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Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Estranhei o local no exato momento em que passei pela porta. Quer dizer, era um bar, mas não era como os lugares que eu costumava frequentar. O público ali era diferente, mais jovem, e a música que tocava estava alta demais para o meu gosto.
Ainda assim, soltei um longo suspiro e caminhei até o balcão, me sentando em um dos bancos e pedindo uma cerveja ao barman.
Batuquei os dedos com impaciência sobre a superfície de madeira, tanto pela demora em receber minha bebida quanto pela ausência de um dos poucos amigos que eu tinha.
Eu só esperava que aquilo não fosse outro encontro armado pelo senhor Nakajima.
Já tinha ficado bem claro que eu estava velho demais para aquele tipo de coisa. O antigo Bucky Barnes havia ficado enterrado em 1940.
Peguei a garrafa de cerveja quando finalmente fui servido e não hesitei em tomar alguns goles, então tirei o celular do meu bolso só para constatar pela milésima vez que não havia nenhuma mensagem ou chamada perdida.
Olhei em volta, procurando mais uma vez por qualquer sinal de Yori, mas ele realmente não estava em canto algum.
Decidi que terminaria a cerveja e então voltaria para meu apartamento. Não havia mais nada a fazer naquele lugar. A música realmente estava me incomodando.
Eu ia voltar a guardar o celular em meu bolso, quando o aparelho vibrou e uma notificação subiu. Franzi meu cenho, surpreso, logo verificando o que era, descobrindo que vinha de um aplicativo instalado.
Um aplicativo de encontros.
Ceder àquele tipo de coisa poderia trazer ao menos um pedaço da minha vida de volta, então quando ouvi falar, mesmo sem entender totalmente como funcionava, acabei me arriscando.
Era como um catálogo e se você gostava de alguma pessoa das fotos, tinha que dar um coração. Se essa pessoa também tivesse gostado de você, vocês poderiam conversar. Pelo menos foi isso que entendi.
A quantidade de indivíduos estranhos era absurda e confesso que cheguei a questionar o que eu tinha na cabeça ao tentar algo daquele tipo.
Quer dizer, por que tantas fotos com tigres? Aquela era alguma moda de hoje em dia?
No entanto, não podia ser injusto. Algumas pessoas atraíram a minha atenção e eu acabei apertando o coração para elas.
A notificação era que uma delas também havia apertado para mim.
Dei uma olhada em volta mais uma vez, porque não queria que alguém bisbilhotasse o que eu estava fazendo, então abri o aplicativo, verificando quem havia me retribuído.
Ashley Johnson.
Abri de novo o perfil dela, mas não fazia ideia de como começar alguma conversa.
O que eu poderia dizer?
Neguei com a cabeça e bebi mais um gole da minha cerveja.
Talvez eu devesse realmente desistir daquilo. Além de velho, eu era quebrado demais para que qualquer tipo de relacionamento desse certo, mesmo algo casual.
Saí da aba de conversa com Ashley e isso me levou para a tela inicial do aplicativo, onde mais pessoas apareciam no catálogo. Então acabei me surpreendendo com a foto que surgiu ali e pela primeira vez não era de forma negativa.
Aquela mulher era simplesmente bonita demais para estar em um aplicativo de encontros.
Acabei apertando o coração, mesmo sabendo que, caso ela retribuísse como Ashley Johnson e algumas outras pessoas, eu acabaria amarelando e não enviando nada.
Conheço uma ou duas pessoas que estariam rindo da minha cara se soubessem disso. Na verdade, acho que o antigo Bucky também riria.
Como eu não tinha nada para fazer, continuei olhando quem aparecia na sequência, rindo de algumas coisas e ficando um tanto assustado com outras.
O que poderia haver de tão atrativo em pés para que estivessem em um aplicativo só para receber fotos deles?
— Mais uma, senhor? — Ergui o olhar até o barman ao ouvi-lo perguntar, então acabei aceitando. Com a tolerância ao álcool que eu tinha, ia precisar de muito mais do que duas garrafas de cerveja para ficar embriagado e mal não ia fazer, certo?
— Obrigado. — Peguei a segunda garrafa aberta e levei aos lábios, tomando mais longos goles. Eu nunca ia cansar da sensação boa daquela bebida gelada descendo pela minha garganta, era um dos únicos prazeres que tinha há décadas.
O que certamente soava extremamente deprimente, mas não tinha muito o que eu pudesse fazer a respeito.
Minha terapeuta dizia que tinha, mas o que ela realmente sabia? Ela também falava que escrever sobre as coisas e fazer listas me ajudaria naquele processo todo, mas honestamente eu não estava vendo melhora nenhuma e isso apenas me frustrava mais.
A única época em que tive um pouco de paz e sossego foi em Wakanda. E naquele momento eu queria aquilo desesperadamente, mas será que um soldado de fato encontrava paz depois de tanto tempo indo de uma guerra a outra?
Bufei, incomodado com meus próprios pensamentos e bebi mais cerveja, voltando a mexer no celular para ver se conseguia me distrair ao menos mais um pouco.
Assim que liguei o visor, o mesmo aplicativo de encontros se abriu e eu mal acreditei no que havia lá.
A mulher que eu achava que não precisava nenhum pouco daquele negócio havia retribuído meu coração.
Engoli em seco. O que eu devia fazer?
Não podia simplesmente não falar com ela como havia feito com Ashley Johnson. Eu realmente tinha me interessado por aquela mulher, mas não sabia como eram os encontros de hoje em dia.
Aquilo realmente havia sido uma péssima ideia.
Senti o celular vibrar em minhas mãos e o encarei, arregalando os olhos de surpresa.
Ela tinha mandado mensagem.
Céus. Eu parecia um adolescente. Minhas mãos até suaram e mais dois goles de cerveja passaram por minha garganta antes que eu lesse o que ela havia escrito.

Olá, James. Gostei do seu nome.

Abri um pequeno sorriso e comecei a digitar a resposta, odiando o fato de que eu ainda era bem lento naquilo. Tinha demorado para entender como funcionavam aqueles celulares e, honestamente, escrever cartas era bem menos complicado.

Boa noite, . Fico feliz em saber disso.
O seu é tão belo quanto a senhorita.


Me senti um idiota por não saber se estava fazendo aquilo do jeito certo, mas resolvi evitar pensar muito.

Uau, obrigada!
E o que você anda fazendo de bom, James?


Ri irônico ao ler aquela pergunta. Fazia tempo que eu não fazia nada bom.

Honestamente? Nada.
Vim encontrar um amigo no bar, mas aparentemente ele cancelou e esqueceu de me avisar.

Sério? Eu sinto muito por você.
Mas se serve de consolo, a minha amiga resolveu se agarrar ao namorado enquanto eu fico de vela.


Certo, eu tinha ouvido aquela expressão em algum momento. Seria ficar assistindo ou algo do tipo?

Com certeza isso é bem entediante também.

Muito!


A minha demora em digitar provavelmente atrapalhava a conversa e talvez fosse bem melhor se eu ligasse para ela ou marcasse um encontro de uma vez. Eu realmente queria conhecê-la.

Bom, o que você acha então de ficarmos entediados juntos? Eu posso te ligar ou quem sabe podemos nos encontrar uma hora dessas?

Yori teria ficado orgulhoso de mim. Era um avanço desde o fiasco com a garçonete de outro dia.

Eu tenho uma ideia melhor.
Por que não olha para o lado?


Franzi o cenho ao ler aquilo, ficando extremamente confuso.
Como assim, olhar para o lado?
Fiquei encarando o celular por mais alguns segundos, como se fosse aparecer mais alguma mensagem dela dizendo que era brincadeira, mas nada chegou e tratei logo de erguer a cabeça, olhando para o meu lado direito.
Não tinha ninguém ali. Não exatamente do meu lado, mas quando, por instinto, guiei meu olhar até a outra ponta do balcão, percebi a figura feminina sentada ali, me encarando com um meio sorriso nos lábios. Então ela ergueu uma mão, mostrando seu celular.
Não consegui controlar a reação de arregalar os olhos. Quais eram as chances de eu estar conversando justo com uma mulher que estava no mesmo bar?

É você mesmo?

Acabei enviando só para ter certeza e em vez de ela me responder digitando, acenou positivamente com a cabeça, alargando mais ainda o sorriso.
Engoli em seco, pegando a garrafa de cerveja, que estava pela metade, e me levantei para ir até ela.
era ainda mais bela do que nas fotos.
— Você não sabe de verdade como esse aplicativo funciona, não é? — Foi a primeira coisa que ela me disse, assim que puxei o banco para me sentar ao seu lado.
— Para ser sincero, eu ainda estou tentando entender como mexer nessas coisas. — Mostrei meu celular, colocando-o em meu bolso, já que não iria mais precisar dele.
Ela riu do meu comentário e negou com a cabeça.
— Você parece meu pai reclamando de tecnologia. — Fiz uma careta ao ouvir aquilo. — Mas chega mais perto que eu te explico.
Um pouco hesitante, me levantei para trazer o banco para mais perto e quando voltei a sentar, colocou seu celular na minha frente, se inclinando para mexer na tela.
Consegui sentir seu perfume adocicado e com aquele movimento ela roçou no meu braço.
— Quando você vê o perfil de uma pessoa, olha só o que aparece embaixo do nome e idade dela. — Observei o que havia dito e notei alguns números ali, junto a uma metragem.
— O que quer dizer? — Franzi o cenho, me rendendo a entender aquilo porque com aquela proximidade eu certamente gostaria de entender qualquer coisa que ela me explicasse.
— Isso é a distância que a pessoa está de você. O aplicativo procura te mostrar primeiro quem está mais perto, para depois ir ampliando.
Lógico, aquilo fazia muito sentido.
— Isso é inteligente. Não seria muito interessante mandar coração para alguém e descobrir que mora do outro lado do país, certo? — refleti em voz alta e ela concordou, sorrindo.
— Ou do outro lado do mundo. Já pensou?
Franzi o cenho mais uma vez.
— Do outro lado do mundo? Isso pode acontecer?
— Ah, com certeza. O mundo inteiro usa esse aplicativo, James.
O jeito que ela disse meu nome foi um tanto sensual e para disfarçar a minha reação, bebi mais um pouco de cerveja.
— Então você já sabia que eu estava aqui — concluí, gostando de saber daquilo.
— Eu sabia, mas confesso que mais uma outra coisa me intrigou em você. — Ela mordeu o canto do lábio e meu olhar oscilou por ali antes de eu voltar a encarar seus olhos.
— O quê?
— Sua idade. — Demorei a entender o que havia de intrigante naquilo, então acabei soltando uma risada, largando a garrafa de volta no balcão.
— Ah, cento e seis? É como eu me sinto — menti. — Mas isso quer dizer então que a senhorita gosta de caras mais velhos — brinquei e foi a vez de rir.
— Não nego que gosto. Ainda mais se forem como você, James. — O olhar dela me percorreu de cima a baixo sem disfarçar, e como consequência acabei fazendo o mesmo com ela.
não era apenas bela, ela era extremamente sensual e seu perfume me convidava a provar cada pedaço dela com meus lábios.
Fazia tanto tempo que eu não me sentia daquela forma, que havia me esquecido completamente de como era. E talvez por isso aquela vontade crescesse cada vez mais, numa rapidez impressionante.
— Como eu? O que quer dizer com isso, senhorita? — De repente, me vi instigado a saber cada um de seus pensamentos ao meu respeito.
— Um tremendo gostoso — ela respondeu sem nenhum tipo de pudor, o que me pegou de surpresa e ao mesmo tempo espalhou uma onda de calor pelo meu corpo.
A cada segundo eu precisava de um esforço maior para resistir àquela mulher.
— Com todo o respeito. Não mais do que você, — ousei devolver o elogio e ela passou a língua pelos lábios, rindo baixinho. — Posso te pagar uma bebida? — Eu já tinha demorado demais a fazer aquilo, mas não parecia se importar.
— Até duas, James. Gosto de sex on the beach. — Mais uma vez franzi o cenho com aquilo e tentei disfarçar porque entendi logo em seguida que se tratava de um drinque.
— O que você quiser, boneca. — Joguei um pouco de charme e, pela forma como me encarou, pareceu gostar.
Chamei o barman e pedi o drinque e mais uma cerveja.
Fiquei por alguns segundos encarando a mulher, sem saber ao certo o que dizer ou o que fazer. Estava claro que naqueles tempos as pessoas eram mais ousadas, mas o quanto?
— Você dança, James? — Mais uma vez, foi ela que iniciou uma conversa.
Soltei uma risada rouca.
— Não daquele jeito. — Apontei para as pessoas na pista de dança.
Um sorriso charmoso se formou em seus lábios.
— E de que jeito você dança? — Seu tom de voz soava um tanto inocente, porém seu olhar me dizia o completo oposto.
Que mulher era aquela?
Engoli em seco, então retribuí seu sorriso.
— Seria mais fácil te mostrar do que dizer. — Fui sincero, pegando o drinque dela assim que o barman o estendeu e o entregando em seguida, para logo depois beber a cerveja recém aberta.
levou o canudo de sua bebida aos lábios e tomou o líquido tranquilamente enquanto mantinha seus olhos em mim. Ela usava um batom vermelho que deixava sua boca ainda mais tentadora e fiquei hipnotizado a encarando até o momento em que sua resposta ecoou.
— Então me mostre. Eu vou adorar te mostrar o jeito como eu danço também.
Voltei a fixar meus olhos nos seus, bem a tempo de ver sua expressão ladina e extremamente sugestiva.
Algo dentro de mim me dizia para me afastar dela enquanto podia. Eu estava velho demais para alguém como , mas não conseguia simplesmente porque existia um outro lado meu que me puxava em direção a ela.
Não me importei com o fato de que minha garrafa de cerveja não estava nem na metade, assim como também não pareceu ligar para quanto ainda havia em seu copo quando o largou de volta no balcão, aceitando a mão que estendi para dela, sorrindo do jeito mais charmoso que eu conseguia.
A música que tocava era totalmente desconhecida para mim, o que não era novidade porque todas eram, mas, pela primeira vez, não me importei com aquilo, muito menos com o volume, que antes me parecia alto até demais.
Foi que nos guiou até a pista de dança e eu teria reclamado dos esbarrões das pessoas se ainda não estivesse completamente vidrado naquela mulher.
Seguimos até encontrarmos um lugar onde houvesse espaço para nós dois e senti alguns olhares em nossa direção quando parou na minha frente, começando a mover seu corpo de um lado para o outro, em perfeita sincronia com a batida da música.
Fiquei ali parado, sem saber exatamente o que fazer. Não estava brincando quando disse que não sabia dançar do jeito dela. Na última vez em que havia saído para fazer aquilo, as pessoas ainda dançavam em pares.
Percebendo o meu desconforto, estendeu uma de suas mãos para mim, fazendo sinal com os dedos para que eu me aproximasse dela, o que fiz sem nem hesitar.
Mais uma vez, ela abriu um sorriso carregado de outras intenções, então voltou a segurar minha mão, a trazendo até sua cintura, repetindo o ato com a outra logo em seguida.
A mulher usava um vestido preto perfeitamente colado ao corpo e acabei apertando meus dedos nela, ofegando pelo contato, mesmo que por cima do tecido.
então guiou as próprias mãos até meu pescoço, enlaçando-o e roçando suas unhas em minha nuca no processo. Não soube se era proposital, mas ainda assim foi capaz de fazer meu corpo esquentar ainda mais.
E como se não bastasse isso, a mulher aproximou seu rosto do meu, se virando para quase tocar seus lábios em minha orelha.
— Assim é mais parecido com o seu jeito de dançar? — ela soprou tão sedutora que acabei grunhindo. Se ouviu aquilo, não demonstrou.
— Sim, um pouco — admiti, sentindo o corpo dela quase tocar o meu.
— Ótimo. — Ela lambeu os lábios, pressionando um pouco mais suas unhas em minha pele e se movendo ainda mais, num rebolado totalmente hipnótico. — É só me acompanhar, James. Segue o balanço dos meus quadris.
Sorri de leve com aquilo e acabei me deixando levar, acompanhando-a e odiando o fato de não ter o corpo dela realmente grudado no meu.
Num ato impensado, a puxei contra mim, pressionando seu corpo no meu e ela ofegou, mordendo a boca sem disfarçar que havia gostado daquilo.
Suas reboladas ficaram mais intensas, as mãos dela desceram até meus ombros e seguiram para a gola da minha jaqueta, que ela puxou, fazendo nossos rostos ficarem próximos demais. Um mínimo movimento e nossos lábios se juntariam. Confesso que eu estava louco para fazer aquilo.
Fiz menção de quebrar o resto da distância, então sorriu ladina e me afastou ao colocar uma mão em meu peito e me empurrar. A encarei confuso, sem entender o motivo daquilo, até a mulher morder a boca outra vez, se virando de costas para mim e descendo devagar enquanto rebolava, empinando sua bunda em minha direção.
Porra.
O tipo de coisa que me imaginei fazendo com ela não era apropriado para uma pista de dança.
Me aproximei de , tornando a segurar em sua cintura e me encaixando em sua bunda, deixando que meus instintos falassem mais alto. Por que eu deveria me conter?
Para falar a verdade, eu temia que a qualquer momento fosse acordar de volta em meu apartamento porque aquela mulher era demais para ser real.
Mordi os lábios quando ela tornou a se erguer, encostando suas costas em meu peito, deixando que minhas mãos percorressem livremente em seu corpo enquanto soprava a letra da música e se esfregava em mim, rebolando de um jeito muito gostoso.
Apertei mais sua cintura, me movendo contra ela e desci minhas mãos pela lateral de seu quadril, delineando-o e desejando que não houvesse mais público algum ao nosso redor.
Num movimento rápido, tornou a se virar de frente para mim, aproximando sua boca do meu ouvido do mesmo jeito que havia feito antes.
— Gosta de se arriscar, James? — Eu não sabia bem o que ela queria dizer com aquilo, mas me vi assentindo, sem conseguir formular nenhuma palavra. — Então vem comigo.
E se afastou completamente, seguindo em direção à saída do bar.
Engoli em seco, sem tempo para acalmar minha respiração ou a ereção evidente que pulsava em minhas calças, porém não hesitei em praticamente correr atrás dela.
caminhou com pressa, ignorando os olhares de algumas pessoas até abrir a porta e sorrir cheia de outras intenções.
Por alguns segundos, ela não estava mais no bar e eu apressei meu passo até estar puxando a porta, sentindo a lufada de ar bater contra o meu rosto. Só me dei conta do quanto tudo era abafado dentro daquele lugar quando estava fora dele.
A mulher dobrou o que parecia ser a esquina de uma rua, mas eu sabia que era um beco não muito longe do bar.
Que porra ela estava fazendo ali?
E o quão idiota eu era por simplesmente segui-la? Aquilo poderia ser alguma armadilha. Ela poderia não ser quem disse que era e saber da minha identidade. O aplicativo não mostrava sobrenomes, mas eu não estava exatamente me escondendo, não precisava mais daquilo, e sabia que tinha mais inimigos do que poderia contar.
Ainda assim, lá estava eu. Adentrando o mesmo beco apenas para vê-la parada ali, me encarando como se a qualquer minuto fosse me devorar inteiro.
Honestamente? Eu deixaria que ela o fizesse.
Parei a alguns metros de , a encarando de cima a baixo e erguendo uma sobrancelha, gesto que ela retribuiu, sorrindo mais uma vez daquele jeito travesso.
— Que foi, James? Eu não sou uma assassina, pode ficar tranquilo. — Soltou uma risadinha, provavelmente sem fazer ideia da ironia das suas palavras.
Porque eu era, quer dizer, não era mais, mas um dia eu fui o mais perigoso deles.
— Fica um pouco difícil acreditar nisso com você me arrastando para um beco escuro, não? — provoquei, porém acabei dando alguns passos lentos em sua direção, vendo-a sorrir mais.
— E mesmo assim você está vindo até a toca da boneca — usou o mesmo apelido que eu havia dito e foi a minha vez de rir baixo.
— Pois é, parece que você jogou algum feitiço em mim, senhorita. Porque eu não consigo deixar de ir até você. — Fui sincero, deixando evidente o desejo absurdo que sentia por ela.
— E está esperando o quê? — Senti mais uma vez meu corpo próximo ao seu e foi a vez de me puxar pela cintura, nos deixando colados um ao outro.
Aproximei minha boca da sua, roçando nossos lábios sem desviar meu olhar do seu.
— Não faço a menor ideia — murmurei, tão inebriado pelo calor que emanava do corpo dela que de repente esqueci completamente de onde nós estávamos.
— Então me beija logo — soprou naquele mesmo tom sensual que realmente estava me deixando louco.
E loucura realmente definia aquele momento. Porque eu não fazia ideia de quem ela era. Tudo o que sabia sobre era seu primeiro nome, a sua idade e que ela gostava de Sex on the beach.
No entanto, me rendi completamente àquela mulher, usando uma mão para segurar sua nuca e finalmente unindo meus lábios aos dela.
O beijo iniciou um tanto calmo e eu fui apreciando cada canto de sua boca, sentindo seu gosto misturado ao álcool em uma combinação viciante. Logo meus dedos se enroscaram nos cabelos dela enquanto os dedos de subiram até minhas costas e ela pressionou ainda mais seu corpo no meu, trazendo suas mãos até meu peito. A intensidade do beijo foi aumentando e de repente estávamos famintos um pelo outro.
Deixei romper o beijo para puxar meu lábio inferior com seus dentes e soltei um grunhido afetado com aquilo. Ela soltou uma risada rouca e me empurrou com seu corpo, nos guiando até uma parede e me fazendo rir de volta quando senti minhas costas baterem ali.
Usei a mão livre para apertar sua cintura com vontade e suspirou contra a minha boca antes de voltar a enroscar sua língua na minha. A cada toque dela, meu corpo reagia quase tremendo de excitação e eu a queria cada vez mais perto, até nos fundirmos por completo. Talvez o fato de eu não fazer nada daquilo há décadas tornava tudo ainda mais intenso e eu ficava cada vez mais sedento por ela.
Mais uma vez, separamos nossas bocas e eu a encarei sem acreditar que havia acabado de conhecer alguém como aquela mulher.
— Você é maluca, ! — soprei, com a respiração falha e o olhar queimando de excitação ainda fixo nela, que soltou uma risada tão sensual quanto cada parte dela.
— Pelo jeito, você gosta das malucas — ela retrucou, de forma semelhante ao que eu havia falado mais cedo sobre a minha idade e aquilo me fez negar com a cabeça.
— Acho que nunca encontrei ninguém como você antes. — Me senti meio idiota em dizer aquilo para alguém que havia acabado de acontecer, mas era a mais pura verdade.
tornou a aproximar sua boca da minha, então passou a língua pelos meus lábios de forma lenta enquanto suas mãos desciam do meu peito até adentrarem a jaqueta e tocarem a barra de minha camiseta.
— Então aproveita, James. Porque aqui e agora eu sou completamente sua.
Sei que o contexto era totalmente diferente. Não tinha nada de romântico ali, mas suas palavras ainda assim me afetaram e meu corpo inteiro se arrepiou com aquilo.
Outro grunhido escapou de meus lábios segundos depois. Suas mãos haviam segurado a barra da minha calça e raspou suas unhas na minha pele, ameaçando adentrar o tecido.
Em resposta, meu quadril se moveu em sua direção de forma quase involuntária e eu voltei a atacar seus lábios com voracidade, como se já conhecesse sua boca há muito tempo.
Desci as mãos pela lateral de seus quadris, então deslizei até a bunda de , a apertando e arrancando um sorriso dela. O movimento fez com que nossos quadris se esfregassem e eu abri as pernas para que a mulher se colocasse entre elas, aumentando ainda mais a fricção entre nossos corpos.
A pressionei outra vez contra mim, sentindo minha ereção se encaixar perfeitamente no meio de suas pernas e me esfreguei ainda mais. gemeu contra a minha boca e suas mãos adentraram minha camiseta, tocando meu abdômen e espalhando mais arrepios por ali, principalmente quando suas unhas me arranharam sem delicadeza.
Honestamente, ela podia me arranhar onde quisesse e eu não reclamaria, ainda mais se continuasse a emitir aqueles sons deliciosos daquele jeito.
Não contive mais um grunhido em aprovação ao seu toque e a mulher foi subindo suas unhas lentamente, decidida a, de fato, me enlouquecer.
Minhas mãos pareciam criar vida própria, ainda pressionando sua bunda contra mim, aproveitando aquela fricção gostosa como se a qualquer momento as roupas fossem sumir de nossos corpos e eu fosse me afundar nela da forma que tanto desejava.
Então meus dedos seguiram um trajeto ainda mais ousado, descendo até a pele exposta de suas coxas, brincando com a barra do vestido da mesma forma que ela havia feito com a minha calça. arfou, separando mais uma vez nossos lábios e deixando mais um gemido ecoar bem rente à minha boca.
— Por que essas luvas, James? — soprou, com a voz tão falha que por um segundo questionei mentalmente se ela havia mesmo dito algo. No entanto, afastou um pouco seu rosto para me encarar e passou a língua pelos lábios com um desejo tão evidente que eu quase gemi em resposta. — Tire-as.
Não havia sido um pedido, percebi pelo seu tom um pouco mais firme e eu teria reagido com um certo sarcasmo em qualquer outra situação, mas ali apenas sorri de canto e neguei com a cabeça.
— Não posso — confessei, por fim, por mais que meu corpo estivesse disposto a ceder a qualquer coisa que ela me pedisse, ainda mais naquele tom de voz.
tombou a cabeça de lado, parecendo intrigada.
— Por que não?
Precisei segurar o impulso de dizer a verdade a ela. Embora sentisse o contrário, aquela mulher era completamente desconhecida para mim.
Antes que eu respondesse, no entanto, senti suas mãos descerem até as minhas, ainda pousadas em suas coxas, e ela as guiou fazendo com que eu voltasse a acariciá-la devagar. Suspirei com aquilo, vendo-a morder o canto dos lábios.
— Quero sentir a sua pele me tocando, James. — se aproximou do meu ouvido para sussurrar manhosa.
Cerrei os olhos, torturado e engoli em seco.
— Não quero assustá-la, boneca. — Praguejei mentalmente por não ter conseguido resistir. Certamente saber quem eu era iria afastá-la. Meu passado sangrento gritava que eu não era confiável e não importava quantas reparações eu tentasse fazer.
Ela riu baixinho, trazendo uma das minhas mãos para a parte interna de sua coxa. Justamente a mão de vibranium.
— Me mostra. Acho que consigo lidar com isso. — Passou a língua pelo lóbulo de minha orelha, me fazendo arrepiar e descendo pela lateral do meu rosto, espalhando beijos pelo meu maxilar.
Como eu conseguiria resistir àquilo?
Meu corpo gritava pelo dela e eu não podia negar o quanto também queria sentir a pele quente de sua coxa sem o tecido da luva me atrapalhando.
Talvez fosse mais inteligente tirar apenas a luva de uma das mãos, porém beijou o canto de meus lábios e tornou a me encarar daquela forma ardente. Com aquilo, me vi despencar sem conseguir mais hesitar.
De fato, eu nunca havia encontrado alguém como ela.
Erguendo uma sobrancelha, como se a desafiasse, retirei minhas mãos dela, sorrindo de canto ao ouvir sua exclamação de protesto, então devagar tirei primeiro a luva da mão normal, para depois tirar da de vibranium.
Assisti com atenção como reagiria e, diferente do que esperava, a mulher não se afastou horrorizada. Pelo contrário, voltou a passar a língua pelos lábios e sorriu de volta.
— Sabia que seu rosto não me era estranho, Sargento Barnes. — Estremeci ao ouvi-la me chamar daquele jeito, quase a puxando para subir no meu colo, o que não fiz apenas porque em meio à excitação também havia a surpresa com aquela reação.
— Então você já ouviu falar de mim — murmurei, guardando as luvas nos bolsos da jaqueta e experimentando levar as mãos novamente até a barra do vestido de , seguindo lentamente até suas coxas.
— Uhum. — Ela fechou os olhos, suspirando baixo.
— O quanto você ouviu? — Precisei perguntar, intrigado. Me parecia estranho demais alguém não reagir com medo quando descobria quem eu costumava ser.
— O bastante para saber que por mais que te considerem perigoso, você não vai me machucar, James.
não me parecia nada ingênua, o que então a tornaria tola ou um tanto imprudente.
Dando uma olhada rápida pelo lugar onde estávamos, não precisei ponderar muito.
Considerei parar o que estávamos fazendo e pedir para que ficasse longe de mim o máximo possível porque eu não podia prometer que jamais a machucaria. Eu havia conseguido me livrar do controle mental, mas nunca se sabe. Aprendi de forma dura a sempre desconfiar de tudo.
… — soprei, me desarmando completamente quando, pela segunda vez, a senti segurar minhas mãos, deslizando-as por suas coxas e guiando para dentro de seu vestido, me fazendo constatar uma coisa.
Ela não estava usando calcinha.
— Porra… — deixei escapar em um gemido rouco, permitindo que ela me fizesse dedilhar sua virilha com a mão de vibranium, percorrendo um caminho ainda mais perigoso.
Percebendo minha reação, soltou uma risada um tanto falha. Sua respiração denunciando o quanto aquilo estava a afetando.
Cerrei meus olhos em sua direção, tendo certeza de que haviam escurecido, e foi a minha vez de aproximar meus lábios de seu ouvido, começando a mover minha mão por vontade própria, roçando sua pele, tão perto de tocá-la que podia sentir o quanto estava quente.
— Estou te divertindo, ? — soprei, e embora estivesse tão louco pelo contato quanto ela, me contive apenas para continuar provocando.
— Ainda não, Sargento Barnes. Vai precisar se esforçar mais um pouco. — A ousadia de sua resposta me fez erguer uma sobrancelha, incrédulo, porém, completamente incapaz de fazer o contrário, finalmente quebrei a mínima distância, tocando-a devagar, deslizando meus dedos por toda a sua extensão e deixando um grunhido escapar ao perceber o quanto estava molhada.
Percebi o corpo dela estremecer e ofegou, mordendo os lábios para conter um gemido. Em resposta, a esfreguei mais uma vez, fazendo um vai e vem até sua entrada, voltando para o clitóris pulsante.
Céus, ela estava tão inchada que eu senti minha excitação latejar dentro das calças.
Usei os dedos para acariciá-la em movimentos circulares, então juntou seus lábios aos meus em um beijo desesperado, agarrando o colarinho da minha jaqueta com as duas mãos e gemendo baixo.
Retribuí cada carícia de sua língua na minha, esfregando com cada vez mais vontade, ignorando cada vez mais o fato de estarmos em uma via pública. De qualquer forma, quase não havia iluminação ali, então, mesmo que alguém nos visse, ia precisar se esforçar para realmente enxergar o que fazíamos.
subiu uma de suas mãos até meu pescoço, subindo seus dedos pela minha nuca e os enroscando nos meus cabelos para puxá-los com força. Grunhi contra sua boca, voltando a esfregar meus dedos até sua entrada e ameaçando socar um deles ali. Ela gemeu em protesto quando não o fiz e eu ri baixo, tornando a acariciar seu clitóris com afinco.
Acabei quebrando o beijo ao sentir suas unhas se cravarem na minha pele para poder gemer um tanto mais alto e ela imediatamente afundou o rosto no meu pescoço, não controlando as arfadas que escapavam de sua boca.
— Ah, James… — Quase enlouqueci ao ouvi-la soprar meu nome daquela forma, completamente imersa ao prazer.
— Olha pra mim, — chamei, fazendo a mulher fixar seus olhos ardentes nos meus, enquanto voltei a escorregar meus dedos por ela, dessa vez sem me refrear até que um deles estivesse todo atolado dentro dela.
Assisti de perto sua reação. lutou para manter seus olhos abertos, mas quando quase tirei o dedo por completo, voltando a socar bem fundo, ela os pressionou, deixando um gemido alto ecoar.
— Puta que pariu, James! — Era simplesmente delicioso ouvi-la falar daquele jeito.
— Quer que eu pare? — provoquei, repetindo o mesmo movimento e percebendo que seu quadril veio de encontro à minha mão.
— Não ouse fazer isso.
Eu teria rido de sua reação se ela não voltasse a descer suas duas mãos à barra da minha calça, agarrando os passadores do cinto e puxando em sua direção.
Parando de tocá-la por apenas alguns segundos, me desencostei da parede e inverti nossas posições em um movimento rápido. Como resposta, recebi primeiro um gemido de protesto que em seguida se transformou em uma exclamação de surpresa e mais um de seus sorrisos carregados de malícia.
Mordi minha boca, encarando aquela mulher inteira sem mais fazer questão de qualquer pudor. Por mais que não fizesse nada daquilo há décadas, haviam coisas que não eram esquecidas, simplesmente por fazerem parte de meus instintos.
Usei a mão normal para puxar para mim, segurando na base de suas costas e dando um tranco, colando seu corpo ao meu. Aproximei meu rosto da mulher, atiçando-a ao quase tocar nossos lábios para depois me afastar e sorrir com travessura. Ela respirou pesado, mostrando seu descontentamento com aquilo e, deixando bem clara a sua impaciência, segurou outra vez nos passadores da minha calça, se esfregando contra mim e atacando meus lábios com voracidade.
Não deixei de retribuir cada carícia de sua língua, descendo a mão da base de suas costas até sua bunda, apertando-a com vontade e voltando a tocar a parte interna de suas coxas com a outra mão. A guiei mais uma vez para o meio das pernas da mulher, tocando-a sem hesitar, esfregando seu clitóris e brincando com a região para depois escorregar dois dedos para dentro dela dessa vez.
desgrudou seus lábios dos meus para gemer alto mais uma vez e eu sorri com aquele som delicioso ecoando. Girei os dedos devagar, quase os retirando por completo e voltando a atolar com vontade, repetindo o movimento de novo, adorando assistir e ouvir suas reações bem de perto.
Se eu já havia achado aquela mulher linda antes, daquele jeito, gemendo e soltando meu nome completamente imersa no prazer, ela era ainda mais. E estar em um lugar como aquele, proibido e inusitado, só deixava as coisas ainda mais excitantes.
Pois é, correr riscos realmente podia ser delicioso, assim como a forma como começou a rebolar contra os meus dedos, fazendo com que fossem ainda mais fundo dentro dela. Àquela altura ela estava tão molhada que eu escorregava com facilidade toda vez que saía e voltava com intensidade. Seu corpo sacudia e os espasmos demonstravam o quanto o tesão a dominava.
Ofeguei ao senti-la apertar meus dedos com afinco e aumentei o ritmo, ouvindo mais gemidos escaparem de seus lábios a um ponto que acabei usando a mão normal para tapar sua boca. Seus olhos se estreitaram em minha direção com aquele gesto, mas a forma como senti seus lábios se curvarem denunciou que na verdade a mulher havia adorado aquilo.
Seus quadris se moveram ainda mais contra a minha mão, num rebolado alucinante. Usei meu polegar para esfregar seu clitóris de forma circular, arrancando mais sons abafados de . Pela forma como apertava meus dedos, eu sabia que não faltava muito para que ela se derramasse na minha mão e aquilo só me incentivou a manter o ritmo intenso com que a atolava.
Notei um brilho de malícia tomar conta de seus olhos e não demorou para que eu sentisse uma de suas mãos descendo da barra da minha calça, acariciando minha ereção por cima do tecido, então foi a minha vez de ofegar sonoramente.
Adorando ver a minha reação, colocou um pouco mais de pressão, fazendo um vai e vem que era delicioso e ao mesmo tempo uma verdadeira tortura porque eu estava odiando o fato de existir aquele jeans no caminho. Assim como ela havia me implorado momentos antes, eu ansiava pela sensação da sua pele na minha, deslizando por toda a minha extensão.
… — gemi, sem vergonha alguma de demonstrar o quanto precisava que ela me tocasse de verdade.
A mulher me torturou ainda mais, usando a ponta dos dedos para fazer um carinho bem na ponta da minha ereção. Senti meus olhos se revirarem sem que eu pudesse controlá-los e ela sorriu satisfeita.
É claro que ela queria que eu implorasse.
— Por favor, . — Usei mais uma vez aquele apelido, sentindo ela passar a língua pela minha mão, que ainda tapava sua boca, de um jeito lento e um tanto sugestivo, como se me dissesse daquela forma que queria estar lambendo outro lugar.
Então acabei afastando a mão de seus lábios, libertando-os e grudando minha boca à de em um beijo urgente, enroscando minha língua na dela e girando meus dedos com mais vontade dentro dela, sentindo seu corpo quase quicar de encontro a eles enquanto ela gemia abafado.
Prendendo meu lábio inferior com seus dentes, finalmente subiu sua mão, abrindo meu cinto e o zíper com uma habilidade que me impressionou um pouco, para depois finalmente adentrar a calça e a cueca.
Seus dedos estavam um pouco mais gelados e assim que entraram em contato com a minha ereção senti um arrepio gostoso que me arrancou um suspiro alto. Primeiro ela tocou a ponta, fazendo um carinho ali, pressionando de um jeito delicioso e depois deslizando devagar por toda a minha extensão.
Cheguei até a parar um pouco com meus movimentos dentro dela de tanto que aquilo havia me afetado e, como resposta, gemeu em protesto, retomando nosso beijo de um jeito desesperado, rebolando mais intensamente contra os meus dedos. Os curvei devagar e tentei voltar ao ritmo de antes, mas o tesão que eu sentia com os toques dela estava me enlouquecendo.
Ela então envolveu minha ereção com sua mão e começou a movimentá-la num vai e vem que começou bem lento, mas foi ganhando mais intensidade conforme meus dedos também entravam e saíam dela com mais afinco.
Rosnei contra a sua boca, estremecendo e sentindo meu abdômen se contraindo. O calor era tanto que eu sentia o suor escorrer pelas minhas costas e naquele momento odiei o fato de estarmos num beco escuro qualquer. Se estivéssemos em um quarto, jogados em uma cama ou em qualquer outro canto daquele ambiente, eu poderia explorar cada pedacinho de como estava alucinado para fazer.
Quem sabe numa próxima vez.
Porra, eu já estava pensando em mais uma vez. Mas eu sabia que só aquele momento não seria o suficiente. Honestamente, tinha sentido no momento em que nos beijamos.
Aquela mulher era a minha perdição.
Separamos nossas bocas e juntamos nossas testas, apenas ofegando e gemendo, sentindo a respiração um do outro enquanto os movimentos se intensificavam e nossos quadris se movimentavam de encontro um ao outro, clamando por mais, ansiando por mais.
Depois de décadas, era simplesmente maravilhoso me sentir vivo daquela forma novamente.
Curvei meus dedos dentro de , os movendo com agilidade, sentindo-a pressioná-los ainda mais ao mesmo tempo que sua mão diminuía o ritmo, me torturando por alguns segundos para depois aumentar e fazer meu corpo estremecer.
Eu sabia que não ia aguentar por muito mais tempo e na verdade não tínhamos aquele luxo. A qualquer momento, alguém poderia nos pegar ali ou ouvir nossos gemidos e vir assistir de perto. Àquela altura eu não me importava nem um pouco com aquilo, mas ainda assim existia a urgência emanando de nossos corpos.
rebolou com mais intensidade contra a minha mão, seus olhos escureceram enquanto ela me encarava e eu entendi o que estava prestes a acontecer.
— James, eu vou gozar. — No entanto, ouvir sua voz dizer daquele jeito manhoso me fez perder qualquer resquício de controle que eu ainda possuía.
Aumentei o ritmo, atolando meus dedos com ainda mais afinco, fazendo até um som gostoso se misturar aos gemidos que ela tentou abafar ao morder seus lábios com força.
Senti ela me apertar com ainda mais intensidade e assistir seus olhos se revirarem. Seu corpo foi estremecendo e um gemido mais prolongado escapou de sua boca. Eu quase gemi junto a ela e, no instante seguinte, se derramou de um jeito delicioso em minha mão.
Eu conseguia sentir o calor emanando de seu corpo, sua respiração pesada batia contra mim e ela amoleceu um pouco nos meus braços, segurando em meu ombro com a mão livre.
Retirei meus dedos de dentro dela e, sem conseguir controlar o desejo absurdo de sentir o gosto de , os levei até minha boca, chupando-os e contendo um grunhindo com o quanto ela era doce.
Então a mulher ergueu seu rosto, tornando a focar seus olhos em mim e mordeu os lábios, aprovando a cena. Sem dizer nada, ela retomou os movimentos de sua mão, deslizando com intensidade por toda a minha extensão, fazendo a pressão certa e acabei fechando meus olhos, me deixando levar pelo tesão absurdo que crescia mais a cada segundo.
Aquilo somado ao prazer de sentir o gosto dela em minha boca fez o calor se tornar quase insuportável. Encarando outra vez, fiz questão de mostrar a ela o quanto seus movimentos estavam me enlouquecendo, deixando minha respiração ecoar sonora, rouca, alucinada.
Meu quadril ia de encontro à sua mão, tornando tudo ainda mais gostoso e quando ela aumentou um pouco mais a pressão, não consegui mais me conter. Meu corpo foi estremecendo violentamente, um grunhido mais alto ecoou de meus lábios, mas antes que eu pudesse de fato me derramar na mão dela, me surpreendeu ao se agachar rapidamente, puxando um pouco minha calça e minha cueca para baixo. Me segurando pela base, ela me lançou mais um de seus sorrisos maliciosos, então me abocanhou com vontade, deslizando seus lábios macios por toda a minha extensão e dando uma chupada bem na ponta.
— Puta que pariu. — Meus olhos se reviraram nas órbitas e se eu já estava vendo estrelas antes, naquele momento estava de fato no céu.
Não havia como prolongar mais nada, meu ápice já fazia meu corpo todo estremecer e eu me derramei de forma alucinada na boca dela.
Com a mão de vibranium eu segurei seus cabelos, fazendo um carinho enquanto movia meu quadril de encontro à boca de até que minha última gota escorresse.
Ela foi me chupando e diminuindo a intensidade, então vi o exato momento em que engoliu meu prazer, lambendo os lábios e me encarando com uma expressão travessa e um tanto adorável ao mesmo tempo.
Eu não sabia como aquilo era possível, mas aquela mulher já havia me provado que conseguiria sempre me surpreender.
Num impulso, fiz com que ela se levantasse e uni nossas bocas, sentindo meu gosto se misturar ao dela. Arrepios se espalharam pelo meu corpo com aquilo e juro que não me lembrava de sentir nada comparado àquilo.
— Isso foi divertido, Sargento Barnes. — A voz dela ainda estava ligeiramente ofegante e não consegui não sorrir com aquilo, ou com ela.
A observei ajeitar o vestido enquanto eu subia minhas calças e fechava o zíper e o cinto.
— Você mora por aqui? — Me vi perguntando, com uma esperança de saber mais sobre ela e quem sabe prolongar aquilo ou encontrá-la novamente.
Ela sorriu de canto, então colocou sua mão no bolso da minha jaqueta, pegando meu celular e digitando alguma coisa nele. Esperei com o cenho franzido e assisti a mulher devolver o aparelho ao seu lugar.
— Anotei meu número aí. Se você ainda se lembrar de mim amanhã, me liga. — Mordeu o canto dos lábios, então se aproximou, me dando um beijo rápido. — Boa noite, James.
Fiquei embasbacado por alguns segundos, ainda processando aquilo, então sacudi a cabeça antes que ela fosse embora e eu não tivesse respondido nada.
— Tenho certeza de que vou lembrar. Boa noite, . Até o nosso próximo encontro.
Ela sorriu mais uma vez e me deu as costas, me deixando sozinho naquele beco escuro.
Certamente eu precisaria de mais tempo para assimilar tudo o que havia acabado de acontecer, mas de uma coisa eu não tinha dúvidas.
Aquela mulher seria de fato impossível de esquecer.


FIM



Nota da autora: E a cadelinha do Bucky ataca novamente!
Desde o episódio em Falcão e o Soldado Invernal que ele menciona o Tinder, fiquei com essa ideia de escrever algo regado com uma boa putaria.
Espero que tenham gostado. Comentem aqui embaixo para eu saber!
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Beijos e até a próxima.
Ste. ♥



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