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Última atualização: Fanfic Finalizada

 

 

Capítulo Único

‘You got that James Dean daydream look in your eye,
And I got that red lip classic thing that you like”.

A festa estava no auge: pessoas bebiam e se drogavam sem qualquer preocupação com o amanhã, alguns se escondiam pelos cantos da mansão para atividades um pouco mais íntimas enquanto outras se agarravam sem qualquer pudor à vista de todos. Era mais um encontro dos motociclistas de Riders of Hel e – como de costume – alguns possíveis novos membros usavam a oportunidade para se apresentar aos mais antigos e conseguir aliados para a votação de admissão.

Havia algo de caótico na atmosfera do lugar, mas, por baixo da superfície, todos sabiam das regras que deveriam ser seguidas e a conduta a ser mantida, ninguém se atreveria a chamar atenção de forma negativa e então enfrentar a ira dos MC’s. Em meio a esse cenário, procurava se enturmar e cair nas graças dos membros oficiais, ele já era o que chamavam de ‘prospect’ há alguns meses, e, se tudo desse certo naquele dia, logo poderia se considerar parte do bando.

Sua atitude confiante e um tanto inconsequente logo o fez ser bem-quisto pelos líderes da sede, e quando brindava mais uma dose de vodka com eles, a avistou dançando despreocupadamente do outro lado da pista. A primeira coisa que notou foram os lábios cheios evidenciados pelo batom vermelho que usava, e imediatamente ele imaginou que ela era mais uma puta viciada em adrenalina que perseguia os motociclistas por todos os cantos. Mas para sua surpresa, assim que desceu o olhar por seu corpo reparou na jaqueta de couro que vestia com o logo da organização bordado e a insígnia de prata que a destacava como um membro, o que aumentou seu interesse.

é o que se poderia chamar de imprudente, corajoso e altamente irresponsável, por isso não pensou duas vezes antes de se aproximar do bar mais próximo e pegar uma garrafa de cerveja e um drink que parecia feminino o suficiente para se aproximar da garota. Assim que estava próximo, pôde notar o cheiro que ela exalava: uma mistura de maconha, lavanda e algo mais, que ele não conseguia decifrar, mas lhe dava vontade de enterrar o rosto em seu pescoço e morar ali.

- Hey! – iniciou o diálogo, oferecendo a bebida alaranjada em sua mão – Imaginei que você gostaria de se refrescar um pouco.

mordeu o lábio em curiosidade enquanto observava de cima a baixo sem o menor pudor, decidindo se havia algo de interessante no rapaz que a faria lhe dar alguma atenção. Ele tinha uma vibe James Dean que fazia seu tipo até demais, e mesmo notando que toda sua aparência evidenciava encrenca, decidiu que talvez valesse a pena por algumas horas de prazer. Com um sorriso astucioso ela estendeu a mão e pegou a cerveja na outra mão do rapaz, virando um gole antes mesmo que ele pudesse protestar.

- Valeu! – levantou a sobrancelha surpreso, mas ainda mais instigado por conhecê-la. Se aproximando um pouco mais de , sussurrou em seu ouvido.

- Eu sou . – se apresentou.
- . – ela retrucou, tomando mais um gole da cerveja em sua mão, os olhos viajando pelos bíceps bem definido de , apreciando como ele ficava sexy na camiseta branca que vestia. A tensão sexual era evidente no ar, e ele não se esforçava em disfarçar os olhos famintos que passeavam pelo corpo de com desejo evidente.

- O que acha de dar uma volta? – convidou, se aproximando um pouco mais da garota, a mão esquerda pairando por uma mecha do cabelo loiro.

Um sorriso enigmático dominou a feição de , e ela aproveitou para testar o quão tentado ele estava por tê-la, como uma leoa brincando com sua presa. Pegando a mãe desocupada de , o direcionou para sua cintura, unindo seus corpos antes de iniciar o movimento dos quadris no ritmo da música que tocava. Ele rapidamente entregou o drink parado em sua mão para uma mulher desconhecida passando por perto, antes de focar totalmente em tocá-la, deslizando os dedos pela pele macia e tentando decidir o quão ousado poderia ser em seus toques.

Enquanto era do tipo que não media esforços para conseguir o que queria, era uma estrategista nata e sempre sabia aproveitar as oportunidades que a vida ou as pessoas lhe ofereciam. De natureza livre e desapegada, era o que poderia se chamar de ‘bon-vivant’, e jamais recusava um pouco de diversão. Por isso, quando os dedos de alcançaram a barra da minissaia que usava, subindo os dedos lentamente pela região, ela resolveu dar o sinal verde e selar seus lábios superficialmente antes de responder à pergunta que havia pairado no ar minutos antes.

- Vamos. – ofereceu sua mão para o rapaz e ele a direcionou para fora da mansão, caminhando até sua moto estacionada em meio a tantas outras. terminou sua cerveja e jogou na grama antes de se sentar na garupa da moto, aproveitando para sentir os músculos de sob a camisa e sorrindo ao constatar que gostava da sensação.

iniciou a moto e seguiu confiante pela Avenida Allegheny, a moto era como uma extensão de seu corpo e ele confiava mais nela do que em suas próprias pernas para levá-lo aos lugares. Era uma viagem curta de Fairhill até Nicetown, a parte decadente da Filadélfia na qual ele conseguiu uma quitinete barata desde que chegara de Nova York, mas ele decidiu fazer uma pequena pausa em uma loja de conveniência vinte e quatro horas ao fim da avenida, achando que seria uma boa ideia testar o que levara a se tornar membro de um clube de foras da lei.

- O que acha de uma bebida grátis? - questionou assim que estacionou a moto, um pouco distante da entrada, para que não pudessem ser vistos pelas câmeras – se é que havia alguma.

entendeu imediatamente a intenção de e sorriu largamente, empolgada em mostrar seu talento. Retirando a jaqueta que vestia, arrancou também a regata branca, deixando à mostra o sutiã meia taça preto que evidenciava os seios fartos. Sendo surpreendido pela terceira vez na noite, demorou para entender o que havia por trás da ação dela, até que ela colocou a jaqueta novamente e pegou um cigarro, caminhando confiante em direção à loja.

- Dizem que sou uma ótima distração. – explicou parcialmente, o levando a sorrir incrédulo seguindo sua liderança.

entrou na loja como se fosse a própria dona do lugar e parou em frente ao homem de meia-idade que “cuidava” do caixa (lê-se: jogava Candy Crush no celular), o qual imediatamente se levantou embasbacado, praticamente hipnotizado por seu corpo exposto.

- Hey, garanhão! Você teria um isqueiro para me emprestar? – pediu, mostrando o cigarro.

- Para uma princesa linda como você, é claro que sim. – respondeu, tentando parecer galanteador, e procurando pelo objeto na bancada. O barulho da entrada de na loja quase chamou sua atenção não fosse se inclinar sobre o balcão praticamente colocando os seios na cara do mais velho, o cigarro na boca tornando a cena ainda mais erótica. Se embananando com o isqueiro por alguns segundos, ele logo conseguiu acender o cigarro na boca da garota, engolindo em seco ao tentar controlar apagar a imagem mental que se formou ao reparar no batom vermelho destacando seus lábios.

- Você é meu herói. – brincou com um sorriso, soprando a fumaça na cara do homem e se afastando assim que ouviu o barulho da porta da loja se fechando, indicando que já havia saído.

Eles se encontraram em frente à moto estacionada, e foi recebida com as palmas de , a parabenizando por sua atuação impecável. Ela sorriu agradecendo antes de pegar a vodca da mão dele e tomar um gole, e ele observou como até o simples gesto a deixava ainda mais sexy, a vontade de ter aquela boca vermelha o envolvendo se tornava maior a cada segundo que passava. Assim que ela terminou de beber, um pouco da bebida escorrendo por seu queixo, a puxou para si, traçando o caminho do líquido com a língua e iniciando um beijo longo e sensual, a promessa do que estava por vir perdurando no ar.

Ambos subiram novamente na moto e revezaram a bebida pelo caminho até o prédio onde vivia. A quitinete não era de maneira alguma impressionante, apenas um sofá-cama, uma TV e um frigobar ocupavam o ambiente. não se importou, estava acostumada a se meter nos lugares mais bizarros e insalubres possíveis, além de estar instigada demais pelo rapaz para voltar atrás.

tirou a camiseta e a bota que vestia, as jogando em um canto qualquer e se juntou a no sofá, tomando mais um gole de álcool enquanto a observava tirar a jaqueta de couro e colocá-la de lado. Ela estava prestes a tirar também a bota quando ele a impediu, se ajoelhando aos seus pés.

- Deixa comigo. – pediu, retirando suas botas com calma e aproveitando para tocar a pele macia de , depositando beijos por suas pernas e coxas até chegar à barra de sua saia e olhá-la com um sorriso malicioso, seu olhar deixando evidente o que ele desejava fazer. A garota correspondeu ao sorriso e se ajeitou melhor no sofá, abrindo as pernas e permitindo que ele tivesse acesso à sua intimidade.

não precisou pensar duas vezes antes de afastar a calcinha minúscula que ela usava e passar a língua pelo local apreciando seu sabor e arrancando um suspiro de . Suas mãos foram até as coxas da garota a puxando para mais perto, encaixando os lábios no ponto exato em que ela mais necessitava, empenhado em saborear seu gozo e se esforçando para não explodir apenas com os gemidos extremamente sensuais que ela exalava.

atingiu o pico por duas vezes, e poderia ter ficado mais tempo aproveitando a língua experiente de , presa na sensação vertiginosa de prazer e bebedeira, mas ela queria retribuir o que sentia e adoraria vê-lo enlouquecer com seus lábios. Ela o afastou de si, o puxando pelos cabelos para colar seus lábios em um beijo lânguido antes de empurrá-lo sobre o sofá e escalar sobre ele, mantendo o beijo enquanto abria sua calça, se surpreendendo com o tamanho que escondia. mordeu o lábio em antecipação pelo que estava por vir, e quase fechou os olhos ao sentir os lábios de tocando sua glande, mas a vontade de gravar a visão absurdamente erótica da garota lhe chupando foi o suficiente para mantê-lo preso em cada um dos seus movimentos.

o envolvia com a maestria, alternando entre lambê-lo e chupá-lo, suas mãos explorando o que não podia tocar com a boca, o levando ao prazer máximo. Ela gostava de ouvi-lo gemer seu nome, a incentivando a continuar, e para provocá-lo ainda mais desceu os lábios para seu saco, aproveitando todas as possibilidades de levá-lo ao ápice. No entanto, quando ele percebeu que não aguentaria mais se segurar a afastou com delicadeza, beijando seus lábios e sussurrando por entre o beijo.

- Assim não, eu quero gozar dentro de você. – ela entendeu e ambos terminaram de tirar as roupas que os impediam de se tocar completamente. pegou a camisinha no bolso da sua calça jeans e a colocou a com a ajuda de , e estava prestes a posicioná-la no sofá quando ela o empurrou primeiro, se sentando em cima dele.

- Eu prefiro ficar por cima. – ela explicou enquanto seus corpos se encaixavam, se ajustando para acomodar o tamanho acima da média do rapaz. Em instantes os dois se moviam em sincronia, aproveitando para explorar os corpos um do outro com toques, beijos e mordidas. logo notou que ela era como uma gata selvagem, o arranhando e mordendo a todo instante, o que com toda certeza deixaria marcas, mas não se importava, não quando ela parecia apertá-lo e prendê-lo dentro de si de forma tão deliciosa.

Os dois permaneceram presos naquela bolha de prazer por horas, parando apenas para se recuperar bebendo mais e fumando alguns baseados. A faísca entre eles era tão intensa que mal conseguiam manter as mãos longe um do outro, e mesmo que soubessem que aquilo não seria algo duradouro não era possível dizer não à combinação perfeita que eram, e por isso passou a noite e todo o dia seguinte sem pensar nas consequências.

And I should just tell you to leave 'cause I
Know exactly where it leads, but I
Watch us go 'round and 'round each time.

’S POV

Pedi uma dose de uísque para o bartender ignorando os olhares de reprovação em minha direção, eu definitivamente não estava vestido adequadamente para um cassino elitista no bairro mais nobre da Filadélfia. Olhei ao redor tentando calcular quanto tempo levaria para achar a responsável por eu estar ali, e não demorou para encontrá-la se destacando em meio ao grupo de homens entre seus quarenta e sessenta anos parecendo flertar abertamente.

Tomei um gole da bebida servida observando com atenção enquanto ela calculadamente tocava no ombro do que parecia ser seu alvo, ocasionalmente segurando sua mão como se fosse um acidente e sorrindo como se ele fosse a melhor companhia do mundo. Contive um riso ao perceber como ele caía feito um patinho em suas investidas, mas ao mesmo tempo entendia completamente o quão difícil era rejeitar , ela era como um imã que te puxa e te prende antes que você tenha tempo de pensar a respeito.

Finalizei o uísque e pedi mais uma dose, reparando no vestido que ela usava, tão elegante que nem parecia pertencer à mesma garota que tinha uma coleção de camisetas de banda três vezes seu tamanho. Ela estava perfeitamente vestida para a ocasião e o vestido abraçava suas curvas tentadoramente, a fenda gigante na perna deixando à mostra a perna macia. Mordi meu lábio em antecipação, me lembrando da última vez que a vira, quase um ano havia se passado desde que tive a oportunidade de tocar seu corpo que deveria ter sido pessoalmente esculpido por Deus.

Pela forma como o homem ao seu lado ficava cada vez mais confiante em se aproximar e tocá-la a cada minuto era evidente que ela estava no caminho certo, e apesar de invejar a maneira como ele se aproximava e cheirava seu pescoço como se ela usasse o melhor perfume do mundo, não sentia nenhum ciúme pela cena. Esse sentimento não cabia na relação estranha que levámos e eu sabia que aquele cara não passava de mais uma vítima dos seus golpes mirabolantes.

Diferente de mim que era um viciado em adrenalina e gostava de me enfiar nas situações mais perigosas para conseguir o que queria, tinha uma abordagem mais suave e sorrateira. Depois daquela noite em que nos conhecemos, eu me tornei um membro oficial do clube e até tentamos fazer alguns trabalhos juntos. Ela tinha um dom natural para se livrar de qualquer enrascada e definitivamente havia sido extremamente útil em cada um dos roubos que fizemos, no entanto detestava o esforço físico e trabalho em equipe necessários para que tudo desse certo.

Pouco tempo depois decidi voltar para Nova York e continuar meus “trabalhos” por lá, mas ainda me mantinha relativamente informado das coisas que aconteciam por ali e – principalmente – o que acontecia com ela. ainda fazia parte do clube e se mantinha presente em todas as reuniões e eventos, ela já havia me confessado que os MC’s eram como sua família, mas após escalar o nível dos golpes que fazia e almejar alvos cada vez mais poderosos e ricos, ela estava morando em uma das áreas mais nobres da cidade e dirigia por aí com uma clássica Ferrari vermelha.

Eu estava feliz por ela, havíamos nos separado sem qualquer sentimento ruim entre nós, simplesmente buscávamos coisas diferentes e amávamos demais nossa liberdade e independência para nos aprisionar tão cedo. Ainda assim, lá estava eu novamente, como um cachorrinho que sente falta de sua dona. nunca fora atrás de mim, talvez porque não sentisse tanta saudade quanto eu, ou simplesmente não era do seu feitio correr atrás de alguém. Então era sempre eu que quebrava o jejum que nos infligíamos e a buscava para mais um round de noites regadas a sexo, bebidas e insensatez.

Estava na minha terceira dose, refletindo se deveria causar alguma cena para chamar sua atenção quando seus olhos se encontraram com os meus. Levantei meu copo com um sorriso largo em um brinde silencioso e ela simplesmente desviou o olhar fingindo não me conhecer. Franzi a sobrancelha em confusão, eu não estava preparado para sua indiferença imediata. Virei o restante da bebida em um único gole, tentando engolir a sensação estranha que se alojara em minha garganta, mas assim que levei meu olhar em sua direção novamente ela já não estava mais na mesa de apostas.

Olhei ao redor procurando pelos cabelos s na multidão e – para minha surpresa – ela passou por mim alguns segundos depois, sua postura permanecia indiferente, mas notei o movimento sutil da cabeça indicando que eu a seguisse. Suspirando aliviado, lancei uma nota de cem dólares para o bartender e caminhei na mesma direção em que ela seguia, praticamente correndo para adentrar no mesmo elevador em que ela entrara. Havia duas outras pessoas me encarando como se eu fosse um animal de circo, então permaneci distante, respeitando sua vontade de não ser vista comigo.

Ela desceu no penúltimo andar e acompanhei de perto até que ela me lançasse um olhar cheio de promessas antes de entrar no quarto em que estava hospedada. Mal tive tempo de adentrar o recinto quando senti seus lábios colidindo com os meus, suas mãos retirando minha jaqueta e a jogando no chão. O tempo pareceu congelar quando paramos o beijo para respirar e observei seus olhos intensos parecendo prestes a me despir. Dessa vez eu iniciei o ataque a puxando para mais um beijo intenso antes de me esforçar para arrancar o vestido que ela usava sem qualquer sucesso.

- Sem prática, cowboy? – ela brincou rindo da minha incapacidade, e então se afastou, indo fechar a porta que deixamos aberta.

Aguardei impaciente, um tanto incerto de qual seria o próximo passo. Na dinâmica do nosso caso estranho eu sempre a procurava, mas ela determinava como as coisas se desenrolavam. notou minha inquietação, mas apenas riu abertamente do efeito que tinha em mim, caminhando pelo quarto imenso e se servindo uma dose de vinho com toda a tranquilidade do mundo antes de tomar um gole e começar a retirar o vestido apertado que usava com mais lentidão do que eu gostaria. Mordi o lábio me aproximando do seu corpo nu e tocando seus lábios grossos antes de deslizá-los por seu maxilar e pescoço, a puxando para um novo beijo.

Se havia algo no mundo do qual eu não tinha a menor dúvida era o fato de que tinha o melhor beijo que eu já provara, e isso somado ao seu corpo escultural e a conexão surreal que tínhamos era o suficiente para me deixar louco. Eu sabia que, se existia alguém perfeito para mim no mundo, era ela. A guiei até uma penteadeira e a coloquei sobre a mesma logo depois de jogar o que quer que estivesse ali no chão. Ela arqueou a sobrancelha em falsa reprovação, mas ambos não nos importávamos de fato se algo quebrasse. Era assim sempre que estávamos juntos, qualquer juízo ou senso comum parecia ir embora quando nossos corpos entravam em combustão, e nos levava a quebrar qualquer lei ou regras sociais somente para atender nossas vontades mais profundas.

Depositei beijos por seus lábios, bochecha e pescoço, fazendo questão de deixar algumas marcas pelo caminho enquanto minhas mãos exploravam seu corpo como se fosse uma obra-prima, dando atenção especial aos seios expostos que pareciam gritar por atenção. Continuei descendo meus beijos até abocanhar seu mamilo direito e me deliciar com seu sabor enquanto a ouvia gemer da maneira mais erótica possível, meus dedos traçando um caminho certeiro do seu abdômen até o meio de suas pernas, tocando a parte sensível de sua vulva. puxou a minha camisa sem se importar em quebrar todos os botões no ato, ficando as unhas em meus ombros e arrancando de mim um gemido de dor e prazer, e eu retribuí mordendo a pele sensível dos seus seios a ouvindo gritar meu nome.

Voltei a descer meus lábios por seu corpo e me ajoelhei em sua frente, seguindo o mesmo caminho traçado por meus dedos e me deliciando com seu sabor. Ela tinha um cheiro e gosto inebriante, e eu não veria problema algum em passar a noite em devoção total a sua parte mais intima, mas a vontade de estar dentro dela era maior do que podia suportar. Introduzi dois dedos em sua vagina enquanto minha língua permanecia em seu clitóris, intensificando os movimentos para que ela ficasse pronta para mim. Como se seu corpo soubesse exatamente como reagir aos meus movimentos, logo meus dedos estavam encharcados com seu mel, e me levantei apressadamente, terminando de arrancar a camisa rasgada e retirar o restante das minhas roupas.

Nesse momento finalmente reparei no espelho enorme em frente à penteadeira e não pude deixar escapar a oportunidade de puxá-la e virá-la contra mim para que ela pudesse observar a própria fisionomia no espelho. Seus cabelos rebeldes caiam por seus ombros, sua boca estava inchada e havia sinais claros de mordidas e chupões por seu pescoço, ombros e seios. Sorri com a visão do seu corpo perfeito, e a inclinei levemente para frente de modo que pudesse penetrá-la, e ambos não conseguimos conter o gemido sôfrego que escapou ao nos unirmos enfim.

Observar suas reações no espelho tornava tudo ainda melhor, e talvez porque ambos sabíamos que não duraria e que logo estaríamos em qualquer outro lugar, distante um do outro seguindo nossas próprias vidas, tudo era mais intenso: cada toque, beijo, mordida e movimento marcava nossa vontade de deixarmos um resquício do que foi vivido, fixar a memória um do outro não somente em nossas mentes, mas também em nossos corpos.

Passamos a noite explorando cada canto daquele quarto e mesmo quando o “alvo” apareceu para exigir sua companhia, o mandou embora sem pensar duas vezes inventando uma desculpa qualquer. Ela sabia o quanto poderia lhe custar, o trabalho de meses provavelmente sendo jogado no ralo, mas naquele momento nada importava, a não ser aproveitar cada segundo.

Eu não fiquei por muito tempo, menos de uma semana não foi o suficiente para nos cansarmos um do outro, e no fundo eu sabia que uma vida inteira também não seria. A cada vez que nos permitíamos passar um dia inteiro nos intoxicando da nossa presença, tornava mais difícil ficar longe depois, e provavelmente essa era a razão pela qual dizíamos adeus cedo demais, impedindo que formássemos um para sempre. Ela me acompanhou na sua Ferrari até a saída da cidade, mesmo sem necessidade alguma. Nos beijamos por um longo tempo, o bastante para causar um aperto no peito quando precisou ser quebrado. E enquanto eu me afastava na minha indian scout , eu já sabia que eu voltaria, pois em algum momento indeterminado do futuro eu precisaria tê-la de novo.

And when we go crashing down (now we go),
we come back every time
'Cause we never go out of style, we never go out of style.

’S POV

E lá estávamos nós novamente nos enredando no nosso círculo vicioso. No entanto, ao menos o cenário era diferente, isso eu precisava admitir. estava feliz demais por ter conseguido um feito inédito roubando um dos maiores bancos de Nova York e a sua forma de celebrar era esbanjando na Filadélfia. Por isso ele fez questão de me levar a um lugar requintado demais para nosso gosto, e para o qual não nos vestíamos nem próximo do apropriado.

Era evidente que ele tentava me impressionar seguindo o que acreditava ser o tipo de mimo que estava acostumada com os coroas ricos que me bancavam, como se ele não soubesse que negócios são negócios e eu prefiro mantê-los bem separados da minha vida pessoal. Ainda assim era meio fofo ver o entusiasmo que ele estava e suas tentativas esdrúxulas de utilizar os talheres da maneira correta.

- Fiquei sabendo que você tem alguém em Nova York. – comentei enquanto terminávamos a segunda garrafa de vinho. – Você deveria tê-la trazido.

- Uh... isso quer dizer que você toparia um ménage? – zombou virando mais um gole da bebida, dessa vez direto da garrafa, chamando a atenção das pessoas ao redor, embora não poderia se importar menos com as convenções sociais.

- Mas é claro que sim! Quem recusaria uma socialite do Upper East Side? – rebati com um sorriso cínico arrancando uma gargalhada alta dele.

- A gente sai de vez em quando, mas não é nada sério. – complementou parecendo ficar mais sério repentinamente. – Ninguém é como eu e você, .

Assenti em concordância, sabendo exatamente o que ele deixava implícito em suas palavras. Ambos poderíamos ter nossos casos de uma ou mil e uma noites com estranhos completos ou parceiros ocasionais, mas nada era tão potente quanto o que tínhamos, mesmo que não houvesse um nome correto para o sentimento. Ele pegou minha mão por sobre a mesa e se inclinou para depositar um beijo sobre ela, seus olhos parecendo mais sérios do que de costume.

- Você tem um lugar reservado guardado aqui. – disse colocando a mão sobre o peito de forma tão piegas que precisei segurar a risada.

Eu jamais admitiria em voz alta, mas ele atormentava meus sonhos de maneira bem mais frequente do que eu gostaria, e na teoria éramos perfeitos um para o outro.

- E que tal me contar como você reservou uma mesa no lugar mais badalado pelos ricos da cidade? A lista de espera é de dias!

- Ai, ai, , o seu erro é me subestimar. Eu também tenho meus contatos. – disse tentando parecer enigmático, mas eu tinha total certeza de que ele simplesmente subornou a hostess.

Passamos a noite conversando sobre tudo e nada ao mesmo tempo, deixando o garçom cada vez mais irritado com nossa demora. E como punição pela maneira como havíamos sido tratados boa parte da noite, saímos correndo do restaurante sem pagar a conta, correndo até a sua moto e dando no pé antes que alguém pudesse tentar nos barrar. seguiu minhas instruções de onde ir a seguir sem pestanejar, e mesmo quando adentrávamos as partes mais perigosas da cidade ele não protestou em momento algum.

Fomos parar em um bar velho de beira de estrada com diversas mesas de sinuca, o típico bar de motociclistas, e era comandado por Nate, um amigo meu. Passamos a beber um mix de cervejas, doses de vodca e uísque que logo nos fizeram ficar um pouco “soltinhos” demais. Eu e iniciamos um jogo de sedução no qual cada movimento pretendia deixar o outro com tesão suficiente para que ele perdesse a concentração no jogo real e perdesse. Nos empolgamos tanto na brincadeira que logo minha saia estava ainda mais curta, com as barras levantadas, e meus seios se evidenciavam pelo cropped estilizado em um estilo bem “piriguete”. estava sem camisa, o abdômen definido parecendo implorar para que o tocasse.

Estávamos chamando tanta atenção dos outros presentes, de maneira positiva e negativa, que tive completa certeza de que só não fomos expulsos pela minha amizade com Nate. O problema de iniciar esses tipos de jogos com é que ambos somos igualmente incapazes de manter nossas mãos distantes um do outro, e por isso que em menos de uma hora depois eu estava sentada sobre a mesa de sinuca com entre minhas pernas me beijando como se fosse a coisa mais necessária do mundo. Não nos importávamos com o local ser público, presos em nossa redoma repleta de tensão implorando para ser expelida.

Seguimos madrugada adentro entre beijos, lambidas, mordidas e todo tipo de demonstração pública de afeto que não envolvesse tirar nossas roupas. Assim que saímos do bar, por volta de três horas da manhã, estávamos tão excitados que demos uma escapadela para um dos becos que cerceava o bar e transamos ali mesmo, envolvidos demais em nossa loucura para nos preocupar com a plateia que poderia se formar eventualmente.

Naquela madrugada ele foi para o meu apartamento, e caímos desmaiados de cansaço em minha cama, nos aconchegamos no abraço um do outro e eu tive o melhor sono em meses. transmitia um calor e segurança que automaticamente me transportavam para sonhos tranquilos e noites bem dormidas. Eu tinha certeza de que tinha esse efeito nele também, a possibilidade de descanso verdadeiro em meio ao caos que era nossa vida.

Dessa vez ele ficou mais tempo do que o costume, quase um mês praticamente, morando em meu apartamento. Nossa rotina era gostosa e tranquila como se tivéssemos sido preparados para isso, entendíamos um ao outro sem grandes problemas e não havia medo em falar o que quer que fosse. Eu poderia me acostumar com aquilo, certamente já estava me acostumando, mas eu sabia que logo tudo iria à ruína e ficaríamos distantes novamente. Parte de mim pensava que deveria pôr um ponto final na relação e seguir novos caminhos, mas outra ainda mais forte sabia que o que tínhamos não tinha fim. E foi essa voz que decidi abraçar enquanto me deitava em seus braços novamente, mergulhando em seu cheiro e calor.

- Boa noite, .

- Boa noite, . Te quiero.

“Could end in burning flames or Paradise”






Fim



Nota da autora: Sem nota.



Nota da beta: Ok, primeiramente, amei os quotes citados nesta short (embora eu seja suspeita para falar), e senti um clima de romcom muito presente aqui (uma vibe bem Anyone But You, me atrevo a dizer). Fe, sua escrita é tão boa que fiquei chupando o dedo no final querendo mais. Amei tanto os pp’s que leria uma long enorme deles só pra ver mais um pouco dessa química gostosa. Arrasou em cada detalhe, especialmente na vibe Swift trazida à história HAHA. Amei, amei, amei.

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