toque. Quando nossos olhares se encontram, um sorriso frio se forma nos meus lábios.
— Respire, querida — digo, minha voz tão calma e controlada quanto sempre. — Ainda não acabamos.
Ela tenta recuperar o fôlego e me divirto com a forma que ela luta para se manter consciente e presente.
Meus dedos deslizam para o seu rosto, traçando uma linha gentil pela sua mandíbula enquanto observo suas reações. Quero ver como ela reage ao meu comando agora, como ela se comporta quando ainda está à mercê da minha vontade.
— Olhe para mim — continuo, minha voz firme. — Quero ver seus olhos. Não se esconda de mim agora. — Ela está respirando pesadamente, tentando se recompor enquanto eu a observo, satisfeito.
Meus dedos deslizam de volta para sua coxa, e com um toque gentil, eu a puxo mais para frente, forçando-a a se ajustar na posição que eu desejo. A frustração dela é palpável, mas eu não tenho intenção de deixá-la se recuperar totalmente.
Desço a mão com mais ousadia, explorando novamente a área entre suas pernas, meus toques são precisos onde sei que irão provocar a resposta que quero. Sinto o tremor dela, a maneira como ela se contrai sob minha mão, e isso só aumenta o controle que exerço sobre ela. Porra.
Consigo sentir meu pau pulsar, louco para me enfiar dentro dela. Acho que nunca estive tão duro.
— Você se esqueceu de respirar, querida — Murmuro, inclinando-me mais para perto. — Acalme-se, e me diga o que mais deseja.
Ela hesita por um momento, e a frustração é evidente em seu rosto. Mas, eventualmente, ela se rende, seus lábios se abrindo em um gemido abafado.
— Quero… — Ela começa, sua voz é rouca e quebrada. — Quero que você me faça sentir ainda mais… Quero mais de você.
— Muito bem — digo, enquanto me inclino para beijar a parte interna de sua coxa, um beijo suave e prolongado que a faz estremecer. — Eu vou te dar o que você deseja.
Com um sorriso satisfeito começo a me despir, movendo-me com uma calma deliberada e calculada. Quero que ela veja cada movimento, cada gesto, quero que ela olhe o quanto meu corpo clama pelo dela.
Desabotoou a camisa com movimentos lentos, aproveitando a forma como seus olhos seguem cada ação minha, como se fossem hipnotizados enquanto ela ainda luta para recuperar a respiração. Jogo a camisa no chão, em seguida, vou para o cinto. A fivela faz um clique audível quando a solto. A calça cai ao chão com um som abafado.
Deslizo a boxer para baixo, revelando o que ela tem tanto desejo de ver. Sinto um prazer quase perverso ao notar o quanto ela está ansiosa, como cada movimento meu a aproxima mais do limite, sinto a forma que ela engole seco, salivando. Satisfeita em me ver tão duro, tão dela.
Eu me aproximo de novo, minha pele nua agora tocando a dela com uma sensação de eletricidade que percorre o ar. Ela estremece ao meu toque, e eu a puxo para mais perto.
— Agora — Murmuro, enquanto me posiciono sobre ela. Mantenho nossos corpos alinhados enquanto me encaixo em sua entrada apertada e fodidamente molhada. — Você vai sentir exatamente o que eu quero que sinta.
Coloco minha mão em sua cintura, mantendo-a firme no lugar e me enfio completamente dentro dela, a ouvindo gritar. Vendo-a se jogar para trás ao mesmo tempo que tenta agarrar meu quadril. Seu cabelo desliza pelo corpo, ficando preso a umidade em sua testa e deixo que ela se acostume com o tamanho por alguns segundos. — Respire, querida — Sussurro novamente, deixando que ela note o toque de crueldade em minha voz. — Porque isso é só o começo. Assim que termino de falar volto a sair de dentro dela, apenas o suficiente para que possa me enfiar novamente.
A sensação de poder que sinto ao dominá-la é quase física. Eu a puxo para mais perto, sentindo nossos corpos se encaixarem perfeitamente e ela se contorce sob mim, seus gemidos e suspiros são entrecortados por pequenos gritos de prazer conforme aumento a intensidade do meu quadril contra o dela.
Sinto a forma que seu corpo responde ao meu, a maneira que as mãos dela, que antes estavam apertados na borda do aparador, agora procuram o apoio das minhas costas, enterrando os dedos em minha pele. Arranhando até que a dor passe para mim.
Meus lábios encontram os seus novamente, não em um beijo, mas em uma mordida, um contato urgente e dominador. Sinto o gosto da sua boca misturando ao calor do meu desejo e a forma que ela rebola contra meu cacete, como se todo o seu ser estivesse pedindo por mais, só alimenta minha necessidade de manter o controle.
— Isso é o que você queria, não é? — Pergunto, minha voz escapa em um sussurro rouco em meio aos gemidos que ela tenta controlar. — Você se entrega completamente a mim, e ainda assim nunca é o suficiente.
Ela tenta responder, mas as palavras se perdem em um grito de prazer quando eu a movimento mais fundo, mais rápido, mais forte. Seu corpo está tremendo, seus olhos estão fixos nos meus, buscando um sinal de que pode finalmente se libertar do tormento. Mas eu não estou pronto para dar esse alívio ainda. Minhas mãos estão firmemente posicionadas em sua cintura, ajudando a mantê-la parada, entregue, submissa.
Eu me inclino mais perto, tão perto que sinto meus lábios roçando o ouvido dela, minha voz é um sussurro rouco e autoritário.
— Não se preocupe, vou te dar o que você precisa.
Então reduzo a intensidade, fazendo com que meus movimentos dentro dela se tornem mais lentos e mais suaves. Ela geme. Em seu gemido consigo ouvir a frustração e o desejo misturados em um som quase doloroso. A expressão dela é uma mistura de rendição e desespero, e isso só me incentiva a prolongar a tortura, a intensificar a experiência.
Finalmente, quando vejo que ela está quase em seu ponto máximo, e seu corpo está quase no limite, volto a aumentar a intensidade, pronto para levá-la ao clímax que eu sei que ela deseja tanto. O ritmo se torna mais frenético, mais intenso, mais forte. Quando a sensação de prazer máxima finalmente explode, ouço um grito de alívio e prazer que a faz se contorcer mais sob mim, tremendo. Eu a observo satisfeito, deixando um chupão em seu pescoço.
Apenas quando ela está imersa na onda de prazer própria, eu me permito entregar completamente ao meu. Agora os movimentos são mais lentos, embora ainda firmes. A sensação é explosiva e, com um último empurrão, deixo que minha porra a preencha. Meus músculos se contraem enquanto o prazer se acumula e finalmente explode, me fazendo gemer contra a boca dela, colando nossos lábios sem a beijar. Minha respiração está irregular, e eu me mantenho sobre ela, mas agora meus movimentos estão suaves, enquanto o prazer continua a se dissipar.
Com um movimento deliberado, eu me retiro de dentro dela, mas ainda sinto meu corpo vibrando com a energia do prazer compartilhado.
A umidade entre nós é palpável, e eu me inclino, passando a ponta dos dedos ao longo de sua pele, sentindo o calor que ainda emana dela. Ela está ofegante, seus olhos agora estão fechados enquanto ela se recupera e o corpo relaxado, mas eu posso ver a necessidade e a rendição ainda presentes em sua expressão.
Com cuidado, eu me visto novamente. Enquanto coloco minhas roupas, eu a observo, a sensação de domínio e satisfação tomam conta de mim de maneira tão satisfatória que não consigo esconder o sorriso safado que ocupa meus lábios. O espetáculo da sua vulnerabilidade, da sua entrega total, é algo que eu nunca vou cansar de apreciar.
Busco o olhar dela, mas não é mais prazer que encontro enquanto ela se ajusta à roupa com movimentos bruscos. Seus olhos, que antes estavam cheios de desejo e entrega, agora carregam uma raiva e desdém que eu não consigo entender. Por mais que eu tenha me esforçado para ser competente em diversas áreas, nenhuma das minhas habilidades ou diplomas me prepararam para decifrar ela.
Eu a observo, confuso. Na verdade, não entendo o que está acontecendo. Para mim, tudo parecia seguir o mesmo padrão: nós fodemos, e depois, inevitavelmente, ela fica irritada.
— O que foi? — Ela pergunta, me empurrando e se afastando do aparador enquanto recolhe as coisas que caíram.
— Olha, se eu estou fazendo algo que realmente te incomoda, deveria me dizer — digo, tentando manter a calma, mas consigo sentir a irritação me dominando aos poucos.
— Nem tudo é sobre você — ela resmunga, voltando a organizar o aparador. Minha frustração aumenta, e, sem pensar, puxo-a pelo braço, colocando-a contra o sofá.
— Você já percebeu o padrão, caramba? A gente transa e depois você me odeia. Por que caralhos você age assim? Qual é o seu problema?
Ela me encara e lágrimas começando a se formar em seus olhos. Antes que eu possa dizer algo, ela me empurra com força. Eu respiro fundo, tentando controlar minha própria irritação. Quando seus olhos se fixam no calendário na parede. Sigo seu olhar e a culpa me domina instantaneamente.
Era o aniversário de .
A culpa me atinge com força, e eu vejo o impacto de minha indiferença. O aniversário dele... Era algo que eu deveria ter lembrado, algo que deveria ter considerado. Mas, imerso em meu próprio mundo, eu simplesmente não notei.
Eu a vejo ali, vulnerável e claramente lidando com uma dor que eu não compreendi. O simples fato de que eu não percebi a importância desse dia para ela e para ele me faz sentir uma profunda vergonha.
— Desculpe — digo, minha voz baixa e cheia de arrependimento. — Eu não percebi. Eu... eu deveria ter notado. Ela continua a olhar para o calendário, o peito subindo e descendo com respirações pesadas. — Vou te dar o espaço que você precisa — digo, movendo-me para dar-lhe um pouco de distância. — Eu sinto muito. Eu realmente sinto.
Eu dou um passo para trás, sentindo a dor e a culpa que pairam sobre nós.
Era o aniversário de .
E eu passei a data fodendo a mulher dele.
Que porra de amigo eu era.
Minhas mãos apertam com mais força o seu quadril, fazendo meus dedos ficarem brancos e o tecido fino e curto subir até o seu quadril. Sinto a forma como ela tenta se controlar, mesmo enquanto eu a desmorono de dentro para fora. A sensação de poder que isso me dá é intoxicante. Saber que ela se sente tão perdida, tão tomada por mim, me excita mais do que qualquer coisa. Desço os lábios pelo seu pescoço, sentindo-a tremer sob meu toque.
Ela não fala, não precisa falar. O corpo dela me dá todas as respostas que eu preciso. Posso sentir o pulsar rápido de seu coração contra o meu. Ela está à beira do abismo e só estou esperando o momento certo para empurrá-la.
Meu sorriso cresce enquanto me afasto o suficiente para olhar nos olhos dela, meus dedos traçam um caminho lento e deliberado ao longo de sua coxa. tenta manter o controle, mas cada toque meu a faz perder um pouco mais da resistência. Ela é minha, cada fibra do seu ser sabe disso, mesmo que ela nunca admita em voz alta.
— Você vai implorar, . — Sussurro, observando enquanto seus olhos se arregalam levemente, me desafiando com a maneira que ela sorri.
Eu a seguro com força, mas não tanto quanto eu poderia. Não tanto quanto eu quero. Há uma parte de mim que quer ver até onde ela aguenta antes de se partir completamente. Seu corpo estremece sob meu toque e sinto a resistência que ainda resta nela, a fina linha de autocontrole que ela tenta, em vão, manter intacta. É inútil. Eu a conheço bem demais, sei exatamente onde e como pressionar para que essa linha se rompa.
Meus dedos deslizam para dentro do vestido curto que ela usa para dormir, explorando a pele macia de sua coxa, subindo lentamente, provocando. Esfrego dois de meus dedos no tecido fino da calcinha rendada que a maldita usa, afastando-me logo em seguida, quero mantê-la à beira do desejo e da frustração. Quero que ela sinta o quanto estou no controle. O quanto ela é minha para moldar e quebrar.
solta um gemido, quase inaudível, e seus olhos se fecham por um breve instante. Meus lábios voltam a se aproximar de seu pescoço, mas dessa vez não me contenho. Deixo que meus dentes arranhem levemente a pele sensível, deixando um rastro de calor e uma vermelhidão passageira. Ela se arqueia contra mim e sinto seu controle escorregar mais um pouco.
— Implore por mim, . — Sussurro contra sua orelha, deixando minha voz mais baixa, mais rouca, mais autoritária. — Diga que me quer. Fale o quanto precisa de mim neste momento.
Ela abre os olhos e vejo o conflito neles. É uma guerra interna entre o orgulho e o desejo. Ela odeia que eu tenha esse poder sobre ela, mas ao mesmo tempo, não pode resistir. E isso a consome tanto quanto me alimenta.
— Eu… — A voz dela sai trêmula e ela morde o lábio, tentando se segurar. Eu espero, saboreando cada segundo dessa hesitação.
Me aproximo mais, agora enfiando a mão direita com mais força no meio de suas pernas, sentindo o calor pulsante que se esconde sob o fino tecido. Minha mão se move com uma pressão calculada, explorando a boceta dela com uma lentidão que a torturava, desesperando-a por mais, mas eu não tinha pressa.
Ela fecha os olhos de novo, os dedos apertando na borda do aparador, como se isso pudesse mantê-la ancorada, mas é inútil. Levo meus dedos mais fundo, deslizando lentamente.
— Olhe para mim, . — murmuro, mantendo minha voz baixa e cheia de comando.
Ela hesita, mantendo os olhos fechados. Meus dedos se movem mais fundo, mais firmes, arrancando um gemido involuntário de seus lábios. Ela abre mais as pernas, deixando que eu estimule o seu clitóris, deixando que meus dedos explorem vagarosamente os lábios de sua boceta antes de enfiar dois deles dentro dela.
— Olhe para mim — repito, desta vez com mais força, com mais autoridade, com mais fome. — Finalmente, seus olhos se abrem, e o que vejo neles me faz sorrir. Ela está à beira de se perder completamente, e o fato de que ela ainda tenta lutar só torna a vitória mais doce. — Boa garota. — murmuro, enquanto continuo a provocá-la, enfiando e retirando meus dedos de dentro dela, vagarosamente, tortuosamente, explorando cada reação do seu corpo. — Agora, você vai me dizer o que quer. E vai implorar por isso.
Ela morde o lábio com tanta força que quase o sangra, tentando segurar as palavras que sei que estão prestes a sair. Mas a tensão em seu corpo, o jeito como seus quadris se movem instintivamente contra minha mão, a forma que ela rebola devagar e desesperadamente contra a minha mão, me diz tudo o que preciso saber.
— ... por favor... — A voz dela finalmente cede, um sussurro rouco e desesperado, exatamente como eu queria. Meu sorriso se alarga. Eu a fiz implorar, exatamente como sabia que faria. E agora, posso dar a ela o que tanto deseja, sabendo que cada pedaço dessa vitória é meu.
— Vamos ver até onde você aguenta. — Eu me afasto, tirando minhas mãos e levando meus dedos até a boca, ela murmura meu nome, mas é um som vazio. Uma tentativa de me chamar de volta para onde ela mais precisa.
Sem pressa, deixo meus lábios seguirem o caminho que minhas mãos já exploraram, minha boca desce por sua pele e ele se inclina para trás, com os dedos ainda apertando a borda do aparador como se fosse a única coisa que a mantivesse inteira.
Meus lábios encontram a base do seu pescoço e eu os arrasto lentamente pela linha de sua clavícula, sentindo o arrepio que percorre seu corpo em resposta. Sua pele é quente, quase febril, e cada gemido suave que escapa de seus lábios e uma rendição silenciosa do quanto eu mexo com ele.
E a forma que meu pau duro aperta minha calça é a forma que meu corpo também é inteiramente dominado pela filha da puta.
Mas isso não é suficiente, eu quero mais. Preciso de mais.
Continuo descendo minha boca, deixando beijos e mordidas pelo seu corpo, pelos seus seios ainda por cima do tecido fino. Sinto o tremor em suas pernas quando minhas mãos deslizam por suas coxas, abrindo-as ainda mais enquanto me ajoelho diante dela.
— Por favor, o que? — Sussurro, contra a pele macia de seu ventre, enquanto meus dedos deslizam pelo tecido de sua calcinha, finalmente puxando-a para baixo em um único e decidido movimento.
Ela morde o lábio, tentando sufocar um gemido quando minha boca finalmente encontra sua boceta, mas não consegue esconder o desejo que explode em sua voz quando joga o corpo para trás se oferecendo mais para mim. O gosto dela é doce, intoxicante e cada movimento da minha língua parece levá-la ainda mais fundo em um mar de prazer. Seus quadris se movem contra mim, desesperados e sem controle, mas a mantenho firme, segurando-a no lugar enquanto exploro cada centímetro dela com a boca, levando-a a insanidade. Eu deixo que minha língua circule em círculos, chupando e sugando lentamente todo o seu mel para minha boca, deixando meus dentes afastados o suficiente para que a umidade se espalhe apenas em meus lábios.
Eu queria me lambuzar nela. Ter seu gosto em minha boca até que ele nunca mais saísse dali.
Suas mãos encontram meu cabelo, puxando com uma força que beira o desespero, e isso só me faz intensificar mais meus movimentos, colocando minha língua finalmente dentro dela, ocupando o espaço que meus dedos ocuparam. Engolindo-a com desespero, sentindo-a se inundar em minha boca, explorando cada gemido que escapa de seus lábios. Vendo o quanto sua respiração irregular se torna mais e mais frequente.
— Por favor… — Ela finalmente implora, sua voz quebrada, os olhos fechados enquanto se rende completamente ao que estou fazendo. — Não… pare…
Mas eu não tenho intenção de parar. Não até que ela esteja completamente destruída, quebrada em minhas mãos. Eu sinto o momento em que ela cede completamente, o tremor que percorre seu corpo enquanto o clímax a consome. E ainda assim, eu não recuo. Continuo, levando-a além, prolongando o prazer até que ela esteja perdida em um mundo onde nada mais importa além do que estou fazendo com ela. Além do quanto estou chupando ela.
Quando finalmente paro, ela está ofegante, exausta, com o corpo trêmulo e extremamente vulnerável. Subo de volta pelo seu corpo, parando na altura de seus lábios, controlando a vontade insaciável de beijar a boca dela, para que ela sinto o gosto de paraíso que sua boceta tem, mas não estou nem perto de terminar.
Acaricio sua coxa, vendo-a tremer sob meu toque. Quando nossos olhares se encontram, um sorriso frio se forma nos meus lábios.
— Respire, querida — digo, minha voz tão calma e controlada quanto sempre. — Ainda não acabamos.
Ela tenta recuperar o fôlego e me divirto com a forma que ela luta para se manter consciente e presente.
Meus dedos deslizam para o seu rosto, traçando uma linha gentil pela sua mandíbula enquanto observo suas reações. Quero ver como ela reage ao meu comando agora, como ela se comporta quando ainda está à mercê da minha vontade.
— Olhe para mim — continuo, minha voz firme. — Quero ver seus olhos. Não se esconda de mim agora. — Ela está respirando pesadamente, tentando se recompor enquanto eu a observo, satisfeito.
Meus dedos deslizam de volta para sua coxa, e com um toque gentil, eu a puxo mais para frente, forçando-a a se ajustar na posição que eu desejo. A frustração dela é palpável, mas eu não tenho intenção de deixá-la se recuperar totalmente.
Desço a mão com mais ousadia, explorando novamente a área entre suas pernas, meus toques são precisos onde sei que irão provocar a resposta que quero. Sinto o tremor dela, a maneira como ela se contrai sob minha mão, e isso só aumenta o controle que exerço sobre ela. Porra.
Consigo sentir meu pau pulsar, louco para me enfiar dentro dela. Acho que nunca estive tão duro.
— Você se esqueceu de respirar, querida — Murmuro, inclinando-me mais para perto. — Acalme-se, e me diga o que mais deseja.
Ela hesita por um momento, e a frustração é evidente em seu rosto. Mas, eventualmente, ela se rende, seus lábios se abrindo em um gemido abafado.
— Quero… — Ela começa, sua voz é rouca e quebrada. — Quero que você me faça sentir ainda mais… Quero mais de você.
— Muito bem — digo, enquanto me inclino para beijar a parte interna de sua coxa, um beijo suave e prolongado que a faz estremecer. — Eu vou te dar o que você deseja.
Com um sorriso satisfeito começo a me despir, movendo-me com uma calma deliberada e calculada. Quero que ela veja cada movimento, cada gesto, quero que ela olhe o quanto meu corpo clama pelo dela.
Desabotoou a camisa com movimentos lentos, aproveitando a forma como seus olhos seguem cada ação minha, como se fossem hipnotizados enquanto ela ainda luta para recuperar a respiração. Jogo a camisa no chão, em seguida, vou para o cinto. A fivela faz um clique audível quando a solto. A calça cai ao chão com um som abafado.
Deslizo a boxer para baixo, revelando o que ela tem tanto desejo de ver. Sinto um prazer quase perverso ao notar o quanto ela está ansiosa, como cada movimento meu a aproxima mais do limite, sinto a forma que ela engole seco, salivando. Satisfeita em me ver tão duro, tão dela.
Eu me aproximo de novo, minha pele nua agora tocando a dela com uma sensação de eletricidade que percorre o ar. Ela estremece ao meu toque, e eu a puxo para mais perto.
— Agora — Murmuro, enquanto me posiciono sobre ela. Mantenho nossos corpos alinhados enquanto me encaixo em sua entrada apertada e fodidamente molhada. — Você vai sentir exatamente o que eu quero que sinta.
Coloco minha mão em sua cintura, mantendo-a firme no lugar e me enfio completamente dentro dela, a ouvindo gritar. Vendo-a se jogar para trás ao mesmo tempo que tenta agarrar meu quadril. Seu cabelo desliza pelo corpo, ficando preso a umidade em sua testa e deixo que ela se acostume com o tamanho por alguns segundos. — Respire, querida — Sussurro novamente, deixando que ela note o toque de crueldade em minha voz. — Porque isso é só o começo. Assim que termino de falar volto a sair de dentro dela, apenas o suficiente para que possa me enfiar novamente.
A sensação de poder que sinto ao dominá-la é quase física. Eu a puxo para mais perto, sentindo nossos corpos se encaixarem perfeitamente e ela se contorce sob mim, seus gemidos e suspiros são entrecortados por pequenos gritos de prazer conforme aumento a intensidade do meu quadril contra o dela.
Sinto a forma que seu corpo responde ao meu, a maneira que as mãos dela, que antes estavam apertados na borda do aparador, agora procuram o apoio das minhas costas, enterrando os dedos em minha pele. Arranhando até que a dor passe para mim.
Meus lábios encontram os seus novamente, não em um beijo, mas em uma mordida, um contato urgente e dominador. Sinto o gosto da sua boca misturando ao calor do meu desejo e a forma que ela rebola contra meu cacete, como se todo o seu ser estivesse pedindo por mais, só alimenta minha necessidade de manter o controle.
— Isso é o que você queria, não é? — Pergunto, minha voz escapa em um sussurro rouco em meio aos gemidos que ela tenta controlar. — Você se entrega completamente a mim, e ainda assim nunca é o suficiente.
Ela tenta responder, mas as palavras se perdem em um grito de prazer quando eu a movimento mais fundo, mais rápido, mais forte. Seu corpo está tremendo, seus olhos estão fixos nos meus, buscando um sinal de que pode finalmente se libertar do tormento. Mas eu não estou pronto para dar esse alívio ainda. Minhas mãos estão firmemente posicionadas em sua cintura, ajudando a mantê-la parada, entregue, submissa.
Eu me inclino mais perto, tão perto que sinto meus lábios roçando o ouvido dela, minha voz é um sussurro rouco e autoritário.
— Não se preocupe, vou te dar o que você precisa.
Então reduzo a intensidade, fazendo com que meus movimentos dentro dela se tornem mais lentos e mais suaves. Ela geme. Em seu gemido consigo ouvir a frustração e o desejo misturados em um som quase doloroso. A expressão dela é uma mistura de rendição e desespero, e isso só me incentiva a prolongar a tortura, a intensificar a experiência.
Finalmente, quando vejo que ela está quase em seu ponto máximo, e seu corpo está quase no limite, volto a aumentar a intensidade, pronto para levá-la ao clímax que eu sei que ela deseja tanto. O ritmo se torna mais frenético, mais intenso, mais forte. Quando a sensação de prazer máxima finalmente explode, ouço um grito de alívio e prazer que a faz se contorcer mais sob mim, tremendo. Eu a observo satisfeito, deixando um chupão em seu pescoço.
Apenas quando ela está imersa na onda de prazer própria, eu me permito entregar completamente ao meu. Agora os movimentos são mais lentos, embora ainda firmes. A sensação é explosiva e, com um último empurrão, deixo que minha porra a preencha. Meus músculos se contraem enquanto o prazer se acumula e finalmente explode, me fazendo gemer contra a boca dela, colando nossos lábios sem a beijar. Minha respiração está irregular, e eu me mantenho sobre ela, mas agora meus movimentos estão suaves, enquanto o prazer continua a se dissipar.
Com um movimento deliberado, eu me retiro de dentro dela, mas ainda sinto meu corpo vibrando com a energia do prazer compartilhado.
A umidade entre nós é palpável, e eu me inclino, passando a ponta dos dedos ao longo de sua pele, sentindo o calor que ainda emana dela. Ela está ofegante, seus olhos agora estão fechados enquanto ela se recupera e o corpo relaxado, mas eu posso ver a necessidade e a rendição ainda presentes em sua expressão.
Com cuidado, eu me visto novamente. Enquanto coloco minhas roupas, eu a observo, a sensação de domínio e satisfação tomam conta de mim de maneira tão satisfatória que não consigo esconder o sorriso safado que ocupa meus lábios. O espetáculo da sua vulnerabilidade, da sua entrega total, é algo que eu nunca vou cansar de apreciar.
Busco o olhar dela, mas não é mais prazer que encontro enquanto ela se ajusta à roupa com movimentos bruscos. Seus olhos, que antes estavam cheios de desejo e entrega, agora carregam uma raiva e desdém que eu não consigo entender. Por mais que eu tenha me esforçado para ser competente em diversas áreas, nenhuma das minhas habilidades ou diplomas me prepararam para decifrar ela.
Eu a observo, confuso. Na verdade, não entendo o que está acontecendo. Para mim, tudo parecia seguir o mesmo padrão: nós fodemos, e depois, inevitavelmente, ela fica irritada.
— O que foi? — Ela pergunta, me empurrando e se afastando do aparador enquanto recolhe as coisas que caíram.
— Olha, se eu estou fazendo algo que realmente te incomoda, deveria me dizer — digo, tentando manter a calma, mas consigo sentir a irritação me dominando aos poucos.
— Nem tudo é sobre você — ela resmunga, voltando a organizar o aparador. Minha frustração aumenta, e, sem pensar, puxo-a pelo braço, colocando-a contra o sofá.
— Você já percebeu o padrão, caramba? A gente transa e depois você me odeia. Por que caralhos você age assim? Qual é o seu problema?
Ela me encara e lágrimas começando a se formar em seus olhos. Antes que eu possa dizer algo, ela me empurra com força. Eu respiro fundo, tentando controlar minha própria irritação. Quando seus olhos se fixam no calendário na parede. Sigo seu olhar e a culpa me domina instantaneamente.
Era o aniversário de .
A culpa me atinge com força, e eu vejo o impacto de minha indiferença. O aniversário dele... Era algo que eu deveria ter lembrado, algo que deveria ter considerado. Mas, imerso em meu próprio mundo, eu simplesmente não notei.
Eu a vejo ali, vulnerável e claramente lidando com uma dor que eu não compreendi. O simples fato de que eu não percebi a importância desse dia para ela e para ele me faz sentir uma profunda vergonha.
— Desculpe — digo, minha voz baixa e cheia de arrependimento. — Eu não percebi. Eu... eu deveria ter notado. Ela continua a olhar para o calendário, o peito subindo e descendo com respirações pesadas. — Vou te dar o espaço que você precisa — digo, movendo-me para dar-lhe um pouco de distância. — Eu sinto muito. Eu realmente sinto.
Eu dou um passo para trás, sentindo a dor e a culpa que pairam sobre nós.
Era o aniversário de .
E eu passei a data fodendo a mulher dele.
Que porra de amigo eu era.
Continua...
Nota da autora: Sem nota.
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