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Fanfic finalizada.

Capítulo Único

A gritaria que nos aguardava já era ensurdecedora. Um misto de vozes que chamavam pela Diamonds on the Rough ou se focavam em chamar aquele que seria seu integrante favorito. Eu amava aquilo mais do que qualquer coisa na vida. Saber que havia tanta gente que gostava da nossa música, que nos admiravam mesmo não nos conhecendo completamente e que de certa forma nós havíamos ajudado algumas daquelas pessoas.
Desde moleque eu sonhava com dias como aquele. Eu me pegava parado em frente ao espelho, entoando clássicos do rock e imaginando como seria quando eu tivesse uma plateia cheia de gente que me admirava. Mas até nos meus sonhos mais loucos, não imaginei um terço daquele sentimento que me dominava.
Eu me sentia ansioso para pisar os pés naquele palco, para tocar as notas que eu sabia de cor e acertava até de olhos fechados em minha guitarra. Ver a multidão reunida apenas para aquele momento em que compartilhávamos a música fazia com que algo indescritível se agitasse dentro de mim.
Estávamos em meio a mais uma turnê pelos Estados Unidos e dentre todas as cidades pelas quais passávamos, Nashville era a minha favorita. Não apenas por ser a cidade da música e ter os melhores pubs que eu conhecia. Nashville era especial porque eu sabia que assim que entrássemos no palco, não tinha nenhuma dúvida de que ela estaria lá, bem na nossa frente, cantando cada uma de nossas canções e me deixando maluco com cada um de seus movimentos.
O sinal para que entrasse foi dado e fizemos nosso grito de guerra do mesmo jeito apressado e agitado que sempre fazíamos. Trocamos sorrisos de expectativa e assim que meu amigo sumiu de nossas vistas a ovação triplicou do outro lado.
— Eu amo isso — escutei dizer, ao meu lado, e o olhei animado, deixando claro que me sentia da mesma maneira.
Foi a vez de entrar com seu baixo e logo em seguida era eu e minha inseparável guitarra.
Tudo ao meu redor se tornou um borrão e eu só conseguia enxergar aquele tanto de gente gritando, chorando e esticando suas mãos para mim, como se assim fosse possível me tocar. A minha vontade era de sair correndo e me jogar naquela multidão, me tornar parte deles como eles eram parte de mim.
Assim que se posicionou em frente ao microfone, fez a contagem com as baquetas e aí foi a minha vez de entoar os primeiros acordes.
Em dez anos de estrada, nós alteramos a primeira música do setlist poucas vezes simplesmente pelo fato de que a energia era alucinante quando tocávamos Fire Inside, um dos singles de nosso terceiro álbum de estúdio.
começou a cantar e eu e lhe acompanhamos nos vocais de apoio. A plateia entoava cada palavra sem errar e eu sentia que meu peito explodiria de alegria e orgulho do que eu e aqueles três marmanjos conquistamos.
Varri a multidão com meu olhar enquanto tocava, subi em cima de uma das caixas, tocando e chamando o público para cantar mais ainda conosco. Tive a impressão de ter reconhecido alguns rostos, mas não conseguiria muita certeza naquele momento, não quando a adrenalina pulsava em minhas veias e a magia da música me fazia querer gritar e correr e cantar mais alto.
Desci da caixa e saí correndo até o outro lado do palco, trocando de lugar com e subindo na caixa que tinha por ali. havia se aproximado e cantava a poucos metros de mim e o povo cantava, gritava e chorava.
Por mais imerso que eu estivesse naquele momento, eu também me sentia ainda inquieto. Estava ansioso para encontrá-la e fiquei me questionando se ela havia faltado a um de nossos shows pela primeira vez. Eu nunca havia imaginado que aconteceria e a ideia de não a ver durante aquela passagem por Nashville me deixou um tantinho incomodado. Não chateado, apenas incomodado.
— Puta merda, olha só essa energia! Nashville, vocês são foda para cacete! — disse, assim que nossa primeira música acabou e eu queria dizer ao microfone que concordava com ele, que aquele público era coisa mais linda que eu já havia visto no mundo, mas meus olhos ainda estavam inquietos em minha busca sem sucesso. Não sabia se estava disfarçando alguma coisa, mas eu até que estava tentando.
— A nossa próxima música vai para todas as moças daqui — voltou a dizer, quando o público diminuiu os gritos. — Ela se chama My medicine — comecei os acordes em meio a mais incentivo e eu poderia morar num palco, sem mentira nenhuma. Aproximei minha boca do microfone para cantar junto de e eu finalmente a vi.
Diferente das outras vezes, nas quais fazia questão de estar na primeira fileira, dessa vez ela estava em um dos camarotes, com duas amigas que eu sinceramente não prestei muita atenção porque eu só era olhos para aquela mulher.
Meu corpo pareceu reagir de imediato à constatação da presença dela. De repente, eu me sentia suando muito mais do que antes, a palheta escorregou por entre meus dedos e com agilidade eu consegui pegar outra e continuar tocando. Mordi o canto de minha boca, analisando o corpo dela dentro de um jeans apertado e um cropped preto com estampa da banda.
Eu queria sair daquele palco e correr até ela, puxá-la para mim e beijar seu corpo inteiro. Fazia quase um ano que não voltávamos a Nashville, o que significava quase um ano sem tê-la e eu sinceramente não fazia ideia de como havia aguentado. Para ser sincero, eu não fazia ideia de muitas coisas com relação àquela mulher.
Pelo sorriso que ela abriu em minha direção, demonstrou que sabia que eu a notava e em resposta eu lhe lancei uma piscadela discreta, tentando não ficar olhando para ela que nem um tolo o resto do show inteiro, mas não tinha muito jeito. Aquela mulher me deixava completamente fora de mim. Era a minha melhor fantasia.

***


Aquelas três horas de show haviam passado tão rápido que eu cheguei a me perguntar se o tempo foi acelerado de repente. Não era possível, isso acontecia sempre que a passagem por algum lugar era inesquecível.
Todos nós amávamos passar por Nashville, assim como alucinávamos com nossas visitas a outros países como o Brasil e o México. Tocar em lugares como aqueles era como uma grande recarga de incentivo. Nós saíamos do palco já ansiosos para voltar e para produzir mais músicas novas só para podermos ouvi-las serem cantadas novamente.
, hoje você se superou com essa guitarra, meu amigo. Parecia até que estava dedicando para alguém — me abraçou pelos ombros. Nós já estávamos dentro da van que nos levaria de volta ao hotel, onde obviamente rolaria uma after party.
— E eu estava mesmo — admiti, vendo-o arquear uma sobrancelha e então abrir um sorrisinho malicioso.
— Opa! — e pela cara dele e os olhares de e , que de repente se voltaram para mim, agora eu tinha três marias-fofoqueiras querendo saber de tudo.
— Vocês três são péssimos, alguém já disse isso? — resmunguei, dando risada do jeito deles.
— Desembucha logo, . Quem é? — soltou, com impaciência.
— Eu ia dizer ao que eu estava dedicando as músicas para cada um de nossos fãs. Vocês fantasiam demais — vi que fechou a cara pela minha resposta e deu uma risada alta. , no entanto, estreitou seus olhos para mim.
— Você não me engana, . Aí tem coisa — em resposta a isso, fiz minha melhor cara de sonso.
— Eu realmente não sei do que você está falando, cara — dei de ombros e comecei a cantar bem alto quando ouvi I want to break free ecoar do rádio.
Para a minha decepção, no entanto, eu não poderia imitar Freddy Mercury até o final, já que nossa van logo adentrou o Luxor, o hotel onde estávamos hospedados.
— Vejo vocês em meia hora — me despedi de meus companheiros quando saímos do elevador, já no andar de nossos quartos.
— Vinte minutos, no máximo, pegou no meu pé e eu apenas revirei meus olhos.
Mal sabia ele que com a ansiedade que eu sentia, me arrumaria até em quinze, porém eu não podia realmente ir até aquela festa de qualquer jeito. Ela estaria lá e eu tinha dado um jeito de me certificar disso.
Durante toda a nossa apresentação, ela fez de tudo para me provocar. Eu sentia seu olhar em mim, eriçando todos os pelos do meu corpo até mesmo quando eu não estava olhando para ela. Quando eu o fazia, me sentia vidrado naqueles lábios, imaginava como seria poder sugá-los mais uma vez e deixar um rastro de meus beijos por toda extensão daquele pescoço.
Eu tinha a sorte de ter uma guitarra para disfarçar minha ereção, do contrário eu não queria nem pensar no que poderia acontecer. E só de lembrar do quanto aquela mulher havia me provocado eu já me sentia agitado de novo, por isso acabei mudando a temperatura da água para o gelado. Não era hora de ficar com tesão, não ali sozinho.
Gargalhei de mim mesmo e fiz o máximo para que meu banho não demorasse muito, mas quando terminei de me arrumar percebi que tinha levado mesmo meia hora. Não foi por birra de , eu juro.
De qualquer forma, eu acabei encontrando no caminho para o elevador e segurei a porta para que meu amigo pudesse entrar.
— Porra, . Derramou o vidro todo de perfume em cima de ti, seu pirado? — reclamou, enquanto as portas se fechavam.
— Não viaja, cara. Só passei o aceitável — e como havia feito antes, estreitou seus olhos para mim.
— Fala sério. Tem mulher na parada, não tem? — sim, tinha mesmo e bota mulher nisso, mas, novamente, em vez de admitir eu só dei risada da cara dele.
— Ter não tem, mas a ideia é não dormir sozinho — acabei soltando meia verdade.
— Esse é o meu garoto — me deu tapinhas no ombro e nós saímos do elevador quando as portas se abriram.
Eu poderia falar para meus amigos sobre a mulher que me deixava doido toda vez que passávamos por Nashville, mas não o fazia porque desde o início eu e ela tínhamos prometido segredo absoluto sobre nossos encontros. Era um lance casual, então não tinha motivo para eu sair espalhando também. Eu não me importava em seguir aquele acordo, gostava de como as coisas eram entre nós e tinha certeza de que ela também.
— Até que enfim as princesas resolveram dar as caras — veio em nossa direção e nos abraçou pelos ombros para que fôssemos até uma mesa onde estava .
Com um olhar rápido ao meu redor, vi todo o pessoal da produção, Paul, o nosso empresário, e mais algumas garotas com seus olhares felinos sobre nós. Eu gostaria daquela atenção da parte delas se não estivesse naquela cidade em especial.
Dessa vez eu não demorei para avistar quem realmente me interessava e quando meus olhos se focaram nela foi como se meu olhar tivesse puxado o seu, porque ela me encarou de volta, de uma forma tão intensa que parecia que faíscas saíam de seus olhos. Ela disfarçou um sorrisinho de canto e eu deixei que meu olhar descesse por toda a extensão de seu corpo, parando um pouco em seus quadris bem desenhados pelo jeans. Porra, eu não via a hora de ter ela em cima de mim.
Umedeci meus lábios, olhando para seu rosto outra vez e precisando prestar atenção em quando ele me chamou para pegarmos algumas bebidas.
Depois da primeira cerveja, veio a segunda e mais uma dose de uísque. Eu não queria beber demais, então depois disso fui buscar uma água.
Durante todo o tempo, eu dava o meu jeito de olhar para quem eu queria e ela sempre retribuía, me provocando até mesmo quando foi até ela e começou a puxar papo. Eu não me importava que ele fosse, nem deveria já que tínhamos uma relação casual e nunca passaria disso, mas confesso que eu contive uma risadinha pretensiosa quando ela o deixou sem nem lhe dar um beijinho.
— Boa noite, — escutei aquela voz aveludada bem ao meu lado e contive um sorriso quando a vi ali, se aproximando para pegar vodca com cranberry. — Vocês estavam maravilhosos hoje — sorriu para mim.
— Como vai, ? — lhe respondi em meu melhor tom educado, tentando não demonstrar que queria agarrá-la ali mesmo. — Obrigado. É sempre um prazer te ter na plateia — lancei um olhar significativo a ela e pela forma como seu sorriso se alargou eu sabia que tinha entendido.
— Sinceramente, ainda estou me recuperando do show, então digamos que eu estou pegando fogo — ela não facilitaria para mim, ela nunca facilitava.
— Eu conheço algo ótimo para dar um jeito no seu fogo — falei, em um tom mais baixo, vendo-a arquear a sobrancelha para mim, sugestiva.
— Ah é? E por que você não me mostra? — riu, em travessura.
— Me encontra lá fora em cinco minutos e eu mostro — murmurei, ainda mais baixo, então pisquei em sua direção de forma discreta e depois sorri bem grande. — Bom te ver, — me afastei dela sem olhar para trás.
Busquei meus amigos com o olhar, encontrando e distraídos com três garotas, enquanto parecia bastante entretido se engolindo com uma ruiva em um dos cantos da festa. Aproveitei a deixa e saí dali, andando até o final do corredor e me encostando na parede ao lado do elevador enquanto esperava por .
Quando sua silhueta apareceu vindo em minha direção, foi inevitável deixar um sorriso malicioso tomar conta de minhas feições.
— Você não imagina o quanto eu estava ansiosa por isso — ela disse, assim que estava próxima o bastante.
— Provavelmente é o mesmo tanto que eu — respondi, puxando-a pela cintura e não hesitando em colar meus lábios nos dela, iniciando um beijo urgente que foi correspondido com a mesma intensidade. levou uma de suas mãos até meu pescoço e suas unhas arranharam minha nuca, fazendo meu corpo se arrepiar pelo gesto.
Apertei-a mais contra mim, massageando sua língua com vontade, mas então eu senti que ela levava sua outra mão até meu peito e nos afastava, quebrando o beijo.
— O que... — comecei a pergunta, mas ela me interrompeu.
— Vamos sair daqui — dizendo isso, ela apertou o botão de chamada do elevador e eu precisei de mais autocontrole do que nunca enquanto ficamos ali parados, esperando.
Assim que o adentramos e as portas se fecharam à nossa frente, engoli em seco, sentindo como se cada nervo do meu corpo implorasse para que eu voltasse a agarrá-la com força. Era incrível o poder que aquela mulher tinha sobre mim. De repente eu não tinha mais controle de meus pensamentos e minhas ações, tudo era conduzido pelo desejo insaciável que eu tinha dela. Insaciável porque quanto mais eu provava, mais eu queria.
virou sua cabeça para me encarar e notei um sorriso malicioso brotar em seus lábios, tão convidativo que precisei fechar minhas mãos em punho. Eu poderia sim beijá-la ali naquele elevador, mas sabia que se o fizesse não conseguiria me separar novamente.
— Esse seu perfume acaba comigo, — a voz dela soou absurdamente sedutora e eu quis gritar com ela para que parasse de me atentar.
— Que bom que você gosta, — acabei retrucando, em um tom rouco que só deixava evidente o quanto eu me controlava. — O que acaba comigo é esse seus jeans apertados, mas você sabe disso, obviamente.
— Obviamente — ela repetiu e uma risadinha baixa ecoou de seus lábios. Aquilo já era demais para mim e meu péssimo autocontrole.
Eu estava pronto para desistir e avançar na direção dela, porém as portas se abriram e em vez disso eu passei em sua frente, sentindo-a me acompanhar pelos corredores até chegarmos ao meu quarto, onde parei para caçar o cartão magnético que abriria a porta dentro de um dos bolsos de minha jaqueta. Assim que o encontrei, não hesitei em destravar a porta e girei a maçaneta, abrindo e dando espaço para que entrasse.
— Senhorita — soltei, em um tom cordial que nada condizia com os milhares de pensamentos que me ocorriam.
— ela respondeu, da mesma forma e passou por mim de uma forma que pareceu muito mais lenta que o normal, ou talvez fosse apenas meu cérebro processando aquela informação da maneira mais lenta possível para que fosse gravada em minha memória.
parou em frente à cama, de costas para mim, enquanto observava o quarto, mas eu não estava nem aí para a decoração dele e eu sabia que ela também não estava, aquele era apenas mais um de seus gestos para me provocar. Fechei a porta atrás de mim e só para retribuir eu me encostei a ela, deixando que meu olhar percorresse cada centímetro do corpo de sem pressa nenhuma.
De fato, eu poderia passar mais do que apenas alguns minutos admirando a beleza das curvas de . Cada centímetro dela era um passo que eu dava rumo à perdição. Eu estava louco para queimar com ela e esse pensamento me fez soltar um suspiro rouco. O som fez com que ela inclinasse um pouco a cabeça para trás, voltando a cravar seus olhos nos meus e sorrir daquele jeito que soava como um convite.
— chamei seu nome, ainda sem mover um músculo em sua direção, deixando que ecoasse pelo quarto no mesmo tom que o desejo transbordava de meus olhos.
— ela fechou seus olhos ao me responder, como se só pronunciar meu nome já estivesse lhe deixando louca. — Nós dois sabemos que você não vai ficar aí só me olhando a noite toda — mais um sorriso travesso se moldou em suas feições e ela voltou a desviar seu olhar, virando-se na direção da grande janela. tinha razão, eu não ia ficar ali parado mesmo. Em questão de segundos, eu fui em sua direção e abracei-a por trás, levando minhas mãos até sua cintura, moldando todo o contorno de seus quadris e apertando a lateral de suas coxas.
inclinou sua cabeça um pouco para o lado, expondo a pele de seu pescoço para mim e inclinando um pouco seu quadril contra mim, levei minha boca até a região, apenas roçando meus lábios de início, notando que os pelos dela se arrepiavam com o gesto. Soltei uma risada rouca, o que fez com que eu soprasse contra sua pele e o corpo de se contraísse contra o meu, num ato reflexo. Ela então levou suas mãos até as minhas, apertando-as e guiando-as para cima de seus quadris, vindo para a frente, tocando sua barriga e subindo até seus seios, que ela me fez apertar por cima de sua roupa.
Soltei um grunhido contra sua pele, deixando um beijo lento em seu pescoço e deslizando minha língua por ali, espalhando beijos e sentindo ela me fazer apertá-la ainda mais. Movi meu quadril contra ela em um movimento quase involuntário. Só provar dela daquele jeito fazia meu corpo já implorar por mais, por senti-la sem nenhuma peça de roupa nos atrapalhando.
soltou um gemido contido quando sentiu minha boca sugar sua pele de forma mais intensa, em um chupão que acabaria lhe deixando marca no dia seguinte. Ela então tirou minhas mãos de seu corpo e virou de frente para mim, enroscando seus braços aos redor de meu pescoço e me encarando com a boca vermelha de tanto que ela havia mordido seus lábios.
— Eu quero você, — sussurrou, de uma forma tão necessitada que eu não seria nem louco de deixar passar, mas antes que eu pudesse colar meus lábios nos seus, foi mais rápida e fez isso por nós dois, iniciando um beijo que tinha tudo menos calma.
Sua língua se enroscou na minha de forma desesperada e eu retribuí cada uma de suas carícias, feliz por não precisar mais me conter. Estávamos enfim a sós. Eu não fazia ideia do quanto sentia falta dos toques daquela mulher, de seus beijos e sua respiração descompassada. A constatação do quanto eu necessitava dela fez com que um grunhido ecoasse de meus lábios, abafado pelo beijo.
Senti juntar ainda mais nossos corpos e desci minhas mãos até sua cintura, a puxando de encontro a mim em seguida. Caminhei com ela grudada a mim pelo quarto e com alguns passos atrapalhados de repente eu a imprensava contra a parede ao lado da grande janela, suas mãos foram até meus ombros e tomando impulso ela entrelaçou suas pernas ao redor da minha cintura. Imediatamente, segurei suas coxas com firmeza, imprensando mais o corpo de contra a parede enquanto aumentava a intensidade do beijo. Quanto mais eu sentia o gosto daquela mulher, mais eu a queria.
Minhas mãos a apertaram com cada vez mais vontade, então senti sua boca espalhar beijos pelo meu pescoço, beijos que logo eram mordidas e um roçar de seus lábios que fez com que eu movesse meu quadril contra o dela, esfregando a ereção que se formava. Subi uma de minhas mãos pela lateral de seu corpo, adentrando a blusa que vestia, apertando sua cintura. Ela voltou seu olhar para o meu rosto, fixando seus olhos nos meus, me fitando com o desejo transbordando por eles. Mordi minha própria boca, sentindo que aquilo me afetava muito mais do que eu gostaria de admitir, então aproximou sua boca da minha mais uma vez apenas para sugar meu lábio inferior de um jeito que me fez grunhir novamente. Suas mãos foram para a barra de minha camiseta e em uma lentidão torturante ela foi puxando a peça para cima.
— Não posso negar que senti falta disso — abri um sorriso malicioso ao ouvir aquilo, deixando que ela terminasse o que havia começado e quando a camiseta estava atirada a um canto qualquer voltei a tocá-la, explorando sua pele quente por debaixo da roupa e subindo com meus dedos até alcançar seu sutiã. Um longo suspiro ecoou de meus lábios enquanto eu envolvia seus seios por cima do tecido mesmo, apertando-os e sentindo as unhas de arranharem meu peito.
— Quer saber do que eu senti falta, ? — questionei, esfregando meu quadril contra o seu mais uma vez, vendo que ela mordia os lábios em resposta, reprimindo um gemido. Aproveitei para voltar a explorar seu pescoço com meus lábios, roçando meu nariz por ali enquanto murmurava mesmo que ela não tivesse dito nada. Era evidente em seu olhar excitado que ela queria saber. — Senti falta do seu cheiro — puxei o ar, inalando aquele perfume que era a marca dela. — Do seu gosto — então beijei sua pele, sugando e ouvindo a respiração dela ficar ainda mais sofrida. — Da sua boca — segui por seu queixo, voltando a beijá-la nos lábios, transbordando tudo o que eu havia acabado de descrever. Apertei a mão que estava em sua coxa e deslizei um pouco até a parte interna, massageando sua virilha, sorrindo de canto quando encostou sua cabeça na parede, me dando mais liberdade, e segurou meus cabelos, puxando-os sem muita leveza.
— É mesmo? — ela afastou seus lábios dos meus e abriu um pequeno sorriso. — Engraçado, ... — pelo jeito que me olhava, eu sabia que não deixaria barato. passou seus lábios de leve por meus ombros, me fazendo suspirar ao soltar sua respiração quente em minha pele. — Faz tanto tempo desde nossa última vez que vamos ter que relembrar cada detalhe — era óbvio que ela diria algo como aquilo. jamais perderia a oportunidade de me deixar completamente louco.
— Hm, nesse caso eu faço questão de relembrarmos, então — respondi, sorrindo com malícia, deixando desenroscar suas pernas de minha cintura, mas ainda mantendo meu corpo bem próximo ao seu contra a parede. Engoli em seco, a olhando cheio de desejo e sentindo que ela tocava meu queixo com seu dedo indicador, posicionando sua unha, descendo de leve pelo meu pescoço, deslizando pelo meu peitoral e espalhando uma sequência de arrepios que só intensificou conforme ela explorava meu abdômen e chegava ao cós da calça. Prendi minha respiração de maneira quase automática e sem dó nenhuma usou sua outra mão para brincar com o zíper de minha calça, abrindo e o fechando novamente só para abri-lo mais uma vez. Soltei um gemido rouco de frustração e ouvi sua risada baixa como resposta. negou com a cabeça, então juntou seus lábios nos meus em um beijo lento e sensual ao mesmo tempo em que sua mão adentrava minha calça, apertando meu membro por cima da boxer.
Senti vontade de arrancar todas as roupas dela de uma vez, tamanho foi o tesão que senti com seu toque. Suguei seus lábios, mordendo-os de leve e aumentando a intensidade do beijo, movendo meu quadril na direção de sua mão, ansiando por mais. Ouvi rir novamente entre o beijo e antes que eu pudesse raciocinar sobre o que faria, senti que se afastava por completo de mim. Virei-me em sua direção, acompanhando-a com um olhar confuso pelo quarto, até que ela me chamou com a mão e como um cachorrinho eu andei até ela. puxou uma cadeira que ficava diante de uma escrivaninha, posicionando-a no meio do quarto e então a indicando com um olhar enigmático.
— Sente-se aí, meu bem. E fique bem quietinho — ordenou, de um jeito que eu não me via capaz de recusar, na verdade, seu jeito mandão me deixou ainda mais excitado e eu sorri com malícia. Observei-a então pegar seu celular na bolsa que tinha atirado em cima da cama e arqueei uma sobrancelha por vê-la mexendo no aparelho por alguns segundos.
— O que... — tentei questionar, mas ela me calou.
— Shiu. Eu disse para ficar quieto — repetiu, me fazendo reprimir o riso.

(Recomendo que ouça Skin da Rihanna).

Não demorou muito para que o ambiente fosse tomado pela melodia de uma música tão sensual quanto a mulher naquele quarto. Não reconheci de imediato, mas nem me importava com isso, não quando estava ali, passando as mãos pelo seu corpo enquanto se movia e se aproximava de mim, se curvando e encostando sua boca em meu ouvido.
The mood is set — sua voz soprou de uma forma deliciosamente rouca e eu imediatamente mordi meu lábio inferior quando ela sugou o lóbulo de minha orelha, então se afastou, vindo para a minha frente. — So you already know what’s next — mordeu meu lábio inferior e meu rosto se inclinou na direção do dela de forma quase involuntária, buscando seus lábios para que eu pudesse beijá-la novamente porque eu nunca me cansaria daqueles beijos. No entanto, se afastou e fixou seus olhos nos meus, deixando evidente cada gota de desejo que escorria por eles, algo que com toda certeza era o próprio reflexo dos meus. Eu sentia que meu olhar queimava sobre ela, louco para beijar cada pedaço do corpo de . Soltei um grunhido baixo quando ela me surpreendeu fincando suas unhas em minhas coxas, aproximando seus lábios de meu pescoço, dando outra mordida e se afastando por completo de mim.
Ela estava tentando realmente me enlouquecer? Porque nesse caso estava conseguindo de maneira absurda. Eu ficava cada vez mais ansioso, minha calça mais apertada e o que eu mais queria era fodê-la de todo jeito, em todos os cantos daquele quarto.
deu as costas para mim, soltando sua cintura e segurando seus cabelos no alto da cabeça, movendo os quadris de uma forma lenta e sensual que me deixou hipnotizado. Umedeci meus lábios, louco para beijar seu pescoço exposto e controlando a vontade de grunhir quando ela se virou de frente para mim, piscando um olho e dando alguns poucos passos para frente. Assisti suas mãos irem até a barra de sua blusa, que foi puxando bem devagar, expondo aos poucos cada centímetro de sua pele e depois de se livrar daquela peça foi a vez de seus jeans apertados. Só para me provocar ainda mais, ela foi rebolando enquanto o tecido passava por seus quadris até que ela deixou que caísse aos seus pés. Fechei minhas mãos em punho, controlando minha respiração descompassada ao ver a lingerie de renda preta que ela vestia e precisei do dobro de controle quando se abaixou, empinando bem sua bunda para mim quando foi juntar seus jeans do chão, jogando-os para longe.
I got a secret that I wanna show you oh — conseguia me imaginar apertando e mordendo cada pedaço dela, mas não se contentou com apenas aquela provocação. Ela olhou para o próprio corpo, sorrindo para si mesma e abrindo suas pernas, passando suas unhas pela parte inferior das próprias coxas. Pelos deuses, eu queria que fosse a minha língua deslizando por ali!
O barulho dos saltos dela ecoou pelo quarto, denunciando que voltava a se aproximar de mim, mas eu sinceramente estava encontrando dificuldades em prestar atenção em qualquer outra coisa que não fosse o fato de que eu voltaria a senti-la próxima a mim novamente. Então parada diante de mim colocou cada braço de um lado da minha cadeira e sua voz gostosa voltou a entoar a música.
I got a secret so I’mma drop it to the flo’ oh rebolou até o chão, virando de costas para mim e empinando a bunda mais uma vez em minha direção. Soltei um grunhido, dessa vez mais alto, sentindo que meu membro pulsava dolorosamente dentro das calças, louco para sentir ela descendo e subindo daquele jeito no meu colo. Não demorei a senti-la fazer isso de fato e meus olhos reviraram nas órbitas. — Baby strip down fo’ me go’n take em off — senti suas mãos segurarem meu rosto e seus lábios voltaram a se unir aos meus, me beijando daquele jeito que fazia tudo dentro de mim queimar de desejo enquanto rebolava no meu colo. Minhas mãos apertaram sua bunda com vontade, forçando seu quadril contra minha ereção.
— Você está me deixando louco, — soltei, com minha voz tão rouca que aquilo tinha quase soado como mais um grunhido. sorriu satisfeita, separando nossos lábios e colando sua boca em meu ouvido só para soltar um gemido gostoso em resposta ao meu aperto.
You got me moanin’ now — ecoou, em sincronia com a música. — Estou? — em resposta, eu só consegui pressioná-la mais uma vez contra mim. — Então estou fazendo certo, , porque eu nem comecei — mordeu o lóbulo da minha orelha, voltando a me encarar nos olhos, parando de se mover e me fazendo prender um gemido em protesto. — Eu realmente vou te levar à loucura — murmurou, com uma expressão de que sabia o quanto estava me torturando com o que ela fazia. aproximou sua boca da minha, roçando seus lábios nos meus e passou a língua em seguida, recuando quando tentei beijá-la novamente.
— Estou contando com isso — respondi, no mesmo tom que o dela, sentindo ela voltar a mover a cintura bem devagar. Meu membro pulsava, quase como se fosse rasgar o tecido da cueca e eu alisei sua cintura, deslizando minhas mãos lentamente por ela.
Don’t want it to clash when my body screamin’ out now — suas unhas se fincaram em meus ombros mais uma vez, me fazendo soltar um gemido rouco, em seguida se levantou do meu colo, jogando seus cabelos para trás de um jeito absurdamente sensual, fazendo com que eu fechasse minhas mãos em punho porque eu queria levantar e jogá-la na cama naquele momento, porém eu não o faria porque estava curioso para ver suas próximas ações.
Meu autocontrole quase foi por água abaixo quando ela fixou seus olhos nos meus mais uma vez, refletindo a mesma quantidade de desejo que eu sentia por ela, numa malícia que me tirava dos eixos e me dizia que ela não perderia as chances de me provocar até que eu perdesse completamente o juízo e pagasse na mesma moeda.
As mãos de então subiram por minhas coxas, alcançando o cós da minha calça e eu mordi minha boca, vendo-a segurar o tecido com firmeza e puxar a peça para baixo. Levantei-me um pouco, ajudando-a a me livrar daquele incômodo por completo e retribuí o sorriso que ela me lançou quando atirou a peça em um canto qualquer. Fechei meus olhos automaticamente assim que senti seus dedos adentrarem minha boxer enquanto sua boca tocava meu abdômen, beijando e espalhando mordidas até minha cintura. Voltei a abrir meus olhos e a encarei em expectativa, prendendo minha respiração quando aproximou sua boca do meu membro, parando perto até demais. Minha vontade era a de tirá-lo para fora da cueca e senti-la tocá-lo com aquela boca perfeita. Em vez disso, soltei um gemido frustrado porque mais uma vez ela se afastou, se levantando com um sorriso travesso. No entanto, antes que eu pudesse dizer qualquer coisa, encostou suas costas em meu peitoral, sentando-se em meu colo novamente.
You know I’m feeling you huh, know you likin’ it huh — sussurrou, movendo sua cintura em movimentos circulares, gemendo com o contato da minha ereção em sua bunda. Agarrei suas coxas com força, movendo meu quadril junto com ela para aumentar ainda mais o atrito e fui subindo minhas mãos até alcançar sua virilha, roçando meus dedos em sua calcinha, ameaçando tocar sua intimidade por cima do tecido. Ouvi arfar em expectativa, então voltei a subir a outra mão por sua barriga, do mesmo jeito que ela estava me provocando antes. Apertei um de seus seios com vontade, grudando meus lábios em seu pescoço, mordendo e deixando mais um chupão. reprimiu um gemido, movendo sua cintura com um pouco mais de força e pude vê-la morder a boca com o toque de meus lábios.
Deixei que virasse meu rosto em sua direção e mordi meu lábio mais uma vez quando ela ameaçou me beijar, mas se afastou com um sorriso malicioso. Com certeza minha boca estava extremamente vermelha, mas eu não ligava. Nada além de importava naquele momento. Eu via claramente em seus olhos o quanto ela estava adorando me provocar, o quanto me enlouquecer a deixava louca também.
Meus olhos se fecharam quando sua boca tocou meu pescoço, lambendo-o e me arrancando um suspiro sofrido ao se levantar do meu colo mais uma vez. Eu deveria puxá-la de volta, impedir que ficasse naquele sobe e desce, mas eu estava gostando no fim das contas e voltei a abrir meus olhos bem a tempo de vê-la se curvar diante de mim, dando um beijinho em meu pescoço, arranhando seus dentes em meus ombros e tocando minha nuca com suas unhas.
— Acho que ainda não te enlouqueci o suficiente — sussurrou, segurando-se na cadeira e descendo a boca pelo meu peitoral.
— Ah, eu vou adorar que você faça mais — retruquei, alisando suas pernas, mas parando ao sentir que ela seguia o caminho de meu peito para meu abdômen.
Suas mãos foram até minha boxer e puxou a peça lentamente, finalmente libertando meu membro enquanto mordiscava minha barriga. Eu estava completamente ereto para ela e não me surpreendi nem um pouco quando meu membro apontou em sua direção. abriu um sorriso de canto, umedecendo seus lábios para mim e me fazendo quase fechar os olhos em expectativa.
No teasin’, you waited long enough — cantou, me encarando ardentemente, então seu olhar se voltou para meu membro de um jeito que fez com que os meus olhos ardessem em sua direção. Suas unhas se fincaram em minhas coxas, causando uma dor gostosa e antes que eu pudesse assimilá-la por completo uma de suas mãos segurou meu membro, começando movimentos de vai e vem, mas a boca dela ao mesmo tempo me provocava, deixando beijos em minha coxa e eu queria mais. Eu queria a boca dela ali no meu membro e um grunhido alto ecoou de meus lábios quando ela umedeceu seus lábios e o abocanhou cheia de vontade.
Fechei meus olhos, apertando-os devido ao tesão que senti, levando minhas mãos aos cabelos de e acariciando-os. Voltei a abrir os olhos e senti meu corpo inteiro pegar fogo quando encontrei os dela me encarando fixamente. passou sua língua por minha glande lentamente, então voltou a colocar meu membro em sua boca até onde conseguiu e eu empurrei sua cabeça contra ele involuntariamente, alternando meu olhar entre seus olhos e sua boca subindo e descendo por todo meu membro.
— Isso, minha linda, chupa ele todinho. Me deixa foder sua boquinha, vai — murmurei, com meu olhar vidrado naquela cena, nos movimentos dela, segurando em seus cabelos para que tivesse a melhor visão possível daquilo, impulsionando meu quadril contra ela para que meu membro fosse mais fundo em sua boca e gemendo alto.
soltou uma risada maliciosa ao ouvir minhas palavras, então sua língua deslizou por toda a extensão do meu membro, contornando-o quente e macia. Meus olhos se reviraram e fecharam por breves segundos enquanto mais um gemido rouco ecoou de minha garganta. Sua mão auxiliava nos movimentos, deslizando para cima e para baixo, e quando senti seus lábios beijando minha glande voltei a fixar meus olhos nos dela.
— Ah, como eu quero foder a sua boca, — repeti, ouvindo outra risada maliciosa dela e puxando seus cabelos, descendo uma de minhas mãos até seu seio e acariciando o bico com meus dedos, puxando de leve e massageando. voltou a sugar meu membro com vontade, o que me fez apertar seu seio com mais intensidade, mordendo meu lábio e soltando grunhidos. No entanto, ela não parou por aí, foi colocando meu membro por inteiro na boca e então eu o senti tocar sua garganta, pulsando ali dentro. Agarrei seus cabelos com minhas duas mãos, movendo meu quadril de encontro à sua boca, num frenesi imerso em prazer. — Porra! — exclamei, sem conseguir ficar quieto.
Suas unhas arranharam minha coxa e subiram até minha cintura, voltando o caminho e apertando minha bunda. Abri um sorriso safado enquanto metia ainda mais meu membro em sua boca.
— Que boca deliciosa, — minha voz ecoou em um sussurro excitado e eu continuei murmurando outras palavras desconexas, sentindo que meu membro pulsava cada vez mais.
A mão dela voltou a tocá-lo, se movimentando rapidamente enquanto ela continuava me chupando, aumentando a intensidade cada vez mais e me fazendo soltar gemidos baixos. Senti sugar minha glande bem devagar e fechei meus olhos de novo, dando mais um puxão em seus cabelos, arranhando sua nuca com minhas unhas curtas. Seus dentes roçaram em mim e deixei escapar um gemido mais alto e ao mesmo tempo em que sentia sua mão tocando minhas bolas voltou a colocar meu membro inteiro em sua boca, sugando, lambendo, me enlouquecendo. Ela colocou mais intensidade nos movimentos, aumentando a velocidade.
— Vamos lá, . Quero ouvir você gritar o meu nome — a voz dela, totalmente rouca e sexy, ecoou, me deixando louco enquanto suas mãos se moviam. Sorri malicioso para ela, o ar saía com dificuldade e eu sentia que a qualquer momento eu iria explodir de tesão. Mordi meus lábios ao ver os dela vermelhos e levemente inchados. Acariciei seus cabelos, descendo minhas mãos por suas costas, apertando sua bunda e voltando a subir minha mão para enlaçar seus cabelos novamente. Curvei minha cabeça para trás, soltando um gemido alto e guiando os movimentos dela.
... — gemi seu nome, me sentindo mais e mais enlouquecido. As mãos de voltaram a acariciar minhas coxas e a boca dela percorria toda a minha extensão, roçando os dentes e deslizando sua língua, abocanhando por inteiro novamente e chupando intensamente. Diversos palavrões ecoavam de meus lábios, o que parecia estimulá-la a aumentar a velocidade de seus movimentos.
Suas unhas arranharam minhas coxas, se fincando ali, então levei minhas mãos até seu pescoço, sentindo que estava muito próximo e se ela não parasse eu acabaria gozando em sua boca.
— comecei, na intenção de alertá-la, mas só consegui gemer alto, movendo meu quadril na direção dela. — , eu vou gozar — tentei novamente e consegui murmurar, com a voz mais rouca do que nunca, gemendo de novo em seguida.
— Você vai? — ela me respondeu, de um jeito que quase me fez me render de vez, diminuindo seus movimentos de um jeito agonizante. — É essa a intenção — uniu seus lábios nos meus, em um beijo rápido, então voltou a lamber meu membro bem devagar. Apertei meus olhos com isso, sentindo que acabaria implorando para ela, mas não foi necessário. — Tudo bem, . Vou parar de te torturar — e dizendo isso voltou a me chupar, intensificando seus movimentos, colocando velocidade, pressionando-o, sugando com vontade.
— Porra, — meu membro ora tocava sua bochecha, ora tocava fundo em sua garganta quando ela voltava a colocá-lo inteiro na boca. Então um gemido ecoou de meus lábios quando senti meu corpo estremecer, meus olhos se fecharam com força e eu por fim explodi em sua boca. Tudo ao meu redor parecia piscar e fiquei até meio atordoado. Inclinei minha cabeça, prestando atenção em , que continuava me sugando, diminuindo a velocidade. Deixei mais alguns gemidos roucos ecoarem, então fui tentando controlar minha respiração, não queria deixar aquilo daquele jeito por muito tempo.
me lançou um olhar queimando de desejo e eu mordi meus lábios ao ver que ela tinha engolido todo o meu prazer, apenas limpando o canto da boca vermelha. Seu sorriso sacana era o convite perfeito, então eu puxei seu rosto de encontro ao meu, fazendo ela vir para meu colo e se sentar sobre ele. Beijei sua boca com vontade, sentindo meu corpo reagir ao meu próprio gosto em seu beijo.
— Agora posso rasgar essa tua lingerie? — pedi, de um jeito sacana, contra seus lábios, apertando e deslizando minhas mãos pelo corpo dela. abriu um sorriso mínimo.
— Depende — me respondeu, fazendo com que eu lhe encarasse intrigado, então uma risada maliciosa ecoou de seus lábios. — Eu já te enlouqueci o suficiente? — aquilo me fez arrepiar e eu apertei sua cintura com força, subindo minhas mãos e envolvendo seus seios, acariciando por cima do sutiã e fazendo com que ela soltasse um gemido, apertando meus ombros.
— Se você me enlouqueceu o suficiente? , só olhando para você eu já me perco de mim mesmo, imagina contigo me chupando daquele jeito? Eu to louco para te jogar naquela cama, te chupar todinha, te foder com vontade e te fazer gritar do mesmo jeito que você me fez gritar por você — deslizei meus lábios por seu pescoço, sugando sua pele. — Então, , é a sua vez de enlouquecer. Vai me deixar fazer isso?
Ao ouvir minhas palavras, fixou seus olhos nos meus, roçando sua boca na minha e movendo sua cintura de leve, voltando a rebolar no meu membro daquele jeito gostoso.
— Eu quero que você rasgue minhas roupas e me jogue na sua cama agora mesmo, . Você vai fazer o que quiser comigo — beijou meus lábios de leve, então ergueu uma sobrancelha. — Só estou me perguntando o que exatamente você está esperando — retrucou, passando suas unhas por meu peitoral.
— O que eu estou esperando? — respondi, olhando em seus olhos e deslizando minhas mãos de seus seios até suas costas. — Você rebolar no meu pau bem desse jeitinho — continuei, e encontrando o fecho de seu sutiã eu fiz peça se soltar de seu corpo. Sorri sacana e atirei a peça longe, mordendo meus lábios ao encarar a beleza de seus peitos. Aproximei minha boca de sua pele, lambendo o vão entre eles vagarosamente, sentindo se inclinar e segurando-a com firmeza pelas costas abocanhei um deles, sugando-o com vontade, rodeando o mamilo com minha língua. Sua mão tocou meus cabelos, puxando os fios com uma certa força.
Desci minhas mãos pelo seu corpo, apertando sua bunda com força e deixando que uma delas continuasse o caminho até sua coxa, fazendo um pouco de pressão e chegando à sua intimidade, acariciando por cima da calcinha com intensidade. Em resposta, fincou suas unhas em meus ombros, me fazendo grunhir de forma abafada. Eu continuava chupando e lambendo o seio dela enquanto meus dedos se moviam e quando ouvi um gemido mais alto ecoar de seus lábios, sentindo ela rebolar mais no meu colo, parei com os movimentos de meus dedos, ouvindo ela suspirar descontente, colando minha boca na de e segurando o elástico de sua calcinha com minhas duas mãos. Em um puxão forte, ouvi o barulho de tecido sendo rasgado, seguido por uma exclamação de surpresa dela que me fez rir maliciosamente, voltando a segurar em sua bunda com firmeza. Peguei impulso, me levantando da cadeira em um movimento rápido e trazendo-a comigo até a cama, colocando em cima dela com delicadeza até demais para o ponto de excitação que já estava atingindo. Meus olhos passearam por seu corpo desnudo, queimando em cada centímetro de sua pele e eu mordi meus lábios porque definitivamente aquela era a mulher mais linda com quem eu já estive.
— Deliciosa — soltei, ainda olhando para ela, sentindo que meu membro estava novamente excitado. O poder daquela mulher sobre mim era absurdo e o sorriso que ela me lançou me levou para uma outra dimensão até que se pôs de joelhos na cama e me puxou para cima dela, colando nossos lábios.
Sem hesitar, meu corpo se moldou ao seu, fazendo-a se deitar novamente enquanto nossas línguas se acariciavam com intensidade. Segurei em uma de suas coxas e ela enlaçou a perna em minha cintura, fazendo com que eu sentisse meu pau roçar em sua boceta. Movi mais meu quadril, aumentando a fricção e beijando seus lábios com ainda mais avidez. Separei nossas bocas, descendo meus beijos para seu queixo, o mordendo e deixando uma trilha de sugadas e mordidas leves até chegar ao seu pescoço. Passei meu nariz vagarosamente por seu ombro, voltando o caminho até o pescoço e descendo com a língua para seu colo, lambendo mais uma vez o vão entre seus seios. Minhas mãos os apertaram com vontade, brincando com os mamilos enquanto minha língua seguiu descendo por sua barriga, intercalando com algumas mordidas, então fixei meus olhos nos dela, descendo mais.
Afastei suas pernas, mordendo meu lábio antes de me aproximar de sua intimidade com a boca. Provoquei, ameaçando passar minha língua, mas desviei e lambi o interior de suas coxas algumas vezes, vendo morder seu lábio inferior com força.
— Agora é vingança? — perguntou, com sua voz baixa e rouca, num claro sinal de quem implorava para que a provocação acabasse, mas como ela eu nem havia começado.
— Vingança? — soltei uma risada rouca, soprando o ar de leve contra sua intimidade. — Não, , eu só quero te ver gozar — ouvi ela soltar o ar ao ouvir minha frase ao mesmo tempo em que senti puxar meus cabelos com mais força. Dei uma mordida leve em uma de suas coxas e voltei a ameaçar, passando a língua em seu clitóris por fim, lambendo vagarosamente e descendo até sua entrada, refazendo o caminho e chupando seu clitóris com vontade.
Iniciei movimentos circulares, sentindo se contorcer enquanto eu a segurava com firmeza, apertando mais e mais suas coxas. Minha língua desceu novamente até sua entrada, então eu a penetrei, repetindo o movimento conforme via seu corpo se retesar em aprovação e os gemidos dela ecoarem mais e mais alto. Minha mão apertou sua virilha e levei meus dedos até seu clitóris, massageando-o até irem também de encontro à sua entrada, metendo um de meus dedos e iniciando um vai e vem gostoso, entrando e saindo, girando dentro dela, intercalando entre acariciar seu clitóris e voltar a penetrá-la. Prestei atenção nela enquanto se contorcia, meus olhos ardiam de tesão e meu membro latejava de desejo mais uma vez. Um gemido mais alto de denunciou que eu havia encontrado o ponto certo e ela levantou um pouco seu tronco de maneira inconsciente, se jogando na cama de volta e puxando meus cabelos com mais intensidade. apoiou as pernas em meus ombros e eu acariciei uma delas com a mão livre, diminuindo a intensidade de meus movimentos, mordendo os lábios para ela de um jeito sacana.
— Já falei o quanto você é gostosa, ? Agora eu quero ouvir você gritar meu nome — dizendo isso, introduzi o segundo dedo, intensificando a velocidade e adorando sentir o quanto ela estava lubrificada. Meus dedos não encontravam dificuldade alguma em entrar mais e mais fundo. Vi que ela agarrou os lençóis da cama com força e em resposta voltei a tocar seu clitóris com minha boca, lambendo e sugando enquanto minha mão se movia com mais velocidade dentro dela. Suas pernas se apertaram em volta de mim e deixei o ar quente soprar contra seu clitóris. — Grita meu nome, — insisti, sem parar meus movimentos, vendo-a mover seu quadril de encontro aos meus dedos, enquanto suas mãos tornaram a agarrar meus cabelos, puxando-os de um jeito que apenas me estimulou a continuar. Seus olhos se fixaram em mim e neles pude ver o quanto aquela cena mexia com ela, contribuía para que ela enlouquecesse ainda mais de prazer. Meu corpo se arrepiava com cada resposta do seu, então senti que ela passava a ponta de seus pés por minhas costas, quase me fazendo retesar um pouco.
! — o som de seu grito, emitindo meu nome e soando como um gemido, me fez fechar meus olhos, apertando-os e colocando mais intensidade em meus movimentos. Meus dedos se curvaram um pouco dentro dela e um gemido mais alto ecoou de seus lábios, o que fez com que eu não conseguisse não gemer de volta contra sua intimidade.
— Venha para mim, — murmurei, encarando seus olhos com luxúria e vi que ela tentou manter a conexão de nossos olhares, mas não conseguiu por muito tempo, jogando sua cabeça para trás, arqueando suas costas e rebolando contra minha boca. Apertei seu seio com minha mão livre, brincando com o bico e descendo a mão novamente até chegar à sua coxa, onde apenas passei com os dedos de leve, raspando com as unhas, mantendo o ritmo da outra mão. Meu quadril se moveu involuntariamente quando escutei ela gritar mais uma vez meu nome e quando senti suas pernas estremecerem em espasmos incontroláveis, tirei meus dedos de dentro dela, voltando a sugá-la e sentindo todo o seu prazer se derramar em minha boca. Pressionei meus dedos em suas coxas, sentindo que não aguentaria mais nenhuma provocação. Apenas prová-la com meus lábios não seria o suficiente.
levantou um pouco seu tronco, o bastante apenas para que pudesse me puxar para cima dela, colando seus lábios nos meus e eu não hesitei em retribuir seu beijo cheio de vontade, deslizando minhas mãos por suas costas e apertando cada pedaço de seu corpo com desejo, compartilhando seu gosto com ela e abrindo um sorriso safado entre o beijo. Suas mãos deslizaram pelos meus ombros, apertando-os e de repente me empurrando na direção da cama. Deixei que meu corpo caísse deitado ali, soltando uma risada maliciosa que se transformou em um grunhido ao sentir a boca dela percorrendo meu pescoço, fechei meus olhos brevemente, mordendo meus lábios quando suas unhas arranharam meu peito e seus dentes morderam um de meus ombros.
— Me fode de uma vez, — o pedido havia soado de um jeito tão sexy que eu jamais seria capaz de recusar ou até mesmo protelar. A empurrei, invertendo nossas posições outra vez e encarei seus olhos, descendo meu olhar por todo o seu corpo, analisando com desejo.
— Por que tão gostosa, ? — me afastei um pouco para que pegasse o preservativo e o vestisse. me aguardou pacientemente, acompanhando com aquele olhar transbordando de desejo e eu sabia que o meu não estava diferente. Ao me aproximar dela novamente, posicionei meu membro em sua entrada, segurando em sua coxa com a outra mão.
— Porque eu posso — ela me respondeu, fazendo com que eu soltasse uma risada rouca e a penetrasse de uma vez, porque eu realmente já não aguentava mais. Ao sentir que entrava por inteiro nela, meus olhos se apertaram e um grunhido alto ecoou de meus lábios e eu os uni aos dela, iniciando um beijo rápido até que eu conseguisse me recuperar o suficiente para sair de dentro dela e voltar com intensidade.
Ouvi o gemido alto dela, sentindo que eu deslizava com cada vez mais facilidade porque ela estava encharcada de tesão. Retirei meu membro por inteiro, esfregando em sua boceta, torturando-a só um pouquinho ao dar leves batidinhas com meu pau, então voltei a investir, penetrando-a por inteiro e me movendo primeiro de forma vagarosa, querendo atingi-la mais fundo. Suas pernas entrelaçaram minha cintura, facilitando mais ainda o processo e senti ela direcionar seus lábios para meu queixo, mordendo-o conforme o prazer ia tomando conta de nossos corpos. E quando mais aquele prazer aumentava mais eu tinha a sensação engraçada de estar completo.
Eu sabia que não podia me sentir daquela forma. Nossa relação não era nada além de sexo casual, mas toda vez que nossos corpos estavam unidos daquele jeito, era como se não houvesse ninguém capaz de me proporcionar tanto prazer como . A sensação de tê-la inteira para mim mais uma vez era indescritível. Naquele momento ela era minha de certa forma assim como eu era dela e nada me parecia mais certo do que aquilo.
Os movimentos aumentavam gradativamente sua intensidade enquanto se inclinava para mim, arqueando suas costas e movendo o quadril em direção ao meu, buscando cada vez mais contato e trazendo a sensação gostosa de sua pele grudada à minha. Seus gemidos se misturavam aos meus, ecoando por todo o quarto sem o menor pudor, não precisávamos nos conter, tínhamos todo aquele cômodo apenas para nós dois e o mundo poderia explodir ao nosso redor naquele momento. Passeei com as mãos pela lateral de seu corpo, sentindo impulsionar seu quadril, rebolando e facilitando ainda mais meus movimentos dentro dela, indo mais fundo, mais forte, com ainda mais vontade. Tentamos iniciar mais um beijo, porém este foi interrompido quando ela deixou sua cabeça pender para trás, gemendo mais alto, gritando meu nome mais uma vez de um jeito que quase me fez explodir em prazer.
Sua boca então voltou a subir por meu maxilar, mordendo, beijando, lambendo. Suas mãos vieram para o alto de meus ombros, descendo por minhas costas, me arranhando de uma forma forte e deliciosa, parando na altura de minha cintura e me fazendo grunhir porque era como se ela tentasse fazer desenhos abstratos por ali.
Nossos olhares se conectaram mais uma vez e eu me perdi em meio ao brilho nos olhos dela. Não era possível que não se sentisse da mesma forma que eu, não era isso que eu via. Em uma constatação óbvia percebi que eu havia quebrado nosso trato. Eu tinha me apaixonado por aquela mulher e se ela fosse cumprir o que havia me dito, eu estava completamente ferrado. quebraria meu coração, mas ali, com meu corpo unido ao dela da forma mais intensa possível, eu não me importei com aquilo. Não me importei porque uma ponta dentro de mim tinha esperanças de que ela me correspondesse.
colocou uma de suas mãos em meu rosto, acariciando minha bochecha e então nossos lábios se uniram mais uma vez, de maneira apressada, urgente. Retribuí cada carícia da língua dela, sentindo meu membro entrar cada vez mais fundo dentro dela. Ela impulsionou mais um pouco seu quadril contra o meu, se movendo com mais intensidade e isso me deu brecha para que eu pudesse deslizar minhas mãos de sua cintura até a base de suas costas, apertando com mais força enquanto meus movimentos continuavam mais fortes. Eu sentia cada pedaço dela e meu membro pulsava cada vez mais, tomado pelo prazer que aquilo me proporcionava. separou seus lábios dos meus e não consegui controlar o gemido que se seguiu.
— seu nome ecoou alto e o aperto em seus quadris aumentou, meus movimentos ganharam mais velocidade e logo o choque de nossos corpos também pôde ser ouvido pelo ambiente. O ar passou a sair entrecortado pelos meus lábios, intercalando alguns gemidos enlouquecidos que se misturavam aos dela, formando palavras desconexas. levantou mais um pouco seu tronco e eu aproveitei a deixa para inverter nossas posições, puxando-a para cima de mim, fazendo-a se sentar no meu colo e se manter perfeitamente encaixada a mim. Ela não hesitou em continuar se movendo e meus dedos se enroscaram em seus cabelos, puxando de leve os fios enquanto minha mão livre guiava seus movimentos.
Suas mãos apertaram meus ombros e impulsionou seu corpo para trás, rebolando sobre mim de uma forma enlouquecedora, apertei meus olhos com o prazer que isso me proporcionava, sentindo que meu abdômen se contraía. Sua boca se uniu à minha e ela sugou meu lábio inferior, soltando um gemido baixo que foi retribuído por mim quase no mesmo instante. Nossos olhos voltaram a se conectar um ao outro, suas mãos passearam pelo meu corpo, deixando um rastro quente a cada centímetro que tocavam e foi intensificando as reboladas que dava sobre mim. Eu conseguia senti-la por inteiro, quando seus dedos subiram até minha boca, desenhando seu contorno eu os mordi de leve, procurando então seu pescoço para que eu pudesse sugar sua pele com vontade.
— mais uma vez eu ouvi meu nome ecoar deliciosamente alto e puxei um pouco seus cabelos quando intensificou mais ainda seus movimentos, cavalgando no meu colo de um jeito que eu sabia que traria meu ápice. Eu sabia que estava muito próximo de gozar, então segurei sua bunda com minhas duas mãos, orientando-a a ir com mais precisão e não demorou muito para que eu sentisse o corpo dela estremecer sobre o meu. Ela soltou um gemido gostoso e eu senti sua intimidade apertar meu membro com força, fazendo com que eu também gemesse. Aumentei a velocidade de minhas estocadas, segurando em seu quadril com força até que os espasmos tomaram conta e o orgasmo chegou de uma maneira tão intensa que eu apertei meus olhos com força, gemendo alto e descontroladamente, tremendo embaixo dela enquanto meu líquido se derramava. Não sei nem o quanto eu gozei, mas parecia que eu não ia mais parar, do tanto que aquela mulher tinha mexido comigo.
Levei uns bons minutos para me recuperar, então toquei seu rosto com uma de minhas mãos, acariciando e unindo nossas testas, reunindo todo o fôlego possível. não estava diferente, sua respiração estava descompassada e o suor tomava conta de nossos corpos. Fechei meus olhos e permaneci mais uns minutos daquela forma, voltando a abri-los e encontrando o olhar dela um tanto curioso, mas antes que pudesse me fazer qualquer pergunta que fosse eu sorri e grudei minha boca na sua em um beijo calmo, acariciando sua cintura de leve. Ela rompeu o beijo um pouco depois e afastou seu rosto do meu, me encarando como se tentasse ouvir meus pensamentos.
— Vai me dizer por que está me olhando desse jeito? — escutei ela me questionar e de repente eu senti como se meu estômago revirasse e eu esquecesse como agir junto a ela. nunca tinha causado aquele tipo de efeito sobre mim, ou pelo menos eu nunca tinha parado para reparar nisso.
— É que hoje eu percebi uma coisa — confessei, vendo-a arquear uma sobrancelha, ainda mais curiosa.
— Ah é? E o que você percebeu, ? — senti um impulso de ser totalmente sincero, mas ao mesmo tempo algo me segurava.
— Percebi que sou viciado em você — confessei meia verdade. não era apenas meu vício, porém contar tudo poderia estragar aquela relação por completo e eu acabei perguntado a mim mesmo o motivo de eu querer me contentar com apenas uma parte de alguém.
— Isso é ótimo, sabe? — sua voz me tirou de meus pensamentos e eu arqueei uma sobrancelha para ela, da mesma forma que ela havia feito segundos antes.
— Ótimo por quê? — a curiosidade me corroeu.
— Porque eu me sinto da mesma forma, — tive a sensação de que meu coração tinha subido até a boca ao ouvir aquilo. — Mas depois desse sexo incrível seria até um pecado não viciar — completou e de repente meu coração tinha despencado de volta ao lugar que pertencia. Foi dolorido, mas eu ainda podia ter esperança, não é?
— Pode admitir que sou o melhor sexo da sua vida, — pisquei em sua direção, ouvindo-a dar risada.
— Talvez — retribuiu minha piscadela, então saiu de cima de mim, em um movimento rápido, se levantando da cama e começando a buscar suas roupas.
— Ei — eu a chamei, em um impulso tolo, vendo-a se virar para me olhar. — Por que você não fica aqui hoje? — patético, eu sei.
abriu um sorriso de canto e negou com a cabeça.
— Porque não posso deixar você se apaixonar por mim, . Lembra? Se isso acontecer, eu vou quebrar seu coração — engoli em seco ao ouvir aquilo e apenas assenti em concordância. Qualquer tentativa minha de dizer como eu me sentia foi por água abaixo.
— A ideia não era apaixonar, mas você quem sabe — retruquei, não demonstrando como eu havia ficado afetado por sua resposta, então me levantei e fui até o banheiro para me livrar da camisinha.
Quando voltei, ela já tinha vestido sua roupa e estava sentada na cama, colocando seus saltos.
— Vocês seguem turnê amanhã? — perguntou, e eu acenei afirmativamente enquanto pegava minha boxer e vestia. Não ia colocar mais nada, já que estava no meu quarto.
— Te aviso caso os planos mudem — sorri para , que retribuiu e veio até mim.
— Me avise mesmo. Tem um motel aqui na cidade com uma banheira incrível, podemos experimentar — deu um selinho em meus lábios e eu retribuí de imediato.
— Assim eu vou acabar dando um jeito de ficar mais um dia aqui — ri, deixando-a se afastar e a levando até a porta do quarto.
— Até mais, — se despediu, saindo e me deixando ali com cara de tacho.
— Até, — murmurei, fechando a porta e me recusando a ficar a olhando sumir no corredor como normalmente eu fazia.
Precisava dar um jeito de tirar aquela mulher da minha cabeça. Ela deixou claro que quebraria meu coração se eu me apaixonasse.
Claramente era tarde demais, mas eu precisava conseguir.

***


Alguns meses haviam se passado desde nossa última passagem por Nashville. Eu tinha conseguido superar , tinha plena certeza disso porque depois de umas semanas não havia pensado nela sequer uma vez.
Talvez eu não estivesse realmente apaixonado por ela. Era apenas sensação de momento, eu havia ficado afetado pelo calor da situação, afinal, com ela eu tinha o melhor sexo e um mulherão daqueles tinha poder para endoidar a cabeça de qualquer um.
Depois daquele dia, eu acabei chamando uma groupie pelo nome de , mas culpei a bebida, já que eu tinha enchido a cara na noite em questão. Porém essa foi a única vez. Não que eu tivesse dormido com muitas outras mulheres, porque eu não era de sair pegando geral, mas o que realmente importava era que eu tinha esquecido aquela ideia louca de estar apaixonado.
Nós íamos voltar para o estúdio dali a poucos dias, mas antes disso nosso empresário achou que seria bom passarmos mais uma vez por algumas cidades dos Estados Unidos. Eu não reclamaria jamais, Nashville era um lugar especial e eu estava precisando de uma boa noite de sexo para aliviar meu estresse. Final de turnê era sempre complicado. Ficávamos todos a beira do esgotamento físico e mental e qualquer válvula de escape era bem vinda.
Naquela vez, chegamos um dia antes do nosso show propriamente dito, já que tínhamos uma entrevista durante a tarde. Para ser sincero, eu não estava com nem um pouco de vontade de ir àquela entrevista. Só queria ficar o dia todo jogado na cama ou de repente sair por aí só para dirigir mesmo. Gostava de alugar algum carro só para ficar rodando em alguns lugares.
— Achei que só nos veríamos amanhã, — arregalei um pouco meus olhos em surpresa ao dar de cara com . Eu havia descido até o bar do hotel para tomar alguma coisa e pensar em uma desculpa para enrolar nosso empresário e faltar à entrevista.
— Eu também pensei, mas olha só que surpresa gostosa — a olhei de cima abaixo e sorri de canto para ela, apreciando o que vi. Ela era deslumbrante, mas talvez nem esse elogio fizesse jus a ela.
— Eu que o diga! Você andou malhando mais, ? Que braços — elogiou, passando a língua pelos lábios, mas de repente seus olhos se desviaram de mim e procuraram à sua volta, como se ela estivesse com receio de ser vista.
Não sabia se era coisa da minha cabeça, mas foi a impressão que tive.
— Obrigado, mas eu só me cuido mesmo. Não dá para ficar só se entupindo de porcarias na estrada e esperar milagre dos céus — dei uma risada e levei o copo de uísque à minha boca, tomando alguns goles e tentando deixar de lado meus pensamentos antes que me entregassem.
— Uhum, eu concordo — ela murmurou, mas imaginei que nem sabia com o quê.
— Veio encontrar alguém? — perguntei, antes que pudesse me conter e me xinguei mentalmente por isso. Eu não tinha superado ? Aquilo não era da minha conta!
— Eu? — de repente ela me encarou de volta, parecendo assustada. — Claro que não, .
— Relaxa, só estou puxando conversa — ri, da forma mais descontraída que consegui.
— Sim, eu sei — assentiu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha, umedecendo os lábios em seguida, o que acabou atraindo meu olhar. — Quer dizer, só estou me certificando de que não vão descobrir o nosso lance. Até porque você não precisa da mídia te enchendo o saco por minha causa.
— É, você tem razão — sorri para ela mais uma vez. Então tive uma ideia repentina e acabei agindo por impulso. — Quer sair daqui?
Imediatamente, ela me lançou um sorriso malicioso.
— Eu adoraria.
Bebi o restante do meu uísque e deixei uma gorjeta para o barman antes de descer do banco e dar alguns passos na direção de .
— Me encontra na garagem em cinco minutos — murmurei, para que apenas ela escutasse.
— Na garagem? — ela questionou, confusa. Provavelmente esperava que fosse levá-la para meu quarto.
— É. Na garagem. Tive uma ideia — pisquei para ela e saí, sem dar oportunidade para que ela fizesse mais perguntas ou desistisse daquela ideia.
Fiquei parado, encostado ao meu carro por alguns minutos e quando passou de cinco cogitei que ela realmente tinha outros planos e não viria. Soltei um suspiro conformado, repetindo para mim mesmo que precisava parar de criar expectativas com aquela mulher, então resolvi que eu iria sair sozinho mesmo. Dirigir me trazia paz e eu precisava daquilo mais do que nunca.
O barulho de saltos denunciou a presença de e eu olhei em sua direção, lhe lançando um sorriso de canto quando ela se aproximou.
— Nunca pensei que um dia transaríamos na garagem, — ela me disse, assim que parou diante de mim, se colocando entre minhas pernas e me agarrando pela jaqueta.
— Uh, é realmente tentador. Mas não foi exatamente isso que planejei — aumentei meu sorriso, afastando-a para que eu pudesse abrir a porta do carona. — Quero te levar a outro lugar — indiquei que ela entrasse e com um olhar cheio de questionamentos atendeu ao meu pedido.
Dei a volta e entrei no lado do motorista, ligando o som de meu carro e deixando que meu bom e velho álbum do Bon Jovi começasse a tocar.
Por alguns longos minutos, permanecemos em silêncio, apenas apreciando a música enquanto eu dirigia pelas ruas de Nashville. Pelo canto do olho, percebi que se controlava para não parecer tão inquieta. Com certeza a curiosidade estava lhe corroendo e ela estava desesperada para saber para onde eu a levava.
— Vamos lá, pergunte — quebrei o silêncio, fazendo-a me encarar imediatamente e sorri ao ouvi-la bufar.
— Para onde estamos indo, ? — comecei a rir, sem me aguentar quando escutei sua pergunta.
— Sabia que você estava doida para perguntar isso — expliquei, ao vê-la estreitar os olhos para mim.
— Normal, não é? Se a ideia é me sequestrar, seria bom saber de uma vez — respondeu, de uma forma irônica, mas pela expressão maliciosa mal disfarçada, eu sabia que ela adoraria uma brincadeira como aquela.
— Talvez seja mesmo — resolvi que iria lhe atiçar em vez de negar, já que não me agradava a ideia de que de repente ela poderia desistir de estar ali comigo.
Mais uma vez, eu me senti patético.
— Você não para de me surpreender, — vi que ela sorria mais para mim, então sua mão tocou minha coxa, apertando-a de um jeito gostoso. Senti que meu corpo reagia de imediato, mas me obriguei a resistir. Não poderia desviar minha mente do meu plano.

You're wired
Set to explode in the heat
You won't tire
'Cause Baby, you were born with the beat


Prestei atenção na música que estava tocando e acabei abrindo um sorriso irônico, porque eu não conseguia imaginar outra que combinasse tão bem com a relação que nós tínhamos.

Take you higher than you've ever known
She'll send you down to your knees
Then pick you up when you've had enough
You've been burnin', Baby


Cantei um trecho dela, vendo se virar completamente em minha direção e sorrir, apreciando. Eu não era tão bom cantor quanto , mas lhe fazia o apoio e me saía até bem quando arriscava algo solo.

Hear what I'm sayin'
It's the games that we're playin'
Too much is never enough
She's gonna get ya.


A uma certa altura da música ela até arriscou cantar junto comigo e ficamos os dois cantando bem alto pelas ruas daquela cidade, sentindo toda a energia que apenas a cidade da música poderia nos trazer. Eu nunca tinha me imaginado em uma situação como aquela com . Toda vez que ficávamos juntos era apenas sexo, sexo e mais sexo. Qualquer homem adoraria que fosse apenas isso e no início eu realmente gostei, não sei em que ponto comecei a desejar algo mais.
Eu passei do local onde havia planejado levá-la, então precisei dar a volta, mas estava tão entretida com a música que mal se deu conta disso.
O sol estava se pondo quando estacionei diante do River Park, o que deixava o local ainda mais bonito do que era. Percebi que me olhou intrigada, mais uma vez me questionando silenciosamente o que é que estávamos fazendo ali.
Sem dizer nada dessa vez, saí do carro e dei a volta para abrir a porta para ela, lhe estendendo a mão e sentindo segurá-la para me acompanhar. Não soltei nossas mãos enquanto caminhávamos e ela não pareceu se incomodar com isso.
— Então é nesse parque que você planejou me matar? — brincou, fazendo com que eu balançasse minha cabeça em negação.
— Não acredito que você descobriu. Meu plano parecia tão perfeito — reclamei, arrancando uma risada gostosa dela e eu acabei a encarando demoradamente, admirando o quanto sua beleza reluzia quando ela sorria. Eu estava tão ferrado que talvez o certo seria mesmo eu me jogar no rio Cumberland ali próximo.
— Eu sei que eu sou maravilhosa, , mas daqui a pouco vou me assustar com esse jeito que você me olha — continuou no tom amistoso e eu desviei meu olhar, disfarçando.
— Não está acostumada a te olharem assim? — perguntei, num impulso, vendo-a negar com a cabeça.
— Eu deveria estar? — me respondeu, com outra pergunta, o que me deixou sem saber o que dizer.
— Bom... Talvez. Você mesma me disse que gosta de quebrar corações — joguei aquilo na cara dela, talvez com um pouquinho de intenção mesmo. riu, colocando uma mecha de cabelo atrás da orelha e voltando a me encarar.
— Eu não disse que gosto, . Só disse que há uma grande chance de isso acontecer. Não sou do tipo que se deixa levar por músicos. Eu sei como é a sua vida, uma paixão entre nós dois só complicaria as coisas sem necessidade nenhuma.
Ouvir aquilo doeu outra vez e eu era realmente estúpido por insistir naquela mulher quando ela claramente não queria nada comigo além de sexo.
— Vem comigo — decidi não comentar o que ela tinha dito e a puxei, descendo as escadas na direção do grande deque, onde havia um grande barco. Normalmente, haveria outras pessoas esperando para entrar nele, mas pelo horário já estava fechado para visitação.
Pedi para esperar alguns segundos e me aproximei de quem imaginei ser o dono ou ao menos o funcionário e depois de trocar algumas palavras e vários dólares consegui que ele operasse o barco para nós dois.
— Eu sei que você mora aqui e já deve ter passeado nesse barco, mas eu nunca fui então me faça companhia — era um jeito meio tosco de convidá-la, mas prontamente atendeu, me acompanhando de forma sorridente.
O barco não demorou a zarpar e nós escolhemos um local dele onde pudéssemos ver o céu e sentir o vento bater em nossos rostos. Por vários minutos, conversamos sobre coisas banais, como música, filmes, meus dias de turnê e o que eu esperava de minha férias. Contei a ela um pouco sobre o que planejava para o próximo álbum e me pôs a par de sua vida e como a faculdade as vezes lhe deixava louca.
— Você está errado, sabe? — ela comentou, de forma aleatória. O que me fez franzir o cenho porque não tinha muito a ver com o que estávamos conversando.
— Como assim? — perguntei, sem entender de onde havia surgido aquilo.
— Eu nunca fiz esse passeio de barco — achou graça da minha cara confusa, então me expressão se iluminou, demonstrando que enfim eu tinha entendido o que ela queria dizer.
— Ah é? Tá certo que eu não faço ideia de onde você mora nessa cidade, mas aqui me parece um bom lugar para relaxar ou sei lá, sair com alguém legal — abri um sorriso torto, numa sugestão sutil de que aquilo que estávamos tendo era um encontro. Não sabia como ela iria reagir, mas era difícil controlar meu impulso de ao menos tentar.
— Eu sou tipo aquelas pessoas que mora em cidade com praia e não vai à praia nunca, sabe? Nunca tive a chance de passear por aqui assim, muito menos com alguém legal — frisou a última parte, piscando para mim e fazendo com que eu me iludisse completamente, porque de repente eu já estava pensando no que poderia fazer da próxima vez que nós dois saíssemos. Eu nem sabia se haveria uma próxima vez.
— Nesse caso, acho que posso dizer que estou feliz em ser o primeiro, — deixei que meu olhar fosse de encontro ao dela e tentei decifrar o que suas íris me diziam. Era difícil dizer o que aquela mulher sentia ao estar comigo e aquilo me assustava.
Tardiamente, eu me dei conta de que todo aquele discurso de que era passado tinha ido por água abaixo. Senti vontade de rir com aquele pensamento.
— O quê? — ela questionou, então percebi que eu sorria sozinho. Mordi o lábio inferior, desviando meu olhar dela e negando com a cabeça.
— Nada. Só um pensamento, mas é besteira — tentei desconversar, mas ela acabou sorrindo também e senti que dali em diante eu estava perdido.
— Pelo sorriso bobo que você deu, eu tenho certeza de que não é besteira — será que ela gostaria de ouvir tudo o que eu pensava naquele momento? Mas se eu não dissesse, talvez me arrependesse pelo resto da vida. Mais uma vez eu optei por pensar que eu ao menos teria tentado.
— Só estava pensando que eu me enganei completamente com relação a você — respondi, voltando a encarar seus olhos e ela franziu o cenho, intrigada.
— Como assim? — questionou, de imediato.
— Eu achei que seria fácil manter algo casual contigo e até ri quando você disse que eu não deveria me apaixonar. Como é que eu, , o cara que poderia ter qualquer garota que estivesse afim, me apaixonaria por um lance casual de estrada? — soltei uma risadinha, mas ela não me acompanhou dessa vez. Percebi que engolia em seco e seus olhos me pareciam ansiosos para que eu continuasse. — Toda vez que eu vejo você, é como se o mundo inteiro parasse. Eu não consigo ver mais nada, não consigo pensar direito e não consigo sentir mais nada além de você. Não sei se isso é algo que você queira ouvir, mas, , eu estou apaixonado por você. De um jeito tão louco que mesmo correndo o risco de me quebrar inteiro, eu resolvi arriscar ao menos te dizer.
E pronto. Num rompante, eu finalmente havia dito. Meu coração batia acelerado, de um jeito que não lembrava de ter sentido antes. Talvez eu estivesse até tremendo de expectativa, mas não me respondeu de imediato.
Primeiro veio um silêncio gritante, insuportável, enquanto ela permanecia me encarando. Seus olhos estavam levemente arregalados e se eu tivesse que dar um palpite, diria que ela havia entrado em estado de choque.
Aquilo não era bom e eu senti meu estômago afundar e então se revirar. Com toda certeza eu havia ferrado com tudo.
Não aguentei continuar olhando para ela, soltei uma risada sem graça e passei as mãos pelo rosto, fitando então o céu. Já havia escurecido e este estava pontuado com algumas estrelas. Era uma visão bonita, mas com a rejeição iminente, eu não queria que nada ao meu redor fosse bonito.
O quão estúpido eu havia sido por me deixar levar?
— escutei ela me chamar, num tom hesitante que só confirmava que eu era um trouxa.
Engoli em seco, então voltei a olhar para ela, que mantinha uma expressão quase indecifrável.
— Olha, eu não estou esperando que você sinta nada de volta. Eu sei que minha vida é complicada e eu entendi o receio de ter algo sério com músicos. Só acho que você deveria ao menos dar uma chance. Quem sabe não pode se surpreender?
Perfeito. Além de estúpido, eu também era patético. Só faltava ajoelhar e rastejar por ela. Que feitiço ela havia lançado em mim?
, eu não sei. Acho que nós dois temos vidas completamente diferentes. Não daria certo entre a gente — do meu jeito, entendi que aquilo não era um não, mas era um talvez. E só de pensar que ela cogitava, algo começou a dançar dentro de mim.
— Nós temos vidas diferentes sim. Não é algo que se possa negar ou que não tenha que ser levado em consideração. Mas no fundo você sabe que a gente não manda no que sente, não é? Se você quiser tentar, eu estou bem aqui na tua frente — rastejei mais uma vez e depois de mais alguns segundos torturantes, enquanto ela apenas me olhava ponderando, finalmente abriu um pequeno sorriso e para a minha surpresa assentiu.
— Tudo bem. Acho que nós podemos tentar — eu não soube dizer o que veio primeiro depois disso. Se foi a minha gargalhada de felicidade ou o pulo que eu dei, puxando-a na minha direção para que pudesse beijá-la de uma forma completamente diferente. Daquela vez eu não a beijava apenas com o desejo puro e carnal, eu a beijava com tudo o que eu tinha, com todos aqueles sentimentos que eu havia reprimido por medo de me destruir.
Naquela noite, tudo com ela havia sido diferente. Desde o gosto de seus lábios nos meus até a parte em que nós dois adormecemos em minha cama no hotel após ficarmos apenas aproveitando a presença um do outro, sem sexo.

***


Quando acordei naquela manhã foi difícil não abrir um sorriso radiante. Eu estava tão animado que poderia responder a umas cinquenta entrevistas. Talvez até poderia escrever algumas músicas. Eu já tinha algumas prontas para gravarmos em nosso próximo álbum, mas feliz do jeito que eu estava, com certeza surgiria alguma obra prima.
É, eu ficava bem confiante quando estava animado.
Demorei alguns segundos para me dar conta de que eu não tinha mais companhia ali na cama e quando abri meus olhos, procurei pelo quarto e não a encontrei ali. Franzi o cenho, imaginando que talvez ela estivesse no banheiro e me levantei. A luz do cômodo estava acesa, mas nada de .
Aquilo estava meio esquisito e me ocorreu então que ela poderia ter descido para tomar café no salão do hotel ou de repente tinha alguma coisa para fazer e esqueceu de me avisar. Dei de ombros e resolvi que eu tomaria um banho antes de descer e conferir se ela estava por lá. Será que seria uma boa hora para sugerir contar ao menos aos meus colegas de banda sobre nós dois?
Foi quando eu saí do banho, com uma toalha enrolada na cintura enquanto usava outra para secar meus cabelos que reparei no bilhete em cima da cabeceira da cama. Então senti um arrepio esquisito, algum tipo de mau presságio.
Peguei o papel em minhas mãos e quando li seu conteúdo, toda a alegria e animação que senti ao acordar de repente não existiam mais. Na verdade, nem o chão existia e eu estava afundado na merda.

, eu sinto muito, mas eu avisei que quebraria seu coração.
Nunca fui de romper promessas e essa foi uma. Me desculpe”.


Daquela vez eu quis gritar de frustração, raiva e aquele sentimento horrível de quem havia feito o pior papel de trouxa do universo.
O sentimento só aumentou quando eu liguei a televisão, tentando achar um jeito de me distrair e colocar minhas ideias nos eixos.
Estava em um daqueles canais de fofocas de famosos e a manchete principal provavelmente era o motivo de eu sentir meu celular vibrar feito um louco desde o primeiro segundo em que acordei. Na verdade, foi aquele barulho que me despertou.
Meu companheiro de banda, havia sido clicado com uma nova namorada e até aí tudo bem. Ele costumava ser cuidadoso com quem saía, mas provavelmente o lance não era realmente sério, já que a mídia adorava aumentar as coisas.
O problema era que a pessoa com quem ele havia sido fotografado era .
Ela não havia apenas quebrado o meu coração, havia o destruído mesmo.


FIM



Nota da autora: Não me matem por causa desse final, por favor.
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