Sol da Meia Noite
Oslo - Verão de 1817
— Duque. — disse a mulher ao vê-lo entrar em seus aposentos, levantando-se com suavidade da cadeira em que se assentava e fechando o livro em sua mão — Em que posso ajudar, vossa graça?!
Ela manteve o olhar suave para ele, que permaneceu próximo a porta.
era um homem silencioso e observador, profundo em vossos olhares. Nascido na casa de Magnus e educado pela mulher mais influente da sociedade de Oslo, Lady Magnolia Docel. Em toda a sua vida, o homem havia sido educado para ser o mais perfeito cavalheiro após o matrimônio e o melhor de todos os nobres perante os lords da alta aristocracia norueguesa. Ser o duque de Hilsen era uma honra e ao mesmo tempo um fardo, algo que só lhe era aliviado ao olhar para ela no final do dia.
— Atrapalho? — perguntou ele, fechando a porta com leveza.
— Não vossa graça. — ela sorriu com gentileza para ele, deixando o livro na mesinha de apoio ao lado — Não consegues dormir novamente?
— Não. — respondeu ele, com a voz suave — Peguei-me em meus aposentos, olhando para as estrelas e…
— E? — insistiu ela.
— Não quero atormentá-la com minhas preocupações. — disse ele — Hoje foi um dia agitado e deverias estar descansando agora.
Sim, de fato o dia havia sido de fortes emoções proporcionadas pelas festividades de um vilarejo próximo a capital, celebrando a despedida da primavera. A presença do duque e sua esposa foram mais do que requisitadas, pelo povo que o tinha como o melhor do país. Isso se demonstra através da próspera colheita no último ano que lhe duplicou as riquezas e alegrou os camponeses de sua administração.
— Vossa graça jamais me atormentaria. — afirmou ela, mantendo o olhar nele que se aproximava — O que vos preocupa meu senhor?
— Assuntos inoportunos que querem desviar minha atenção. — ele continuou seguindo até ela — Não sabe como sou grato a Deus por tê-la ao meu lado.
— Também sou grata, vossa graça. — ela fez uma breve reverência com o olhar — Ainda tenho nosso matrimônio como um sonho do qual não quero acordar.
— . — sussurrou ele, ao segurar em sua mão, chamando-a pelo nome.
Lancaster, uma jovem viscondessa inglesa que se apaixonou pelo duque em sua passagem pelas terras britânicas. Não fora fácil para ela conquistar o gélido coração de , que no início da temporada de casamentos, se encontrava irredutível na ideia de casar-se com uma donzela londrina. E mais trabalhoso ainda, conseguir a confiança de vossa severa tutora da infância. Entretanto, no final da estação, vossa graça fez o tão sonhado pedido, lhe desposando dias depois.
— Se vossa graça me dizer o que desejas, poderei lhe ajudar. — insistiu ela, ao senti-lo tocar em sua cintura com delicadeza, aproximando-a dele.
— Esta é nossa primeira noite em Oslo. — disse ele mantendo o tom baixo — Somente desejo aproveitar me do momento com minha bela esposa.
— Tens certeza de que não prefere comparecer ao jantar de vossa graça, o duque de Oldemburgo? — ela tentou manter-se firme, apesar da aproximação do marido.
— Só estar com vossa graça, minha esposa. — seus lábios tocos os dela com suavidade.
consentiu o beijo que ele iniciara. Após o retorno de Londres findando a lua de mel, só havia estado intimamente com o marido uma vez. Tendo dividido a atenção do mesmo com os problemas do vosso ducado. Agora, ali estavam ambos de cortinas fechadas, sob o sol da meia noite, desfrutando da companhia um do outro. E isso era o que Magnus mais desejava, após dias longe de sua esposa. Poder amá-la sem reservas e não se preocupar com o mundo que se movia fora daquela quarto paredes.
O duque finalmente havia encontrado a felicidade não somente no sorriso de , mas também ao sentir o calor de seu corpo aninhado ao dele. Um coração que passara grande parte da vida frio e distante das alegrias da vida, agora era preenchido pelos beijos de sua duquesa. Tão ardentes que lhe arrepiava o corpo e aquecia a alma.
— A quantas horas estamos aqui vossa graça? — sussurrou aninhada em seus braços, se cobrindo mais com os lençóis da cama.
— Não importa. — disse ele.
— Senhor… — ela ergueu o corpo o olhando surpresa por suas palavras — Pensei que tivesse mais compromissos em Oslo.
— Pode dizer o meu nome, estamos em nossa intimidade, não seja tão formal, já tens meu coração, podes dizer. — ele manteve o tom baixo.
— . — sussurrou ela, ainda tímida em pronunciar o nome do vosso marido.
manteve seu olhar na face de sua esposa, que seguia iluminado por um feixe de luz que entrava pela janela. Sua vida havia se enchido de cores ao conhecê-la na primavera. Ele sabia que seu coração continuaria aquecido, pois todos os dias iria amanhecer ao lado daquela em que seu olhar sempre se perdia.
Ao me perder em seu olhar algo aconteceu
Milagrosamente o amanhecer
Começou a se encher de cor.
- Hace un instante / RBD
“Amor: A medida do amor, é amar sem medida.” - by: Pâms
FIM.
Mais um ficstape, espero que tenham gostado.
Bjinhos...
By: Pâms!!!!
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