Entrevista #007

Demorou um pouquinho, mas saiu! Conversamos com a Abby, autora do mês de fevereiro, que escreve Theater e outras treze fictions postadas no Fanfic Obsession. Falar com ela foi especial, pois, além de ser uma excelente escritora, a Fabiane faz parte da equipe de beta-readers, e todas nós temos um carinho enorme por ela. Além do mais, foi ótimo conhecer mais um pouco alguém tão importante para o site, e olhá-la sob uma nova perspectiva: além de engraçada e divertida, a Abby pode falar bem sério e de forma muito inteligente, colaborando para a entrevista excelente que você pode ler abaixo:

Fanfic Obsession: De todas as suas fictions, qual tem uma personagem principal mais parecida com a “Fabiane”?
Abby: De todas, a que mais parece comigo são todas. HAHA Cada texto que eu escrevo, não só fanfics, tem um pedaço de mim escondido; em Theater, por exemplo, eu sou o garoto, mas a garota também tem características muito marcantes minhas. É involuntário, acho, ninguém consegue criar uma personagem cem por cento independente de si.

FFOBS: O que você acha que levou ao sucesso de Theater perante às demais fictions?
A: Não sei, de verdade! Algumas amigas me diziam que a fic é bem ligada à realidade, e isso é primordial pra mim. Não gosto de escrever (nem de ler) algo que fica muito distante do que eu vivo, tento ao máximo colocar isso em Theater. Talvez eu também tenha sido um pouco favorecida pela época em que ela foi postada (início de 2009), porque o número de fics interativas era bem menor e as histórias mais “pé no chão” tinham mais destaque. Ah, não sei mesmo!

FFOBS: Você possui um número de shorts muito maior do que o de longfictions. Qual o seu tipo de história favorito para escrever?
A: Shortfics, em disparada. Primeiro porque não tenho vocação pra atualizar mais de uma fic sem atrasar demais. hahaha Segundo, são mais objetivas, e é com uma short que você vê se a autora é realmente boa ou só enrola — e eu odeio enrolação, haha. Tem como as personagens terem a mesma presença que as longfics, se for bem escrita, e não precisa envolver tantas coisas para chegar ao clímax e à resolução da história. Eu busco sempre dar o meu máximo em cada short para que passe isso da forma que gosto de ler. Se for drama, então… AMO dramas, gosto é de chorar com as personagens (mesmo que isso soe meio mórbido). Geralmente é esse gênero que toca mais as pessoas, independente da mensagem que há por trás. É como se o drama fosse a porta pra alma, através das palavras. Mais da metade das shorts que escrevi tem alguma pitada de, digamos, tristeza, porque é a forma que a pessoa fica mais vulnerável e mais aberta pra ouvir o que vem de fora. É isso que eu tento fazer e absover desse tipo de histórias.
FFOBS: Você já publicou fictions de diversos fandoms e gêneros, e é muito versátil quando se trata de escrever romances, dramas, comédias, suspenses. Qual o segredo para se sair bem em todos os gêneros?
A: Se esforçar, sempre. Costumo cobrar muito de mim mesma pra sempre me superar – sou a leitora mais chata e crítica que tenho! Haha Quando vou tentar uma comédia, coloco na cabeça que ela tem de sair muito engraçada, a mesma coisa pros outros gêneros.

FFOBS: A maioria dos leitores de Theater sabe da grande influência do musical Moulin Rouge na história. Qual a sua relação com o musical?
A: Sou fã, seguidora, stalker, viciada ou qualquer adjetivo parecido. Adoro musicais, sou completamente apaixonada por música (meio óbvio, né?) e vidrada em Moulin Rouge pela trilha sonora, principalmente. Tem de tudo, desde U2 e David Bowie a Madonna e Derbage. Fora que a história em si é linda, aposto que ninguém vai deixar de gostar!

FFOBS: É verdade que você possui leitores femininos e masculinos? O que pensa sobre os meninos lerem fanfics?
A: É, sim, e me sinto muito lisonjeada com isso! Da mesma forma que meninas lendo fanfics, acho normal. Mesmo falando sobre romances ou aventuras com seus ídolos, muitas vezes apelando mais para o lado feminino que o masculino da história, é uma ficção. É uma criação que estimula a mente como qualquer outra, não precisa ter distinção de público.

FFOBS: Apesar de esse não ser o objetivo da entrevista, não podemos deixar de lado o fato de você fazer parte da equipe de beta-readers do Fanfic Obsession, e com isso podemos arriscar que você realmente é muito envolvida no mundo das fictions, portanto, aqui vai a pergunta: como, afinal, você descobriu esse mundo?
A: A história é meio longa, mas vou tentar resumir… No Orkut há várias comunidades com fanfics, só que mais conhecidas como “webs” (que podem ser sem fandom). Eu publicava uma web de High School Musical — minha primeira história — em 2007, e duas leitoras eram minhas amigas que liam fanfics interativas. Elas me mostraram uma fic que estavam escrevendo, contaram mais ou menos como era o processo todo e eu fiquei admirada, quis logo procurar mais. Durante mais de um ano fiquei só lendo, até que eu pensei “E se eu publicasse uma fic?”. Foi quando eu realmente quis entrar nesse meio, e tô aqui até hoje, firme e forte!

FFOBS: Sob a ótica de alguém que está tão por dentro do site, em diversos níveis (leitora, beta-reader, autora), pode nos dizer o que pensa a respeito do trabalho da equipe, em especial das beta-readers?
A: No geral, como dizem, somos uma família. Há as mães (webbys), as tias (staffs) e as irmãs/primas (beta-readers), e todo mundo se ajuda no que pode, seja ensinando tudo do zero ou dando um toque aqui e ali. Como beta, tenho uma visão bem mais ampla de como se constrói uma fanfic, e a parte que nós fazemos é tão essencial quanto a das autoras de escrever. Precisamos ter um conhecimento além do básico, sermos detalhistas e ter uma memória de elefante. Imagine só ter mais de vinte histórias pra corrigir no tempo livre do colégio?

FFOBS: Que tal um spoiler dos seus futuros trabalhos como autora, principalmente sobre o futuro de Theater?
A: Olha… Eu sou do tipo que odeia dar spoilers, não conto nada nem pra minha melhor amiga, mas vou abrir uma exceção: Theater já teve revelações bem chocantes, agora faltam só as consequências delas e, então, o fim (que não está tão perto assim, só pra constar).
Depois que eu finalizar essa fic, continuarei um projeto que coloquei no ar (Eros & Psiché), mas tive que pôr em hiatus porque não conseguia conciliar todas as minhas tarefas e ele. É algo diferente das fanfics que já escrevi, tem traços ainda mais adultos e um ar de comédia que nem sabia que eu tinha. Garanto que muitas pessoas vão gostar!
Ah, e claro, vou continuar publicando shortfics. Preciso ter um lugar pra enfiar tantas cenas e situações diferentes que surgem na cabeça.

FFOBS: Bem, Abby, muito obrigada pela entrevista! Gostaria de dizer alguma coisa às pessoas que estão lendo? Sinta-se à vontade!
A: Eu que agradeço, é uma honra! Gostaria, sim: um MUITO obrigada a todos que votaram em mim, aos leitores, às minhas autoras, ex-beta-readers, amigas e colegas de equipe/tag! Todos tem um papel importantíssimo não só pra mim, como pro site que eu mais amo e me dedico. Merchan também pode? Se sim, leiam as minhas outras fics, tem uma pra cada ocasião! Haha
Por falar em ler, deem chances a fanfics novas. Vocês podem ganhar e muito ao dar lugar pra uma autora novata, em vez de sempre procurarem as favoritas.
E bem, acho que é só. Foi ótimo ter essa oportunidade, espero que gostem tanto quanto eu!




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