Fanfic Finalizada

Capítulo Único

Há muitas eras, anos muito distantes, a terra era um lugar repleto de criaturas místicas e diferentes do que entendemos como seres humanos. Muitas aldeias, vilarejos e distritos tinham como habitantes seres como: fadas, magos, bruxos e feiticeiros, seres aquáticos, elfos, duendes, faunos, centauros, unicórnios, humanos e infinitos outros seres possíveis e imagináveis. E também os humanos.
Havia três grandes reinados na época. Um deles era comandado pela tríplice coroa da magia, que era representada pelos Kim – no comando dos magos –, as Kang – à frente das bruxas – e os Min – governando os feiticeiros. A Tríplice magia era responsável por abrigar muitos dos seres místicos, além de protegerem as florestas e tudo ligado à natureza terrestre.
O segundo reinado era regido pelo povo marinho, onde os reis governavam muito bem todos os seres que habitavam os sete mares.
E, por último, o terceiro era o dos humanos, liderados pelos Choi, que, desde que o mundo é mundo, se achava melhor e superior que qualquer outra espécie.
Agustcomo era chamado o território da Tríplice coroa mágica – era um tipo de reinado diferente, constituído de três povos. Os três dividiam um grande território, cada um na sua área, e tomavam as decisões mais importantes juntos. Nenhum interferia no governo do outro, mas, quando o assunto englobava ou afetava um dos três, eles se juntavam e decidiam o melhor para os seus. Sempre fora assim, desde antes dos atuais em comando assumirem.

O Líder das terras de Trivia Love era Kim Namjoon – que vinha de uma linhagem forte dos Kim no comando dos magos há muitas eras. Era o melhor em comando até ali: havia mudado muitas leis retrógradas e conseguido fazer toda a comunidade viver em plena harmonia. Não tinha muita piedade com coisas erradas e seu lema era “ame a você mesmo e assim conseguirá amar o próximo. Lutas machucam não só nossos inimigos como a nós mesmos. O mundo já é cruel o suficiente para que nos tornemos inimigos uns dos outros quando fazemos parte de uma mesma espécie”. Isso realmente foi significativo para os magos: ele era respeitado e, acima de tudo, sabia respeitar. Dava a sua vida para não entrar em conflito antes de uma boa conversa civilizada, mas também dava a sua alma para vencer uma batalha – e, acima de tudo, para defender os seus.

A Líder dos bruxos era Kang Hyuna, que, assim como Namjoon, vinha de uma linhagem forte de líderes. As Kang governavam Trivia Daechwita, que eram as terras dos bruxos por décadas. Kang era a próxima na linha de sucessão. Filha única da rainha Hyuna, não somente era uma mulher com uma inteligência invejável, como treinava com a guarda real todos os dias. Uma mulher forte, decidida e poderosa – sabia muito bem onde conseguia chegar e não media esforços para cuidar e proteger os bruxos. Era positiva e amorosa, mas uma grande guerreira, que usava dos seus poderes e dos da natureza para proteger todos da melhor maneira.

O Líder dos feiticeiros era Min Yoongi, das terras de Trivia Seesaw. Já era o líder há muito tempo também: a linha de governo não era muito diferente das dos outros companheiros de magia, mas desde muito jovens todos os feiticeiros e feiticeiras eram orientados a se defender da maneira que fosse preciso – ele próprio já havia arriscado a vida para salvar outros.

Agust fazia fronteira imediata com D-2O reino dos humanos –, que tinha boa parte dele composto por “homens” que se achavam a raça superior. Seus governantes eram os Choi. Choi Bonhwa era o grande rei, respeitado e amado por seu povo. Tinha um único filho, o qual seria sucessor do pai em pouco tempo. Bonhwa passaria o trono para Wooshik e isso era óbvio, mas algumas atitudes do mais novo deixavam o rei com certo receio do novo futuro comandante.
Diferente dele, que assumidamente detestava os vizinhos de reinado e só via a tríplice magia como entretenimento e bizarrice, e morria de medo de ser enfeitiçado ou algo do tipo e, desde sua coroação há muitos anos, vinha fazendo a cabeça das pessoas contra qualquer espécie que na visão dele não fosse a pura – ele pensava que só seres humanos fossem a raça pura e que deles a verdadeira evolução aconteceria –, Wooshik, que era um jovem rapaz, nunca havia tocado nesses assuntos nos grandes banquetes que seus pais organizavam no castelo. Além de rebater alguns comentários de seu pai publicamente.

Como até ali todos os seres viviam em harmonia, a transição entre os reinos e aldeias era irrestrita, então qualquer espécie podia transitar em qualquer território que fosse. Claro que alguns iam a certos lugares por mera obrigação, uma boa gama de espécies eram amigas e conviviam bem assim.
O príncipe de D-2 adorava caminhar pelas terras de mágicas de Agust – como ele as chamava – achava tudo por ali muito lindo e diferente de tudo que via em seu reino. Daechwita era seu lugar favorito em Agust. O castelo das Kang era esplendoroso, a vista ficava lindíssima com ele pintado, quase parecia que tocava o céu. E a floresta protegida e cuidada pelos bruxos era realmente de tirar o fôlego de qualquer ser que passasse por ela.
Seu grande interesse no lugar não era só motivo de burburinho nas terras humanas, como no reino bruxo também. Todos comentavam muito sobre a ida do herdeiro do trono regularmente para Daechwita. , mesmo tendo visto o príncipe algumas vezes, ficava nervosa com o que tanto ele fazia por lá. As realezas se encontravam algumas vezes ao ano, para tratar das áreas e acordos necessários para uma convivência aceitável. Todos tinham ciência de que o rei de D-2 era um asqueroso quando se tratava de outras espécies, mas o encontro era realmente necessário
Mesmo com toda a curiosidade em saber o que o herdeiro de D-2 queria em suas terras, nunca havia ido atrás do homem para saber o verdadeiro motivo. Muito provavelmente ele só estava atrás de alguma diversão com algumas bruxas ou feiticeiras – Homens humanos e seus fetiches nojentos. Certa tarde, quando meditava na floresta, sentiu seu corpo ser atingido por alguma coisa.

— Ai! — Ela soltou um grito involuntário.
— Me desculpe! — Uma voz desconhecida chegou a seus ouvidos e ela abriu os olhos.
— Quem é você? — Ela perguntou, antes de reconhecer o outro.
— Eu sou príncipe...
— Choi Wooshik, eu sei! — Completou a fala do homem, ainda sentada na mesma posição.
— Oh, uma fã? — Ele questionou ainda em pé.
— Nem em sonhos, mas por que você me atacou? — Parecia serena, mas tinha pouca paciência para homens humanos.
— Se você sabe que eu sou um príncipe, por que continua me tratando por você e não por majestade? — O tom da pergunta dele era amigável, mas aquela fala já era arrogante demais.
— Humanos tão prepotentes! — Respondeu em um tom de deboche.
— Como é? — Ele devolveu em um tom menos amistoso.
— Seu pai sabe que você, oh majestade, vem até Daechwita atacar a princesa do reino e ainda dá uma de superior, ou isso foi ordem imediata de seu digníssimo rei? — se levantou, limpando algumas folhas de suas vestes e ficando de frente para o homem.
— P... Princesa Kang ? — Ele parecia espantado.
— É, é. Agora, por favor, por que, pelo santo universo, você me atacou? — Ela revirou os olhos.
— Você é a Princesa! — Falou mais para se convencer do que qualquer outra coisa, sua cara ainda era de espanto.
— Meu estimado príncipe de D-2, vossa alteza real poderia responder a minha humilde pergunta? — Ela se curvou e o tom de sarcasmo estava escancarado em sua voz.
— Me perdoe, princesa, eu estava despistando os guardas reais e não a vi aí. — Ele se curvou em reverência.
— Que seja, por qual motivo estava fugindo deles? — ainda carregava uma feição de impaciência.
— Vossa majestade não entenderia. — Choi olhou para o rosto nada amigável dela.
— Sem essa de vossa majestade, porque eu não vou te chamar assim, Wooshik. Se não quiser me contar, eu entendo, agora, por favor, não subestime a minha inteligência e capacidade de entendimento. — Ela olhou nos olhos dele, que abriu um sorrisinho tímido.
— Oh, não precisa retribuir, princesa, e me desculpe por parecer tão grosseiro e prepotente, minha criação me faz ser um imbecil às vezes. — Ele se curvou novamente — Mas é que, como todos sabem, meu pai é muito cabeça dura e eu simplesmente não consigo compactuar com isso — Ele parecia cansado ao falar aquilo.
— Mas ele não sabe que você vem até Agust às vezes? Passa tanto tempo por aqui, que eu jurava que havia consentimento dele. — baixou um pouco a guarda, imaginava como devia ser difícil alguém ter ideologias tão diferentes de uma pessoa tão poderosa e tão próxima.
Sentou-se novamente no chão, sendo seguida pelo homem.
— Então, saber ele sabe, até porque eu não minto para onde vou, ou por onde estive, mas ele não gosta muito e, hoje em questão, nós discutimos e eu não quis ficar por D-2 para ouvir algumas coisas que vão contra a minha convicção. E ele mandou seus homens atrás de mim. — Wooshik mexeu na terra do chão com um graveto, desenhando alguma coisa abstrata que só era entendida na mente dele.
— Eu sinto muito! — foi sincera. Sentia muito mesmo, não se via em uma relação tão difícil e ruim assim com sua mãe ou qualquer outra pessoa próxima de si.
— Eu também. — O príncipe baixou o olhar. — Ele quer me casar antes de me passar o trono e isso é tão estressante. Eu gostaria de me apaixonar, sabe, viver um amor, ter ao meu lado alguém que eu confie e que me incentive a ser um bom líder. E não a filha tediosa de algum outro reinado ou de algum aliado político, mas ele simplesmente não entende. — Ele olhava fixamente para os próprios pés.
— Aposto que ele acha que o amor é algo fantasioso, que só existe nos escritos, e que com o tempo você e sua esposa irão acabar por se gostarem minimamente que seja, para manterem um casamento duradouro. — A princesa respirou fundo, esperando a resposta que ele ainda não tinha dado, mas por antecipação já se sentia frustrada.
— Exatamente, mas você passa por isso também? — Voltou a olhar para ela.
— Ah, não, graças aos Deuses não precisamos dessa coisa toda de estar casado, ter de se casar ou algo do tipo, para demonstrarmos ser uma figura confiável e responsável para liderar nosso povo. — Ela sorriu docemente pela primeira vez na presença dele e aquilo acendeu algo, não só nele, que assistia o ato, mas nela também, que o fazia.
Sem notarem, conversaram aquele dia pela tarde toda e só cessaram a conversa quando o dia dava espaço à noite, o sol estava se pondo esplendorosamente quando a fome em ambos apertou.
Depois daquele encontro casual dos dois, muitos outros intencionais aconteceram pela mesma floresta – nos dias de folga de . Eles ficavam por lá por horas e horas a fio, conversando, faziam piquenique. Quando chovia, a princesa fazia alguma barreira de proteção e, quando o fazia muito calor, se refrescavam nas belas cachoeiras que tinham espalhadas por todo o local. Alguns bons meses se passaram e os dois herdeiros estavam cada vez mais próximos. não queria admitir, mas talvez, e só talvez, estivesse apaixonada por ele.

— Mas, , logo por ele? — Jimin questionou a amiga, enquanto faziam alongamentos antes do treino com a guarda.
— Não mandamos no coração, meu amigo. — respondeu com um sorriso bobo.
— Eu sei que você é uma mulher adulta e que sabe o que quer, mas eu não confio nele e você sabe que eu quase sempre estou certo sobre as coisas toda vez que tenho esses sentimentos estranhos, não sabe? — Foi sincero com ela e sabia daqueles “presságios” do menor. Mas estava apaixonada e não tinha mais nem como negar.
— Ele é diferente, Jimin, ele é doce e preocupado, é calmo e compreensivo e tem estudado muito sobre nós, estou acompanhando de perto seu progresso.
— Ele é Humano, minha princesa, e, pior ainda, ele é filho do Choi, do Choi, o maior preconceituoso asqueroso que já botou os pés na terra. — O mais novo disse sério, olhando nos olhos da amiga.
— Nós estamos saindo frequentemente, por mais de quatro meses, eu saberia se ele fosse significativamente parecido com aquele homem horroroso!

detestava o fato de o melhor amigo não gostar de Wooshik, talvez fosse só implicância por parte de Jimin ou medo de perder a atenção dela. e Jimin eram os melhores amigos desde que se entendiam por gente. Cresceram juntos e não só brincavam um com o outro, como estudavam magia e praticavam defesa pessoal juntos durante todo o desenvolvimento deles. E depois treinavam juntos para possíveis batalhas e ataques a Daechwita ou qualquer outro reinado de Agust. Ele seria o braço direito dela quando assumisse o reinado e nada nem ninguém mudaria aquilo. Eles eram uma única alma dividida em dois corpos. Jimin era uma das únicas pessoas que a enxergavam como e não como a princesa sucessora.

— Tomara mesmo que eu esteja errado então, vou sempre torcer por você e pela sua felicidade. — Jimin encerrou o assunto quando percebeu que os outros soldados estavam chegando para iniciarem o treinamento.
Aquilo ficou um tempo na cabeça dela, sabia que Jimin era ótimo com intuições e tudo mais, mas talvez – e só talvez – ele estivesse enganado, pelo menos era no que ela queria acreditar.

— O que houve, minha boniteza? — O príncipe perguntou ao ver tão pensativa.
— Nada demais, minha boniteza, só estou pensando em algo que um amigo me disse, mas não é nada de muita importância — Ela tentou mudar de assunto.
— Você fica ainda mais linda quando está pensativa. — Ele a elogiou, tirando uma mecha do cabelo dela que caia pela testa.
— Não faça isso comigo, Wooshik! — suspirou fundo, olhando fundo nos olhos dele.
— O quê, ? — Ele perguntou um tanto quanto curioso.
— Brincar comigo assim. — Ela desviou o olhar para o céu azul.
Tinham ido até as montanhas aquele dia, os campos de girassóis estavam floridos e a grama estava verde e fofa. A cesta de piquenique estava descansando à beira do tapete de flores que tinha feito para ajudar a enfeitar aquela vista e que serviu para que eles descansassem e comessem sua refeição. Estavam ali somente aproveitando aquela visão, observando o céu e jogando conversa fora.
— Eu não estou brincando, , eu realmente te acho linda, te acho incrivelmente linda até respirando. — Wooshik se mexeu, aproximando mais seu corpo do da princesa, pegando suas mãos e fazendo com que ela olhasse em seus olhos.
— Oh! Obrigada, eu...

E foi interrompida quando sentiu os lábios de Choi em seus. A início ficou um pouco estática, surpresa. Mas depois se deu conta de que queria aquilo tanto quanto ele ou mais. Deu passagem para que as línguas se encontrassem. E até por um momento esqueceu em tudo o que aquele beijo implicaria, tanto em relação a eles quanto em relação aos reinos.
Claro que a rainha de Daechwita sabia da amizade da filha com o homem e, ao contrário de Jimin, a mais velha não havia comentado nenhuma de suas preocupações. Mesmo que soubesse que ela tinha muitos pensamentos e muitos medos daquela aproximação. Porém, naquele momento, depois daquele beijo, a coisa mudava de figura. A princesa estava se envolvendo romanticamente com o herdeiro de D-2 e estava começando a amar ele – apaixonada ela já estava há cerca de dois meses – Mas agora se sentia diferente, não saberia explicar tal sentimento nem se quisesse, só sabia que era diferente de tudo o que já havia sentido.

Assim que as bocas se separaram, tudo ao redor parecia que tinha ganhado um brilho especial para ela. As cores eram diferentes, mais vivas e muito mais brilhantes. E aquele maldito sorriso estampado nos lábios de Wooshik só a deixava mais mexida. Nunca havia se apaixonado antes e, mesmo que se sentisse meio abobalhada, ainda era um sentimento que inundava seu coração e aquecia a sua alma por completo.

— Filha! — A rainha disse, afagando os longos cabelos da mais nova. — Minha querida bruxinha. — Ela respirou fundo. — Sabe que isso não vai dar certo, não sabe, meu amor? O pai dele, o povo dele, você entende no que esse romance implica?

estava deitada na cama de sua mãe, com a cabeça sobre o colo da rainha. Havia contado para a mãe, um mês depois daquele primeiro beijo dos dois, o que sentia, como se sentia e que o humano tinha interesse em assumir um compromisso com ela. Não podia e nem queria mais esconder aquilo de sua mãe, além de ela ser a sua melhor amiga, não era boba, sabia que toda aquela situação era bastante complicada. Não se tratava só de dois jovens de “espécies” diferentes juntos, eles eram os futuros líderes de seus povos, e, pior ainda, de povos com crenças e criações tão diferentes e divergentes.

— Me desculpe, mamãe. — se sentia culpada por todo aquele sentimento e queria não se sentir daquela forma, mas era inevitável.
— Tudo bem, meu neném, não é como se você pudesse controlar seus sentimentos. Bom, até pode, mas temos leis severas quanto a isso. — A mais velha riu brevemente do próprio comentário e continuou com os carinhos nos cabelos da filha. — Só me prometa que vai se cuidar, como eu sei que você consegue.
— Eu vou, mamãe, eu prometo.
E com essas palavras e mais alguns carinhos as duas caíram no sono.

— Mas e o treino amanhã cedo? — Jimin não parecia seguro com o plano da amiga.
— Eu não vou passar a noite toda por lá, meu querido. Vamos só observar as estrelas juntos por algumas horas. — Ela estava muito animada.
Vinha saindo com o príncipe em seus dias de folga por pouco mais de um ano e como pretendentes que se beijavam por cerca de 6 meses. Nunca antes se sentiu tão amada, e é claro que sentia muito amor e carinho de seus amigos e sua mãe, mas era muito bom sentir isso vindo de alguém de fora de seu ciclo social.
— O que a rainha acha disso? — O mais novo perguntou, guardando suas coisas. Estavam prestes a ir embora do treino diário.
— Ela disse pra eu ter respeito na sua casa e me comportar, mostrando toda a educação que ela me deu. — disse descaradamente, como se realmente fosse para a casa de Jimin aquela tarde.
— Eu não acredito nisso, Kang , você mentiu para sua mãe? — Ele não queria acreditar naquilo, ela era maior de idade, não tinha nenhuma necessidade de mentir para a rainha daquela forma. Não é como se eles ainda tivessem 16 anos e precisassem mentir para irem às festas no reino das fadas, como costumavam fazer.
— Ah, meu amigo, essa relação é nova pra mim, mas principalmente para ela. Se mamãe souber que estou querendo passar parte da minha noite com Wooshik, ainda mais sozinha, iria me dar um sermão de três dias seguidos. — parecia tranquila com aquilo.
— Se ela descobrir que você mentiu, vai discursar por um período de tempo ainda maior. — O menor ainda não concordava com aquilo.
— Não vai ser de toda mentira, eu vou realmente dormir na sua casa, afinal de contas, eu só não vou ficar o tempo todo lá.
— Eu te odeio, vossa majestade!
— Eu te amo, meu repolhinho.

Mais tarde naquele dia, estava majestosa – sempre estava esplêndida, mas, naquela ocasião, sua aura estava tão brilhante, que era capaz de todas as pessoas, até aquelas que não possuíssem o dom de ver auras, conseguissem enxergar a dela. O vestido preto de veludo ia até os pés, mangas curtas e decote sutil. Em seus pés sandálias baixas encravadas de pedras escuras e brilhantes, um corselet de couro igualmente preto com fivelas deixava sua silhueta marcada e acentuava as curvas de tirar o fôlego de seu corpo.
Wooshik perdeu realmente o fôlego por um momento quando colocou seus olhos na mulher. Em nenhum dos encontros reais entre os dois reinos havia visto ela tão magnífica quanto estava naquele momento.

— Você está deslumbrante. — Um sorriso gentil dominou o rosto do homem.
— Obrigada, vossa majestade! — fez uma pequena reverência, fazendo o mais velho rir baixo. — Devo dizer-lhe que está igualmente elegante. — Ela riu baixo.

olhou para o céu, que, como o de costume, estava a mais linda obra prima que os olhos dela haviam captado. A lua cheia brilhava intensamente no alto, tão grande que ela podia jurar que, se esticasse um pouco a mão, conseguiria tocá-la. As estrelas tomavam quase todo o espaço do escuro que tomava toda a imensidão do céu. Um cenário incrível, o ar faltou brevemente nos pulmões de tão magnífico.

— Aceita dançar comigo? — O príncipe perguntou depois de longos minutos a observando admirar aquela imensidão brilhante. Todas aquelas luzes da noite refletiam nela e deixavam tudo mais lindo aos olhos dele.
— Mas não temos música! — Ela respondeu, segurando a mão que ele estendia, enquanto a outra estava atrás de seu corpo.
— Não precisamos de música, escute esses sons dos pássaros noturnos. — Ele sorriu gentilmente. — E você está maravilhosa demais para não me dar a honra de uma dança sob a luz da lua. — Beijou a mão dela com delicadeza. Os corpos se uniram e ali, sob a luz daquela noite tão magnífica, eles dançaram ao som do amor que os envolvia. Cada toque, cada movimento dos corpos, cada segundo daquela noite estava mágico.
— Eu te amo! — sussurrou, encostando a cabeça no ombro dele, enquanto ainda dançavam.
— Eu também. — Ele respondeu dando um beijo no topo da cabeça dela.

Um barulho estrondoso foi ouvido ao longe. Muitos gritos e sons de desespero. despertou em um susto, tentando se lembrar de onde estava. E, pela posição da lua, o dia estava prestes a dar suas caras.
Mais outro barulho foi ouvido, mais gritos de pânico e desespero. Olhou ao redor e se viu sozinha naquele lugar, suas coisas reviradas e todo o cenário uma grande bagunça.
Quando pela terceira vez ouviu o mesmo barulho, se deu conta de que vinham de Daechwita. Algo dentro dela se quebrou e o desespero tomou conta de todos os seus sentidos. Saiu correndo em direção ao vilarejo, onde também ficava o castelo onde morava, pegando no meio do caminho uma de suas espadas que ela deixava escondida na floresta, caso fosse necessário usá-la, como naquela ocasião.

Era tudo muito estranho, não ficou sabendo de inimigos declarados ou desentendimentos que pudessem acarretar naquele ataque tão doloroso. Chegou até a entrada de Daechwita e seu coração sangrou ao ver corpos espalhados pelo chão, casas incendiadas e choros agudos e desesperados saindo de todos os cantos.
Sua aura, que antes brilhava de felicidade, explodiu em ódio, fazendo com que alguns soldados que ainda atacavam seu povo caíssem sem vida no chão. Saiu correndo em direção ao castelo, lutando com alguns dos homens que seu poder não foi capaz de atingir pela distância e que a todo custo tentavam impedir a chegada dela até seu lar. Estava cega de medo e de preocupação, mas acertava certeiramente gargantas e abdomens com sua espada afiada. Naquele caminho até o palácio, derrubou sozinha pelo menos uns dez soldados e conjurou uma magia para proteção dos seus que sobraram pela aldeia.
Ao entrar no castelo, matou com sua ira mais alguns dos homens que tentavam a todo custo derrubar a porta do escritório de sua mãe. O grito de dor que ela soltou, junto com a magia que se espalhou pelo local, era tão forte, que qualquer um que estivesse naquele lugar com má intenção, sendo soldado ou não, perdeu a vida, e, só quando teve a mais plena certeza de que estava sozinha, bateu na porta em desespero, sentindo a barreira de proteção que a cercava.

— Mamãe, abra, sou eu, mamãe, por favor! — estava aos prantos, enquanto berrava a plenos pulmões para que sua voz fosse capaz de passar nem que minimamente pela barreira.
Pouco tempo depois a porta foi destrancada e ela foi puxada para dentro, rapidamente.
— Jimin, graças aos deuses! — Ela abraçou o amigo, chorando de felicidade por vê-lo vivo. Ele também chorava, mas em um tom de angústia. — O quê?... — E, antes que ela terminasse, avistou sua mãe ensanguentada, deitada em um divã que compunha a decoração rebuscada do lugar. — MAMÃE! — gritou e saiu correndo até a mais velha, que pressionava o local do ferimento que sangrava. — Alguém faça alguma coisa, cadê o curandeiro, alguém? Mamãe, por favor. — Ela chorava desesperadamente enquanto gritava.
— Minha querida... — A voz da mais velha era como um sopro de vida. — Não se esforce, mamãe, eu vou salvar a senhora. — conjurava um feitiço de cura sobre a mãe, dando o seu máximo para tentar salvá-la.
, meu amor, eu não tenho muito tempo. — Hyuna tossiu, com dificuldade em respirar. — Todos aqui já tentaram seu máximo e, graças a eles, eu ainda estou viva e pude te ver uma ultima vez. — Ela levou a mão livre até o rosto da filha.
— Mamãe, não fala assim. — chorava copiosamente, enquanto sentia o carinho fraco na bochecha.
— Meu amor, eu confio em você, confio na sua liderança para reerguer Daechwita, nosso reino e toda a nossa história. Você será uma belíssima rainha. — A rainha estava com dificuldades para respirar e lágrimas estavam paradas nos cantos de seus olhos. — Vingue a morte dos nossos. Aqueles humanos malditos. — Estava quase inconsciente.
— Perdoe-me, mamãe, eu falhei como princesa desse reino, como guerreira, como filha, com a senhora e com todo o nosso povo. Eu deveria estar aqui para defender vocês, eu quem deveria estar aí deitada, eu não devia ter ido para longe, eu, mamãe, eu, me desculpe. — abraçou o corpo da mais velha o mais apertado que pode, mas não o suficiente para privá-la de ar.
— Minha filha, não se culpe, seríamos atacadas por aqueles bastardos mais cedo ou mais tarde. Eu vejo você não estar aqui como um livramento, para que nosso povo fique em boas mãos. Vamos nos reerguer e que os Deuses estejam você sempre, meu amor. — A rainha retribuiu o abraço de maneira fraca, depositando um beijo igualmente fraco no topo da cabeça da filha e instantes depois parando de respirar.
— MAMÃE, NÃO! NÃO ME DEIXE, POR FAVOR! — gritou tão alto, que boatos diziam que ele foi ouvido em todos os reinos do condado. O choro era dolorido e incessante. Jimin a abraçou para tentar amenizar o desespero da amiga, e ali ficou calado, velando a dor da amiga e mostrando que agora mais que nunca ela não estava sozinha, sabia o quanto seria difícil dali em diante.

e Hyuna eram tão unidas, que poucas vezes na vida as pessoas tinham presenciado tamanha cumplicidade e união entre mãe e filha. Viviam como se dividissem a mesma alma, e ali, diante do leito de morte da mãe, era como se tivesse morrido junto. Tudo o que ela conhecia e acreditava já não importava mais e, mesmo sabendo que nunca ficaria sozinha, era assim que se sentia naquele momento, sem a sua alma, sem sua mãe, sem amor. Algum tempo depois, quando ela não conseguia mais nem chorar de tanta dor não física que sentia, reparou que havia mais algumas pessoas no cômodo além de Jimin. Os pais do amigo, que, além de trabalharem há anos no castelo, eram amigos íntimos da rainha; o líder dos magos, Namjoon; e o líder dos Feiticeiros, Yoongi, também estavam por lá.

Assim que perceberam que a mulher estava reparando a presença deles e que tinha parado de chorar, foram até ela. Primeiro recebeu abraços apertados e demorados dos pais de Jimin, que prometeram lealdade e amizade a ela como faziam com Hyuna. Depois que eles se retiraram do local, para fazer um balanço de quantos funcionários sobreviveram, os líderes dos outros vilarejos se aproximaram.

— Eu sinto muito, vossa alteza. — Yoongi ofereceu um breve abraço a mais nova. — Foi uma barbárie sem motivos e sem aviso, quero que saiba que nós de Seesaw vamos ajudar no que for preciso para reerguer Daechwita, desde doação de alimentos e reconstrução das casas, até abrigo para quem estiver sem domicílio até o término das reformas. Nosso exército também estará a sua disposição a qualquer momento. — Ele tinha um semblante sério, porém solidário.

Um dos elos da aliança tinha sido brutalmente atacado e isso acarretava uma guerra comprada com todos os envolvidos na tríplice. Sabiam que, se fosse o contrário, a rainha Hyuna jamais os deixaria o povo deles na mão, assim como faria o que fosse preciso para pegar e punir os culpados, então Yoongi não ficaria para trás naquele momento.
— Muito obrigada! — se curvou em agradecimento. — Nós vamos aceitar de bom grado a vossa ajuda, Min. Preciso que meu povo tenha o que comer e onde dormir o quanto antes, e preciso ir atrás de quem fez isso o mais rápido possível. — O semblante dela também era sério, sua aura era um misto de dor, poder e rancor.
— Nós, de Trivia Love, também estamos à sua disposição, princesa. Podemos ajudar na cerimônia de descanso da alma da rainha Hyuna, e, assim como em Seesaw, nosso exército está à disposição, estamos prontos para entrar em conflito com quem fez isso a qualquer momento. — Namjoon disse se aproximando dela e se curvando em reverência. — Meus mais sinceros sentimentos.
— Quanto à cerimônia, a cerimônia de luto e descanso das almas, irei fazer um balanço das perdas, mas temos um pessoal responsável por toda essa parte, caso, que os deuses nos livre, algo tenha acontecido com eles, eu aceitarei a oferta, muito obrigada! Fico muito grata por também disponibilizar seu exército. — Ela tentou esboçar um sorriso, mas naquele momento era impossível fazer aquilo, mesmo que estivesse verdadeiramente agradecida.
— Será que podemos marcar uma reunião da tríplice, depois de sua coroação, ? — Namjoon propôs, era melhor, para que pudessem colocar um plano de ataque em ação.
— Por favor! Vou agilizar essa coroação o mais rápido possível. — Ela finalizou olhando para os dois homens à sua frente e depois voltou o olhar para sua mãe. — Eu vou vingar Daechwita, mamãe. — Ela sussurrou para o corpo sem vida. — Eu vou vingar a senhora!

A cerimônia de despedida teve início quase que imediato ao ataque, muitas vidas tinham sido ceifadas aquela noite e todas as almas precisavam de descanso o mais rápido possível. A lua estava brilhante como se fosse o foco que levaria as almas para o eterno descanso, as flores coloridas pintavam a decoração e todos do reino que não estavam feridos gravemente estavam ali, ajudando a princesa a conjurar a bênção do descanso, bem como entregando corpo a corpo para que os Deuses recebessem de braços abertos seus filhos que tanto zelavam por eles e que tanto os exaltavam. Esse tipo de cerimônia era cansativo quando uma só alma era entregue ao descanso eterno, mas, mesmo estando emocionalmente abalada, fez questão de fazer o ato de sua mãe juntamente com as outras perdas que o vilarejo teve naquele ataque.
Dezenas de vidas bruxas foram apagas aquela noite, a maioria das perdas foram os componentes do exército de Daechwita em exercício para a ordem e proteção do reino, tão bem quanto da realeza. E alguns moradores, que estavam pelas ruas, admirando e celebrando o primeiro dia de lua cheia da estação.

se sentiu brevemente agradecida por poucos funcionários do castelo terem sido mortos e nenhuma de suas crianças. Como previa assim que colocou os olhos naquela devastação, seu chefe de guarda e líder de seu exército foi brutalmente assassinado. Mesmo que ainda não tivesse assumido o trono, resignou Jimin para a função de líder e iniciou um novo treinamento, para que novos integrantes fizessem parte do novo exército.
Depois da cerimônia de despedida e descanso das almas, Daechwita foi se reerguendo e, uma semana depois de todo o acontecido, uma pequena cerimônia de coroação foi feita. A tríplice não queria chamar a atenção dos humanos, se eles soubessem que Daechwita estava se levantando, podiam tramar um plano para proteger seus líderes ou de atacar mais uma vez, durante a coroação.

Durante todo o evento de coroação, que foi muito diferente do que imaginou sua vida toda para quando fosse herdar o trono, ela não estava esplendorosa. Usava um vestido vinho simples de veludo e uma capa da mesma cor das vestes que iam de seus ombros até o chão. Não usava nenhuma jóia que não fosse a coroa, e as flores, todas em tons escuros, não estavam espalhadas pelo salão todo, alguns pequenos arranjos decoravam apenas a mesa em que o livro sagrado e a coroa descansavam. As palavras foram breves, porém sinceras, ainda estava em luto assim como seu povo e não desrespeitaria esse sentimento com uma longa cerimônia ou uma grande festa em volta desse momento. O reino saudou a nova rainha e agradeceu por ela não querer tornar daquele evento algo grandioso só para inflar seu ego, todos sofriam muito ainda, não era o momento certo para maiores comemorações.

Logo após tudo acabar, os líderes da tríplice que estavam ali para a coroação se reuniram, assim como os líderes dos mares, que ficaram sabendo do ocorrido e se mobilizaram em solidariedade.

— Então, foram esses homens que nos atacaram? — perguntou olhando a lista de nomes escrita no pedaço de pergaminho em suas mãos.
— Sim, Vossa alteza. — Jimin se pronunciou. — O rei Namjoon, junto com alguns de seus melhores magos, conseguiu refazer minuto a minuto aquela noite, descobrindo todos os envolvidos. Todos os nomes estão aí.
— Nem todos! — Namjoon interrompeu o rapaz. — Tomei a iniciativa de retroceder até alguns dias antes do ataque e, como podemos notar, nem o nome do rei e nem do príncipe estão aí. Mas eles foram cruciais para toda a barbárie. — Ele se aproximou da mais nova rainha de Daechwita com mais um pedaço de pergaminho. — Essas foram as palavras deles em uma conversa pouco tempo antes do massacre. Eu as transcrevi por medo de não lembrar com detalhes durante essa reunião.

ainda estava muito sensível com aquilo e seus sentimentos estavam uma bagunça, derramou brevemente algumas lágrimas quando encostou no papel e sentiu o quão hostil as palavras escritas ali emanavam ser. Mas, logo em seguida, assim que passou os olhos no papel, a ira tomou conta de seus sentidos.

“Aquela imbecil se apaixonou mesmo por você, como foi fácil, meu filho.” leu a primeira estrofe em voz alta.
“O senhor sabe como são as mulheres, não sabe, papai? São burras e ingênuas, sendo elas humanas ou não.”
O nó e a vontade de vomitar subiram à garganta dela, enquanto as palavras saiam de seus lábios.

“Vamos esmagar aqueles bruxos e principalmente aquelas bruxas que estão no poder, todos inúteis, dominar suas terras e matar todos aqueles filhos do diabo, porque é isso o que eles são: filhos do diabo, do profano, da escuridão.”

O roxo nos olhos de era tão intenso, demonstrando toda a sua raiva, que todos ali desviaram o olhar.

“Aquelas aberrações imprestáveis não perdem por esperar, papai. Está tudo pronto, só vou esperar nossos homens com o maldito sonífero.”
começou a entender como adormecera tão rápido aquela noite e tudo começou a se esclarecer.

“Ainda não entendo por que não encomendou logo um veneno para acabar com aquela vida sem importância.”
As lágrimas de ódio rolavam por todo o rosto da mulher, enquanto ela continuava a ler.

“Ah, papai, o senhor sabe que eu não sujo minhas mãos com esse tipo de lixo, e eu quero assistir o sofrimento dela, antes de ver-la definhando, sozinha até a morte. Vou deixar ela desacordada, enquanto nossos homens acabam com aqueles bruxos malditos e sua rainha querida.”
O ar faltou, não podia acreditar que aquelas palavras haviam saído da boca do mesmo homem que contava histórias tão leves e engraçadas para ela no meio da floresta.

“Isso será cruel, mas, ao mesmo tempo, um passatempo divertido, faça como achar melhor então, meu filho.”
E ali, naquele ponto, parou de ler em voz alta. Havia muitas outras coisas ofensivas e desrespeitosas a seu respeito e a respeito de seu povo, que eram pesadas demais para que ela as falasse em voz alta. Depois que terminou de ler tudo, percebeu que aquilo era o suficiente para que ela sentisse, visse e quisesse mostrar seu pior lado.

"Aquela aberração, metida a princesa, nunca vai usar uma coroa de rainha se depender de mim"
As palavras do homem, que um dia ela pensou amar, ficaram gravadas em sua mente. sentia como se pudesse sufocar ali mesmo, mas precisava ser forte pelo seu povo e, mais ainda, precisava fazê-lo ver ela majestosa com sua coroa.

— Vamos fazer o seguinte... — se levantou onde estava. — Quero atacar os envolvidos pela manhã. Quero emitir um comunicado para os moradores de D-2 e familiares, se eles não quiserem obedecer ou estiverem na rua na hora do ataque, não vão estar mais vivos para contar histórias.

A aura dela emanava uma energia de raiva e poder maior ainda que antes e isso era assustador para quem não fazia parte da tríplice, mas ela não podia se importar menos.

— Certo, nós tomamos conta disso. — Yoongi disse. — Meu pessoal é bem discreto e persuasivo, se for necessário.
— Ótimo! Obrigada. — deu um meio sorriso para o homem.
— Ao amanhecer, então, meu exército estará na entrada de D-2. — Namjoon se pronunciou.
— O nosso também! — Yoongi confirmou.
— Temos um pequeno exército pronto para isso, minha rainha, entraremos com vossa majestade. — Jimin foi outro a se pronunciar.
— Perfeito, então entraremos todos juntos, mas atacaremos com força total somente se necessário, entendidos? — Ela disse firme, olhando pela janela.

não queria que o povo de D-2 – mesmo que sua grande maioria fosse extremamente preconceituosa e odiasse outras espécies – sofresse mais que o necessário. Não queria tirar vidas que não estivessem envolvidas com o massacre em Daechwita. Sabia bem que, se fosse o contrário, nenhum líder humano pensaria daquela forma, mas, graças aos Deuses, ela não era uma humana desprezível.
No meio da madrugada, os feiticeiros apareceram em sonho para os habitantes do reino humano, mas foram convincentes o suficiente com o recado.

“D-2 será queimada e, se você permanecer aqui pela manhã de hoje, não perderá somente a sua vida, mas verá quem mais ama serem consumidos pelo caos. Seu rei mexeu com a pessoa errada. Saia o mais rápido possível e só volte se quiser dentro de alguns dias”

Uma mensagem simples, mas com as imagens manipuladas para que o caos ficasse gravado na mente deles. Funcionou direitinho. A cidade, aos poucos, durante todo o brilho da lua, foi se esvaziando. Aqueles humanos não sabiam pra onde ir, mas já sabiam o que seu líder tinha feito no reino bruxo e sabiam que exército nenhum de sua espécie seria o suficiente para protegê-los.
Permaneceram no lugar somente aqueles que eram fiéis às ideologias do rei e aqueles que não acreditavam que outra espécie poderia os fazer algum mal. E, feliz ou infelizmente, seriam os que sofreriam as consequências dos atos de seus governantes.

Assim que os primeiros raios de sol apontaram sob o céu ainda um tanto quanto escuro, estava na entrada do reino humano, trajando um vestido preto, que em outra ocasião usaria em sua coroação oficial. O vestido era festivo, sua saia de tule e renda, encravada com pequenos diamantes roxos, cintilava sob a luz do novo dia que estava nascendo. Era rodado e brilhava como o céu daquela noite em que sua mãe tinha sido brutalmente assassinada. A parte de cima do vestido era de cetim no mesmo tom de preto da saia, a cintura era marcada por um espartilho de couro preto e um decote farto, mostrando uma boa parte dos seios dela. As mangas bufantes caiam perfeitamente de seus ombros, deixando-os também à mostra. Os cabelos brilhantes estavam soltos, indo até a metade das costas, algumas tranças estavam espalhadas pelo volume dos fios. Carregava com maestria e orgulho a coroa real, que era feita inteiramente de ouro branco, que brilhava como as estrelas, incrustada com as mais belas ametistas que existiam em todo o universo. Com aquele objeto em sua cabeça, pareceu, pela primeira vez depois de tudo, com uma rainha de verdade, de tirar o fôlego e principalmente a alma.

Seus passos eram firmes e lentos, como se andasse em câmera lenta. Assim que perceberam uma movimentação estranha na entrada do castelo, alguns guardas foram até o rei e o príncipe, estavam para avisá-los. A família real que estava pelo castelo também havia sido avisada em sonho pelos feiticeiros, mas resolveram ficar, foram acionados pelos guardas e levados para a sala de trono para que suas vidas fossem prontamente protegidas.

Enquanto se encaminhava para o castelo, seus soldados, liderados por Jimin, iam de casa em casa matando, sem dó nenhuma, aqueles que resolveram ficar por lá e colocando fogo em todas as moradias que tinham chance de alcançar. Eles foram silenciosos, porém cruéis, a ponto de fazer com que sentissem a mesma dor, pânico e terror que o povo bruxo sentiu.
Logo atrás da rainha, que empunhava uma espada reluzente em uma das mãos e sua varinha na outra, estavam os líderes da tríplice, armados igual a mulher, e seus respectivos exércitos um pouco mais afastado deles. Alguns soldados já haviam se juntado previamente ao grupo de Jimin.

, logo na entrada do castelo, deixou três homens sem vida, perdendo todo o sangue de seus corpos. Sozinha ela cortou mais algumas gargantas pelo caminho até encontrar a sala onde estavam “protegendo” toda a família real. Seus passos manchavam de sangue alheio o piso escuro do palácio. Até ali, na porta do salão do trono, tinha acabado um a um com a vida dos soldados humanos que via pela frente, tão bem com qualquer pessoa que estivesse no castelo e tentasse de alguma forma impedir que ela chegasse até ali.

Ela não queria se mostrar superior a ninguém, não deixando que mais ninguém a ajudasse das pequenas batalhas que teve com os corpos – agora sem vida – que estavam espalhados. Só queria extravasar sua dor e a sua raiva, como se matar todas aquelas pessoas sozinha fosse lavar de alguma forma a sua alma. Ninguém ali protestou ou pensou algo ruim sobre a postura da rainha. A aura de ainda emanava dor e raiva, mas, à medida que os corpos caiam sem vida no chão, a intensidade ia diminuindo.

De dentro da sala, gritos e barulho de luta eram nitidamente ouvidos. E, antes de a porta ser aberta vagarosamente, um silêncio assustador se instaurou no local. Qualquer pessoa otimista poderia pensar que os soldados humanos tinham resolvido tudo, mas Wooshik sabia dentro de si que o que estava por vir era muito pior do que ele jamais imaginou.

entrou esplendorosa, como se o mundo todo fosse dela. Não teve nenhuma dificuldade em matar quem quer que fosse ao seu encontro enquanto caminhava até onde a família real estava. Tudo isso sem tirar os olhos de cima de Wooshik.

O príncipe dos humanos sentia a sala ficando cada segundo mais silenciosa e via o chão cada vez mais viscoso, com o sangue dos soldados – que mais pareciam homens sem nenhum tipo de treinamento militar – diante da mulher. Percebeu que outras pessoas a acompanhavam, mas somente ela se movia para acabar com as vidas humanas daquela sala.

Do lado de fora, estavam boa parte das pessoas que acompanhavam a Rainha até ali, terminando de matar qualquer um que tentasse ultrapassar a porta e entrar no salão.
Em pouco tempo, os únicos humanos vivos em D-2 eram o rei, a rainha e o príncipe. A majestosa família real de humanos infelizes.
— Vossa majestade! — se curvou ao casal mais velho em reverência. — Que desprazer vê-lo novamente, magnífico rei dos humanos. — Ela cuspiu as palavras e recebeu um olhar fuzilador do homem.
— Eu vou acabar com a sua vida, sua aberração! — O rei tentou de forma inútil amedrontar ou diminuir , que em momento nenhum deixou de exibir sua aura poderosa e forte.
— Assim como seu majestoso exército fez? Tenha dó, Bonhwa. — Ela deu uma gargalhada.
— VOCÊ É UMA ABERRAÇÃO SEM CORAÇÃO, FILHA DO DEMÔNIO. SUA IMUNDA. — A rainha dos humanos, que até o momento estava calada, gritou para .
— Ah, minha senhora. — disse com um tom de desapontamento. — Eu estava prestes a te libertar, afinal, ninguém merece pagar por um erro de um homem burro. — Ela alisou a ponta de sua espada. — Mas vejo que temos uma família toda de pobres ignorantes, preconceituosos, prepotentes e egoístas, mas será igualmente um prazer matar todos vocês! — Deu mais uma gargalhada.
— Você vai para o inferno, sua criatura sem alma, sem caráter, sem decência... — A mais velha continuava soltando ofensas, tentando desestabilizar a mais nova.
— Então nos encontraremos lá!

Foram as últimas palavras que disse para a rainha dos humanos, antes de, com um só movimento, cortar o pescoço dela e ver seu corpo cair de um lado e a cabeça rolar do outro. Bonhwa tentou acertar com um punhal, mas foi prontamente desarmado pela varinha de Yoongi, que o observara desde que chegou ali.

— Ora, meu estimado rei de D-2. — disse pegando o punhal do chão e analisando o material. — Eu sempre fui civilizada com o senhor, sabe? — Ela enfiou o punhal no ombro do mais velho, deixando somente o cabo para fora do corpo. Um urro de dor ecoou pelo lugar. — Afinal, mesmo sabendo o tipo de homem, pequeno, nojento e insignificante que o senhor é, ainda era líder de uma nação, uma espécie magnífica até. — retirou a arma do ombro dele e ficou observando o sangue escorrer.
— Você vai morrer e seu reino vai ruir, assim como toda essa podridão que é a sua espécie nojenta. — O tom dele ainda era superior, mesmo naquela posição. — Vocês vão pagar por...

E, antes que ele terminasse a frase, segurou sua língua para fora da boca e a cortou com o punhal.

— Vossa majestade fala demais para quem vai morrer em breve. Eu ia te responder, mas não vale a pena perder meu precioso tempo. — posicionou a faca no olho direito dele. — Espero que o senhor vá para o mesmo buraco quente e escuro que sua digníssima esposa.

E com isso ela cravou fundo o material de metal laminado no crânio do homem, o fazendo cair de uma só vez no chão, seu sangue se misturando com todo aquele sangue que estava pelo piso.
Wooshik assistiu todo aquele massacre a seus homens e seus pais, tremendo de medo, atrás do trono real. plantou um sorriso nos lábios e, arrastando a ponta de sua espada no chão – para que o barulho do metal fosse fundo na alma do homem –, caminhou lentamente, com os sapatos e barra de seu magnífico vestido banhados de sangue, deixando um rastro de um vermelho escuro no piso branco dos poucos degraus que davam acesso até os grandes, e de tirar o fôlego, móveis que serviam de assento para os governantes daquele castelo.
— Wooshik, meu amor! — tinha um tom super amedrontador na voz. — Não fuja de mim, meu amado — Seus passos eram lentos e ela se divertia ao ouvir o choramingo dele.

Assim que chegou à frente do homem, que um dia a fez acreditar ser o homem de sua vida, o viu encolhido, segurava as próprias pernas e chorava baixinho. Aquela cena foi totalmente satisfatória.

— Veja como eu fico ainda mais magnífica com essa coroa em minha cabeça! — Ela bateu de leve a ponta de sua varinha no adereço, chamando a atenção dele para o objeto. Aproximou-se lentamente dele fazendo um caminho com o sangue que pingava da barra de seu vestido, como se fosse seu tapete vermelho que trilhava seu caminho até o poder. — Quem diria, não é mesmo, que a aberração estaria, agora, rainha de Daechwita, coroada e poderosa, aqui, bem na sua frente, meu amor?

O tom amargo na voz dela, junto com seu olhar, que brilhava em um cinza que chegava a ser cintilante, deixou Wooshik ainda mais apavorado, queria que ela o matasse de uma vez, tinha medo das formas de tortura que ela podia usar contra ele.

— O que aconteceu, o gato real comeu a sua língua, majestade?

Parou poucos centímetros dele, sentindo aquele cheiro, que antes trazia tanta alegria. Agora a única coisa que ela sentia era uma enorme ânsia de vômito.

— Vossa majestade... — A voz trêmula de Wooshik quase não saiu audível. — Eu soube o que aconteceu com Daechwita, fiquei devastado, meu pai mandou seus homens me buscarem aquela noite e eu não...
deu um tapa no rosto dele, para que se calasse, não era possível que ele realmente a achava burra aquele ponto, chegava a ser ofensivo.

— Você é mais nojento que seu pai. — Ela sentiu o sangue ferver. — Aquele cretino pelo menos sempre assumiu que era um preconceituoso de merda, agora você, ah, meu querido, tão falso que, mesmo que quisesse não ser tão dissimulado, não conseguiria. Eu sinto nojo de você! — Deu outro golpe, mas dessa vez com a mão fechada.
— Eu... eu juro, eu... — Outro golpe foi desferido.
— Cala a boca, eu sei que você estava esse tempo todo com seu papaizinho. — Ela colocou a lâmina afiada da espada na garganta dele.
— Eu imploro, me perdoe, como vai ficar meu povo sem um líder? — Ele começou a chorar e suplicar por sua vida.
— Ah, Wooshik, você não imagina como é prazeroso te ver assim, implorando por essa sua vidinha deplorável. — Abriu um sorrisinho vitorioso. — Sabe, seu povo deveria me agradecer, por tirar do poder almas tão podres e vazias como as de vocês. — Ela aprofundou mais a lâmina, fazendo um pouco de sangue escorrer pelas vestes dele.
— Eu te amo! — Ele disse, desesperado e, por um segundo, quando ela afastou a espada de sua garganta, achou que se salvaria. Mas seu pensamento mudou no segundo em que não só ela, como todos os presentes ali caíram na gargalhada.
— Você me ama? — não conseguia parar de rir. — Por favor, Wooshik, não faça esse papel patético, morra pelo menos com dignidade. — Respirou fundo tentando se recompor. — Quer dizer as suas últimas palavras?

brincava com a espada, passando a lâmina sobre a pele de Wooshik, mesmo que por cima das vestes, conseguia ver o sangue escorrer e ele chorar ainda mais. Agora, além de medo, chorava de dor também, sentindo a pele ser cortada, em seus braços, peitoral, coxas. Quando não aguentava mais sentir a lâmina rasgando sua pele, tomou a coragem que não tinha e resolveu se pronunciar.

— Você vai se...

Antes que ele terminasse, ela passou a espada no ombro dele, cortando um dos braços e depois se encaminhando para o outro, o vendo cair no chão, com o sangue praticamente esguichando e se contorcendo de dor.

— Eu vou me arrepender, eu já sei. — Ela falava para o corpo se contorcendo no chão, quase inconsciente pela dor. — Eu já me arrependi, me arrependo desde o dia em que me deixei levar por uma alma tão pequena.

Os gritos de Wooshik agora eram resmungos sofridos, não tinha mais forças nem para chorar, sentia a vida se esvaindo de seu corpo.
Não aguentando mais tanta choradeira por parte do homem, se aproximou de onde estava deitada a cabeça dele.

— Espero que vossa majestade tenha uma ótima estadia, seja lá onde seu povo acredita que sua alma vá. A única coisa que eu me arrependo até hoje foi ter alguém como você como meu primeiro amor, eu te amei verdadeiramente, Wooshik, e eu sinto muito por me ter me sentido assim um dia.

Ela passou a espada na garganta dele, fazendo a cabeça desprender do pescoço e o sangue terminar de sair de todo aquele corpo agora sem vida. saiu de perto do corpo, largando sua espada próxima a ele, e foi amparada por Yoongi, que segurou firme seu corpo que ia de encontro com o chão. Depois de toda aquela adrenalina e sentimentos, a rainha sentia como se fosse desmaiar ali mesmo.

— Me lembre de nunca comprar uma guerra com você. — Yoongi disse, sorrindo e soltando o corpo dela, que já tinha se estabilizado.
— Nunca mais quero passar por isso. — disse, respirando fundo. — Nossa luta acaba de começar, , eu sinto muito — Namjoon foi quem disse, se aproximando dos dois.
— Se a tríplice estiver junta, será tudo mais fácil, não vai? — Ela perguntou, enquanto eles caminhavam para fora do castelo.
— Espero que sim. — Yoongi disse, finalizando o assunto assim que deixaram D-2 banhada em sangue e com um trono a ser destinado.

voltou para Daechwita de alma lavada, nunca nenhum outro sentimento apagaria a dor de sua perda. Mas, junto com seu melhor amigo, seus aliados da tríplice e seu povo, faria tudo que fosse preciso para que Daechwita voltasse a ter paz e nenhum de seus passasse pela dor que ela passou.




Fim



Nota da autora: Ai ai esse tal de Agust D, eu preciso dizer que essa é uma das minhas histórias favoritas de toda a vida e eu ainda não sei como escrevi isso, fantasia não é muito a minha praia kkkkk. Fantasia, embora não seja uma pegada tão fantasiosa assim, esse enredo é uma coisa linda e sofrida e poderosa. E dessa vez, quem foi a rainha e quem foi a chefe foi a nossa pp, não nosso agostinho dih. Eu sofri, mas eu amei demais escrever isso aqui e espero que todos gostem.

ps: Ah minha lista de fic vai estar aí embaixo, mas vocês conseguem achar também, tanto clicando no ícone do Facebook que vai te direcionar ao meu grupo de autora (ta pequenininho ainda rs, não reparem), quanto clicando no ícone do Obsession, que dá acesso a minha página de autora no site e pelo meu instagram. Meu tt tá sempre disponível também. Vocês podem me gritar por lá, aqui pela caixa de comentários ou onde me acharem kkkkkk

AH NÃO DEIXEM DE COMENTAR, ISSO É MUITO IMPORTANTE PARA SABERMOS SE ESTAMOS INDO PELO CAMINHO CERTO NESSA ESTRADA, AFINAL O PÚBLICO É NOSSO MAIOR INCENTIVO. MAIS UMA VEZ OBRIGADA POR LEREM, EU AMO VOCÊS. BEIJOS DA TIA JINIE.

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