Última atualização: 18/10/2020

EXO PLANET

Pulando a parte de acordar tossindo quase morrendo engasgada com a água. Ao contrário das outras vezes, eu senti calor. O toque do sol quente em minha pele, demonstrava que minhas roupas não permaneceram molhadas por muito tempo. E por falar em roupas, comecei a sentir falta de todo aquele peso em meu corpo. Abri os olhos de repente e me vi somente com os trajes íntimos do século XIX, sem vestido pesado, sem corpete apertados. Olhei para frente e vi um homem encostado em uma árvore de braços cruzados e um pedaço de mato na boca. 

Também possuía traços asiáticos. Ele me olhava atentamente analisando minhas expressões de assustada e frustrada. Eu perguntaria só para cumprir o protocolo e saber em que época me enfiei, porém já tinha certeza de que não estava em casa.

— Que lugar é esse? — perguntei ao homem.
— Curioso perguntar, para alguém que se jogou no rio, deveria saber onde está. — ele soltou uma risada irônica — Foi deixada por isso tentou a morte?
— Não. — o olhei indignada pela colocação — Eu só… Não importa o que eu fazia. 

Não iria contar toda a minha trajetória até ali. Manter segredo havia dado certo com Sehun, então…

— Foi você quem me ajudou a sair da água?! — perguntei.
— Sim, e foi trabalhoso com todo aquele pano, você não é daqui do oeste né. — ele retirou um punhal do bolso de trás da calça e alisou — Tive que cortar tudo se não nós dois seríamos levados pela correnteza. 
— E o resto das minhas roupas? — me encolhi ao ver que o tecido molhado das vestes íntimas deixavam meus seios meio aparentes — Não posso continuar assim?
— Para mim está até muito bem. — ele arqueou a sobrancelha direita.
— Pervertido. — disse me sentindo ofendida, ao me levantar ainda me encolhendo.

Ele riu de mim e se afastando da árvore, caminhou até o cavalo que permanecia logo mais à frente. Retirando uma muda de roupa, jogou para mim.

— Agradeceria se se virasse também. — pedi forçando a educação.
— Como se eu já não tivesse visto tudo que tentas esconder. — ele riu enquanto se virava.
— Que falta de cavalheirismo. — o repreendi irritada por seu jeito de me tratar — Sujeito abusado.

Retirei os trajes molhados e coloquei a roupa que ele me deu. Ficou larga, por serem vestes masculinas, porém, não podia reclamar, estavam secas e cobriam meu corpo devidamente. 

— Nada mal para uma louca. — disse ele com um olhar malicioso.
— Pervertido, fique longe de mim. — disse séria.
— Vejo que está melhor de seu devaneio do rio. — ele montou em seu cavalo — Tente sobreviver até ao amanhecer, a noite no deserto costuma ser perigosa.

Eu olhei em minha volta, me deparando com um cenário bem faroeste. Será que eu estava…

— Espera. — gritei assim que ele o cavalo começou a se locomover.
— O que quer agora? — ele me olhou.
— Não me respondeu onde estou. — insisti — Preciso saber.
— Não consegues se localizar? — ele riu novamente de mim — Estamos a 5 quilômetros de Rose Creek.
— Rose Creek? — não conhecia o nome.
— Estamos no Colorado. — explicou ele.
— Oh, América no velho oeste, não acredito que vim parar aqui. — sussurrei para mim mesma, voltei a olhar para ele — Pode me dar uma carona até a cidade?
— Não foi você que disse para não tocá-la? — ele sorriu de canto.
— Aish. — bufei de leve e segui até seu cavalo — Só permitirei desta vez.
— Sei… — ele riu com ironia — Sabe, sempre que as mulheres dizem isso, acabam se apaixonando por mim.
— Vai sonhando. — ignorei sua prepotência — Você é muito ousado para um asiático, deveria ser mais recatado.
— Me desculpe se não fui criado em minha terra natal. — ele riu ao me puxar para subir no cavalo — A propósito, a donzela possui um nome? Ou devo chamá-la de louca do rio.
. — disse — Pode me chamar de .
— Prazer senhorita . — ele manteve o olhar na trilha que o cavalo seguia — Pode me chamar de Chanyeol, Park Chanyeol.
— Prazer Chanyeol. — disse voltando meu olhar para a paisagem que nos acompanhava.

Foram algumas horas sendo assolada pelo sol escaldante, até que finalmente chegamos a cidade de Rose Creek. Me senti em um dos filmes de faroeste do Quentin Tarantino, só que menos exuberante e mais realista. Chanyeol parou seu cavalo em frente ao Salom e me desceu dele, descendo logo em seguida. Ele amarrou as rédeas do cavalo em uma das madeiras que sustentavam a varanda do lugar e subiu os degraus para entrar.

— Vai mesmo entrar aí? — questionei.
— E por que não entraria? — ele riu — Olha, já te trouxe para a cidade, agora, se vire para sobreviver.

Ele deu as costas e entrou. Nunca vi homem mais mal educado na vida. Após ser amparada por Lay e protegida por Sehun, não acreditava que a essa viagem me reservava ser completamente destratada por esse ser. Olhei para meus pés calçados pelo sapato encharcado que viajou no tempo comigo, senti a ponta dos dedos fria. Logo um espirro saiu, e já notei que um resfriado se aproximava. Me forcei a não escolher muito pois as opções eram poucas, eu precisava saber tudo sobre o lugar para tentar sair de lá.

Felizmente o cordão se mantinha amarrado em meu pulso. Sinal de que eu ainda tinha chances de retornar para casa. Entrei no Salom e logo a música que era tocada por um senhor de idade parou. Todos os olhares se voltaram para mim. Engoli seco, mesmo com roupas masculinas, meus traços femininos eram visíveis e notáveis. Segui em direção ao bar e olhei para o outro senhor que servia.

— Boa tarde senhor, posso lhe pedir uma informação? — disse num tom suave e educado.
— Informações aqui custam caro senhorita. — assim que ele falou, todos começaram a rir.

Olhei em minha volta e vi Chanyeol sentado em uma mesa solitário aos fundos, sendo paparicado por uma mulher de roupas rasgadas e sensuais. Mesmo com a companhia dela, seu olhar estava atento em mim.

— Ok, imaginei mesmo, é uma época cheia de ganância. — disse subjetivamente e irônica — E quanto custaria essa informação?
— Bem, para homens eu cobro caro, mas para uma donzela como você, basta uma noite comigo e te conto tudo que quiser saber. — disse ele começando a rir.

Em segundo os outros também riram de mim. Assim um homem robusto se levantou e se aproximou de mim. Ao tocar em meus cabelos, segurou forte em meu braço com a outra mão. 

— Eu posso lhe contar querida, só vai precisar de dez minutos comigo. — disse ele num tom sinuoso.
— Me solta, seu nojento. — disse me debatendo para me soltar dele, acabei cuspindo em sua cara de pura ousadia. 

O homem robusto ficou nervoso e erguendo sua mão para me dar um tapa, parou no meio do caminho. Eu ouvi o som de uma arma se engatilhando bem próximo.

— Se encostar nela, não perderá somente a mão. — a voz firme de Chanyeol fez meu corpo arrepiar. 

Como ele havia chegado tão rápido atrás do homem? Sua arma encostada na cabeça do arrogante robusto.

— Park, eu não ia fazer nada. — o homem riu e se afastou de mim — Por acaso ela é sua propriedade?
— O que? — olhei chocada com sua colocação.
— Ela é uma dama e como tal, merece respeito. — ele girou sua arma com estilo e colocou de volta na bainha da calça. 

Olhei com seriedade para Chanyeol, que mantinha uma intensidade no olhar dele. 

— Não vai agradecer?! — perguntou ele.
— Amanhã à noite quem sabe. — brinquei — Quem é o nojento?
— Ninguém que valha a pena saber. — disse ele.
— Hum…
— Venha comigo. — ele se virou para a escada que dava para o segundo andar do lugar.
— Pra onde acha que está me levando? — coloquei a mão na cintura.
— Pare de ser tão rabugenta e me siga, se ficar aqui, será engolida por eles. — ele riu e seguiu na frente.

O achei desaforado agora, mas o segui. Chanyeol tinha um quarto alugado naquele Salom. Certamente usava para se divertir com a dama de roupas rasgadas.

— Quem era a senhorita que estava com você? — perguntei curiosa.
— Ciúmes? — ele sorriu de canto malicioso.
— Claro que não. — era só o que faltava.
— Então não importa saber. — disse ele.
— Já conheci homens mais educados que você. — comentei.
— E onde estão agora? — ele se sentou na janela e me olhou.
— Não importa. — disse num tom irônico, fazendo-o rir.

Como previsto, Chanyeol cedeu a cama para que eu dormisse à noite, enquanto isso ele dormiria no chão com tranquilidade. Já estava acostumado por muitas vezes ter que viajar pelo país e dormir no deserto sob o relento. Na manhã seguinte, o xerife chamou Chanyeol bem cedo para conversar. Foi então que soube pela mulher sinuosa do dia anterior, de nome Charlote, que aquele abusado era um caçador de recompensas. Aparentemente, estava na cidade procurando por serviços. 

Chanyeol visitava Rose Creek de tempos em tempos, sempre atrás de grandes aventuras que lhe renderam muito dinheiro. Estava curiosa para saber qual o próximo.

— Vai partir? — perguntei ao vê-lo ajeitar as coisas na cena do cavalo.
— Sim. — assentiu com a atenção no que fazia — Tenho trabalho a fazer.
— Irei com você. — disse.
— Não. — falou como se fosse uma resposta.
— Não estou perguntando, estou afirmando, vou com você, não ficarei nessa cidade sozinha. — assegurei com firmeza.

Eu mal tinha aprendido defesa pessoal e não era tão boa assim. Não tinha uma espada e nem arco de flecha. E naquele ambiente de velho oeste, eu jamais sobreviveria assim com armas tão arcaicas.

— Não sabe nem atirar, acha que pode me ajudar a pegar um bandido? — ele me olhou curioso por minha resposta.
— Aprendo rápido, só me ensinar. — mostrei minha confiança.
— Ok. — ele montou no cavalo e esticou a mão para mim — Vamos ver como se sai.

Ele me ajudou a subir e seguimos para o norte. Nos dias de viagem que seguiram, descobri o quão grande e cansativo era estar em cima de um cavalo. Paramos em meio ao nada, e formamos acampamento, segundo ele estamos a dias ao esconderijo do Jack caolho que tanto procurava. O bandido já tinha vários mandados contra ele por roubar diversas diligências de mercadorias do porto e outras de malotes de dinheiro dos bancos. A recompensa era alta e eu estava curiosa para saber como Chanyeol iria pegá-lo. 

— Acorde princesa. — disse ele ao chutar de leve meu pé para que eu despertasse.
— Hum… — murmurei abrindo os olhos — Ainda estava com sono.
— Se quiser ser uma caçadora de recompensas, tem que estar atenta em cada segundo, e deve aprender a atirar. — ele retirou um revólver bastante bonito com arabescos desenhados das costas e me entregou — Pegue e venha comigo.

Assim ainda relutante e o segui. O sol nem tinha saído no céu direito e ele já estava me fazendo isso. Ele tinha preparado alvos demarcados para que eu mirasse neles. Primeiro Chanyeol atirou para me mostrar, depois foi a minha vez. Foi a forma mais desajeitada de começar, antes mesmo de dar o primeiro disparo eu fechei os olhos e descarreguei a arma no automático. Foi questão de segundos até que ele segurou em minha mão e me fez parar.

— Você é mesmo uma louca? — seu tom alterado me assustou.
— O que eu fiz agora? — retruquei aumentando a voz também.
— Onde já se viu atirar de olhos fechados?! — ele estava mesmo irritado — O que acha que está fazendo? Brincando de ser uma hunter? Uma bala na direção errada pode custar sua vida, ou da pessoa que você ama.

Sua voz soou com amargura e ressentimento.

— Você perdeu alguém? — perguntei.
— Não importa. — ele se virou para recarregar a arma — Venha aqui, vou te ensinar como se faz.

Assenti permanecendo calma, queria muito aprender, então não iria continuar a discussão. Eu me coloquei ao seu lado, então ele veio para trás de mim. Encaixando a arma em minha mão, ergueu-a para que eu mirasse.

— Mantenha seu olhar fixo no seu alvo. — sussurrou ele em meu ouvido.

Estava tão próximo que consegui sentir sua respiração.

— Fique calma e somente puxe o gatinho. — continuou — Agora.

Eu apertei e a bala acertou com precisão o alvo mirado. Deu um sorriso de alegria e empolgação, então virei para ele repentinamente.

— Consegui. — comentei.

Seu olhar demonstra orgulho de mim. Só então vi o quão próximo estava dele.

— Enfim. — voltei meu rosto para frente meio vergonhosa.
— Vamos uma outra vez. — sugeriu.

Ficamos uns dois dias ali para que eu pegasse prática, só então seguimos viagem. Mais dias se passaram e chegamos ao topo de um rochedo. Do alto, conseguimos ver uma entrada em uma caverna. O sol estava quente demais e me senti derretendo. Ao cair da noite, preparamos uma tocaia para pegar Jack caolho. Permanecemos um tempo atrás de alguns arbustos e rochas bem próximo, assim que Jack apontou no horizonte com seus companheiros… Um frio na espinha passou por mim. Chanyeol não tinha me avisado que o homem liderava um bando também.

— Não vamos conseguir, são muito homens. — sussurrei para ele temerosa.
— Foi para isso que fizemos a armadilha, vai deixar eles vulneráveis e assustados, achando que estão sendo atacados por todos os lados. — garantiu ele o sucesso de sua estratégia.

Chanyeol era um homem muito perspicaz e inteligente. Algo que me deixou admirada ao conhecê-lo melhor aqueles dias de estrada. Assim que ele se afastou para ficar em sua posição, respirei fundo para não fazer errado. A estratégia dele era simples, armar uma explosão de tiros tão grande para desnorteá-los e um sair atirando no outro achando que é o inimigo. Estava escuro e a lua não clareava muito naquela noite. Mesmo não mencionando muito, eu percebi um crucifixo vazado amarrado a um cordão em seu pescoço. Isso me fez pensar que ele pudesse ter retirado sua estratégia de algum acontecimento bíblico talvez. 

Assim que ele fez o sinal e disparou o primeiro fogo de artifício. Uma chuva de barulhos e pequenas explosões começou a seguir, sendo direcionada para o bando, não demorou muito até que todos começaram a realmente atirar uns nos outros. Chanyeol aproveitou a deixa para atirar em alguns, e eu segui seu exemplo. Por mais que minha intenção não fosse matá-lo, pelo menos deixá-lo imobilizados era o desejo.

Após toda a confusão de aprontamos. Tudo ficou em total silêncio, os homens estirados pelo chão, alguns gemendo, outros agonizando e outra já mortos. De repente, senti uma mão me agarrar pelos cabelos e me puxar para frente em direção a Chanyeol que checava o estrago.

— Achou mesmo que me pegaria. — disse o homem que me arrastava, me colocando em sua frente como escudo.
— Me solta seu idiota. — o xinguei relutando para me soltar.
— Solte ela Jack, seu problema é comigo. — disse Chanyeol com o olhar sério.
— Você a quer? — Jack riu — Vem pegar.

Senti o cano de seu revólver em minha cabeça. Desejei que pelo menos fosse noite de lua cheia, mas não era. Se eu morresse ali, seria o fim. Em um piscar de olhos Chanyeol fez o sinal para que eu fechasse os olhos. Foi o que fiz. Eu somente ouvi o barulho de um tiro e no instante seguinte, Jack caiu atrás de mim. Assim que abri os olhos, Chanyeol já se aproximava chutando o revólver dele para longe e o amarrando.

— Precisamos dele vivo. — explicou ele enquanto o amarrava.
— Ok. — respirei fundo — E os outros?
— Se não morreram, morrerão logo, deixe que os lobos façam a festa com a carcaça. — respondeu — Agradeço por confiar em mim e fechar os olhos.
— Eu tinha outra escolha? — perguntei com ironia.
— Não. — ele sorriu de canto e se aproximou de mim.

Antes que eu pudesse dizer algo mais, ele me roubou um beijo ousado e malicioso, então se voltou para jogar Jack na garupa do cavalo. 

Fiquei estática por um tempo, até que voltei a mim. O ajudei a recolher o que tinha de valor com aqueles homens, e levamos conosco Jack caolho baleado a amarrado. Levamos também os cavalos conosco para vender na cidade, assim como os pertences de valor que encontramos. Ao chegar diante do xerife de Rose Creek com o famoso ladrão de diligências na garupa do cavalo, todos ficaram surpresos. Chanyeol recebeu a recompensa pelo serviço prestado. Ele quis dividir comigo, mas apenas pedi que me levasse em suas próximas caçadas.

Foi uma aventura instigante passar meses com ele sendo caçadora de recompensa. Sim, meses. Eu não sei como mas já tinha me habituado aquela vida no velho oeste, e mesmo que quisesse voltar, as noites de lua cheia não faziam o pingente brilhar. Já começava a perder a fé, e a me esquecer de coisas vividas no futuro.

— O que foi? — perguntou Chanyeol assim que terminamos de montar acampamento nas margens do rio — Está calada hoje.
— Somente pensando em um futuro que já vivi. — disse sem reparar em minhas palavras.
— Futuro? — ele me olhou confuso.
— É, mas não vem ao caso. — me sentei na tora de madeira que achamos jogada próximo — Você ainda não me contou sobre sua perda, ainda quero saber.

Eu precisava mudar o assunto para ele.

— Há dois anos perdi minha esposa e filhos, quando nossa fazenda foi atacada por um bando de ladrões. — contou ele — Eles abusaram dela e a mataram na minha frente, depois afogaram meus filhos.
— Eu… Sinto muito. — disse ao me levantar e me aproximar dele — Não deve ter sido fácil.
— Não, mas foi assim que me tornei um caçador de recompensas. — confessou ele — Este bando foi o primeiro que cacei, o último da lista era Jack, que agora pagou por seus crimes.
— Imagino que sua vontade naquela noite foi de matá-lo pessoalmente. — comentei.
— Sim, mas não o fiz porque estava lá. — ele me olhou com carinho — Olhar para você me faz lembrar minha esposa, ela vivia me contrariando também.

Não me contive em rir.

— Agradeço por estar aqui. — ele se aproximou mais de mim — Por existir no mesmo tempo que eu, mesmo sendo tão estranha.
— Ei, não sou estranha. — eu bati em seu braço.

Então ele se impulsionou para me beijar. Porém eu o parei no meio do caminho.

— Me desculpe Chanyeol, mas…
— Tens outro em seu pensamento. — concluiu ele se afastando — Se fosse outra mulher já teria se apaixonado por mim.
— Quanta modéstia. — brinquei — Mas sim, eu tenho outra pessoa, e por mais que eu não possa voltar para ele como gostaria, sempre será ele em meu coração.

Chanyeol retirou um relógio de bolso do bolso traseiro da calça e me entregou.

— Era do meu avô, sinto que devo lhe dar isso. — disse ele — Ao olhá-la agora, é como se eu não fosse te ver mais.

Assim que eu peguei seu relógio de bolso de sua mão, o céu começou a ficar escuro. As águas do rio se agitaram, então me lembrei que era noite de lua cheia. Eu só tinha uma chance para voltar. Com o tecido de Lay amarrado em meu cabelo, o anel de Sehun em meu pescoço, o relógio de Chanyeol encaixado em minha calça para não perder, e claro o cordão amarrado ao pulso… Olhei para o pingente que já emitia luz.

Sem pensar duas vezes fui em direção ao rio e me deixei levar pela correnteza. 

Era hora de ser levada para casa. 

Olhei para lua que estava sendo parcialmente escondidas pelas nuvens de chuva no céu.

Em instantes fui puxada para o fundo ficando totalmente submersa.

--

. — a voz de Baekhyun ao longe foi me despertando.

Comecei a tossir cuspindo o acúmulo de água na boca.

— Baek. — abri os olhos vendo tudo embaçado, mas sabia que era ele.
— Estou aqui. — disse ao segurar em minha mão — Confuso, mas estou aqui.

Aos poucos minha visão foi voltando ao normal. Eu estava no mesmo deck do qual eu caí e fui levada, porém agora eu estava trajando as roupas do velho oeste, com os objetos que recebi de presente.

— Você não vai acreditar no que aconteceu. — sussurrei para ele.
— Vendo você vestida assim eu acredito no que contar. — assegurou ele me ajudando a me levantar — Você está bem?

Minha resposta não foi em palavras, mas sim com o impulso para beijá-lo da forma mais doce e suave que conseguia, com a intensidade vinda dele.

— Agora estou bem, estou com você. — disse a ele — Seu desejo foi realizado, o cordão me trouxe até você.

Ele sorriu alegre pelo que tinha dito.

Foi necessário eu passar por vários tempo para enfim entender que eu somente deveria viver aquele ao lado de Baekhyun.

Uma vez eu estava preso num labirinto escuro
(Na escuridão)
Mas eu ouço sua voz que me acordou
Você me fez nascer de novo. 
- Call Me Baby / EXO

Tempo: Essa é a história que eu não quero lembrar, esta é a história que eu quero viver.” - by: Pâms



FIM?!



Nota da autora:
Hello gente!! Mais uma saga maluca que saiu da minha cabeça, sempre quis escrever mais histórias de viagem no tempo e aqui está uma aproveitando o conceito do EXO de vários mundos!!! Espero que gostem.
Bjinhos...
By: Pâms!!!!
Jesus bless you!!!




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