Última atualização: 14/10/2020

Segunda Chance

Meu corpo todo tremia dentro do carro. Meu coração acelerou um pouco quando chegamos na mansão do avô de J.Seph. Toda sua família nos aguardava, tios adotivos, primos, seu avô e a esposa dele. Todos curiosos para saber como o herdeiro Kim havia conseguido uma esposa em tão pouco tempo. 

— Suas mãos estão frias. — comentou ele ao segurar em minha mão, para me ajudar a descer do veículo.
— Confesso que estou com medo de conhecer seu avô, depois de tudo que falou sobre ele. — disse ao descer.
— Não se preocupe, vou estar ao seu lado o tempo todo. — garantiu ele.

Assenti com a face e segui de mãos dadas com ele. Entrar pela porta da frente foi ainda mais impactante. O estilo tradicional da mansão me remetia aos palácios imperiais que tanto estudei nas aulas de história coreana. Todos se mantinham reunidos na sala de estar. O senhor Kim assentado em sua poltrona de chefe da família, com a esposa de pé ao seu lado e os filhos adotivos, noras, netos ao redor. Estava me sentindo dentro de um daqueles doramas que via na televisão. 

— Bom dia vovô. Bom dia a todos. — disse J.Seph se curvando em cumprimento.

Eu me curvei juntamente com ele, permanecendo em silêncio. Claro que todos ficaram a choque ao verem que a esposa de J.Seph era uma estrangeira. Percebi alguns cochichos também. 

— Estava curioso para conhecer a esposa do meu neto. — disse o senhor Kim — Mesmo não sendo coreana, é muito bonita.
— Obrigada senhor. — disse num tom baixo.

J.Seph havia me dado alguns instruções de como me comportar diante do seu avô. Deveria passar a melhor impressão possível. 

— Estamos curiosos para saber como se conheceram, seu casamento foi muito rápido. — comentou a esposa do senhor Kim.
— Vocês acham que o casamento é falso. — afirmou J.Seph.
— Não leve para este lado Taehyung. — disse um dos tios — Mas estamos curiosos, nunca nos contou sobre ela.
— Não estavam preparados para saber. — continuou meu esposo.
— E não vai nos responder? — uma prima insistiu.
— Eu a conheci no colégio, estudamos na mesma sala, ela se sentava ao meu lado, nosso relacionamento começou nesta época, porém mantivemos em segredo até agora. — explicou ele claramente, só a parte do relacionamento que não era verdade — Se estão achando que é falso, saibam que em um relacionamento falso, o casal não pode ter filhos.
— O que quer dizer com isso, meu neto? — o senhor Kim se mostrou interessado.
— Minha esposa está grávida de poucas semanas. — concluiu ele — Isso é mais do que suficiente para mostrar o quão real é nosso relacionamento.

Mais cochichos saíram entre eles.

— Venha comigo meu neto, quero falar a sós com você. — o senhor Kim se levantou da poltrona e seguiu para o corredor, provavelmente para seu escritório.

J.Seph se afastou de mim e seguiu seu avô. Me senti insegura na hora, ele tinha prometido ficar perto de mim. Me encolhi de leve e permaneci em silêncio sendo avaliada pelos olhares da família dele. A senhora Kim se moveu e seguiu até mim, com o olhar superior me analisando de cima a baixo.

— Qual o seu nome? — perguntou ela.
Miller, senhora. — respondi mantendo o tom baixo.
— Sabe, mesmo meu neto dizendo, não acredito nas palavras pronunciadas. — revelou ela — Você não me passa verdade.
— Lamento, senhora. — me mantive tranquila.

Eu sabia que o que ela mais queria, é que J.Seph falhasse a fortuna fosse para as mãos de seus filhos.

— Estarei te observando bem de perto, para assim revelar quem você realmente é, uma golpista. — assegurou ela.

Respirei fundo me controlando. Não iria decepcionar meu esposo, agindo sem pensar na força da raiva. Os minutos se passaram, conosco esperando. Assim que J.Seph retornou com o avô, nos reunimos no jardim para desfrutar do café da manhã preparado para celebrar nosso casamento. Ele segurou em minha mão ao chegar perto de mim e me conduziu.

 — Está tudo bem? — perguntou ele.
— Você disse que não se afastaria de mim. — disse em sussurro — Fiquei com medo da senhora Kim me matar.
— Ela não seria louca. — ele riu — Me desculpa, não posso dizer não ao meu avô.
— Não se preocupe, eu entendo. — assegurei.

O café da manhã foi tranquilo. 
Passamos alguns dias hospedados na casa de seu avô, até que nossos documentos de casados ficaram prontos. Assim, seguimos em viagem para New York, nosso apartamento na cobertura em frente ao Central Park seria a nova morada do senhor e senhora Kim. Eu não conseguia lidar e absorver tudo aquilo que estava acontecendo conosco. Minha vida havia despencado e se reerguido tão rapidamente que me deixava tonta às vezes. 

J.Seph se preocupou em cancelar minha bolsa de estudos na Universidade de Yonsei, e me transferir para uma vaga especial na Universidade da Columbia. Era como um sonho impossível se realizando, estudar em uma Ivy League americana. Era início de mais uma etapa em nossa vida. Eu continuaria meus estudos de forma branda devido a gravidez, e ele iria conduzir a filial da empresa do seu avô instalada na cidade. Era louco pensar que J.seph havia se tornado um homem de negócios tão competente só de ter trabalhado ao lado de seu avô, ao longo dos anos como seu estagiário. Segundo o velho Kim, só se aprende na prática. Porém, assentiu que o neto fizesse um curso intensivo para ter um diploma em mãos por garantia.

-- 

. — J.Seph me chamou assim que entrou no apartamento.
— Boa noite. — disse ao dar um sorriso singelo para ele.
— Boa noite. — ele deixou a pasta em cima da mesa de centro e seguiu até mim sorrindo de volta — Como está se sentindo hoje?
— Um pouco enjoada e indisposta. — respondi — Mas a médica disse que é normal, estamos nas últimas semanas de gestação.
— Oi princesinha. — disse ele ao tocar em minha barriga.

J.Seph levava a sério a história de ser o pai da criança que eu esperava. Tanto que me deixava impressionada. Logo sentimos um chute.

— Parece que ela está animada em te ouvir. — comentei — Calma mocinha a mamãe não está tão bem assim para isso.
— Não seja tão ansiosa Sunny, logo você verá o papai. — completou ele ao se curvar e beijar minha barriga.

Aquele lado carinhoso de J.Seph me deixava amolecida e aquecida por dentro. Em todo aquele tempo casado comigo, seu respeito por mim era ao extremo. E a única parte do meu corpo que tocava, era minha barriga para sentir nossa filha se mexendo. O máximo que fazia era me dar um beijo na testa, quando estávamos na presença de outra pessoas, e sempre andar de mãos dadas comigo. Claro que fazia parte do pacote encenar que éramos um casal de verdade. Se tinha algo bom na cultura coreana, é este lado reservado dos casais não ter demonstrações de carinho e afeto em público. 

— Como foi na empresa hoje? Conseguiu resolver o problema com os funcionários em greve? — perguntei mudando de assunto e me afastando dele.

Eu lutava mais do tudo para não me envolver sentimentalmente naquele casamento maluco. Já tinha sido tão machucada por Jinho a quem amei tanto, que meu coração se bloqueou por isso. J.Seph também não demonstrava nenhum sentimento que seja por mim além de respeito e empatia. O que me levava a sempre lembrar de suas palavras ao afirmar que não amava ninguém. Mas apesar de tratar a todos em nossa volta com frieza, era impressionante a forma afetuosa com que ele me tratava mesmo longe dos olhares dos outros.

Desde o dia em que me encontrou jogada ao chão chorando, ele cuidava de mim e me protegia.

— Descobri que os diretores comerciais estavam desviando o dinheiro da bonificação dos vendedores. — respondeu ele me observando — Mas já tomei as providências e estou ajeitando tudo.
— Ai. — de repente senti uma pontada na barriga.
— O que foi? — ele se aproximou de mim.
— Não sei.

Em segundos um líquido começou a descer por minhas pernas. Era o bolsa que tinha se rompido. Nossa menininha estava querendo nascer naquele instante. J.Seph correu até o quarto para pegar a bolsa que já tinha preparado a semanas. Depois me pegou no colo e me levou até seu carro. Chegando no hospital, entrei em trabalho de parto com as contrações me matando de tanta dor. Duas horas de espera para que a passagem dilata-se a medida que precisava Ele fez questão de acompanhar tudo e assistir ao parto. Minutos de força e mais dores, até que ouvi o choro da minha pequena. 

J.Seph foi o primeiro a segurá-la depois do médico. Seu olhar emocionado, me fazia mesmo sentir que ele era o pai verdadeiro dela. Mas infelizmente o passado existia. Um arrependimento veio dentro de mim, porque eu não havia me apaixonado pelo nerd que sentava ao meu lado no colégio? Voltei a mim, controlando a emoção e voltando a razão, o que passou, passou. Eu só teria olhos para minha filha e seguiria sem me envolver com ele. Afinal, nosso casamento era um contrato de benefício mútuo a ambas as partes. 

— Ela é linda. — disse ao olhar para minha filha.
— Como você. — completou ele dando um sorriso carinhoso.
— Bem-vinda ao mundo Sunny. — disse a ela.
— Bem-vinda a nossa família. — disse ele.

Com a novidade do nascimento, não demorou muito até que a família de J.Seph viajasse para a América para nos visitar. Seu avô não conseguiu esconder a emoção de olhar para a bisneta dele. Meu coração se cortou ao lembrar que minha filha infelizmente não tinha seu sangue.

— Independente do passado, ela é nossa filha. — sussurrou J.Seph em meu ouvido.

Certamente ele percebeu meu desconforto pela forma que seu avô se emocionou. 

— O que mais posso fazer em agradecimento? — perguntei a ele.
— Apenas seja uma boa mãe e uma esposa amiga. — pediu ele — Minha família ainda pode tentar alguma coisa, mas vou protegê-las.

Eu sorri para ele, que logo beijou minha teste em demonstração de carinho. Seus familiares ficam nos observando desconfiados. Após alguns meses me dedicando somente a nossa pequena joaninha, retornei aos estudos aos poucos. Cursar mora era divertido, porém desgastante, mas era o que amava fazer. principalmente por escolher me especializar em estilismo. 

Tarde de outono e J.Seph chegou mais cedo na empresa, me deixando surpresa. Ele me cumprimentou e foi direto no balanço de mão brincar com Sunny. Eu havia notado que ele estava mesmo chegando mais cedo em dias alternados da semana. Não tinha comentado sobre isso, mas fica feliz por seu empenho em não perder nenhum momento de seu tempo com nossa filha. Crianças crescem rápido e estava acontecendo com nossa princesa.

— Como foi seu dia? — perguntou ele ao segurar Sunny no colo com cuidado.
— Foi bem, fiquei esboçando alguns croquis para apresentar ao professor na próxima semana. — respondi — E o seu?
— Tranquilo. — respondeu ele ao desviar o olhar para mim — Quero conversar com você.

A última vez que ele disse essas palavras, foi quando me propôs o casamento. O que seria daquela vez?

— O que foi? — perguntei ao me sentar no sofá.
— Um amigo de um amigo, de um conhecido me fez uma visita na empresa semana passada. Ele soube que você cursa moda. — iniciou ele.
— Hum…
— Sua família está em processo de falência, estão vendendo a pequena marca de roupas que possuem, juntamente com a confecção e sua fábrica de tecidos em Xangai. — continuou ele explicando onde queria chegar — Eu fiz algumas pesquisas de mercado e sobre essa história, então…
— Então… — eu não conseguia entender o propósito daquele assunto.
— Eu comprei a marca, a confecção e a fábrica têxtil para você. — completou ele de forma tranquila.
— O que? — disse em choque.
— Isso, comprei e coloquei em seu nome. — confirmou.
— Mas, como pode fazer isso sem me consultar, eu não posso aceitar. — disse.
— Por que não? Você é minha esposa. Ter algo seu é uma segurança. — reforçou ele.
— Mas, J.Seph você já fez mais do que o combinado por mim, não posso aceitar. — relutei.
— Você vai. — retrucou ele confiante no que dizia — Que tal fazermos assim, seremos sócios até você poder comprar sua parte, eu entro com o dinheiro e você com sua criatividade. 
— Mas eu nem mesmo sei administrar minha vida, imagine uma empresa, uma marca, uma indústria. — desabafei — Não saberia…
— Você terá pessoas competentes trabalhando para você. — ele se aproximou de mim e pegou em minha mão — Eu vou estar ao seu lado para te ajudar.
— Mas…
— Não aceito não como resposta. — finalizou ele o assunto — Você terá sua independência que tanto deseja e realizará o sonho de ser estilista.
— Não sei como agradecer. — confessei.
— Agradeça fazendo muito sucesso profissional. — ele sorriu de canto.
— De onde você tirou tanto dinheiro? — perguntei curiosa.
— Não foi com o meu avô. — brincou ele — Tenho economias guardadas e alguns investimentos que faço desde que comecei a receber nos tempos de estágio.
— Nossa.
— Não se preocupe, não tem nem um centavo da minha herança neste investimento. — assegurou ele.
— Investimento?
— Sim, escolhi investir em você, minha esposa e mãe da minha filha. — confirmou.

Por um breve momento nos mantivemos olhando um ao outro em silêncio. Senti meu coração acelerar um pouco pela intensidade no seu olhar. Logo J.Seph desviou sua atenção para Sunny e se afastou. Suspirei um pouco. Por um momento achei que ele fosse me beijar ou algo assim. 

Fiquei por um tempo o observando brincar com Sunny no sofá. Até que meus devaneios me levaram a imaginar como seria daqui para frente, minha vida profissional. 

--

Os anos foram passando. E minha rotina tinha se dividido em ser empresária, estilista e mãe em tempo integral. Para facilitar minha vida, após a formatura da universidade, nos mudamos para Xangai. Neste tempo, J.Seph treinou o novo diretor geral que ficaria encarregado de cuidar da filial de New York. Na cidade chinesa, meu esposo agora controlaria a filial que tinha no país. 

Nos tempos da universidade, aproveitei para estruturar tanto a empresa de confecção, quanto a fábrica têxtil e a marca. Unifiquei as três áreas, sob o comando de um único nome Sun Company, uma ideia do J.Seph de deixar as três letras iniciais do nome de nossa filha. O inverno já estava às portas assim como o lançamento de nossa marca de roupas, Moonlight, no estilo prêt-à-porter com elementos da alfaiataria. 

Eu seguia ansiosa e nervosa com os preparativos. Entretanto, tinha o apoio do meu esposo assim como sua ajuda com Sunny. Senti na pele a loucura de comentar a produção têxtil de uma fábrica, a criação de uma coleção própria de lançamento de marca, sua produção e confecção. Eu estava entronizada em cada uma das etapas quase surtando com elas também.

— Que seja o início do seu sucesso. — disse J.Seph ao me desejar sorte no backstage — Te vejo da primeira fileira junto com a Sunny.
— Obrigada! — sorri de leve para ele.

O observei se afastar e em seguida voltei minha atenção para os últimos preparativos. O desfile de lançamento da marca estava acontecendo no espaço de eventos da nossa fábrica. Uma ideia maravilhosa que nossa produtora de moda nos deu. Como prometido por ele, a equipe que trabalhava para mim era mais do que competente, desde as habilidosas costureiras da confecção, até o design de superfície da fábrica, passando pela modelista de nosso escritório de arte. Todos, sem exceção eram mais do que dedicados e comprometidos com a empresa.

Olhei pelo tecido que reparava o backstage da passarela, sentindo um frio na barriga pelo tanto de pessoas importantes não só da elite chinesa como também de outros países. Personalidades britânicas, americanas, coreanas… Imprensa e tudo que tínhamos direito, até mesmo sua família estava lá para conferir. De tudo, o que mais me impressionou foi ele ter conseguido que um grupo muito famoso de kpop se apresentasse durante o desfile guiando a trilha sonora. Eles vestiriam alguns dos looks desenhados. Segundo J.Seph, foi um favor que ele tinha cobrado de um conhecido. 

Uma noite memorável que guardaria na lembrança.

Uma semana se passou com várias notícias circulando sobre o sucesso da minha marca. O olhar de J.Seph para mim se mantinha orgulhoso. Claro, seu investimento tinha sido alto em mim, então meu sucesso seria seu sucesso também. Retornamos para Coréia. Já estava mais do que na hora de voltar para nossa casa, onde Sunny cresceria perto do seu bisavô. Nosso apartamento em Kangnam nos esperava totalmente reformado e muito bem decorado. 

Sábado pela manhã, nos reunimos com a equipe de produção da revista Céci para uma sessão fotográfica. Seu editorial da próxima edição seria todo voltado para o lançamento da nossa marca, focado no novo casal da moda coreana. As staffs muito gentis me ajudaram a me trocar, levei alguns looks conceito para que eu e J.Seph vestisse para as fotos. O cenário proposto era nada menos de o campus da Universidade de Yonsei, onde meu sonho se iniciou. 

— Obrigada. — disse para a staff assim que terminou minha maquiagem.
— Você ficou muito bonita. — elogiou ela meio tímida.
— Obrigada. — sorri de leve e me afastei.

Segui em direção a J.Seph que conversava com o fotógrafo Choi, um dos mais requisitados do país. 

— Acho que agora podemos começar. — disse ao me colocar ao lado do meu marido.
— Vamos lá então. — disse Choi.

Ele nos guiou até o primeiro cenário e nos sentamos no banco. Era estranho estar tão perto de J.Seph assim. Nossa convivência no cotidiano era puramente de amizade e lealdade. Como sempre o máximo de aproximação entre nós dois era andar de mãos dadas em público, em raros momento ele me dava um beijo suave em minha testa. Eram pequenos gestos, porém sempre que ele executava, meu coração acelerava de uma forma estranha e surpreendente. E quanto mais eu lutava para não me apaixonar, mais me pegava com os pensamentos em J.Seph.

— Por favor, vocês são um casal apaixonado, não só pela moda, como também um pelo outro. — disse Choi. 
— Me desculpe, minha esposa é tímida. — explicou J.Seph num tom estranho, parecia malicioso.
— Eu entendo, mas preciso de mais paixão, vocês são um casal feliz e poderoso. — insistiu ele.

J.Seph se levantou do banco e me puxou para que fizesse o mesmo. Assim ele tocou em minha cintura me puxando para mais perto, deixando nossos corpos bem próximos. Uma cena digna de dorama? Sim. Que fez meu coração acelerar assim como meu corpo estremecer. Um frio na barriga ao senti-lo tão próximo de mim. Em um piscar de olhos, J.Seph se impulsionou em para mais perto e me beijou. Meu corpo gelou a primeiro momento. O que ele estava fazendo? Então, senti que espontaneamente estava retribuindo seu beijo, me esquecendo de tudo em nossa volta. 

Após o beijo, nos afastamos um pouco e olhamos para o fotógrafo Choi, que nos olhava cheio de orgulho com os olhos brilhando.

— Eu nunca fotografei um casal tão apaixonado e com tanta química assim. — comentou Choi — Me deu até vontade de amar novamente.

Casal apaixonado? Sério? Fiquei em choque com essa afirmação. J.Seph se manteve agindo de forma natural e serena como sempre. Após o término da sessão de fotos, me afastei um pouco de todos para dar algumas voltas pelo campus. Uma parte de mim sentia falta dali, afinal eu tive momentos bons além dos ruins. Me aproximei do prédio da biblioteca e entrei nele, algumas lembranças invadiram minha mente. Felizmente não me afetam mais, porém…

— Jinho?! — disse surpresa assim que ele se colocou diante de mim. 
— Te encontrei. — disse ele com um olhar triste — Então é verdade, você se casou mesmo.
— O que isso te importa? — perguntei demonstrando indiferença a sua presença ali.
— Eu sei que não tenho direito de me aproximar de você depois de tudo que lhe fiz, mas espero que você escute esse monólogo. — iniciou ele.
— Eu não tenho mais nada para ouvir de você. — disse me afastando.
— Espera! — ele segurou em meu braço — Eu fui um idiota no passado, mas eu mudei, , eu descobri que sou totalmente apaixonado por você.
— Me solta. — disse me soltando dele — Não me interessa mais o que sente ou não por mim, quero distância de você.
, me dá uma segunda chance… Quero ser um homem melhor para você e nosso filho. — declarou ele.
— Não existe nosso filho. — declarei — Você tinha razão, eu nunca fui confiável e você não era o único em minha vida, esta criança nunca pertenceu a você.

Eu dei um passo para trás.

— Ah, nunca mais toque em mim. — eu me virei e saí dali.

Estava mais do que raivosa e revoltada com a abordagem repentina de Jinho. Não me importava mais suas desculpas, ele jamais machucaria meu coração novamente. 

Eu tinha uma nova vida e alguém para me apoiar.

Caia fora, afaste-se de mim,
Eu odeio isso porque é sujo,
Não toque em mim.
- Don't Recall / KARD

Recomeço: A vida é feita de escolhas. Quando você dá um passo à frente, inevitavelmente alguma coisa fica para trás.” - by: Pâms.



FIM?! Continuam na fic Rumors...



Nota da autora:
Hello gente, mais uma saga, mostrando esse casal que amei escrever a história deles. Espero que gostem!
Bjinhos...
By: Pâms!!!!
Jesus bless you!!!




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