Última atualização: 09/09/2021

Capítulo Único

Existem alguns acontecimentos que mudam o curso de tudo. Transformam o sentido das coisas. Exigem reações indesejadas.

O dia oito de outubro de foi um dia com acontecimentos assim.

É preciso entender alguns fatos antes do fatídico dia. Primeiramente, era uma aluna do primeiro ano e mal tinha completado seus quinze anos. Ela também era uma garota muito intensa e romântica. Crescera cercada de histórias de amor nos filmes e livros que tanto amava e sonhava, como sonhava, com o dia que teria a sua própria história de amor. E isso leva ao segundo fato.

era um novo aluno que entrara em sua sala naquele ano. A amizade dos dois foi imediata e, depois disso, começou a perceber uma ansiedade sempre que se aproximava dele. Tinha essa vontade louca de sempre ficar perto para ouvir alguma de suas piadas ruins ou ver suas caretas nas aulas de física. Sorria sempre que estava perto dele. Não teve como negar que gostava dele no dia em que sentira ciúmes de uma piada interna entre ele e sua amiga Tati. talvez fosse maluca, mas não cega.

E talvez tudo parasse aí, até porque preferia uma friendzone de do que acabar se confessando e perdendo aquela amizade que se agregara tão bem à sua vida. Porém, ela recebera sinais de que o menino poderia sentir o mesmo.

Primeiro, no dia cinco de maio (ela anotara em seu diário), ela estava comendo um delicioso sorvete de baunilha (que gerara piadas dele, já que ele não conseguia entender como, entre tantos sabores, ela preferia o mais sem graça), quando exclamou:

– Isso é a coisa mais maravilhosa do mundo!

E, depois de um olhar muito intenso (pelo menos para um adolescente), replicou:

– Eu discordo.

Claramente, os dois trataram como uma piada.

Depois, na festinha de aniversário da irmã mais nova de , em que Tati e estavam presentes, dissera:

– Hmmm, beijinho de coco! Aqui, gente, levem um pouco pra casa antes que minhas tias velhas assaltem a mesa do bolo e levem tudo.

– Acho que eu preferia outro beijinho. – O menino respondeu, fazendo Tati olhar para , agitada com o que ela achava ser um clima. Com medo de estar enganada, no entanto, só riu da colocação, guardando vários docinhos para os amigos.

E a terceira vez, uma semana antes do dia fatídico, fizera ficar horas narrando tudo em seu diário e confusa sobre o que fazer. , que faria seus dezesseis anos no dia oito, o mesmo do acontecimento, estava planejando sua festa. Thales, um colega, lhe perguntou o que ele queria de presente:

– Pô, cara, bem que você podia ver com seu tio se ele ainda faz promoções de blusa de time, né? As novas edições das blusas do Flamengo tão bala.

– Vai ganhar é blusa do Atlético, isso sim!

– E o que eu te dou, ? – Tati perguntou, curiosa.

– Hm, será que tia Josi não faz aquele bolo de morango delicioso que eu comi na sua casa?

– Pode deixar, minha mãe vai adorar fazer. – Tati riu.

– E eu? Vou no shopping amanhã, tenho que saber o que eu compro. – disse, já pegando seu caderninho para não deixar nada passar.

Porém, a puxou pela mão até que ela estivesse bem perto dele e sussurrou em seu ouvido, deixando-a arrepiada.

– Mas meu presente já é você.

ficou a noite inteira surtando. E o dia seguinte também.

Claro que comprou um novo fone de ouvido para o menino, que vivia reclamando que o seu quebrara. Mas aquilo a deixou mais pensativa do que nunca.

E por isso, ali, no dia oito de outubro, quando estava completando seus dezesseis anos, decidiu se declarar para ele.

Ela estava tão nervosa, mas ansiosa também! Imaginara mil possibilidades do decorrer da conversa durante aquela última semana.

Quando alcançou a sala, no entanto, ouviu a risada dele vindo de dentro do local e percebeu que ele não estava sozinho. Reconheceu a voz de Thales e de algum outro menino da sala. Encostou na parede, ainda do lado de fora, e decidiu esperá-lo para falar tudo o que sentia a sós. Não tinha a menor intenção de ouvir o que diriam a seguir, mas ela ouviu. E fez toda a diferença.

– É, mano, dezesseis já! Vai comemorar com alguma gatinha especial ou vai passar a noite livre para todas? Recomendo a última opção. – reconheceu a voz de Gustavo, mas aquilo não importava. Não como aquela pergunta.

– Ah, mané, até parece que você não sabe que ele tá gamadasso na ! Embora ele pudesse conseguir coisa melhor. – Thales replicou.

não sabia se ficava feliz ou irritada. Então ela não imaginou aquilo? Os outros também viam que ele estava a fim dela?

Mas que droga de coisa melhor é essa, Thales?!

O coração de agora quase saía pela boca de tanta ansiedade. Naquele momento, percebeu melhor depois, já anotando em seu diário, sentiu que o tempo havia parado e tudo estava confuso. Talvez estivesse observando tudo de fora, porque não sabia como tinha reagido ao que viera a seguir.

– Que besteira, Thales! Comeu merda no café da manhã? A é minha amiga, seria nojento ficar com ela. Tipo beijar irmã, tá ligado?

sentiu a pancada no coração. Sentiu uma dor esquisita. Mas, logo depois, ficou anestesiada.

Os detalhes a seguir eram meio confusos. Por algum motivo, não chorou. Na verdade, depois de uns minutos, ela entrou naturalmente na sala, entregou o presente para e depois passou a aula toda fingindo se concentrar. Quando voltou para casa, depois de se despedir dele falando que mais tarde se veriam, deu uma desculpa qualquer para Tati, falando que ia faltar o aniversário do amigo. Apenas dias depois ela explicaria tudo com calma.

só chorou mesmo quando começou a anotar tudo em seu diário. Ao relembrar cada detalhe, a dor foi lhe atingindo mais forte, por mais que percebesse que a culpa era somente sua de enxergar sentimento onde não tinha nada. Desolada, ligou o radinho que tinha no seu quarto e deixou uma música qualquer lhe envolver.

Porém, a música que estava tocando no rádio a envolveu mais do que ela esperava. Colocando todos os anos de cursinho de inglês em prática, começou a traduzir mentalmente cada pedaço da letra que ela ouvia. Ao final, quando terminou de tocar, escutou o locutor:

– Você está escutando How To Be A Heartbreaker da Marina and The Diamonds! Agora, vamos para um rápido intervalo…

desligou o aparelho e correu para o computador. Depois do que pareceu um século, a máquina ligou e ela conseguiu jogar no site de busca a tal música que acabara de escutar. Analisou no site de letras o significado daqueles versos até decorá-los o melhor que pôde. Mas, não confiando em sua memória, anotou aquele passo a passo que parecia a solução para nunca mais ter um coração partido.

Depois de baixar a música no 4Shared e colocá-la em looping no mp3, deitou, os olhos já sem lágrimas de tanto chorar, e continuou a escrever no seu diário aquele trecho que tanto a marcara:

Girls, we do, whatever it will take

Garotas, nós fazemos, o que é que for preciso

‘Cause girls don’t want, we don’t want our hearts to break in two

Porque garotas não querem, não queremos que nosso coração se parta em dois

So it’s better to be fake, can’t risk losing

Então é melhor ser falsa, não podemos arriscar perder

In love again, babe

No amor de novo, babe


💔


8 anos depois...

estava na porta da casa noturna com Tati e Dani e nada, absolutamente nada naquele dia podia tirar o sorriso colado em seu rosto. Acabara de receber nota 10 em sua monografia de jornalismo e estava formada, só precisava do diploma para tornar tudo oficial. Mas hoje, naquele dia, ela só iria comemorar e botar em dia todas as besteiras que poderia fazer, agora que não precisava mais estudar como uma louca.

Pela primeira vez em meses, havia recuperado sua animação e a aparência havia melhorado. Ajudava ter a pressão fora de suas costas, assim como a maquiagem recém feita, o vestido preto justo e os saltos, sem contar que, pela primeira vez naquela semana, conseguira tempo para ajeitar seus cachos com cuidado. Em resumo, ela estava feliz, gostosa e pronta para uma noite incrível.

Acompanhada de suas quatro regras, obviamente.

Acontece que, como toda adolescente, após mudar de escola, se tocou que aquilo tudo fora apenas um crush bobo e pôde superá-lo, mas guardou consigo para sempre a dor de uma primeira desilusão amorosa. Por isso, sempre agia de acordo com as regras que aquela música, há tantos anos, inspirara:

1- Se divertir e, logo após, fugir antes que te deixem;
2- Não se apegar;
3- Não demonstrar seus sentimentos;
4- Deixá-los sempre querendo mais;


Aquelas regras fizeram com que os últimos oito anos de sua vida estivessem repletos de diversão e nunca decepção. Por isso que, assim que as três amigas entraram na festança, envolvida pela música sensual que estava tocando e com sua autoconfiança renovada da noite, já investiu no primeiro homem bonito com quem trocara olhares. Afinal, a noite era curta e os homens eram muitos.

Rule number one... – A garota cantarolou, colocando em ação sua personalidade falsa feita para encantar enquanto investia em um rebolado de quadril até alcançar seu primeiro alvo.
Vinte minutos depois, voltou com o número do argentino Gian e o gosto fraco de sua bebida doce na boca. Encontrou suas amigas na pista de dança.

– Olha se não é nossa gênia! – Dani gritou, já levemente alterada.

– Vem cá, minha nota 10, dança com a gente! – Tati exclamou em seguida.

riu e não pôde deixar de aceitar o pedido, rindo de suas amigas e se divertindo ao colocar toda aquela energia para fora, dançando e berrando os versos de cada música que conhecia. Aquela noite mal começara e já estava valendo muito a pena.

Estava tão distraída que nem percebera a mulher que se aproximara dançando bem pertinho de Dani, mas também não foi surpresa que ambas acabaram envolvidas em um beijo bem intenso.

– Essa aí só perde para você em questão de tempo. – Tati riu, fazendo revirar os olhos, brincalhona. – Não vou ficar pra trás. Tem um gatinho no bar que já trocou uns três olhares comigo.

– Não acredito que vou ficar de vela! – reclamou.

– Como se fosse ficar mesmo, né? Continua dançando que eu dou dois minutos, no máximo, para te aparecer companhia, heartbreaker. – Tati disse, usando o apelido brincalhão que ganhara por suas regras, antes de mandar um beijinho e desaparecer na multidão.

ficou feliz pelas amigas. As três estavam se divertindo e isso enchia seu coração de alegria. Se ainda tivesse seu antigo diário, aquele que a fizera perceber sua paixão pela escrita, com certeza escreveria sobre um dia incrível como aquele para marcá-lo para sempre nas páginas queridas. Mas, hoje em dia, a tecnologia era seu novo diário, por isso ela pegou o celular para tirar uma selfie, queria marcar aquele dia para sempre, pelo menos nas suas postagens arquivadas. Logo em seguida, voltou a dançar, ainda mais confiante depois de perceber como estava linda pela câmera.

Não pôde deixar de perceber que Tati estava certa, pois, no máximo dois minutos depois, sentiu um corpo quente se aproximar do seu. podia sentir o perfume masculino extremamente sensual que a pessoa exalava e, enfim, escutou a voz grave colada em seu pescoço.

– Posso dançar com você, gostosa?

Algo na forma em que aquela voz arrepiou todo o seu corpo a fez se virar para poder olhar melhor seu possível novo alvo. Porém, de repente, a magia sensual daquele momento se extinguira. Ou talvez tenha triplicado, mas ela não admitiria.

Porque ali, depois de oito anos, ele estava em sua frente.

? – Ela indagou, sem acreditar. Sim, ele estava diferente, mais alto, mais musculoso, mais adulto e, por Deus, mais gostoso. Mas havia algo naqueles olhos e naquele sorriso que o tornara irreconhecível. A puberdade havia transformado sua primeira paixão adolescente em um pedaço de mau caminho.

Um pedaço de mau caminho que agora parecia muito, muito surpreso.

?!

Seu olhar percorreu cada centímetro do corpo da mulher em sua frente, exalando surpresa e muito desejo. Quando alcançou seu rosto, ela assentiu com a cabeça, de forma a confirmar a dúvida do velho amigo.

– Caramba, quanto tempo! Quanta saudade. Você... mudou tanto. Seu – o olhar de se perdeu sem pudor no decote generoso de . – cabelo está diferente. – Ele emendou, olhando-a no rosto, levemente constrangido.

– É, eu parei de alisar, quis voltar ao natural. Completei a transição ano passado. Gostou? – Ela perguntou, tentando se fazer indiferente àqueles olhares, sem entender por que uma parte de si realmente parecia interessada naquela resposta.

Para piorar, ele sorriu. E sentiu seu coração errar uma batida com aquele velho sorriso.

– Gostei. Muito.

queria se trucidar. Por que ela estava reagindo feito uma adolescente idiota? Provavelmente, sua mente havia idealizado um romance com aquele garoto por tempo demais e por isso estava fraca. Seria preciso só conversar com ele rapidamente para que todo o seu corpo processasse que ele era um qualquer.

E foi apenas por isso que ela puxou assunto.

– E como você tá? Achei que não estivesse mais morando na cidade.

- Pois é! É a primeira vez que eu volto desde que eu me mudei antes do segundo ano. Fazem o quê? Sete, oito anos? Mal estudamos um ano juntos! – Ele exclamou como se estivesse chateado com aquilo e ela se deixou convencer.

– Pois é. Mas o que te traz de volta?

– Ah, faz anos que eu quero voltar. Deixei tanta coisa para trás... – E, naquele momento, com ele a olhando daquele jeito, sentiu como se se referisse unicamente à ela.

"A é minha amiga, seria nojento ficar com ela."

relembrou aquelas doloridas palavras de tantos anos, tentando colocar senso em si mesma. Depois de anos aprendendo a não se envolver, se deixaria levar pelo primeiro cara que partira seu coração? Não, aquilo era ridículo. Ela não deixaria aquilo se repetir. Retomou todas as regras em sua cabeça: não se apegar, não demonstrar. Ela estava fazendo tudo errado, mas tinha que colocar senso em sua cabeça.

– Olha, eu preciso ir. – disse, rapidamente, começando a se afastar. Tinha que pensar em uma desculpa. – Prometi a minha amiga que ia encontrá-la no banheiro e...

Porém, antes que pudesse ir muito longe, ela sentiu uma mão em sua cintura, puxando-a para perto. O olhar intenso de fez sua barriga se agitar, como se ela estivesse presa em seus malditos quinze anos novamente.

, não vai... – Sua voz pidona derreteu completamente o coração da mulher. – Eu não quero te incomodar, mas senti tanto a sua falta... E não adianta mentir, você já estava se afastando de mim no final do nosso primeiro ano, mesmo antes de eu ir embora. Depois se afastou ainda mais quando eu me mudei... Achei que fosse a distância, mas agora você está fugindo de mim de novo.

– Eu não estou fugindo. – mentiu, mas a voz saiu fraca, sentindo que poderia perder a razão a qualquer segundo com seus corpos tão juntos. Ele era tão quente e, ao mesmo tempo, lhe passava uma sensação de conforto sem igual. Por Deus, será que ela nunca teria superado aquela paixão adolescente idiota?

– Se não tá fugindo, então conversa comigo. – implorou. – O que fez você se afastar, há tanto tempo?

poderia confessar a qualquer segundo, se ele continuasse abraçando-a daquele jeito.

... Você tá muito perto... – Ela disse, tentando se afastar. Ele deixou.

– Desculpa, é difícil te ter perto de novo e não querer ficar junto de você. – Ele replicou, agora mais alto para competir com a música ambiente. – Me responde, , por favor.

, deixa o passado no passado. Foi uma coisa boba, ok?

– Eu não consigo deixar tudo para trás porque eu acho que sei a razão de tudo isso. A culpa é minha, não? – perguntou, sua voz dolorida.

estava extremamente surpresa. Então ele sabia? Será que deduzira que ela o escutara naquele dia? Envergonhada demais, ela apenas confirmou com a cabeça, se sentindo patética.

– Eu sabia... – Ele suspirou, passando a mão pelos cabelos. – Sabia que meus sentimentos tinham a assustado.

, que estava em um casulo de vergonha naquele momento, o rompeu quando ouviu aquelas palavras, sentindo-se confusa.

– Sentimentos? – Ela o questionou.

– É, eu gostava de você e você se afastou porque sabia que não sentia o mesmo por mim e não quis me magoar. – Ele disse, simplesmente. – Não foi isso?

Naquele momento, no entanto, o mundo de ganhava uma confusão de cores e sentimentos. tinha gostado... dela? Ele fora apaixonado por ela.

– Isso não faz sentido. – Ela falou, mais para si mesma. – Você disse que ficar comigo era nojento... Que eu era como uma irmã...

Agora, fora a vez de ficar confuso.

– Você? Uma irmã? – Seu rosto confuso de repente mudou de expressão. Ele parecia incrédulo. – Espera aí... Você escutou aquela minha conversa boba com o Thales e o Gustavo?

, não querendo parecer ainda mais fofoqueira e intrometida, apenas desviou o olhar. Mas, tomando coragem, decidiu tirar tudo aquilo do peito:

– Eu gostava de você, sabe? Gostava de verdade... E criei uma expectativa de que talvez você gostasse de mim também. Naquele dia... eu estava esperando perto da sala, porque... eu ia me declarar para você. Mas eu ouvi tudo aquilo e decidi que, pelo meu bem, seria melhor a gente se afastar. Eu precisava te superar.

– Eu não acredito que você ouviu aquilo! – ouvia a decepção em sua voz. É, ela também não havia gostado muito de si mesma quando bisbilhotara os três. – Eu só disse aquilo para os dois porque eu tinha medo deles te contarem algo. Porque eu queria te contar. Naquela noite, no meu aniversário... que você nunca foi.

estava surpresa. Ele não estava chateado com ela por bisbilhotar e sim porque queria que tivesse sido diferente. Aquilo não podia ser real. Ela estava sonhando? Era tudo o que sua eu adolescente sonhara. Ela tinha que estar dormindo.

– Eu não fui porque estava muito chateada. Eu... não posso acreditar... – Ela falava para si mesma, incrédula.

– Nem eu posso. Me culpei tanto tempo por ter te afastado! E aqui está você, em minha frente, dizendo que gostava de mim. E ainda mais linda... – Ele falou e sentiu aquele fogo no olhar de de volta.

O problema é que aquele encontro e aquela confissão abriram barreiras que acreditara antes estarem muito bem erguidas em seu coração. Achava que aprendera a estar imune à paixão, mas a verdade é que nunca estivera imune, apenas afastada da única pessoa que mexia verdadeiramente com ela.

A triste verdade é que uma parte de si parecia ainda estar apaixonada por aquele garoto, agora um belo homem. Mas ali estava ela, tendo uma segunda chance, frente a frente. Será que ela estaria disposta a arriscar tudo?

Ela encarou seu grande amigo, seu primeiro amor, e logo soube a resposta.

Sim, ela estava.

Mas foi uma surpresa, no entanto, que ela nem tivera tempo de tomar uma atitude, pois já a havia puxado de volta pela cintura e unido seus lábios em um beijo. Aquilo era muito mais do que ela havia idealizado. Aquilo era perfeitamente real. Havia tantos sentimentos confusos de ambas as partes naquele gesto. Desejo, saudade, surpresa, paixão, carinho... Esses eram os que sabia que sentia. E, por um milagre desconhecido, ele parecia sentir também.

O beijo se tornou cada vez mais intenso, até que ambos tiveram que se separar para recuperar o fôlego. e se encararam, sorrisos bobos e adolescentes no rosto. Havia tanto para descobrirem um do outro, tanto para compensarem e aprenderem...

Mas agora nenhum dos dois deixaria aquilo se perder.

– Acho que agora é a hora que eu te convido para sair. – Ele disse, sorrindo. O coração de errou uma batida. Ela estava louca para conhecer aquele homem que parecia ainda mais apaixonante que o adolescente que ele um dia fora.

– Acho que agora é a hora que eu aceito. – respondeu, sorrindo.

Ali, nenhuma regra seria usada. Não era um jogo, não colocaria barreiras e, pela primeira vez em oito anos, ela não quebraria um coração. Na verdade, pretendia fazer tudo ao contrário.

Não iria fugir. Iria se apegar. Iria demonstrar.

Mas talvez, só pela diversão, ela fosse deixá-lo sempre querendo mais e mais.


FIM



Nota da autora: Oi, gente linda! Apareci com fic nova hahahaha
Essa história começou em um surto quando eu vi um filme em que uma das atrizes cantou uma música que me lembrou Marina And The Diamonds. Comecei a escutar de novo na saudade e fui procurar o ficstape no FFOBS. Aí, por coincidência, descobri que essa música tava liberada e foi a primeira que eu conheci, minha favorita! Aí não teve como né? Peguei.
A parte da escrita foi tão surto quanto. Em uma noite de inspiração, escrevi ela inteira e depois só precisei revisar. Não é que eu acho que gostei? Às vezes eu olho e fico impressionada que eu que escrevi isso kkkkkkkkk enfim, mas fiquei muito soft com essa história e feliz de ter escrito ela, criei um grande carinho por esses personagens, mesmo sendo uma história tão curta e rapidinha. Espero que você também tenha gostado!
Para saber mais das minhas outras histórias, siga meu instagram @elena.n.stuff e não esqueça de comentar sobre o que achou da fic, vai me deixar muito feliz! Beijos!




Nota da beta: O JEITO QUE VOCÊ ME ILUDE COM ESSAS FICS BR É DIFERENTE HAHAHAHAHAHA
Mas eu amei tudo! Tá no sangue da nossa família (aquelas KKKKK) ser talentosa desse jeito e eu não esperava menos que uma short incrível ❤️


Outras Fanfics:

Anne With An E:
Depois De Anne (Longfic - Em andamento)

Harry Potter:
A Night To Remember - The Snake (Shortfic - Finalizada)
A Very Black Christmas (Longfic - Em andamento)
Beggin' (Longfic - Em andamento)
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Todos Os Efeitos (Que Você Tem Sobre Mim) (Shortfic - Continuação de "Todos Os Defeitos")
Trapping The Wolf (Longfic - Em andamento)
Um Motivo Para Ficar (Shortfic - Spin-off de "Magically Troubled With You")

Originais:
07. Te Assumi Pro Brasil (Shortfic - Finalizada)
Correio Do Amor (Shortfic - Finalizada)
MV: Give Me Love (Shortfic - Finalizada)


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