Última atualização: 23/08/2017

Eu não sei parar de te olhar...

Fui despertando aos poucos, meu primeiro pensamento era abrir os olhos e olhar para a mulher mais maravilhosa do mundo. Mas logo uma momentânea frustração tomou conta de mim, o lado escuro da minha vida sempre estaria ali para me lembrar de minhas limitações.

Porém, ao respirar fundo, me lembrei que poderia vê-la de outra forma, minha deficiência na visão não seria mais uma porta para a solidão, pois Deus tinha me dado um brilho que sempre iluminaria meus dias. Me espreguicei bem devagar na cama, abrindo meus braços e a procurando em meu lado, o que fez meu coração acelerar um pouco, não queria sentir que estava apenas sonhando.

— Não admito que pense que foi um sonho, . — disse ela com sua voz suave, parecia que estava perto da escada.
— Com tantas coisas boas acontecendo… — comecei a explicar.
— Não. — protestou ela, sua voz estava mais perto — Já disse que não quero.

Ela riu de leve, ouvi seus passos vindo para minha direção, então senti seu corpo subir na cama, ela engatinhou até mim e me deu um beijo suave, fazendo meu coração se aquecer ainda mais. Envolvi meus braços nela, a fazendo deitar sobre mim, logo se aninhou em meus braços e pousou sua cabeça em meu tórax.

— Obrigada pela nossa primeira noite. — sussurrou ela de leve.
— Eu que agradeço por tudo que fez em minha vida, por entrar nela. — sussurrei de volta, sentindo a respiração tranquila que vinda dela — Posso te fazer uma pergunta?
— Sim. — ela moveu de leve a cabeça.
— Como foi acordar com um aparente estranho do seu lado? — segurei o riso.

Porém ela de imediato riu.

— Digamos que eu não dormi. — respondeu ela.
— Não?! — estava impressionado.
— Não, não queria esquecer tão rápido, o que vivemos. — explicou ela tranquilamente — Apesar de saber que agora sempre será uma primeira vez para mim.
— Acredite, para mim também sempre será a primeira vez. — aconcheguei ela ainda mais em meus braços.

Ela começou a cantarolar suavemente, permaneci em silêncio ouvindo sua doce voz, a cada nota, eu tentava ainda mais construir sua face em minha mente. Era complicado conseguir vê-la nitidamente, mas nos pequenos detalhes e em momentos profundos, a forma do seu rosto se fazia presente em meus sonhos, acompanhado daquele doce aroma de seu perfume que iniciou tudo para nós.

— No que está pensando? — perguntou ela ao parar de cantarolar.
— Em você. — direito e sincero.
— Hum, e exatamente o que relacionado a mim? — insistiu ela.
— Em como jamais vou conseguir parar de te olhar. — expliquei — Mesmo…
— Não precisa terminar. — ela moveu seu corpo para ficar de frente para mim — Sei, que em todos os outros sentidos você pode me ver, é isso que me deixa ainda mais realizada.

Em segundos, seus lábios tocaram os meus em uma leveza e doçura que fez meu corpo arrepiar, era como uma descarga de elétrica que me mantinha cheio de energia e esperançoso. E mesmo demorando um pouco mais para nos levantar, foi a minha melhor manhã de recém casado, tinha certeza que as próximas superariam.

- x -

— Você realmente precisa ir? — perguntou ela assim que terminei de me trocar.
— Sim. — me virei para sua direção — Meu chefe não pode vir ao nosso casamento e pediu para que eu fosse até a redação hoje, então preciso ir.
— Hum, será que é algo importante? — perguntou ela.
— Não sei, mas…
— Mas?
— Tive uma ideia. — peguei minha mochila e ajeitei nas costas — Que tal um piquenique na hora do almoço?
— Sério?! — sua voz tinha traços de surpresa.
— Super sério. — sorri de canto — No Central Park.
— Hum. — ela deu alguns passos até mim — Estou gostando da ideia.
— Eu também. — pisquei de leve para ela e coloquei os óculos que estavam na minha mão.
— Então, eu te espero perto do lago.

Assenti com a cabeça, ela me acompanhou até a porta e antes que me afastasse, ela me deu um selinho de leve, como uma forma de despedida. Segui em direção a redação onde trabalhava, no meio do caminho acabei esbarrando com , que como sempre se surpreendeu por eu conseguir reconhecer ele no meio das pessoas que passavam.

— Eu já disse , seu perfume te entrega. — ri dele enquanto atravessamos a rua.
— Acho que terei que mudar de marca. — ele riu também.
— Sabe que memorizo rápido. — disse a ele.
— Claro, foi assim que continuou sua busca pela dona do perfume de jasmim. — relembrou ele minha jornada.
— O melhor perfume do mundo. — confirmei dando um largo sorriso — E por falar em perfume, como está indo com a Darya?
— Bem, estamos nos conhecendo, a convidei para jantar no meu apartamento. — respondeu ele.
— Seja um bom anfitrião e respeitoso, se fizer a Darya sofrer eu te jogo da Manhattan Bridge — disse me referindo a ponta da cidade.
— Yah, não seja tão cruel assim. — ele riu — E desde quando é tão protetor assim com a Darya?
— Desde de agora, ela se tornou uma grande amiga para mim. — expliquei tranquilamente — Além do mais, acho que agora você encontrou a garota certa.
— Hum, o que aconteceu com aquele cara que falava mal do perfume dela e da voz. — questionou ele sem hesitar.
— Digamos que a julguei mal, não pelo perfume, que era realmente horrível, mas por sua voz, além do mais, depois que a conheci pude perceber que é uma pessoa muito simpática, ao contrário da Nalla.
— Sei.
— E já falando sobre essa diferença, acho a Darya muito bonita. — estava mesmo sendo sincero.
— Ela é. — afirmou com segurança — Aqueles cabelos cacheados e aquele sorriso, ela realmente está tomando meus pensamentos.
— Estou percebendo. — eu ri — Fico feliz em te ver assim feliz também.
— Bom, acho que chegamos. — disse ele parando.
— Nossa, perdi a percepção da distância por um momento. — sibilei um pouco — Acho que te acompanhei no automático.
— Notei isso. — ele riu.
— Mas o que veio fazer aqui? Na redação? — me virei para a porta e segui.
— Ah, vou ter um almoço de negócios com seu chefe. — respondeu ele me acompanhando.
— Espero não ser convidado. — fui honesto — Tenho um piquenique marcado para o almoço, e hoje é meu primeiro dia como recém casado.
— Não se preocupe. — ele abriu a porta para que eu entrasse primeiro e veio atrás de mim — Sabemos que você jamais aceitaria, além do mais, te privar de ficar com a seria um pecado.
— Já está sendo um, eu tendo que vir aqui agora pela manhã. — reclamei deixando transparecer um pouco de insatisfação.

Ele riu de mim, mas era sério. Para minha sorte, Jack estava no hall do prédio e ali mesmo resolveu o que queria comigo, surpreendentemente minha ida até a redação naquela hora, era por causa do presente de casamento que ele tinha preparado para mim. Meu corpo gelou quando ele me deu o envelope com as passagens para Malibú, e as chaves da casa dele em frente à praia.

Aquele era seu presente e uma forma que encontrou, para se desculpar por não ter ido a cerimônia. Eu agradeci aceitando, jamais imaginaria um lugar melhor para ter uma lua de mel com a , menos ainda se realmente teríamos uma lua de mel, mas passar o final de semana em Malibú seria perfeito para nós dois.

Ainda faltava algumas horas para o almoço, então decidi dar uma volta pela cidade e comprar algumas flores para presentear minha linda esposa. O tempo foi passando e assim que cheguei perto do lago do Central Park, se aproximou de mim com animação e felicidade.

— Espero não ter demorado. — disse receoso lhe entregando as flores.
— Não. — ela pegou as flores me dando um beijo no rosto, depois segurou em minha mão de leve — Acabei de chegar também.
— Então vamos escolher nosso lugar. — sugeri — Aqui é muito grande, precisamos de um lugar fresco e com sombra.
— Hum, acho que sei onde, mas preciso saber se está tudo bem sentar na grama.
— Claro. — assenti — Desde que esteja ao seu lado.

Ela deu uma risada calorosa, me puxando para a direção que queria. A acompanhei até chegarmos perto de uma árvore que ela tinha escolhido, ela esticou a toalha de mesa sob a grama e nos sentamos. preparou uma torta de frango para nosso almoço, além de levar algumas frutas e latinhas de suco.

— Tenho uma novidade para contar. — disse assim que terminamos de comer.
— Novidade?! Qual?!
— Esse final de semana, vamos para outro lugar. — contei.
— Para onde? — indagou ela com aquele tom de curiosidade.
— Malibú.
— O que?
— Meu chefe nos deu uma viagem de presente. — eu retirei o envelope da mochila e entreguei a ela — Nossa lua de mel.
— Oh.

Ela pegou o envelope da minha mão e abrindo, começou a ler. Pela sua voz e respiração, pude perceber que ela estava contente e entusiasmada com nossa viagem, além de começar a traçar planos e passeios noturnos pela praia. Me deixando ainda mais ansioso para nossa lua de mel.

- x -

Finalmente após dois dias nos preparando para a viagem, entramos na casa de praia do meu chefe, nas palavras de , além de bonita e bem decorada, a casa era ampla e espaçosa, o que me ajudaria a locomover sem me preocupar em bater a perna.

Levamos nossas malas para o quarto principal, que já estava todo arrumado para a nossa hospedagem, assim como o resto da casa. Senti o cheiro de flores do campo ao entrar no quarto, elas estavam em um vaso ao lado da porta, logo abriu as cortinas deixando a claridade entrar.

Passamos um bom tempo colocando as roupas no armário, além das pausas para as fotos que ela sempre fazia. Minha esposa querida queria registrar cada momento de nossa lua de mel, para seu álbum de fotos e estava muito empolgante para mim também.

— Hum, está me dando uma fome. — disse me espreguiçando — Que tal sairmos para comer fora?
— Pensei que quisesse cozinhar comigo. — comentou ela com um tom decepcionado.
— Bem, eu não sei o tamanho da cozinha, mas posso perceber que tem ótimos planos para nosso almoço. — sibilei um pouco.
— Bem, seu chefe deixou a dispensa cheia. — comentou ela pegando em minha mão — O que nos ajuda muito.
— Acho que ele pensou em tudo. — ri baixo — Então, qual será o nosso cardápio?
— Que tal spaghetti. — sugeriu ela se virando para a porta e me puxando junto.

Era mesmo divertido cozinhar com , além de uma excelente chefe e muito paciente comigo, ouvi-la cantarolando me deixava ainda mais calmo e em paz. Mesmo sendo tudo novo para mim, e sempre descoordenado com o amplo espaço que tinha, não foi difícil encontrar todos os objetos que utilizamos.

— Você se lembra da textura certa do cozimento? — perguntou ela ao me entregar o garfo, com um pouco de macarrão para que pudesse experimentar.
— Acho que sim. — ri de leve pegando o garfo com cuidado — Deve ser ao dente.
— Exatamente concordou ela. — se afastando — E acho que está bom.

Eu provei o macarrão e fiquei analisando um pouco.

— Está pronto. — confirmei.
— Então agora vamos para o molho. — ela pegou em minha mão me puxando para mais perto do fogão — A parte mais importante.
— Não. — envolvi meus braços em sua cintura — A parte mais importante é estarmos juntos.

Desta vez a iniciativa foi minha, mas meus lábios acabaram encontrando a ponta do nariz dela, o que me fez perceber que era um pouco mais baixa do que eu imaginava, ou eu que era alto demais. Era riu de leve e logo seus lábios tocaram os meus, a sensação era sempre melhor quando o beijo partia dela.

Seu beijo era como o sol tocando minha pele pela manhã, caloroso e aquecedor, intenso e doce.

— Tem razão, a parte mais importante é estarmos juntos. — sussurrou ela ao pegar minha mão e levar até sua face, estava com um largo sorriso.

Acariciei de leve, vê-la daquela forma deixava meu coração ainda mais acelerado. Deslizando minha mão pelo contorno de seu rosto, faziam com que sua imagem automaticamente se projetasse, diante da escuridão que se mantinha em meus olhos, como o brilho de um anjo.

— O seu sorriso é tão lindo e sublime. — sussurrei de volta — Eu posso vê-lo nitidamente.
— Nada me deixa mais feliz do que isso. — ela pegou minha outra mão e entrelaçou nossos dedos, ainda mantinha o sorriso no rosto — Quero que sempre consiga me ver, te todas as formas possíveis.
— Acredite, até em sua respiração, consigo de ver.

Um pequena lágrima escorreu no canto dos olhos dela, chegando até minha mão.

— O que seria essa lágrima? — perguntei meio assustado.
— De felicidade. — ela se afastou um pouco — Ah, precisamos terminar nosso almoço.
— Verdade. — eu ri — Acho que ainda falta o molho.
— Sim. — afirmou ela — Vamos preparar nosso molho, já que o macarrão está pronto.

As horas foram passando e resolvemos dar um leve passeio pela orla da praia, já que ficava exatamente em frente à casa, poderíamos aproveitar a brisa do mar sem nos afastar muito.

Caminhamos descalços pela areia, a cada passo que eu dava sentindo meus pés afundando, mais e mais me sentia em contato com tudo em minha volta. De mãos dadas com ela, em sincronia até mesmo na respiração, minha vontade era de eternizar aquele momento, parar tudo e nunca mais ter que voltar para Manhattan.

Porém, estava em paz, aquele equilíbrio que conseguia sentir não era por causa da areia, nem pela brisa do mar que nos encobria, nem o barulho dos pássaros ao horizonte. A razão para o que estava sentindo naquele momento estava ao meu lado, era que me completava, e isso me fazia agradecer a Deus todos os dias por tê-la enviado para minha vida.

E mesmo que ela não se lembrasse de mim na manhã seguinte, seu coração ainda bateria por mim.

— Está muito pensativo. — comentou ela ao parar e sentar em uma rocha que tinha perto.
— Só estou te olhando. — disse ao me sentar ao seu lado.
— Tem certeza que é somente isso? — insistiu ela.
— Para ser sincero, estava tentando eternizar esse momento. — expliquei — Eu, você, o mar, tudo à nossa volta aumentou ainda mais nossa conexão.
— Fico feliz por isso, o que me faz querer eternizar também. — ela se remexeu encostando sua cabeça no meu ombro — Então vamos a mais uma foto.
— Sua forma de eternizar também é muito boa. — comentei sorrindo para a foto.
— Nosso álbum especial vai ficar pequeno para tantos registros — ela riu após o barulho da câmera.
— Bem, compramos outro e mais outro…

Fui interrompido por um selinho dela, eu amava quando ela fazia isso, sempre me interrompendo com um beijo ou um abraço, como se soubesse exatamente o que eu queria ganhar. Nos mantivemos por um longo tempo ali sentados, cada um do seu jeito vendo o pôr-do-sol, o melhor final de tarde de todos até agora.

Nossa noite se estendeu em um lual que estava rolando pouco mais à frente, se mostrou animada com aquilo, então sugeriu que ficássemos para curtir uma boa música. O que levou ela a me contar, sobre a época que ainda estudava antes do acidente dela, fiquei um pouco triste novamente, não por mim, mas por ela não poder ter terminado seus estudos, por causa da memória.

Mas logo me desfiz de todo pensamento negativo, deixei minha atenção somente em apreciar a boa música e olhar para minha linda esposa, de mãos das a ela e sentados em um banco. Logo ela encostou sua cabeça em meu ombro, a envolvi em meus braços, aninhando-a de forma de forma carinhosa, percebi que nossa respiração estava sincronizada.

— Assim como você pode me ver de todas as formas… — ela entrelaçou nossos dedos — Eu também posso me lembrar de você, sem precisar da minha memória.
— Como?! — perguntei curioso.
— Com meu coração, que mesmo nos momentos que eu ainda não saiba ao certo quem você é, sempre acelera quando te olho. — explicou ela.
— Sério?
— Estou vivendo isso todos os dias pela manhã. — ela mexeu seu corpo de leve e me beijou novamente.

Suas palavras e seu beijo me aqueceram ainda mais.

Meu coração acelerado com sua doçura e brilho, que deixava aquela escuridão afastada de mim, sabia que mais do que nossa lua de mel, todos os outros dias de nossas vidas seriam ainda mais especiais.

Por que ela estava ao meu lado e eu podia vê-la, de todas as outras formas possíveis!

 

“Eu não sei parar de te olhar,
Não sei parar de te olhar,
Não vou parar de te olhar,
Eu não me canso de olhar,
Eu não vou parar...de te olhar.”
- É isso aí / Ana Carolina





The End...




Nota da autora:
Annyeonghaseyo!!! Mais uma participação em mixtape saindo... Espero ter conseguido pegar a essência da música e feito algo legal!!!
Com a final de I Need You Girl, fiz esta pequena oneshot com a lua de mel desse shipp fofo, em breve mais spin-offs dessa fic linda!
Me desculpem qualquer de gramática ou betagem, eu só vejo isso depois que a fic entra no site, não desistam de mim, kkkk...
Críticas e elogios sempre serão bem-vindos!!
Bjinhos...
By: Pâms!!!!





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