No Self-Control


web counter free
seu ip
Última atualização: Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Os funcionários aguardavam ansiosamente todos os anos pela festa de Halloween da minha empresa. Sendo o CEO e co-fundador da & , minha fantasia era sempre a mais aguardada do ano e eu sempre tinha que me superar pra causar um impacto positivo no saldo com os funcionários, já que eu não era o cara mais simpático e amoroso do mundo. Essa parte ficava com meu sócio e primo: Scott .
Scott era um bom moço, o cara que falava com todos e que cuidava mais do RH da empresa. Eu era o “sócio carrancudo”, e não era eu quem falava isso, mas sim os funcionários. Eu estava bem com este fardo, já que assim não precisava perder muito tempo com coisas fúteis que sabia que não me levariam a lugar nenhum. Não, eu não era mal-educado com os funcionários: dava bom dia, boa tarde e boa noite, e dizia por favor e obrigado nos momentos certos; o problema ali era Scott e sua simpatia acima da média que me fazia um mal gestor.
Outro problema sério de Scott era a sua secretária particular: .
era irritante, indisciplinada e uma rebelde sem causa, seus principais atributos do dia com certeza eram me tirar do sério o quanto podia, vindo na minha sala apenas para soltar alguma piadinha escrota sobre minha gravata ou reclamar sobre meu rosto carrancudo, mas o que ela mais gostava de fazer, e imagino que fosse sem querer, era me deixar sempre de pau duro, enquanto a olhava desfilar por todo o escritório com suas calças justas, seu cheiro delicioso e sua risada maldosa com dentes bonitos.
Outra coisa que me deixava desgostoso com toda essa situação era que Scott era completamente, perdidamente e avassaladoramente apaixonado por , o que me deixava em uma situação complicada. Não, não era uma situação complicada, não gostava de mim e eu não gostava dela, eu apenas a achava atraente e não era idiota de dizer que não achava, a mulher tinha um corpo que deixava todos do escritório doidos, e eu não tinha motivos para ser diferente. Porém sempre a tratei com indiferença, relevando suas patadas em mim por respeito à Scott, que sempre demonstrou muito carinho e afeto àquela criatura maléfica que ele defendia com afinco.
, o Sr. Hemingway está na linha 1. – Dora, minha secretária particular sênior, a única naquele escritório que me defendia e me compreendia, falou ao telefone.
— Ok, Dora. Obrigado. – Eu disse, discando o número 1 que piscava no painel e girando minha cadeira para falar com um cliente importante. – Boa tarde, Sr. Hemingway, como estão as coisas em Londres? – Perguntei com minha falsa simpatia.
— Estão ótimas, , obrigado por perguntar. – Olha só, eu sei ser simpático. – Mas liguei pois estou interessado em encomendar alguns produtos e queria ter a garantia de que serão entregues no prazo que eu preciso, que são bem curtos, mas confio que vocês possam dar um jeito. Queria conversar com você antes de falar com o pessoal de vendas, pois sei que você tem a astúcia necessária pra não me fazer perder tempo.
Sr. Hemingway gostava de ser tratado como o cliente VIP que era, e gostava principalmente de mostrar que tinha poder com as suas palavras. Com ele era assim, ou oito ou oitenta. Eu gostava disso, mostrava domínio.
— Com toda a certeza, Sr. Hemingway, iremos tratar seu pedido com toda a agilidade que o senhor sabe que temos. Vou encaminhá-lo ao nosso setor de vendas. E não se preocupe com prazos, daremos um jeito. Já vou chamar meu sócio agora mesmo pra que isto esteja bem resolvido entre nós. – Respondi com a seriedade que ele queria.
— Muito obrigado, , sabia que você iria entender. – Respondeu no mesmo tom que eu. — Com certeza, senhor, estamos gratos por sua ligação, qualquer coisa é só me retornar que estarei disposto a resolver qualquer situação pessoalmente. – Falei, girando novamente o banco, e dando de cara com de pé em frente à minha mesa. – Irei lhe encaminhar para o setor de vendas, não se preocupe com mais nada.
— Ok, obrigado, – Disse ele, e digitei o número de Dora novamente, analisando , que mexia distraidamente em minha estante de livros enquanto eu terminava a ligação.
— Dora, passe o Sr. Hemingway ao setor de vendas e peça para eles aceitarem o prazo que ele pedir, irei conversar com Scott e explicar a situação. – Ela apenas disse um OK e desligou.
— A que devo sua ilustre presença no meu escritório, Srta. ? – Perguntei, não dando atenção à sua presença física e pegando alguns documentos que tinham na minha mesa, rubricando o que era necessário.
— Scott me pediu pra te avisar que ele vai sair mais cedo hoje pra pegar as fantasias, e perguntou se você quer que ele pegue a sua também. – Disse ela formalmente, com os braços para trás do corpo.
— E por que você não o fez pelo telefone? – Perguntei, levantando levemente a sobrancelha e olhando em seu rosto por um segundo, antes de voltar minha atenção aos papéis.
— O senhor sabe muito bem que essa sempre vai ser minha primeira opção, pra não ter que olhar essa sua escolha pouco convincente de roupa e essas sobrancelhas sempre franzidas em minha presença, porém meu chefe imediato pediu pra que sempre que fossem assuntos pessoais eu viesse pessoalmente, pra ter certeza de que o senhor está ouvindo. – Ela disse com calma, as palavras saindo como se ela já soubesse que eu iria falar aquilo.
— Ok, diga ao seu chefe imediato que eu quero, sim, que ele pegue a minha fantasia. E agradeça. – Respondi, e só voltei a olhá-la quando estava saindo da minha sala, os sapatos altos estalando a cada passo.
***

Entrei no elevador com Scott ao meu lado. Nossa entrada juntos era outro marco no dia do Halloween da nossa empresa. Todos deviam ir de fantasias, e, no fim do expediente, tínhamos uma festa no salão de festas do escritório, onde rolava comida, bebidas e música. Normalmente fazíamos na sexta-feira, sendo dia 31 ou não, para que no dia seguinte ninguém precisasse trabalhar de ressaca.
Scott estava vestido de Maverick, do filme Top Gun. O macacão verde musgo, o óculos aviador e até o capacete faziam parte do look. Eu tinha certeza de que ele arrancaria suspiros da mulherada no escritório, já que Scott era sim um cara muito bonito. Eu usava o terno colorido do Coringa de Joaquin Phoenix. O cabelo verde e o rosto pintado faziam parte do look também, assim como a cara de poucos amigos e o sorriso psicopata que já me eram rotineiros.
Fomos recebidos com aplausos e assovios, pude ver algumas fantasias bem reconhecíveis, como Dwight do The Office, Monica de Friends com o peru na cabeça e até o Capitão América. Acenamos para todos, sorrindo, e Scott falou:
— Bom dia, pessoal, sejam bem-vindos à mais um Halloween na & , que tenhamos um ótimo dia de trabalho! A festa começa às 16 horas. Bom trabalho e feliz Halloween!
Todos aplaudiram animados, e eu apenas os acompanhei. Depois seguimos cada um para seu respectivo local. Dora usava uma fantasia de Amy Farrah-Fowler adorável, e fiquei feliz por tirar uma selfie com ela enquanto ela dizia o quanto havia adorado minha fantasia e que Joker era um de seus filmes preferidos.
— Não pude deixar de notar que você veio com a mesma combinação de roupas que usa no dia a dia. – Reconheci sua voz, mesmo estando de costas.
Girei a cadeira, dando de encontro com uma completamente diferente do que eu estava acostumado: ela usava um vestido de veludo longo, com os ombros de fora, e justo o suficiente para mostrar todas as curvas perigosas do seu corpo. No rosto ela usava uma maquiagem, que deixava seu rosto propositalmente mais claro do que o normal, um batom vinho nos lábios carnudos e um delineado que destacava seus olhos castanhos. Os cabelos, que sempre estavam presos em um rabo de cavalo ou em um coque despretensioso, desta vez estavam soltos e lisos, negros como a noite, divididos ao meio e longos como eu nunca imaginaria que fossem. estava linda, não, linda não, ela estava gostosa pra caralho, e senti os pelos do meu corpo se arrepiarem quando seus lábios se moldaram no sorriso perverso de sempre. Por sorte eu estava de mangas compridas.
— E eu não pude deixar de notar que a sua fantasia combina com o seu clima mórbido e absolutamente desprezível, Mortícia Addams. – Respondi, levantando-me e retirando meu paletó vermelho, ficando apenas com a camisa verde escuro e o colete amarelo. Pude notar seus olhos correndo pelo meu corpo rapidamente antes dela responder:
— Não é o que os outros estão dizendo, especialmente seu primo. – Disse ela, continuando a sorrir. Este era o problema, ela sabia que era gostosa e que todos literalmente babavam por ela.
— Bom, eu não sou todos. – Respondi erguendo as sobrancelhas, ligeiramente convencido. Ah, eu era. E talvez ela soubesse que eu era. Retirei as abotoaduras de meus pulsos e dobrei as mangas até a metade do antebraço.
— Essa fantasia lhe cai bem. – Disse antes de virar as costas e sair, rebolando a bunda naquela porra de vestido delicioso. Desta vez eu não sabia dizer se era um elogio ou não, já que eu estava literalmente vestido de sociopata assassino, mas resolvi ignorar, já que vinha dela.
O dia passou arrastando-se, e após as três da tarde, os ânimos já estavam diferentes. Ouviam- se mais gargalhadas nos corredores e o falatório já se iniciava com mais facilidade, e eu não seria o chefe insuportável que iria cortar as brincadeiras fora de hora em um dia como aquele. Às quatro da tarde, todos estavam desligando seus computadores e descendo às escadas, e o elevador até o salão de festas estava decorado de acordo com o tema. Teias de aranha desciam pelos cantos, balões pretos e laranja decoravam a mesa de petiscos, gelo seco cobria o chão e as paredes tinham sangue neon espirrado, que brilhavam de acordo com a luz negra que cobria o ambiente.
A música iniciou-se logo que adentramos o local, e alguns mais despretensiosos foram para a pista de dança logo após pegar alguma bebida no grande freezer, que ficava no canto esquerdo do salão. Scott veio ao meu lado, sorrindo.
— A decoração ficou ótima, não é? – Perguntou satisfeito, me entregando um copo com whisky e gelo.
— Sim, ficou ótima. – Apenas comentei, girando os olhos pela festa. Scott sabia que eu era um cara de poucas palavras e completamente diferente de si e respeitava isso, nos dávamos tão bem por conta desse respeito recíproco que tínhamos. A música que tocava era algo pop atual que eu não conhecia. Notei imediatamente os olhos de Amala em mim, ela era da equipe de vendas e não media esforços para chamar a minha atenção, fosse derrubando uma caneta no chão bem na hora que eu passava ou me trazendo cafés inesperados durante a tarde. Era óbvio que eu não tinha interesse nenhum nela, e não era por falta de beleza, era apenas a falta de interesse e o meu profissionalismo, que até o momento nunca me fez passar nenhum limite entre patrão e empregada. Amala usava uma fantasia de Rhaenyra Targaryen, com belas tranças caindo por seus ombros, e um vestido vermelho, cheio de detalhes dourados. Estava muito bonita. Mas não se comparava ao monumento que se aproximava de nós com seus olhos de felina.
— Vamos dançar, Scott! – Disse , puxando a sua mão, e Scott, bobo como era, apenas concordou com a cabeça, seguindo-a como um cachorrinho. Vi de longe Amala se aproximando e fingi que não notei, virando meu copo inteiro na boca e indo em direção ao freezer pegar mais.
Enchi meu copo e recostei-me na parede, observando a festa como eu sempre fazia. Não tinha o mínimo de intimidade com meus colaboradores, com exceção de Dora, então apenas ficava afastado observando tudo, enquanto Scott fazia o papel de gerente gente boa, dançando com os funcionários e fazendo-os rir de qualquer besteira que falava.
— O Senhor está muito sério hoje. – Amala se aproximou de mim sorrindo. Oh, Deus, o que eu precisaria fazer para que ela entendesse que nós nunca iríamos acontecer?
— Estou? Estou do mesmo jeito de sempre. Deve ser a fantasia. – Falei sério, ainda olhando ao redor.
Ela riu, empurrando um ombro em um modo de flerte. Ela falou algo que não ouvi, pois consegui sentir um par de olhos muito mais interessantes na pista de dança.
Enquanto ainda dançava com Scott, me olhava com seu delineado perfeito, e seus olhos me queimavam de um jeito que fiquei com calor, e tive que desabotoar o primeiro botão de minha camisa verde. Encarei-a de volta, sem vergonha de mostrar que não tinha medo dela, de seus olhos de felina ou de sua presença intimidadora.
— Hein? – Amala me perguntou, chamando minha atenção novamente, e percebi que o olhar de era por conta da presença de Amala.
— Desculpe, o quê? – Perguntei, sem-graça por não ter a ouvido, e ela repetiu:
— Quer ir à pista de dança? – Perguntou, levando a mão até meu ombro e apertando-o com delicadeza.
— Infelizmente vou ter que negar, Amala. Não tenho os requisitos necessários para ir à pista de dança. – Falei em tom cômico e ela riu.
— Eu te ensino. – Ela suspirou em meu ouvido e eu tinha que admitir que era uma oferta tentadora.
— Infelizmente não posso, iria acabar com a minha fama de homem mal nessa empresa. – Brinquei novamente e ela deu de ombros.
— Tudo bem, eu entendo. – Falou, dando um beijo em minha bochecha e se afastando.
Respirei fundo, sabendo que aquela cena com certeza ficaria gravada na mente dos funcionários que estavam olhando e seria a fofoca quentinha da semana que vem.
Era a minha vez de observar . Com destreza no olhar, seu corpo se movia no ritmo da música, a cintura bem acentuada pelo vestido e o quadril movendo-se com a habilidade de uma pessoa que fazia muito aquilo. Os braços as vezes seguiam para o ombro de Scott, e o seu ápice foi quando ela ficou de costas para ele e de frente para mim, era como se um holofote estivesse apenas focado nela, e seus lábios partiram-se em um sorriso ladino quando notou que meus olhos não conseguiam desgrudar dela. Eu estava hipnotizado. Virei mais uma vez o meu copo, tentando me refrescar do que o meu corpo estava sentindo, enquanto ela rebolava seu corpo contra o de Scott.
Fui até o freezer, enchi meu copo mais uma vez e saí do salão de festas, ciente de que ninguém tinha me visto saindo, já que a música animada fez todos irem pular na pista de dança.
Segui até meu escritório e sentei-me em minha poltrona, colocando o copo molhado em minhas têmporas. Respirei fundo. Porra. Eu sabia que era gostosa e sabia que Scott era louco por ela, então por que diabos meu corpo sentia tanto tesão só de olhar para ela? Até nisso ela me irritava, eu não estava com ciúmes por ela estar com ele, estava feliz, era o que ele queria, mas por que esse sentimento ruim estava entalado em minha garganta?
Perdi a noção do tempo enquanto estava ali, tomando meu whisky, de olhos fechados e recostado em minha cadeira. O ar condicionado deixava meu corpo relaxado com o frio. Fiz uma avaliação mental de quando entrou em nosso escritório, ela não era tão bonita ou maldosa como agora, ela tinha um olhar doce e um sorriso sensacional, lembro que gostei da sua áurea logo de cara. Ela era simpática e seu semblante de garota sonhadora seguia todo o escritório. Não me lembrava direito de quando ela virou essa pessoa astuta que é hoje, mas tinha certeza que devia ter sido algo que eu fiz a ela. Eu era tão jovem quanto ela e absolutamente idiota, então eu possivelmente fui rude com ela em algum momento, o que devia ser compreensível.
Assim como Scott, meu corpo sempre respondia a ela como um cachorrinho pidão, mas eu tentava encobrir isso do jeito que dava, já que ela não me aturava e sempre deixava isso bem claro em suas alfinetadas diárias. Mas vê-la hoje dançando com ele me despertou coisas que fazia tempo que ela não despertava. Não dá para contar nos dedos a quantidade de vezes que bati uma punheta deliciosa lembrando-me de seus xingamentos, sua bunda deliciosa e seu decote que poucas vezes dava as caras. Só de me lembrar do vestido que ela estava usando hoje eu sentia meu pau pulsar em minha calça vermelha. Segurei-o com a mão, sentindo o prazer clamar pelo toque sem o incômodo da calça, mas fingi não sentir isso e apenas acariciei meu membro por cima do tecido.
— Porra, ... – Sussurrei, fechando os olhos com força. – Eu vou enlouquecer...
— Sr. ?
Meu coração deu um baque surdo, abri os olhos desesperado, retirando minha mão de meu pau. Eu estava tão concentrado nas sensações de meu corpo que não ouvi a porta abrir. me encarava, seus olhos seguiam de meu rosto para meu membro, que estava nitidamente visível pela calça. Seus lábios estavam entreabertos e suas mãos estavam em sua cintura, como se esperasse alguma explicação. O mais sensato era dar uma de chefe.
— Algum motivo plausível para entrar sem bater na porta? – Falei, com a voz rouca falhando em nervosismo. O que ela havia visto e ouvido? Meu coração disparado fazia meu corpo suar mesmo sem estar com calor, por sorte meu rosto estava pintado e ela não podia ver minhas bochechas coradas.
— Algum motivo para ter saído da festa feito um louco? – Perguntou ela, ainda analisando meu corpo, meu pau pulsando de desejo.
— Sim. – Respondi apenas, engolindo em seco ao ver que ela estava se aproximando.
— E qual seria? – Perguntou ligeiramente convencida, dando um sorriso e molhando os lábios, movimento este que não passou despercebido por mim.
— O mesmo pelo qual você veio até aqui. – Eu disse, dando um pequeno sorriso. Ela estava ali por mim, e aquilo despertou algo no meu interior que eu não podia explicar, apenas sentir. Não havia outro motivo para ela sair de uma festa da qual estava se divertindo apenas para entrar em meu escritório sem bater.
aproximou-se da minha mesa e apoiou os braços nela com firmeza, fazendo seu decote ficar mais avantajado do que o normal.
— Sabe de uma coisa, Sr. ? – Perguntou ela, os cabelos escorrendo de seus ombros e vindo para frente. O poder que emanava dela fazia meu corpo inteiro tremer em êxtase. Ergui minhas sobrancelhas, indicando que estava ouvindo. – Eu queria gostar do seu primo, tenho certeza de que ele me trataria como uma princesa... – Ela suspirou pesado, fechando os olhos.
— Mas você não quer ser tratada como uma princesa, não precisa te conhecer muito pra ver isso em seus olhos. – Falei, mexendo o resto de bebida que havia em meu copo. Ela abriu os olhos, suas íris queimando minha pele. Levantei-me da cadeira, tomei o resto que continha no copo e posicionei meu corpo em frente ao seu sobre a mesa, nossos narizes quase se encostando. – Você quer ser tratada como a gostosa que você é.
Senti a respiração de falhar quando a palavra “gostosa” saiu da minha boca, e percebi que meu efeito sobre ela era tão inebriante quanto o seu em mim.
— Você quer ser tratada como a garota malvada que tem sido o ano inteiro. – Falei devagar, sentindo sua respiração em meu rosto.
fechou os olhos e umedeceu os lábios, aproximando sua cabeça da minha milímetros suficientes para fazer nossos narizes se encostarem. A tensão dentro daquela sala podia ser cortada com uma faca, amassada como um pão e colocada para assar apenas com o calor de nossos corpos. Porém, antes de qualquer besteira ser feita, afastei meu rosto e meu corpo dela, com uma força que eu não sabia que tinha dentro de mim. Fui até a porta, sentindo seus olhos me seguindo, e tranquei-a. Percebi que a mulher não mudou de posição. Fui até ela e segurei sua cintura, puxando sua bunda na direção de meu pau com força o suficiente para que ela puxasse o ar com a boca, surpresa.
— Srta. , eu vou te foder agora mesmo, em cima dessa mesa. Do jeitinho que você quer. – Falei com a voz autoritária que eu sabia que tinha. Deslizei minha mão da sua cintura para sua barriga, subindo por entre os seios e parando em seu pescoço. Sua bunda fazia uma pressão deliciosa em meu pau. – Porque você está me deixando completamente insano, e não é de hoje. – Continuei, dessa vez sussurrando em seu ouvido. Eu sentia seu peito subir e descer com força, não podia ser só eu que estava com todos aqueles sentimentos reprimidos; e vê-la tão à mercê de mim me deixava satisfeito e de certa forma orgulhoso de meu processo. – Mas para cumprir essa promessa, eu preciso saber se você também quer, pois estou colocando tudo em risco.
Senti, com minha mão em seu pescoço, ela engolir seco e responder em um suspiro:
— Eu quero.
— Quer o quê? – Perguntei, com minha voz saindo mais rouca do que o esperado em seu ouvido, enquanto eu apertava sua cintura com força. Notei seu braço se arrepiar com o ato.
— Eu quero que você me foda gostoso em cima dessa mesa, como se fosse a última transa da sua vida. – Ela disse, dessa vez com a voz um pouco mais superior, do jeito que eu gostava que ela falasse comigo.
Caralho.
Eu sei que havia pedido para que ela falasse aquilo, mas meu corpo não estava psicologicamente preparado para ouvi-la dizer aquilo daquele jeito. Eu me sentia anestesiado de tesão por aquela mulher, eu precisava senti-la, sentir sua pele, seu toque e o seu gosto.
Encontrei o zíper de seu vestido em suas costas e iniciei a descida dele, sentindo sua respiração falhar contra minha mão, que eu retirei do seu pescoço e prendi em seu cabelo, puxando-o para trás.
Colei meus lábios em seu pescoço, sentindo seu cheiro inebriante e deixando-a manchada pela tinta em meu rosto. Ouvi seu suspiro delicioso enquanto minha mão livre tocava a pele desnuda das suas costas, subindo para o seu ombro para retirar a peça de roupa. Meu toque fazia sua pele se arrepiar, e mordi o lóbulo da sua orelha antes de me afastar.
— Tire o vestido. – Ordenei, enquanto eu mesmo comecei a desabotoar o colete amarelo.
Ela virou-se para mim, e pude ver seu rosto corado, o pescoço manchado de vermelho denunciava meu toque, seu peito subia e descia com arfadas fortes e seus olhos felinos me encaravam enquanto ela descia as mangas por seus braços e deixava à mostra seu sutiã tomara que caia preto, que parecia ter sido desenhado para seu corpo, deixando seus seios unidos e empinados, fazendo meu pau pulsar mais uma vez de tesão. Ela desceu o olhar enquanto abaixava o vestido e retirava as pernas de dentro dele, deixando à mostra também sua calcinha preta, que eu podia apostar que estava completamente atolada em sua bunda deliciosa na parte de trás. Retirei meu colete, a camisa de botões, e abri o cinto para retirar a calça vermelha. Seus olhos acompanhavam meu corpo do mesmo jeito que eu havia acompanhado o seu.
— Eu sabia que você era um puta de um gostoso. – Ouvi sua voz dizer e não consegui conter um sorriso convencido enquanto terminava de tirar a calça. – Só não sabia que era tanto.
, por favor. – Falei suspirando, com as mãos na cintura. – Assim você me deixa sem graça. – Brinquei, dando passos em sua direção como uma águia cercando sua presa.
Colei nossas bocas sem medo de sujá-la, sentindo arrepios permanentes em minha espinha enquanto sua língua misturava-se com a minha em uma harmonia digna de filmes de romance. Seus dedos enlaçaram-se em meus cabelos, e minhas mãos apertaram sua bunda sem cerimônia. O beijo era agressivo, submerso em nosso mundo de desprezo falso, as línguas clamando por poder, seu gosto sendo delicioso. Eu podia ficar horas sentindo sua língua na minha. Separamos nossas bocas em busca de ar, ela dando seu sorriso maldoso com a boca suja de vermelho enquanto eu descia meus lábios por seu pescoço, arrancando suspiros deliciosos da sua boca. Não me importava em deixar marcas, na verdade eu até preferia que ficassem, queria ela no dia seguinte olhando no espelho e lembrando da transa que teve com o chefe errado.
Retirei seu sutiã sem drama, deliciando-me em seu colo, mamando gostoso em seus seios fartos que eu havia cansado de imaginar no box do meu banheiro enquanto batia uma. Eram incontáveis vezes melhores do que em meus sonhos, seus gemidos eram outro show à parte, fazendo meu pau incomodar tanto dentro da cueca que tive que retirá-lo da mesma e começar a masturbá-lo. À esta altura, já estava arqueada em minha mesa, cena que jamais sairia da minha cabeça enquanto eu descia meus lábios por seu abdômen liso, seria algo que faria eu ficar duro só de olhar, provavelmente teria que trocar de mesa. Retirei sua calcinha com uma brutalidade desnecessária, mas que eu sabia que ela gostaria, e admirei a obra inteira: a mulher que meu corpo desejou durante tanto tempo, mesmo mentindo para mim mesmo dizendo que não gostava, estava ali deitada em minha mesa, as pernas abertas, a vulva inchada de prazer, pulsando e implorando por meu toque, enquanto ela me olhava com seu delineado de felina, lambendo os lábios e me chamando com o dedo enquanto apertada o seio com a outra mão.
— Caralho, ... Que porra de corpo delicioso. – Exclamei, levando meu dedão em seu clitóris com uma leveza que eu precisava ter naquele local sensível. Ela gemeu manhosa enquanto eu deslizava meu dedo do meio por toda a extensão da sua vulva. Ela estava ensopada, praticamente pingando aquele mel sobre a mesa. – Puta que pariu, você está tão molhada.
— É assim que eu fico cada vez que te olho aqui no escritório com as sobrancelhas franzidas. – Ela falou sem ar, enquanto eu brincava com os dedos antes de enfiá-los completamente em sua bucetinha. Ela suspirou alto enquanto eu atolava dois dedos dentro dela, e acariciava seu clitóris com o dedão. – Porra, ... – Gemeu meu primeiro nome, fazendo com que eu voltasse a pegar meu pau na mão para masturbá-lo.
Seu quadril movia-se involuntariamente sob meus dedos e eu sentia seu interior quente se contorcer enquanto eu socava meus dedos com vontade em sua buceta gostosa. revirava os olhos nas órbitas, gemendo livremente, sabendo que estávamos sozinhos naquela parte do escritório e eu sinceramente não me importava se alguém nos ouvisse, a única coisa que me importava era a mulher que gemia meu nome na minha frente, o tesão insuportável em meu pau que chegava a doer em minha mão.
Senti que ela estava chegando em seu clímax quando os gemidos se intensificaram e senti seu interior pressionar meus dedos com certa força, seu mel melando minha mão inteira enquanto ela se contorcia sobre a mesa. Puta que pariu, que mulher deliciosa. Eu precisava preenchê-la.
Lambi meus dedos quando os retirei, ela arfava dando um sorriso que fazia muito tempo que ela não me dava, um sorriso genuíno de felicidade.
, eu preciso te foder agora. Não vou aguentar mais um segundo fora de você. – Falei, vendo seu peito subir e descer enquanto ela ainda se recompunha.
— Atola seu pau em mim, . – Ela gemeu, mordendo o lábio inferior dando um sorriso malicioso em seguida. Aquela frase me despertou de maneira irracional. Virei-a de bruços sem nenhuma delicadeza, abri suas pernas com as minhas próprias e enrolei minha mão em seu cabelo, puxando-o com força e fazendo-a ficar toda arqueada para mim, e posicionei meu pau em sua entrada, invadindo-a sem qualquer tipo de preparo de sua parte. A sensação de preenchê-la era indescritível, sua boceta era tão deliciosa que a única opção era soltar o grunhido que estava preso em minha garganta. Dei um tapa forte em sua bunda com minha mão livre, sentindo-a gemer deliciosamente durante minhas estocadas nada delicadas.
— Puta merda que boceta gostosa da porra. – Grunhi novamente, enquanto apertava sua cintura para manter o ritmo.
Os gemidos absolutamente maravilhosos de preenchiam o local, junto com o barulho da minha virilha batendo em sua bunda, meu pau deslizando para dentro dela com uma facilidade absurda por conta da sua lubrificação. O suor tomava conta do meu corpo, junto com o calor que vinha de dentro para fora, não havia ar condicionado no mundo que conseguiria nos refrescar naquele momento.
— Me bate mais uma vez, . – Sua voz surgiu em um gemido baixo, enrolei minha mão mais uma vez em seu cabelo, e dei um tapa forte em sua bunda ainda mantendo o ritmo intenso das estocadas.
Senti sua buceta se contorcer sob meu pau, e tive que fechar os olhos e me concentrar para não gozar junto com ela. Seu gemido manhoso surgiu mais uma vez, enquanto eu sentia suas pernas tremerem involuntariamente, senti seu corpo amolecer sobre a mesa e fui diminuindo as estocadas até parar. Passei meu braço por baixo de seu corpo e levantei-a, seu corpo ainda de costas para mim, dei uma mordida em seu ombro e ela firmou os pés no chão, virando-se de frente para mim. Uniu nossas bocas mais uma vez, suas mãos em minha nuca, buscando algum controle para aquela situação, passei meu braço por baixo da sua bunda e ergui-a no colo, levando seu corpo junto ao meu até a parede. Sua língua invadia meu corpo com domínio, suas mãos guiando o beijo de modo intenso, como se ela quisesse me mostrar tudo o que estava sentindo com aquele beijo, sua boca sugava minha língua e em alguns momentos meu lábio inferior, eu sentia tudo que ela queria me mostrar.
— Eu quero gozar olhando nos teus olhos. – Confessei quando partimos o beijo, suas mãos puxando os cabelos da minha nuca fazendo meu corpo se arrepiar.
enrolou as pernas em minha cintura, facilitando o contato de nossas virilhas. Segurei meu pau com minha mão livre e pincelei em sua buceta melada antes de socá-la fundo. Soltamos um gemido em uníssono, foder era algo que estava além do que eu podia imaginar, as sensações que meu corpo sentia durante o ato eram indescritíveis e seus gemidos ao pé do meu ouvido só me faziam girar os olhos nas órbitas enquanto eu socava fundo em sua boceta. Seus seios moviam-se em cada estocada e me faziam ver estrelas enquanto sua boca estava em meu pescoço me deixando marcas que eu queria ter como lembrança. Tudo naquela mulher me deixava com tesão e senti o clímax chegando junto com os grunhidos que comecei a soltar, fazendo-a sorrir sacana.
— Porra, ... – Eu sussurrei e ela notou que a velocidade das minhas estocadas aumentou, pois agarrou meus cabelos da nuca e disse:
— Abre os olhos e goza pra mim. – Sua voz era autoritária e obedeci, dando de cara com seu sorriso mais sacana de todos, seus olhos ligeiramente borrados me queimavam de prazer, sua boca se entreabriu e sua sobrancelha se uniu. O prazer inebriante que eu sentia foi canalizado para um só lugar e ela pareceu perceber quando uni as sobrancelhas do mesmo modo que ela e encostei nossas testas, nossos olhos nos engolindo quando senti o meu gozo preenchendo- a.
— Caralho. – Apenas consegui expressar enquanto sentia suas unhas fincando em minhas costas, e mais uma vez senti seu interior se contorcer, me pressionando com força, não ousei parar os movimentos que fazia quando senti suas pernas tremerem em espasmos em volta da minha cintura e a segurei, passando meu braço por baixo das suas nádegas. Nossas respirações estavam descompassadas e a sala toda cheirava a sexo, ficamos naquela posição até que eu conseguisse respirar com mais tranquilidade. Levei-a no colo até minha cadeira, onde me sentei e ela se ajeitou em meu colo.
O corpo de me lembrava uma obra de Jackson Pollock, a boca manchada de vermelho, a testa, o maxilar e o queixo tinham manchas brancas e as orelhas tinham manchas azuis, seu pescoço tinha a mistura das três cores e suas mãos estavam manchadas de verde e suas bochechas tinham um tom rosado natural.
— Você sabe que isso não pode acontecer de novo, certo? – Perguntou ela divertida, suas mãos desenhando a linha de meu peitoral como se quisesse gravar tudo o que havia ali.
— Sei. – Respondi, meus olhos ainda avaliando seu rosto sujo. Como eu queria uma câmera para fotografá-la daquele jeito, para garantir que aquilo não havia sido um sonho. – Scott não pode nem sonhar com essa possibilidade. E sugiro que, se você não tem interesse em ser tratada como uma princesa, fale para ele o quanto antes.
— Eu sei... Eu só estava com esperança de que ele fosse me ajudar. – Admitiu, fechando os olhos. Quando não consegui conter minha mão, toquei seu pescoço, descendo até seu ombro.
— Ajudar no quê? – Perguntei, unindo as sobrancelhas e novamente analisando seu corpo.
— A me afastar de você. Você tem essa coisa, fiz o que pude pra ficar longe, tentei me proteger sendo rude. Mas parece que quanto mais rude eu era, mais você gostava.
— Todo homem gosta do que não pode ter. – Admiti, sério. – E agora que eu provei, vai ser difícil não querer mais.
— Bom, pois trate de se esforçar. – Retrucou ela, indignada.
— Eu estou me esforçando, mas fico lembrando que ainda não te comi nesta cadeira, na estante de livros, na mesa de Dora, em cima da copiadora, na sala de reunião... – Comecei a listar nos dedos e ela soltou uma risada doce, havia anos que eu não ouvia aquela risada direcionada a mim.
— Isso não vai acontecer. – Disse ela decidida.
— Isso não deve acontecer. – Falei, concordando com ela. – Mas não quer dizer que não vá.




Fim



Nota da autora: Estou com essa fic pela metade em meu computador faz tempo, quis tentar finalizá-la para o Especial do dia do sexo e simplesmente esqueci da sua existência. Então aqui estou eu, alguns bons meses depois, enviando ela para o site emocionada demais pra não compartilhar com vocês.
O que acharam dessa química de milhões? Comentem e façam uma autora muito feliz!
Instagram:






Nota da beta: Oi! O Disqus está um pouco instável ultimamente e, às vezes, a caixinha de comentários pode não aparecer. Então, caso você queira deixar a autora feliz com um comentário, é só clicar AQUI.

Qualquer erro nessa fanfic ou reclamações, somente no e-mail.


comments powered by Disqus