Última atualização: 07/11/2022

Único

Harry suspirou, cansado. Já fazia duas noites que tinham aparatado na Floresta do Deão e tudo que havia passado, desde a partida do Rony ao fracasso e quase morte no encontro com Voldemort na casa de infância de Batilda, pesava com tudo em sua mente.
A infelicidade era rotina nos dias que se passavam, Hermione, claro, culpava a horcrux.
Mas Potter sentia que o único culpado de tudo era ele.
Culpado por Voldemort está matando e caçando os bruxos por sua causa.
Culpado por envolver seus melhores amigos em uma caça ridícula sem ter nenhum plano elaborado.
Culpado por abandonar sua família.
Culpado por deixar a para trás com um alvo marcado em sua testa Namorada do Harry Potter.
O moreno sentiu seu peito aquecer, apesar do clima congelante. Pensar em era isso. Não importava o que estava passando, Darling sempre seria um raio de sol na vida de Harry Potter.
Ele fechou os olhos e deixou as lembranças assumirem sua mente.

31 de julho de 1997


A casa dos Potter estava lotada, embora o clima não fosse dos mais propícios para festa, Lílian e Tiago recusaram-se a não comemorar o aniversário dos seus filhos. Então, com a casa protegida com o feitiço Fidelius, alguns entes queridos e importantes para a família estavam lá naquele momento para festejar, mesmo em tempos difíceis.
estava sentada em uma cadeira de balanço na varanda brincando com o pedaço de bolo que estava em seu prato, enquanto olhava para os convidados conversando no jardim dos fundos.
Viu um vulto entrando rapidamente na casa. Aguardou uns poucos minutos e seguiu, sabendo exatamente quem era e para onde ele iria.
Subiu as escadas que levavam para os quartos em passos rápidos e encostou-se ao batente da porta do quarto do rapaz, que estava sentado na cama com o pomo de ouro, que o ministro o tinha entregado como parte do testamento de Dumbledore.
— Fugindo até de mim, Potter? — A questionou com um ar risonho.
Harry levantou os olhos, com um sorriso fraco.
— Sabia que você me seguiria, Darling. — Harry respondeu, aumentando o sorriso.
— Você conseguiu entender isso? — A perguntou, aproximando-se da cama e sentando ao lado do moreno. tirou os sapatos e cruzou as pernas.
— Não… — Potter respondeu, frustrado. O moreno ficou de frente para e suspirou fortemente, antes de continuar. — Se o Professor Dumbledore esperava que isso me desse qualquer tipo de força para concluir a missão, estava muito enganado. Eu não consegui nem compreender o sentido dos “presentes” que ele deixou, quanto mais fazer algo verdadeiramente útil. — O rapaz concluiu.
— Hey, Harry, eu não sei o que você vai enfrentar, mas sei de uma coisa: Dumbledore confiou em você porque sabe do que você é capaz. Da sua força, compaixão, responsabilidade e coragem. Ele pode até ter cometido alguns erros, mas com toda certeza do mundo, acreditar em você não é um deles. — Darling concluiu, aproximando-se do rosto do namorado e dando um selinho.
— Então você realmente não acha, como todos os adultos acham, que ele era louco por deixar uma missão secreta para um adolescente de 16 anos? — Potter perguntou baixinho, com o rosto quase colado.
— Claro que não. E no fundo, todos sabem disso. Tem algo por trás de toda sua história com o Voldemort. E só você vai conseguir resolver. Eu fico preocupada, claro. Porque te amar vem com esse peso, mas se tem alguém no mundo que tem o coração, coragem e estupidez no nível certo para salvar o mundo, esse alguém é você, Harry Potter. — concluiu, antes de selar os lábios com os dele.
Alguns minutos — e muitos beijos — depois, escutaram um pigarro na porta e separaram-se rapidamente.
— Oi, pombinhos, sinto muito em interromper, mas a mamãe sussurrou de forma bem ameaçadora para mim que se vocês não aparecerem nos próximos cinco minutos, ela ia informar ao pai da para dar uma procurada aqui em cima. — Samantha falou, olhando para o irmão e melhor amiga. — E como não quero ficar orfã de irmão no dia do nosso aniversário, maninho, acho melhor vocês obedecerem. — Sam piscou e saiu.
e Harry levantaram-se sorrindo, já recuperados do susto. O casal desceu as escadas e rapidamente se misturaram com os convidados, aproveitando o pouco que restava da normalidade na vida deles.

🎃 🎃 🎃 🎃 🎃 🎃



— Nossa, acho importante deixarmos registrado uma regra para eventos nesse grupo: — Samantha começou a falar, olhando para Rony, Hermione, e Harry, que estavam levantando da mesa para irem à pista de dança. Estavam no casamento de Fleur e Gui e agora começaria a dança lenta dos casais. — nada de festas em dias seguidos. — Sam concluiu.
— Então isso significa que não vamos dançar? — Cedrico, que não tinha levantado da mesa com os colegas.
— Nos seus sonhos, Diggory. Vamos logo. — Sam falou, arrastando o loiro da mesa.

Os casais dançavam no meio do salão, entre eles, e Harry.
— Tenho que aproveitar essa dança pois é a única forma de ficar tão perto de você na frente de seu pai e ele não me matar. — Potter sussurrou no ouvido de , que sorriu.
— Você é muito exagerado, Potter. Ele nunca falou algo ameaçador para você… — A respondeu.
— E precisa? Olha aquela expressão de que sumiria com meu corpo e nenhum feitiço de localização encontraria. — O moreno disse, brincando.
— Ele jamais faria isso. Imagina só, desaparecer com o Eleito. — Darling falou sorrindo.
— Falando em o Eleito. Quero te agradecer por ontem, você sempre sabe o que falar para me acalmar. — Harry disse, encostando os lábios na testa da .
— Eu estarei sempre aqui para te lembrar o que importa, Harry. — respondeu, aproximando-se mais dos braços do amado. — Isso que estamos passando não é o fim do mundo, você sabe, não é?
— Eu sei. — Harry respondeu, olhando no fundo dos olhos da namorada.
Antes de conseguirem continuar a conversa, algo prateado atravessou o toldo e a pista de dança. Uma lince prateada aterrissou no meio do salão e todos a encararam, emudecidos. De repente, a voz de Kingsley Shacklebolt soou alta e clara:
”O Ministério caiu. Scrimgeour está morto. Eles estão vindo.

Uma confusão se estabeleceu dentro da festa. Todos corriam em desespero. Alguns estavam desaparatando ali mesmo, no quintal dos Weasley, enquanto outros empunhavam suas varinhas em posição de combate. Harry e já estavam com suas varinhas em mãos quando vultos de máscara e capa começaram a surgir.
Harry olhou ao redor e viu Peter e Jane Darling dispararem em sua direção, para proteger a filha e viu do outro lado Hermione se aproximando com Rony ao seu lado. Em questão de segundos tudo aconteceu, Potter empurrou para os braços dos pais, que já estavam próximos o bastante e logo em seguida segurou o braço livre de Hermione e sua última visão foi o olhar firme de enquanto movimentava os lábios sussurrando “Eu te amo.”.

Agora


Harry estremeceu. Embora as lembranças de aquecesse sua alma, era muito doloroso estar sem ela. Sem saber se estava bem.
Mas o moreno respirou fundo e relembrou as palavras de confiança de Darling. Ela acreditava nele. E ele tinha que conseguir derrotar Voldemort. Por todo mundo bruxo, por sua familia e amigos.
Por Darling.
Harry esfregou os olhos e viu uma luz prateada aparecer logo à frente, movendo-se entre as árvores. Quando a fonte saiu de trás de uma árvore, ele conseguiu identificar sua forma. Uma corça.
Naquele momento Harry Potter sentiu algo que não sentia há tempos. Esperança.







Fim!



Nota da autora: Apareci aqui com essa oneshot do Potterverso com a Evie e o Harry <3
Faz muito tempo que não escrevo nada, então espero que gostem.
Caso essa seja a primeira fic do Potterverso que vc leu, logo abaixo tem uma listinha com várias fics dentro desse universo.
Espero que gostem!!
Malfeito feito!



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