FFOBS - 05. Ya Ya Ya, por Pâms

Apaixonados...

Apaixonados… Como um casal tão diferente quanto o sol e a lua consegue dar certo? Para as pessoas que conheciam Diniz e Borges, era impossível tal pensamento, porém, contrariando todas as leis da física, no calendário já se completava três anos de relacionamento. Ele um sistemático advogado que apenas se preocupava com seus clientes e ser o melhor em sua profissão, teve sua vida bagunçada após conhecer a irmã mais nova de um amigo do escritório. Ela, ingênua e em alguns casos considerada imatura, uma caloura do curso de moda e aprendiz de influencer, que dividia seus horários entre os estudos e ser um sucesso nas mídias sociais.

Um encontro casual em um bar.

passou a noite em choque por não acreditar que a caloura mais extrovertida do lugar era irmã caçula do amigo, tendo que levá-la carregada no colo após o irmão recusar auxílio, pois a garota se encontrava sem forças após abusar do álcool. A felicidade por ter conseguido a vaga na tão prestigiada UFMG, havia lhe induzido a comemorar além do permitido, ocasionando no início de uma inesperada história de amor.

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Naquela tarde de quinta-feira, sentindo a brisa do outono entrar pela janela do seu escritório, estava com o celular na mão, ligando para sua namorada que há dois dias não lhe olhava nos olhos por um desentendimento bobo. Para ele, era difícil acompanhar o ritmo da garota que ao mesmo tempo que se ocupava com os trabalhos da universidade, sua atenção já estava em suas redes, assim como sua vida social que precisava se mostrar movimentada para os seguidores. Afinal, um advogado que tinha toda a sua agenda semanal planejada com dias de antecedência, uma rotina milimetricamente calculada que deixava apenas pequenos espaços para imprevistos.

Contudo, com todo imprevisto era apenas uma oportunidade de se divertir e aproveitar a melhor fase da vida, afinal em suas palavras: Só se vive uma vez. E todo este espírito livre e jovem da garota, se confrontava com as características calmas e disciplinadas dele. E foi exatamente isso que aconteceu na sexta passada, em que ela deixou todas as suas responsabilidades para depois e embarcou em um final de semana com as amigas no Rio de Janeiro, numa viagem de ida e volta que carro. Ficando na casa dos tios de uma delas, e gerando a discussão com o namorado.

Para , em certos momentos namorar uma garota dez anos mais nova que ele, era um problemas que lhe causava dores de cabeça, contudo, o amor não se explica e mesmo com as várias atitudes imaturas, o que sentia por ela, era mais forte e sólido.

— , esta é a vigésima vez que estou te ligando, por favor, me responde. — disse ele, chamando-a pelo nome, assim que a ligação caiu na caixa postal mais uma vez.

Já que mensagens e áudios no whatsapp já não estavam funcionando, ele começou a ligar para ela repetidas vezes. Um suspiro cansado, e o olhar distante mesmo direcionado para tela do aparelho, sua mente fervilhava de pensamentos negativos sobre aquele ser o início para o fim. Após tantas pessoas não acreditarem que ambos dariam certo juntos, o homem já se sentia cansado por ter que se esforçar em manter seu pensamento positivo e sim, acreditar que o amor deles venceria as diferenças de idade e pensamento.

— Você está mesmo contando? — a doce voz de o despertou de seu devaneio de amargura, atraindo seu olhar.

O tom ingênuo da garota o fez rir de nervoso. Ela continuou de pé entre o vão da porta, com o olhar meigo e o rosto suave, como se nada tivesse acontecido e fosse um dia comum em que visitava o namorado no trabalho, após um dia de aula cansativo.

— Estou contando. — ele manteve seu olhar nela, sentindo seu coração apertado acelerar um pouco — Achei que não quisesse mais me ver depois que voltou do Rio.
— E por que eu não te veria? — ela adentrou mais, fechando a porta e seguindo até ele, com sua ousadia de sempre lhe deu um selinho enquanto envolvia seus braços no pescoço dele — Estou com saudades.
— , nós brigamos, acaso se lembra disso? — relembrou ele, ao se lembrar das palavras da garota.

Pare de me sufocar! Esta frase estava latente em sua mente.

— E? — quanto mais inocente era aquele olhar, mais ela o confundia — O que tem?
— Está mesmo me perguntando isso? — ele permaneceu imóvel como estava desde o início, com os braços soltos e afastados — Não consigo te entender.
— Não precisa, apenas me ame. — ela sorriu de canto e piscou de leve, o fazendo rir — Sabe qual é a melhor parte de uma briga?
— Não. — disse ele, observando-a se aproximar mais, e beijar o seu pescoço.
— A reconciliação. — sussurrou ela, em seu ouvido, o fazendo arrepiar o corpo.
— Por que sou sempre trouxa por você? — sussurrou ele, de volta, fechando os olhos e finalmente tocando em sua cintura com as duas mãos.
— Me desculpe se eu sou meio infantil e você, um cara difícil de lidar. — disse ela, mantendo o tom baixo — Eu te amo.
— Eu te amo. — sussurrou ele, antes de beijá-la apaixonadamente com doçura, desejo e intensidade.

Sou meio infantil, e você difícil de lidar.
Por que sou sempre trouxa por você, meu amor?
- Ya Ya Ya - EXO

“Amor: Cada qual sabe amar a seu modo; o modo, pouco importa; o essencial é que saiba amar.

FIM.

Nota da autora:
Hello gente, mais um ficstape, é curtinho e foi aos 45 do segundo tempo, esse casal fofinho, mas espero que tenham gostado. Até a próxima.
Bjinhos...
By: Pâms!!!!
Jesus bless you!!!

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