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Última atualização: 20/10/2021

Capítulo Único

A distância entre a lua e a terra é de 384.400 quilômetros. Uma longa distância vista a olho nu, mas uma pequena fração de segundos quando o assunto é amor.



A Galáxia é um lugar extremamente grande e poderoso. Cada constelação, astro, satélite, planeta e suas subdivisões – e qualquer outro corpo que exista na imensidão escura – tem seu reino. São primordiais a ordem e uma figura governamental para que tudo fique em sua perfeita paz – ou quase tudo.
O Reino da Lua existe há, pelo menos, 4,51 bilhões de anos. Desde os primeiros indícios do satélite, a família Moon vem governando. Durante todos os anos, a linhagem nunca tinha saído das mãos deles, sendo que o último reinado estava nas mãos do rei Steven e da Rainha Selene. Eles tinham uma única filha, , que desde sempre fora criada, treinada e instruída para assumir o trono assim que o pai se sentisse pronto para se aposentar.
O Rei assumiu o reino ainda muito novo, quando seu pai morreu em um acidente de aeronave enquanto viajava para um reino distante para fechar uma aliança. Como ele assumiu o reino muito jovem, demorou um pouco para se casar e, consequentemente, para ter filhos. Sendo assim, quando atingisse uma idade onde estava “madura o suficiente” para o Rei, ele passaria em pouco tempo a coroa e o trono para a filha.
Só tinha um problema: Segundo as leis do reinado, por ser mulher, só poderia assumir o poder se já estivesse casada.

― Eu adoro o príncipe Hoseok, sempre nos demos muito bem, mas eu não o amo, mamãe. ― sentiu seu corpo todo formigar de nervoso durante aquela ”reunião" que seu pai organizara de última hora.
― Mas quem disse que a vida é feita de amor, ? ― O rei disse, autoritário. ― A vida não é um conto de fadas.
― Você fala isso, porque não foi obrigado a se casar para assumir o que era seu por direito. Pelo que me lembro, o senhor virou rei e depois se casou com mamãe. ― Ela respondeu revirando os olhos.

Era impossível! Em pleno século 21 ainda existia uma lei idiota daquelas. nunca entendeu por que aquela merda existia.

― O problema não sou eu, , o problema é essa sua cabeça de adolescente inconsequente. ― O mais velho era firme em suas palavras.
― Escute seu pai, meu amor. Amor não enche barriga, não cuida dos súditos e nem governa um reino. E, no final, você vai aprender a amar a pessoa maravilhosa que o Jung é. ― A rainha falava com a voz mais terna, mas a posição dela a favor do rei deixou a filha ainda mais irritada.
― Então é isso? Ou eu passo o resto da minha vida infeliz ou eu governo, como sempre foi a minha vontade? Isso é ridículo.
― Ridículo é essa sua birra de garota mimada. ― O rei estava perdendo a paciência.
― Eu odeio isso, não é a merda de uma birra!― se exaltou por um segundo.
― Veja bem como fala comigo, eu ainda sou o rei aqui. Vai se casar com o Jung e ponto final. Não te chamei para pedir a sua autorização. Eu só estou te informando, então use a educação que eu e sua mãe te demos e não marque nada para daqui duas semanas. A família do seu noivo vem para cá para formalizarmos e eu não quero ser duro com você.― O homem explodiu e, logo que acabou o discurso, saiu da sala.
― Não desobedeça a seu pai, meu amor, você foi instruída sua vida toda para governar, vai jogar isso tudo fora por amor? Tem certeza? Use esse tempo para viajar um pouco e depois faça o que tem de ser feito. ― A mais velha deu um beijo na testa da filha e saiu também do local

As lágrimas corriam pelo rosto de . Ela sabia que um dia esse momento iria chegar, mas imaginou que até lá seu pai daria um jeito de acabar com aquela coisa obsoleta. Era um absurdo de tão machista! E quem governaria em seu lugar? Seu primo, que nem a própria vida conseguia controlar? Ou seu tio, que deu um pequeno golpe na própria família para viver na boemia?
Era injusto, era ridículo e era machista demais para ela: uma mulher empoderada, dona de si, inteligente, formada e com todos os requisitos para ser, se não a melhor governante, a segunda melhor no poder . Seria difícil desbancar seu avô, que ela não conheceu, mas que ouviu coisas maravilhosas.
Um tempo depois de toda aquela cena absurda, foi até seu lugar favorito, onde tinha a visão perfeita da Terra. Durante o tempo de colégio, todos os habitantes da Lua tinham aulas sobre os diferentes reinos que faziam parte da área do sistema solar. Os que mais chamavam a atenção da menina eram o reino do Sol e o da Terra e suas subdivisões.
A Terra era um lugar mágico na sua visão. Tinha o reino dos mares, das florestas, das montanhas, dos desertos e das cidades. gostava tanto da Terra, que fez a sua especialização sobre o planeta. Nunca tinha ido até lá, mas alguma coisa sobre guerras antigas de poder e qualquer outro blá blá blá que o rei botava empecilho para a filha não visitar o lugar só a deixava com ainda mais vontade de ir lá. Já que seria obrigada a se casar, ela iria, estava decidido.

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― Eu já decidi para onde vou. ― disse em voz alta durante o jantar, chamando a atenção de seus pais.
― Do que você está falando agora, ? ― O rei ainda estava meio estranho depois de tudo que aconteceu pela tarde.
― Eu vou viajar, se a vossa alteza me permitir, é claro. Já que cada passo que uma mulher dá nessa merda de reinado tem que ser supervisionado por um homem.― A voz dela era terna, mas atingiu em cheio o ego de seu pai. O Rei ficou calado, esperando que alguma das duas outras pessoas à mesa falassem mais alguma coisa.
, tenha modos.― A Rainha chamou a atenção da moça, que só fez revirar os olhos.
― Enfim, minhas altezas, senhor e senhora de toda a Lua, como eu estava dizendo, já que vou me submeter à magia que vai ser me casar com alguém por quem eu não sinto absolutamente nada, eu vou viajar para a Terra. vou ficar um tempo por lá, conhecendo os pólos governamentais. E nem adianta arrumar mil empecilhos, já conversei com a rainha Lisa do reino das cidades e eles vão me hospedar pelo tempo que eu precisar. ―Ela enfiou um pedaço de carne na boca, esperando alguma retaliação, mas nada que os pais dissessem iria a fazer mudar de ideia.
― Tudo bem. ― Disse o rei depois de um longo tempo de silêncio ― Mas…
― Sabia que teria um “mas”. ― interrompeu a fala do mais velho, que olhou em sua direção com um olhar de desaprovação.
― Como eu estava dizendo, quero você aqui em duas semanas e sem um pio sobre se casar ou não se casar com o príncipe do Sol, estamos entendidos? ― Ele limpou a boca no guardanapo.
― Não tenho como contrariar mesmo, então, tanto faz.― A mais nova deu de ombros.
― Quando vai, minha filha? ― A rainha não gostava quando o marido e a filha se tratavam daquela forma, mas preferia se manter longe das farpas dos dois.― Amanhã de manhã, mamãe.
― Mas tão cedo, meu amor? ― A mais velha estava realmente preocupada com a viagem da filha.
― Demorei foi demais para fazer isso, mamãe. Agora, se me dão licença, eu tenho que terminar de arrumar as malas.―Ela se levantou e seguiu para seus aposentos.

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― Seok. ― chamou o príncipe, que tinha a visão fixa em alguma coisa. ― Hoseok?

Ela balançou a mão na frente do rosto dele e olhou para onde ele olhava. Claro que não podia ser outra coisa, senão Kate treinando os novatos no campo aberto mais distante dos dois.

― Muito gado mesmo, puta que pariu. ― Ela disse mais pra si do que para o amigo ― MEU ANJO, QUANDO VOCÊ VAI SE DECLARAR PRA ELA? ― Ela gritou, chamando a atenção do mais novo.
― Cala a boca, , você está louca? ― Jung olhou para a mulher, fuzilando ela com o olhar.
― Loucos estão nossos pais com essa idéia de casamento! E você, que ama essa mulher a sua vida toda, vai se deixar casar comigo, pelo amor de Deus, Hoseok!― Ela estava desesperada.
― Mas, , você quer simplesmente que eu fale pro meu pai que não quero me casar, porque eu amo outra pessoa? ― O garoto recuou o olhar.
― É exatamente isso, Jung. ― ela estava prestes a xingar o outro.
― Mas, se eu fizer isso, você não governa. ― A voz dele era falha.
― Mas, que porra, por que você tem que ser sempre tão legal com as pessoas? Pensa pelo menos uma vez em você e no que você quer. Eu vou passar um tempo na Terra. Até lá, decida se quer tentar ser feliz ou ficar preso a um casamento infeliz, com uma mulher sensata e maravilhosa, mas que não te ama.

se levantou de onde estava e deixou o amigo pensativo. Estava ficando tarde e ela não queria perder a condução que a levaria para Terra. Tinha ido até as terras solares, não só para dar um "presta atenção” em Hoseok , mas também porque somente lá conseguiu uma passagem de última hora para o planeta que tanto desejava conhecer.

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― Acorda, Namjoon ― Jungkook deu um beliscão no mais velho.
― Me deixa em paz. ― Ele deu um tapa no braço do amigo.
― Olha como fala com o rei do reino das cidades, seu insolente. ― Jun disse sério, segurando o riso.
― Me poupe, ó majestade real. Você está beliscando o príncipe do reino das florestas e eu não estou reclamando igual a um velho rabugento. ― Joon disse, rindo.
― Tanto faz. Só para de olhar para ela. Sabe que é a futura rainha do reino da Lua, não sabe? ― Ele disse, olhando do fundo dos olhos do mais velho.
― Ah, então é a princesa . Nossa, na última vez que eu a vi, éramos pequenos. Ela está incrível, consigo sentir a energia dela daqui.
Com certeza, consegue… Mas lembre do impasse de todo território terrestre com o povo da Lua. Fique longe dela. Não a conquiste, não tente dormir com ela, não faça promessas que não vai cumprir. Eu aconselho até você não respirar perto dela. ― O rei das cidades disse verdadeiramente sério dessa vez para o amigo.
― Ai, Jungkook, por favor, o que você acha que eu sou?! ― Namjoon revirou os olhos para o amigo.
― Quer mesmo que eu fale? ― Ele retrucou o revirar de olhos. ― E o que você está fazendo por aqui mesmo? ― Jun estava claramente curioso.
― Melhor a gente deixar pra lá o que eu vim fazer no reino das cidades para não refutar meu argumento anterior. ― Ele riu e Jungkook só soube respirar fundo.
― Finja que é alguém decente, elas estão vindo. ― Jun abriu um grande sorriso e Namjoon fez o mesmo.

Lisa – que era a rainha das cidades e esposa de Jungkook – vinha com até onde os rapazes estavam conversando.

― Rapazes, essa aqui é a princesa da Lua, não sei se vocês lembram. ― Lisa disse, sorridente e solícita.
― É um prazer recebê-la em nosso reino, princesa. ― Jungkook se curvou e sorriu.
― Eu que agradeço a hospitalidade e, por favor, não sejamos tão formais. Eu estou tentando esquecer que sou uma pessoa com um destino traçado, quero passar um tempo como “alguém normal” ― Ela fez aspas com os dedos e sorriu.
― Então veio ao lugar certo. ― Namjoon disse com um sorriso enorme, que deixava suas covinhas à mostra.
― E você é? ― ficou impressionada com a beleza e a energia única que sentiu vinda daquele homem que ela tinha certeza já ter visto antes.
― Príncipe Kim Namjoon, do reino das florestas, ao seu dispor. ― Ele pegou a mão de e beijou de forma galante.

Jungkook revirou os olhos e respirou fundo olhando para Lisa, que tinha um sorrisinho nos lábios e pegou a mão do marido para acalmar a irritação presente nos nervos dele. Namjoon e ele eram os melhores amigos desde crianças. Joon estava com ele quando seu pai morreu de uma doença rara do coração e quando ele teve que – tão novo – assumir a frente de seu reinado; já que seu irmão mais velho simplesmente sumiu do mapa e sua mãe estava tão abalada emocionalmente que até o momento atual não tinha se recuperado totalmente. Longos quatro anos e ela ainda vivia o luto de forma intensa. Jun não podia culpar a mais velha por sua coroação prematura, afinal, ela era a alma gêmea de seu pai e uma perda súbita como essa, com certeza, era algo doloroso e difícil. E, assim como , Jungkook vinha sua vida inteira sendo educado e preparado para assumir seu povo um dia.
Foi um momento difícil, mas Namjoon – como bom amigo – estava ao lado dele. Estava, também, quando Lisa apareceu e eles se apaixonaram de primeira; quando ele teve que lutar por esse amor e mudar algumas regras monárquicas para que pudesse se casar com uma camponesa. Mesmo com todo o esforço, a geração deles achou retrógrada a ação, ainda era comum a união de pessoas, por interesse político e alianças militares e de guerrilha.
Entretanto, mesmo que Kim Namjoon fosse um amigo incrível, Jungkook não podia negar a má fama que o mais velho carregava por aí. Como era o terceiro na linha de sucessão, depois de seu irmão Seokjin e seu sobrinho, ele não ligava muito para compromissos reais e condutas regradas. Não era nem por rebeldia – na verdade, ele nunca almejara ser governante de seu reino. Seu espírito era livre demais para viver preso a normas e trancafiado dentro das paredes grossas de um castelo – pelo menos, naquele em que nasceu! O rapaz tinha orgulho de suas origens, mas nunca sentiu que era ali que ele deveria ficar e criar raízes. Além de ser apaixonado por festas e pessoas no geral. Tantos escândalos e coisas noticiadas sobre as aventuras românticas do rapaz, que nem ele e nem a família se importavam mais.
Namjoon sempre foi aberto e verdadeiro com a sua família, com o que sentia, e eles acreditavam cegamente em almas gêmeas, talvez ele vivesse daquela maneira na busca pela sua ligação. Namjoon vivia viajando pelos reinos nos quais possuía amigos governantes e muitas dessas amizades que ele fazia com pessoas influentes e poderosas na noite ajudavam na relação política e econômica de seu reinado. Talvez esse fosse um dos motivos pelos quais seus pais não se importavam muito com a vida que o filho levava.
Claro que ele tentava não ser o holofote de coisas ruins e grandes escândalos, como foi quando descobriram que ele gostava de pessoas – independente de gênero ou espécie. Ou quando divulgaram um vídeo dele em uma das festinhas que ele ia eventualmente, no qual todos estavam jogando um jogo envolvendo bebidas alcoólicas e danças sensuais. Ele levava sua vida de farra e curtição sempre com muita discrição, mas coisas como aquelas vez ou outra apareciam na mídia.
Pelo histórico de conquistas e corações partidos que Namjoon colecionava por aí – justamente por não conseguir se conectar emocionalmente com ninguém – que Jungkook temia a aproximação dele com . Claro que não conhecia a mulher muito bem, sua esposa quem mantinha contato e mais amizade, mas poderia ser alguém que se apaixonaria facilmente por aqueles olhos doces do mais velho e pelo sorriso que derretia até os corações mais gelados existentes. E aquele tipo de situação poderia piorar o que já era ruim na relação Terra-Lua.
Aquela visita de ao planeta era como uma nuvem de esperança para uma reconciliação política entre os dois povos. A primeira geração de Lunares na linha de sucessão do trono que visitava a Terra em muitos anos. Claro que o casal não a trataria como somente uma aliança política ou algo do gênero, mas com a maior certeza do mundo, não queriam que a mulher saísse daquela experiência com mais coisas ruins que eles sabiam que ela tinha ouvido do outro lado da história.

― Uau, eu embasei metade da minha especialização terrestre no reino das florestas, seria uma honra conhecer as terras de vossa majestade! ― não conseguiu não ser formal com o homem naquele momento. O reino das florestas era fascinante! Tantas cores e formas diferentes de animais sempre chamaram a atenção da mulher.
― Eu prometo te levar lá, se me der a honra de te mostrar o reino das cidades. Garanto que vamos nos divertir muito. ― Ele deu uma piscadinha para , que sentiu seu interior tremer em uma excitação que nunca tinha sentido antes. Estava verdadeiramente animada.
― Não acho uma boa idéia, Namjoon! ― Jungkook o repreendeu de maneira suave.
― Por que não, amor? Temos aquela reunião dentro de duas horas e eu tenho certeza que o Joon não tem absolutamente nada para fazer hoje. ― Lisa disse calma, porém em um tom que fez Jun perceber que estava se intrometendo demais. Mesmo assim, ele era incapaz de compactuar com aquilo.
― Qual é, Jungkook, assim parece que eu sou um grande irresponsável. ― Namjoon disse e parecia magoado. Mesmo sabendo os motivos que o amigo tinha para resistir daquela maneira, ele sentira algo diferente na breve conversa que teve com a mulher e precisava urgentemente passar mais tempo com ela.

Talvez Jungkook estivesse certo, talvez fosse só a incontrolável sensação que ele amava quando conhecia pessoas novas – mesmo que eles já tenham se encontrado quando mais novos, a princesa daquela época, definitivamente, era uma pessoa nova. Precisava realmente conquistar ela, mas era definitivamente uma vontade de conhecer melhor aqueles lindos olhos e aquela mente, que ele sabia que ela tinha só pelos comentários anteriores.

― Tudo bem, pessoal. ― disse meio desconcertada com o clima. ― Se for um problema de alguma forma, eu saio por aí sozinha e vou só até onde me for permitido. ― Ela abriu um sorriso grande, realmente não queria ser de alguma maneira um incômodo ou um fardo. O plano era andar pela Terra o máximo possível e tentar naqueles quinze dias se desvincular de toda a obrigação daquela merda de casamento arranjado.
― Me desculpem! ― Jungkook estava frustrado, mas se sentia mal por fazer a convidada passar por aquele tipo de situação. ― Namjoon vai ser um ótimo guia turístico, realmente. ― Ele disse, derrotado, sabia que somente ele sustentaria o pensamento que: Namjoon perto de não acabaria bem , então, resolveu se render e deixar que o destino faça o que tiver de ser feito. ― Só tenham juízo, sim? ― Finalizou, abrindo um lindo sorriso.
― Pode deixar, papai! ― Namjoon disse, rindo e batendo continência.
, venha comigo, vou te levar até seu quarto. Depois do almoço, vocês saem por aí, tudo bem? ― Lisa, sempre solícita, sorriu para todos, indicando o caminho para a princesa.
― Obrigada pela hospitalidade, Rei Jungkook e Rainha Lisa. A Terra até aqui é muito diferente, para o lado bom, do que eu imaginava. ― sorria grande, estava mais animada com a sua visita do que pensou que ficaria quando chegasse ali. ― Nos vemos mais tarde, então, príncipe. ― Ela se despediu dos rapazes e seguiu Lisa até sumirem no longo corredor.
― Namjoon... ― Jun chamou o amigo.
― Eu sei, eu sei, mas eu não vou ser um babaca dessa vez, eu prometo. ― Joon ficou perdido em pensamentos assim que a princesa saiu de sua visão. Estava se sentindo estranho e não conseguia entender o que era.
― Eu e os outros reinos do planeta Terra agradecemos. Tenho uns papeis para assinar, fique para o almoço, sim? ― Jungkook finalizou a conversa e saiu também do cômodo, indo até a sala real resolver os últimos contratos importantes do governo.

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― Uau! ― disse, vendo o pôr do sol do terraço de um grande prédio antigo que tinha no reino das cidades.
― Acho que aqui é o meu lugar preferido do mundo! ― Namjoon também observava o horizonte.
― Meu lugar preferido era no reino do Sol. A visão da terra de lá é lindíssima. Mas a visão do Sol daqui supera tudo que eu já vi. ― Ela suspirou, realmente encantada.
― Eu já estive no reino do Sol em algumas ocasiões, é realmente um lugar lindo. ― Joon disse, observando os olhos de brilhando em admiração àquela visão. ― E eu não acredito que é a sua primeira vez vendo um pôr do sol.
― Os Jung, mesmo tendo pensamentos retrógrados como os do meu querido Rei Lunar, são ótimas pessoas. Hoseok iria amar ter essa visão sobre o reino dele, mas ele é medroso demais para descer para algum planeta. ― disse, ainda sem tirar os olhos daquela imensidão colorida. As cores laranja, roxo, rosa e azul pintavam o céu enquanto o sol ia embora, dando lugar à lua vagarosamente.
― Já convidei o príncipe Hoseok algumas vezes para visitar a Terra, mas ele realmente tem medo. ― Namjoon riu. ― Casamento arranjado? ― Ele perguntou, sobre a questão do pensamento retrógrado que ela tinha mencionado.
― Ele realmente é um medroso, mas eu vou fazer com que venha comigo da próxima vez, ele vai amar isso! ― O carinho no tom de voz de para com o príncipe solar fez Namjoon pensar que, talvez, eles fossem namorados ou algo do tipo. ― É exatamente isso, a magia do casamento arranjado. ― Ela respirou fundo, frustrada.
― Se você achou o pôr do sol lindo, tem que ver a aurora! As cores pasteis do nascer do sol são algo de tirar o fôlego também. ― Ele realmente adorava observar o céu e todas as cores que eram pintadas nele nesses dois momentos. ― Ah, então você ama o príncipe do Sol, mas não pode se casar com ele por serem de outro pólo governamental e tem que se casar com algum duque ou algum monarca da Lua? ― Chutou o que poderia frustrar a mulher daquela forma.
― Você me mostra? ― Ela perguntou, se referindo ao nascer do sol, recebendo um aceno positivo de cabeça do homem ao seu lado. ― Na verdade, eu não quero me casar com ninguém agora. ― Olhou para os próprios pés, não sabia por que se sentia tão confortável falando de sua vida com alguém que acabara de reencontrar. Passaram apenas umas quatro horas jogando conversa fora, mas se sentia diferente em relação a ele. Era muito diferente de tudo que ela já tinha sentido na vida. ― Quero poder governar meu povo, porque sou competente o suficiente para isso e não porque um homem está ao meu lado. Eu amo o Jung, ele é uma pessoa incrível, mas eu não sou apaixonada por ele e eu não entendo porque temos que nos casar. Dentro de duas semanas, eu estarei em um jantar de noivado, com meu melhor amigo, e ficarei presa a uma pessoa que eu não amo e que ama outra pessoa. ― se sentiu bem demais colocando aquilo para fora e, mesmo sem saber se seria julgada ou não pelo homem, sentiu que precisava falar com ele sobre aquilo.
― Ah, achei que você e o Jung eram namorados. ― Namjoon disse quando tinha parado se desabafo.
― Por que achou isso? ― Ela estava um pouco confusa com a resposta do rapaz.
― Você fala de uma maneira tão carinhosa dele que eu achei que estavam em um relacionamento romântico. ― Ele riu sem graça, coçando a cabeça de leve.
― Se estivéssemos, tudo seria tão mais fácil. ― Outro suspiro de frustração saiu pela garganta de . ― Somos melhores amigos desde sempre, mas nossas famílias botaram na cabeça deles que a gente vai se casar para fortalecer a união política das duas nações. E também para que eu possa assumir um papel que é meu por direto hereditário e que eu treinei a minha vida toda para executar.
― Isso é uma lei tão ultrapassada. Ninguém deveria ser obrigado a se casar para provar ser responsável o suficiente para assumir um reino. Eu não consigo imaginar o que você está sentindo. ― Joon disse, sincero. Nem em imaginação conseguia tentar sentir como aquilo deveria ser humilhante, desgastante e injusto. Sabia que mulheres governavam muito bem, muitas vezes melhor do que os homens, que só colocavam seus nomes como inventores ou donos de leis e reformas feitas por suas mulheres, sem que ninguém soubesse.
― É. Não é um sentimento bom, mas não há nada que eu possa fazer. ― se sentou no chão de onde estavam, assim que a imensidão azul escura pintada com cintilantes pontos prateadas dominou o céu. Fazendo, assim, com que o anoitecer acontecesse.
― Talvez os reis Jungkook e Lisa possam te ajudar. Não faz muito tempo que eles mudaram algumas leis em seu reinado para que pudessem se casar. ― Ele se lembrou de como foi difícil para os amigos alterar aquela lei. Mesmo ele sendo o rei em comando, essas coisas costumavam passar pelas mãos dos duques, barões, e qualquer outro indivíduo que fizesse parte da comissão oficial do reinado. Namjoon não sabia como funcionava esse método na Lua, mas na Terra sempre chamavam a comissão do reinado para votar nas coisas mais importantes e sérias.
― Eu vou conversar com eles, então, você acha que se importariam em me auxiliar? ― Ela disse um pouco distraída, olhando a lua brilhando no céu.
― Os reis da cidade são as pessoas mais generosas que eu já conheci na minha vida. Tenho a mais plena certeza de que vão adorar te ajudar, . ― Ele disse, seguindo o olhar para onde ela estava olhando. ― Ah, admirar a lua é uma das minhas coisas preferidas também! ― Tentou mudar de assunto quando percebeu que a mulher estava ficando chateada em falar sobre aquilo.
― Olhando daqui parece tão pequena e frágil, pelos deuses! Como eu serei capaz de governar e proteger? ― Pela primeira vez na vida, entrou em pânico ao pensar sobre assumir o comando do governo e reinado. Percebeu que não se trava de cuidar e organizar de uma estrutura forte e imensa, como costumava enxergar em suas terras. Tratava-se de uma pequena bola brilhante, com vidas frágeis e importantes habitando nela.
― Aposto como a terra parece pequena e frágil também lá da lua. E essa é a real sensação de governar um reinado, não posso mentir para você. ― Ele pegou a mão dela e percebeu que a garota estava entrando em uma espiral que poderia se transformar em uma crise. De forma nenhuma deixaria que duvidasse de sua capacidade. Não a conhecia como naquele momento desejou conhecer, mas sentia que deveria dizer aquelas palavras. E, mesmo que ele nunca tivesse sentido vontade de governar nada, seus pais sempre deixaram claro, bem como seus melhores amigos, sobre aquele tipo de sentimento e sobre como aquilo poderia ser usado para benefício e não dúvida. ― Vidas estão nas mãos dos governantes e realezas. A forma com que você toma suas decisões faz suas alianças e vigora suas leis, afeta de forma principal a vida dos seus, mas isso não é ruim! Olha pra mim, . ― Joon olhou fundo nos olhos dela quando ela desviou o olhar da lua para o seu rosto. ― Você será uma governante incrível! Acredito que tenha sido instruída muito bem por seu líder e só de ter tido essa concepção sobre a fragilidade de uma nação, eu sei que se importa com os habitantes da Lua. Use essa concepção para governar de forma com que nenhuma dessas frágeis vidas sejam afetadas ou fiquem em risco e será a melhor no comando.

O sorriso, bem como os olhos cheios de lágrimas, iluminou não só o rosto da mulher, como o seu coraçã. sabia que era capaz, mas ninguém que não a conhecia ou que fosse seu amigo tinha lhe elogiado daquela maneira. Ela já tinha se sentido atraída pelo rapaz desde o primeiro momento em que colocou os olhos nele, mas ali, naquele momento, nunca antes sentira tanta vontade de beijar uma pessoa na vida quanto estava sentindo.
Não entendeu por que seu corpo agiu daquela forma, mas, quando percebeu, já estava com os lábios grudados aos de Namjoon, que em nenhum momento fez menção de se afastar ou não retribuir o ato. Ao contrário dos beijos surpresa, que geralmente são esquisitos e desengonçados, o deles pareceu tão íntimo, que foi como se fizessem aquilo desde sempre. Aquele primeiro beijo marcou um sentimento de ligação que nem se fosse possível eles seriam capazes de explicar.

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Dez dias depois daquele beijo, e muitas horas juntos além daquele primeiro dia, e Joon não se largavam. Ele tinha levado a mulher para conhecer um pouco mais dos outros reinados e, mesmo ela hospedada no reino das cidades, passou menos tempo por lá do que em outros lugares. Passou dois dias inteiros só observando o reino das florestas, assim como conheceu a família de Namjoon e os lugares especiais para o rapaz por lá. Tinha voltado mais cedo da caminhada que marcara com o garoto pelo bosque, que ficava mais perto da cidade. Finalmente, os reis estavam com algum tempo livre para auxiliar ou tentar entender a situação da mulher na Lua.

― E em um longo resumo, é isso! ― disse com um sorriso grande, que não queria largar seus lábios já tinha uns dias. Não largava nem mesmo relatando aquela situação que a incomodava tanto.
― Uau! ― Jungkook disse, depois de absorver toda a história. Ele na própria pele sabia como regras retrógradas podiam desgastar as pessoas. E mesmo com aquele sorriso nos lábios da moça, que o rei sabia bem porque estava lá, ele sabia também que ela estava infeliz por ter que aguentar essa situação quando ao retornar para a Lua. ― Bom, é um pouco similar ao que passamos aqui; regras sobre casamentos reais, na real, não deveriam existir nunca! ― Ele deu uma risada contida.
― E o que vocês fizeram? ― tinha encontrado uma luz na qual se agarrar. E, naquele momento - que se via apaixonada por Namjoon, que não estava pronto e nem tinha pretensão de assumir seu reinado -, mais que nunca precisava acreditar em algo que não tiraria aquele sorriso de seus lábios por algum tempo. E, claro, dependendo de como fora para eles, conseguiria até auxiliar Hoseok com o impasse dele com Kate.
― Acho que, em base, o melhor a se fazer quando se quer mudar uma tradição ou lei, quando ficam obsoletas, é convocar uma reunião extraordinária com as figuras parlamentares e apresentar uma mudança convincente para a lei que quer mudar. Claro que vai ter uma resistência grande, mas se a proposta e os argumentos que apresentar forem fortes e esclarecedores, há uma grande chance de reverter essa situação. Além de modernizar o governo, acaba com essa ação que é, no mínimo, machista.

Impecável! Foi tudo o que conseguiu pensar depois daquelas palavras do rei – não era por menos que ele governasse tão bem seu povo. Era daquela força e determinação que ela precisava, pelo menos para enfrentar seu pai e os membros do comitê real Lunar. Sabia que seria uma tarefa difícil, mas precisava ser feita! E talvez tivesse que voltar antes do combinado para a Lua, para organizar essa situação antes de assumir qualquer compromisso, publicamente ou não, com o reino do Sol.

― Acho que vou partir amanhã! ― disse para Namjoon, que brincava com seus dedos enquanto estavam deitados na grama fofa da floresta e assistiam ao décimo segundo pôr do sol juntos.
― Eu vou sentir a sua falta! ― Ele respondeu com um pesar na voz. Estava realmente apegado àquela mulher e nem sabia o porquê. Sempre saíra com muitas pessoas e nunca tinha se sentido daquela forma antes.
― Eu também vou, mas as portas da Lua estarão sempre abertas para você! ― Ela se virou para ele a abriu um grande sorriso.

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― Chegou antes do jantar de noivado, parece que alguém finalmente está criando juízo! ― O rei da Lua disse ao ver a filha entrar de forma abrupta em seu escritório.
― Eu não voltei mais cedo para isso, papai. ― disse, colocando uma pasta preta em cima da mesa do mais velho, que subiu os olhos dos documentos que analisava para fitar a filha e aquela resposta - com a maior certeza, não era a que ele esperava.
― Pouco importa. Eu já disse que vai acontecer e você já está aqui, então, tire essa coisa da minha mesa. Eu estou ocupada tentando governar uma nação. ― Ele foi áspero, estava cansado daquela postura da filha. Já tinham discutido tantas vezes sobre aquilo.
― Se o senhor, como figura máxima de governo desse reinado, não quer ver minha proposta, eu abrirei uma sindicância sem o vosso consentimento, meu querido rei. ― Não havia um resquício de deboche no tom dela, era uma postura grandiosamente forte e determinada.

Steven sentiu muito orgulho da filha – ele geralmente sentia muito orgulho dela, mesmo quando ela ia contra suas ordens ou pensamentos. Ali, ele conseguiu enxergar que ela não era mais uma criança inocente e indefesa. Ajeitou a postura na cadeira e pegou a pasta que a filha tinha deixado em sua mesa, analisando os documentos que estavam nela.

― Então, você quer pedir uma sindicância para mudança da lei sobre a obrigatoriedade do casamento? ― O rei riu. Sabia que a filha não gostava da ideia, mas aquilo era mais do que uma simples lei, era uma tradição. Sabia que os atuais reis e rainhas dos reinados da Terra viviam de formas e com leis diferentes, mas nunca pensou que a filha se deixaria influenciar daquela maneira.
― O senhor não acredita que eu sou capaz de governar bem o nosso povo? ― sabia que seria difícil, mas não achou que o pai tomaria aquela postura. Ela o conhecia bem: aquela risadinha podia não parecer nada, mas ela sentiu a fisgada de desdém.
― A questão não é essa, ! ― Ele continuou com os olhos presos ao documento, lendo a estruturação da nova lei que ela iria propor ao alto escalão de decisões da Lua.
― Então, qual é a questão? Eu não consigo entender por que um homem não precisa de um casamento para mostrar que é responsável e uma mulher precisa. ― Em momento nenhum ela alterou a voz, mesmo que quisesse gritar para que o mais velho entendesse que aquilo estava errado.
― Isso é uma tradição, não acho que terá apoio o suficiente para seguir com esse seu surto de mudança. ― O rei colocou novamente o documento na pasta e ergueu o objeto para que a filha o pegasse.
― Isso é um pensamento retrógrado. Era quando virou uma tradição e é ainda mais agora. ― pegou a pasta da mão do pai e o olhou nos olhos. ― Espero que tenha pelo menos o seu apoio, não como pai, não por me amar, mas como rei, líder e pessoa que quer ver prosperidade, futuro e modernização para seu povo. ― Ela respirou fundo e pôde observar o semblante do homem mudar de desdém para seriedade. atingiu o ponto de queria. O ego do mais velho quanto ao governo dos seus. ― Se eu tiver que me casar com Hoseok, eu o farei, porque percebi que tenho que fazer o que for melhor para meu povo. Mas eu continuarei lutando para que essa mudança aconteça. Não quero que uma futura princesa precise se submeter a tão ato humilhante, degradante e diminutivo para ter uma posição que é sua por direito.
― Eu... ― Steven ficou sem palavras, ainda não queria dar o braço a torcer, mesmo sabendo que a filha tinha razão.
― Nós vamos te apoiar sim, filha! ― A voz de Selene se fez presente, fazendo com que os dois olhassem para ela.
― Mas, Selene... ― O rei estava prestes a repreender a esposa por se meter naquele assunto.
― Ora Steven, pelo amor dos Deuses! ― O tom dela era firme e serio, beirando ao que ela usava para repreender a filha quando mais nova. ― é uma mulher forte, inteligente, simpática, altruísta e tem uma visão de futuro, que nós, enquanto pessoas velhas, não conseguimos ter. Ela é visionária. ― A mais velha olhava com firmeza para o marido. ― Você a instruiu para governar nosso povo, não acha que foi um bom treinamento? Porque eu acho! Eu vi como ela cresceu, amadureceu. A não perde uma responsabilidade real no papel de princesa e, muitas vezes, de representante real de seu rei quando você está ausente. Não se trata de amor, Steven, e eu nem sei porque isso te assusta tanto. É sobre liberdade; é sobre igualdade; é sobre a força e a competência de . E eu não falo isso como mãe dela, não, falo isso como rainha desse reinado, olhando para a sucessora do meu trono. ― estava quase chorando de emoção. Sabia que a mãe era forte também, e que tinha não só uma opinião própria, como colocava juízo na cabeça de seu marido quando necessário para o comando do governo. ― E eu sinto muito, mas eu me recuso a deixar nosso povo nas mãos de seu irmão irresponsável ou de seu sobrinho que nunca foi instruído para isso.
― Obrigada, mamãe! ― abraçou a mais velha depois de longos minutos em um silêncio estranho naquele cômodo.
― Ok! Só não comece seu discurso com “com todo apoio do rei” ― Steven deu o braço a torcer, sua esposa e filha estavam certas. Mesmo ele não gostando muito daquele impasse, não gostaria nem de ver a filha vivendo uma vida infeliz e nem queria que seu povo caísse em mãos erradas.
― Eu jamais faria isso, eu só quero que ao final, se o senhor realmente concordar com a minha proposta, levante a mão. ― A mais nova foi sincera. Não queria mesmo usar o fato de ser filha deles para ganhar algo, queria ganhar por si. Queria que o rei e o resto da comissão a apoiassem, porque acreditam na sua palavra e nas suas propostas.

_____________________________________________________________


― Você está tão linda, minha rainha ― escutou a voz familiar encher o cômodo em que estava terminando de se arrumar.
― Eu ainda não sou uma rainha, seu bobo. ― Ela passou os braços pelo longo pescoço do rapaz assim que ele se aproximou dela.
― Faltam menos de duas horas, meu amor. E você é a rainha absoluta do meu coração desde nos conhecemos. ― Ele sorriu e deixou à mostra as covinhas que ela gostava tanto.
― Que galante! É assim que conquista todos os corações pulsantes, meu querido príncipe das florestas. ― Ela riu e aproximou os rostos.
― Foi assim que eu aprendi, eu confesso. ― Ele riu junto e segurou firme na cintura dela. ― Mas, agora, o único coração pulsante que eu quero conquistar todos os dias é o seu, minha lindeza.

Não houve tempo para que ela respondesse: os lábios se juntaram em um beijo longo, cheio de amor e carinho, como o beijo deles era desde a primeira vez que aconteceu.

― Eu não acredito que isso está mesmo acontecendo. ― disse depois que os lábios se separaram.
― Essa sucessão só poderia ser sua, . ― Namjoon foi carinhoso, fazendo carinhos na cintura dela, enquanto não cansava de admirar o quão linda ela estava.
― Eu mandei bem na sindicância, não mandei? ― O tom orgulhoso em sua voz só a deixou ainda mais iluminada e majestosa.
― Mandou, e vai mandar ainda mais governando seu povo, minha linda. Você é única pessoa que tem competência, força, coragem e poder para fazer isso. Eu sou muito orgulhoso de você. ― Namjoon não podia estar mais apaixonado. Aquela mulher era sua alma gêmea. Ela havia preenchido todo o vazio que ele tinha dentro de si e sua determinação e força o fizeram perceber que era com ela que queria criar raízes e fazer florescer.
― Obrigada, você me mantém mais forte. Eu te amo tanto! ― disse acariciando o rosto do amado.
― Eu te amo mais, da Terra até a Lua, ida e volta. ― Ele deu um beijo demorado na testa dela.
― Com licença, vossa majestade! ― Um dos guardas reais entrou no cômodo, interrompendo, de forma não intencional, o momento dos dois. ― Está na hora!
― Está pronta para governar toda a Lua sem um homem para validar sua responsabilidade? ― Joon jogou aquela piadinha que ele gostava tanto e que sabia que também gostava. Estendeu o braço para que ela o pegasse e eles fossem juntos.
― Eu nasci pronta para isso. ― O sorriso pintado com os lábios vermelhos era a única peça naquela visão que faltava para que a coroação da nova rainha ficasse perfeita.




Fim!



Nota da autora: Ah esse BTS, só ele mesmo pra me afundar em tantos projetos nesse site que eu até perdi as contas. Mas esse album para mim é muito muito espacial, eu sou perdidamente apaixonada por ele dos pés a cabeça. Moon é minha paixão, o lançamento da tracklist eu já fiquei de olho nela e ai Seokjin abre a boca e solta aquela voz linda e meu deus, como eu chorei, coisa mais linda do mundo todo. E eu to apaixonada nessa fanfic, com essa princesa dona de si e ele príncipe bobo apaixonado. Espero que tenham gostado também, obrigada por chegarem até aqui.

ps: Ah minha lista de fic vai estar aí embaixo, mas vocês conseguem achar também, tanto clicando no ícone do Facebook que vai te direcionar ao meu grupo de autora (ta pequenininho ainda rs, não reparem), quanto clicando no ícone do Obsession, que dá acesso a minha página de autora no site e pelo meu instagram. Meu tt tá sempre disponível também. Vocês podem me gritar por lá, aqui pela caixa de comentários ou onde me acharem kkkkkk

AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.

Nota da Beta: Aii, como eu amei essa viagem interplanetária, cheia de romances e também de uma luta digna, né? Coisa mais linda ver a Gabi se empoderando, defendendo seus ideais e ainda levando um amor de brinde HAHA <3 <3
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