Serenity

Última atualização: 06/09/2022

Capítulo Único

Primeira Sessão


Já era tarde da noite quando o expediente na lanchonete Moony's estava para encerrar. O maior ponteiro do relógio parecia se arrastar entre 21:56 e 22:00 e o encarava como se assim fosse possível fazê-lo andar mais rápido. Ela apoiava a cabeça na mão e o cotovelo no balcão, exausta depois do dia difícil que teve. (como os mais íntimos a chamavam) não gostava de pegar o turno da noite, muito menos de juntá-lo ao turno da manhã, como havia feito naquela quinta-feira. Ela soltou um longo suspiro que chamou a atenção de seu colega Steve O’Brien, o fazendo largar o pano de prato no balcão para olhá-la com pesar.
— Aguenta firme, . O que quer que esteja te esperando em casa, pode te esperar por mais quatro minutos.
A garota sorriu para ele, mostrando o dedo em seguida. Steve sabia exatamente o que a esperava em casa, ou melhor, em seu celular. A lanchonete tinha algumas regras um tanto rígidas, como não comer nada fora do horário de almoço, mas eles podiam levar algumas sobras para casa; também não podiam flertar com os clientes, mas Steve era naturalmente charmoso, não conseguia escapar disso. Já a regra principal era não poder usar o celular durante o expediente, a não ser no horário do almoço. Quando o funcionário chegava, devia mantê-lo dentro de uma caixa trancada pelo gerente a cada turno. Se tivesse uma emergência, o familiar deveria ligar para o telefone de delivery da Moony's.
A regra foi criada depois de muitas comidas queimadas e reclamações dos clientes por conta de distrações. Não que eles tivessem muito tempo para isso, de qualquer jeito, pois a lanchonete ficava em uma região muito movimentada de Seattle, onde, a toda hora, tinha alguém para atender, mesmo com alguns intervalos calmos, como aquele.
Então, não podia entrar no aplicativo de mensagens enquanto não saísse dali, o que significava que ela passara o dia inteiro sem conversar com , seu primeiro match no aplicativo de relacionamento e o único que de fato valia a pena dar o número do celular para a conversa ir para outros níveis. Já estava conversando com há semanas, todos os dias até tarde da noite, e não se cansava disso. Era fácil, gostoso e divertido falar com ele — perdeu as contas de quantas vezes se pegou sorrindo para o celular ou dando risada sozinha.
Entretanto, apesar das várias sugestões de para que finalmente se encontrassem pessoalmente, adiava esse momento com desconversas e desculpas toda vez que ele a chamava para sair. Não era por falta de vontade e desejo de sua parte, muito pelo contrário; toda vez que via uma foto de , seu corpo implorava para que ela fosse encontrá-lo logo. Porém, tinha medos. Sim, no plural, ela poderia até enumerá-los em uma lista:
1) ele poderia ser um assassino em série;
2) ou ser um catfish; não ser a pessoa da foto, talvez nem ter o mesmo nome;
3) se envolver demais e acabar se machucando como em suas experiências anteriores.
O último item já corria o risco de ser violado, afinal, estava sendo cada vez mais difícil manter fora de sua mente. Ela ansiava conversar com ele, sorria boba enquanto admirava sua foto, já chegara a sonhar com o maldito, um tipo de sonho que a fez acordar molhada e não apenas de suor.
despertou de seus devaneios quando o sino da porta de entrada soou alto. Faltava um minuto para fecharem a lanchonete, mas outra regra do estabelecimento a impedia de simplesmente mandar o cliente embora: mesmo se faltassem segundos para fechar e entrasse um cliente, ele deveria ser atendido e ir embora apenas quando desejasse. Era possível ver o brilho da garota se apagar a cada passo que o grupo de adolescentes dava.
Steve, observando a amiga, a cutucou de leve e disse:
— Pode ir, eu te cubro.
sorriu largo e deu um aperto leve em seu bíceps.
— Você é incrível. — Ela ficou na ponta dos pés e lhe deu um beijo na bochecha. — Te devo uma.
Ela deu as costas e foi buscar suas coisas para ir embora, então não viu as bochechas de Steve ficarem violentamente coradas.

empurrou a porta dos fundos com os ombros, carregando dois sacos de lixo enormes e cheios, era o mínimo que podia fazer por Steve. Depois de jogá-los nas latas de lixo e limpar suas mãos, finalmente pegou seu celular e ligou a internet. No mesmo instante, apareceu uma notificação de e automaticamente um sorriso bobo surgiu no rosto dela. A mensagem era uma selfie dele sorrindo largo com a legenda “finalmente livre!! 😁”. A mensagem era das 19:00.
Com os dedos ágeis, também tirou uma foto, o sorriso não tão largo por causa do cansaço, e respondeu:
“eu também. como pode ver, estou exausta.”
O que ela mais gostava em conversar com é que em pouco tempo ela já se sentia confortável o suficiente para lhe mandar fotos como aquela, com o cabelo não tão arrumado, a maquiagem que ficou o dia todo em seu rosto pedindo por um retoque, pois sabia que ele iria adorar. Ela já estava caminhando para seu apartamento quando mais uma notificação apareceu em sua tela.
: “Se você é linda assim, exausta, imagine descansada 😍”
: “Descanso? o que é isso? é de comer?”
: “Você realmente precisa de um, hein? Se estivesse aqui, eu a faria descansar”
sorriu e sentiu suas bochechas queimarem, mas não respondeu nada enquanto não chegasse à sua casa.
Assim que fechou a porta atrás de si e acendeu as luzes, ela ouviu um miado baixo e sentiu algo macio em seus tornozelos. Maya, sua gata de estimação, era muito carinhosa e sempre vinha recepcionar a garota com alegria.
— Maya! — se abaixou para pegar a gata de pelos laranjas no colo, apertando-a em um abraço que sabia que não a faria lhe arranhar inteira. A gata, em resposta, lambeu carinhosamente o rosto dela. — Também senti sua falta.
Depois de colocá-la no chão, começou seu ritual de sempre quando chegava em casa. Ela deixou o par de tênis ao lado da porta, largou a mochila na cadeira da pequena mesa de jantar que tinha entre a sala e a cozinha, ambos os ambientes igualmente pequenos, colocou mais ração para Maya e se encaminhou para um longo e relaxante banho.
Ainda estava com a toalha enrolada na cabeça e escovava os dentes quando seu celular acendeu em cima da cama. Ela caminhou até ele e o pegou.
: “Hey, ainda ‘tá aí?”
: “Não te espantei com o que eu disse, ??”
: “??”
A garota revirou os olhos, ainda que estivesse sorrindo com a pasta e a escova de dentes atrapalhando o gesto, pensando no quão dramático ele era. Só depois que se vestiu, secou os cabelos e colocou vinho em uma taça enorme, que ela pegou o celular para respondê-lo.
: “dramático 😂 eu fui tomar banho para tentar tirar esse cheiro de gordura em mim, mas acho que, a essa altura, está impregnado 🤢”
: “respondendo sua outra mensagem, eu duvido muito que você me deixe descansar quando a gente se encontrar”
Ela deu um gole em seu vinho e esperou pela resposta.

Do outro lado da tela, se ajeitou em sua cama e riu para si mesmo. Uma mão segurava o celular, a tela era a única coisa que iluminava o quarto escuro. A outra fazia carinho em Mike, seu golden retriever de 2 anos de idade que já havia adormecido há alguns minutos depois de comer e correr na rua com o dono. estava igualmente cansado, havia tido um dia de trabalho cheio, quase sem pausas entre um cliente e outro no spa em que trabalhava como massagista e gerente. Mas nenhum cansaço o faria perder a chance de conversar com , afinal, a maior motivação para que ele aguentasse as horas de trabalho era saber que, assim que possível, conseguiria conversar com ela e ter um pouco de prazer e alegria em seu dia cansativo.
Ele já havia sugerido um encontro há muito tempo, diversas vezes, mas sempre aparecia com alguma desculpa. “Esse fim de semana não dá”, “estou muito cansada hoje”, “Maya está doente, tenho que ficar com ela”. No fundo, ele sabia e entendia quais eram os medos e receios de , não podia culpá-la. Mas a cada dia que passava, a cada mensagem que recebia dela, seu coração tinha cada vez mais certeza de que a queria ali, ao seu lado.
Ele olhou para Mike, que havia acordado com sua risada e piscava sonolento, e sorriu para o cachorro.
— Nada contra você, amigo — ele falou baixinho, fazendo carinho na orelha do cachorro, o ponto favorito dele. — Mas eu realmente queria ela ocupando esse espaço da cama.
Mike resmungou e deitou a cabeça, fechando os olhos para adormecer de novo. não pôde deixar de pensar no quanto ia amar conhecê-lo, pois ele também ansiava em conhecer a gatinha dela.

: “Bom, dizem que minha massagem é muito boa 😉”

grunhiu para si mesma, jogando a cabeça para trás e alongando o pescoço. Uma massagem era exatamente o que ela queria e precisava naquele momento. E só de pensar nas mãos de apertando seu corpo… o mesmo esquentou na hora, arrepiando-a inteira. Ela não o deixaria saber tão cedo o efeito que apenas as palavras dele já causavam nela, contudo, decidiu comentar sobre a massagem.
: “uma massagem era exatamente o que eu precisava agora! 😩”
: “Estou à disposição 😉”
: “Você pode ir no spa onde eu trabalho como massagista, ficarei feliz em te atender”
piscou, atônita. Ela largou a taça de vinho na mesa, quase a derrubando em seu computador, e segurou o celular com as duas mãos. Aquela era a primeira vez que falava de seu trabalho e, que conveniente, ele trabalhava em um spa? Aquilo estava um tanto suspeito para ela, não podia negar. Mas também era tentador.
: “o quê!? por que nunca me contou que era massagista??”
mandou diversos emojis de risada, seguido da mensagem:
: “Você nunca perguntou! 😂”
Revirando os olhos, bufou com certa irritação. Ela então abriu uma aba do Google no computador e voltou ao celular, pronta para pegá-lo na mentira.
: “certo, então, onde fica esse spa?”

se sentou na cama, ajeitando a postura. Ficou paralisado por alguns segundos, tentando entender se ela de fato estava mostrando interesse em ir até o spa ou se estava apenas testando ele. Então, ele digitou o nome do lugar e o endereço e fechou os olhos na hora de clicar em enviar.

soltou um palavrão ao ler a mensagem. Ela não precisava pesquisar para saber onde ficava o estabelecimento, mesmo assim, jogou o nome no Google para observar as imagens e confirmar de que era, de fato, o Serenity Spa & Hotel. Desde seu primeiro dia de trabalho na lanchonete Moony’s, passava em frente ao spa imaginando se um dia teria dinheiro suficiente para poder passar um dia ali ou apenas aproveitar algum dos inúmeros tratamentos que o local fornecia. Também sabia que ali, no centro da cidade de Seattle, o spa hotel era muito conhecido. dizer que trabalhava lá, em um lugar que poderia ter sido o primeiro que veio em sua mente, era um tanto suspeito. Mas se ele estivesse falando sério…

: você trabalha no Serenity???
: Sim ☺️ há alguns anos.

não respondeu mais nada, ficou apenas encarando a tela do notebook com o site do spa em tons convidativos de bege e verde que já lhe davam uma breve sensação de calma que ela tanto desejava. Então a tela de seu celular acendeu novamente.

: Você parece desconfiada.
: como sabe? não está me vendo
: 🙄
: Você soou desconfiada.
: não pode me culpar, pode?
: Tem razão. Mas eu juro que não estou mentindo. Afinal, se você chegar lá e perguntar por mim e eu não estiver, vai saber que eu menti.
: e se você estiver lá…?
: Então, vai ganhar uma massagem grátis 😉
: você só está me convidando para me levar para a cama depois.
: 😳
: Não vou negar que te acho atraente. Digo, se você for de fato a garota das fotos…
: eu sabia…
: Hey, deixa eu terminar de falar! 😠 , eu prometo que não te tocarei a não ser para fazer a massagem. Eu só farei o que você quiser. E, claro, não vai fazer mal a gente conversar um pouco e nos conhecermos melhor, não é? Mas não irá passar disso, e essa é uma promessa.
: O que me diz?

ficou olhando para o chat, pensativa e batucando os dedos na mesa. Por um lado, seguia desconfiada, mas, por outro, sabia que tinha toda a razão e não podia negar, gostou do que leu. Era um lugar público, com testemunhas, e, se ele estivesse mentindo, ela descobriria assim que chegasse ao spa. Ela tomou um longo gole de vinho antes de começar a digitar.

Do outro lado da tela, estava ansioso e apreensivo, apertando o aparelho em sua mão. Achava que seu argumento tinha sido muito bom e não conseguia pensar em nenhuma desculpa que ela poderia lhe dar para dispensar uma massagem grátis em um spa luxuoso. Suas mãos começaram a formigar, não apenas por estar apertando o celular com muita força, mas também por imaginar tocar o corpo de com elas.
Ele observou com grande expectativa os três pontinhos aparecerem, piscarem por alguns segundos e sumirem. Seus ombros caíram em decepção mas, no segundo seguinte, os três pontinhos voltaram a aparecer e não demoraram na tela antes de a mensagem chegar.

: “tem horário para amanhã?”

exclamou um palavrão com tanta animação e tão alto que Mike, que ainda dormia tranquilamente ao seu lado, acordou, assustado, e começou a latir para o dono, brigando com o mesmo. O homem não se importou, ele pulou animado na cama, relendo a mensagem como se a mesma não fosse real. Seu sorriso era tão largo que faziam suas bochechas doerem. Há muito tempo não sentia por alguém o que sentia por , há muito tempo não ansiava tanto algo como ansiava conhecê-la pessoalmente e agora isso estava mais próximo do que nunca.
Depois de combinarem o melhor horário para a sessão — ou encontro, nem nem sabiam como chamar aquilo —, fechou o notebook, deixou a taça na pia e foi para o seu quarto. Com Maya ao seu lado, ela ficou olhando para o teto e pedindo, para quem quer que estivesse lhe ouvindo, que ela não tivesse feito uma escolha ruim e desperdiçado sua preciosa folga de sexta-feira.

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Aquela manhã de sexta amanheceu um tanto fria comparado aos outros dias da semana. queria ter usado uma roupa mais sexy, mas ficou satisfeita com um sobretudo mais chique e as botas novas que estava ansiosa para usar. Se usasse algo mais sexy, passaria vergonha, caso a tivesse enganado. Se ele não tivesse mentido, então passaria frio e ela não gostava disso.
Era exatamente sobre esses tópicos que ela reclamava com Steve enquanto caminhavam pela calçada da sua casa até o Serenity Spa & Hotel. O colega havia exigido que a acompanhasse até o spa por segurança, já que era caminho para ele ir para a lanchonete, do instante em que ela disse que havia marcado de encontrar até ela finalmente desistir de sua teimosia e concordar que ele fizesse companhia a ela. Não se arrependera, afinal, adorava ter Steve por perto. Contudo, o garoto estava longe de encorajá-la a ir ao encontro, a lembrando o tempo todo que o cara poderia sim ser um serial killer.
— Seria uma pena você morrer nessas botas novas — ele lamentou, tomando um gole de seu café. revirou os olhos.
— Não vou morrer, Steve. Vai ter bastante gente lá, tem câmeras. Testemunhas, você sabe que estou lá…
— E, se precisar, já sabe o código, não sabe?
parou na frente do spa com Steve ao seu lado. Ela encarava o letreiro chique em dourado enquanto ele a olhava com preocupação.
, querida, me diz o código!
A mulher o encarou e riu, balançando a cabeça. Steve era dramático, mas ela o adorava e era grata pela amizade e preocupação do rapaz. Ela apertou a mão dele e sorriu com leveza, tentando aliviar um pouco da preocupação dele.
— “Olha essa fanfic Larry que eu estou lendo”.
— E então saberei que você não está bem e virei correndo. Mas bem que você podia tentar ler uma…
— Não vai acontecer — ela retrucou, fazendo-o revirar os olhos. Steve a abraçou com força e suspirou.
— Você está usando uma lingerie nova?
— Steve! — ela o repreendeu, lhe dando um tapa no braço. Então ela sorriu. — Estou.
— Ah, vocês crescem tão rápido! — ele brincou, a fazendo rir de novo.
— Ok, ok, pode ir agora — ela retrucou, empurrando-o para longe.
E Steve realmente foi, ainda murmurando recomendações para que ela tomasse cuidado e que contasse tudo para ele quando voltasse para casa.
Depois de respirar fundo umas três vezes, ela empurrou a pesada porta de vidro e entrou. Imediatamente, foi tomada pelo aroma de lavanda e bamboo, uma música calma e relaxante tocava baixa pelo ambiente, sendo a trilha sonora da observação de . Ela não pôde evitar ficar boquiaberta, segurando um “uau” no fundo de sua garganta e tentando parecer que estava acostumada com todo aquele luxo, mas não podia deixar de reparar que só a recepção era maior que seu apartamento inteiro. Poucas pessoas, funcionários e clientes, circulavam pelo lugar. Alguns quadros espalhados pela recepção exibiam os produtos vendidos e os tratamentos fornecidos lá, com fotos de pessoas relaxadas e casais felizes e realizados. Aquilo apenas fez com que a ansiedade de aumentasse.
De forma silenciosa, uma mulher mediana se aproximou de , desfilando pelo piso impecável de mármore, e tocou seu ombro. pulou de susto, sem ter percebido a aproximação da mulher. O sorriso da moça era simpático, quase mecânico, sendo parte de todo o esquema do lugar de sempre manter o ar sereno e calmo que o spa tanto prezava. Ela era linda, não podia negar, e, quanto mais olhava em volta, percebia que todos os funcionários pareciam bonecos de cera perfeitos e exageradamente simpáticos.
— Bem-vinda ao Serenity Spa & Hotel, meu nome é Donnatela, mas você pode me chamar de Donna. Como posso ajudar?
piscou, um tanto impressionada com o tom de voz da mulher que falava com tanta calma que a fez sentir vontade de se aninhar em seu colo para que pudesse dormir. Donnatela tinha os cabelos pretos perfeitamente arrumados em um coque firme na cabeça e sua pele negra não tinha uma ruga ou espinha sequer, e se perguntou se isso era resultado dos tratamentos caros do spa em que Donna certamente tinha cortesia.
sorriu um tanto sem graça e apertou as próprias mãos, de repente sentindo-as trêmulas.
— Ahm… Obrigada — disse com incerteza, limpando a garganta em seguida. — Eu… eu vim a convite do .
O sorriso mecânico de Donna vacilou um pouco. Suas mãos apertaram o tablet que segurava enquanto tentava arrumar sua feição de “paraíso perfeito e relaxante”.
— Ah, sim. O Sr. me informou que uma cliente especial viria hoje. Você deve ser a .
Donna estendeu o braço de forma educada e graciosa e pediu para que uma chocada a seguisse até o balcão da recepção.
— Espera, então realmente trabalha aqui? Ele é massagista mesmo?
Donna parou de digitar em seu computador e a olhou em dúvida, mas sem desfazer sua face impecável. Ela deu uma risadinha um tanto forçada e voltou a teclar.
— Não só é um excelente massagista como um gerente melhor ainda. Da parte do spa, é claro. Até ofereceram o cargo de gerente geral para ele, mas dessa forma ele não poderia fazer o que mais ama: as massagens.
não devia estar conseguindo disfarçar a surpresa muito bem, pois Donna a olhou com certa preocupação e parecia mais cautelosa quando continuou a falar:
— É claro que ele só atende clientes especiais hoje em dia. Você deve ser uma muito especial para ele ter reservado uma hora inteira com você, Srta. .
— U-uma hora? — engasgou-se , arregalando os olhos. Sua breve experiência com massagens a fez saber que, em média, duravam no máximo vinte minutos.
— Exato — Donna confirmou com um toque de desagrado em sua voz. — O que a senhorita é dele?
travou, sem saber o que responder. O que ela deveria dizer? Uma amiga? Ficante? Uma garota que ele conheceu em um aplicativo de paquera há algumas semanas e que fugiu dele até ele fazer a oferta irresistível de uma massagem grátis naquele spa maravilhoso? A última alternativa era a verdadeira, contudo, a mais vergonhosa e ela duvidava que ele aprovaria tal resposta.
Quando ela abriu a boca para dizer que era uma conhecida, uma voz masculina atrás dela a impediu.
— Como eu já havia te dito, Donnatela, ela é filha de uma amiga da minha mãe.
se virou cautelosa e prendeu a respiração. era alguns centímetros mais alto que ela, seus músculos estavam saltados pois ele estava com os braços cruzados. Seu cabelo era tão impecável quanto nas fotos que ela havia visto, e o sorriso lindo e largo de fizeram o coração dela acelerar mais do que devia. O uniforme cor de carmim servia perfeitamente ao corpo definido do homem, moldando-se aos músculos e curvas perfeitas que faziam os olhos de querem passear por eles o dia inteiro, e as mãos coçarem em vontade de tocá-lo.
a olhou dos pés à cabeça, avaliando cada detalhe e parecendo gostar do que estava vendo, o que fez as pernas dela tremerem. Ela sentiu que desmaiaria.
Por dentro, estava tão nervoso quanto . Ele estava com os braços cruzados, mas as unhas estavam cravadas em sua própria pele. Se ela pudesse ouvir ou sentir as batidas aceleradas do coração dele, seria vergonhoso. Mas não conseguia afastar os olhos dela. As fotos de não faziam jus ao quão incrivelmente linda ela era pessoalmente, linda a ponto de ele se esquecer como que respirava direito. Tentando disfarçar o quão desconcertado ele estava, pigarreou e passou a mão distraidamente pelo cabelo.
— Oi, .
— ela estendeu a mão, sem saber bem porque estava fazendo aquilo. Ele riu e a apertou, tentando disfarçar a surpresa com o que sentiu.
também pareceu sentir já que soltou sua mão ligeiramente e a encarou com surpresa, mexendo seus dedos e tentando entender de onde viera aquele choque elétrico que ambos sentiram. colocou as mãos para trás, seu rosto queimando de vergonha.
— Vamos? — ele disse, indicando em direção a um dos diversos corredores.
Ainda um pouco atônita, agradeceu Donna e seguiu em frente com logo atrás de si depois de também agradecer a recepcionista. Enquanto caminhavam, tomou todo o cuidado para que não tocasse nela de novo, seja por respeito ou por medo de sentir aquele choque novamente. Também havia a promessa que ele fez e pretendia cumpri-la para provar a que era um homem que merecia sua confiança.
— Estou feliz que você veio — falou de repente, se inclinando um pouco na direção dela e a pegando de surpresa. não ousou olhar para ele, sabendo o quão próximo ele deveria estar. — Acredita em mim agora?
— Você ainda pode ser um serial killer — ela respondeu, tentando ignorar a palpitação em seu peito. riu e balançou a cabeça em negação, se afastando dela.
, por sua vez, só conseguia se concentrar no tanto de portas que haviam no corredor que ele a guiou. De um lado estava uma escadaria com uma placa que indicava “Piscinas Privativas” com informações dos horários de funcionamento e como fazer a reserva. O resto do corredor estava preenchido com portas com mais placas: Sauna 1, Sauna 2, Hidromassagem 1, Hidromassagem 2. Então, eles passaram reto pelas portas Massagem 1 e 2 e só pararam quando estavam de frente para uma porta dupla no final do corredor em que a placa indicava “Massagem - VIP’s e Cliente Premium”.
abriu a boca para comentar algo sobre não achar que era o lugar certo, mas piscou para ela e abriu as portas de forma teatral. A mulher deu um passo para frente, estava tão admirada com o lugar que até esqueceu o que ia falar. A sala possuía duas janelas enormes, que iam do chão ao teto e pegavam toda a extensão das duas paredes em que estavam, cobertas apenas por cortinas finas em um tom escuro de verde. Plantas altas decoravam a sala que, diferente do saguão, não tocava música alguma. Tudo parecia ser feito de bambu ou madeira clara, os detalhes menores eram verdes, pretos, brancos ou dourados. Os únicos móveis da sala eram um armário horizontal com velas, toalhas e recipientes em cima, uma maca de massagem no centro, vasos de planta e uma banheira redonda de madeira do outro lado da sala, coberto por pétalas de rosa branca.
Pela primeira vez em muito tempo, estava sem palavras. O espaço era magnífico, chique e muito melhor do que ela já havia imaginado nas muitas vezes que passou em frente a fachada.
Ao seu lado, observava o brilho no olhar da garota com grande satisfação. Após fechar a porta dupla, ele se aproximou dela por trás e tocou seus ombros. Não era sua intenção assustá-la, mas ela deu um pulo e olhou para ele com desconfiança. Imediatamente, levantou as mãos como se estivesse se rendendo.
— Só ia tirar seu casaco.
assentiu e o deixou ajudá-la. O leve toque dos dedos dele em seus ombros e passando levemente por seu pescoço fizeram um arrepio atingir seu corpo inteiro. Por sorte, ele não pareceu perceber.
— Ali tem um banheiro onde você pode tirar sua roupa — falou casualmente enquanto pendurava o casaco em um gancho ao lado da porta. ergueu uma sobrancelha para ele. — Tem um roupão lá dentro, . E você pode ficar com suas roupas íntimas.
Envergonhada, concordou e seguiu para a porta indicada pelo homem. Ela não tinha muita experiência com spas e suas experiências com encontros haviam ficado há muito tempo fechadas em uma gaveta durante os três anos de namoro sério que acabara alguns meses antes. O longo tempo com uma única pessoa a deixou enferrujada, desacostumada a flertar e ligeiramente arisca e desconfiada. foi o primeiro match dela e, se ela fosse sincera com ela mesma, fez com que todas as outras combinações fossem sem graças demais para que perdesse seu tempo conversando com eles.
Por mais estranho que estivesse sendo o primeiro encontro pessoalmente, as conversas deles no online pareciam durar uma eternidade. Falavam sobre tudo e sobre nada ao mesmo tempo, durante todo o tempo que tivessem disponível. Então aquela sessão de massagem era um território desconhecido para e ela não estava gostando de como estava lidando com aquilo.
Depois de colocar o roupão macio, ela saiu do banheiro e encontrou concentrado em algo que mexia em cima do armário. Ele estava de costas para ela, então foi possível perceber seus músculos tensos embaixo do tecido do uniforme. engoliu em seco.
— Então… — ela começou, se aproximando da maca. apenas olhou pelo ombro por um breve segundo, constatando que ela estava de volta. — Gerente, hein?
riu, assentindo antes de se virar. O momento pareceu ensaiado; quando o massagista a olhou, tirou o roupão, pronta para se deitar. Por um instante um tanto demorado, ele a avaliou dos pés à cabeça, descaradamente boquiaberto. usava um conjunto de lingerie branca e rendada, usado pela primeira vez naquele dia. não sabia se aquilo havia sido proposital, mas era difícil acreditar que não havia planejado usar aquilo vendo o quão transparente a renda era. Era possível ver os bicos dos seios fartos da garota, pareciam duros e ansiosos para serem envolvidos pelas mãos do massagista. Mãos essas que quase vacilaram, o que não seria interessante, já que em uma delas ele segurava uma toalha dobrada e, na outra, uma tigela de bambu com óleo de coco dentro, previamente aquecido. sentiu o corpo e as bochechas queimarem, mas não podia negar que gostou do brilho luxurioso nos olhos dele. Ela sorriu de lado, levantando as sobrancelhas. só saiu do transe quando encarou a feição da garota.
— É, eu sou o gerente… Mas apenas da parte do spa, tem outro gerente para o hotel e a gerente geral que junta os dois.
Ele fez um gesto com as mãos, como se juntasse o óleo à toalha, um sendo o spa e o outro o hotel. maneou a cabeça.
— Não acha que isso também deveria ter sido mencionado? Quero dizer… Você nem ao menos tinha me contado que era massagista.
suspirou, concordando e se aproximando um passo.
— Você tem razão. É só que… — ele deu de ombros, tentando não olhar para o corpo dela para conseguir raciocinar melhor. — Toda vez que eu falava com outras pessoas e mencionava na conversa que era gerente de um spa, isso se tornava a única coisa em que falavam. Perdiam totalmente o interesse no . Ficavam me pedindo descontos, massagem grátis…
— Então você trouxe outras pessoas aqui? — perguntou, abraçando seus braços e sentindo-se um pouco menos à vontade.
Os olhos de encontraram os dela.
— Não! — ele garantiu. — Você é a primeira. E única.
— E o que me faz ser diferente dos outros? Afinal, estou aqui unicamente pela massagem grátis, assim como eles.
deu um sorriso ladino.
— Está me dizendo que veio pela massagem e não por mim?
engoliu em seco ao ver a faísca nos olhos do homem na sua frente que aproveitou a deixa para dar mais um passo na direção dela, olhando-a de cima, já que era alguns centímetros mais alto.
Ela estaria mentindo, e muito, se falasse que grande parte do interesse de ela estar ali não era , porque era, e esse interesse só aumentou quando o viu pessoalmente.
— Eu queria vir aqui há muito tempo, só aproveitei seu convite como uma desculpa.
— Aham, sei — retrucou com um sorriso ladino, colocando os itens que segurava em um móvel ao lado da maca e, em seguida, enfiando as duas mãos nos bolsos da calça. — Não tem nada a ver com querer me encontrar, ?
— Nadinha.
— Bom, então se preferir, posso chamar outro massagista…
— Não! — apressou-se em dizer quando ameaçou se afastar. — Já estamos aqui, não estamos? E eu te conheço, então… me sinto mais…
Ela ficou procurando a palavra certa para dizer quando ele respondeu com o sorriso ainda mais maroto.
— Íntima?
— Eu ia dizer confortável.
deu de ombros.
— Também serve.
Então, ele pediu para que ela se deitasse de bruços, ainda mantendo as mãos bem seguras dentro de seu bolso. Para poderia significar descontração ou até que ele não se importasse tanto assim com sua presença. Mas a realidade era que estava tentando ter certo controle e não colocar suas mãos nela antes do necessário, por mais convidativo que o corpo de fosse. Ele sabia que precisava de muito autocontrole para não ultrapassar limites com ela naquela sala, por mais que quisesse, por muitos motivos. Aquele era o primeiro encontro deles; eles estavam em seu local de trabalho, por mais romântico e sexy que um spa fosse. Além disso, parecia estar fechada e arisca e ele não conseguia entender o porquê.
No caso de , o motivo de ela estar agindo assim era o mesmo de manter as mãos firmes no bolso: autocontrole. Enquanto se ajeitava, ela soltou o ar, tendo dificuldade de respirar desde o segundo em que viu parado na sua frente com o sorriso mais perfeito que ela já havia recebido na vida. Tentou relaxar o máximo possível, deixando os braços estendidos ao lado do corpo e a cabeça virada para o lado contrário de onde estava. Para onde olhava havia um espelho com uma forma geométrica aleatória, arredondada, e que lhe dava uma ótima visão do que fazia. Sabendo disso, ele a olhou pelo reflexo enquanto esfregava suas mãos na intenção de esquentá-las. Sorriu ao ver que as bochechas dela coraram.
— Respondendo à sua pergunta… Você estava relutante en aceitar meus convites, mesmo depois de eu oferecer uma massagem grátis. Mesmo agora, fazendo essas perguntas, toda desconfiada… enfim, é isso que te faz diferente dos outros. Você pode negar o quanto quiser, eu sei que veio também para me ver.
— Se é isso que quer acreditar, Sr. Gerente…
revirou os olhos, tentando não rir. Então, ele se aproximou mais e suas mãos foram em direção às costas da garota, parando a alguns centímetros de distância. Torcia para não perceber o quão acelerado seu coração estava e se segurava para não olhar um pouco mais para o lado, onde uma certa parte muito convidativa do corpo dela estava ali, exposta.
— Posso abrir seu sutiã?
foi pega totalmente de surpresa pela pergunta, tanto que ela nem ao menos sabia se respondia sim ou não. Vendo a hesitação dela, completou:
— Não precisa tirá-lo, é só para poder espalhar o óleo e fazer a massagem de forma mais adequada.
— Claro, faça o que for necessário — respondeu por fim, fechando os olhos e tentando não pensar no fato de que as mãos dele iriam tocá-la à qualquer segundo.
respirou fundo e, com apenas uma mão, soltou o fecho da lingerie com uma facilidade impressionante. arfou em surpresa, olhando para o reflexo no espelho e vendo que teve a decência de parecer envergonhado. Pegando a toalha que segurava antes, ele a posicionou abaixo da cintura de , exatamente em cima de sua bunda. Ela se remexeu um pouco para se ajeitar de forma mais confortável, tirando o ar do garoto por um instante. Então ele pegou o óleo, voltando-se ao corpo perfeito de . Ele despejou uma quantidade pequena por toda a extensão da coluna dela, deixando cair um pouco mais na região dos ombros. soltou um resmungo de aprovação.
— Pensei que estaria gelado.
— A gente aquece o óleo para ficar mais confortável. A sensação gelada pode fazer o cliente se sobressaltar e acelerar os batimentos cardíacos, isso não seria bom para o relaxamento, não é?
achou a forma profissional como falava a coisa mais sexy que ela já ouvira em anos. E se a intenção dele era não acelerar seus batimentos cardíacos, ele havia falhado na missão. Entretanto, não teve a chance nem ao menos de concordar quando, finalmente, as mãos de encontraram suas costas, lhe causando um arrepio instantâneo. sorriu para si mesmo, sempre amava causar aquela reação nos cliente, principalmente quando a cliente era aquela mulher.
O toque de era firme, quente e extremamente gostoso. Ele deslizava suas mãos grandes com facilidade, dos ombros à cintura, apertando-a nos pontos certos e tirando a tensão de seu corpo como ele prometera. posicionou seus braços embaixo da própria cabeça, segurando o encosto com certa força. Ela se controlava para não remexer o resto do corpo e para não fazer nenhum comentário ou som constrangedor. Mas ela estava ficando cada vez mais relaxada e o toque de parecia se intensificar.
O massagista passou a se dedicar às pernas de , massageando seus pés, subindo as mãos pela batata da perna e depois pelas coxas, parando e refazendo o caminho no local exato onde terminavam as coxas dela e começavam as nádegas. Tentando não pensar no que estava entre as pernas dela, coberto apenas por uma toalha e uma calcinha rendada, apertava os dentes e torcia para que a garota não percebesse o quão trêmulo ele estava. Decidiu que aquela estava sendo uma área perigosa e, depois de massagear bem as duas pernas, voltou a se dedicar às costas dela.
O problema é que estava gostando até demais e não estava conseguindo conter o prazer dentro de si. Sentia a parte sensível entre suas coxas formigar e molhar, e tentava manter preso em sua garganta um som que ela temia deixar escapar. Contudo, quando as mãos de passaram perigosamente perto da lateral de seus seios, deixou um gemido escapar. Ela mordeu os lábios, mas estava relaxada demais e não queria que parasse.
Porra… — xingou baixinho.
— O que foi? — perguntou com a voz manhosa e abafada.
— Nada — falou entredentes. — Só está sendo difícil… muito difícil.
sorriu, ainda de olhos fechados. Lhe dava um certo prazer saber que o estava deixando um pouco louco. O homem, por sua vez, também fechou os olhos e virou a cabeça, tentando continuar seu trabalho da forma mais profissional possível e lutando para que não caísse em tentação. Mas a cada gemido que deixava escapar, cada vez que ela se remexia em suas mãos e elas passavam pelas curvas do corpo dela, mais difícil se tornava, até chegar ao ponto de ele levantar as mãos e se afastar, ofegante, virando de costas e apoiando-se na bancada ao lado.
levantou a cabeça, confusa e com a mente inebriada de relaxamento e prazer. Quando viu como estava ofegante, sentiu-se um pouco culpada.
?
— Desculpa. Eu não consigo, .
A garota se sentou na maca, segurando o sutiã com uma mão e olhando-o com certa preocupação e culpa. estava com as duas mãos apoiadas no móvel, a cabeça tombada para frente e a respiração acelerada.
— Eu deveria ter me controlado melhor, desculpa — comentou , ainda observando-o. Como viu que ele não iria responder, ela continuou: — , você me prometeu uma massagem.
— Também prometi que não teria segundas intenções, mas… é impossível, . Com você é simplesmente impossível. — parecia um pouco ofegante enquanto falava, seus cabelos caíam em frente aos olhos ainda fechados. — Desde o momento em que te vi no saguão, , eu soube que não conseguiria.
O ego de era um tanto sensível. Com a mesma facilidade com que diminuía, ele inflava. Ver tão sem controle e com tanto desejo fez o corpo dela esquentar e cada parte sua queimar em desejo por mais toque dele. não havia ido lá para transar com , apenas para conhecê-lo e desfrutar da massagem, afinal, ela não tinha condições alguma de negar um bom encontro e algo gratuito. Mas ali estava ela, apertando uma perna na outra, sentindo-se cada vez mais excitada e prestes a chutar o balde.
Então ela deixou seu sutiã cair e abriu bem as pernas, respirando fundo.
— ela o chamou, mas não obteve resposta ou reação. — , olhe para mim.
Com certa relutância, se virou. Seus olhos se arregalaram em surpresa e imediatamente recaíram nos seios agora expostos da garota, desceram para as pernas deliciosamente abertas e convidativas, demorando-se na calcinha rendada e fina que mostrava a parte mais deliciosa de , e, por fim, subiu para o rosto lindo e cheio de desejo dela. abriu a boca para dizer algo, mas ficou sem palavras. Não conseguia dizer para que ela se vestisse e fosse embora, pois era a última coisa que ele queria; tampouco conseguia encontrar um elogio digno à , ao seus corpo e a sua coragem. Tudo o que conseguiu gaguejar foi:
— E-eu não posso…
— Eu quero que perca o controle, . Eu quero você.
As três últimas palavras foram a chave necessária para destravá-lo.
— Ah, que se foda — ele murmurou antes de andar a passos largos até e tomar o rosto dela em suas mãos, beijando-a como se precisasse daquilo para sobreviver.
Não demorou muito para enfiar suas mãos nos cabelos macios de e aprofundar o beijo, usando sua língua para explorar a boca dele. gemeu em aprovação, agora suas mãos passeavam novamente por todo o corpo da garota, dessa vez mais livres, apertando sua cintura e puxando-a para mais perto. Ela entrelaçou suas pernas na cintura dele, impedindo-o de se afastar. Podia senti-lo duro e aquilo fez seu desejo aumentar ainda mais. , no entanto, não estava satisfeito apenas com o beijo urgente. Ele desceu seus lábios pelo pescoço de , demorando-se ali para deixar beijos, mordidas e chupar sua pele com o cuidado para não deixar marcas. Com as mãos ainda nos cabelos de , a guiou para mais baixo, e mais, até que a boca dele finalmente encontrasse seu seio esquerdo, tomando-o da forma mais gostosa possível e fazendo jogar a cabeça para trás e abrir a boca na mais sincera resposta ao prazer que sentia.
Enquanto a língua de se dedicava aos seios perfeitos de , o homem ainda passeava suas mãos pela pele quente dela, descendo-as até que sentissem o pano fino de sua calcinha. Então a olhou, sem afastar os lábios de seu seio, e pressionou seu clítoris por cima do tecido. arfou, olhando-o com surpresa, seus olhos pareciam em chamas e imploravam para que ele fosse mais além. E ele obedeceu, afastou o tecido e a encontrou pronta e molhada para ele. Assim que seus dedos a tocaram, deslizando com facilidade pelos lábios dela, fechou seus olhos e gemeu o nome dele, totalmente entregue.
— Ah, … Isso…
se afastou de seus seios e se ajoelhou em frente a . A garota o acompanhou com o olhar curioso, agora uma de suas mãos estava apoiada na maca e a outra ainda emaranhada nos cachos do homem. Ele retirou totalmente a calcinha dela e, abusando de suas habilidades com os dedos, segurou sua coxa com firmeza enquanto a outra mão massageava o clítoris dela com destreza. pedia por mais, remexendo os quadris e sendo contida apenas pela mão firme de .
— ela o chamou, ofegante. — Só temos… 40 minutos…
riu e balançou a cabeça.
— Eu sou o gerente aqui, linda. Eu dito as regras.
E com isso, sem aviso prévio e impedindo-a de retrucar, introduziu um dedo de forma lenta e torturante. soltou um palavrão um pouco alto demais.
— Shh, quietinha, princesa — pediu com um sorriso sacana no rosto. — Não quer que alguém interrompa a gente, quer?
Ele tirou o dedo e o introduziu de novo, observando se contorcer em sua mão e morder os lábios.
— Seu… filho da puta — ela sussurrou, jogando a cabeça para trás e abrindo ainda mais as pernas.
encarou aquilo como mais um convite. Dessa vez, ele introduziu mais um dedo, aprofundando-os ainda mais enquanto levava sua boca em direção à intimidade da garota. A reação de foi levar uma das mãos à boca, tentando não gritar de tanto prazer. Não apenas os dedos de eram ágeis e deliciosos, mas sua língua também fazia mágica. Ela rebolou na boca dele, seu corpo entrando em êxtase a cada toque da boca do massagista em sua região mais sensível. A língua dele fazia círculos deliciosos em seu clítoris, fazendo choques prazerosos atingirem seus nervos.
… — ela arfou, seus olhos revirando em puro prazer.
Percebendo que ela poderia chegar ao limite naquele momento, se afastou, levantando, mas sem tirar seus dedos de dentro dela. O olhar de poderia matá-lo de tão quente e frustrado por ele ter parado o que estava fazendo. Porém, para compensar, ele começou a acelerar o movimentos de seus dedos, fazendo-a se derreter novamente.
— Deita — ele mandou, sua voz mais grave e firme fez um novo arrepio percorrer o corpo da mulher.
Então ela obedeceu, sem nem ao menos reclamar quando tirou os dedos de dentro dela para permiti-la que deitasse direito. não ousou fechar as pernas, muito pelo contrário; as manteve abertas e dobrou os joelhos, desejando que estivesse entre eles. Por um breve segundo, pensou que assim seria. Porém, voltou a massagear o clítoris dela com uma das mãos, acelerando aos poucos e colocando cada vez mais pressão. levantou o quadril, tentando se aproximar mais ainda do toque do homem, mas ele a empurrou contra a cama com delicadeza e a segurou ali. Sua mão livre passeava pelo corpo da mulher, demorando-se nos seios, onde ele massageava e apertava, beliscando com carinho as aréolas excitadas.
estava quase em seu limite, mas se segurava, pois o queria dentro dela, preenchendo-a por completo. Ela levou uma mão até o volume duro na calça dele e o apertou, vendo-o grunhir com os dentes apertados. Ele segurou o pulso dela e a afastou com delicadeza, deixando-a frustrada.
— Eu quero você, .
— Calma, princesa — ele falou com um sorriso ladino e intensificando seu toque. — Primeiro, eu quero te ver gozando — ele se aproximou do ouvido dela — só com os meus dedos.
Dito isso, deslizou com facilidade dois dedos dentro de que, novamente, arqueou as costas. a provocava, entrando e saindo com lentidão, deliciando-se com os xingamentos que a garota deixava escapar baixinho e a cara de prazer que ela fazia. Então voltou a acelerar seu toque, entrando e saindo e indo cada vez mais fundo e sentindo-a o apertar por dentro, indicando que ela estava prestes a chegar ao ápice.
agarrou o lençol branco da maca, levantando o quadril involuntariamente e se deixando explodir no mais completo prazer do orgasmo. Seu corpo tremia e se contorcia antes da chegada do relaxamento completo. Sua mente ficou vazia e tudo o que ela conseguiu fazer foi ofegar e sorrir, querendo rir de tão relaxada que estava. Ela deixou a cabeça tombar para o lado e, ainda com os olhos fechados, se deixou descansar por completo, sentindo os últimos espasmos de seu orgasmo. Só percebeu que havia se afastado quando ele voltou segundos depois e subiu em cima dela, tomando cuidado para não colocar seu peso nela, e começou a beijar seu pescoço, subindo os mesmos até seu ouvido.
— Não acabei com você ainda — ele sussurrou, dando um beijo em sua mandíbula e fazendo o corpo de acordar novamente.
a beijou com calma, diferente do primeiro beijo que deram, mas que, ainda assim, deixou ambos excitados novamente. Ela levou as mãos até ele na intenção de finalmente se livrar do uniforme, mas o que encontrou foi a pele quente dele. já havia se despido e quando tocou seu membro, o encontrou duro e preparado para ela com uma camisinha fina e lubrificada. Ela deslizou a mão pela extensão grossa e firme de , ouvindo-o arfar em seu ouvido. Sua outra mão foi para as costas dele, arranhando-o de leve e sentindo os músculos tensos e definidos. Os braços de , que o faziam não deixar seu peso cair em , estremeceram. A reação fez a garota sorrir.
— Não me provoca, .
— Você me provocou — ela retrucou, intensificando os movimentos de sua mão, vendo-o afundar o rosto em seu pescoço e seu gemido sair abafado. — Agora é a minha vez.
Ela acelerou os movimentos, depois entrelaçou suas pernas em volta da cintura dele e puxando-o para mais perto. arfou quando suas intimidades se tocaram, mas ela não o deixou introduzir. Ela rebolou embaixo dele, agora era sua boceta que o tocava. A respiração do rapaz foi ficando cada vez mais acelerada, ritmando-se com o batimento cardíaco dos dois.
— ele rosnou, uma mão indo de encontro com o pescoço dela e a segurando, sem força, apenas para manter o olhar dela fixo no seu. — Eu vou te foder tanto.
— Eu quero ver você implorando por isso — ela disse com diversão, sentindo a mão dele apertar um pouco mais.
Por favor — ele pediu entredentes quando ela rebolou mais uma vez. — Eu quero te foder. Eu preciso te foder agora, .
— Como quiser, Sr. Gerente.
Os dois suspiraram de alívio e prazer quando finalmente introduziu. Seu membro a preenchia com perfeição, tocando-a fundo e em todos os pontos sensíveis de sua intimidade. Ele estocou mais uma vez, dessa vez com mais força, fazendo um gemido um tanto alto sair dos lábios da mulher. Ele tirou a mão do pescoço dela para colocar um dedo nos lábios dela, novamente pedindo silêncio. O que ele não esperava é que a garota abrisse a boca e passasse a língua pelo dedo que a impedia de falar. Ele então a permitiu que o chupasse, e os olhos de brilharam de tesão ao ver a cena. ainda rebolava embaixo dele ao mesmo tempo que chupava seu dedo, fazendo-o imaginar como seria se fosse o seu pau ali.
Tal pensamento o fez acelerar os movimentos, estocando cada vez mais rápido e forte. Com relutância, parou o que fazia para que o mesmo pudesse se apoiar em ambos os braços. Ela foi recompensada com um beijo profundo no qual os gemidos de ambos se misturavam. cravou as unhas nas costas dele e ele a sentiu apertada em volta de seu membro, ele sabia que aquele era o momento. Palavrões saíram baixos de seus lábios direto para o ouvido dela, misturando-se com pedidos para que ela gozasse com ele e elogios sobre o quão gostosa ela era.
Tudo aquilo excitava tanto quanto qualquer outro toque. Ela o puxava para si, como se fosse possível ainda restar algum espaço entre eles. Seus corpos se chocavam em um ritmo perfeito, intenso e cada vez mais rápido. não tirava os olhos de , observando com grande prazer ela arquear as costas, a boca entreaberta deixando escapar os sons de prazer que ele não tentava mais impedir, os olhos fechados, incapazes de se manterem abertos. Mas era isso que queria.
— Abra os olhos — ele falou com autoridade, ofegante. — Quero você me olhando quando eu te fizer gozar de novo.
não ousou desobedecer e, quando abriu os olhos, viu o prazer e a luxúria brilharem no olhar do homem. A última estocada de , a que ele se permitiu gozar, também fez com que mais um orgasmo atingisse o corpo da garota. fechou os olhos e afundou novamente o rosto no pescoço de , arfando ruidosamente e finalmente deixando seu corpo pesar no da mulher. Ela não se importou. Ainda tentando recuperar o fôlego e tendo espasmos gostosos junto a , ela desejou que seus corpos pudessem se fundir e se tornar um só.
Com cuidado, já que a maca para massagem era estreita, segurou pela cintura e inverteu os lugares. Os dois riram, ainda exaustos, quando quase caíram para fora da maca. Mas se mantiveram firmes ali, com agora aconchegada no peito de e ele fazendo carinho nos cabelos e nas costas dela.
… Isso foi… — ela tentou falar, mas sua mente ainda estava nublada de prazer.
— Foi — confirmou , como se ele soubesse exatamente o que ela queria dizer.
E ele sabia, ele entendia. era humano, ele já havia ficado excitado outras vezes com outros clientes, mas sempre se controlou e foi profissional. Entretanto, não era nada como os outros. Eles tinham um histórico de conversas, sentiu atração pela pessoa que era antes de contemplar seu corpo. Vê-la pessoalmente só confirmou os sentimentos que ele estava começando a ter por ela.
E ela por ele.
Perdida em pensamentos e extremamente relaxada, desenhava um coração com sua unha, passando-a de leve na pele nua do homem, até ela sentir a mão que segurava sua cintura apertá-la. Ela abaixou os olhos e, para sua surpresa, estava ficando duro de novo.
— Céus, .
— O quê?
acompanhou o olhar dela e riu sem graça ao constatar sobre o que ela falava. Ele deu de ombros.
— Pode me culpar? — perguntou, puxando-a para mais perto e beijando seus cabelos. — Você é muito gostosa. E essa sua unha…
sorriu e levou a mão até o pescoço do massagista, arranhando-o ali. Observou com satisfação ele se arrepiar inteiro, sua respiração ficando mais pesada.
— Ainda temos alguns minutos — ele murmurou, sua mão descendo até a bunda da moça.
A garota gemeu, dessa vez de desaprovação, apesar do toque ter lhe agradado.
— Não podemos — ela falou, já se levantando da maca. Ela pegou o roupão, o sutiã e a calcinha largados no chão, ignorando o olhar frustrado de . — Já arriscamos demais, não acha?
sabia que ela estava certa, o que não o deixava com menos vontade de repetir tudo o que fizeram e mais. Mas ele se sentou, passando as mãos nos cabelos bagunçados enquanto observava se vestir. Ver aquela mulher cobrir o corpo que ele havia acabado de tocar e beijar era uma tortura, mas ele tinha que fazer o mesmo. Quando ambos estavam vestidos, entrelaçou os braços no pescoço de e o olhou de baixo, novamente reparando na significativa diferença de tamanho entre eles. deu um beijo gentil e breve nos lábios dela e sorriu.
— Quero te ver de novo — ele sussurrou, lançando um rápido olhar para o relógio na parede e voltando a encará-la.
— Como cliente? — perguntou com um sorriso travesso que o fez rir com vontade.
— Como tudo — ele respondeu antes de lhe beijar novamente, dessa vez de forma mais intensa, apesar de breve. — Amanhã, depois de amanhã… para sempre.
arregalou os olhos, surpresa com o que ouviu. Ela deu uma risada fraca e sem graça.
— Para sempre é muito tempo.
— Então, vamos começar com amanhã. Me encontre aqui às 20:30, é o horário que fechamos.
Ele a puxou para perto de novo, deixando uma trilha de beijos em seu pescoço até chegar em sua orelha, onde ele mordiscou, fazendo-a fechar os olhos, novamente derretida em seus braços.
— Teremos o spa inteiro e todo o tempo do mundo só para a gente.
gostou do que ouviu. A banheira no canto da sala, a qual não tiveram tempo para aproveitar, era muito convidativa, e a ideia de poder passar mais tempo com também. Porém, antes que pudesse responder algo, eles se assustaram com uma batida à porta.
, o cliente das 11 horas está aguardando — disse Donna com sua voz melodiosa que fez revirar os olhos. segurou a risada, achando adorável a faísca de ciúmes no ato. — Não esquece que ele é Premium.
Os dois se soltaram e foram até a porta, abrindo a mesma e se deparando com a recepcionista com cara de desconfiada. Ela cruzou os braços, aguardando uma resposta.
— Diga ao Sr. Maslow que estarei pronto para ele em 5 minutos. — Então, ele voltou a atenção para , um sorriso torto e teimoso surgindo em seus lábios. — Te vejo amanhã?
assentiu, apertando a mão dele.
— Obrigada pelo ótimo serviço — ela falou de forma casual. — E sim… nos vemos amanhã.
teve de se segurar para não pular de felicidade com a resposta, se mantendo pleno ao observá-la ir para o saguão do spa ao lado da recepcionista. ia passar reto pela recepção quando Donna a chamou, seu sorriso mecânico era ainda mais forçado.
— Então? Gostou do serviço do ? — ela perguntou, digitando algo no computador.
— Adorei — respondeu com sinceridade, tentando espiar o que a outra mulher digitava. — Pode colocar aí as cinco estrelas de pura satisfação.
— Pura satisfação, entendi — Donna respondeu com certo desgosto. — Ouvi que você vai voltar amanhã. Quer deixar o horário reservado?
ficou pensativa, tentando de fato decidir o que fazer. Por fim, ela sorriu para Donna e negou.
— Entrarei em contato diretamente com , obrigada.
Sem esperar por resposta, desfilou até a saída do spa, sentindo o fraco Sol do meio dia lhe aquecer a pele. Ela olhou para cima, um sorriso se formando nos lábios quando o seguinte pensamento lhe ocorreu: nem mesmo o Sol poderia aquecê-la como a aqueceu.


FIM.



Nota da autora: Oi, meus amores! Obrigada por terem lido essa fic, espero demais que tenham gostado! Quase nunca me aventuro nas fics originais, mas fiquei muito satisfeita com essa! ❤️ Não deixem de comentar!
Obs: lembrem-se sempre que NÃO É NÃO, sexo é apenas consensual, o resto tem outro nome. E usem camisinha!!! Não só para não engravidar, mas também para não contrair doenças sexualmente transmissíveis 🥰




Nota da beta: Não importa onde você se aventure na escrita, você consegue sempre entregar algo muito bom! Charlotte ganhou na loteria mesmo, né: um date de milhões e uma massagem de graça hahahaha agora aguardo ansiosamente a parte 2 para aproveitarmos os eventos do dia seguinte rs parabéns pela fic ❤️


Outras Fanfics:

Crepúsculo:
➽ Moon Child (Longfic - Finalizada)
➽ Moon Child: A Year Without You (Spin-off de Moon Child)

Harry Potter:
➽ 02. Like Nobody's Around (Shortfic - Finalizada)
➽ 04. just like magic (Shortfic - Finalizada)
➽ 07. Fix A Heart (Shortfic - Finalizada)
➽ 10. Sorry (Shortfic - Finalizada)
➽ 16. Wolves (Shortfic - Finalizada)
➽ Playing In The Snow (Shortfic - Finalizada)
➽ The Distraction (Shortfic - Finalizada)
➽ The Exchange Student (Longfic - Finalizada)
➽ The Forgiveness (Longfic - Em andamento)
➽ The Gift (Shortfic - Finalizada)

Harry Styles:
➽ 15 Days Of Quarantine (Longfic - Finalizada)
➽ 15 Days Of Quarantine: Madri (Longfic - Em andamento)
➽ 15 Days Of Quarantine: In The Kitchen (Spin-off de 15 Days Of Quarantine)
➽ 08. Fireside (Spin-off de 15 Days Of Quarantine - Finalizada)

Marvel:
➽ Meraki (Longfic - Em andamento)

Originais:
➽ 01. Intro (Shortfic - Finalizada)
➽ 06. no body, no crime (Shortfic - Finalizada)
➽ 08. We Are Never Ever Getting Back Together (Shortfic - Finalizada)
➽ 09. Been Like This (Shortfic - Finalizada)
➽ 09. Count On You (Shortfic - Finalizada)


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