Capítulo Único
A cena de dormindo com a boca aberta, todo desajeitado no sofá, sempre enchia o coração de de amor. Os brinquedos espalhados pelo chão, não conseguiam deixar a mulher brava, a casa toda cheirava a lar, o lar deles!
ㅡ Mamãe! ㅡ A voz conhecida por foi ouvida, baixa o suficiente para não acordar o homem, e alto o suficiente para fazer a mulher mudar o olhar para a escada, que dava acesso aos quartos.
ㅡ Meu amor! ― Ela respondeu, abraçando o pequeno corpo.
― Senti sua falta ― Um grande sorriso foi oferecido para a mais velha.
― Eu senti tanto a sua falta, meu amor. ― Um beijo foi dado no topo da cabeça do menor corpo nos braços de .
― Minhas duas meninas preferidas ― A voz sonolenta do homem foi ouvida, também em um tom baixo.
― Deixa só a vovó ouvir isso. ― A menor disse, rindo.
― Xiiu, baixinho, meu amor, seu irmão está tirando um cochilo. ― Lee deu um beijo no topo da cabeça da menina.
― Meu amooooor! ― se jogou nos braços do mais velho, beijando de leve os lábios do marido.
― Eca! Vocês dois, podem parar? ― A garota disse em um tom de nojo, mas com um fundo de humor.
― Eca, é? Dona Hana? ― abriu um sorriso ― Deixa só à senhorita aparecer aqui com o primeiro namoradinho, que eu vou ficar “eca, eca” ― finalizou, rindo e bagunçando de leve os cabelos da filha.
― Que história é essa de namoradinho? ― O homem perguntou na defensiva.
― , meu neném, nossa filha já tem 12 anos, mais cedo ou mais tarde ela vai se apaixonar e... ― Ela riu da cara de choque que o marido fez.
― Ela é só um bebê! ― Ele abraçou a filha, escondendo o rosto dela em seu peitoral.
― Ela sempre vai ser nosso bebê, meu amor, mas isso não impede de nada. Você ainda é o bebê da sua mãe e cá está, casado há 14 anos, com dois filhos e beijando sua esposa! ― Riu novamente e o semblante de espanto no rosto do mais velho não passava.
― Me solta, pai, o senhor sempre vai ser o homem número um da minha vida, não se preocupa. ― O sorriso no rosto da menina fez com que o pai quisesse que ela permanecesse daquela maneira para sempre, sua garotinha, de quem conseguia cuidar e proteger, segura em seus braços.
― Fico mais tranquilo. ― Ele deu mais um beijo na cabeça da menina e a soltou.
― Vou juntar os brinquedos! ― Hana anunciou e saiu até a sala.
aproveitou que ficou sozinho com a esposa na cozinha e a abraçou por trás, enfiando o rosto nos cabelos dela e inalando o perfume daquele shampoo que sempre o acalmava. Aquele cheiro que era tão característico de .
― Como foi com o livro, meu amor? ― Ele perguntou, fazendo carinho na cintura dela.
― Foi um sucesso, mas eu senti tanto a falta de vocês comigo. ― Ela se aconchegou nos braços dele.
― Mamãe, mamãe, você voltou! ― A voz animada foi ouvida antes que os olhos pudessem enxergar a pequena figura que corria até ela.
― Cadê o garotinho da mamãe? ― se abaixou para abraçar o garotinho de cabelos bagunçados.
O rosto de foi coberto de beijinhos molhados dos lábios finos do filho e ela simplesmente amava aquilo.
― Kwan, vem aqui! ― Hana disse indo até o outro cômodo atrás do irmão.
Os olhinhos do menino brilharam e uma risadinha travessa saiu de seus lábios, que logo foi tapado pelas pequenas mãozinhas.
― O que foi que ele aprontou agora? ― perguntou, quase rindo da cara de brava da filha mais velha.
― Ele espalhou todas as peças do quebra-cabeças, que eu tinha acabado de juntar. ― Ela emburrou o semblante fazendo um bico e cruzando os braços.
― Ah, meu bebê, você sabe que não pode fazer isso, não sabe? ― olhou nos olhos do menino e manteve o tom de voz amoroso, porém firme. ― Sua irmã teve trabalho para organizar as coisas. ― O pegou em seus braços e continuou olhando para ele de forma amável.
― Desculpe, mamãe. ― Ele escondeu o rosto no pescoço dela.
― Não é para a mamãe que você tem que pedir desculpas, meu amor. ― Ela deu um beijo na cabeça dele, que a levantou e olhou em direção a irmã.
― Desculpe, Hana. ― Ele fez um biquinho.
― Tá bom! Mas da próxima vez, eu deixo bagunçado para você arrumar. ― Sorriu e passou os dedos nos cabelos do mais novo.
― Papai te ajuda, meu amor. ― Lee abraçou os ombros de Hana, e abriu um sorriso grande.
― E depois, vamos todos jantar no restaurante do tio . ― anunciou e os filhos se animaram automaticamente.
― Ai, que bom, não aguento mais a comida do papai ― Hana disse em um tom humorado.
― Ah, é? Então na próxima vez que a sua mãe viajar, para as tardes de autógrafos dela, você vai morrer de fome. ― fingiu um tom magoado.
― Vendo assim, não podemos dizer quem tem quase 40 anos e quem tem 12 anos. ― riu.
― Falou a dona idosa de 36 anos. ― disse, revirando os olhos e rindo, junto com a filha.
― Pensei que os dois disseram que iam arrumar a sala. ― Ela disse semicerrando os olhos.
― Tá bom, mamãe. ― Eles responderam juntos e foram rindo para a sala.
― Mamãe, eu quero suco de amor! ― Kwan disse abrindo um sorriso lindo, graças ao universo o pequeno tinha herdado o sorriso maravilhoso do pai e quando sorria daquela maneira, suas bochechas inflavam igualmente as do mais velho.
era perdidamente apaixonada por sua família e a forma com que se sentia totalmente preenchida de amor, afeto, carinho e alegria.
― Vou ver se seu papai comprou tudo bem, meu amor? ― Ela colocou o filho sentado sobre o balcão da ilha que ficava no meio da cozinha e se direcionou até a geladeira procurar a bebida. ― , Você... ― gritou de dentro da geladeira. ― Deixa, achei. ― Fechou o eletrodoméstico e entregou a caixinha de suco de morango para o filho.
― Obrigado, mamãe! ― O mesmo sorriso de antes se iluminou no rosto do menino, que não demorou muito para começar a tomar seu suco.
― Vamos ver o que eles estão aprontando? ― Ela pegou o filho no colo e eles seguiram até a sala, onde encontraram e Hana, concentrados, arrumando em ordem alfabética os jogos de tabuleiro do armário de jogos e brinquedos, que ficava em um canto do cômodo.
Ter aqueles dois em sua vida, era uma constante organização nos momentos mais diversos. , não era muito organizado quando se conheceram – apesar de o homem ser mais organizado, que sua vida toda – porém, depois do nascimento de Hana, o homem não deixava mais nada fora do lugar, tinha medo que a filha pegasse alguma coisa que não era recomendado uma criança pegar e vir a se machucar, por estar jogado em algum canto, ou que colocasse algo na boca e engasgasse, e até mesmo que tropeçasse em algo enquanto carregava ela em seu colo.
Com o tempo ele descobriu que organizar as coisas o deixava mais calmo. Hana já cresceu com essa mania e desde pequena, já organizava seus brinquedos por tipo e finalidade – ou seja – uma caixa só com as bonecas, outra com os carrinhos, outra com os legos e assim sucessivamente.
Atualmente, Hana não conseguia ver nada do irmão espalhado pela casa, sempre arrumava a bagunça do mais novo e suas próprias coisas também, quando não se juntava com o pai e resolviam organizar qualquer coisa da casa juntos! O mais novo, com certeza tinha puxado pela mãe naquele quesito, a bagunça deles era genuína, e incorrigível, mas isso não era em momento algum de brigas ou discussões, cada um respeitava a individualidade do outro.
― O hobbie de vocês é estranho, alguém já disse? ― disse, rindo, parada no meio da sala com o filho nos braços.
― Já! A senhora fala isso há pelo menos uns 9 anos. ― Hana disse, rindo também.
― Pois é, é bem estranho mesmo.
Depois de algum tempo, já estava servindo de cavalinho para o filho e eles brincavam e riam no chão. estava sentada no sofá, tomando o resto do suco que Kwan deixou e fazendo carinhos nos cabelos da filha, que assistia algum vídeo engraçado do grupo de quem era fã.
não passou mais que três semanas fora, mas sentiu tanta falta de sua família e daquela sensação de estar em seu lar, que às vezes pensava em parar de escrever – ou pelo menos de escrever livros. A escrita era um dos grandes amores da vida da mulher, começou profissionalmente logo depois que teve Hana e não conseguiu deixar a filha com uma babá ou em uma creche, para voltar a sua rotina no antigo trabalho.
Ela também amava seu trabalho como bibliotecária – não podia negar. Durante muitos anos, estar ali, diante dos livros e envolvida tão diretamente com eles, era como estar em seu paraíso pessoal. Durante toda a gestação pensou em muitas maneiras de deixar a filha sob os cuidados de outras pessoas e voltar à rotina, mas todas as formas que imaginou a deixava assustada demais e nada confortável.
O marido a ajudou muito naquele processo de decisão sobre seu futuro. Ele adorava ver o quanto gostava de exercer aquela profissão, mas apoiou totalmente a escolha de pelo menos nos primeiros anos de vida da filha do casal, ficar responsável pelos cuidados dela.
Naquela época tinha estourado como ator e com o dinheiro que ganhava com as séries e filmes que atuava, conseguia manter tranquilamente a casa.
começou a escrever um blog, de como era ser mãe de primeira viagem e em algum ponto, começou a escrever também, para seus seguidores como tinha conhecido seu marido – que era uma figura pública e todo o mundo inteiro sabia que eles eram casados – e tudo mais que as pessoas que a seguia, tinham curiosidade.
O convite para escrever o primeiro livro apareceu subitamente. O blog fazia tanto sucesso, que uma editora entrou em contato com ela para que transformasse seu conteúdo digital em um livro físico.
De início não pensou que faria algum sucesso com aquilo, mas como era formada em letras, resolveu fazer o projeto, nem se fosse por laser – afinal – naquela época, Hana já estava com quase dois anos de idade e o marido passava muito tempo em outra cidade gravando a nova novela, que iria ao ar em poucas semanas. Não tinha nada a perder.
This Is Love foi um sucesso tão grande, que foi traduzido para mais de 50 países e ela ficou mundialmente famosa. Tomou gosto pela coisa e hoje em dia, escrevia histórias que iam desde ficção científica, drama, romance e até tinha uma coluna em uma revista renomada, sobre crianças e adolescentes, em que ela contava as dores e os prazeres de ser mãe.
não percebeu que havia se desligado do mundo enquanto pensava na vida, até ouvir a filha chamar e balançar a mão em frente a seu rosto. Para chamar sua atenção.
― Mãe? ― Ela chamou mais uma vez.
― Oi, meu amor! ― finalmente respondeu, acariciando o rosto dela.
― Tá tudo bem? ― Hana parecia preocupada.
― Tudo, meu amor, mamãe só está um pouco cansada. ― Sorriu de forma doce.
― Se a senhora quiser, falo com o papai e a gente pede alguma coisa pelo app, aposto que o tio vai entender. ― Ela se sentou ficando perto da mãe e acariciando a mão dela.
― Não, meu amor, eu estou bem, só estava pensando, e se eu não for lá, seu tio me mata, sabe como ele é dramático. ― As duas riram.
realmente tinha tudo para ser um ótimo ator.
Depois de todos prontos, não demoraram muito a chegar ao restaurante do irmão mais velho de .
era alguns anos mais velho que , quando era mais novo, tentou carreira de ator, frequentou vários grupos de teatro e em um desses grupos conheceu . A diferença de meses de idade, foi algo que os conectou de imediato, e eles viraram rapidamente melhores amigos. acreditava que aquela aproximação aconteceu também, para que ela conhecesse o marido.
No início a família, inclusive , achava estranho o irmão andar com alguém tão hiperativo e falar tanto dele em casa. Geralmente ele era mais reservado sobre suas amizades.
Flashback
― , se apresse, seu irmão vai trazer o amiguinho dele para o jantar. ― A voz da mais velha foi ouvida de onde estava terminando de prender os cabelos.
― Eles não têm dez anos, mãe, não chame de amiguinho na frente dele, pelo amor de… ― Ela vinha descendo as escadas e falando em um tom alto para que a mãe a ouvisse. E deu de cara com o irmão e o “amiguinho” encharcados, parados na entrada olhando para ela.
― Aqui, toalhas secas. , encontre algo seco para seu amigo vestir, e se nada seu couber, pegue algo nas coisas de seu pai! ― ouviu a mãe falar com eles, mas não conseguiu tirar os olhos do rapaz que acompanhava . Talvez pelo fato da camisa branca que ele vestia estar colada ao corpo, totalmente molhada, ou pelo sorriso que ele tinha no rosto, desde que seus olhos se encontraram.
―Tá bom, mãe. ― disse secando parte do corpo para que não molhasse a casa inteira e fez o mesmo.
― ? ― A mulher desprendeu os olhos do rapaz para dar atenção para a mãe.
― Eu? ― Ela sorriu para a mais velha.
― O que você disse, meu amor? Eu não entendi. ― O sorriso da mãe também era muito bonito. Ela gostava daquela amizade, mesmo não conhecendo direito , sabia que o filho estava mais feliz com aquela amizade e sentia que o rapaz seria figura importante para aquela família.
― Nada, mãe, deixa para lá. ― Ela terminou de descer as escadas e chegou mais perto dos meninos que ainda enxugavam seus corpos.
― Essa pessoa estranha é a minha irmãzinha! ― disse com o mesmo sorriso da mãe, ele tinha herdado aquele jeito doce de sorrir, mesmo que tivesse implicando com alguém.
― Te achei o mais estranho, até agora! ― respondeu o amigo, rindo, ― Lee , muito prazer. ― O sorriso dele se iluminou ainda mais e pensou logo em usar um daqueles flertes horríveis, que as pessoas usavam sempre, como: “prazer é só na cama” ou “você ainda não viu nada”, mas resolveu que não seria legal dar em cima do rapaz daquele jeito - pelo menos não naquele primeiro contato deles.
― Prazer, . ― Ela sorriu também e eles ficaram pelo menos meio minuto se encarando, até que arrastou o amigo para seu quarto no andar de cima.
Estava uma chuva densa quando eles chegaram, o que era normal para aquela época do ano. foi ajudar a mãe a colocar a mesa enquanto os meninos se vestiam e o pai não chegava do serviço.
― Gostei do meu genro. ― A mais velha disse para a filha.
― Mamãe! ― repreendeu a mãe ― A senhora sabe que não é legal falar assim sobre a sexualidade das pessoas. Não é porque o anda grudado nele e vice-versa que eles são um casal.
― Mas eu só tenho o de filho agora, é? ― Ela respondeu para a filha de maneira séria, olhando para a mais nova.
― Mãe, pelo amor de Deus! Eu tive cinco segundos de contato com ele. ― Tentou disfarçar a surpresa pela mãe ter notado que mesmo com pouco tempo ela ficou mexida com o rapaz.
― Conheço meus filhos, minha flor! Escuta o que a mamãe está falando.
― O que nossa sábia mãe está dizendo? ― chegou com o amigo no cômodo dando um longo beijo no topo da cabeça da mãe.
― Nada não! ― respondeu, apressada antes que a mãe falasse alguma coisa, sabia que a mais velha seria capaz de contar aquela loucura para os meninos. ― Olha lá, o papai chegou. ― Tratou logo de mudar o rumo daquela conversa.
O jantar correu às mil maravilhas. era realmente o cara legal e tudo mais que dizia que ele era. E só pelo fato de ele ficar se bicando com o irmão mais velho, chamava ainda mais a atenção de , que não demorou quase nada para demonstrar para todos, inclusive para ele mesmo, seu interesse.
Flashback Off
Ao chegarem no restaurante, foram recepcionados com um grande sorriso do maître, que já conhecia a família muito bem e que os levou até a mesa que sempre reservava para aquele tipo de ocasião desde que abriu seu restaurante.
Depois de muito tempo tentando a carreira de ator o mais velho percebeu que aquela realmente não era sua verdadeira paixão. Deixou a faculdade de artes cênicas pela metade e resolveu fazer gastronomia. Em pouquíssimo tempo, já era um dos chefs mais conhecidos, e bem falados de toda a cidade.
Casou-se há pouco mais de cinco anos com uma mulher que conheceu na faculdade de gastronomia. Ela não cursava o mesmo curso que ele, ou nada relacionado, mas por um problema de infiltração no campus em que ela estudava, a turma toda de veterinária começou a usar o campus de gastronomia e foi paixão instantânea.
se apaixonou por , como se aquela fosse a missão de vida dele na terra! E o melhor é que ele ainda olhava para ela com o mesmo olhar de quem olha seu bem mais precioso, todos os dias de sua vida. Os dois tinham uma filha da idade de Kwan e sempre que os primos se encontravam era uma festa.
Na mesa já estavam sentados: , Hyejin, a sobrinha de Mooni e . E para surpresa de todos, também estavam ali, e com a filha deles, Jiwoo. e eram amigas desde pequenas, suas famílias eram vizinhas, então elas estudaram juntas, cresceram juntas e sempre estiveram presentes na vida da outra. Estavam juntas quando começaram a gostar dos respectivos maridos. No planejamento dos noivados, casamentos, da construção humana e profissional. Eram a base e a força uma da outra. Assim como e eram os melhores amigos do mundo, e se sentiam da mesma forma em relação uma à outra.
Foram madrinhas de casamento, e quando descobriram que estavam grávidas na mesma época foi um momento mágico, uma sensação indescritível, um choro só. Nem se combinassem teriam a capacidade de engravidarem juntas.
Hana e Jiwoo tinham um mês e meio de diferença na idade, e pelas mães serem tão amigas, as garotas tinham um laço similar.
Como tinha saído em turnê com o livro, antes dessa tour tinha ficado um pouco ocupada com a produção e finalização dele, já fazia um tempo que não se via assim na presença de todas aquelas pessoas que gostava tanto.
O sorriso brotou nos lábios dela, foi tão lindo que se assemelhava ao que ela deu quando disse “sim” a no altar.
Uma das coisas que mais amava nessa vida era com a maior certeza, estar perto de quem amava, e quem retribuía genuinamente esse sentimento.
― Titia! ― A voz da pequena foi ouvida, atraindo a atenção de todos a mesa em direção a que eles vinham.
carregava Kwan nos braços, segurava por hábito a mão da filha mais velha, que não se importava nem um pouco em andar com a mãe daquela forma.
― Minha estrelinha! ― soltou a mão de Hana e estendeu os braços para abraçar a menor. ― Que saudades, meu amor, como a princesa da titia está? ― Ela levantou a sobrinha do chão e a carregou no colo indo em direção a mesa.
― Eu estou bem, tia! Sabia que eu sei contar até trinta agora? ― Os olhinhos da pequena brilhando de felicidade, faziam a vida de valer a pena.
Desde que nasceu, Hyejin era muito grudada com a tia. passou praticamente toda a gravidez de com ela, enquanto trabalhava duro em dois empregos para conseguir abrir o próprio negócio, antes que a filha nascesse. A família deles sempre foi muito unida e se apoiavam em todos os momentos, e depois de tudo organizado, quando Hyejin nasceu, ela não podia ver a tia que já queria seu colo, às vezes brincava que a filha gostava mais da cunhada do que de seu marido. O que era claramente mentira, já que todo mundo no mundo sabia como aquela criança era grudada e apaixonada pelo pai e ele era perdido de amor por ela também. Ele inclusive pagava caro cada palavra de zoação que havia feito para na época em que Hana nasceu.
― Meus parabéns, meu amor, mais tarde você mostra para a titia? ― deixou um beijo doce nas bochechas da criança.
― Tá bom! ― Ela sorriu. ― Hana, Hana... ― Gritou, girando o corpo em direção a prima quando ela entrou em seu campo de visão, que prontamente a pegou do colo de sua mãe. Naquele momento já estavam em pé de volta à mesa.
― Olá a todos! ― acenou com a mão, colocando Kwan na cadeirinha infantil que estava vazia mais próxima de si.
Hana também cumprimentou todo mundo, antes de colocar a priminha de volta em sua cadeirinha e se sentar ao lado de Jiwoo, começando uma conversa animada com a melhor amiga.
― Oi, gente! ― disse com o mesmo sorriso nos lábios que estava em seu rosto quando os viu de longe.
― Como está a escritora mais famosa do mundo? ― , que até então, não estava na mesa, chegou com alguns aperitivos para as crianças e se sentou no único lugar vago.
― Tão bem quanto o melhor Chef de cozinha de todos os tempos ― Ela devolveu o elogio, segurando a mão do irmão por cima da mesa e fazendo carinhos.
― Vai começar a melação desses irmãos. ― comentou enquanto mergulhava a batata no molho de queijo e dava para Kwan comer.
― Não sei como vocês aguentam ― comentou, enquanto olhava o cardápio.
― Você quem tem que me dizer, está próximo a eles, a mais tempo que todos nós aqui. ― respondeu, fazendo todos a mesa rir.
era amigo de e desde o fundamental e passou a frequentar a casa de e , também naquela mesma época. Depois que engatou o namoro com .
― Tudo inveja! ― disse sinalizando o garçom mais próximo. O restaurante estava relativamente cheio, então estava tranquilo fazer os pedidos a um dos garçons que estavam distribuídos pelo Hall.
― Também acho, irmão. ― Eles riram e todos os outros adultos que estavam à mesa, reviraram os olhos.
Depois de algumas conversas paralelas e já com os pedidos servidos, percebeu que o irmão estava inquieto desde que chegaram ao local. Mesmo que não morassem mais juntos, e não passassem tanto tempo um com o outro, ainda se conheciam como ninguém.
― O que foi, meu irmão? ― perguntou quando os outros à mesa estavam entretidos com alguma piada que estava contando e que ele tinha aprendido com a Alexa.
― O quê? ― Ele tentou disfarçar e olhou para , que também não prestava a atenção na piada do amigo.
― Vocês brigaram? ― O tom de voz de era quase inaudível, para que somente ela e o irmão ouvissem.
― Não! Muito pelo contrário, estamos muito felizes. ― Ele foi sincero, o que deixou o coração da mulher mais tranquilo.
― Então o quê? ― Ela insistiu, sabia como o irmão não se abriria fácil. E que ela precisaria fazer alguma pressão para que as coisas acontecessem e ela conseguisse ajudar ele.
― Temos um anúncio a fazer, mas eu não consigo chamar a atenção de todos.
― Culpa minha, desculpa, todos ficaram perguntando sobre a viagem e o livro novo. ― disse um pouco chateada, tirando uma mecha de cabelo do irmão do rosto.
― Para com isso, , esse jantar foi feito para você e para matarmos a saudade. ― sorriu, não queria em momento nenhum que a irmã se sentisse mal.
― Esse jantar é para todos nós. ― Ela sorriu de volta.
― Estamos interrompendo o momento ternurinha dos irmãos, ai? ― disse quando o silêncio tomou conta da mesa e eles ficaram observando mais uma vez o grude daqueles dois.
― Estão! ― disse com um largo sorriso no rosto, provocando o marido. ― E o , tem um comunicado. Então espero que todos os engraçadinhos fiquem de bico fechado. ― Finalizou olhando para o irmão que parecia mais tenso que antes.
― Ãahn, e eu temos uma notícia. ― Ele começou olhando para a esposa, que limpava o rosto da filha do casal. E que assentiu para que ele prosseguisse.
― Vocês vão ser titios outra vez. ― E sem enrolar, ele soltou a notícia que deixou todos eufóricos à mesa.
― AH! MEUS PARABÉNS!!! ― levantou, abraçando o irmão e logo em seguida a cunhada.
― Eba! Mais uma criança para a creche que vamos abrir. ― disse em um tom bem humorado.
A notícia tinha agradado a todos. Era realmente uma coisa que todos ali gostavam muito. A vinda de outra vida para aquele ciclo sempre deixava as coisas mais animadas. .
― Muito obrigada a todos. ― disse com um sorriso enorme nos lábios ― E nada de chá revelação, ouviu ? ― Ela repreendeu o marido, o que levou todos a gargalhadas.
Todos definitivamente sabiam como o homem gostava de inventar moda e como ele sempre insistia naquele chá de bebê, foi assim com Hana e Jiwoo, também conseguiu convencer todos no de Kwan e Hyejin, mas estava disposta a não aceitar mais aquela breguice naquela gestação.
― Apoiado! ― e disseram juntas em apoio à amiga.
― Bom, já que estamos no momento de revelações, nós também temos uma. ― disse pegando a mão da esposa e da filha, sorrindo.
― Tem mais um bebê a caminho? ― perguntou, animada, ainda estava eufórica com a notícia anterior e seria muito legal, agora as amigas engravidando juntas, ela já tinha passado por aquela experiência nas suas duas gestações e foi uma experiência muito, muito legal.
― Pelo amor de Deus, não! ― respondeu, rindo e recebendo um olhar pidão do marido.
― Por enquanto, não! ― Ele disse fazendo mais uma vez com que todos rissem. Os amigos já sabiam que a opinião deles era divergente naquela questão sobre um segundo filho. ― Nossa mocinha linda aqui ― sorriu para a filha. ― Conseguiu seu primeiro papel como protagonista profissional, naquela peça que comentamos mês passado. ― Finalizou, orgulhoso.
― Uau! Que coisa mais legal. ― foi o primeiro a se pronunciar. ― Você está feliz, Jiwoo? ― perguntou de forma doce para a menina que tinha um sorriso enorme estampando seu rosto.
― Estou, tio. Todo mundo parece tão legal e eu sou ótima, né? Então... ― Ela continuou sorrindo.
― Humilde como o pai! ― disse, rindo. ― Mas os ensaios são muito puxados? ― ele parecia realmente interessado.
― Três vezes por semana, no horário livre das atividades dela, nós conseguimos organizar os horários para que a peça não interfira nas atividades pessoais e escolares. ― disse firme, todo mundo ali sabia que ela era uma ótima organizadora de coisas, com certeza encaminharia bem a filha.
― Isso é incrível, minha princesa! ― foi até a garota e a abraçou ― Realmente gostava de dar e receber abraços. ― Você é muito talentosa, a tia está muito ansiosa para te ver brilhar.
― Eu vou ser uma atriz muito boa, igual ao tio . ― Os olhos dela brilhavam e se sentia muito honrado com aquela fala e orgulhoso da menina seguir seus sonhos, sempre que dava eles conversavam como era ser um artista e ele sempre dava boas dicas.
― Aproveitando que estamos nesse momento de pronunciamento, eu também tenho um. ― que já estava em pé para falar com Jiwoo, atraindo a atenção de todos.
― Não me diga que estamos esperando mais um filho? ― questionou em um tom sério.
― O QUÊ? ― e Hana disseram juntos em um tom de surpresa.
começou a rir da cara que o marido e a filha fizeram.
― O quê? Não! ― respondeu, balançando as mãos. ― Vamos? ― Ele estava confuso de verdade naquele momento.
― Como assim, você disse que ia fazer um anúncio e não sabe? ― disse, rindo.
― Amor, dá um tempo para ele, todo mundo sabe como ele é lerdinho ― disse, tentando ser solidária com o concunhado, mas fazendo todos à mesa rir.
― Não vamos, amor, pelo menos eu não estou sabendo. ― tranquilizou o marido que entrou em pânico por alguns segundos.
Não que fosse um problema mais um filho, ele amaria ser papai outra vez, mas com dois filhos ele sabia o quão difícil era criar uma criança e foi pego de surpresa com aquela possibilidade, ainda mais com a notícia que ele tinha para dar, antes de ser surpreendido por aquela fala da esposa.
― Uma pena, seria legal ter outro filho. ― Ele respondeu de maneira menos desesperada.
― Acho que chega de filhos para gente. ― disse, apontando com a cabeça o filho sujo de maionese até nos cabelos e riu.
― Conversamos sobre isso depois. ― deu um guardanapo para que a esposa conseguisse limpar aquela bagunça. ― Agora meu anúncio. ― Riu, quase havia se esquecido do que realmente iria compartilhar com as pessoas. ― Me ofereceram o papel de vilão na próxima novela do horário nobre. ― O sorriso nos lábios dele era tão iluminado que se apaixonou mais uma vez – talvez a décima, só naquela noite – pelo marido.
― Você disse vilão? ― perguntou um pouco chocada.
― É! ― Ele respondeu ainda sorrindo.
― Não, espera, você vilão? O cara que chora quando assiste filmes com cachorros e que não consegue matar uma mosca. ― estava tentando entender como alguém conseguia ver nele um vilão.
― Para a sua informação, mãe da futura atriz mais bem sucedida de todo mundo. ― Piscou para Jiwoo. ― Eu sou um excelente ator, sei me fingir muito bem de mau. ― Ele mostrou a língua para a mulher e riu.
― Estou vendo como você é bom em uma discussão. ― quis provocar o amigo.
― Meus troféus e prêmios de melhor ator provam que meus argumentos são válidos, mas claro, pessoas que não são astros não tem dimensão disso. ― adotou um tom de desdém.
― Aí, sim! Agora eu senti a pontinha de vilão. ― disse indo abraçar o amigo.
― Ficou bom, né? Eu sei, eu sou muito bom. ― disse, satisfeito.
― Não vamos exagerar. ― disse, rindo e indo até o cunhado para felicitar e abraçar ele.
AQUILO ERA AMOR PARA !!
Durante muitos anos de sua vida, procurou pelo significado da palavra. Pensava que o sentimento só poderia ser aplicado no contato homem-mulher, de forma romântica, naquela nomenclatura, nem mesmo a família se encaixava naqueles termos, afinal, é a família, querendo ou não há uma ligação. MAS depois de certa idade, descobriu que o amor era uma junção de coisas e sentimentos, como alegria, carinho, afeto, consideração e essas coisas que fazem bem.
E ali estava a junção de coisas e pessoas que transformavam o amor dela em algo físico e palpável. Aquelas pessoas, aquelas vidas, aqueles sorrisos, aquela união, era o que fazia tudo valer a pena todos os dias para ela. E se aquilo não fosse amor, não sabia mais o que era.
Depois que os amigos voltaram a suas conversas individuais e paralelas, sentiu as mãos do marido nas suas, assim que percebeu também que estava chovendo. – claro que estava – sempre que ela sentia aquela sensação de conforto e de carinho, o amor transbordava como gotas de chuva.
ㅡ Mamãe! ㅡ A voz conhecida por foi ouvida, baixa o suficiente para não acordar o homem, e alto o suficiente para fazer a mulher mudar o olhar para a escada, que dava acesso aos quartos.
ㅡ Meu amor! ― Ela respondeu, abraçando o pequeno corpo.
― Senti sua falta ― Um grande sorriso foi oferecido para a mais velha.
― Eu senti tanto a sua falta, meu amor. ― Um beijo foi dado no topo da cabeça do menor corpo nos braços de .
― Minhas duas meninas preferidas ― A voz sonolenta do homem foi ouvida, também em um tom baixo.
― Deixa só a vovó ouvir isso. ― A menor disse, rindo.
― Xiiu, baixinho, meu amor, seu irmão está tirando um cochilo. ― Lee deu um beijo no topo da cabeça da menina.
― Meu amooooor! ― se jogou nos braços do mais velho, beijando de leve os lábios do marido.
― Eca! Vocês dois, podem parar? ― A garota disse em um tom de nojo, mas com um fundo de humor.
― Eca, é? Dona Hana? ― abriu um sorriso ― Deixa só à senhorita aparecer aqui com o primeiro namoradinho, que eu vou ficar “eca, eca” ― finalizou, rindo e bagunçando de leve os cabelos da filha.
― Que história é essa de namoradinho? ― O homem perguntou na defensiva.
― , meu neném, nossa filha já tem 12 anos, mais cedo ou mais tarde ela vai se apaixonar e... ― Ela riu da cara de choque que o marido fez.
― Ela é só um bebê! ― Ele abraçou a filha, escondendo o rosto dela em seu peitoral.
― Ela sempre vai ser nosso bebê, meu amor, mas isso não impede de nada. Você ainda é o bebê da sua mãe e cá está, casado há 14 anos, com dois filhos e beijando sua esposa! ― Riu novamente e o semblante de espanto no rosto do mais velho não passava.
― Me solta, pai, o senhor sempre vai ser o homem número um da minha vida, não se preocupa. ― O sorriso no rosto da menina fez com que o pai quisesse que ela permanecesse daquela maneira para sempre, sua garotinha, de quem conseguia cuidar e proteger, segura em seus braços.
― Fico mais tranquilo. ― Ele deu mais um beijo na cabeça da menina e a soltou.
― Vou juntar os brinquedos! ― Hana anunciou e saiu até a sala.
aproveitou que ficou sozinho com a esposa na cozinha e a abraçou por trás, enfiando o rosto nos cabelos dela e inalando o perfume daquele shampoo que sempre o acalmava. Aquele cheiro que era tão característico de .
― Como foi com o livro, meu amor? ― Ele perguntou, fazendo carinho na cintura dela.
― Foi um sucesso, mas eu senti tanto a falta de vocês comigo. ― Ela se aconchegou nos braços dele.
― Mamãe, mamãe, você voltou! ― A voz animada foi ouvida antes que os olhos pudessem enxergar a pequena figura que corria até ela.
― Cadê o garotinho da mamãe? ― se abaixou para abraçar o garotinho de cabelos bagunçados.
O rosto de foi coberto de beijinhos molhados dos lábios finos do filho e ela simplesmente amava aquilo.
― Kwan, vem aqui! ― Hana disse indo até o outro cômodo atrás do irmão.
Os olhinhos do menino brilharam e uma risadinha travessa saiu de seus lábios, que logo foi tapado pelas pequenas mãozinhas.
― O que foi que ele aprontou agora? ― perguntou, quase rindo da cara de brava da filha mais velha.
― Ele espalhou todas as peças do quebra-cabeças, que eu tinha acabado de juntar. ― Ela emburrou o semblante fazendo um bico e cruzando os braços.
― Ah, meu bebê, você sabe que não pode fazer isso, não sabe? ― olhou nos olhos do menino e manteve o tom de voz amoroso, porém firme. ― Sua irmã teve trabalho para organizar as coisas. ― O pegou em seus braços e continuou olhando para ele de forma amável.
― Desculpe, mamãe. ― Ele escondeu o rosto no pescoço dela.
― Não é para a mamãe que você tem que pedir desculpas, meu amor. ― Ela deu um beijo na cabeça dele, que a levantou e olhou em direção a irmã.
― Desculpe, Hana. ― Ele fez um biquinho.
― Tá bom! Mas da próxima vez, eu deixo bagunçado para você arrumar. ― Sorriu e passou os dedos nos cabelos do mais novo.
― Papai te ajuda, meu amor. ― Lee abraçou os ombros de Hana, e abriu um sorriso grande.
― E depois, vamos todos jantar no restaurante do tio . ― anunciou e os filhos se animaram automaticamente.
― Ai, que bom, não aguento mais a comida do papai ― Hana disse em um tom humorado.
― Ah, é? Então na próxima vez que a sua mãe viajar, para as tardes de autógrafos dela, você vai morrer de fome. ― fingiu um tom magoado.
― Vendo assim, não podemos dizer quem tem quase 40 anos e quem tem 12 anos. ― riu.
― Falou a dona idosa de 36 anos. ― disse, revirando os olhos e rindo, junto com a filha.
― Pensei que os dois disseram que iam arrumar a sala. ― Ela disse semicerrando os olhos.
― Tá bom, mamãe. ― Eles responderam juntos e foram rindo para a sala.
― Mamãe, eu quero suco de amor! ― Kwan disse abrindo um sorriso lindo, graças ao universo o pequeno tinha herdado o sorriso maravilhoso do pai e quando sorria daquela maneira, suas bochechas inflavam igualmente as do mais velho.
era perdidamente apaixonada por sua família e a forma com que se sentia totalmente preenchida de amor, afeto, carinho e alegria.
― Vou ver se seu papai comprou tudo bem, meu amor? ― Ela colocou o filho sentado sobre o balcão da ilha que ficava no meio da cozinha e se direcionou até a geladeira procurar a bebida. ― , Você... ― gritou de dentro da geladeira. ― Deixa, achei. ― Fechou o eletrodoméstico e entregou a caixinha de suco de morango para o filho.
― Obrigado, mamãe! ― O mesmo sorriso de antes se iluminou no rosto do menino, que não demorou muito para começar a tomar seu suco.
― Vamos ver o que eles estão aprontando? ― Ela pegou o filho no colo e eles seguiram até a sala, onde encontraram e Hana, concentrados, arrumando em ordem alfabética os jogos de tabuleiro do armário de jogos e brinquedos, que ficava em um canto do cômodo.
Ter aqueles dois em sua vida, era uma constante organização nos momentos mais diversos. , não era muito organizado quando se conheceram – apesar de o homem ser mais organizado, que sua vida toda – porém, depois do nascimento de Hana, o homem não deixava mais nada fora do lugar, tinha medo que a filha pegasse alguma coisa que não era recomendado uma criança pegar e vir a se machucar, por estar jogado em algum canto, ou que colocasse algo na boca e engasgasse, e até mesmo que tropeçasse em algo enquanto carregava ela em seu colo.
Com o tempo ele descobriu que organizar as coisas o deixava mais calmo. Hana já cresceu com essa mania e desde pequena, já organizava seus brinquedos por tipo e finalidade – ou seja – uma caixa só com as bonecas, outra com os carrinhos, outra com os legos e assim sucessivamente.
Atualmente, Hana não conseguia ver nada do irmão espalhado pela casa, sempre arrumava a bagunça do mais novo e suas próprias coisas também, quando não se juntava com o pai e resolviam organizar qualquer coisa da casa juntos! O mais novo, com certeza tinha puxado pela mãe naquele quesito, a bagunça deles era genuína, e incorrigível, mas isso não era em momento algum de brigas ou discussões, cada um respeitava a individualidade do outro.
― O hobbie de vocês é estranho, alguém já disse? ― disse, rindo, parada no meio da sala com o filho nos braços.
― Já! A senhora fala isso há pelo menos uns 9 anos. ― Hana disse, rindo também.
― Pois é, é bem estranho mesmo.
Depois de algum tempo, já estava servindo de cavalinho para o filho e eles brincavam e riam no chão. estava sentada no sofá, tomando o resto do suco que Kwan deixou e fazendo carinhos nos cabelos da filha, que assistia algum vídeo engraçado do grupo de quem era fã.
não passou mais que três semanas fora, mas sentiu tanta falta de sua família e daquela sensação de estar em seu lar, que às vezes pensava em parar de escrever – ou pelo menos de escrever livros. A escrita era um dos grandes amores da vida da mulher, começou profissionalmente logo depois que teve Hana e não conseguiu deixar a filha com uma babá ou em uma creche, para voltar a sua rotina no antigo trabalho.
Ela também amava seu trabalho como bibliotecária – não podia negar. Durante muitos anos, estar ali, diante dos livros e envolvida tão diretamente com eles, era como estar em seu paraíso pessoal. Durante toda a gestação pensou em muitas maneiras de deixar a filha sob os cuidados de outras pessoas e voltar à rotina, mas todas as formas que imaginou a deixava assustada demais e nada confortável.
O marido a ajudou muito naquele processo de decisão sobre seu futuro. Ele adorava ver o quanto gostava de exercer aquela profissão, mas apoiou totalmente a escolha de pelo menos nos primeiros anos de vida da filha do casal, ficar responsável pelos cuidados dela.
Naquela época tinha estourado como ator e com o dinheiro que ganhava com as séries e filmes que atuava, conseguia manter tranquilamente a casa.
começou a escrever um blog, de como era ser mãe de primeira viagem e em algum ponto, começou a escrever também, para seus seguidores como tinha conhecido seu marido – que era uma figura pública e todo o mundo inteiro sabia que eles eram casados – e tudo mais que as pessoas que a seguia, tinham curiosidade.
O convite para escrever o primeiro livro apareceu subitamente. O blog fazia tanto sucesso, que uma editora entrou em contato com ela para que transformasse seu conteúdo digital em um livro físico.
De início não pensou que faria algum sucesso com aquilo, mas como era formada em letras, resolveu fazer o projeto, nem se fosse por laser – afinal – naquela época, Hana já estava com quase dois anos de idade e o marido passava muito tempo em outra cidade gravando a nova novela, que iria ao ar em poucas semanas. Não tinha nada a perder.
This Is Love foi um sucesso tão grande, que foi traduzido para mais de 50 países e ela ficou mundialmente famosa. Tomou gosto pela coisa e hoje em dia, escrevia histórias que iam desde ficção científica, drama, romance e até tinha uma coluna em uma revista renomada, sobre crianças e adolescentes, em que ela contava as dores e os prazeres de ser mãe.
não percebeu que havia se desligado do mundo enquanto pensava na vida, até ouvir a filha chamar e balançar a mão em frente a seu rosto. Para chamar sua atenção.
― Mãe? ― Ela chamou mais uma vez.
― Oi, meu amor! ― finalmente respondeu, acariciando o rosto dela.
― Tá tudo bem? ― Hana parecia preocupada.
― Tudo, meu amor, mamãe só está um pouco cansada. ― Sorriu de forma doce.
― Se a senhora quiser, falo com o papai e a gente pede alguma coisa pelo app, aposto que o tio vai entender. ― Ela se sentou ficando perto da mãe e acariciando a mão dela.
― Não, meu amor, eu estou bem, só estava pensando, e se eu não for lá, seu tio me mata, sabe como ele é dramático. ― As duas riram.
realmente tinha tudo para ser um ótimo ator.
Depois de todos prontos, não demoraram muito a chegar ao restaurante do irmão mais velho de .
era alguns anos mais velho que , quando era mais novo, tentou carreira de ator, frequentou vários grupos de teatro e em um desses grupos conheceu . A diferença de meses de idade, foi algo que os conectou de imediato, e eles viraram rapidamente melhores amigos. acreditava que aquela aproximação aconteceu também, para que ela conhecesse o marido.
No início a família, inclusive , achava estranho o irmão andar com alguém tão hiperativo e falar tanto dele em casa. Geralmente ele era mais reservado sobre suas amizades.
Flashback
― , se apresse, seu irmão vai trazer o amiguinho dele para o jantar. ― A voz da mais velha foi ouvida de onde estava terminando de prender os cabelos.
― Eles não têm dez anos, mãe, não chame de amiguinho na frente dele, pelo amor de… ― Ela vinha descendo as escadas e falando em um tom alto para que a mãe a ouvisse. E deu de cara com o irmão e o “amiguinho” encharcados, parados na entrada olhando para ela.
― Aqui, toalhas secas. , encontre algo seco para seu amigo vestir, e se nada seu couber, pegue algo nas coisas de seu pai! ― ouviu a mãe falar com eles, mas não conseguiu tirar os olhos do rapaz que acompanhava . Talvez pelo fato da camisa branca que ele vestia estar colada ao corpo, totalmente molhada, ou pelo sorriso que ele tinha no rosto, desde que seus olhos se encontraram.
―Tá bom, mãe. ― disse secando parte do corpo para que não molhasse a casa inteira e fez o mesmo.
― ? ― A mulher desprendeu os olhos do rapaz para dar atenção para a mãe.
― Eu? ― Ela sorriu para a mais velha.
― O que você disse, meu amor? Eu não entendi. ― O sorriso da mãe também era muito bonito. Ela gostava daquela amizade, mesmo não conhecendo direito , sabia que o filho estava mais feliz com aquela amizade e sentia que o rapaz seria figura importante para aquela família.
― Nada, mãe, deixa para lá. ― Ela terminou de descer as escadas e chegou mais perto dos meninos que ainda enxugavam seus corpos.
― Essa pessoa estranha é a minha irmãzinha! ― disse com o mesmo sorriso da mãe, ele tinha herdado aquele jeito doce de sorrir, mesmo que tivesse implicando com alguém.
― Te achei o mais estranho, até agora! ― respondeu o amigo, rindo, ― Lee , muito prazer. ― O sorriso dele se iluminou ainda mais e pensou logo em usar um daqueles flertes horríveis, que as pessoas usavam sempre, como: “prazer é só na cama” ou “você ainda não viu nada”, mas resolveu que não seria legal dar em cima do rapaz daquele jeito - pelo menos não naquele primeiro contato deles.
― Prazer, . ― Ela sorriu também e eles ficaram pelo menos meio minuto se encarando, até que arrastou o amigo para seu quarto no andar de cima.
Estava uma chuva densa quando eles chegaram, o que era normal para aquela época do ano. foi ajudar a mãe a colocar a mesa enquanto os meninos se vestiam e o pai não chegava do serviço.
― Gostei do meu genro. ― A mais velha disse para a filha.
― Mamãe! ― repreendeu a mãe ― A senhora sabe que não é legal falar assim sobre a sexualidade das pessoas. Não é porque o anda grudado nele e vice-versa que eles são um casal.
― Mas eu só tenho o de filho agora, é? ― Ela respondeu para a filha de maneira séria, olhando para a mais nova.
― Mãe, pelo amor de Deus! Eu tive cinco segundos de contato com ele. ― Tentou disfarçar a surpresa pela mãe ter notado que mesmo com pouco tempo ela ficou mexida com o rapaz.
― Conheço meus filhos, minha flor! Escuta o que a mamãe está falando.
― O que nossa sábia mãe está dizendo? ― chegou com o amigo no cômodo dando um longo beijo no topo da cabeça da mãe.
― Nada não! ― respondeu, apressada antes que a mãe falasse alguma coisa, sabia que a mais velha seria capaz de contar aquela loucura para os meninos. ― Olha lá, o papai chegou. ― Tratou logo de mudar o rumo daquela conversa.
O jantar correu às mil maravilhas. era realmente o cara legal e tudo mais que dizia que ele era. E só pelo fato de ele ficar se bicando com o irmão mais velho, chamava ainda mais a atenção de , que não demorou quase nada para demonstrar para todos, inclusive para ele mesmo, seu interesse.
Flashback Off
Ao chegarem no restaurante, foram recepcionados com um grande sorriso do maître, que já conhecia a família muito bem e que os levou até a mesa que sempre reservava para aquele tipo de ocasião desde que abriu seu restaurante.
Depois de muito tempo tentando a carreira de ator o mais velho percebeu que aquela realmente não era sua verdadeira paixão. Deixou a faculdade de artes cênicas pela metade e resolveu fazer gastronomia. Em pouquíssimo tempo, já era um dos chefs mais conhecidos, e bem falados de toda a cidade.
Casou-se há pouco mais de cinco anos com uma mulher que conheceu na faculdade de gastronomia. Ela não cursava o mesmo curso que ele, ou nada relacionado, mas por um problema de infiltração no campus em que ela estudava, a turma toda de veterinária começou a usar o campus de gastronomia e foi paixão instantânea.
se apaixonou por , como se aquela fosse a missão de vida dele na terra! E o melhor é que ele ainda olhava para ela com o mesmo olhar de quem olha seu bem mais precioso, todos os dias de sua vida. Os dois tinham uma filha da idade de Kwan e sempre que os primos se encontravam era uma festa.
Na mesa já estavam sentados: , Hyejin, a sobrinha de Mooni e . E para surpresa de todos, também estavam ali, e com a filha deles, Jiwoo. e eram amigas desde pequenas, suas famílias eram vizinhas, então elas estudaram juntas, cresceram juntas e sempre estiveram presentes na vida da outra. Estavam juntas quando começaram a gostar dos respectivos maridos. No planejamento dos noivados, casamentos, da construção humana e profissional. Eram a base e a força uma da outra. Assim como e eram os melhores amigos do mundo, e se sentiam da mesma forma em relação uma à outra.
Foram madrinhas de casamento, e quando descobriram que estavam grávidas na mesma época foi um momento mágico, uma sensação indescritível, um choro só. Nem se combinassem teriam a capacidade de engravidarem juntas.
Hana e Jiwoo tinham um mês e meio de diferença na idade, e pelas mães serem tão amigas, as garotas tinham um laço similar.
Como tinha saído em turnê com o livro, antes dessa tour tinha ficado um pouco ocupada com a produção e finalização dele, já fazia um tempo que não se via assim na presença de todas aquelas pessoas que gostava tanto.
O sorriso brotou nos lábios dela, foi tão lindo que se assemelhava ao que ela deu quando disse “sim” a no altar.
Uma das coisas que mais amava nessa vida era com a maior certeza, estar perto de quem amava, e quem retribuía genuinamente esse sentimento.
― Titia! ― A voz da pequena foi ouvida, atraindo a atenção de todos a mesa em direção a que eles vinham.
carregava Kwan nos braços, segurava por hábito a mão da filha mais velha, que não se importava nem um pouco em andar com a mãe daquela forma.
― Minha estrelinha! ― soltou a mão de Hana e estendeu os braços para abraçar a menor. ― Que saudades, meu amor, como a princesa da titia está? ― Ela levantou a sobrinha do chão e a carregou no colo indo em direção a mesa.
― Eu estou bem, tia! Sabia que eu sei contar até trinta agora? ― Os olhinhos da pequena brilhando de felicidade, faziam a vida de valer a pena.
Desde que nasceu, Hyejin era muito grudada com a tia. passou praticamente toda a gravidez de com ela, enquanto trabalhava duro em dois empregos para conseguir abrir o próprio negócio, antes que a filha nascesse. A família deles sempre foi muito unida e se apoiavam em todos os momentos, e depois de tudo organizado, quando Hyejin nasceu, ela não podia ver a tia que já queria seu colo, às vezes brincava que a filha gostava mais da cunhada do que de seu marido. O que era claramente mentira, já que todo mundo no mundo sabia como aquela criança era grudada e apaixonada pelo pai e ele era perdido de amor por ela também. Ele inclusive pagava caro cada palavra de zoação que havia feito para na época em que Hana nasceu.
― Meus parabéns, meu amor, mais tarde você mostra para a titia? ― deixou um beijo doce nas bochechas da criança.
― Tá bom! ― Ela sorriu. ― Hana, Hana... ― Gritou, girando o corpo em direção a prima quando ela entrou em seu campo de visão, que prontamente a pegou do colo de sua mãe. Naquele momento já estavam em pé de volta à mesa.
― Olá a todos! ― acenou com a mão, colocando Kwan na cadeirinha infantil que estava vazia mais próxima de si.
Hana também cumprimentou todo mundo, antes de colocar a priminha de volta em sua cadeirinha e se sentar ao lado de Jiwoo, começando uma conversa animada com a melhor amiga.
― Oi, gente! ― disse com o mesmo sorriso nos lábios que estava em seu rosto quando os viu de longe.
― Como está a escritora mais famosa do mundo? ― , que até então, não estava na mesa, chegou com alguns aperitivos para as crianças e se sentou no único lugar vago.
― Tão bem quanto o melhor Chef de cozinha de todos os tempos ― Ela devolveu o elogio, segurando a mão do irmão por cima da mesa e fazendo carinhos.
― Vai começar a melação desses irmãos. ― comentou enquanto mergulhava a batata no molho de queijo e dava para Kwan comer.
― Não sei como vocês aguentam ― comentou, enquanto olhava o cardápio.
― Você quem tem que me dizer, está próximo a eles, a mais tempo que todos nós aqui. ― respondeu, fazendo todos a mesa rir.
era amigo de e desde o fundamental e passou a frequentar a casa de e , também naquela mesma época. Depois que engatou o namoro com .
― Tudo inveja! ― disse sinalizando o garçom mais próximo. O restaurante estava relativamente cheio, então estava tranquilo fazer os pedidos a um dos garçons que estavam distribuídos pelo Hall.
― Também acho, irmão. ― Eles riram e todos os outros adultos que estavam à mesa, reviraram os olhos.
Depois de algumas conversas paralelas e já com os pedidos servidos, percebeu que o irmão estava inquieto desde que chegaram ao local. Mesmo que não morassem mais juntos, e não passassem tanto tempo um com o outro, ainda se conheciam como ninguém.
― O que foi, meu irmão? ― perguntou quando os outros à mesa estavam entretidos com alguma piada que estava contando e que ele tinha aprendido com a Alexa.
― O quê? ― Ele tentou disfarçar e olhou para , que também não prestava a atenção na piada do amigo.
― Vocês brigaram? ― O tom de voz de era quase inaudível, para que somente ela e o irmão ouvissem.
― Não! Muito pelo contrário, estamos muito felizes. ― Ele foi sincero, o que deixou o coração da mulher mais tranquilo.
― Então o quê? ― Ela insistiu, sabia como o irmão não se abriria fácil. E que ela precisaria fazer alguma pressão para que as coisas acontecessem e ela conseguisse ajudar ele.
― Temos um anúncio a fazer, mas eu não consigo chamar a atenção de todos.
― Culpa minha, desculpa, todos ficaram perguntando sobre a viagem e o livro novo. ― disse um pouco chateada, tirando uma mecha de cabelo do irmão do rosto.
― Para com isso, , esse jantar foi feito para você e para matarmos a saudade. ― sorriu, não queria em momento nenhum que a irmã se sentisse mal.
― Esse jantar é para todos nós. ― Ela sorriu de volta.
― Estamos interrompendo o momento ternurinha dos irmãos, ai? ― disse quando o silêncio tomou conta da mesa e eles ficaram observando mais uma vez o grude daqueles dois.
― Estão! ― disse com um largo sorriso no rosto, provocando o marido. ― E o , tem um comunicado. Então espero que todos os engraçadinhos fiquem de bico fechado. ― Finalizou olhando para o irmão que parecia mais tenso que antes.
― Ãahn, e eu temos uma notícia. ― Ele começou olhando para a esposa, que limpava o rosto da filha do casal. E que assentiu para que ele prosseguisse.
― Vocês vão ser titios outra vez. ― E sem enrolar, ele soltou a notícia que deixou todos eufóricos à mesa.
― AH! MEUS PARABÉNS!!! ― levantou, abraçando o irmão e logo em seguida a cunhada.
― Eba! Mais uma criança para a creche que vamos abrir. ― disse em um tom bem humorado.
A notícia tinha agradado a todos. Era realmente uma coisa que todos ali gostavam muito. A vinda de outra vida para aquele ciclo sempre deixava as coisas mais animadas. .
― Muito obrigada a todos. ― disse com um sorriso enorme nos lábios ― E nada de chá revelação, ouviu ? ― Ela repreendeu o marido, o que levou todos a gargalhadas.
Todos definitivamente sabiam como o homem gostava de inventar moda e como ele sempre insistia naquele chá de bebê, foi assim com Hana e Jiwoo, também conseguiu convencer todos no de Kwan e Hyejin, mas estava disposta a não aceitar mais aquela breguice naquela gestação.
― Apoiado! ― e disseram juntas em apoio à amiga.
― Bom, já que estamos no momento de revelações, nós também temos uma. ― disse pegando a mão da esposa e da filha, sorrindo.
― Tem mais um bebê a caminho? ― perguntou, animada, ainda estava eufórica com a notícia anterior e seria muito legal, agora as amigas engravidando juntas, ela já tinha passado por aquela experiência nas suas duas gestações e foi uma experiência muito, muito legal.
― Pelo amor de Deus, não! ― respondeu, rindo e recebendo um olhar pidão do marido.
― Por enquanto, não! ― Ele disse fazendo mais uma vez com que todos rissem. Os amigos já sabiam que a opinião deles era divergente naquela questão sobre um segundo filho. ― Nossa mocinha linda aqui ― sorriu para a filha. ― Conseguiu seu primeiro papel como protagonista profissional, naquela peça que comentamos mês passado. ― Finalizou, orgulhoso.
― Uau! Que coisa mais legal. ― foi o primeiro a se pronunciar. ― Você está feliz, Jiwoo? ― perguntou de forma doce para a menina que tinha um sorriso enorme estampando seu rosto.
― Estou, tio. Todo mundo parece tão legal e eu sou ótima, né? Então... ― Ela continuou sorrindo.
― Humilde como o pai! ― disse, rindo. ― Mas os ensaios são muito puxados? ― ele parecia realmente interessado.
― Três vezes por semana, no horário livre das atividades dela, nós conseguimos organizar os horários para que a peça não interfira nas atividades pessoais e escolares. ― disse firme, todo mundo ali sabia que ela era uma ótima organizadora de coisas, com certeza encaminharia bem a filha.
― Isso é incrível, minha princesa! ― foi até a garota e a abraçou ― Realmente gostava de dar e receber abraços. ― Você é muito talentosa, a tia está muito ansiosa para te ver brilhar.
― Eu vou ser uma atriz muito boa, igual ao tio . ― Os olhos dela brilhavam e se sentia muito honrado com aquela fala e orgulhoso da menina seguir seus sonhos, sempre que dava eles conversavam como era ser um artista e ele sempre dava boas dicas.
― Aproveitando que estamos nesse momento de pronunciamento, eu também tenho um. ― que já estava em pé para falar com Jiwoo, atraindo a atenção de todos.
― Não me diga que estamos esperando mais um filho? ― questionou em um tom sério.
― O QUÊ? ― e Hana disseram juntos em um tom de surpresa.
começou a rir da cara que o marido e a filha fizeram.
― O quê? Não! ― respondeu, balançando as mãos. ― Vamos? ― Ele estava confuso de verdade naquele momento.
― Como assim, você disse que ia fazer um anúncio e não sabe? ― disse, rindo.
― Amor, dá um tempo para ele, todo mundo sabe como ele é lerdinho ― disse, tentando ser solidária com o concunhado, mas fazendo todos à mesa rir.
― Não vamos, amor, pelo menos eu não estou sabendo. ― tranquilizou o marido que entrou em pânico por alguns segundos.
Não que fosse um problema mais um filho, ele amaria ser papai outra vez, mas com dois filhos ele sabia o quão difícil era criar uma criança e foi pego de surpresa com aquela possibilidade, ainda mais com a notícia que ele tinha para dar, antes de ser surpreendido por aquela fala da esposa.
― Uma pena, seria legal ter outro filho. ― Ele respondeu de maneira menos desesperada.
― Acho que chega de filhos para gente. ― disse, apontando com a cabeça o filho sujo de maionese até nos cabelos e riu.
― Conversamos sobre isso depois. ― deu um guardanapo para que a esposa conseguisse limpar aquela bagunça. ― Agora meu anúncio. ― Riu, quase havia se esquecido do que realmente iria compartilhar com as pessoas. ― Me ofereceram o papel de vilão na próxima novela do horário nobre. ― O sorriso nos lábios dele era tão iluminado que se apaixonou mais uma vez – talvez a décima, só naquela noite – pelo marido.
― Você disse vilão? ― perguntou um pouco chocada.
― É! ― Ele respondeu ainda sorrindo.
― Não, espera, você vilão? O cara que chora quando assiste filmes com cachorros e que não consegue matar uma mosca. ― estava tentando entender como alguém conseguia ver nele um vilão.
― Para a sua informação, mãe da futura atriz mais bem sucedida de todo mundo. ― Piscou para Jiwoo. ― Eu sou um excelente ator, sei me fingir muito bem de mau. ― Ele mostrou a língua para a mulher e riu.
― Estou vendo como você é bom em uma discussão. ― quis provocar o amigo.
― Meus troféus e prêmios de melhor ator provam que meus argumentos são válidos, mas claro, pessoas que não são astros não tem dimensão disso. ― adotou um tom de desdém.
― Aí, sim! Agora eu senti a pontinha de vilão. ― disse indo abraçar o amigo.
― Ficou bom, né? Eu sei, eu sou muito bom. ― disse, satisfeito.
― Não vamos exagerar. ― disse, rindo e indo até o cunhado para felicitar e abraçar ele.
AQUILO ERA AMOR PARA !!
Durante muitos anos de sua vida, procurou pelo significado da palavra. Pensava que o sentimento só poderia ser aplicado no contato homem-mulher, de forma romântica, naquela nomenclatura, nem mesmo a família se encaixava naqueles termos, afinal, é a família, querendo ou não há uma ligação. MAS depois de certa idade, descobriu que o amor era uma junção de coisas e sentimentos, como alegria, carinho, afeto, consideração e essas coisas que fazem bem.
E ali estava a junção de coisas e pessoas que transformavam o amor dela em algo físico e palpável. Aquelas pessoas, aquelas vidas, aqueles sorrisos, aquela união, era o que fazia tudo valer a pena todos os dias para ela. E se aquilo não fosse amor, não sabia mais o que era.
Depois que os amigos voltaram a suas conversas individuais e paralelas, sentiu as mãos do marido nas suas, assim que percebeu também que estava chovendo. – claro que estava – sempre que ela sentia aquela sensação de conforto e de carinho, o amor transbordava como gotas de chuva.
FIM.
Nota da autora: Então a oportunidade de escrever essa fanfic nasceu, e claro eu não poderia deixar esse hino sem uma história a altura e nem eu sem a oportunidade de escrever para esse FICSTAPE LINDO que eu não tive a oportunidade na época de lançamento hahahahahaha, pois bem, aqui estamos casadas com Donghae, filhos lindos uma família extremamente feliz e o amor pairando no ar. É isso, espero que tenham gostado.
Ps: Ah minha lista de fic vai estar aí embaixo, mas vocês conseguem achar também, tanto clicando no ícone do Facebook que vai te direcionar ao meu grupo de autora (ta pequenininho ainda rs, não reparem), quanto clicando no ícone do Obsession, que dá acesso a minha página de autora no site e pelo meu Instagram. Meu tt tá sempre disponível também. Vocês podem me gritar por lá, aqui pela caixa de comentários ou onde me acharem kkkkkk.
AH, NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
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MV Sexy Trip [Music Vídeo - KPOP]Nota da beta: Lembrando que qualquer erro nessa atualização e reclamações somente no e-mail.
Ps: Ah minha lista de fic vai estar aí embaixo, mas vocês conseguem achar também, tanto clicando no ícone do Facebook que vai te direcionar ao meu grupo de autora (ta pequenininho ainda rs, não reparem), quanto clicando no ícone do Obsession, que dá acesso a minha página de autora no site e pelo meu Instagram. Meu tt tá sempre disponível também. Vocês podem me gritar por lá, aqui pela caixa de comentários ou onde me acharem kkkkkk.
AH, NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.
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Outras Fanfics:
LONGFICS:
Médium [Restrita – KPOP – Longfics] Jikook
La Belle Epoque [Doramas – Longfics] Hello My Twenties
The Royal Family [KPOP – BTS – Longfics]
SHORTFICS:
Baby How You Like That [Restritas – Kpop – Shortfics]
Baby, I Like You [Kpop – BTS – Shortfics]
Baby, I Want You Forever [Kpop – BTS – Shortfics]
Baby We Have A Happy Ending [Kpop – BTS – Shortfics]
Do What We Do [Kpop – Restritas - Shorthfics]
Eyes, Nose, Lips [Kpop – BigBang – Shortfics]
Put'em Up [Restrita – Outros – Shortfics]
Yerin’s First Xmas [KPOP – EXO – Shortfics] Colaborativa (Assemble: EXO)
Fairy Of Jazz [KPOP – BTS – Shortfics]
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É Você [Kpop – Shipp – Shortfic] BTS – YOONMIN
Fxxk It [KPOP – BIGBANG – Shortfics]
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I Live so I Love [KPOP – BTS – Shortfics]
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You Are My Soulmate [KPOP – BTS – Shortfics]
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Who Do U Love [KPOP – MONSTA X – Shortfics]
We Lost The Summer [KPOP – Tomorrow x Together – Shortfics]
Fly To My Bed [Restrita – KPOP – Shortfics] BTS
Drown in Your Body [Restrita – KPOP – Shortfics] EXO
You Made Me Again [Restrita – Ship – Shortfics] BTS - Jikook
FICSTAPES:
02. Teenager [Ficstape #104: GOT7 – 7 for 7]
02. Enough [Ficstape #196 – GOT7: Present – You]
02. Nobody’s Perfect [Ficstape #122: Jessie J – Who You Are]
02. Amigos Con Derechos [Ficstape #204 – Ahora: Reik]
03. Crazy 4 U [Ficstape #148 – Move – Taemin]
03. 잡아줘 (Hold Me Tight) [Ficstape #103: The Most Beautiful Moment in Life: Young Forever]
03. Let Go [Ficstape #178 – BTS – Face Yourself]
03. Trivia: Love [Ficstape #181 – BTS – Love Yourself: Answer]
04. Até o Sol Quis Ver [Ficstape #137: Exaltasamba – Ao Vivo Na Ilha da Magia]
04. Clap [Ficstape #120: Seventeen: Teen, Age]
04. Game [Ficstape #193 – Super Junior: Time Slip]
05. HOME [Ficstape #200 – BTS: Map of the Soul – Persona]
06. Good Day For A Good Day [Ficstape #108: Super Junior – Replay]
07. Magic Shop [Ficstape #133: BTS – Love Yourself 轉‘Tear’]
07. 소름 Chill [Ficstape #111 – EXO – The War]
07. Shift [Ficstape #112 – Shinee – 1 Of 1]
07. OI [Ficstape #149: Monsta X – Shine Forever]
07. Dengo [Ficstape #150: AnaVitória – AnaVitória]
08. Tonight (오늘밤; feat. Zico) [Ficstape #119: Taeyang: White Night]
08. Made It [Ficstape #196 – GOT7: Present – You]
09. Retro [Ficstape #168 – SHINee – The Story of Light]
10. Fire [Ficstape #103: The Most Beautiful Moment in Life: Young Forever]
11. I Want You [Ficstape #168 – SHINee – The Story of Light]
12. Undercover [Ficstape #168 – SHINee – The Story of Light]
12. Fine [Ficstape #196 – GOT7: Present – You]
16. Not Today [Ficstape #080: BTS – You Never Walk Alone]
MUSIC VIDEO:
MV Beautiful Liar [Music Vídeo - KPOP]
MV Darling [Music Vídeo - KPOP]
MV Sexy Trip [Music Vídeo - KPOP]