Capítulo único.
— O mundo é um complexo — ele começou a ler seu texto, com as mãos ainda trêmulas, detestava apresentar trabalhos e aquele em questão que era tão visceral, pessoal e íntimo. Mesmo que fosse uma das pessoas mais populares do colégio e vivesse no foco no time de basquete como capitão, era relativamente fechado para coisas ligadas ao sentimento. — Todos estavam procurando por amor e eu também era apenas uma dessas pessoas. Na realidade, eu nem mesmo acreditava em amor verdadeiro, apenas dizia sobre o amor ou querer amar, por hábito, porque todos diziam. — Engoliu em seco e olhou diretamente para onde ela estava sentada, prestando a atenção naquelas palavras, que ela sabia que chegariam nela mais cedo ou mais tarde. — Até que eu a conheci, e mais que conhecê-la, eu me conheci junto, eu descobri que a máscara que eu usei por tantos anos só me fazia uma pessoa feliz por uma fração de segundos e eu merecia e mereço, assim como todas as pessoas no mundo, ser integralmente feliz.
Ele era o último a se apresentar naquela aula, então toda a atenção estava voltada para ele, ele estava nervoso, mas confiante, confiante em receber uma boa nota e confiante em que ela entendesse de uma vez por todas que ele a amava de verdade, o que ele era de verdade, não era aquele babaca que pintaram para ela quando ela chegou, que fizeram ela acreditar que ele era.
— Eu me encontrei todo esse meu novo eu. Estou confuso também sobre o que é o verdadeiro eu, quer dizer, eu vivi de um modo x até pouco tempo atrás, não sei se tudo de tudo não era verdade. — Aquilo parecia confuso até para ele, mas foi a única coisa que ele queria e conseguiu fazer para aquela aula de literatura, e aquela apresentação valia mais da metade de toda a nota do semestre. — Eu percebi que era um livro depois de te conhecer, então tudo bem deixar os outros capítulos para trás, não é mesmo? Esse momento agora, com você, é um novo capítulo ou você virou somente minha página? Droga. Enfim, eu quero ser o melhor homem para você. — Olhou novamente para ela, que estava com uma feição surpresa. — Provavelmente é certo desde que você se tornou o mundo para mim, quando você disse que queria passar o resto dos seus dias ao meu lado. Eu entendi que seríamos todos os capítulos que faltavam de nossos próprios livros, mas talvez eu tenha entendido errado, ou você, ou a situação, mas eu ainda quero ser o seu final feliz, eu não quero apenas ser o seu final. — Fechou seu caderno e olhou para o professor, que o observava quase incrédulo, nunca tinha visto null null falar tanto ou escrever algo tão intenso e perplexo.
— Bom, é… Uau senhor null, pode se sentar, parabéns. — O professor disse, assim que percebeu que ele tinha terminado. — Então essa foi a nossa última apresentação, vocês foram realmente muito bons, quero dar destaque ao null que acabou de ler esse texto maravilhoso, e a senhorita null, pelo texto no início da semana, foram excelentes, depois eu quero conversar com os dois, para um projeto que eu acho que vocês vão gostar, agora vocês estão dispensados, até a próxima semana!
E assim todos saíram da sala, assim que null se virou null não estava mais lá, ela tinha saído mais rápido que ele pode perceber, ele não sabia se ela sabia que aquele texto era pra ela ou se só estava fugindo dele desde pararam de sair e ela não falava mais com ele. Só esperava que aquilo chamasse a atenção dela de alguma maneira.
— Belas palavras, null, pena que a null não acreditou, quer dizer, nem você acredita nisso, né? Desde o início você só queria pegar a novata e ter mais um nome para a lista de garotas que você levou para a cama, não é mesmo? — null disse para null, parado na porta da sala, bloqueando sua passagem.
— Sai da minha frente, null. Já não basta ter feito o que fez comigo e a null, agora quer que eu seja suspenso por te socar em sala de aula? — null não estava no clima pra aquelas provocações, nem para olhar para a cara de null, afinal, aquela situação com a garota era por conta dele.
— Por favor, null, você me socar? Um merdinha medroso como você, não me faça rir. — Ele continuou provocando o outro que tinha os punhos e o maxilar cerrados, pronto para descontar toda aquela raiva em cima dele, sabia que null merecia, mas ele não podia cair na pilha daquele jeito.
— Chega, null! — Os dois olharam para a voz feminina que eles conheciam bem, que estava no corredor.
— Eu só estou te defendendo, null! — null disse com um sorriso vitorioso nos lábios!
— Não preciso que ninguém me defenda. — Ela revirou os olhos. — null, quero conversar com você agora! — Esperou até que null tirasse o corpo da passagem e assim que null passou pela porta, ela caminhou sendo seguida por ele até o pátio central do colégio que dava acesso ao grande espaço aberto que a escola dispunha para que os alunos ficassem em suas horas vagas.
null só caminhou em silêncio seguindo a garota, queria falar muitas coisas, queria se explicar ali no mesmo no corredor cheio de pessoas cuidando de suas vidas, mas não fez, queria que ela cedesse o espaço para aquele diálogo. Pararam perto de uma grande árvore que ficava o mais afastada possível, perto dos estacionamentos e onde ninguém poderia atrapalhar aquela conversa.
— Aquele texto foi pra mim? — Ela foi direto ao assunto, nunca gostou de enrolar, e não seria agora que ela faria cena para que aquela conversa acontecesse. — Bom… — Coçou a cabeça, nervoso. — Foi e não foi, foi pra você, foi pra mim, foi pra nós, ou para o que nós deveria ser. — Ele tinha imaginado inúmeras vezes naquele mês e meio, como seria uma conversa com ela, mas quando ela finalmente aconteceu não sabia mais como se comportar.
— Acho que eu entendi. — Ela se sentou, estava exausta de toda aquela situação, aquele texto a deixou confusa com tudo e ela queria colocar um ponto final naquilo, não estava conseguindo se concentrar em mais nada, sentia a falta do rapaz, e queria chorar a todo momento por estar naquela situação.
— Eu vou te explicar. — Ele se sentou ao lado dela, e ficou mexendo na grama até que as ideias…
Sete meses antes.
— A novata! — null cutucou null que estava prestes a lançar um arremesso na quadra externa que eles jogavam durante o intervalo.
— O que tem? — null perguntou, acertando de primeira a cesta.
— Ela é tão diferente, né? Eu gosto da energia dela. — null pegou a bola que correu alguns metros depois de passar pelo aro e a quicou algumas vezes no chão para acertar sua posição para seu arremesso.
— Você virou poste de luz para gostar da energia das pessoas? — Perguntou, vendo o amigo se aprontar para lançar a bola e marcar o ponto.
— Você entendeu, null, não faz graça! — Lançou e viu a bola rodar no gargalo mas cair com perfeição dentro da cesta.
— Vai lá, então, conversar sobre energias, incensos e essas coisas que você acha que eu me importaria. — Ele riu quando null mostrou o dedo do meio para ele. E eles seguiram o jogo.
Não tinha parado para reparar na garota nova, estava focado no campeonato de basquete que começaria em pouco tempo e nas provas, aquele era seu último ano no colégio, logo estava em alguma faculdade com uma bolsa para o esporte, mas gostava de manter as notas em boas situações bem como sua mãe exigia isso dele, para que ele pudesse jogar basquete e quem sabe não conseguir uma bolsa fora. Gostava do país que vivia, mas sabia que não teria grandes chances no basquete ali, todos sabiam e almejavam a NBA, e ele não era diferente. Depois que null disse, começou a reparar como ela era diferente das outras meninas que geralmente o rodeavam, não que as outras meninas não fossem interessantes, mas ela chamava a atenção dele de uma maneira diferente.
— Ela é uma artista! — Sentiu os braços de null passarem por seus ombros, enquanto engolia um pedaço do seu lanche e observava a garota sentada perto da grande árvore que ficava perto dos estacionamentos.
— Do que você está falando? — Ele tirou a mão do outro de seus ombros, detestava contato físico desnecessário e qualquer contato vindo daquele cara era desnecessário.
— null null veio do interior com a mãe, a avó e o primo, vai terminar o ano letivo aqui, mas visando uma bolsa do exterior para artes, história da arte ou alguma bobagem de gente sonhadora desse tipo. — null disse, pegando algumas batatinhas — E você deve estar se perguntando como eu sei disso…
— Não! — null interrompeu null, realmente não queria saber como ele sabia daquilo, nem conversar ele queria, null era o cara mais chato de todo o time de basquete e de toda a escola, ele não aceitava que null era o capitão do time, que já tinha namorado as garotas mais cobiçadas do colégio e todo o status que ele tinha, mesmo sem intenção de ser uma pessoa com aquela popularidade.
— A família dela se mudou para a casa do lado da minha e a senhora null é muito gente fina, fez amizade com a minha mãe e aí minha mãe me disse, não é legal? — Ele abriu um sorriso que null detestava, era aquele sorriso se vangloriando de uma coisa que ele não tinha o menor interesse.
— Já disse que não, null, dá um tempo! — Levantou de onde estava para entrar para o refeitório.
— Então por que não para de olhar para ela? — Se levantou também. — Por que você não cuida da sua vida? — Revirou os olhos, estava mesmo perdendo a paciência.
— Pelo amor de Deus, null, já está de olho na carne nova, segura esses hormônios dentro da sua calça — null disse, em um tom de advertência, como se chamasse a atenção de null, mas em um tom extraordinariamente alto, como se quisesse que outras pessoas ouvissem.
— Larga de ser babaca, null! — null disse, se aproximando dos dois e vendo quais as intenções de null com aquele comentário infeliz.
— Eu só estou falando a verdade! — Disse, ainda em um tom alto, mas se afastando dos dois.
— Acho que ele gosta da novata. — null disse para a amiga, apontando a garota nova com a cabeça, mostrando que ele estava se mostrando para ela, porque detectou que talvez null tivesse com interesse nela.
— Tadinha, alguém avisa? — null disse, rindo e enroscando o braço no de null, o levando para dentro, o sinal já ia tocar e ela estava querendo encontrar null que estava treinando para o show de talentos, antes do próximo tempo começar.
— Melhor a gente não se meter, você já sabe que a minha fama é assim mesmo e você é a única garota por aqui que sabe que eu não sou isso TUDO que as pessoas pintam de mim.
— Mas aquele babaca não tem o direito de sair espalhando mentiras sobre você, você sabe disso, não sabe? — Ela parou no meio do caminho e olhou para ele, sabia como ele se sentia mas fingia que não, ele só queria terminar aquele ano logo e sumir por ai, jogando seu basquete e quem sabe produzindo algumas composições.
Quando chegaram até onde null ensaiava sua dança, o encontraram conversando com null, que assim como ele estava com um sorriso enorme nos lábios, parecia que era uma conversa amigável e confortável.
— Aí está o responsável por essa melodia linda que acabou de escutar! — null disse, sorrindo ainda maior quando viu o amigo chegando com sua namorada. — Oi, meu amor. — Abraçou a cintura de null e depositou um beijo longo nos lábios dela, fazendo com que null e null ficassem constrangidos juntos.
— null null! — Ela estendeu a mão em direção a null para quebrar o gelo.
— null null, muito prazer! — Ele apertou a mão dela de volta e sorriu.
— Eu já ouvi muito de você. — Sorriu de volta.
— Espero que algumas coisas boas estejam incluídas nesse meio. — Soltou a mão dela e sorriu um pouco menos convidativo naquele momento.
— As pessoas falam muitas coisas, sabe, umas por amizade, outras pelo contrário, eu gosto de acreditar na minha verdade e não tem como eu saber se foram coisas boas ou ruins se eu não te conhecer, não é? — O sorriso nos lábios dela continuava o mesmo que antes.
— Eu admiro pessoas assim, eu sou uma pessoa assim também. Enxergar as coisas pelos olhos dos outros…
— É tão limitante que eu tenho gastura. — Completou e os olhos dele brilharam, não com aquelas palavras, mas era exatamente aquilo que ele estava pensando.
— null vai fazer o centenário da minha apresentação, ela é uma artista incrível. — null disse quando terminou o beijo hiper longo que deu em null, eles eram assim, sempre com beijos longos, carinhos expostos e toda aquela melação de namorados do colegial, eles já estavam juntos há mais de dois anos, então viviam cada dia mais grudados.
— Sério, me mostra seu trabalho qualquer dia desses? — null perguntou, entusiasmado.
— Só quando você me mostrar mais do seu, aquela produção instrumental para a apresentação do null ficou absolutamente perfeita! — O entusiasmo parecia igual ao dele.
— Quando quiser! — Estava mais confortável do que imaginou que estaria na presença dela e gostou daquilo, null tinha razão, a energia dela era muito boa.
— Vamos tomar um sorvete depois do seu treino de basquete, e aí a gente mostra nossa arte um ao outro, o que acha? Eu tenho compromisso com o grupo de debate e ele acaba mais ou menos no mesmo horário que o time vai embora. — Ela parecia mesmo muito interessada e empolgada para passarem aquele momento juntos, ele sabia que era por causa da arte que os dois faziam, mas quis pensar que fosse porque ele era interessante também.
— Perfeito, mas eu acho que prefiro um café, conheço uma cafeteria muito boa aqui perto, o que você acha? Eu sempre estou faminto depois dos treinos e eles têm uma torta maravilhosa de frango lá. — Mesmo que ele não gostasse muito de fazer nossas amizades, porque aquilo exigia muito esforço e uma atenção que ele não tinha disposição para dar.
O sinal tocou e eles seguiram, cada um para a sua matéria da vez, null e null tinham matemática avançada naquele período, null foi para sua aula suplementar de inglês, e null tinha educação física, então se espalharam e até o final das aulas não se cruzaram mais, nem sempre os horários batiam, e aquele dia era um deles. Como de costume, após o sinal de saída, null, null, null e o resto do time foram para a quadra de basquete, e o treino de arremessos começou como estava sendo toda aquela semana. Do outro lado da escola, null, null e o resto do clube de debate estavam escolhendo o tema que iam estudar para a competição acadêmica que estava chegando e eles queriam garantir que o troféu permanecesse no colégio deles por pelo menos mais aquele ano. Geralmente essas atividades extras iam até o fim do dia, e assim que finalizaram os deveres daquele dia, se encontraram na saída e seguiram até o pequeno café que ficava há duas quadras de onde estavam.
— Chegamos! — null disse, parando na porta toda decorada com adesivos esquisitos e um sino enorme que faria um barulho interessante para que os atendentes soubessem que novos clientes estavam ali.
— Parece bem aconchegante. — Ela concluiu, assim que percebeu que não era um lugar emperequetado como os cafés naquela região eram.
— Vem, a melhor mesa está desocupada.
Por impulso, pegou na mão dela e entrou animado no estabelecimento seguindo até a mesa no fim do corredor que dava a vista das duas partes da janela, assim os dois teriam uma visão legal da rua e ela ficava mais afastada e isso deixava as coisas mais "íntimas" menos invasivas.
— Em que eu posso servir? — Um atendente, não muito mais velho que eles chegou até a mesa, com um bloquinho e uma caneta em mãos.
— O de sempre para mim, Simon. — null disse, já familiarizado com o atendente e o cardápio.
— Um chocolate quente e um pedaço de torta de amora, por favor, Simon. — null disse, depois de ler o cardápio por alguns minutos.
— Já trago seus pedidos, e null, tem alguém querendo quebrar seu recorde no basquete play. — Apontou um garotinho que tinha no máximo seus 10 anos, super empolgado em fazer várias cestas no brinquedo de fliper de encestar bolas que eles tinham do outro lado do café e que null não tinha reparado assim que entraram.
— Eu vou lá ajudar ele com essa conquista já, já. — null riu e Simon se retirou depois de rir também.
— Então você é realmente um homem do basquete, hein? — null riu com a piadinha terrível que soltou.
— Eu sou, não sou? — Ele riu com a constatação de que realmente o basquete era a coisa que ele mais gostava de fazer no mundo. Nem tinha como negar.
— Mas também é o cara das produções. — Sorriu, estava ansiosa para que ele mostrasse mais daquele trabalho.
— Não se esqueça do cara que passa o rodo no colégio todo e que não se importa com o sentimento das pessoas. — Ele pegou o celular no bolso e riu com a ironia, ele vivia “brincando” com aquilo, porque sabia que era assim que as pessoas o pintavam, e talvez por isso elas o achavam tão incrível.
— Eu esperava conhecer essa sua parte só depois de comer, mas podemos fazer isso agora. — Entrou na onda dele, sabia que ele devia estar cansado de ouvir aquelas coisas, e pelas costas ainda, ela mesma já tinha escutado algumas vezes, algumas daquelas versões.
— Tem razão, a gente deve deixar coisas indigestas para o fim da refeição. — Conectou os fones de ouvido e entregou para ela o aparelho, que já estava na playlist de produções e algumas composições dele.
— Aqui, essa é a minha galeria secreta, ninguém além de mim, meu cachorro, meus lápis e agora você tem acesso a essas imagens, então, por favor, se sinta especial. — Entregou o aparelho para que ele rolasse a galeria que ela guardava como a vida dela.
Os dois passaram os minutos daquele momento até que seus pedidos ficaram prontos somente imersos na arte um do outro, e conseguiram entender porque null falava tão animado do que eles faziam, era arte da mais pura e visceral. null conseguiu sentir a alma dela naqueles traços, sentiu todo o amor que ela sentia e colocava na hora de desenhar, pintar e grafitar alguma coisa. Bem como ela conseguiu sentir e conhecer o âmago dele, jogar basquete talvez fosse a vida dele, mas a música era com a maior certeza a alma dele, era algo mexia com cada poro e cada terminação nervosa do corpo dela, eram melodias e arranjos que a imergiram em uma espiral de sentimentos, que nunca tinha sentido antes. Assim que levaram a atenção para a comida que esfriava no centro da mesa, suas respirações estavam estranhas e suas bochechas ruborizadas, como se tivessem acabado de fazer o melhor sexo de suas vidas.
Comeram e conversaram sobre o que cada coisa significava para eles e sobre mais coisas que tinham em comum, e tinham muitas coisas em comum, paixões, aspirações, ambições, perspectiva de futuro e até planos parecidos de irem embora do país assim que possível. Se sentiam iguais, mesmo que em muitos pontos fossem diferentes, como ela detestar praticar qualquer esporte que fosse e ele ser péssimo nas matérias de humanas, nunca na vida conseguiria bolar um bom texto para qualquer tema que o grupo de debate sugerisse.
E assim eles ficaram cada vez mais próximos, estavam sempre se encontrando nos tempos vagos, entre uma aula e outra, comiam, e muitas vezes iam embora juntos já que saiam no mesmo horário de suas atividades e mesmo não morando no mesmo bairro, iam para a mesma direção.
null passou a incentivar null com sua arte e ela mostrou um mundo da produção e musicalização que ele não conhecia e que se encantou, ela aflorou dentro dele um amor, igual ou maior do que ele tinha pelo basquete, e com essa convivência junto a convivência com os amigos acabaram por se apaixonar um pelo outro, foi fácil na realidade, eles se sentiam bem um com o outro e eles eram ABSOLUTAMENTE lindos.
— Hey, null, vamos fazer um contra agora, você vem? — null gritou para null, que estava parado em frente ao colégio depois do treino de basquete, esperando por null, eles tinham uma audição marcada para aquela tarde, ele finalmente, depois de meses de insistência da agora, namorada, mandou uma de suas produções para um estúdio, bem como a arte dela, para fazer parte do pessoal de arte dos singles e álbuns e os dois tinham uma entrevista marcada aquela tarde.
— Ele tem um compromisso agora, vamos só nós! — null disse, fazendo o grupo de rapazes seguirem em direção a quadra da praça que ficava ali perto.
— Tá metido com drogas? — um dos meninos do time perguntou para null depois daquele comentário.
— Aposto que está namorando. — Outro membro do grupo comentou.
— Eu vi ele cheio de intimidade com a novata, que não é mais novata, deve ser isso. — Mais um deles disse e null parou onde estava, ia seguir os meninos depois, mas precisava confirmar aquilo.
null realmente tinha mudado, não que estivesse jogando de forma ruim o basquete, mas passava menos tempo com o time, e sua postura na escola “diferente” já era comentada pelos corredores. Não que ele almoçasse todos os dias com o time de basquete, mas passava mais tempo lendo ou ouvindo alguma coisa, encostado naquela árvore dos estacionamentos, e conversava mais com o pessoal do teatro, da banda e com os “nerds”. Estava mais sociável e engajado com outros polos da escola e não só com o basquete e os populares.
Assim que viu null chegar, abraçar null e beijar seus lábios, era aquilo, ele estava saindo com a novata, aquela que não dava confiança para mais nenhum outro homem naquela escola, nem mesmo para ele que era seu vizinho, suas mães eram até amigas. A raiva que sentiu de null, foi a maior do que já sentiu antes, foi a sensação do outro conseguir tudo o que ele queria, primeiro a posição de capitão do time, depois a popularidade com as lideres de torcida, amigo de null, que era a pessoa mais sociável do mundo, o que o puxava para seu meio de ligações e reconhecimento e agora ali, namorando a garota que ele gostava, que ele viu primeiro.
null por si já era super discreto e null achou melhor deixar o relacionamento sem todo aquele drama escolar, não que escondessem, como naquele momento que iam embora juntos de mãos dadas, mas não sentiram a necessidade de divulgar, tudo aconteceu de forma tão orgânica, que eles foram deixando levar até sobre contar ou não para as pessoas, no fundo eles sabiam que algumas pessoas poderiam transformar aquele momento lindo em algo dramático além do necessário. Então, quando as pessoas iam percebendo o óbvio, era mais fácil de "aceitarem". Algumas meninas que tinham interesse em null já tinham descoberto e levaram numa boa, afinal, quem consegue mandar no coração, né? Mas null não pensava daquela forma, depois que os viu juntos, ficou pensando em uma forma de acabar com tudo, como que aquilo fosse o objetivo de vida dele.
— null! — null chamou por null que andava distraída pelos corredores, estava indo até sua próxima aula que ficava do outro lado do prédio.
— null, oi, eu estou meio ocupada. — Disse, ainda andando, até que ouviu os passos insistentemente dele atrás de si.
— É rapidinho, eu tenho que te mostrar uma coisa, aproveitei que não está com o null… — Ela ficou em alerta, mas resolveu dar atenção para ele, se fosse alguma pornografia ou fotos nojentas, reportaria a direção e a sua mãe, para que conversasse com a dele, não sabia o que podia ser, mas não dava muito para confiar nos homens, especialmente os daquela escola.
— Tenho 5 minutos, tudo bem? — Parou e se virou para ele, sorrindo, não tinha porque não ser educada e amistosa com ele, pelo menos por aquele momento.
— São mais do que suficiente! — O sorriso satisfeito que ele deu, deixou a mulher meramente nervosa, e ela nem sabia o motivo. — Vamos lá, eu não queria ser estraga prazeres, mas na posição de seu vizinho e amigo. — Ele sorriu mais uma vez vitorioso e ela se perguntava de onde ele tirou aquela história de amigo, quando tinham trocado meia dúzia de palavras e uma conversa estranha quando ela foi devolver a vasilha que a mãe dele tinha emprestado para a mãe dela — Preciso te alertar quanto a cilada que você está se metendo saindo com o null. — Ela revirou os olhos, detestava que se metessem na sua vida, ainda mais se parecesse que ela não sabia se virar sozinha.
— Qualquer rixa que você tenha com o null, não é da minha conta, null. — Ficou olhando para ele, que em momento nenhum tirou aquela expressão de antes do rosto.
— Mas não é rixa, null, é só a realidade de quem ele é, olhe com seus próprios olhos. — Ele entregou algumas folhas de papel com coisas impressas para ela. — Esse é seu namoradinho, é assim que ele trata as mulheres depois que ele consegue o que quer, se é que você me entende. — Ficou esperando até que ela lesse pelo menos a primeira página.
— O que é isso? — Levantou o olhar do papel com alguns prints de conversas e fitou null com um semblante sereno e compassivo.
— É assim que o null trata as “namoradas” dele, primeiro ele as conquista como está fazendo com você, depois que ele chega lá, tem esse tipo de conversa de que “não queria se envolver mais profundamente com ninguém e que eles nunca tinham estabelecido nenhum status ou condição de relacionamento. — O tom firme dele em afirmar aquelas coisas era tão seguro que ela sentiu o estômago. — Ele não assumiu o lance de vocês, não é? Foi igual com essa aqui! — Pegou um papel no meio dos que ela segurava com firmeza e o colocou em cima de todos os outros. — Acho que foi um pouco antes de você chegar aqui, eu não lembro, ele já saiu com tantas meninas. — null detestava aquele sorrisinho nos lábios de null, mas não podia negar, ele tinha um bom ponto e evidências.
Depois daquela conversa, ela simplesmente se afastou de null, não podia acreditar que ele era aquele tipo de pessoa, ele pareceu tão confortável e confiável em todos aqueles meses que passaram juntos, mas os boatos quando ela chegou e agora essas evidências, ela não sabia mais no que acreditar, não queria mais ouvir nenhuma mentira, ou ser mais enganada. Então só resolveu se afastar e seguir a vida. null soube mais ou menos o que aconteceu com aquele afastamento pelo que null se gabou por todos os cantos e os rumores de que ele “atacou” mais uma vez, como todo mundo já achava que ele era, e então resolveu fazer aquele texto, e tentar chamar a atenção dela. Mostrar que talvez no passado ele fosse o tipo de não se envolver afetivamente com as pessoas, mas que o que sentia por ela era diferente, ela fazia ele se sentir diferente e querer ser diferente de tudo aquilo que pintavam e achavam dele.
— Aqui estão todas as minhas conversas com essas meninas, eu nunca prometi e vivi as coisas que vivemos, eu sei que pode parecer bobagem, mas é isso, aquele texto foi real e o que eu sinto e sou com você é real. — Ele foi o mais sincero que conseguiu expressar e em resposta aquilo tulo, null só uniu seus lábios e iniciou um beijo que só confirmou que ela acreditou em tudo o que ele disse, e em quem ele se mostrou ser.
Ele era o último a se apresentar naquela aula, então toda a atenção estava voltada para ele, ele estava nervoso, mas confiante, confiante em receber uma boa nota e confiante em que ela entendesse de uma vez por todas que ele a amava de verdade, o que ele era de verdade, não era aquele babaca que pintaram para ela quando ela chegou, que fizeram ela acreditar que ele era.
— Eu me encontrei todo esse meu novo eu. Estou confuso também sobre o que é o verdadeiro eu, quer dizer, eu vivi de um modo x até pouco tempo atrás, não sei se tudo de tudo não era verdade. — Aquilo parecia confuso até para ele, mas foi a única coisa que ele queria e conseguiu fazer para aquela aula de literatura, e aquela apresentação valia mais da metade de toda a nota do semestre. — Eu percebi que era um livro depois de te conhecer, então tudo bem deixar os outros capítulos para trás, não é mesmo? Esse momento agora, com você, é um novo capítulo ou você virou somente minha página? Droga. Enfim, eu quero ser o melhor homem para você. — Olhou novamente para ela, que estava com uma feição surpresa. — Provavelmente é certo desde que você se tornou o mundo para mim, quando você disse que queria passar o resto dos seus dias ao meu lado. Eu entendi que seríamos todos os capítulos que faltavam de nossos próprios livros, mas talvez eu tenha entendido errado, ou você, ou a situação, mas eu ainda quero ser o seu final feliz, eu não quero apenas ser o seu final. — Fechou seu caderno e olhou para o professor, que o observava quase incrédulo, nunca tinha visto null null falar tanto ou escrever algo tão intenso e perplexo.
— Bom, é… Uau senhor null, pode se sentar, parabéns. — O professor disse, assim que percebeu que ele tinha terminado. — Então essa foi a nossa última apresentação, vocês foram realmente muito bons, quero dar destaque ao null que acabou de ler esse texto maravilhoso, e a senhorita null, pelo texto no início da semana, foram excelentes, depois eu quero conversar com os dois, para um projeto que eu acho que vocês vão gostar, agora vocês estão dispensados, até a próxima semana!
E assim todos saíram da sala, assim que null se virou null não estava mais lá, ela tinha saído mais rápido que ele pode perceber, ele não sabia se ela sabia que aquele texto era pra ela ou se só estava fugindo dele desde pararam de sair e ela não falava mais com ele. Só esperava que aquilo chamasse a atenção dela de alguma maneira.
— Belas palavras, null, pena que a null não acreditou, quer dizer, nem você acredita nisso, né? Desde o início você só queria pegar a novata e ter mais um nome para a lista de garotas que você levou para a cama, não é mesmo? — null disse para null, parado na porta da sala, bloqueando sua passagem.
— Sai da minha frente, null. Já não basta ter feito o que fez comigo e a null, agora quer que eu seja suspenso por te socar em sala de aula? — null não estava no clima pra aquelas provocações, nem para olhar para a cara de null, afinal, aquela situação com a garota era por conta dele.
— Por favor, null, você me socar? Um merdinha medroso como você, não me faça rir. — Ele continuou provocando o outro que tinha os punhos e o maxilar cerrados, pronto para descontar toda aquela raiva em cima dele, sabia que null merecia, mas ele não podia cair na pilha daquele jeito.
— Chega, null! — Os dois olharam para a voz feminina que eles conheciam bem, que estava no corredor.
— Eu só estou te defendendo, null! — null disse com um sorriso vitorioso nos lábios!
— Não preciso que ninguém me defenda. — Ela revirou os olhos. — null, quero conversar com você agora! — Esperou até que null tirasse o corpo da passagem e assim que null passou pela porta, ela caminhou sendo seguida por ele até o pátio central do colégio que dava acesso ao grande espaço aberto que a escola dispunha para que os alunos ficassem em suas horas vagas.
null só caminhou em silêncio seguindo a garota, queria falar muitas coisas, queria se explicar ali no mesmo no corredor cheio de pessoas cuidando de suas vidas, mas não fez, queria que ela cedesse o espaço para aquele diálogo. Pararam perto de uma grande árvore que ficava o mais afastada possível, perto dos estacionamentos e onde ninguém poderia atrapalhar aquela conversa.
— Aquele texto foi pra mim? — Ela foi direto ao assunto, nunca gostou de enrolar, e não seria agora que ela faria cena para que aquela conversa acontecesse. — Bom… — Coçou a cabeça, nervoso. — Foi e não foi, foi pra você, foi pra mim, foi pra nós, ou para o que nós deveria ser. — Ele tinha imaginado inúmeras vezes naquele mês e meio, como seria uma conversa com ela, mas quando ela finalmente aconteceu não sabia mais como se comportar.
— Acho que eu entendi. — Ela se sentou, estava exausta de toda aquela situação, aquele texto a deixou confusa com tudo e ela queria colocar um ponto final naquilo, não estava conseguindo se concentrar em mais nada, sentia a falta do rapaz, e queria chorar a todo momento por estar naquela situação.
— Eu vou te explicar. — Ele se sentou ao lado dela, e ficou mexendo na grama até que as ideias…
Sete meses antes.
— A novata! — null cutucou null que estava prestes a lançar um arremesso na quadra externa que eles jogavam durante o intervalo.
— O que tem? — null perguntou, acertando de primeira a cesta.
— Ela é tão diferente, né? Eu gosto da energia dela. — null pegou a bola que correu alguns metros depois de passar pelo aro e a quicou algumas vezes no chão para acertar sua posição para seu arremesso.
— Você virou poste de luz para gostar da energia das pessoas? — Perguntou, vendo o amigo se aprontar para lançar a bola e marcar o ponto.
— Você entendeu, null, não faz graça! — Lançou e viu a bola rodar no gargalo mas cair com perfeição dentro da cesta.
— Vai lá, então, conversar sobre energias, incensos e essas coisas que você acha que eu me importaria. — Ele riu quando null mostrou o dedo do meio para ele. E eles seguiram o jogo.
Não tinha parado para reparar na garota nova, estava focado no campeonato de basquete que começaria em pouco tempo e nas provas, aquele era seu último ano no colégio, logo estava em alguma faculdade com uma bolsa para o esporte, mas gostava de manter as notas em boas situações bem como sua mãe exigia isso dele, para que ele pudesse jogar basquete e quem sabe não conseguir uma bolsa fora. Gostava do país que vivia, mas sabia que não teria grandes chances no basquete ali, todos sabiam e almejavam a NBA, e ele não era diferente. Depois que null disse, começou a reparar como ela era diferente das outras meninas que geralmente o rodeavam, não que as outras meninas não fossem interessantes, mas ela chamava a atenção dele de uma maneira diferente.
— Ela é uma artista! — Sentiu os braços de null passarem por seus ombros, enquanto engolia um pedaço do seu lanche e observava a garota sentada perto da grande árvore que ficava perto dos estacionamentos.
— Do que você está falando? — Ele tirou a mão do outro de seus ombros, detestava contato físico desnecessário e qualquer contato vindo daquele cara era desnecessário.
— null null veio do interior com a mãe, a avó e o primo, vai terminar o ano letivo aqui, mas visando uma bolsa do exterior para artes, história da arte ou alguma bobagem de gente sonhadora desse tipo. — null disse, pegando algumas batatinhas — E você deve estar se perguntando como eu sei disso…
— Não! — null interrompeu null, realmente não queria saber como ele sabia daquilo, nem conversar ele queria, null era o cara mais chato de todo o time de basquete e de toda a escola, ele não aceitava que null era o capitão do time, que já tinha namorado as garotas mais cobiçadas do colégio e todo o status que ele tinha, mesmo sem intenção de ser uma pessoa com aquela popularidade.
— A família dela se mudou para a casa do lado da minha e a senhora null é muito gente fina, fez amizade com a minha mãe e aí minha mãe me disse, não é legal? — Ele abriu um sorriso que null detestava, era aquele sorriso se vangloriando de uma coisa que ele não tinha o menor interesse.
— Já disse que não, null, dá um tempo! — Levantou de onde estava para entrar para o refeitório.
— Então por que não para de olhar para ela? — Se levantou também. — Por que você não cuida da sua vida? — Revirou os olhos, estava mesmo perdendo a paciência.
— Pelo amor de Deus, null, já está de olho na carne nova, segura esses hormônios dentro da sua calça — null disse, em um tom de advertência, como se chamasse a atenção de null, mas em um tom extraordinariamente alto, como se quisesse que outras pessoas ouvissem.
— Larga de ser babaca, null! — null disse, se aproximando dos dois e vendo quais as intenções de null com aquele comentário infeliz.
— Eu só estou falando a verdade! — Disse, ainda em um tom alto, mas se afastando dos dois.
— Acho que ele gosta da novata. — null disse para a amiga, apontando a garota nova com a cabeça, mostrando que ele estava se mostrando para ela, porque detectou que talvez null tivesse com interesse nela.
— Tadinha, alguém avisa? — null disse, rindo e enroscando o braço no de null, o levando para dentro, o sinal já ia tocar e ela estava querendo encontrar null que estava treinando para o show de talentos, antes do próximo tempo começar.
— Melhor a gente não se meter, você já sabe que a minha fama é assim mesmo e você é a única garota por aqui que sabe que eu não sou isso TUDO que as pessoas pintam de mim.
— Mas aquele babaca não tem o direito de sair espalhando mentiras sobre você, você sabe disso, não sabe? — Ela parou no meio do caminho e olhou para ele, sabia como ele se sentia mas fingia que não, ele só queria terminar aquele ano logo e sumir por ai, jogando seu basquete e quem sabe produzindo algumas composições.
Quando chegaram até onde null ensaiava sua dança, o encontraram conversando com null, que assim como ele estava com um sorriso enorme nos lábios, parecia que era uma conversa amigável e confortável.
— Aí está o responsável por essa melodia linda que acabou de escutar! — null disse, sorrindo ainda maior quando viu o amigo chegando com sua namorada. — Oi, meu amor. — Abraçou a cintura de null e depositou um beijo longo nos lábios dela, fazendo com que null e null ficassem constrangidos juntos.
— null null! — Ela estendeu a mão em direção a null para quebrar o gelo.
— null null, muito prazer! — Ele apertou a mão dela de volta e sorriu.
— Eu já ouvi muito de você. — Sorriu de volta.
— Espero que algumas coisas boas estejam incluídas nesse meio. — Soltou a mão dela e sorriu um pouco menos convidativo naquele momento.
— As pessoas falam muitas coisas, sabe, umas por amizade, outras pelo contrário, eu gosto de acreditar na minha verdade e não tem como eu saber se foram coisas boas ou ruins se eu não te conhecer, não é? — O sorriso nos lábios dela continuava o mesmo que antes.
— Eu admiro pessoas assim, eu sou uma pessoa assim também. Enxergar as coisas pelos olhos dos outros…
— É tão limitante que eu tenho gastura. — Completou e os olhos dele brilharam, não com aquelas palavras, mas era exatamente aquilo que ele estava pensando.
— null vai fazer o centenário da minha apresentação, ela é uma artista incrível. — null disse quando terminou o beijo hiper longo que deu em null, eles eram assim, sempre com beijos longos, carinhos expostos e toda aquela melação de namorados do colegial, eles já estavam juntos há mais de dois anos, então viviam cada dia mais grudados.
— Sério, me mostra seu trabalho qualquer dia desses? — null perguntou, entusiasmado.
— Só quando você me mostrar mais do seu, aquela produção instrumental para a apresentação do null ficou absolutamente perfeita! — O entusiasmo parecia igual ao dele.
— Quando quiser! — Estava mais confortável do que imaginou que estaria na presença dela e gostou daquilo, null tinha razão, a energia dela era muito boa.
— Vamos tomar um sorvete depois do seu treino de basquete, e aí a gente mostra nossa arte um ao outro, o que acha? Eu tenho compromisso com o grupo de debate e ele acaba mais ou menos no mesmo horário que o time vai embora. — Ela parecia mesmo muito interessada e empolgada para passarem aquele momento juntos, ele sabia que era por causa da arte que os dois faziam, mas quis pensar que fosse porque ele era interessante também.
— Perfeito, mas eu acho que prefiro um café, conheço uma cafeteria muito boa aqui perto, o que você acha? Eu sempre estou faminto depois dos treinos e eles têm uma torta maravilhosa de frango lá. — Mesmo que ele não gostasse muito de fazer nossas amizades, porque aquilo exigia muito esforço e uma atenção que ele não tinha disposição para dar.
O sinal tocou e eles seguiram, cada um para a sua matéria da vez, null e null tinham matemática avançada naquele período, null foi para sua aula suplementar de inglês, e null tinha educação física, então se espalharam e até o final das aulas não se cruzaram mais, nem sempre os horários batiam, e aquele dia era um deles. Como de costume, após o sinal de saída, null, null, null e o resto do time foram para a quadra de basquete, e o treino de arremessos começou como estava sendo toda aquela semana. Do outro lado da escola, null, null e o resto do clube de debate estavam escolhendo o tema que iam estudar para a competição acadêmica que estava chegando e eles queriam garantir que o troféu permanecesse no colégio deles por pelo menos mais aquele ano. Geralmente essas atividades extras iam até o fim do dia, e assim que finalizaram os deveres daquele dia, se encontraram na saída e seguiram até o pequeno café que ficava há duas quadras de onde estavam.
— Chegamos! — null disse, parando na porta toda decorada com adesivos esquisitos e um sino enorme que faria um barulho interessante para que os atendentes soubessem que novos clientes estavam ali.
— Parece bem aconchegante. — Ela concluiu, assim que percebeu que não era um lugar emperequetado como os cafés naquela região eram.
— Vem, a melhor mesa está desocupada.
Por impulso, pegou na mão dela e entrou animado no estabelecimento seguindo até a mesa no fim do corredor que dava a vista das duas partes da janela, assim os dois teriam uma visão legal da rua e ela ficava mais afastada e isso deixava as coisas mais "íntimas" menos invasivas.
— Em que eu posso servir? — Um atendente, não muito mais velho que eles chegou até a mesa, com um bloquinho e uma caneta em mãos.
— O de sempre para mim, Simon. — null disse, já familiarizado com o atendente e o cardápio.
— Um chocolate quente e um pedaço de torta de amora, por favor, Simon. — null disse, depois de ler o cardápio por alguns minutos.
— Já trago seus pedidos, e null, tem alguém querendo quebrar seu recorde no basquete play. — Apontou um garotinho que tinha no máximo seus 10 anos, super empolgado em fazer várias cestas no brinquedo de fliper de encestar bolas que eles tinham do outro lado do café e que null não tinha reparado assim que entraram.
— Eu vou lá ajudar ele com essa conquista já, já. — null riu e Simon se retirou depois de rir também.
— Então você é realmente um homem do basquete, hein? — null riu com a piadinha terrível que soltou.
— Eu sou, não sou? — Ele riu com a constatação de que realmente o basquete era a coisa que ele mais gostava de fazer no mundo. Nem tinha como negar.
— Mas também é o cara das produções. — Sorriu, estava ansiosa para que ele mostrasse mais daquele trabalho.
— Não se esqueça do cara que passa o rodo no colégio todo e que não se importa com o sentimento das pessoas. — Ele pegou o celular no bolso e riu com a ironia, ele vivia “brincando” com aquilo, porque sabia que era assim que as pessoas o pintavam, e talvez por isso elas o achavam tão incrível.
— Eu esperava conhecer essa sua parte só depois de comer, mas podemos fazer isso agora. — Entrou na onda dele, sabia que ele devia estar cansado de ouvir aquelas coisas, e pelas costas ainda, ela mesma já tinha escutado algumas vezes, algumas daquelas versões.
— Tem razão, a gente deve deixar coisas indigestas para o fim da refeição. — Conectou os fones de ouvido e entregou para ela o aparelho, que já estava na playlist de produções e algumas composições dele.
— Aqui, essa é a minha galeria secreta, ninguém além de mim, meu cachorro, meus lápis e agora você tem acesso a essas imagens, então, por favor, se sinta especial. — Entregou o aparelho para que ele rolasse a galeria que ela guardava como a vida dela.
Os dois passaram os minutos daquele momento até que seus pedidos ficaram prontos somente imersos na arte um do outro, e conseguiram entender porque null falava tão animado do que eles faziam, era arte da mais pura e visceral. null conseguiu sentir a alma dela naqueles traços, sentiu todo o amor que ela sentia e colocava na hora de desenhar, pintar e grafitar alguma coisa. Bem como ela conseguiu sentir e conhecer o âmago dele, jogar basquete talvez fosse a vida dele, mas a música era com a maior certeza a alma dele, era algo mexia com cada poro e cada terminação nervosa do corpo dela, eram melodias e arranjos que a imergiram em uma espiral de sentimentos, que nunca tinha sentido antes. Assim que levaram a atenção para a comida que esfriava no centro da mesa, suas respirações estavam estranhas e suas bochechas ruborizadas, como se tivessem acabado de fazer o melhor sexo de suas vidas.
Comeram e conversaram sobre o que cada coisa significava para eles e sobre mais coisas que tinham em comum, e tinham muitas coisas em comum, paixões, aspirações, ambições, perspectiva de futuro e até planos parecidos de irem embora do país assim que possível. Se sentiam iguais, mesmo que em muitos pontos fossem diferentes, como ela detestar praticar qualquer esporte que fosse e ele ser péssimo nas matérias de humanas, nunca na vida conseguiria bolar um bom texto para qualquer tema que o grupo de debate sugerisse.
E assim eles ficaram cada vez mais próximos, estavam sempre se encontrando nos tempos vagos, entre uma aula e outra, comiam, e muitas vezes iam embora juntos já que saiam no mesmo horário de suas atividades e mesmo não morando no mesmo bairro, iam para a mesma direção.
null passou a incentivar null com sua arte e ela mostrou um mundo da produção e musicalização que ele não conhecia e que se encantou, ela aflorou dentro dele um amor, igual ou maior do que ele tinha pelo basquete, e com essa convivência junto a convivência com os amigos acabaram por se apaixonar um pelo outro, foi fácil na realidade, eles se sentiam bem um com o outro e eles eram ABSOLUTAMENTE lindos.
— Hey, null, vamos fazer um contra agora, você vem? — null gritou para null, que estava parado em frente ao colégio depois do treino de basquete, esperando por null, eles tinham uma audição marcada para aquela tarde, ele finalmente, depois de meses de insistência da agora, namorada, mandou uma de suas produções para um estúdio, bem como a arte dela, para fazer parte do pessoal de arte dos singles e álbuns e os dois tinham uma entrevista marcada aquela tarde.
— Ele tem um compromisso agora, vamos só nós! — null disse, fazendo o grupo de rapazes seguirem em direção a quadra da praça que ficava ali perto.
— Tá metido com drogas? — um dos meninos do time perguntou para null depois daquele comentário.
— Aposto que está namorando. — Outro membro do grupo comentou.
— Eu vi ele cheio de intimidade com a novata, que não é mais novata, deve ser isso. — Mais um deles disse e null parou onde estava, ia seguir os meninos depois, mas precisava confirmar aquilo.
null realmente tinha mudado, não que estivesse jogando de forma ruim o basquete, mas passava menos tempo com o time, e sua postura na escola “diferente” já era comentada pelos corredores. Não que ele almoçasse todos os dias com o time de basquete, mas passava mais tempo lendo ou ouvindo alguma coisa, encostado naquela árvore dos estacionamentos, e conversava mais com o pessoal do teatro, da banda e com os “nerds”. Estava mais sociável e engajado com outros polos da escola e não só com o basquete e os populares.
Assim que viu null chegar, abraçar null e beijar seus lábios, era aquilo, ele estava saindo com a novata, aquela que não dava confiança para mais nenhum outro homem naquela escola, nem mesmo para ele que era seu vizinho, suas mães eram até amigas. A raiva que sentiu de null, foi a maior do que já sentiu antes, foi a sensação do outro conseguir tudo o que ele queria, primeiro a posição de capitão do time, depois a popularidade com as lideres de torcida, amigo de null, que era a pessoa mais sociável do mundo, o que o puxava para seu meio de ligações e reconhecimento e agora ali, namorando a garota que ele gostava, que ele viu primeiro.
null por si já era super discreto e null achou melhor deixar o relacionamento sem todo aquele drama escolar, não que escondessem, como naquele momento que iam embora juntos de mãos dadas, mas não sentiram a necessidade de divulgar, tudo aconteceu de forma tão orgânica, que eles foram deixando levar até sobre contar ou não para as pessoas, no fundo eles sabiam que algumas pessoas poderiam transformar aquele momento lindo em algo dramático além do necessário. Então, quando as pessoas iam percebendo o óbvio, era mais fácil de "aceitarem". Algumas meninas que tinham interesse em null já tinham descoberto e levaram numa boa, afinal, quem consegue mandar no coração, né? Mas null não pensava daquela forma, depois que os viu juntos, ficou pensando em uma forma de acabar com tudo, como que aquilo fosse o objetivo de vida dele.
— null! — null chamou por null que andava distraída pelos corredores, estava indo até sua próxima aula que ficava do outro lado do prédio.
— null, oi, eu estou meio ocupada. — Disse, ainda andando, até que ouviu os passos insistentemente dele atrás de si.
— É rapidinho, eu tenho que te mostrar uma coisa, aproveitei que não está com o null… — Ela ficou em alerta, mas resolveu dar atenção para ele, se fosse alguma pornografia ou fotos nojentas, reportaria a direção e a sua mãe, para que conversasse com a dele, não sabia o que podia ser, mas não dava muito para confiar nos homens, especialmente os daquela escola.
— Tenho 5 minutos, tudo bem? — Parou e se virou para ele, sorrindo, não tinha porque não ser educada e amistosa com ele, pelo menos por aquele momento.
— São mais do que suficiente! — O sorriso satisfeito que ele deu, deixou a mulher meramente nervosa, e ela nem sabia o motivo. — Vamos lá, eu não queria ser estraga prazeres, mas na posição de seu vizinho e amigo. — Ele sorriu mais uma vez vitorioso e ela se perguntava de onde ele tirou aquela história de amigo, quando tinham trocado meia dúzia de palavras e uma conversa estranha quando ela foi devolver a vasilha que a mãe dele tinha emprestado para a mãe dela — Preciso te alertar quanto a cilada que você está se metendo saindo com o null. — Ela revirou os olhos, detestava que se metessem na sua vida, ainda mais se parecesse que ela não sabia se virar sozinha.
— Qualquer rixa que você tenha com o null, não é da minha conta, null. — Ficou olhando para ele, que em momento nenhum tirou aquela expressão de antes do rosto.
— Mas não é rixa, null, é só a realidade de quem ele é, olhe com seus próprios olhos. — Ele entregou algumas folhas de papel com coisas impressas para ela. — Esse é seu namoradinho, é assim que ele trata as mulheres depois que ele consegue o que quer, se é que você me entende. — Ficou esperando até que ela lesse pelo menos a primeira página.
— O que é isso? — Levantou o olhar do papel com alguns prints de conversas e fitou null com um semblante sereno e compassivo.
— É assim que o null trata as “namoradas” dele, primeiro ele as conquista como está fazendo com você, depois que ele chega lá, tem esse tipo de conversa de que “não queria se envolver mais profundamente com ninguém e que eles nunca tinham estabelecido nenhum status ou condição de relacionamento. — O tom firme dele em afirmar aquelas coisas era tão seguro que ela sentiu o estômago. — Ele não assumiu o lance de vocês, não é? Foi igual com essa aqui! — Pegou um papel no meio dos que ela segurava com firmeza e o colocou em cima de todos os outros. — Acho que foi um pouco antes de você chegar aqui, eu não lembro, ele já saiu com tantas meninas. — null detestava aquele sorrisinho nos lábios de null, mas não podia negar, ele tinha um bom ponto e evidências.
Depois daquela conversa, ela simplesmente se afastou de null, não podia acreditar que ele era aquele tipo de pessoa, ele pareceu tão confortável e confiável em todos aqueles meses que passaram juntos, mas os boatos quando ela chegou e agora essas evidências, ela não sabia mais no que acreditar, não queria mais ouvir nenhuma mentira, ou ser mais enganada. Então só resolveu se afastar e seguir a vida. null soube mais ou menos o que aconteceu com aquele afastamento pelo que null se gabou por todos os cantos e os rumores de que ele “atacou” mais uma vez, como todo mundo já achava que ele era, e então resolveu fazer aquele texto, e tentar chamar a atenção dela. Mostrar que talvez no passado ele fosse o tipo de não se envolver afetivamente com as pessoas, mas que o que sentia por ela era diferente, ela fazia ele se sentir diferente e querer ser diferente de tudo aquilo que pintavam e achavam dele.
— Aqui estão todas as minhas conversas com essas meninas, eu nunca prometi e vivi as coisas que vivemos, eu sei que pode parecer bobagem, mas é isso, aquele texto foi real e o que eu sinto e sou com você é real. — Ele foi o mais sincero que conseguiu expressar e em resposta aquilo tulo, null só uniu seus lábios e iniciou um beijo que só confirmou que ela acreditou em tudo o que ele disse, e em quem ele se mostrou ser.
Fim.
Nota da autora: Nota de Autora: O parto meu pai, sério, olha que essa fanfic não nascer nem com a reza brava, porque Yoongi simplesmente não queria largar nossa pp, essa foi a minha primeira no cenário escolar, então não espero que não esteja tão ruim assim, e espero que gostem.
ps: Ah minha lista de fic vai estar aí embaixo, mas vocês conseguem achar também, tanto clicando no ícone do Instagram que ultimamente é a plataforma que eu mais uso para divulgação das minhas fanfics, quanto pela página que eu tenho no facebook clicando no ícone do fb e clicando no ícone do Obsession, que dá acesso a minha página de autora no site. Meu tt tá sempre disponível também. Vocês podem me gritar por lá, aqui pela caixa de comentários ou onde me acharem kkkkkk
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