Entrevista #025

Conversamos com a Vanvis, autora do mês de Agosto e autora de Prorrogação, Deadly Games e diversas outras. O papo foi divertido e leve, e você poderá conferir na íntegra agora.

Fanfic Obsession: Como você se sentiu quando descobriu que ganhou dois destaques em um só mês: Autora e Shortfic?

Vanvis: Primeiramente, eu devo confessar que foi uma surpresa. Tinha passado o final de semana todo num retiro, estava um pouco confusa diante do que queria da minha vida e no Domingo, umas 21 horas, entrei pelo celular mesmo e acho que umas 5 amigas estavam histéricas no facebook, elas foram falando que eu era autora do mês e eu não acreditei. Aquela coisa de: ‘Como assim?’ Foi quando entrei no grupo e vi que tinha ganhado os dois de uma vez só. Primeiro fiquei em choque, depois sorri abobada e caí na real, acreditando mesmo que tinha sido tudo de uma vez. Confesso, tirei print da página do ffobs e ainda entro todos os dias com um sorriso bobo no rosto. É muito gostosa a sensação, indescritível. Fico me perguntando… Imagina quem tem livro e vê numa lista dos mais vendidos? Acho que piraria. Hahaha

FFOBS: Você gosta de montar suas personagens a partir de pessoas que você conhece ou simplesmente vai agregando valores morais conforme vai escrevendo?

Vanvis: Gosto de acreditar que cada personagem tem um pouco de mim. Já escrevi histórias para algumas amigas e tentei pegar um pouco da personalidade delas, mas no geral, sou um mundo de novas ideias e vários gêneros. Quando tenho o surto da história, penso exatamente no tipo de garota, é o personagem principal para mim, sempre. Depois vem o protagonista. Quando a garota vem a mente, no caso eu, gosto de detalhar determinada característica e vou baseando todos os acontecimentos diante daquilo. Não gosto de personagem que muda drasticamente, por exemplo. Por mais que na vida real as pessoas mudem, sempre existe o resquício do que realmente foi um dia.

FFOBS: Se você tivesse o poder de dar vida a uma personagem sua, qual seria? Por quê?

Vanvis: Gosto de todas, sério. Todas são o meu xodó, mas já que preciso escolher uma… A protagonista de Prostitute (antiga Catch me), gosto da maneira em que ela é determinada, o foco que ela tem, mesmo que seja uma filha da puta a maioria do tempo. É uma das personagens mais explosivas que construí, cheia de mistérios e com muito medo de se apaixonar. Na verdade, tudo o que ronda a fic é fascinante para mim. O que ela faz por dinheiro, o fato de não se deixar levar por nenhum cliente, independente dele ser bonito ou não. Acho maravilhoso.

FFOBS: O que você procura passar para os seus leitores?

Vanvis: Um pouco do que eu gosto. Todo mundo que escreve e publica alguma coisa, o que quer que seja, deixa um pouco de si. No meu caso não foi diferente, a imaginação sempre aflorou o tempo todo, mas isso de escrever nunca daria dinheiro e mesmo que o meu pensamento ainda seja o mesmo, criar mundos e ver as pessoas vibrando é algo que me deixa mais motivada ainda. Então, basicamente, passo um pouco de mim, do que sou, da loucura que se resumiu a minha mente que não para um minuto sequer. É expor para todo mundo aquilo que parecia o rascunho de uma loucura. Não tem melhor sensação.

FFOBS: Se sua vida fosse uma uma fic, qual seria o nome? Por quê?

Vanvis: Pergunta difícil! Haha Talvez o título seria apenas o meu nome e sobrenome. Vanessa Muniz. É tudo tão complexo, já vivi tanta coisa que acho que nada melhor do que definir assim. Já passei por fics colegial, por aquele momento crucial de perder alguém ou descobrir diante de 4 testes de gravidez que um bebê estaria por vir. Como todos as minhas sensações são fortes demais, intenso demais, não consigo pensar em nada mais acolhedor do que isso e detalhe: Sou PÉSSIMA com títulos. Taí uma coisa que não sei fazer, Nunca acho que esta bom o suficiente ou que as pessoas vão achar impactante. Sou uma negação.

FFOBS: Como conheceu e onde/quando começou a ler fic?

Vanvis: Sou da velha guarda, mas velha guarda mesmo. Na minha época, uns 13 anos de idade, lia fics de Harry Potter em grupos do #MIRC (Isso ainda existe?), o tempo foi passando e conheci o Floreios e Borrões junto ao Fanfiction. No começo só lia fics Harry Potter e não me julguem, shippava D/G. Sempre fui anti Harry Potter, mas isso é um mero detalhe. Em 2009 minha irmã se apaixonou por McFly e começou a entrar em comunidades do Orkut que tinha fanfic e foi aí que conheci os amores. De lá para cá, com tudo o que vivi junto ao site, não parei de acompanhar.

FFOBS: Quando você começou a escrever? Lembra como foi sua primeira história?

Vanvis: Desde muito nova, gostei de redação. Era a aluna preferida da professora de português e ela via em mim um gênio. Nunca levei a sério, sempre tive ideias o tempo todo, mas como nunca me interessei por escrever histórias, deixava para lá. Escrevia pequenas colunas, sobre assuntos aleatórias, não eram histórias, mas naquela época, era completamente apaixonada por Valéria Polizzi (Depois daquela viagem) e ela era colunista da Atrevida. Era legal imaginar como seria escrever um livro, histórias, mas ainda sim, nunca pensei que tinha facilidade para tanto. Com o passar dos anos e a tecnologia, me dei ao trabalho de escrever uma história e a primeira fic que postei, foi no ffobs, em 2009. Need you now. Era terrível (Se você, fofinha, que estiver lendo, for procurar, não ache que estou sendo humilde, a fic foi reescrita), só tinha diálogos e eu não aceitei bem os primeiros meses. Pensei que ao escrever um fic, as pessoas iriam simplesmente adorar e eu seria a nova Cah Sodré (Beijo Cah), mas não foi assim e passei quase dois anos sem escrever. Foi a pior época para mim. Estava focada na faculdade e sem ânimo algum, me vi perdida entre Direito para sobreviver e jornalismo por paixão. Então resolvi voltar, depois disso, as fics melhoraram, um pouquinho só.

FFOBS: Se você pudesse escolher apenas um capítulo para enviar a alguém para que esse alguém ficasse curioso e com vontade de ler a história inteira, qual seria? De qual fanfic?

Vanvis: Um capítulo marcante para mim foi o sexto de Prorrogação. Nele, a protagonista encontra-se com o tal jogador no aeroporto e eles flertam. Não acontece nada demais, mas o Flashback foi extremamente certeiro porque foi baseado em fatos reais. Eu encontrei com o tal jogador do aeroporto há algum tempinho e meio que nos olhamos. Quando comecei Prorrogação, já tinha isso em mente e por causa dele, a fic foi escrita, mas, em termos de curiosidade e vontade de ler a história inteira, mandaria apenas o prólogo de Toxic Powerful and Lethal. A fic é extremamente intensa, então cada capítulo para mim é algo completamente inusitado, sinto-me em Gossip Girl. hahaha

FFOBS: Quais são os seus próximos projetos?

Vanvis: Deadly Games esta aí para se tornar uma Long, ainda não comecei, mas certamente é algo que quero aprofundar. Tenho outra short, de um pseudo livro que terminei (péssimo, péssimo), mas que gostaria de reescrever em forma de livro, ou fic, não sei. São tantos projetos que passaria o dia todo escrevendo e escrevendo. Além de algumas segundas temporadas de fic, queria começar a escrever um livro. Não por ser autora do mês e achar que dá, gostaria apenas por ver isso como um sonho e quem eu seria, se não lutasse pelos meus? O Trabalho é árduo, sei o quanto é complicado, mas espero um dia conseguir. Pode ser daqui a 5 meses, como daqui a 10 anos. Já dizia Stephen King ‘Se você escrever uma folha por dia, ao final de um longo ano, terá um livro.’ Não com essas palavras, mas é algo assim.

FFOBS: Bom, essa entrevista vai terminando por aqui. Caso queira deixar algum recado final, fique à vontade!

Vanvis: Primeiramente muito obrigada. Agradeço a Deus, sem ele não existiria nada e posteriormente a cada pessoa que leu a fic. Minhas maravilhosas meninas, que me apoiam, ajudam e aguentam. Pessoas maravilhosas que nunca vi pessoalmente, mas que tenho um carinho imenso. Gostaria de agradecer a minhas leitoras, não tenho muitos comentários, mas Deadly Games está em primeiro lugar no Top Fictions essa semana, acho que algumas pessoas estão lendo, haha. Um beijo enorme para cada uma de vocês, sem vocês eu não seria nada. Gosto de dar tamanha importância para esse mundo porque para mim, não é apenas chegar ali e jogar no word meia dúzia de palavras. É expor algo intimo e meu. Deixar claro para quem quiser que escrever é para qualquer um, basta apenas empenhar-se. Vejo muitas meninas reclamando da falta de comentários e da desmotivação e o que posso falar a essas meninas é que tenham foco. Escrever é paixão, amor. É montar um personagem louco e vê-lo no top fictions (hi, Deadly Games), é saber que as pessoas compraram sua aventura, mesmo que nenhum tostão esteja no meio disso. MUITO OBRIGADA, meninas.

Poderia passar horas e horas agradecendo, mas não vou me alongar. Queria apenas colocar mais uma coisa em evidência: Ffobs. Algumas garotas esquecem do quanto isso daqui é importante, sem eles as fics não seriam famosas, não seriam transformadas em livros. Um pouco de agradecimento sempre existirá, então lá vai: Obrigada Fanfic Obsession, por me proporcionar algo tão maravilhoso. Para quem diz que o mundo de fanfics não é importante, meus parabéns, não consigo ser assim. Posso ter 25 anos ou 30, mas sempre vou lidar com o ffobs de maneira única, foi o começo de tudo, independente do que venha a ser esse tudo!




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