Última atualização: Fanfic finalizada.

Capítulo Único

Quando Júpiter chegou à porta de Jimin, dentro daquela caixa de papelão, filhote, com o que pareciam ser semanas de nascido, magrinho, com a respiração irregular, o homem sequer imaginava que estaria ali, no altar do espaço de cerimônias que tinha alugado para celebrar seu casamento, vendo seu melhor amigo, com as alianças presas a coleira que tinha também alguns raminhos de margaridas combinando com a decoração, vindo feliz em sua direção. Jimin sabia que o cachorro estava realmente muito feliz, ele adorava , ela estava ao lado dele nas piores situações de sua vida canina e agora ela moraria junto com eles - não que ela já não ficasse alguns dias da semana no apartamento do mais velho - e júpiter já estava meio acostumado com a presença dela.

Três anos atrás

Diiiiiing, Diiiiiiiing!
— Mas quem é a essa hora? — Jimin resmungou calçando seus chinelos, já estava deitado, pronto para dormir, estava somente checando suas mensagens no grupo que tinha com os companheiros de grupo, ou do manager com o cronograma do dia seguinte. — Mas eu não pedi nada, será que é o zelador, com mais uma coisa que deixaram na portaria aleatoriamente?
Ao abrir a porta não viu ninguém, mas, quando deu um passo para fora do apartamento para ver se ainda tinha alguém no corredor, tropeçou em uma caixa de papelão e quase caiu no chão. — Mas que mer... — Parou o xingamento no meio, quando percebeu no que tropeçou. — Meu Deus, o que é isso? — Abaixou-se e viu melhor, o filhote de Golden Retriever, choramingando enrolado em um cobertorzinho amarelado, dentro de uma caixa de papelão vazia de Júpiter Fusion, uma bebida energética qualquer que vendia em todos os mercados do país.
Ninguém no corredor, nenhum sinal do barulho do elevador, e só ele e o pequeno, que parecia estar com alguma dor, pois não parava de choramingar, ele não queria um cachorro, mas também não podia deixar ele ali, agora que o achou, era sua responsabilidade, pelo menos até encontrar um abrigo. Pegou a caixa de maneira delicada para não derrubar o cachorrinho no chão e entrou para seu apartamento. Desenrolou o animalzinho e percebeu que ele estava debilitado – não precisava ser um gênio para perceber o quanto ele estava magro demais, respirando de forma "estranha" e choramingando, mesmo com os olhos fechados os fatos continuavam ali.
— Meu Deus! O que eu faço? — Falou sozinho cobrindo de volta o animalzinho e pegando o celular. — Já sei, vou ligar para o Nam, acho que a conhece algum abrigo legal, ela é engajada nessas coisas, sabia? — Falou novamente sozinho, mas dessa vez direcionado ao cachorrinho que não abriu os olhos.
Pegou a caixa do chão da sala onde tinha colocado anteriormente, e a colocou em cima do sofá, o chão estava frio e, por Deus, como animalzinho tremia, não queria ser o responsável por piorar a situação do pequeno.
“Atende, Namjoon”, pensou, enquanto alisava os pelos do animalzinho, que parou de emitir os sons de antes, enquanto recebia os carinhos de Jimin.
— Namjoon? — Jimin disse afobado quando escutou alguém atendendo do outro lado da linha.
— O que aconteceu, Jimin? Por que está me ligando a essa hora? Precisa que eu pague sua fiança? — Namjoon tinha um fundo de desespero na voz, e ele sempre tinha aquele desespero na voz e mil perguntas, toda vez que algum deles ligava para ele depois da meia noite, claro que Jimin não podia negar que isso só passou a acontecer, depois que ele teve mesmo que pagar a fiança de Jungkook em uma madrugada e o único número que o mais novo sabia de cabeça era o de Nam.
— Não é isso, desculpe a hora, é que eu não sei o que fazer. — Jimin sabia que apesar de não ser muito tarde, já era tarde para eles naquela época, em que tinham compromissos marcados durante toda a semana.
— Pelo universo, você engravidou alguém? — Ele praticamente gritou aquelas palavras.
— O quê? — Ouviu a voz feminina dizer ao fundo. — Me dê isso aqui! — A mesma voz disse mais próxima do celular. — PARK JIMIN, VOCÊ ENLOUQUECEU, SABE O QUE UM FILHO SIGNIFICA? QUEM É ELA, VOCÊ NEM ESTAVA A NAMORANDO, COMO PODE SER TÃO IRRESPONSÁVEL, EU TE EXPLIQUEI MAIS VEZES O QUE É NECESSÁRIO PARA UM HUMANO, COMO SE COLOCAVA UMA CAMISINHA E O MODO CERTO DE RETIRAR E DESCARTAR, COMO VOCÊ PÔDE FAZER ISSO COMIGO? COMO VAMOS CONTAR PARA OS SEUS PAIS? COMO VAMOS CONTAR PARA A AGÊNCIA, MEU DEUS! COMO VOCÊ ESTÁ? ESTAMOS INDO PARA AÍ. NAMJOON ACHA MINHAS CHAVES! — gritava ao telefone e nem respirou enquanto disparava aquelas palavras para ele.
… — Chamou e não obteve a atenção da mulher, que gritava alguma coisa para o namorado com a voz um pouco afastada da ligação. — , SE CONTROLE! — Ele gritou para que ela prestasse atenção nele.
— COMO VOCÊ QUER QUE EU TENHA CONTROLE, EU ESTOU SURTANDO! — Ela ainda estava alterada.
— Então respira, eu não engravidei ninguém. — Ele já tinha conseguido a atenção dela, então falou em um tom normal. — Deixaram uma caixa com um…
— Abandonaram um bebê na sua porta? — Ela perguntou confusa, já estava falando em um tom normal, e colocando no viva-voz.
— Bom, um bebê não, mas deixaram um filhote, e eu não sei o que fazer, ele não parece estar saudável, está tremendo muito e não para de choramingar. — Jimin conseguiu finalmente explicar o que estava acontecendo e colocou o aparelho próximo ao animal, que tinha voltado a fazer os sons. — Você conhece algum abrigo onde eles possam cuidar bem dele? — Finalmente perguntou o que estava em sua mente, desde o momento em que colocou os olhos no animal em sua porta.
— Ji, manda uma foto dele para mim, por favor? — pediu e tirou a ligação do viva-voz, estava ecoando demais, talvez eles não conseguissem se entender bem.
— Pronto! — Jimin voltou a ligação, assim que mandou a imagem para ela, não sabia o que queria com aquilo, mas se ela pediu, estava pensando em algo.
— Eu conheço vários abrigos bons, mas antes de levarmos para algum, você precisa levar ele em um veterinário, tipo, agora! — O tom sério na voz dela fez com que ele ficasse preocupado, alguma coisa estava acontecendo com o cachorro, ele não queria ser responsável por nada de ruim que pudesse acontecer a ele.
— Onde eu vou arrumar um veterinário nessa hora, ? E por que eu não posso levar amanhã pela manhã? — Jimin já estava em pé, indo até seu quarto, pegar uma manta mais quente para jogar em cima do cachorrinho, estava muito frio e se ele teria de procurar um veterinário, não podia deixar que passasse mais frio ainda.
— Ele provavelmente está com fome e, pelo tamanho, não parece que desmamou ainda, ou seja, você não pode dar ração para ele e nem pensar em dar comida de gente, me entendeu? Ele pode estar com algum parasita, como pulga ou carrapato e com esse tamanho pode ser nocivo, você pode esperar até amanhã Ji, mas talvez ele não possa! — Ela disse de forma maternal, sabia que o mais novo não deixaria que nada de mal acontecesse ao animal, e, por resgatar tantos animais em situação de rua e encaminhando para os abrigos responsáveis, conseguia “diagnosticar” quando algum animalzinho precisava de cuidados emergenciais ou não, mesmo que não fosse veterinária nem nada do tipo, na verdade, ela era formada em terapia ocupacional e trabalhava na área em alguns asilos pela cidade.
— Meu deus, você conseguiu identificar isso só vendo uma foto? — Park estava colocando seu casaco enquanto falava.
— Sim, e eu posso estar errada, mas é melhor não arriscar, te mandei uma lista com as clínicas mais perto de você, que eu conheço e sei que são de confiança, amanhã eu prometo que te acompanho em um abrigo para filhotes incrível. — O tom mais tranquilo dela não o tranquilizou, ele estava tenso, mas faria o que a amiga pediu.
— Tá bom, , muito obrigado, qualquer coisa eu te ligo, pode ser? — Tinha medo de fazer qualquer coisa errada, então ao menor sinal de pânico ligaria para a mulher sem pensar duas vezes.
— Boa sorte, neném! — desligou a ligação e Jimin passou alguns minutos olhando a lista que ela mandou junto com a localização de cada uma.
A clínica mais próxima a ele ficava há 20 minutos de distância de carro, e não era um nome estranho, provavelmente já tinha ouvido ou Taehyung comentar. Mas não se apegou muito àquela sensação, queria chegar logo ao local e, com sorte, conseguiria reverter a situação do cãozinho. Quando parou o carro em frente ao letreiro iluminado da clínica veterinária, sentiu que o cachorro ficou mais agitado, precisava de atendimento urgente. Lembrou de cobrir bem o rosto, não só pelo frio que fazia, mas por sua integridade, afinal, era uma figura famosa, podia causar uma comoção desnecessária, prejudicando o serviço dos profissionais e bem-estar dos animais. Pegou a caixa no banco de trás onde tinha colocado preso ao cinto de segurança e seguiu para dentro do estabelecimento, que estava relativamente vazio. Encaminhou-se até a recepção onde um homem estava sentado, concentrado em alguma coisa.
— Me ajude, por favor! — Jimin chegou até o balcão, colocando a caixa em cima do mesmo, com um tom desesperado.
Nesse mesmo momento viu a mulher mais linda que ele já havia colocado os olhos chegar, ela usava uma calça jeans de lavagem escura, uma camiseta branca, com um jaleco cheio de bichinhos desenhados aberto e all stars vermelhos de cano longo. Por estar usando um jaleco, Jimin presumiu que fosse alguma enfermeira ou pessoa da triagem, não tinha noção de como funcionava uma clínica veterinária. Todas as vezes que Taehyung o chamava para levar Yeontan com ele no veterinário, ele inventava uma desculpa, amava o animal, mas não conseguia fazer aquilo, geralmente era para tomar vacina, ou algum remédio em forma de injeção e ele não gostava de ver aquilo.
— O que aconteceu com ele? — A mulher perguntou, tirando Jimin de seus devaneios, e pegando o filhote de dentro do local em que ele estava.
— Ainda não sei, doutora, esse senhor chegou aqui nesse minuto pedindo ajuda, mas não tivemos a oportunidade de conversar sobre o animal. — O homem que estava na recepção disse, proativo, para a mulher que ainda olhava minuciosamente o animalzinho em suas mãos.
“Doutora? Então ela é a veterinária?", Ji pensou antes de voltar a atenção para o que estava rolando ali.
— Então, eu não sei o que ele tem, o deixaram dentro dessa caixa… — Ele puxou o objeto mostrando para ambos. — ...Enrolado em uma manta fina, então eu liguei para a minha amiga, que resgata animais de maus tratos e da rua e ela disse que eu devia trazer aqui, ele não para de tremer, está visivelmente muito magro e não para de choramingar.
— Deve ser saudades da mamãe, não é, meu amor? — Ela disse ao animal, virando o focinho dele para o rosto dela enquanto falava e examinava os dentes. — Quanto tempo faz isso? — Perguntou dessa vez olhando para Jimin, que tinha as mãos trêmulas.
— Não tem nem uma hora, é muito grave? — Estava realmente preocupado.
— Espero que ele não esteja muito tempo nessa situação. — A mulher disse, respirando fundo. — Eu vou precisar fazer alguns exames e provavelmente alguma medicação, você pode preencher o formulário. — Apontou para o papel nas mãos do atendente. — Assim que tiver novidades, eu retorno com o senhor. — Disse solicita, realmente voltaria até ele para mais algumas informações.
Antes de entrar com o filhote, a mulher colocou algumas pulseirinhas de identificação nele.
— Qual o nome dele, para identificação? — Ela perguntou, com a caneta piloto na mão, a fim de marcar a informação.
— Bom, ele não tem um nome, eu acho! — Jimin coçou a cabeça, pensativo.
— Pode ser qualquer um, só para a gente saber que é o seu! — Precisava de algo mais que só a raça do cachorro, que ela nem sabia se ele tinha conhecimento da raça, para encontrar o dono depois.
— Hã… Deixe-me ver. — Olhou ao redor, tentando achar algo que ele lembrasse com facilidade. Avistou a caixa que carregava o cachorro anteriormente. — Júpiter! Pode colocar o nome de Júpiter. — Finalizou, retirando o objeto do balcão e pegando a prancheta para preencher a ficha.
— Está certo! Vamos, Júpiter, vamos cuidar de você.
Ela disse, retirando-se do lugar e deixando somente Jimin, o atendente e mais duas pessoas que já aguardavam seus animaizinhos na sala de espera. — Doutora ! — Leu em voz alta o nome da mulher, que levou o cachorro, no canto da folha, na identificação do profissional.
Aquele nome também não era estranho, mas foi outra sensação que ele ignorou, estava mais apreensivo do que imaginou que ficaria, estava preocupado, queria manter o animal saudável, queria conseguir isso. Algum tempo generoso passou e Ji estava cochilando quando ouviu alguém chamando no fundo.
— O tutor de Júpiter, por favor? — Abriu os olhos e viu o atendente chamar, demorou alguns minutos para ele se dar conta de que era com ele que estava falando e antes que ele chamasse outra vez, se levantou às pressas, quase caindo da cadeira.
— Sim! — Respondeu ofegante ao chegar próximo ao balcão.
— A doutora quer falar com o senhor lá dentro, a sala dela é a primeira porta à direita, por ali. — Aprontou e Jimin sorriu, indo até o local indicado.
A sala não estava muito longe da recepção, e, no mesmo corredor, ainda tinha outra dúzia de portas que ele nem se dignou a ler. Ao entrar no local, viu concentrada nas folhas à sua frente, ela ficava ainda mais linda com aquela cara séria, com a mandíbula travada e a caneta em sua boca. Bateu na porta que já estava aberta para chamar a atenção dela.
— Ah, senhor Park, sente-se, por favor. — Indicou a cadeira vazia à sua frente.
— Onde está o Júpiter? — Foi a primeira coisa que saiu da boca dele, surpreendendo até ele mesmo.
— Bom, senhor Park… — Ela subiu o olhar dos papéis, depois de assinar algo, e olhou nos olhos dele.
— Me chame de Jimin, por favor, senhor Park é o meu pai! — Ele riu.
— Como quiser, Jimin… — Ela sorriu — Bom, Júpiter estava e ainda está em idade de amamentação, o que quer dizer, que a única coisa que ele recebia como alimento era o leite de sua mãe. Pelo estado de desidratação dele, pude diagnosticar que ele ficou no mínimo umas 5 horas sem se alimentar, e isso inclui ingestão de líquidos, então está em tratamento de fluidoterapia, que é a recomposição dos líquidos e minerais que o corpo dele precisa, com soro intravenoso, então ele precisa ficar essa noite e manhã em observação aqui na clínica, e, assim que sair, você precisará garantir que ele se alimente de forma correta para a idade. — Ela falava com muita clareza e ele prestava toda a atenção.
— Mas ele está bem? — Estava preocupado, sentiu seu coração apertar quando ouviu aquilo.
— Ele vai ficar, felizmente ele é um guerreiro, poucos animais tão novos sobrevivem há tantas horas sem a alimentação apropriada. Ele está com três semanas de vida, então, como não temos uma mamãe, não temos né? — Perguntou para ter certeza de que nada escapasse do diagnóstico.
— Não, deixaram somente ele na minha porta. — Ji respondeu prontamente.
— Então você vai precisar alimentar ele com um substituto de leite canino, que você encontra em pet shop ou em mercados especiais para produtos animais, precisa administrar 20 mililitros de 3 em 3 horas, porque ele acabou de iniciar a terceira semana de vida, e só vai poder começar o desmame na sexta semana. — começou a anotar algo em um papel em branco, enquanto Jimin só olhava com cara de semi-desespero para ela.
— Ele vai precisar tomar soro em casa também? — ficou com medo de ter que ver o cachorrinho ser furado por uma agulha ou ter ele mesmo que fazer o procedimento.
— Não! — Ela riu. — Quando dermos alta, ele já estará hidratado e alimentado, então só vai precisar administrar corretamente o substituto e trazer ele uma vez por semana pra gente saber como anda o desenvolvimento, tudo bem? — Entregou o papel quando terminou as anotações. — Aqui está a lista do que vai precisar nesse primeiro momento, e, aqui embaixo, meu número e o número da clínica, pode mandar mensagens e ligar no meu número a hora que for, estou sempre disponível para meus pacientes, e o da clínica, caso se sinta mais confortável, sabe, tem gente que prefere, tem agência que não deixa o Idol cuidar dessas coisas, enfim, já pode ir pra casa se quiser e a gente te liga quando ele estiver de alta, pode ser? — O sorriso no rosto dela era radiante e ele conseguia sentir o amor e a dedicação que aquela mulher tinha com a profissão.
— Muito obrigado, Doutora… — Ele passou os olhos pelo papel, não eram tantas coisas assim, e ficou feliz com isso, nunca tinha tido que cuidar de um pet sozinho como estava tendo de lidar naquele momento.
— Pode me chamar de se quiser, vamos nos encontrar bastante nas próximas semanas. — Ela mantinha o sorriso lindo nos lábios.
— Ah, então muito obrigado , vou providenciar tudo, cuida bem do Júpiter para mim, por gentileza! — Levantou-se para sair. — Até breve!
— Tchau.
E foi embora, direto para o grande pet shop que também funcionava 24 horas, para garantir que tudo da lista fosse prontamente comprado e que o cachorro teria tudo o que fosse necessário para a sua recuperação.
— Substituto de leite: ok; caminha confortável: ok; mantinhas quentinhas: ok; tapetinhos higiênicos: ok; brinquedinhos: ok; bolsa de transporte: ok; cadeirinha especial para o carro: ok; saquinhos para recolher o cocô: ok; coleira de passeio: ok; bolsa térmica para levar as mamadeiras: ok; aparelho para manter as mamadeiras aquecidas, aparelho para misturar corretamente o substituto: ok. — Olhando o papel na sua mão, deu “check” nas coisas que tinha anotado e que ele precisaria para acomodar o animalzinho, e, junto às coisas dela, foi escrevendo as outras coisas que ele achou que seriam necessárias, como a coleira de passeio, bolsa térmica, e os aparelhos para as mamadeiras e leite e todas aquelas coisas mais "supérfluas". — Está faltando só as mamadeiras e aquele ursinho de pelúcia que eu vi na sessão de brinquedos.
Falava sozinho, enquanto andava com o carrinho cheio pelo local. Achou o corredor onde as mamadeiras ficavam e quase chorou pela quantidade de modelos que tinha. Sentiu o celular vibrar no bolso e quando o pegou, percebeu que já passavam das 6 da manhã.
— Alô! — Jimin atendeu, segurando o aparelho entre o ombro e a cabeça, enquanto analisava as especificações técnicas dos objetos.
— Te acordei? — Escutou Taehyung perguntar, não sabia o que o amigo queria, e nem porque estava ligando para ele tão cedo.
— Não, eu ainda nem dormi. — Riu fraco e sentiu o cansaço atingir em cheio seu corpo.
— Ainda não dormiu? Mas são seis e quinze da manhã, o que você está aprontando? Aconteceu alguma coisa? — Tae estava preocupado com o amigo, poucas vezes ele virava a noite daquela maneira.
— Não, estou decidindo qual mamadeira levar ainda, depois vou comprar meu café e, provavelmente, dar o cano no trabalho hoje. — Ele disse tranquilo, ainda olhando os dois modelos para a idade específica de Júpiter que estavam em suas mãos.
— MAMADEIRA? — O grito que Taehyung deu quase deixou Jimin surdo. — COMO ASSIM MAMADEIRA, VOCÊ VAI TER UM BEBÊ? — Era impressionante como os amigos achavam que ele era um irresponsável que engravidaria alguém daquela maneira e ainda contaria para eles por ligação.
— Por que todo mundo acha que eu engravidei alguém? — Ele disse colocando quatro mamadeiras do modelo que escolheu no carrinho, iniciando a caminhada até o corredor dos brinquedos.
— Você flerta até com o vento? — Taehyung disse como se aquilo fosse o mais óbvio de se esperar dele.
— Mas, eu sei usar uma camisinha, sabia? — Ele estava indignado com aquilo. — Eu não vou ter um filho, não se preocupa. Estou em um pet shop, abandonaram um filhote de três semanas na minha porta e eu estou comprando coisinhas para quando ele sair da veterinária, preciso dormir, a gente pode conversar sobre isso mais tarde? — Finalmente tinha achado o corredor e pegado o alce de pelúcia pelo qual tinha se apaixonado assim que entrou no local.
— Tudo bem, eu passo na sua casa à noite, pode ser? Ah, te liguei, porque cancelaram nossa agenda essa semana, e eu queria fazer alguma coisa à tarde, mas vou encher o saco do Jungkook, nos vemos à noite, quero saber tudo sobre seu novo bebê. — Taehyung estava animado, ele amava coisas de animais de estimação, ficaria empolgado com certeza.
— Tá bom, nos vemos mais tarde.
Desligou e finalmente seguiu para o caixa para poder ir para casa. Ao chegar no apartamento, arrumou as coisas, colocou uma caminha no quarto dele, junto com o aparelho para aquecer as mamadeiras, o aquecedor de água e um misturar, colocou a casinha que comprou na sala, junto à outra caminha, e os brinquedos no cestinho que também comprou no pet shop, e, na cozinha, preparou dois potes com o substituto do leite. Um, ele deixou lá, depois de esterilizar as mamadeiras, e levou para o quarto, antes de se deitar, algumas mamadeiras já limpas, um pote com o substituto para lá também, e guardou as outras coisas no armário junto com as coisas dele. Quando deitou a cabeça no travesseiro para dormir um pouco, ficou pensando, por que tinha comprado tantas coisas para o animal e porque parecia que receberia mesmo um recém-nascido para sua casa e não um pet? Adormeceu com aquele pensamento e despertou algumas poucas horas depois, com o celular tocando sem parar. Ainda estava meio sonolento quanto atendeu e nem prestou atenção em quem era.
— Alô? — A voz dele estava embargada de sono.
— Jimin? — Escutou uma voz feminina que não reconheceu no início.
— Por favor, o que você quer? Como conseguiu meu número, eu não aguento mais mudar, por favor, não espelhe ele na internet. — Não acreditou que disse aquilo para uma possível fã, mas não aguentava mais ter sua privacidade violada, mesmo que fosse por pessoas que juravam te amar.
— Desculpe! Acho que está me confundindo. — Ela mantinha o tom calmo. — É a , do veterinário.
— Perdão… — Sentou-se na cama, olhando o visor do aparelho e vendo que era mesmo o número dela que ele tinha salvado anteriormente. — Eu estava dormindo, não vi que era seu número. — Soltou uma risadinha sem graça.
— Tudo bem, espero que tenha descansado, então, se você puder vir até aqui, Júpiter já está pronto para ir para casa e eu também. — Ela deu uma risadinha, e suspirou parecendo cansada.
— Eu estou indo, espero não atrasar sua volta para casa, prometo que não demoro. — Ele calçou os chinelos e pegou o primeiro casaco que viu pela frente, bem como o bichinho de pelúcia e a bolsa para o transporte do cãozinho.
— Está tudo certo, meu turno só acaba daqui uma hora, mas fico feliz que tenha conseguido acompanhar todo o processo de recuperação dele, nos vemos em breve.
E desligou a ligação depois que ele se despediu. Jimin não sabia se estava pronto para cuidar de um filhotinho daquela maneira, mas sentia que devia fazer aquilo e que precisava ter certeza de que ele estaria saudável para que chegasse ao abrigo e logo fosse adotado. Chegou mais rápido que da última vez e dessa vez ele estava preparado com os equipamentos certos para o conforto e transporte. A clínica estava um pouco mais cheia, mas, assim que o avistou na porta, chamou o recepcionista para que ele indicasse onde deveria ir para conversar mais uma vez com a doutora. Andou até o fim do corredor e chegou em uma sala com algumas "gaiolas", onde os animais esperavam para que seus tutores os buscassem, ou que ficavam em observação, cada um em seu espaço individual, enquanto esperava por , andou pelos animais e avistou Júpiter, com a plaquinha do nome dele pendurada na portinha e ele dormia profundamente, sua respiração estava normalizada e ele parecia até outro animal. Ji passou os dedos pelos vãos da portinha da gaiola e alcançou a cabeça do cãozinho fazendo carinhos de leve.
— Hey, amigão. — Ele disse baixinho enquanto continuava os carinhos. — Você me assustou, sabia? — A voz amigável era confortável para quem a escutasse. — Você deve estar com saudades da sua mamãe, não está? Eu vou cuidar de você por enquanto, tá bom? Eu prometo que vou tentar encontrar a sua mamãe, ou a sua família, mas, enquanto isso, seremos nós dois, tudo bem pra você? — Continuou falando com o animal e nem percebeu que não estava mais sozinho no local.
não disse nada, quando entrou, viu que o homem estava abaixado na altura da gaiola em que Júpiter estava, e ficou imensamente feliz com que ouviu, à início, quando ele chegou naquela madrugada, não achou que ele sequer deixaria o número certo para que ela contatasse assim que ele tivesse alta. Pagou todos os custos em dinheiro, nem um nome ele tinha dado ao animal e como frisou várias e várias vezes durante a consulta, tinham abandonado em sua porta, então ele não tinha de fato uma ligação emocional, mas ver como ele se preocupou e como estava com uma bolsa de transporte, uma manta especial e um brinquedo a tiracolo, fez perceber que realmente não devia julgar o livro pela capa.
— Espalhe cartazes pelo seu bairro, às vezes a mamãe dele também sente falta dos filhotes e alguém cruel pode ter separado eles antes da hora. — disse chamando a atenção para que ele notasse sua presença.
— Meu Deus! — Ji tomou um susto e ao tentar se levantar, caiu de bunda no chão, arrancando uma risada involuntária da mulher.
— Tá tudo bem? — Ela estendeu a mão para auxiliar que ele se levantasse.
— Sim, eu só me assustei. — Ele riu e viu ela abrir a portinha onde Júpiter ainda dormia.
— Foi mal, então, aqui está o seu amigão. — Pegou o cãozinho com delicadeza e viu que Jimin já tinha pegado a mantinha que estava em sua bolsa para o envolver.
— Como ele está? — Perguntou, depois que enrolou o mesmo no pano, e segurou em seus braços, sentiu o coração se encher de um sentimento que poucas vezes sentiu na vida, era algo forte e quentinho.
— Ele está bem, mas precisa dos cuidados especiais, a vida deles é muito frágil durante o tempo de amamentação, então, todo cuidado é pouco. — Viu como Jimin o ninava, como se fosse um neném humano, era a coisa mais fofa que ela via em tempos, dava para sentir a conexão que eles criaram em tão pouco tempo. — Pode deixar! — Ji o acomodou na bolsa de transporte, e colocou o ursinho de pelúcia junto, estavam prontos para ir para casa.
— Qualquer coisa você pode me ligar, viu, qualquer coisa mesmo. — Ela reafirmou antes deles irem embora e Jimin acenou positivamente com a cabeça.
E ele seguiu, Júpiter ainda dormia, e informou que a próxima mamada dele aconteceria em uma hora e meia, então ele precisava chegar logo em casa e preparar a mamadeira, era engraçado pensar daquela maneira, mas era necessário, ainda precisava decidir o que serviria de jantar a Taehyung, e disse que passaria lá para conhecer o "sobrinho", ela avisou por mensagem mais cedo, e ele ignorou com sucesso, mas sabia que ela apareceria lá, e era bom, porque ele precisava conversar com ela quanto a procurar abrigos, daria mais um tempo antes de começar aquilo.
— Hora do papá! — Ele disse pegando Júpiter no colo e colocando ele de barriguinha para cima apoiado em suas pernas. O cãozinho já estava acordado havia alguns minutos e já tinha rodado a casa inteira, a fim de conhecer e se familiarizar com tudo. — Você está com fome, não está? — Disse fazendo cócegas de leve na barriga dele, enquanto esperava o tempo para que o leite amornasse mais.
— Jimin? — Ouviu chamar por ele, às vezes se esquecia que eles todos perderam uma aposta com ela e ela tinha a senha de todos, e às vezes ia até a casa deles quando não estavam para comer suas comidas e às vezes para pegar alguma roupa emprestada que eles nunca mais veriam nas coisas deles. Ela era um pouco abusada, mas eles davam brecha para aquele comportamento, então não ligavam.
— AQUI NO QUARTO! — Disse em um tom alto, para que ela ouvisse, e, antes que ela chegasse ao cômodo, ele começou a dar mamadeira para Júpiter.
— Como foi lá no vete… — parou de falar quando viu a cena do mais novo dando mamadeira para o cachorro. — Não se mexe, eu preciso registrar esse momento. — Ela pegou o celular do bolso e apontou para a imagem para tirar uma foto.
— Para de graça, . — Jimin protestou, enquanto ainda alimentava Júpiter.
— Cara, mas o que é tudo isso? — Ela fez referência às coisas do cachorro que estavam pelo quarto.
— Eu nunca cuidei de um recém-nascido, tá bom? Não sabia como essas coisas funcionavam. — Ele colocou a mamadeira vazia no móvel que tinha ao lado da cama.
— Pelo visto você está indo muito bem. — Ela se sentou ao lado dele na cama, vendo que o cachorro tinha voltado a dormir. — Vai ficar com ele então? Eu tinha comentado com o Bryan, ele disse que tem espaço para ele lá, podemos levar quando você quiser.
— Eu vou esperar ele desmamar, eu sei que cuidariam muito bem dele lá, mas ele precisa de cuidados especiais, ele precisa de atenção e de carinho, a disse que eles são extremamente sensíveis e correm certo risco de vida enquanto ainda estão mamando, não quero que nada aconteça com ele, se for pra ele ir para uma nova família, quero garantir que eles o receberão saudável e feliz. — Ele se levantou devagar de onde estava, e colocou o cachorro deitado na sua caminha, junto de sua mantinha e seu ursinho, fazendo um gesto para que o acompanhasse e eles saíssem do cômodo, deixando, assim, que Júpiter dormisse tranquilo.
Jimin foi na frente, e, quando a amiga finalmente chegou, ele já estava sentado na ilha da cozinha com duas long necks abertas, como convite para que ela se sentasse com ele.
— Você sabe que não vai conseguir mandar ele para o abrigo, não sabe? — disse enfiando uma porção dos snacks, que estavam no balcão, na boca.
— Eu não sei de nada … Quer dizer, eu não sei mesmo, eu fiquei preocupado com ele e, sei lá, acho que posso ser uma boa companhia por enquanto. — Jimin estava mesmo confuso quanto ao sentimento que estava tendo pelo filhote, ele amava animais, mas não sabia se estava pronto para ter a responsabilidade de cuidar nem de si próprio, claro que ele sabia que os amigos o ajudariam, mas, mesmo assim, não sabia se tinha tempo suficiente para dar a atenção que o cachorro precisava.
— E o que você achou da ? — Ela tomou um gole da bebida.
— Ela é linda… — divagou tomando também um gole do líquido.
— Eu estava perguntando profissionalmente, Park! — deu um tapa de leve no braço dele. — Pelo amor de Deus, não vai flertar com a veterinária do seu cachorro, você sabe como é difícil encontrar bons profissionais, ainda mais tão perto de casa?
O tom sério na voz de fez com que ele pensasse, não que ele tivesse flertado com ela, pois estava realmente muito preocupado, mas que ela o atraía muito ele não podia negar, mesmo que ele estivesse já acostumado com mulheres glamurosas, do mesmo mundo que o dele, bem produzidas e super maquiadas sempre. Mas ela era totalmente diferente, ela parecia humana de um jeito que parecia que ele ou qualquer outra pessoa que ele conhecia não era, mesmo , que não era do mesmo “universo” que ele e os companheiros de grupo, parecia que estava sempre vestida para desfilar em um desfile de moda.
Talvez pelo fato dela ser tão atenciosa e cuidar tão bem dos animaizinhos fizesse com que ele se sentisse daquela maneira.

Diing, Diing!

Era Taehyung. Enquanto fez - a contragosto - ir atender a porta, pegou mais cerveja, agora três garrafas para que todos se acomodassem e conversassem.
— Então quer dizer que eu tenho um sobrinho? — Tae disse colocando uma sacola cheia de coisas em cima do balcão.
— Já disse que não engravidei ninguém, Taehyung! — Jimin se sentou revirando os olhos.
— Eu sei, mas tem um filhotinho, não tem? Como é o nome dele? — O amigo estava empolgado de verdade, Jimin sabia que ele se empolgaria, lembrava o brilho nos olhos que o mais novo tinha quando chegou com seu Yeontan no dormitório, tão pequeno e ele tão bobão.
— É verdade, eu nem perguntei, como é o nome dele? — que já estava sentada também, se debruçou no balcão, curiosa.
— Júpiter! — Jimin disse abrindo um sorrisinho, antes de levar o gargalo da garrafa até os lábios.
— Por quê? — Os dois perguntaram juntos.
— Hã, é que deixaram ele aqui em uma caixa de papelão da Júpiter Fusion, e eu precisava de um nome para dar pra na identificação. — Ele abriu mais o sorriso e seguia para mais um gole.
— Você não tem vergonha na cara? — Tae perguntou indignado.
— Ele não ia ficar com o Júpiter, Tae, mas com o tanto de coisa que tem pra esse cachorro nessa casa, eu posso apostar que se alguém ousar tocar nesse cachorro…
— Morre! — Taehyung completou.
— Sem graça vocês dois, e o que é esse saco que você trouxe, o nosso jantar? — Jimin perguntou mexendo na sacola que estava em uma das banquetas da ilha.
— Não, seu morto de fome — Tae riu. — Trouxe para meu sobrinho roupinhas e brinquedinhos que o Tannie não usa mais.
— Eu vou guardar, ele ainda é muito pequeno para usar essas coisas. — Ji deixou o saco onde estava, levaria para o quarto quando fosse dar a próxima alimentação para o cachorro.
Eles ficaram conversando mais algumas horas e eles continuaram a encher o saco dele com a história do Júpiter, Taehyung botou na cabeça que juntaria ele com depois que viu como ele ficava “estranho” quando falaram dela. Ele não queria pensar naquilo, sabia que tinha o impasse da carreira e de que se não desse certo, ela ainda era a melhor veterinária da região, não podia colocar a saúde do animalzinho em risco, ele sabia como ficava apaixonado, mas podia muito bem ser só fogo de palha.
Algumas semanas se passaram e era hora de Júpiter tomar as primeiras vacinas, e Jimin, como estava muito atarefado, agendou que elas fossem dadas a domicílio, no dia de folga, há essa altura ele já levava o cãozinho para todo lugar, ia para a agência com ele, para as sessões de fotos, para todos os eventos, começou porque ele precisaria alimentar de tempos em tempos e depois ele só acostumou com a presença do cachorro, e, mesmo que não mamasse mais, ele ainda estava em fase de desmame então era necessária toda a atenção possível para que ele não se engasgasse.
Ele tinha marcado às 19 horas com o pessoal da clínica, mas a chuva estava apertando e ele sabia que talvez ninguém aparecesse mais, já tinha preparado o filme que assistiria, e estava terminando a pipoca, quando o interfone tocou e o porteiro avisou que uma mulher muito bonita estava dizendo que era da veterinária e mandou que subisse, não tinha ideia de quem poderia ser, para o porteiro qualquer moça, seja ela do delivery, a tia de Jimin ou uma supermodelo, eram “uma mulher muito bonita” para ele, então seguiu a vida e foi buscar Júpiter que estava brincando com algum dos brinquedos que Tae tinha levado para ele. Então a campainha tocou.
— Amigão, fica aí, ok? — Jimin ainda não tinha adestrado o cachorro, mas ele o obedecia bem.
Quando abriu a porta, deu de cara com , que estava com roupas casuais, mais até do que quando ele a via na clínica, estava sem o jaleco, os cabelos soltos e um jeans em uma lavagem mais escura, combinando com sua blusa cinza com margaridas desenhadas e um tênis, da mesma cor da blusa, nos pés. O sorriso nos lábios dela, que estavam levemente avermelhados, pelo batom suave que ela usava, era aquele mesmo, que ele esperava tanto durante a semana para ter a oportunidade de ver, desde que ela tinha se tornado a médica oficial do pet.
— Ah, oi. — Ele disse depois que conseguiu verbalizar qualquer palavra.
— Oi, eu vim aplicar as vacinas. — Levantou o que parecia um pequeno cooler para Jimin e sorriu mais aberto ainda.
— Entre, por favor! — Deu passagem para que ela entrasse.
— Uau, que sala linda! — Ela disse, olhando ao redor, depois de tirar os calçados e calçar os chinelos para visitas que ele tinha no hall de entrada.
— Eu ia dizer que tenho ótimo gosto para decoração, mas quando me mudei, todos os móveis já estavam aqui. — Ele riu e apontou o sofá para que ela se sentasse. — Dois minutos, que o Júpiter estava aqui nesse minuto e sumiu. — Saiu da vista da mulher, deixando-a sozinha, e indo atrás de cãozinho, que provavelmente estava no quarto dormindo, ele adorava dormir.
ficou observando como Jimin tinha se adaptado ao animal e como provavelmente a decoração antes não tinha todos aqueles brinquedos e coisinhas de cachorro “espalhados” por aí.
— Voltamos! — Jimin disse carregando o animalzinho, e se sentando ao lado dela no sofá. — Desculpe a bagunça, ele adora transportar os brinquedos. — Riu mais uma vez, era impressionante como se sentia confortável perto dela.
— Oi, amorzinho. — Ela disse, afagando os pelos do corpo dele, que se animou e ficou se mexendo, querendo sair do colo dele para o colo dela. — Tudo bem, Jimin, nessa fase eles são bagunceiros mesmo.
— Eu sabia que eram, Tannie não parava quieto, não que ele pare agora, mas era muito mais agitado. — Disse rindo, viveu boa parte das traquinagens do animalzinho do amigo, então já imaginou como seria.
— Falando nisso, preciso marcar um check-up com eles. — Ela pegou Júpiter e continuou com os carinhos. A chuva estava ficando mais densa, era realmente uma tempestade forte, que não tinha sido noticiada em lugar nenhum, pegou todo mundo de surpresa.
— Vou falar para ele te ligar, então. — Respondeu, pegando novamente Júpiter para que ela pudesse preparar as vacinas. Sabia que seria um pouco difícil fazer aquilo com ele no colo.
— Bom, então vamos ao que interessa. — Ela pegou uma seringa já preparada e, com a ajuda de Ji, aplicou a primeira das três vacinas que ele precisava tomar, Júpiter não reclamou muito, mas ele ficou incomodado, era um cachorro forte desde o dia em que chegou até eles, então sabia que não teria problemas em fazer aquilo. — Bom menino! — Acariciou a cabeça dele e sentiu ele se acusar nos braços de Jimin, que também fazia carinhos nele. — Mais uma pode, tudo bem? — Ela aplicou a segunda vacina e dessa vez ele choramingou de leve, estava mais sensível, mas, mesmo assim, nada que o fizesse ficar muito agitado ou fazer muito barulho, e na terceira, depois de mais elogios e carinhos, ele só não queria mais descer do colo de Jimin.
— Muito obrigado, ! — Ele estava grato de verdade, estava feliz que tinha vacinado o bichinho, tudo que ele pudesse fazer pela saúde e bem-estar do animal, ele o faria. — Você já jantou? — Perguntou, vendo as horas no grande relógio que tinha em uma das paredes da sala.
— Na verdade, eu vou comer quando chegar em casa. — Ela sorriu.
— Janta comigo, tá chovendo muito, é até perigoso sair assim pelas ruas. — Colocou Júpiter em sua casinha e seguiu para a cozinha esperando que ela o acompanhasse.
— Não precisa, sério! — foi até o outro cômodo, para tentar impedir que ele preparasse algo para que comessem. — Tem Tteokbokki e eu vou fazer um Jjajangmyun pra gente rapidinho, você gosta de Jjajangmyun? — Pegava algumas panelas para poder preparar a comida.
— Gosto, mas…
— Perfeito! — Ele continuou fazendo o que estava antes e só se deu por vencida, estava com fome realmente e a chuva parecia que inundaria a cidade a qualquer momento.
— Tá, mas deixa eu te ajudar, então. — Ela se levantou e foi até onde ele estava, arregaçando as mangas, e alcançando a pia para lavar as mãos.
— Não precisa, você trabalhou o dia todo. — Jimin disse pegando a faca que ela pegou para cortar os legumes que estavam em cima do balcão da pia.
— Mas o que isso tem a ver? — disse, pegando a faca da mão dele de novo.
— A gente não pode ficar fazendo isso com a faca na mão. — Ji disse indo, quando pensou em pegar a faca da mão dela de novo.
— Então aceite a minha ajuda! — Disse já começando a cortar as coisas.
— Mas não se atreva a querer lavar a louça. — Riu colocando a mão no rosto, e fazendo ela rir junto.
A chuva não cessava e eles terminaram o jantar antes que pudessem perceber, foi fácil estarem juntos, e puderam se conhecer melhor fora daquele ambiente formal que era a clínica, puderam conversar enquanto comiam, sobre seus gostos pessoais, seus hobbies e seus sonhos, e descobriram que tinham mais em comum do que imaginavam, e, claro, não podiam simplesmente fingir que não sentiam atração, eram lindos e interessantes. Depois do jantar, Jimin lavou a louça enquanto foi ver como Júpiter estava, depois de 3 vacinas, ele estava mais amoadinho, mas era uma reação normal, afinal, ele não estava acostumado nem a receber injeções, nem com os insumos que estavam em seu organismo no momento. Estava bem, só precisava descansar um pouco.
Jimin parou no batente da porta, secando as mãos no pano de prato e observando como ela parecia brilhar, enquanto cuidava do animalzinho, ele gostava de pessoas daquela maneira, que exalavam amor pelo que faziam, que faziam o que gostavam e que eram felizes daquele jeito, ele era assim, e ele queria alguém assim ao seu lado. Alguém que entendesse o nível de paixão que ele sentia pelo que fazia, alguém que o deixasse confortável e que não o tratasse como o “grande” Idol internacionalmente famoso que ele era, alguém que se importasse tanto com seu mais novo melhor amigo quanto ele. E ali, vendo aquela cena, ele quis ter aquelas duas vidas, na vida dele, nem que fosse por um breve período de tempo.
— Como ele está? — Ji perguntou, assim que se levantou de onde estava examinando o animalzinho.
— Ele está reagindo bem, está amoadinho, mas é super normal, tem que ficar de olho só se ele vomitar ou ter diarreia, aí você pode me ligar ou levar até a clínica. — Ela sorriu, enquanto passava o diagnóstico para ele.
— Que bom, estou mais aliviado. — Ele estava tenso mesmo, tinha até comentado no jantar com ela, que não sabia como reagir depois daquelas vacinas, Júpiter estava tão quietinho e ele geralmente não era assim, estava na fase de “descobertas” e explorava tudo e mais um pouco.
— Eu deveria ir! — disse juntando as coisas.
— Ainda está chovendo muito. — Jimin disse olhando pela janela.
— Mas está bem tarde já! — Ela constatou olhando o relógio em seu pulso.
— Sinto muito, mas eu não posso permitir que você vá embora nessa tempestade, eu tenho um quarto de hóspedes. — Ele sorriu olhando para ela que ficou momentaneamente sem reação. — Ele tem uma tranca boa por dentro, não se preocupe. — Riu, tentando deixar o assunto menos estranho, mas falhando miseravelmente.
— Eu não posso, eu… — Ela não sabia o que fazer, se sentia confortável com ele, mas dormir na casa de um “cliente” parecia um pouco antiético ou, sei lá, no mínimo estranho, mas em contrapartida estava chovendo muito, e era realmente perigoso dirigir naquele estado, estava difícil enxergar pela janela do apartamento, imagina pelo retrovisor do carro.
— Se preferir, tem um hotel no fim da rua, eu tenho um guarda-chuva grande, você deixa seu carro aqui e pega pela manhã. — Sentiu que talvez ela estivesse desconfortável, então quis dar outra opção, já xingando mentalmente por talvez ter estragado tudo.
— Jimin, você acha que a gente é amigo? — perguntou depois de ponderar suas opções.
— Como assim? — Ele ficou momentaneamente perdido com aquela indagação; — Amigos, Jimin, você acha que pelo tempo que passamos juntos, tanto nas consultas do Júpiter, quanto pelo momento que estivemos hoje, acha que podemos nos considerar amigos? — Parecia ansiosa pela resposta dele e ele percebeu que dependendo do que dissesse, poderia mudar o rumo de onde ela passaria aquela noite de tempestade.
— Eu queria que fossemos mais… — Disse baixo, enquanto ponderava o que responderia para ela, mas talvez não tivesse dito tão baixo como imaginava.
— Mais que amigos? — perguntou, assim que ouviu aquelas palavras saindo da boca dele.
— É, quer dizer, não… Eu. — Foi pego de surpresa, não queria que ela ouvisse aquilo, até queria, mas não sabia se era o certo.
— Relaxa, Jimin, eu também queria que eu tivesse aqui não como a médica do seu cachorro ou alguém que veio aplicar vacinas nele, você é alguém interessante demais para se ter um relacionamento tutor versus veterinária. — Aproveitou a brecha que ele deu, tudo bem que ela podia perder um bom cliente e um paciente do qual ela já tinha se afeiçoado muito, mas em que outra oportunidade teria Park Jimin flertando com ela daquela maneira?
— Eu não posso fazer isso com o Júpiter. — Ele disse olhando para os olhos dela.
— A gente pode separar o nosso lance pessoal da parte profissional, eu sou madura o suficiente para separar as coisas, pelo menos. — Disse em um tom casual, não queria parecer ríspida, entendia bem o receio dele, ainda mais que já tinha ouvido falar - pelos amigos dele, que ela conhecia - que ele adorava flertar e que nunca parava em um relacionamento sério, mas ela também não estava à procura de um casamento, sentia vontade de beijar aquela boca e talvez receber um café da manhã na cama, eventualmente.
— Eu sei que é, mas talvez eu não consiga, eu tenho medo da minha falta de compromisso romântico com outras pessoas. — Falou aquilo mais para se convencer do que qualquer coisa.
— Mas a gente não precisa se casar, Jimin. — Riu. — Eu sou ótima em compromissos casuais. — Se aproximou mais dele, sabia que ele ficaria inventando desculpinhas se ela não tomasse a iniciativa.
— Casual? — Pensou nas palavras dela, nunca tinha pensado naquilo, geralmente as pessoas com quem saía sempre cobrava um lance mais efetivo.
— É! — Ela parou em frente a ele, poucos centímetros de distância. Jimin conseguia sentir o perfume … que ela usava, de tão perto que estavam.
— Acho que podemos ser mais que amigos, então, se você se sentir mais confortável em dormir aqui essa noite.
Levou uma das mãos para a cintura dela, colando os corpos e parou a outra em sua nuca, aproximando os rostos e unindo os lábios em um beijo calmo e cheio de vontade, a forma como a boca dela era firme e macia ao mesmo tempo, e as línguas estavam na mesma sintonia. Depois que separam o beijo, um sorriso bobo brotou nos lábios de ambos e antes que pudessem fazer qualquer outra coisa, Júpiter apareceu manhoso, estava na hora de ele comer e mesmo amoadinho, ainda era uma draguinha.
Depois daquele beijo, eles passaram a se ver muito mais fora do ambiente "profissional" e ficaram muito mais íntimos, passaram a conhecer segredos e jeitos que poucas pessoas na vida deles sabiam, mesmo que ficassem mais de um ano sem rotular o que tinham, todos os amigos e a família - porque eles já tinham até apresentado um ao outro para suas famílias - sabiam que estavam namorando. Pela primeira vez na vida Jimin conseguia e queria flertar e sair com uma só pessoa neste mundo, aquela que era a mulher certa para ele, que o amava, o entendia, que puxava sua orelha e que nunca deixava que ele se diminuísse, como costumava fazer quando estava inseguro.
— Vamos buscar a mamãe, Júpiter? — Ji perguntou ao cachorro, enquanto procurava a coleira de passeio do mesmo. — Onde eu… — Ele estava revirando todo o armário da porta de entrada, que era onde costumava deixar o objeto. Estava fazendo dois anos depois daquele primeiro beijo, ele não queria se atrasar, tinha uma surpresa para ela, estava empolgado e nervoso. — Aí está! — Viu o cachorro que já não cabia mais em seu colo, trazer o objeto na boca.
Seguiram até a clínica, tinha pegado o turno da manhã aquele dia e estava de folga no dia seguinte, então Jimin preparou uma pequena viagem para os três para um lugar não muito longe dali, veriam o mar, se ele chegasse a tempo, quando ela saísse, ainda conseguiriam pegar o pôr do sol. Por sorte não pegou trânsito, e ainda chegou com alguns minutos de antecedência.
— Meus amores! — disse com um sorriso grande entrando no carro e dando um breve selar nos lábios de Jimin e alisando os pelos da cabeça de Júpiter, que ficou todo animado quando viu a mulher.
— Vamos levar a mamãe para dar um passeio, Júpiter? — Ji disse pegando a estrada na direção oposta de seu apartamento que agora era mais deles do que só dele.
— Como assim, Jimin? Achei que a gente ia terminar aquela série e ficar de preguiça até domingo. — Ela perguntou, ajeitando a postura e olhando as placas na estrada, identificando que estavam indo para a praia favorita dela.
— Nossa primeira folga, juntos, depois de meses, amor, eu acho que a gente merece mais que série e preguiça. — Ele pegou a mão dela e levou até a boca depositando um beijo ali, sem tirar os olhos da rodovia.
— Estamos indo para a praia, então? — Estava realmente curiosa, às vezes esquecia como o namorado podia ser impulsivo, gostava daquilo na realidade e realmente não estavam tendo muito tempo juntos como teriam aquele final de semana.
— Estamos, sim, mas sem mais perguntas, o resto é surpresa! — Abriu um sorriso grande, e continuou dirigindo.
Durante o trajeto, que não levou mais de duas horas, eles conversaram como foi a semana um do outro, e, mesmo dormindo quase todas as noites juntos e conversando por mensagens durante o dia, gostavam de ter esse tempo para conversarem pessoalmente, e conversaram também sobre outras trivialidades, como o último jogo de basquete da temporada, que não costumava acompanhar, mas depois da convivência com os meninos e com que era igualmente apaixonada pelo esporte, passou a se interessar, era bom o grupo todo ter aquilo em comum, como se o basquete fosse coisa deles.
Chegaram até a casa que Jimin tinha alugado e ela ficava incrivelmente perto da praia, a porta dos fundos dava acesso a um deck de madeira lindo que se estendia até a areia. Depois de descarregar as coisas do carro, encontrou na cozinha dando água para o Júpiter, ele não conseguia se alimentar ou se hidratar dentro do carro, então estava mesmo com muita sede.
— Vem, amor, vamos ver o pôr do sol! — Jimin pegou a mão de entrelaçando os dedos, e chamou Júpiter para que ele os acompanhasse.
Quando chegaram até o deck, percebeu que estava decorado com um caminho de margaridas, e então ela quase surtou pelo que poderia acontecer naquele lugar em poucos minutos, já desceu o caminho com Jimin fazendo carinhos em sua mão e os olhos cheios de lágrimas. Não queria se iludir, mas estava fazendo aquilo. Ao final do caminho, uma toalha estendida na areia, com uma cesta de piquenique e um vaso de margaridas bem no centro. Ela não sabia quem estava ajudando ele naquela surpresa, mas depois que terminassem faria questão de agradecer pessoalmente, porque estava tudo muito lindo, o céu estava se pintando aos poucos de laranja, roxo, azul e rosa, e assim que se sentaram, Jimin tirou duas taças de plástico e uma garrafa de champagne de dentro da cesta, encheu um pouco das duas e olhou nos olhos de , que não conseguia mais esconder sua ansiedade pra saber o que tudo aquilo significava.
— Meu amor! — Jimin se virou para e pegou sua mão, fazendo carinhos. — Foi engraçado como tudo aconteceu entre a gente, não foi? — Ele continuou com os carinhos e agora exibia um sorriso doce nos lábios. — E eu sei que a primeira frase para me convencer que éramos adultos o suficiente para darmos uns beijos foi “não precisamos nos casar”, mas eu acho… Não...— Ele limpou a garganta. — Eu tenho certeza de que preciso me casar com você. — Com a mão livre, mexeu em alguma coisa na coleira do cachorro, que estava deitado perto de suas pernas.— Eu encontrei a minha mulher certa, aquela que está ao meu lado pelo que eu sou, e talvez por mais alguma coisa que eu não faço ideia do que seja, mas que escolheu passar comigo momentos felizes e tristes, a mulher que me transborda, a mais linda, inteligente, dedicada e incrível. Eu te encontrei, eu me reencontrei em você, então, você me daria a honra de ser minha esposa? — Pegou o anel que tinha retirado da coleira do cachorro e segurou em frente a mulher que estava com lágrimas escorrendo por todo rosto.
— Amor, eu… — Não conseguia falar, nem parar de chorar.
— Tudo bem se você não quiser, amor! — O sorriso diminuiu nos lábios dele, mas ainda estava presente ali, realmente não poderia de maneira nenhuma ficar triste ou a deixar mal por ela não querer se casar com ele, naquele momento ou nunca, tem pessoas que não piram nesse lance de se casar e mesmo que eles tivessem conversado sobre casamento, não sabia se era o momento certo para ela também.
— Você não existe, Park Jimin. — abraçou o pescoço dele, e conseguiu cessar um pouco o choro. — É claro que eu aceito, meu amor. — Afastou os corpos para dar um beijo nos lábios dele.
Ele, então, colocou o anel no dedo dela e eles brindaram. E foi ali que ele teve certeza de que aquela era a mulher certa para ele, para sempre, enquanto o sempre coubesse naquele amor.




FIM



Nota da autora: Primeiro, eu quero dizer que eu amo em absoluto o Júpiter, eu amo muito os pets que eu crio nas fanfics, mas esse foi o mais efetivo de todos, eu saí tão apaixonada que não queria mais largar. ai ai eu to apaixonada por essa fic e espero que estejam também.

ps: Ah, minha lista de fic vai estar aí embaixo, mas vocês conseguem achar também, tanto clicando no ícone do Facebook que vai te direcionar ao meu grupo de autora (tá pequenininho ainda rs, não reparem), quanto clicando no ícone do Obsession, que dá acesso à minha página de autora no site, e pelo meu instagram. Meu tt tá sempre disponível também. Vocês podem me gritar por lá, aqui pela caixa de comentários ou onde me acharem kkkkkk

AH, NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL, O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.




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Nota da Beta: Olha, vou dizer que eu tive vários surtos com essa história! Amei o Júpiter, principalmente, mas amei todos os personagens! Foi uma delícia betar a sua história, Jinie, não vejo a hora de ter a oportunidade de betar mais histórias suas! Obrigada por compartilhar com a gente esta, ficou muito gostosa de ler! Beijos :*

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