Finalizada em: 04/05/2021
Music Video: 눈누난나 (NUNU NANA) - Jessi (제시)

Capítulo Único


Ser dona de um império era cansativo, ainda mais quando se é mulher em uma sociedade tão machista quanto a Coreia do Sul.
Desde pequena, quando ainda era instruída sem saber a um dia assumir toda rede de casas noturnas de que a família era dona, já sabia que não seria uma tarefa fácil. Seu avô dominava boa parte de Seul com sua influência e poder, mas ele era homem, rico e amigo de muitas pessoas influentes.
Aquela também foi uma dica preciosa que recebeu ainda quando muito nova.
"Lembre-se, , faça bons laços e os mantenha, ser conhecida e conhecer é a maior arma que temos nesse mercado", o avô sempre repetia aquelas palavras depois que tomava sua dose diária de vinho de arroz. Quando ainda não entendia o que ele queria dizer, pensava que ele repetia aquela mesma ladainha só por estar bêbado e ficando velho, mas, assim que tomou seu lugar como chefe de tudo das empresas Type X, entendeu que aquilo era a maior verdade da vida e agradecia mentalmente a memória do mais velho pelas palavras.
Ela, por si, já não se encaixava na linha "tradicional" coreana. Como estudou por muitos anos fora do país, sua referência de padrão de beleza, costumes e postura chocava um pouco os mais tradicionais no mercado. Logo quando ela assumiu os negócios, alguns dos aliados de seu avô quebraram a aliança; mas aquilo não tinha nada a ver com ela, só foi usado como desculpa para um acordo que já estava fadado ao fim, mas, como os homens daquela cultura nunca davam o braço a torcer, resolveram usar aquilo como muleta.
A família Ho em si não era a perfeição de família tradicional, e o mercado em que estavam ativos também não.
— Senhorita Ho? — ouviu a voz que já reconheceria em qualquer lugar do mundo de tanto que o rapaz dizia aquelas palavras.
— Pois não, ! — Levantou os olhos dos papéis que analisava para dar atenção ao mais novo.
— O pessoal para a reforma no prédio de Itaewon está aqui! — Ele sorriu aquele sorriso doce que derretia o coração dela.
Ele definitivamente não era o "tipo" dela, mas ele despertava nela um sentimento um tanto quanto diferente.
— Aí, nossa, tinha me esquecido dessa reunião, leve eles até a sala de reuniões e prepare tudo por favor, já subi, e preciso que esses idiotas façam o que eu peço dessa vez. — Ela mudou a direção para a gaveta na mesa em que usava para trabalhar, procurando alguma coisa.
— Eu disse que deveria trocar essa empresa de empreitada, eles não te respeitam. — disse, amigável; já tinha presenciado muitas vezes a forma desrespeitosa que os engenheiros daquela empresa tratava a mais velha. Só por ela estar em uma posição de chefia, era desgastante, ele sempre sentia vontade de socar alguém.
— Não vou dar o braço a torcer, eles tem que entender que não me atingem, meu anjinho. — ela foi carinhosa, não queria e nem poderia descontar nele qualquer frustração que tinha ou iria ter com outros homens que a rodeavam.
— Mas isso não é dar o braço a torcer, é mostrar quem é que manda, Noona. — disse se aproximando mais da mulher, que abriu um grande sorriso quando as palavras Noona saíram da boca dele, com tanta naturalidade; queria dizer que estavam muito próximos e ela adorava aquilo.
— Você tem um ponto muito bom, Minnie, eu vou dar a última ordem; se eles não fizerem o trabalho deles direito, nunca mais vão trabalhar pra ninguém nessa cidade. — Estava plena como sempre, sabia o poder que tinha, mesmo que algumas pessoas não soubessem, cedo ou tarde elas o sentiam.
— Então vamos acabar com eles. — Ele disse, dando um beijo doce na bochecha da mulher antes de sair da sala e se encaminhar até a área onde o pessoal da empreiteira estava esperando.
Quem via imaginava que seu coração pertencia a algum homem no estilo bad boy, como seu amigo da vida toda, Jay, dono de sua própria gravadora de hip-hop da cidade, todo tatuado, musculoso, e dane-se a vida; e eles até já tinham se pegado, porque seria burrice dela não beijar aquela boca. Mas ninguém mexia com o coração dela como mexia. Ele era um total oposto de Jay, o cabelo sempre bem alinhado no tom de caramelo que ela adorava, roupas que seu avô certamente aprovaria. E aquilo a perturbava desde o momento em que ele entrou na empresa com o estágio anos atrás, hoje em dia ele já era sócio júnior, e braço direito dela, e aquela sensação dentro dela nunca passou. Não estava no momento de se envolver emocionante com ninguém, mas, se ele quisesse, ela também queria.
Respirou fundo, ajeitou a roupa de couro marrom no corpo, que valorizava as suas curvas, pegou todos os papéis e relatórios que tinha separado para aquela reunião e saiu da sua sala, obstinada: ou aquelas pessoas faziam o que lhe foi ordenado, pago e contratado, ou teriam de mudar de área.
Pelo barulho dos saltos batendo no piso, sabia que estava chegando, só pelo som sabia que ela estava decidida e que seu poder exalaria no nível máximo com eles. Aquilo fazia com que ele ficasse eufórico, aquela era a mulher por quem se apaixonou anos atrás e que vinha mexendo com seu coração, que tinha ciência de que pouco seria correspondido, pelo fato de ser diferente de todos os caras que já viu ela saindo ou que apareceram na mídia ao seu lado. De toda forma, ela não tinha culpa de ele estar apaixonado por ela, e ele queria o bem dela sempre, tinham construído uma relação de amizade bacana durante os anos.
— Obrigada por acomodá-los, . — Fez menção para que ele se sentasse. — Vamos ao que interessa. — disse colocando um chumaço de folha à frente de cada homem ali presente, inclusive . — Preciso que façam seus trabalhos dessa vez! — Foi firme, e colocou a sua parte das folhas com mais força que gostaria sobre a mesa de reuniões.
— Como é que é? — Um dos homens perguntou em tom de desafio.
— É isso mesmo que ouviu. Estou pagando um valor imenso para a empresa a qual você presta serviço e o mínimo que eu espero em troca por pagar seus salários é que façam seus trabalhos; nem precisa ser como eu pedi, já que é muito para a capacidade intelectual de vocês, realmente. — Ela olhava as unhas muito bem feitas enquanto falava. — mas que pelo menos entreguem o projeto completo, terceira vez que vamos até o prédio de Itaewon e as coisas não estão em seu lugar.
— Piiif — Escutou um dos homens soltar um barulhinho de deboche.
— Tem alguém com algum problema? — perguntou assim que ouviu o barulho, não queria deixar brecha para que nenhuma piadinha ou desaforo fosse mais adiante. Além de tudo, estava na sua empresa, na sua área; se eles queriam cantar de galo, seria em outro galinheiro.
O silêncio se fez presente e uma risadinha abafada foi escutada quando ela se virou de costas para começar a apresentar o projeto, para ver se daquela maneira era mais fácil o entendimento.
Contou até 50 para não tacar o controle do projetor na cara de quem vinha fazendo aquelas gracinhas.
— Pelo visto assinei um contrato com a 5° série D. — Ela disse sem paciência, se virando para os homens sentados à mesa.
— Nem a 5° série se comporta mais assim, senhorita Ho. Nossas crianças de hoje em dia tem mais respeito e educação. — pontuou e recebeu um sorriso grande de , que estava feliz na participação do rapaz.
— Realmente! Então, última tentativa de continuarmos com esse contrato, que está me saindo mais cansativo do que se eu mesma tivesse fazendo a restauração com minhas próprias mãos. — Olhou firme a cada um ali.
— Se é tão poderosa assim, por que nos contratou? Por que não fez sozinha os reparos? — O tom de deboche e a risadinha que o homem deu após aquela fala só fizeram com que o ignorasse e pegasse seu celular. Desbloqueou e procurou um número em sua lista de contatos, abrindo um sorriso muito iluminado quando achou o que procurava, deixando todos sem entender.
— Alô, por gentileza, senhor Choi, o senhor está podendo falar agora? — Todos menos olhavam atentos para a mulher. Choi poderia ser qualquer pessoa na Coréia, e também podia ser o chefe deles, o dono da prestadora de serviços. abriu um sorriso satisfeito, o que só confirmava o receio dos demais. — Não será necessário que nos encontremos, senhor Choi, o que eu preciso resolver com o senhor é rápido. — A forma com que ela sorria deixava em evidência que eles eram próximos. — Tentei por vezes não envolver o senhor nesse assunto, sei que, assim como eu, é uma pessoa muito ocupada, mas infelizmente estou tendo problemas com uma das equipes da Choi Corp. É, então, eu tentei resolver e conversar com eles, fui gentil. O senhor sabe como nós, os Ho, somos gentis, não sabe? — Ela começou a circular pela sala e o grande sorriso não sumia de seus lábios carnudos. — Isso, esses mesmos! Eu tentei por duas vezes e nada, e agora, na terceira, não sei o que aconteceu, mas parece que alguns deles acham que a forma com que se comportam carrega só a imagem deles, mas sabemos que, como eles representam a Choi, ninguém vai falar que o senhor fulano o tratou mal, ou não fez seu trabalho, vai falar que a Choi é assim. E nós sabemos que a Choi Corp é um conglomerado muito maior que meia dúzia de funcionários mal educados, desinformados e inconvenientes. — parou em frente à mesa e olhou diretamente para o homem que fez todas aquelas gracinhas. — Eu não queria quebrar a aliança de anos que nossas empresas têm, senhor Choi, mas eu não posso aceitar ser desrespeitada dessa forma. Seria uma pena mesmo, e, olha, eu estou ligando para o senhor porque somos uma família, sabe, outro parceiro só exporia essa situação no meio dos outros empresários e mancharia a imagem tão respeitada da empresa. — A cara de vitória que estampava o rosto de era impagável. — Ah, perfeito! Então estarei esperando eles amanhã. Claro, claro, marcamos um drink qualquer dia desses; você é o melhor, senhor Choi, um beijo, até.
estava explodindo de felicidade – por dentro, é claro –, a expressão na cara dos outros homens naquela sala era tão prazerosa para ele, valia mais que qualquer soco que ele desse na cara de qualquer um ali.
— Senhora, podemos conversar melhor sobre isso, e a senhora fala para o senhor Choi que foi só um mal entendido? — Um dos homens, o que estava mais bem arrumado e parecia ser o líder daquela equipe, se manifestou assim que assimilou o que tinha acabado de acontecer. — Nós afastamos o senhor Jeong e quem mais a senhora quiser, entregamos o projeto na metade do tempo estipulado, do jeito que for ordenado, eu arrumo até um dinossauro de verdade se for o seu desejo? — O desespero na voz do homem trazia um sentimento de satisfação na mulher; não que ela fosse uma pessoa ruim, mas eles mereciam aquilo.
— Parece que ele está implorando, Noona! — se permitiu ser informal e deixar o homem mais constrangido ainda.
— Não, se não ele estaria de joelhos, . — Ela abriu um grande sorriso olhando para o rapaz.
— Vo… você quer que eu me ajoelhe? — O homem perguntou com cara de espanto.
— Mesmo que se ajoelhasse, eu não conseguiria mais te ajudar, querido. Eu só faço negócios nesse tipo com a Choi Corp. E se eu aceitasse continuar com os serviços dos senhores, estaria quebrando meu acordo com eles e vocês realmente não valem a pena. — Ela abriu a porta como sinônimo para que eles saíssem.
— Isso quer dizer que… — O homem não conseguiu prosseguir com a fala e nenhum dos homens moveu um músculo sequer.
— Exatamente! — completou o raciocínio para eles. — Terminamos aqui, e acho que os senhores vão querer usar esse tempo para procurar um novo emprego. Espero que tenham sorte e disponibilidade para mudarem de cidade, já que, por aqui, duvido que consigam empregos novos. — O sorriso no rosto dele era de satisfação, assim como o sorriso nos lábios dela. Ela gostava quando ele dava o golpe final, e por isso que ela o levava para quase todas as reuniões.
Os homens ficaram por alguns minutos parados, até que caíram em si e saíram em silêncio, um silêncio tão constrangedor que parecia que tinham carregado toda a energia do local. E aquilo era claro. Choi não deixaria barato por n motivos, mas os principais eram: manchar o nome da empresa, que ele tanto lutou para constituir uma boa reputação; e desacatar qualquer um dos Ho, eles tinham negócios juntos há anos, e eles eram seus parceiros mais fiéis e justos, bem como era vice e versa, e em momento nenhum ele deixaria que qualquer pessoa estragasse aquele laço, que perdurava, tanto quanto construir a reputação.
não sabia como aqueles homens trabalhavam para ele e agiam daquela maneira, todo mundo na cidade sabia como Choi movia e protegia seu império e aliados com unhas e dentes. Era fácil para ela cortar o mal pela raiz, devia ser fácil para eles terem uma boa postura.
— A nossa próxima reunião é só amanhã! — pontuou a mais velha, depois que eles terminaram de revisar os relatórios necessários para aquele dia.
— De tarde, né? Por favor, diga que sim. — Ela fez um pouquinho, queria aproveitar o resto da noite e não ter que levantar super cedo no outro dia.
Depois daquele episódio de mais cedo com o grupo de homens, precisava mais do que nunca tomar um drink.
— Com o pessoal da Choi às 16:00, com os novos acionistas às 18:00. Pela manhã você tem aquele encontro com os seguranças da zona 3, mas podemos mudar para outro dia, não é nada muito importante. — olhava para o tablet em suas mãos e digitava algo enquanto falava.
— Remarque para semana que vem então, por favor, peça desculpas a eles. — Ela fechou o último relatório e se esparramou na cadeira reclinável.
— Prontinho! — levou dois minutos para realizar a tarefa, já imaginava que, assim como ele, ela estava precisando relaxar.
— Agora vamos beber. — Ela se levantou, pegando seu casaco e sua bolsa.
— Como assim? — Ele arrumou os relatórios na pilha correta para que o estagiário os pegasse e levasse aos lugares certos, no dia seguinte.
— Você nunca bebeu, ? Eu já te vi bebendo na festa da firma. — Ela pegou o paletó dele que estava em cima do sofá, perto da bolsa dela, e procurou as chaves do carro dentro da bolsa.
— Eu bebo, Noona, mas é dia de semana e a gente tem trabalho amanhã. — Ele a seguiu até fora da sala, quando ela abriu a mesma e saiu.
— Amanhã de tarde, prometo que se bebermos muito eu faço uma sopa de ressaca e você nem vai perceber que bebeu. — Ela continuou andando até os elevadores, cumprimentando as pessoas que encontrava pelo caminho.
— Mas... — Ela parou e se virou para ele depois de apertar o botão para chamar o elevador.
— Se você não quer beber comigo, tudo bem, não precisa arrumar desculpas, meu bem! — O sorriso no rosto dela era lindo e ela realmente estava tranquila em relação àquilo; não queria beber com ninguém que não quisesse estar na companhia dela, não precisava daquilo, mesmo que ela quisesse que eles passassem algum tempo fora daquele ambiente formal e trabalhista.
— Eu quero, eu só estou com medo de não conseguir fazer minhas obrigações amanhã. — Ele foi sincero também, olhando para ela, que parecia brilhar aos olhos dele. A aura que ela emanava todos os dias era linda, mas, quando colocava as pessoas em seus lugares, ela ganhava um brilho especial a mais.
— Não se preocupa, se achar que não está legal, a gente usa seu banco de horas, não se preocupa, sua chefe vai entender. — Ela riu e o elevador chegou.
— Espero que minha chefe não saiba que, se eu faltar, vai ser por beber um pouco a mais. — Ele riu também e deu espaço para que ela entrasse no elevador primeiro. — Vamos!
Seguiram até uma das boates de , o bom de ser dona de um império naquele segmento era esse sair para beber, sem ser incomodada por nenhuma pessoa inconveniente ou mal atendimento. A escolhida aquela noite era a preferida de e era uma das preferidas de também, foi a primeira que ela projetou e inaugurou depois de assumir o comando do conglomerado. Tinha um conversível antigo no meio do salão, e uma parte exclusiva para os amantes de jogos de azar – que, mesmo sendo proibido no país, aquele estabelecimento dos Ho em questão vivia à margem da lei. Claro que o estabelecimento só cedia o lugar e a bebida, o resto era por conta dos clientes, como combinar as apostas, quando elas envolviam dinheiro ou não, bem como os kits de jogos, como cartas e fichas.
Era um lugar extremamente sexy e acolhedor, aquilo era o diferencial dos estabelecimentos de ; eram confortáveis, as pessoas se sentiam bem, se sentiam seguras, sentiam que podiam ser quem quisessem ser; e, claro, as regras quanto a assedio e abuso contra mulheres era extremamente rígida, fazendo assim com que seu público fosse em sua maioria feito de mulheres que queriam se divertir, sem serem assediadas ou coisa pior, que acontecia por aí.
— Mais uma garrafa pra gente, por favor. — Ela levantou a mão pedindo para o garçom que passou perto deles.
— Você está inspirada hoje mesmo, hein, Noona? — disse rindo, estava um pouco mais solto pela quantidade de bebida que já tinha ingerido àquela altura, mas não estava totalmente bêbado.
— A gente mandou ver com aqueles babacas, a gente merece. — Ela disse enfiando um pedaço de frango, que eles tinham pedido mais cedo.
— Você sempre é a melhor! — Ele disse olhando para os lábios dela, que mastigavam a comida, e ele não conseguia parar de olhar para a forma com que eles se moviam.
— Eu sou mesmo! — Soltou uma gargalhada alta, sábia do que era capaz e do poder que tinha, ela sabia usar muito bem aquilo.
— Isso é tão injusto. — Ele soltou um suspiro, enquanto alcançava um pedaço de frango.
— É injusto eu ser a melhor, por que eu sou mulher? — mudou de postura, olhando surpresa para o homem; de todo mundo no mundo, era a última pessoa que ela sequer imaginaria falando uma coisa daquelas.
— Não, não, não. — Ele balançou as mãos envergonhado pelo que pareceu dizer. — Eu tenho muito orgulho de você, Noona, muito mesmo, a única parte injusta nessa história é que você é tão incrível e eu… — Ele abaixou o olhar.
— Você é um cara super legal também, e está indo na direção certa para ser o melhor! — ficou aliviada por não ser o que ela estava imaginando, seria uma decepção grande, mesmo ela sabendo que não devia apostar tanto assim nas intenções das pessoas.
— Mas eu não estou à sua altura e isso é injusto. — Estava sentimental, não sabia se era porque estava há tempo demais com aqueles sentimentos dentro de si, ou se era o álcool que circulava pela sua corrente sanguínea.
, mesmo de salto eu fico menor que você. — Ela riu, não sabia bem do que estavam conversando mais.
— Noona! — Ele riu. — Não é nada disso, não é questão de tamanho. Eu gosto de você, é isso, eu sou apaixonado por você, e eu acho que eu não deveria sentir ou falar sobre isso com você, mas é o que tá rolando e… — Sentiu o dedo dela colar em seus lábios para que ele parasse de falar.
— Você não está falando isso só porque está bêbado, está? — Ela não sabia como se sentir, estava apreensiva com aquela situação, sabia o que sentia pelo rapaz, mas não queria que ele sentisse ou falasse aquilo só por estar ou quando estivesse bêbado.
— Não, bom, talvez eu tivesse criado coragem por isso, mas eu gosto de você há muito tempo já. — Ele olhou nos olhos dela.
— Eu quero muito te beijar agora, mas vou me arrepender se você não disser essas mesmas coisas pra mim amanhã, quando estivermos sóbrios. — ajeitou a postura e respirou fundo.
— Você quer me beijar? — Olhou confuso, talvez estivesse sim bêbado e achava que não estava.
— Tem algum tempo já. — Ela disse, virando mais uma dose da nova garrafa da bebida que foi colocada na mesa.
— Então acho que a gente pode esperar até amanhã, o que é um dia a mais pra quem esperou tanto. — O sorriso no rosto dele era iluminado, embora ele não soubesse direito se aquilo era um delírio ou se estava acontecendo de verdade.
Continuaram a beber e jogar conversa fora, agora com um toque a mais de flerte envolvido. A noite foi agradável e conseguiram relaxar e esquecer o que aconteceu durante aquela tarde. Não ficaram até muito tarde lá, porque realmente tinham trabalho a fazer no dia seguinte, não podiam tratar aquela noite como um final de semana. Estavam correndo para terminar a obra em Itaewon, e se preparando para a inauguração de mais uma boate em Gangnam.
O cheiro que o haejangguk deixava no ar fez com que acordasse com a barriga roncando e a cabeça doendo. Sabia que não deveria ter bebido tanto, mas a noite anterior estava tão boa. Ainda estava despertando quando se desesperou por estar sentindo aquele cheiro, e, assim que caiu da cama, ao tentar se levantar depressa, percebeu que estava só de cueca e que não estava em sua casa. Sentiu o estômago embrulhar com aquela constatação, e procurou suas roupas pelo lugar.
, que barulho foi esse, tá tudo bem? — Ouviu a voz de vindo ao longe.
— Eu tô bem, eu… o que eu tô fazendo aqui? — Ele disse em um tom alto para que ela o escutasse sem que precisasse entrar no quarto.
— Eu te trouxe pra cá, disse que ia te fazer um café da manhã bom pra ressaca, e, pelo estado que estava ontem, achei melhor te trazer pra cá e cuidar de você. — Ela disse rindo, em um tom mais próximo.
— Ãan, e por que eu estou sem roupa? — Perguntou, envergonhado.
— Não se preocupa, eu não abusei de você, esse é o quarto de hóspedes e suas roupas estão secando, espero que não encolham na secadora. — Ela riu. — De toda forma, mandei trazerem um terno novo para você, não dá pra ir trabalhar com a mesma roupa, as pessoas vão achar que você não toma banho. — Ela parecia estar grudada atrás da porta. — Eu tirei a sua roupa, porque você vomitou nela sem querer, tem um moletom aí em cima da cômoda, foi o maior que eu achei nas minhas coisas, se veste, vamos comer.
E ele ouviu ela sair saltitante até a cozinha. Ele nunca tinha ido à casa dela, pelo menos não entrado; já tinha acompanhado algumas vezes, mas nunca entrou. Ficou maravilhado como aquele quarto era lindo, e poderia apostar a sua vida como o resto da casa também era. Tomou um banho quente, achou uma escova de dente lacrada em cima da pia e, depois de garantir que não estava cheirando a álcool ou baba, saiu do quarto querendo rir de si mesmo, pois estava com uma blusa que parecia um cropped e uma calça de moletom na mesma estampa de leopardo da blusa.
— Ficou muito bom, a gente deveria tirar uma foto. — disse, rindo muito e se sentando-se à mesa, depois de colocar a garrafa de água lá.
— Eu fiquei uma gracinha, não fiquei, Noona? — Ele colocou o dedo na boca, fazendo uma cara que era para ser sensual e acabou por ficar fofa.
— A gracinha mais gracinha de todo o mundo. — Riu. — Agora senta, vamos comer.
— Eu quero te falar uma coisa antes, pode ser? — , que estava em pé perto da porta, caminhou até ela, que ainda estava sentada. — Aãn… — Ele coçou a cabeça. — Não sei se eu estava muito bêbado, se eu delirei ou se aconteceu mesmo, mas eu quero que saiba que eu gosto de você, que eu sei que você é muita areia para o meu caminhãozinho, mas eu estou disposto a fazer quantas viagens forem necessárias. Você é uma mulher linda, poderosa, dona de tudo, você é simplesmente uau. E é isso, eu estou apaixonado pela minha chefe, meu deus, isso é tão clichê, me sinto como aqueles livros. — Ele respirou fundo, estava feliz de colocar aquilo para fora, mesmo que ele não tivesse dito nada na noite anterior, o que ele soube que disse quando ela abriu aquele sorriso que ele tanto gostava.
Sem nenhuma resposta pelo lado dela, só levantou de onde estava sentada, grudou os lábios nos dele e iniciou um beijo, confirmando tudo o que tinham conversado na noite anterior.


FIM.



Nota da autora: "Baby can u handle it?" Oi gente, pois bem, cá estamos novamente nesse que é meu especial favorito do mundo, lembro que quando abriu da outra eu tinha acabado de começar a escrever fanfics, e dele nasceu a minha fic favorita do mundo todo, então quando abriu dessa vez eu vim com todo meu coração. Essa história eu gosto muito, ando com queda por pps donas da porra toda, e tem pessoa mais dona da porra toda que a MARAVILHOSA da Jessica Ho? Se tem eu desconheço, daí eu quis colocar ela como a Noona que ela é com o Kunzinho e isso tem uma jogada de marketing kkkk estou escrevendo uma fic para o ficstape do NCT e siiiiim vai ser continuação desse mv aqui, quem sabe não venha uma parte restrita que faltou aqui, mais do relacionamento deles, ou o que eles conversaram depois desse beijo, e é isso, espero que tenham gostado.
ps: Ah minha lista de fic vai estar aí embaixo, mas vocês conseguem achar também, tanto clicando no ícone do Facebook que vai te direcionar ao meu grupo de autora (ta pequenininho ainda rs, não reparem), quanto clicando no ícone do Obsession, que dá acesso a minha página de autora no site e pelo meu instagram. Meu tt tá sempre disponível também. Vocês podem me gritar por lá, aqui pela caixa de comentários ou onde me acharem kkkkkk
AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.





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