Última atualização: 07/01/2021

1. Mudança

Inverno de 2018
- Sollary Hospital, New Orleans

Desde a infância, Sollary sabia que nasceu em uma importante família constituída por médicos e cirurgiões. Aos 12 anos já havia escolhido sua especialização em cirurgia de trauma. Por seu alto QI, pulou a sétima série e com uma pequena ajuda da Continuum, foi aceita na University of Cambridge aos 16 anos, sendo a mais jovem aluna na história do curso de medicina. Ser um prodígio em sua família era uma benção, porém as responsabilidades sobre suas costas só aumentaram ao longo dos anos. E mesmo não sendo a herdeira Sollary, sabia que mesmo assim teria um papel importante para manter a influência da família na sociedade.

— Não acredito que ficarei sem você em Seattle. — comentou Mia Sollary, a herdeira da família, ao vê-la arrumando suas coisas na sala dos médicos cirurgiões, indo em direção ao seu armário — Mas sei que é por uma boa causa.
— Você sabe que o objetivo de um Sollary é ser cirurgião chefe no futuro, e este hospital sendo a matriz dos Sollary, já tem uma dona. — explicou de forma serena, ao olhar a prima — E sabemos disso, além do mais, depois da gagada que meu irmão Derek fez no hospital de New Orleans, com toda a história do desvio das fórmulas dos Bakers e corrupção na família, claro que o tio Gregory me mandaria para lá consertar o estrago.

Sim. estava encarregada de limpar a bagunça de seu irmão mais velho e salvar a honra da família perante os Bakers. Não era novidade entre os membros de uma família Continuum, alguns que tinham a sede pelo poder mesmo não sendo os herdeiros legítimos. E Derek Sollary era um desses, o jovem rapaz ambicionava ganhar mais e obter o poder suficiente pra derrubar Mia e seu tio Gregory. Porém, seus planos foram frustrados quando Annia Baker, a nova chefe das Indústrias Baker, conseguiu descobrir todo o seu esquema de desvios de fórmulas especiais e medicamentos.

— Espero que consiga. — disse Mia com um olhar esperançoso em desejo de boa sorte para ela — O hospital de New Orleans é o segundo mais importante e rentável da família, então você sabe o motivo do meu pai te mandar para lá.
— Preciso mesmo adivinhar? — olhou intrigada para a prima.
— Você é uma das seletas pessoas que mais confio em nossa família e na Continuum. — assegurou a residente herdeira ao começar a trocar de roupa — , por isso indiquei seu nome ao papai, só não imaginava que ele levaria em consideração.
— Tio Gregori tem levado muita opinião sua em consideração. — observou ao retirar seu jaleco e dobrá-lo.
— E como o tio Osvald reagiu? Não pude participar da ceia de natal, estava em cirurgia de cardio com o dr. Kim. — perguntou Mia curiosa — Soube que sua mãe ficou arrasada.
— Sim, está um caos na casa dos meus pais e de certa forma, estou meio feliz por me mudar de Seattle. — confessou a cirurgiã soltando um suspiro aliviado — Depois que consegui minha especialização no trauma, acho que essa será minha segunda grande conquista.
— Sair de casa? — brincou Mia.
— Não. — riu — Eu já meio que morava com a Torres, lembra? Sua madrinha me alugou o porão da casa dela. Uma pena que agora não vou poder fazer meus exercícios físicos naquele quintal incrível. 
— E por falar em exercícios, tenho andado meio sedentária, apesar da correria no hospital, meu pai me cobrou caminhar com ele todas as manhãs. — comentou Mia abrindo um largo bocejo, sendo escondido por sua mão — Mas como eu faço isso depois de uma madrugada de plantão na emergência?
— Ai, que dureza, ele te colocou no plantão, né? — fez uma careta — Eu detestava quando ele fazia isso comigo nos meus tempos de residente.
— Sim, ele teve a coragem de dizer que no plantão eu terei a oportunidade de aprender mais, então agora vou trabalhar no sistema 12 por 36. — Mia bufou um pouco e guardou seu jaleco no nicho dela, pegando sua bolsa conferiu se o celular estava dentro — Isso tem me deixado maluca.

Maluca ou chateada por não ter tanto tempo para o namorado? Pensou sobre a vida amorosa de sua prima.

— E o Baker? — a olhou com malícia — Ele passou a madrugada aqui te esperando, fiquei até com dó dele, mas achei fofo.
… — ela soltou um suspiro profundo — Eu ainda não sei lidar com tudo isso relacionado a ele, há três anos, depois que Sebastian terminou de vez comigo, prometi a mim mesma que nunca me relacionaria com um Continuum novamente.
— Nunca diga nunca. — soltou uma gargalhada maldosa.
— Boa amiga você é. — Mia riu junto — Só quero ver quando se apaixonar por algum interno novinho e ficar caidinha por ele.
— Vira essa boca pra lá. — deu dois toques na parede do nicho em sua frente, o móvel era de madeira — Eu juro que não sei qual é essa coisa desses bebês de fralda tentarem algo pra cima de mim, mas eu não vou dar nenhuma chance para um interno que nem sabe suturar direito, eu nem tenho cara de baby sitter.

Elas riram do comentário.

— É sério, eu queria um homem mais maduro, seguro de si sabe, que deixasse minhas pernas bambas e minha respiração falha... Se eu encontrasse um Tony Stark, me casaria na hora, mas só aparece Tom Holland na minha frente, cheirando a leite ninho e querendo cookies no café da manhã… — ela suspirou fraco — Me cansei de atrair somente homens mais jovens que eu.
— Isso é porque você entrou na faculdade com 16 anos e é extremamente jovem se comparar com os outros cirurgiões da sua especialização. Você já se olhou no espelho ? — Mia riu novamente dela, mas tinha razão no seu comentário — Você nem tem cara de 28, parece até uma colegial recém-chegada em Harvard como caloura de medicina de tão perfeita que a sua pele é, acabou de conseguir sua especialização em trauma com excelência, é linda, inteligente e atraente.
— Não custa nada eu encontrar um homem assim, dois, três anos mais velho que eu então. — ela cruzou os braços — Neste hospital ou são novos demais, ou são velhos demais.
— E você não é nada exigente, não é? — Mia colocou a mão na cintura e a olhou sério.
— Claro que não, só tenho gostos peculiares. — brincou a cirurgiã — O seu Baker não tem nenhum primo não? Até um Dominos, eu estou aceitando.

Mia soltou uma gargalhada agora.

— Todos os Dominos que conheço e tenho contato, estão comprometidos. — disse a residente Sollary.
— Até o Simon? — olhou triste e decepcionada.
— O Simon é mais novo que você. — observou Mia.
— Verdade, mas olha… Pra ele eu abria exceção, ele tem maturidade que muito homem não tem.
— Bem, a festa da Continuum oferecida pelos Dominos está próxima e já confirmei seu nome na lista de representantes dos Sollary. — alertou Mia — Eu quero você lá.
— Sério? — manteve o olhar frustrado — Eu troco mil festas da Continuum por uma cirurgia de trauma.
, você terá que se acostumar, já que é meu braço direito na família, e a partir de agora, por mais que eu não queira, meu rosto estará estampado em tudo que for respeito a nossa família e vou te arrastar comigo nesse barco. — assegurou.
— Farei o possível para ir. — disse a cirurgiã.
— Impossível . — corrigiu Mia.

Ela riram um pouco e Mia se despediu da prima, novamente reforçando sobre a festa da Continuum. terminou de juntar todas as suas coisas dentro das caixas. Instrumentos pessoais, documentos, artigos e livros que mantinha no hospital ao seu alcance para pesquisas de urgência. Assim, ela pediu a um dos funcionários da limpeza, conduzir as caixas até seu carro no estacionamento. Antes de deixar oficialmente o hospital e pegar a carta de transferência no RH, ela passou na sala de seu pai.

— Atrapalho? — disse ela ao dar dois toques na porta que estava entreaberta.
— Não querida. — o olhar caído de seu pai foi em sua direção.
— Está melhor hoje? — perguntou adentrando a sala, mantendo o olhar preocupado nele.
— Tentando me levantar depois do golpe de seu irmão. — respondeu ele segurando sua frustração — Depois de tudo que ensinamos a vocês dois sobre família e lealdade, sinto que falhei em algo.
— A culpa não foi sua, Derek procurou com suas próprias mãos. — argumentou para que o pai não se auto julgasse tanto.
— Está de partida para New Orleans? — perguntou ele ao vê-la pela primeira vez em sua sala sem o jaleco no corpo.
— Sim, como sabe, o tio Gregori me enviou para o hospital ômega. — respondeu prontamente.

Sim, se o Sollary Seattle Hospital era tudo como o hospital alpha, o Sollary Hospital de New Orleans era o ômega, e ambos sendo os melhores, mais qualificados e lucrativos da família. Seu pai a alertou sobre alguns funcionários que ela teria que lidar, e lhe entregou a chave da casa que os pertencia na cidade. Ela assentiu a todas as orientações do pai e se retirou de sua sala. Era um novo ciclo que se iniciava na vida de que a deixava animada e ao mesmo tempo apreensiva.

Uma responsabilidade como aquela não seria entregue nas mãos de qualquer pessoa, e sendo uma Sollary, errar não era uma opção.

--

— Boa sorte para mim. — sussurrou ela para si mesma, parando diante do grande Sollary Hospital da cidade de New Orleans.

Se lembrando vagamente da única vez que esteve dentro dele para sua reinauguração após a reforma há 10 anos. 

Desde aquela época, quando iniciava seus estudos em Cambridge, sua ambição era ter a chance de trabalhar ali e futuramente ser a cirurgiã chefe do hospital ômega da família. Dando o primeiro passo com a perna direita, seguiu para a entrada. Chegando à recepção, olhou em suas volta discretamente com curiosidade. Se a estrutura arquitetônica do hospital alpha era tradicional e antiga, o ômega após a reforma transmitia um ar de modernidade e tecnologia de ponta. O que a levou perceber, com uma residente passando, que até os prontuários eram digitais em um tablet.

— Bom dia, posso ajudá-la? — disse uma funcionária ao se aproximar dela.
— Gostaria de falar com o dr. Collins. — disse a mulher que trajava o conjunto azul claro, certamente era uma enfermeira.
— O dr. Collins está em cirurgia, seria sobre algum paciente? — outra mulher se aproximou com um olhar mais intimidador e superior.

olhou de relance em seu jaleco escrito, dra. Morgan. Me voltei para ela, mantendo a tranquilidade no olhar.

— Sabe quanto tempo levará essa cirurgia? — indaguei.
— É um procedimento neurocirúrgico muito complicado. — respondeu ela de forma vaga — Seria somente com ele?
— Sim. — disse sem dar mais explicações.
— Você pode esperá-lo na área de convivência do hospital. — sugeriu a enfermeira — Quando ele terminar, posso avisá-la.
— Agradeço pela ajuda. — se moveu para se afastar delas. 

Por azar, ou o que chamamos de golpe do destino, ela esbarrou em outro médico que seguia em minha direção.

— Me desculpe. — sussurrou a Sollary.
— Não foi nada. — seu olhar profundo cruzou com o dela, causando-lhe um estranho sentimento de constrangimento — Eu estava distraído.

se lembrava dele da noite anterior, que resolveu conhecer a cidade antes de iniciar sua responsabilidade com o hospital. Ela se lembrava muito bem do homem misterioso que se aproximou dela no Coyote Bar, lhe pagou uma bebida e no final da noite conseguiu levá-la para um lugar mais reservado. Não somente sua memória estava fresca, como também seu corpo se lembrava ao sentir um arrepio involuntário.

— Dr. Savóia, espero que esteja se preparando para a sua cirurgia com a dra. Denver. — a residente chefe se colocou entre eles, com um olhar de posse para o homem.
— Não se preocupe dra. Morgan, estou seguindo diretamente para o centro cirúrgico. — ele olhou novamente para e sorriu discretamente, então se afastou dela.
— Gostaria de pedir para não ficar no caminho dos meus médicos, para não atrapalhar o fluxo do atendimento. — uma pontada de arrogância escorria no olhar de Morgan.

O que não intimidou nenhum pouco . Apenas assentiu e seguiu para o local indicado e se sentou em um dos bancos da área de convivência, de onde dava vista para o jardim de inverno recém construído. Com os olhares e cochichos de todos que passavam, ela se manteve em silêncio, deixando que pensassem que era somente mais uma das inúmeras amantes do dr. Collins. A fama do neurocirurgião corria pelo hospital e somente sua pobre esposa não sabia, ou fingia não saber das escapadas do marido.

Após duas horas esperando. se cansou e voltou a circular pelos corredores do hospital. Sem intenção, a jovem cirurgiã presenciou uma cena desagradável, em que a residente chefe humilhava uma interna diante de todos os funcionários e pacientes. 

— Não acho que deveria tratar os funcionários desse hospital desta forma. — disse entrando na discussão e defendendo a interna.
— Novamente atrapalhando o bom andamento das coisas, primeiro não deveria estar aqui, para uma mulher que está procurando o dr. Collins. — Morgan a fuzilou com o olhar — Quem pensa que é?

Antes mesmo que pudesse responder por si, o dr. Collins apereceu ajustando seu óculos no rosto e mantendo a seriedade no olhar.

— Ela é Sollary, a nova cirurgiã chefe do trauma e representante enviada pela família Sollary. — o dr. Collins ignorou os olhares surpresos de todos que estavam perto e olhou para a residente chefe — Ela é a dona deste hospital, dra. Morgan e como tal, deve respeitá-la e acatar o que ela ordenar, começando por deixar suas insinuações de lado quanto às mulheres que me procuram neste hospital, devo lembrá-la o vosso lugar?
— Não senhor. — a mulher engoliu seco — Perdoem-me pela confusão.
, vamos até minha sala, temos muito o que conversar. — pediu o dr. Collins — E me desculpe o constrangimento.
— Não se preocupe, dr. Collins, já estou acostumada com… Essas coisas. — assentiu.

De relance voltando seu olhar para o final do corredor, a jovem cirurgiã percebeu que o desconhecido dr. Savóia a observava com um olhar de interesse. tentou não se importar com isso, porém a intensidade que fluía do homem a deixava intrigada e atraída.

— Vamos ao que interessa agora?! — disse assim que se sentou na cadeira de frente ao dr. Collins.

Foram os breve instantes que ela desviou sua atenção do homem, mas conseguiu observar bem a sala confortável e luxuosa em que se encontrava.

— Não sei se sabes, mas vosso tio me nomeou de última hora há menos um uma semana da sua chegada. — o dr. foi logo se explicando — Toda essa reforma neste escritório foi feita pelo seu irmão no mês passado, o que me deixou intrigado já que ele vivia dizendo que o hospital não tinha dinheiro para arcar com as tocas de alguns equipamentos necessários.
— Não precisa se explicar, dr. Collins, se o senhor está nesta posição de chefe, é porque meu tio acredita que seja o melhor para o hospital neste momento. — assegurou ela não ter pensamentos negativos sobre ele — Além do mais, ainda sou jovem para assumir tal lugar e espero trabalhar em conjunto com você para levantar este hospital.
— Me sinto aliviado por suas palavras. — disse ele ao respirar com tranquilidade.
— Eu li os relatórios financeiros enviados e também os médicos do semestre, houve uma queda nas cirurgias de trauma, o que houve com o dr. Freeman? — indagou ela.
— Ele se aposentou e seu irmão não se deu o trabalho de contratar outro, todas as cirurgias de traumas começaram a ser encaminhadas para outros hospitais. — explicou o homem — E deve ter visto também a drástica redução de funcionários que ele fez, para cobrir os desvios de dinheiro.
— Sim, passei os últimos dias antes de chegar aqui analisando cada detalhe de tudo que me enviou. — revelou com segurança — Quanto ao recurso financeiro, consegui com meu tio uma ajuda para iniciar a reestruturação, queria que selecionasse os melhores funcionários dos que foram demitidos para que se juntassem novamente a equipe, quanto aos que ficaram, fazemos uma limpeza geral dos deficientes e manteremos apenas aqueles que nos ajudarão a ressurgir das cinzas.
— Como ordenado senhorita Sollary. — assentiu ele com precisão e sem objeções — Só gostaria de me desculpar novamente pela forma em que foi tratada pela dra. Morgan e dizer que ela é uma excelente profissional, nossa melhor em cirurgia geral, seu nome já foi cotado para tomar o lugar do dr. Han, quando o mesmo se aposentar.
— Essa dra, Morgan não tinha um envolvimento com meu irmão? — perguntei curiosa.
— Aos olhos de todos, sim, ela era sua favorita, mas nós dois sabemos a índole de seu irmão quando o assunto são mulheres, ele dormiu com metade do quadro feminino de funcionárias. — revelou ele sem ponderar as palavras.
— Não se preocupe, dr. Collins, eu sei separar as coisas e se realmente ficar comprovado a eficiência da dra. Morgan, o emprego dela estará garantido. — assegurou ao se levantar — Dr. Collins, poderia me dizer quem seria o tal residente chamado Savóia?
— Ah, sim, Savóia é um talentoso residente, está conosco a pouco mais de um ano. — respondeu ele — Sempre pontual, as melhores notas na prova dos internos e disputado por todos os cirurgiões para auxiliar e com uma certa inveja, devo dizer que todas as mulheres desse hospital se arrastam por ele… Mas sempre são ignoradas, principalmente a dra. Morgan.
— Excluindo essas partes que não me dizem respeito, ele já escolheu a especialização? — perguntei.
— Sim, ele quer o trauma. — respondeu.

engoliu seco. Não queria se imaginar trabalhando lado a lado e tendo que ensinar o homem misterioso da noite anterior. E pior, quebrando todos os seus princípios, havia saído com alguém mais novo que ela.

— Poderia me dar as chaves do apartamento que era do meu irmão?
— Claro senhorita. — ele abriu a primeira gaveta de sua mesa, retirando as chaves e entregou-as para ela — Aqui estão.
— Agradeço e amanhã bem cedo já iniciarei minhas atividades. — disse ela ao pegar as chaves, mantendo a seriedade.

Ela saiu da sala e seguiu pela passarela que ligava as duas torres do hospital. Quase chegando no final, foi parada propositalmente pela figura do recém descoberto dr. Savóia, com as mãos nos bolsos do jaleco e um estetoscópio no pescoço.

— Dra. Sollary. — disse ele num tom firme, porém suave — Sollary.
— Savóia não é?! — ela se manteve segura e serena também.

Vasculhando sua mente, pois em algum lugar já havia ouvido aquele sobrenome. Não era de nenhuma família da Continuum, mas soava como conhecido de alguma forma, e isso a preocupava bastante.

— É louco como a vida nos surpreende. — comentou ele, dando alguns passos até ela — Quem diria que a turista do Coyote Bar que amanheceu em minha cama, se tornaria minha chefe algumas horas depois.
— Bem, sempre tive a teoria que o passado deve ficar no passado. — retrucou ela não hesitando pela aproximação dele — E não vou mudá-la.
— Interessante, já que este tipo de pensamentos não faz parte dos valores da Continuum. — observou ele, avaliando-a com o olhar.
— E o que sabe sobre a Continuum? — perguntou ela não se admirando com suas palavras.
— Provavelmente o mesmo que deva saber sobre a Draconis. — revelou ele em uma resposta um tanto subjetiva.

Logo as lembranças de lhe refrescaram e seu coração acelerou. Ela realmente já havia ouvido aquele sobrenome. Savóia era uma das famílias fundadoras da sociedade Draconis, a rival de longa data da Continuum. A jovem cirurgiã agora não queria acreditar que sua pequena aventura da noite anterior, resultaria em acordar com o inimigo.

— Te espero amanhã, para nossa primeira cirurgia. — disse ele ao dar um sorriso de canto prepotente — E se achar mais confortável, pode me chamar apenas de .

Sollary se manteve imóvel, ao sentir o homem passar por ela. 

No fundo, sabia que seus dias no Sollary Hospital não seriam intensos somente pelas cirurgias que elevavam sua adrenalina, mas também pela presença de Savóia ao seu lado.

Someone call the doctor.
- Overdose / EXO

Família: Onde tudo começa.” - by: Pâms.



FIM?! Continua em Continuum...



Nota da autora:
E vamos de mais spin-off da Continuum, agora com o universo dos Sollary.
Bjinhos...
By: Pâms!!!!
Jesus bless you!!!




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