Última atualização: 30/05/2017

Valentine's Day Tales

Londres - 1847

Estava eu naquele momento me sentindo como um pedaço de carne vindo do abate, nunca havia imaginado que faria parte de um casamento arranjado, menos ainda para pagar as dívidas do meu pai. Eu não sabia muito sobre o tal homem com quem havia me casado, só o tinha visto uma única vez, no altar de frente para o padre.

Difícil digerir tudo o que estava acontecendo comigo, há pouco menos de dois meses eu estava sonhando com o pedido que Lorde Ulrich Meagher, o Conde de Limerick faria ao meu pai, após um ano me cortejando. Seria um jantar histórico para mim, até o cardápio estava decidido e muito bem escolhido, porém meu pai desfez os laços de cordialidade que mantinha com o conde e sua família.

Sem dar as menores explicações para mim e para Lorde Ulrich, não pude mais vê-lo ou sequer mencionar seu nome, até que meu pai anunciou que eu me casaria com um burguês. Não conseguia entender que brincadeira o destino estava fazendo, para que meu pai tomasse uma decisão tão insensata para meu futuro.

Desde sempre nobres e burgueses não se misturavam em circunstâncias matrimoniais, e era aquilo que estava acontecendo em minha família. Eu uma nobre de família tradicional me casando com um burguês, que poucos o tinham visto, mas todos sabiam qual era seu nome e a dimensão de seu sobrenome.

Winchester, o homem que a partir desde momento seria meu marido, não sabia nada sobre ele, só o que havia ouvido escondida atrás da porta. Ele de uma família desconhecida,  foi adotado quando criança por um açougueiro, após a esposa insistir muito, pois ela era doente e ambos não tinham filhos.

O que me deixava ainda mais contrariada por ter que contrair este matrimônio com ele, era todo aquele mistério que envolvia seu passado enigmático que ninguém conhecia, nem mesmo seus pais adotivos. Misturado a sua fixação pela minha família, ou por mim, era estranho entender que ele havia emprestado tanto dinheiro ao meu pai, devido suas dívidas de jogo, com a única condição de se casar comigo.

— Que futuro este lugar me reserva. — sussurrei para mim mesma após a criada sair do quarto.

Olhei para as paredes daquele frio lugar, era o quarto principal da Wincher Hall, uma mansão que ele havia mandado construir há três anos desde que voltou para Londres. Tinha um estilo clássico misturado ao neogótico, que estava se tornando muito presente na arquitetura atual.

Eu já estava sentindo falta do Lewis Castle, onde nasci e fui criada, minhas memórias naquele pequeno castelo em Derbyshire estariam sempre presentes, dos momentos mais pequenos aos mais memoráveis. Virei minha face para baixo e olhei para a camisola de seda branca com bordados em meu corpo, eu havia escolhido e importado aquele tecido da China, há um tempo, fazia parte do enxoval que preparei desde a minha infância.

Respirei fundo passando a mão naquele tecido, imaginando como seria aquela primeira noite com ele. O pouco que consegui observar nos pequenos momentos que estivemos juntos, desde o altar até o nosso almoço íntimo de celebração pelo casamento, para a família e amigos mais próximos, parecia uma pessoa reservada e extremamente silencioso.

Eu conseguia ouvir mais a voz de seus pais e parentes, burgueses barulhentos, do que os poucos movimentos de minha família. Mas ele estava sempre com seu olhar fixo em mim, mesmo às vezes estando ao meu lado, o que me deixou incomodada e envergonhada por ter aqueles olhos profundos e intensos voltados para mim.

— Lady Lewis. — disse aquela voz grossa vindo da porta, em um tom forte que me fez arrepiar.
— Sim. — eu me virei com suavidade e o olhei.

Ele adentrou mais um pouco e fechou a porta, senti meu coração pulsar um pouco mais forte, mas mantive minha respiração tranquila e suave. estava vestido com um kimono azul marinho bordado com linhas prateadas, formando alguns arabescos, pelo que tinha escutado de sua mãe, aquele era um presente de casamento que ele tinha ganhado de um amigo, nobre japonês.

Tentei não encará-lo, mas parecia que seu olhar em mim era como um ímã que atraía meu olhar para ele na mesma proporção. Respirei fundo, precisava deixar minha mente vazia para aquele momento, minha mãe tinha me explicado algumas coisas sobre nossa primeira noite com o marido.

Mas nada conseguia tirar de meus pensamentos como um garoto adotado havia se tornado um dos homens mais ricos de Londres, ele possuía influência até mesmo sobre muitos nobres e conhecia muitas famílias estrangeiras, principalmente no oriente. Era notório sua inteligência e perspicácia para os negócios, seu modo silencioso o permitia observar mais as pessoas e situações ao seu redor.

Acho que se eu o conhecesse, certamente ele despertaria um certo interesse de minha parte, mas não naquela situação em que eu estava sendo colocada. Entretanto, tinha que admitir, era um homem interessante, apesar de ser um burguês, capaz de arrancar olhares e suspiros em algumas mulheres, o que aconteceu com minhas primas em nosso almoço de casamento.

— Espero que esteja se sentindo confortável. — disse ele dando alguns passos até mim.
— Na medida do possível senhor. — mantive meu olhar baixo.
— Diga-me o que posso fazer para que se sinta melhor. — ele parou em minha frente, certamente mantinha seu olhar em mim.
— Infelizmente nada. — respirei fundo — Apenas faça o que o senhor deve fazer.

Fechei meu olhos esperando, aquela era a hora em que nosso matrimônio enfim seria consumado e seríamos um do outro para sempre. Ele tocou em meus cabelos, escorregando seus dedos suavemente até minha face, senti um breve arrepio em meu corpo, suas mãos estavam quentes e surpreendentemente eram macias para um burguês.

— Não. — disse ele dando um passo para trás, retirando sua mão de meu rosto — Não a forçaria a fazer tal coisa, sei que não era eu quem gostaria de estar agora.
— E… — abri meus olhos e o olhei — Acaso eu tenho outra escolha? Meu pai possui uma grande dívida com o senhor, este momento deve acontecer.
— Não foi de sua escolha, então…
— Meu senhor, meu pai não me obrigou, apesar do compromisso que ele possuía com o senhor, mas concordei com este matrimônio por minha livre e espontânea vontade, apesar de jamais me imaginar casando por dinheiro.
— Eu também jamais queria que fosse assim, gostaria de te libertar, mas não consigo imaginá-la nos braços de outro homem, não suportaria. — disse ele num tom frustrado e um pouco baixo — Porém como sabemos, esta é a única forma de um matrimônio entre burgueses e nobres acontecer.

O que ele queria dizer com aquilo? Que tinha mesmo a intenção de forçar este casamento com seu dinheiro?

— Senhor, como pode dizer essas palavras? — eu estava confusa com sua afirmação perante mim — Como o senhor pode ter estes sentimentos se nem mesmo me conhece?
— Talvez, eu a conheça mais do que imagina. — ele deu um passo para frente e tocou novamente em minha face — Em um passado distante e esquecido, talvez de uma realidade que tenha se tornado um sonho para… Lady .

Eu não sabia o que dizer, nem imaginava se o que ele dizia fazia algum sentido para mim, respirei fundo sentindo sua mão descer até meu ombro, ele foi se aproximando mais de mim até que seus lábios tocaram meu pescoço. Senti um breve arrepio em meu corpo todo, naquele momento meu coração começou a acelerar, eu não sabia se estava mesmo preparada para o que aconteceria depois.

— Permita-me fazê-la se lembrar daquele passado… — sussurrou ele em meu ouvido.
— Senhor Winches… — fui interrompida por um leve beijo dele, que fez com que meu corpo meio trêmulo se aquecesse.
— My lady. — ele tocou em minha camisola fazendo a alça do lado direito cair do meu ombro e beijou novamente meu pescoço — Permita-me amá-la sem reservas?!

Eu fechei meus olhos sem saber como reagir a sua voz doce e envolvente, logo senti seu corpo junto ao meu, seus beijos começaram de forma gradativa a se intensificar, o que fazia com que meus pensamentos começaram a ficar descoordenados e incontroláveis. Quando mais ele pedia permissão para em amar, mais eu queria entender de onde vinha todo aquele sentimento que parecia cada vez mais sincero.

Eu não imaginava que seria assim, não imaginava que a muralha que tinha construído em volta de mim e do meu coração seria derrubada com apenas uma pergunta. “Permita-me amá-la sem reservas?!” Sempre que ele sussurrava em meu ouvido, sentia meu corpo ceder ainda mais de forma automática, e isso me fazia perguntar o que estava acontecendo comigo.

Externamente meu corpo estava em sincronia com o dele, respondendo ao seu chamado de forma automática, internamente eu estava me sentindo ainda mais aquecida e inesperadamente amada. Era um sentimento novo para mim, paixão, amor ou apenas prazer? Não, o que eu estava sentindo era a mistura tudo aquilo e ainda mais, tinha uma pitada de descoberta, o que me fazia querer entender o que ele realmente representaria para mim a partir daquele momento.

Eu estava permitindo, o imaginei sobre meu casamento no início já havia sido jogado no mar do esquecimento, estava se tornando algo além do que somente um enigma na minha vida. Sentia que o conhecia de fato, de alguma forma ele conhecia minhas dores internas e muito esquecidas, dores essas que estavam gravadas em minhas costas em forma de cicatriz.

A cada beijo que ele dava em cada cicatriz, sentia meu corpo arrepiar, seu toque em minhas costas formando os riscos de cada uma, faziam meu coração pulsar mais forte. Era uma parte de mim que ele parecia conhecer, uma parte da qual não me lembrava, mas que ele demonstrava que também tinha algo gravado nele.

— Senhor… — sussurrei mantendo meus olhos fechados, tocando no alto relevo que tinha no braço direito dele — O que está fazendo comigo? Porque estou sentindo isso?
— Por que você também quer me amar. — sussurrou ele de volta.

Eu queria? Sim, meu corpo inteiro dizia que sim e meu coração já estava se entregando a isso, ao sentimento dele que estava vindo ao meu encontro. Como ele poderia me amar assim de forma tão intensa e me fazer retribuir na mesma proporção, este sentimento me deixava com ainda mais vontade de estar em seus braços.

 

Quando seguro sua mão, o mundo todo tem inveja.
E quando te beijo, percebo que esse sentimento não mudará
O 'para sempre', como todos dizem, talvez não exista,
Mas pode ter certeza, independente de tudo, sempre te amarei.
Aos poucos entenderá isso.
Eu não sei por que,
Esse amor é insubstituível, uma surpresa repentina,
Você tornou-se uma pessoa melhor,
Contanto que viva ao meu lado, à vida é colorida.”
- What Is Love / EXO

 

 

Derbyshire - 1833

:

Eu estava com fome e já fazia três dias que estava caminhando pela beira da estrada, não sabia para qual destino estava indo, mas tinha a certeza de que não voltaria para a workhouse do senhor Cooper, jamais seria escravizado novamente por ele. Mas isso não mudava minha atual situação, eu precisava encontrar algo para comer, mas não sabia como.

Foi quando senti um cheiro vindo ao leste do campo de lavanda, que acompanhava toda a estrada. Pulei a cerca e adentrei o campo, eu estava me movendo de acordo com o aroma que sentia, do que parecia ser um pedaço de carne sendo assado. Em uma certa distância, avistei algumas pessoas, algumas estavam vestes de criadagem e outras trajando roupas de mais ostentação, certamente os donos da casa.

Eu me locomovi de forma silenciosa, poderia até ser comparado a um animal em momento de caça, fui chegando a cada momento mais perto e mais perto, até que me escondi atrás de uma árvore que tinha perto do cercado.

— O que está fazendo?  — disse uma voz.
— Hum?!  — eu olhei para trás de depois olhei para frente novamente, não tinha visto ninguém.

Será que pela fome, estaria eu ouvindo vozes? Ouvi um riso baixo, até que uma garota caiu em minha frente.

— O que está fazendo?  — perguntou ela novamente.
Eu me movi para trás tentando não ficar nervoso, mas tinha que sair de lá.

— Ei, espere.  — ela me gritou.

Mas não olhei para trás e continuei seguindo pelo campo de lavanda. Me abaixei e fiquei ali esperando o tempo passar, quanto mais eu esperava, mais eu sentia minha barriga doer. Algumas horas depois, eu senti uma movimentação no meio do campo, me encolhi ainda mais, pedia a Deus para que não fosse um adulto.

— Ei! Eu sei que ainda está aqui.  — a voz era da menina  — Você está com fome?

Fechei meus olhos colocando a mão na barriga, estava fazendo alguns barulhos involuntários de fome intensa.

— Acabei de ouvir isso.  — disse a voz bem próxima de mim  — Me parece que está mesmo com fome, eu vou deixar isto aqui.

Ergui de leve minha cabeça e vi a menina de costas, voltando para a direção a cerca, eu me arrastei até onde ela estava e tinha um prato de porcelana com alguns pedaços de carne. De imediato minha boca salivou e aquele fundo em minha barriga havia retornado, ela tinha deixado para mim e eu não recusaria, mas estava torcendo para que não estivesse envenenado e que não fosse a última refeição da minha vida.

Eu peguei o prato para voltar onde eu estava me escondendo, e observei que havia uma chave caída. Será que ela tinha perdido ou deixado de propósito? Peguei a chave e guardei no bolso da calça, assim que comi todos os pedaços de carne, me mantive agachado novamente esperando.

Assim que escureceu, segui em direção ao castelo, de longe parecia grande, porém de perto era um pouco pequeno para ser um castelo, segui pelos pontos cegos que não tinha empregados. Parecia que os donos já tinham se recolhido e que estavam todos em seus aposentos, era loucura de minha parte, mas eu iria tentar abrir as portas com aquela chave.

Com os dedos cruzados e torcendo para que ninguém me ouvisse, tentei abrir a porta mais importante de todas, a da cozinha. Assim que a tranca fez aquele barulho e a porta se abriu, eu entrei silenciosamente, quase segurando minha respiração.

— Finalmente.  — disse uma voz feminina vindo de trás de mim.
— O que?  — eu olhei para trás e lá estava a menina atrás da porta me olhando com um sorriso.
— Pensei que não tivesse visto a chave.  — disse ela correndo seu olhar em minhas roupas.
— Vim agradecer pela comida e devolver isso.  — disse esticando a mão com a chave.
— Lady Lewis o que faz acordada ainda, sabe que seus pais estão em viagem, por isso deve se comportar dobrado e dar exemplo a suas irmãs.  — disse uma mulher entrando na cozinha, ela lançou sua face para mim  — Oh, céus, o que… Quem é esta…  — vi seus olhos focarem na chave em minha mão  — Seu ladrãozinho.
— Não, eu posso explicar.  — disse a garota pegando a chave de minha mão.
— Venha lady Lewis.  — a mulher a puxou pelo braço  — Não deveria estar aqui, menos ainda com um ladrão.
— Mas ele…  — a garota tentou argumentar.
— O que está acontecendo aqui, estou ouvindo as vozes do corredor.  — reclamou um homem entrando na cozinha.
— Senhor Rochefort, dê um jeito nessa criança, ela roubou minha chave e invadiu o Lewis Castle. — explicou ela olhando para mim em fúria.
— Ah, seu ladrãozinho. — disse o homem vindo em minha direção.

Eu que estava estático naquele momento, tentei me locomover para sair daquele lugar, mas o homem pegou forte em meu braço.

— Me solte senhorita Morre. — gritou a garota — Ele é inocente, fui eu quem pegou sua chave e dei a ele.
— Lady Lewis. — a mulher a olhou com ar de decepção — Não acredito que tenha feito isso, ajudando um órfão rejeitado a roubar?
— Ele é uma pessoa como eu e a senhorita. — retrucou ela desviando seu olhar para mim — Me desculpe, só queria te ajudar.
— Oh, que audácia. — a mulher segurou ainda mais forte no braço da garota — Lady Lewis não deve se desculpar com a plebe, venha terei que te castigar por esse seu ato de rebeldia.

A mulher saiu arrastando a garota consigo, eu conseguia ouvir seus gritos pedindo para que o tal senhor Rochefort me deixasse ir sem me machucar, a garota estava se colocando em meu lugar dizendo a culpa era toda dela. Eu tinha nove anos e nunca ninguém havia me defendido como aquela garota, Lady Lewis.

O homem ainda me prendendo em seus braços me arrastou para fora da casa e como castigo, fez um corte profundo em meu braço para que eu me lembrasse de nunca mais deixar uma dama fazer tal coisa por mim. Nem mesmo invadisse uma casa para roubar.

Eu corri o máximo que pude, por mais que meu lado racional me quisesse longe daquele lugar, eu não conseguia parar de pensar daquela garota, parei no meio do campo e olhei para trás, queria e precisava ver se ela estava bem. Me mantive naquela mesma posição por mais algumas horas, pela posição do céu já era alta madrugada.

Foi quando senti uma movimentação no campo, me abaixei de imediato e fiquei em silêncio, estava com medo que fosse o tal senhor Rochefort.

— Você ainda está aqui? — era a voz dela — A senhorita Moore é uma preceptora muito distraída,  então eu consegui pegar a chave novamente, mas desta vez, trouxe assim você não ficará com problemas novamente.

Eu levantei minha face de leve, ela estava de costas para mim, vestida com uma camisola de linho, o brilho da lua em suas costas me permitiram ver algumas marcas de sangue em forma de traços. Ela também havia levado um castigo grande, por minha causa.

— Vou deixar aqui, espero que não fique com fome novamente. — disse ela se abaixando e deixando uma trouxa de tecido no chão — A propósito, eu não sei o seu nome, mas quero que saiba o meu, sou a lady Lewis, filha do Conde de Carnarvon.

Esperei até ela se afastar o máximo possível e caminhei até a trouxa de tecido que ela tinha deixado, olhei superficialmente ela tinha enchido aquilo com muita comida. Voltei minha visão para frente novamente, ainda conseguia avistar ela ao longe, voltando para o castelo.

— Lady Lewis. — sussurrei para mim mesmo.

Naquele momento mais do que seu nome, eu a estava gravando em meu coração, e aquilo tinha me feito decidir que no futuro ela estaria comigo e seria minha, sem reservas.

 

Houve um evento que me fez feliz hoje, o momento quando
Te conheci e o fato de que eu sabia que tinha alguém para amar.”
- Creating Love / Personal Taste OST (4minute)


"CARIDADE: Mesmo que não acreditamos ou percebemos, tudo de bom que fazemos ao próximo, acaba voltando para nós." - by: Pâms



The End...




Nota da autora:
Então, segundo minha senpai Nat, que é louca por histórias do século XIX, esta história foi meu melhor insight!!! *-*
Senti a responsabilidade agora, kkkkk... Espero que tenham gostado, é minha prmeira história nesse gênero e nesta época, não sou muito boa com romances, mas esse até eu achei que me superei!!! É Deus!!
Críticas, sugestões e alogios são bem vindo, me desculpem qualquer erro... *-* Obrigada por lerem!!!





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